Primeiros socorros inadequados matam mais russos do que balas ucranianas
Na invasão russa da Ucrânia, mais da metade dos soldados russos que morreram perderam a vida devido a primeiros socorros inadequados no campo; mais de um terço das amputações ocorreu devido ao uso incorreto de torniquetes
É difícil obter um número preciso das baixas russas na Ucrânia. As estimativas variam muito dependendo da fonte . No entanto, uma revelação chocante mostra que mais da metade dos soldados russos que morreram lutando na Ucrânia perderam suas vidas não devido a ataques de munição com risco de vida, mas devido a primeiros socorros inadequados no campo.
Mais de um terço das amputações causadas por ferimentos em zonas de guerra não se deveu à gravidade, mas sim à aplicação incorreta de torniquetes.
A afirmação surpreendente foi feita por Artem Katulin, chefe do centro de treinamento de medicina tática da Kalashnikov Concern.
“Mais de 30% das amputações (na zona de guerra) foram devidas à aplicação incorreta de torniquete, e mais de 50% de todas as mortes não foram causadas por lesões fatais”, disse Katulin durante uma entrevista à mídia russa.
Katulin afirmou que os baixos níveis de treinamento em primeiros socorros e a falta de capacidade de levar rapidamente soldados feridos a hospitais levaram à maioria das baixas fatais sofridas pelos militares russos durante a guerra na Ucrânia.
É difícil obter um número preciso das baixas russas na Ucrânia. As estimativas variam muito, dependendo da fonte. Um relatório da Ukraine Today afirmou que aproximadamente 188.920 soldados russos foram mortos até agora na guerra da Ucrânia. No entanto, esses dados podem estar inflados.
De acordo com documentos militares americanos classificados supostamente vazados por um militar júnior da Guarda Nacional, o número de soldados russos mortos na guerra da Ucrânia até março deste ano pode estar entre 35.000 e 43.000.
Resquícios da mentalidade da WW2, onde a vida dos soldados não tem importância alguma.
Trata-se de um exército de 3ª geração (atualmente luta como um exercito de 2ª geração), assim como o EB. O último possui 70 mil recrutas armados com FAL.
Caro. Até meados do século XIX, o tratamento de feridos nas guerras era muito ruim. A história da enfermeira Florence Nightingale é sensacional. As baixas por complicações foram muito maiores do que as baixas por ferimentos fatais tanto na Guerra do Paraguai quanto na Guerra Civil dos EUA. Isso continuou acontecendo na I Guerra. Na II Guerra, é preciso separar as baixas dos civis das baixas dos soldados em campo. Ainda que alguma batalhas tenham sido extremamente sangrentas, a II Guerra mudou o cenário da questão da importância dos hospitais de campanha e da necessidade de tratamento adequado, seja por questão humanitária ou por questões econômicas, visto que o treinamento das tropas se tornou extremamente cara, muito diferentes das guerras medievais nais quais a infantaria era realmente descartável. Sobre o número de baixas russas, considerando a quantidade de tropas mobilizadas, é impossível que o número seja maior que 30~40 mil. Isso já representaria algo entre 10~15% dos soldados mobilizados, o que já é um absurdo,
Excelente lembrança, o trabalho dela foi incrível. Seu trabalho foi um marco na saúde pública, também era excelente estatística. Suas infografias foram uma revolução na demonstração de dados.
Olá Renato. Gosto muito do trabalho estatístico dela. Os diagramas de rosa que ela desenvolveu são muito bons.
Uma força mais enxuta, porém mais bem treinada é muito melhor que um grande bando de perdidos.
Claro que é desejável um grande e bem treinado exército, mas só tendo muito, muito dinheiro para bancar isto.
Atualizando: os russos já perderam mais de 1900 MBTs segundo o Oryx. Neste ritmo, até o final de maio, chegarão aos 2.000!
Fonte:
https://www.oryxspioenkop.com/2022/02/attack-on-europe-documenting-equipment.html?m=1
“Uma força mais enxuta, porém mais bem treinada é muito melhor que um grande bando de perdidos.“
Exatamente! Basta lembrar das guerras árabes israelenses onde a despeito da inferioridade na proporção de 10:1 em soldados as IDFs prevaleceram.
Basta lembrar das guerras árabes israelenses onde …. a ajuda americana foi fundamental para evitar a derrota israelense.
Principalmente no avanço egípcio pelo Sinai após a destruição a tosca linha Bar-Lev.
Amigo, a ajuda norte-americana foi fundamental mas não se esqueça que os soviéticos também estavam mandando quantidades incalculáveis de armas para os árabes, e depois de avançarem sobre a linha Bar Lev (Tosca como vc bem declarou, tanto que à época foi pesadamente criticada por Arik Sharon) os egípcios simplesmente não avançaram!
Aliás, quando tentaram por forças especiais transportadas por helicópteros Mi-8 foram trucidados pela Heyl Ha’Avir.
Na verdade o front mais decisivo para os israelenses no começo do conflito, e para onde foram alocados mais recursos no começo, foi o das colinas de Golan pois os Sírios se passassem por ali já estariam perto das cidades e vilas israelenses.
Realmente, ameaçando com armas nucleares pois estavam com o pé na cova….
Tanto estavam com o “pé na cova” que em duas semanas estavam a 40km de Damasco e a 100km do Cairo, com os árabes implorando para a URSS entrar no conflito 😉
Acredito que isso é sabido desde a Grécia antiga
Realmente mas isso se aplica às escaramuças e guerras rápidas, após isso os números é que importam. A guerra na Ucrânia há muito deixou de ser uma escaramuça, passando a ser uma guerra de desgaste, com ambos os lados empenhando uma grande quantidade de armas e tropas.
Esse é o velho estilo soviético de guerrear. Muita força bruta, muitas vidas perdidas e resultados pífios, no caso da invasão à Ucrânia. “A URSS, que incorporava para além da Rússia outras 15 repúblicas, perdeu 26,6 milhões de pessoas, ou seja, mais de metade de todas as mortes da II Guerra Mundial, que somam 50 milhões”. Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/61417/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y#:~:text=A%20URSS%2C%20que%20incorporava%20para,Mundial%2C%20que%20somam%2050%20milh%C3%B5es.
Caro. Você não pode comparar a invasão alemã na URSS (principalmente atravessando a Ucrânia) com a atual guerra entre as Russia e a Ucrânia. Na II Guerra, a Alemanha mobilizou cerca de 3 milhões de soldados, uma parte com experiência de combate, para ocupar o oeste da URSS adotando uma estratégia de ocupação e extermínio da população local. Ainda que muito maior que o exército alemão, as tropas soviéticas estavam despreparadas, mal treinadas e mal equipadas. É conhecido o fato das tropas soviéticas enviadas para Stalingrado terem menos fuzis que soldados. De fato, as mortes soviéticas representaram cerca de 1;3 de todas as mortes na II Guerra. A estimativa é que morreram 26 milhões de soviéticos, sendo que 12 milhões eram soldados e 14 milhões vítimas civis nas áreas ocupadas. Para comparação, o exército vermelho mobilizou durante a II Guerra cerca de 38 milhões de homens e mulheres. Assim, a taxa de mortalidade (extremamente alta) foi de praticamente 1/3. Os EUA mobilizaram cerca de 16 milhões de soldados, tendo perdido cerca de 400 mil soldados e 12 mil civis. Isso dá uma mortalidade da ordem de 5%, contudo é preciso considerar que os EUA combateram na Europa, Ásia e norte da África, nunca em seu território, sem falar que a natureza do combate foi diferente. Os soviéticos enfrentaram uma guerra de extermínio.
E aí Camargo, ainda apoiando a invasão russa a despeito da mesma se dar por pretextos falsos e ideias supremacistas?
A “vantagem” russa(e chinesa) é não se importar com vidas humanas.
Queriam o quê????
Onde roubam motores e “outras coisas mais”.
Só podiam repetir o vexame na área de saúde.
O exército e esse ditador russo são uma piada !
Até nisso a incompetência e corrupção do Putinstão se faz mostrar.
Pouco valor a vida do soldado, esse é o resultado
https://www.youtube.com/watch?v=_eyMGt5egmE
Fala impactante do Ministro de Relações Exteriores da Ucrânia em 7 de abril, durante a cúpula da OTAN, em Bruxelas, cerca de 1 mês após o início da guerra.
“Vocês nos dão as armas, nos sacrificamos nossas vidas e a guerra fica na Ucrânia.”
Nada de novo no front….
Caro Alex. Em 8 anos de guerra entre o Irã e o Iraque, na qual cada país mobilizou cerca de 1,5 milhão de soldados, as estimativas são de que cada lado tenha perdido entre 200~300 mil soldados (sem contabilizar as mortes de civis que decorreram direta ou indiretamente do conflito). Isso resulta em uma taxa de mortalidade entre 15~30%, mais ou menos. Não sei dizer quantas baixas resultaram de complicações após os primeiros socorros, mas acho que é possível estimar que pelo menos metade das mortes resultaram de complicações após os primeiros socorros. Alguns colegas já comentaram que o uso de 556 é de menor letalidade que a 762, por exemplo, o que pode explicar em parte o fato da maior parte das mortes ocorrerem após os primeiros socorros. Há muitos anos não se acompanhava um conflito desta intensidade com forças relativamente equilibradas. Acho que é bem difícil comparar esta guerra com a invasão do Iraque, por exemplo. no qual foram mobilizados cerca de 1 milhão de soldados (mais ou menos metade de cada lado) e cerca de 30~40 mil soldados mortos no total. Contudo, estima-se que foram mortos quase 200 mil civis.
Acho que o discurso ocidental tem que ser, no mínimo, concatenado. Combinado.
Viviam dizendo das enormes baixas russas devido a ataques em ondas humanas.
Agora, a maior parte das baixas é por causa do cuidado médico inadequado.
Mas, como?
Os russos lançam ondas humanas e depois os padioleiros e médicos vão até lá buscar os feridos ou então eles voltam rastejando para as suas linhas?
No mínimo, estranho.
Mas quem disse que é “discurso ocidental”? Foi um médico russo que disse isso para uma Tv russa. Olha o texto.
“Katulin afirmou que os baixos níveis de treinamento em primeiros socorros e a falta de capacidade de levar rapidamente soldados feridos a hospitais levaram à maioria das baixas fatais sofridas pelos militares russos durante a guerra na Ucrânia”
Parece-me algo credível. Este senhor fala do que viu, limitado pela sua função.
Os que morrem no campo de batalha, talvez isso seja contabilizado por outros, algo não muito difícil de acreditar já que se trata de informação muito “problemática” e talvez só conhecida por poucos…
Com o monte de apenados e presidiários….
O que deve ter de mortes por “engano”…
Esta história ainda está por ser contada.
A Rússia ainda tem muita carne para torrar nessa guerra. Estamos falando de um país com quase 140 milhões de habitantes, então carne não vai faltar.
No barato, o excelso comandante Putin já rifou as duas próximas gerações no seu delírio de grandeza.
‘No barato, o excelso comandante Putin já rifou as duas próximas gerações no seu delírio de grandeza.’
Como assim?
Rifar gerações?
Em 1940, a URSS tinha cerca de 170 milhões de habitantes e perdeu mais de 20 milhões de pessoas na 2ª GM..
Hoje, a Rússia tem cerca de 145 milhões de habitantes e perdeu alguns milhares de soldados.
Então, imagine a Ucrânia que tinha 41 milhões de habitantes, com acentuada queda de seu número pela baixa natalidade, somadas agora às pesadas perdas militares, sem contar a diminuição de seu território e da população que lá vivia por causa do atual conflito..
Daí já ser conhecida como ‘País 404’.
E era com isso que os EUA e a OTAN queriam barrar a Rússia.
Não falo em termos necessariamente populacionais, mas em termos econômicos e financeiros para o futuro. É inegável que a economia russa vai sair dessa aventura (seja lá qual for o resultado) em frangalhos. 1 ano de guerra não sai barato para ninguém…
Está tudo a correr como planeado para a Rússia…
“Para” a Rússia ou “pela” Rússia?
Até onde sei, quem deu início a esse pesadelo foi o supremo comandante Putin, o Czar de papel.
Para os comentadores, está a tudo correr como planeado pelo grande líder e segundo estes tudo o que ele faz é pela Rússia. Mesmo que isso implique a sua ruína…
A Rússia perdeu dezenas de milhares, senão centenas de milhares entre mortos e feridos, mais as centenas de milhares que fugiram do país, mais a crise económica, mais o declínio demográfico anterior à guerra, etc…
Mas vai ser agora em condições muito piores que vão fazer o que nunca conseguiram, desenvolver o país para o nível das Democracias Liberais…
Desculpe, mas a Rússia em nenhum momento da sua longa história experimentou qualquer coisa relacionada a Democracia. Desde os czares até os atuais autocratas, aquilo sempre se guiou por oligarcas e ditadores.
É a vocação deles, paciência.
Depois de Putin (um dia ele vai embora, claro) virá outro até pior, que “herdará” uma potência burocrática e militarizada no comando de uma sociedade disforme e empobrecida. Enfim, o que a Rússia sempre foi.
Não me parece que haja algo na genética ou na cultura Russa que os obrigue a serem governados por ditaduras.
A maior parte das democracias é muito recente e há sempre uma primeira vez para tudo…
Temos de perceber como esses “senhores” se mantêm no poder e usar isso para os combater.
Ironicamente, parece que a Rússia é um instrumento de democratização. Agora, mais do que nunca, o povo da Ucrânia não aceitará nada menos do que uma democracia liberal e tudo graças à Rússia.
Felizmente não compartilho do seu otimismo.
Os primeiros socorros em combate são das matérias mais treinadas por quem vai pro combate na OTAN.
Tiro individual, em fração, maneabilidade, progressão no terreno e 1º Soc. O básico salva.
No próprio Brasil, uma das tropas de PM mais preparadas do país (obviamente não posso citar qual) deixou de perder 68 homens em 2016, se não me falha a memória, por causa da intervenção do colega ao lado.
Nas guerras atuais, nos EUA, o número de feridos/ mortos deixou de ser de 3/1 e passou a ser de 12/1 por causa do treinamento e material de 1º Soc.
No Brasil, o CML desenvolveu o Estg de APH em combate no período dos grandes eventos e Intervenção Federal, para que o Soc chegasse rápido ao militar ferido.
Este Estg prepara difusores da atualização em 1º Soc para as OM, bem como prepara um atendente por Grupo de Combate.
Ressalto a baixíssima taxa de baixas por mortes nas Op EB no RJ, sem contudo ter evitado embates.
Olá João, Pelo que lembro, ao ano, são cerca de 4 mil mortes decorrentes de embate entre a polícia (incluindo a polícia civll e federal) sendo que cerca de 400 delas são policiais. Isso mostra um grande desequilíbrio entre as forças policiais e os criminosos. Claro que o ideal seria nenhuma morte. Lembro de uma entrevista de um Coronel da PM de SP dizendo que uma operação policial só pode ser considerada bem sucedida se ninhem morrer. Eu lembro que eu era jovem e fiquei impressionado com a abordagem desse oficial. Nunca vi um argumento que pudesse rebater esse coronel. Bem, ainda assim, conflitos entre a policias e criminosos são bem diferentes dos conflitos em uma guerra regular, ainda que você tenha razão sobre a importância dos policiais estarem preparados para socorrer todas as vítimas em um confronto (policiais, população e até criminosos). Também acho inapropriado pensar em operações de GLO como referência, visto que elas são principalmente ostensivas. Outro ponto relevante para a discussão era o desequilíbrio de letalidade entre as tropas dos EUA e do Japão na II Guerra, muito mais em razão das decisões táticas dos japoneses em lutar até a morte que do melhor preparo das tropas dos EUA.
Bom
Não entendi bem a sua análise.
Sobre o desequilíbrio entre polícia e criminosos, acho q o certo, como vc disse, é q não houvesse mortes, mas com as ORCRIM como são, acho um absurdo q 400 homens q defendem o bem estar da população morram, para que grupos criminosos tenham um poder paralelo oprimindo, pcp, as pessoas mais pobres. E, obviamente, para q menos pessoas sofram, tem q haver desequilíbrio mesmo. Isso é “cristalinamente” óbvio… só se o senhor ache q os bandidos tenham q ter mais poder….
O q o Cel da PM disse é lindo, sinceramente, se as ORCRIM não fossem tão poderosas e opressoras. Mas o certo seria isso, q elas não fossem, não houvesse conflitos, e não houvessem mortes por isso.
E sim, os conflitos não são iguais, mas muitos dos ferimentos são, pois o fuzil de um bandido fere igual um fuzil de um inimigo, por isso o treinamento importante em APH para as polícias q tem muito enfrentamento.
Sobre GLO, em que pese tenha sido banalizada, com excessivas decretações, sem que os Poderes realizassem as ações “solucionadoras” após o estabelecimento da segurança, seus enfrentamentos também geraram feridos por armas de fogo de guerra.
Resumindo, incluindo o assunto da matéria, militares e policiais tem de ter preparo para ferimentos em ação.
É esse preparo tem sido fundamental para q menos morram e mais se sintam confiantes q podem atuar, sabendo q suas vidas podem ser salvas.
Caro. O que disse é que não dá para comparar situações de enfrentamento da polícia com criminosos, mesmo quando eles estão fortemente armados, como conflitos entre tropas regulares em uma guerra, ainda que eu concorde com a ideia que todo policial (civil ou militar, federal, rodoviário, guarda municipal e profissionais de segurança privada) deva estar preparado para proceder primeiros socorros em qualquer situação. Os números mostram que a maioria das ocorrências na área de segurança pública são de baixo risco. Felizmente. Também achei importante pontuar que se o objetivo de um militar em guerra é neutralizar o inimigo, o objetivo do policial (todos eles) é preservar a segurança e a vida, o que inclui a sua, dos criminosos, vítimas (quando houver) e das pessoas no entorno. A ideia que operações de segurança pública devam ser demonstrações de força é um grande equívoco. Sobre GLO, elas nunca devem ser confundidas com operações de segurança pública porque não funcionam para este fim.
Caro Camargo. Não se pode esperar que um policial arrisque sua vida para preservar a vida de quem quer mata-lo. Isso é insano. Além do mais o confronto é sempre escolha do bandido! Quando a polícia sobe, se eles largarem seu armamento de guerra e se entregarem, não haverá morte. Mas não é o que acontece. Falar de leões não é a mesma coisa que estar na arena com eles. Abraço.
Perfeito, Velame.
Caro Velame. Ninguém defende que o policial se coloque em risco ou coloque em risco outras pessoas ao seu redor. Contudo, a ideia que a PM tem que subir o morro para pegar bandido se mostrou um fracasso. Há uma pesquisadora da área de segurança pública, chamada Jaqueline Muniz, que classifica estas operações de “polícia ostentação”. Servem como propaganda mas seu resultado é nulo ou até pior que isso, com mortes de moradores e crianças por balas perdidas. Como disse o Coronel da PM de SP, uma operação policial que resulta em mortes fracasso em sua essência.
Com certeza essa pesquisadora não pisou no terreno de onde tirou suas conclusões. Eu não sou pesquisador de nada, mas vivi a prática do que ela conhece na teoria. Alias, a pratica costuma ser o cemiterio dos teóricos, como dizia um chefe meu. A bizarra decisão do STF de proibir operacoes policiais nos morros do Rio de Janeiro, ja contradiz tudo que você escreveu. A prática, sempre ela, dessa decisão esdruxula deixou a população a mercê desses monstros. Criou santuários para chefes criminosos, que vinham inclusive de outros estados para se refugiarem aqui, deu tempo para que eles aumentassem seu poder de fogo e construíssem abrigos e obstáculos em suas zonas de ação. Aumentou em muito o risco para os agentes da lei, que mesmo assim não se furtam ao dever. Quem dera esse pessoal da teoria fosse a reboque dos policiais para findada a luta, ajudarem os moradores, com aulas de reforço para jovens, atendimento médico e psicológico, mutiroes para emprego, cursos… mas no final todos os teóricos do caos se escondem se omitem, falam do que nunca viveram e colocam a culpa em quem faz o que tem que ser feito. Vida longa a PMERJ! O muro que nos separa da barbárie.
Caro Velame. A Jaqueline Muniz, que trabalha em uma universidade no RIo de Janeiro, é bastante próxima da PMRJ. As entrevistas dela são ótimas porque ela é uma metralhara. riso. Não sei avaliar se a decisão do STF é certa ou errada. Não li nem busquei informação sobre isso. Por outro lado, os dados de violência urbana mostram que a política de segurança pública fracassou. Insistir no atual modelo de segurança pública (e o modelo de duas polícias é apenas um dos fatores) significa que a situação continuará nos atuais níveis de violência. Isso é uma conclusão bastante simples e ao alcance de qualquer pessoa. Eu concordo absolutamente com você sobre a necessidade de ampliar a presença do Estado em todas a cidade. È preciso garantir transporte de qualidade, creches, escolas para as crianças e jovens, cursos profissionalizantes, unidades de saúde com atendimento rápido, saneamento básico e tudo mais. Há um estudo bem legal que relaciona os índices de criminalidade com a qualidade da iluminação pública, por exemplo, que se tornou um clássico na área. Sobre facilitar o acesso da população civil ás armas, tudo que li e ouvi inclusive de oficiais de PM de SP foi contra esta ideia. Creio que os policiais militares e civis do RJ devem pensar de modo similar.
Fracassou, pq nada além da ação policial é feito.
Mas não enfrentar o tráfico… deixar livre…. Tem de estar muito isolado da realidade pra ver como é diabólico com a população.
Quanto ao acesso da população ao seu legito direito de defesa, desconheço e até me causa estranheza saber que existem policiais que são contra. O atual modelo de segurança pública é o mesmo que existe em todo o mundo civilizado, polícia correndo atrás de bandido, com a diferença que aqui as leis oprimem o trabalho do policial e beneficiam o bandido. Ainda sobre a questão do acesso do cidadão comum as armas de fogo eu entendo que existam pessoas que não veem necessidade. Seja por convicção ou por desfrutarem de uma situação financeira que lhes permita morar em local onde a segurança armada é feita por terceiros. O que eu não entendo é que essas mesmas pessoas, que em sua grande maioria residem em condomínios protegidos por seguranças armados, queiram proibir aqueles que não podem, nao queiram ou não tenham condições financeiras para ter segurança privada, de possuirem arma de fogo para proteção de seu patrimônio e de sua família. Também me causa estranheza alguém delegar totalmente a segurança de sua família e patrimônio, ou achar que um policial deve arriscar sua vida para proteger patrimônio alheio enquanto o próprio dono não tem a coragem de fazê-lo.
Antes, estes teóricos aproveitassem a pacificação realizada pela PM e/ou FFAA e fizessem o q vc postou.
Levassem médicos, cursos, empregos etc
A única coisa q fazem é se esforçarem pra dizer q deu errado, sem nada realizarem ou sem cobrar das autoridades q aproveitem a pacificação pra fazer o Estado presente, pra, aí sim, a pacificação dar certo.
É um fracasso, pq altera o poder do tráfico.
Para a população extremamente oprimida, no nível da Idade Média, seria ótimo o enfraquecimento total das ORCRIM.
Sim. Não se compara.
Sim, são situações diferentes.
Mas, entrando na matéria, o preparo em 1º Soc de ponta deve ser efetivado tanto nas forças de segurança, quanto nas de guerra.
Porque, mesmo a intensidade da batalha sendo diferente, o ferimento de tiro de fuzil é o mesmo.
E GLO não é segurança pública. GLO é quando não há mais segurança pública.
Olá João. Pois é. Há anos tento explicar que GLO não pode ser vista como política de segurança pública. Quem tem que combater o crime é a polícia. O que vemos no país é um fracasso da política de segurança pública, o que incluí a ideia de duas polícias, de aprisionamento em massa, de superlotação de presídios, sem falar nos equívocos da política de repressão ao tráfico de drogas e nos últimos anos, a tolice de facilitar o acesso da população civil ás armas. Tem muito mais, como a lentidão nos processos na justiça e a cessão das administração dos presídios ás facções criminais.. mas isso é outra discussão. Como disse, é importante que as forças de segurança pública tenham treinamento de primeiros socorros, o que inclui policiais militars, civis, municipais, segurança privada, etc. Inclusive é uma excelente ideia avaliar qual o grau de treinamento dos agentes de segurança privada neste assunto. Quem sabe uma lei obrigando que eles tenham este tipo de treinamento e reciclagem periódica?
acho q o certo, como vc disse, é q não houvesse mortes,
Se for a dos criminosos, quanto mais melhor.
Então podemos concluir que para cada soldado ferido teremos outro fora de combate, pois esse segundo socorrerá o primeiro. Não é assim que se vencem guerras.
É sim.
Ou vc acaba q um soldado q sabe q não será socorrido luta de forma correta?
Mas o ponto não é esse.
É q os ferimentos de guerra são danosos o suficiente para q se exija um pronto atendimento, pelo companheiro ao lado.
Essa doutrina veio do exército israelense para os demais.
A Rússia de Putin se provou um belo de um blefe…
A dita segunda melhor força armada do mundo provou que, na realidade, é o segundo melhor exército na Ucrânia
Eu queria ver a maior potência militar do mundo sem seu puxadinho, enfrentando uma outra potência global como na segunda guerra mundial, não uma potência da série C como o Iraque, aí sim iríamos ver se eles também são tão bons assim. Na segunda guerra ganharam pela força dos números, quase metade do mundo ajudando, e mesmo assim as baixas foram elevadíssimas.
Provou que armazenar um monte de sucatas como se apenas numeros fizessem a diferença só serviram para o jantar de armamento anti tanque moderno.
EDITADO
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Agora a Rússia está a ganhar porque a Ucrânia ainda não cercou Moscovo e isso significa que os meios de informação não são credíveis.
Grande salto… Mas gostaria de saber onde foi demonstrada a força da Rússia…
Antes da guerra, era que punham a Europa de joelhos com os cortes de energia, que tinham grandes reservas de homens e equipamento, etc…
E agora? O que alcançaram?
Mas, de vez em quando, a Rússia/União Soviética cai por culpa própria e relembra a importância das democracias liberais, fazendo com que os defensores destas ditaduras tenham que voltar a serem postos no seu lugar.
Todo lado acontece o mesmo.
EDITADO
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Artilharia x trincheira – nesse contexto do conflito fica difícil em acreditar que os caras entrincheirados estão levando vantagem …parece novela mexicana.
Hahahahah como assim 40 mil mortos? Para a Ucrânia são quase 200 mil, a Ucrânia mata um soldado russo e conta 40 pelo visto. Se no auge da covid na Itália víamos dezenas de caminhões transportando mortos, filas quilométricas, certamente 200 mil mortos é um número que não passa despercebido para um país pequeno como a Ucrânia. É muita propaganda para levantar o moral em favor dos ucranianos.