Urutu modernizado LAAD23 - foto poggio 1

Diferentes veículos EE-11 Urutu passaram por vários processos de modernização ao longo do tempo. A mais atual das propostas de modernização desse veículo de projeto e construção nacional estava presente na LAAD 2023 (feira de Defesa e Segurança da América Latina).

No passado, a presença de veículos produzidos pela extinta Engesa era algo dado praticamente como certo. Conforme o Brasil foi desenvolvendo novos veículos e adquirindo outros do exterior, esta visão começou a se tornar algo raro. Na LAAD de 2023 um único exemplar do famoso EE-11 Urutu foi exibido. E provavelmente pela última vez.

O Urutu em questão era um veículo do modelo M2 que foi modernizado pela empresa Columbus nas instalações do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). O propósito era converter um exemplar e adaptá-lo às operações do tipo GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

Baseando-se em modificações adotadas anteriormente para revitalizar a frota de veículos do EB, o “Urutu GLO modenizado” recebeu um novo motor Cummins ISBe 220 P5-1.1 de seis cilindros em linha com 6.7 litros e injeção direta turbo alimentado, desenvolvendo 220hp. A caixa de transmissão original foi substituída por uma Allison SP3000.

O foco da modernização também visou a melhoria das condições ambientais para a tripulação, com a instalação de um equipamento de ar-condicionado com capacidade para 40.000 BTU. No entanto, a mudança externa mais significativa e que chama mais a atenção foi a adotação de uma pá mecânica frontal para a remoção de obstáculos.

A modificação ocorreu ao longo do ano de 2021 e o exemplar ficou pronto no início de 2022. Em agosto daquele ano o veículo foi entregue ao 13º RCMEC. O EB resolveu não dar continuidade ao projeto e focar em outros programas de modernização da força. Veja abaixo algumas fotos de detalhe do Urutu GLO.

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Gerson Carvalho
Gerson Carvalho
1 ano atrás

Esse vai rodar muito ainda!

Tallguiese
Tallguiese
1 ano atrás

Para as forças policiais sim seria muito interessante, porém qual seria o custo de manter?

Humilde Observador
Humilde Observador
Responder para  Tallguiese
1 ano atrás

Para a maioria das forças policiais seu custo de manutenção seria pesado, mas, como seria apenas para unidades especiais poderia ser viável sim, só no caso do RJ onde seria usado com mais frequência, e onde teria ainda mais utilidade, é que talvez ficasse difícil de manter.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 ano atrás

O EB resolveu não dar continuidade ao projeto e focar em outros programas de modernização da força.´´

Graças a Deus, já não bastava o EB querendo gastar grana com modernização de Cascavel nessa altura do campeonato?

Provavelmente, nem pra PM´s como a carioca, esse veículo seria interessante, com tantas outras opções melhores no mercado…

Rogério Loureiro Dhiério
Rogério Loureiro Dhiério
1 ano atrás

Tinham que ser modernizados e repassados a países amigos a preços modestos, onde o valor de cada unidade seria a modernização, mais um valor simbólico da carcaça.

Mantém o emprego aqui e seria mais ou menos uma forma pouco rentável de se desfazer de duas buchas (Cascavel e Urutu), que estão muito atrás de seu tempo.

Melhor do que doar ou jogar no mar pra virar coral de peixe.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Rogério Loureiro Dhiério
1 ano atrás

Concordo.
Doa a países como Uruguai, Paraguai, Bolívia, etc, com a condição de que paguem a modernização, e que ela seja feita aqui.
Eles ganham veículos que ainda serão muito úteis a eles, e a gente ganha uma grana.

Rogério Loureiro Dhiério
Rogério Loureiro Dhiério
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Bingo. Exatamente isso.
Carcaça por carcaça nem tem tanto valor assim más para estes países seria um ganho operacional gigantesco ter produto modernizado a um custo relativamente pequeno.

E o mais importante. Fomento ao emprego e a indústria nacional.

Prato na mesa chefe.

Humilde Observador
Humilde Observador
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Se for para doar com a obrigação de modernizarem e ainda por cima no Brasil, ai reduz significativamente o interesse de boa parte desses países, uns porque não teriam dinheiro, outros porque conseguiriam “ofertas melhores” estocadas nos desertos dos EUA, sem as mesmas exigências.

Humilde Observador
Humilde Observador
Responder para  Humilde Observador
1 ano atrás

Peguem o exemplo de Paraguai e Uruguai, a título de ilustração, já que eles recebem frequentemente doações de EUA e Brasil. O que eles recebem como doação, habitualmente é com custo zero mesmo, no máximo gastam com a logística para o transporte, isso porque falta dinheiro.
O que eles fazem em termos de manter os veículos em condições de uso, são pequenas reformas e adequações internas dentro da própria força conforme o possível (isso depois dos equipamentos já recebidos). Quando têm algum recurso para adquirir algo, procuram algum fornecedor alternativo para comprar a conta-gotas poucas unidades de algum veículo novo, como vocês podem ver nessa notícia:
https://tecnodefesa.com.br/paraguai-recebe-novos-blindados-taticos-typhoon/
Então, esse cenário de “doar” com a obrigação de modernizar no Brasil, só seria possível se fosse um caso onde a verba existe, mas, existem restrições de aquisição, tipo um embrago, portanto, no contexto mencionado, as chance disso frutificar em “negócio” seriam baixíssimas.
Ao contrário do que ocorre com outros países, a normalidade dos países da América Latina os obrigam a viverem em busca de “negócios da China”, já que não podem esbanjar como fazem as potências econômicas e militares.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Rogério Loureiro Dhiério
1 ano atrás

seria ótimo, afinal a modernização seria aqui, deixariam dinheiro aqui, o EUA quando vendem alguns produtos velhos estocados, fazem isso

Rogério Loureiro Dhiério
Rogério Loureiro Dhiério
Responder para  Carlos Campos
1 ano atrás

Exatamente. São inteligentes.
Não ganham na carcaça, apenas de forma simbólica.

Mantém emprego de médio e longo prazo e ainda fidelizam os clientes.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Rogério Loureiro Dhiério
1 ano atrás

Só precisa combinar com esses países, né?
Quem disse que eles querem pagar algo para ter um veículo velho “modernizado”? Eles não tem compromisso para gerar empregos no Brasil então se forem gastar algo vão preferir veículos melhores. EUA e China tem muita coisa melhor para oferecer a preços melhores.

Eduardo
Eduardo
Responder para  Rafael Oliveira
1 ano atrás

A preços melhores não tem não.

Humilde Observador
Humilde Observador
Responder para  Eduardo
1 ano atrás

Pior que têm, tudo depende do caso. Se forem veículos novos, de fato os dos EUA são caros, mas, não faltam equipamentos estocados na reserva estratégica nos desertos de lá, a custo zero (como recebidos frequentemente por alguns países desses) ou a preços módicos, lembre-se que eles têm material obsoleto até da Guerra Fria que pode ser obsoleto, mas, para quem pouco tem, são úteis ainda, afinal, “a cavalo dado, não se olha os dentes”. E se os equipamentos forem novos, os preços chineses em geral, estão bem abaixo da média de mercado.

AMX
AMX
Responder para  Rafael Oliveira
1 ano atrás

Verdade. Quem lê os comentários, parece que eles (ditos países) estão loucos pra recebê-los, rs.
Talvez digam “ah, mas eles têm esses veículos, seria bom pra eles”. Ok, mas, se for por isso, nós também temos, kkkkk

Foxtrot
Foxtrot
1 ano atrás

Não acredito ser viável para atuação em GLO esse veículo.
O EB deveria modernizar algumas pequenas unidades, para utilizar como plataforma “protótipo” de testes para desenvolvimento, testes de novos sistemas de armas, EW etc.
No mais, o resto viraria alvos !

Carlos Campos
Carlos Campos
1 ano atrás

para as polícias seriam bons também, mas para linha de frente na guerra, com bastante armas anti blindados é ruim.

M4|4v1t4
M4|4v1t4
Responder para  Carlos Campos
1 ano atrás

A mesma arma anticarro que destrói um Urutu 6×6 destrói um Stryker 8×8 ou qualquer outro.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Ainda acho que transferir a responsabilidade GLO para o exercito é questionável e também a forma que foi aplicada é duvidosa, acompanhando as ultimas décadas praticamente todo batalhão recebeu equipamento e instrução GLO, como se este fosse um batalhão de choque da policia militar que é a real responsável por representar o Estado nesse tipo de missão…o governo federal praticamente assinou o mea culpa fazendo isso.
Talvez tal equipamento seja útil na engenharia fazendo papel de mobilidade com a pá remove escombros, até como GLO, mas em batalhões de guardas e policia do exercito, mas nunca em um batalhão de infantaria/cavalaria.

Está muito “mão amiga” para pouco “braço forte”, o EB precisa definir onde quer chegar.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Concordo.
É só olhar pra exemplos como México, cujas FA´s vem fazendo papel contra o narcotráfico a décadas.
Além de apenas empurrarem o problema com a barriga ( na melhor das hipóteses… ), isso foi maléfico também pras FA´s deles, que perderam totalmente sua capacidade de combate pra virarem uma PM um pouco mais anabolizada.
O EB corre o risco de acontecer a mesma coisa.

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Fora que o envolvimento das FA no combate à criminalidade gera oportunidades para militares com interesse em enriquecimento rápido.
Já ouviu falar do bicheiro “Capitão Guimarães”, do RJ? Adivinha porque ele tinha esse nome?

https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitão_Guimarães

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  EduardoSP
1 ano atrás

Lendo o caso acima, pelo link que você postou, fico…curioso, pra dizer o mínimo…como um sujeito com uma história de vida´´ dessas foi aceito pra ser capitão, e ainda foi absolvido pelo STM no final…ora,ora…
Vão dizer que foi caso isolado, certo?

Outra coisa que chama atenção no RJ é a quantidade de bases militares e, ao mesmo tempo, a quantidade de traficantes pegos com armas pesadas que, teoricamente, deveriam ser exclusivas de usos das FA´s.
Coincidência, certo?

Atirador
Atirador
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Essas armas pesadas vem na sua grande maioria do Paraguai

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Atirador
1 ano atrás

Tá bom…
Os caras vão importar´´ armamento pesado, atravessando centenas de km´s do Brasil adentro, correndo o risco de serem pegos por qualquer blitz pelo caminho, quando se tem bases militares bem ao lado, repleto de armas, e com gente que adoraria ganhar um por fora…

Sunda
Sunda
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

As forças armadas brasileiras não usam Aks 47, AR15 nem Glock, é só ver as apreensões

Oráculo
Oráculo
Responder para  EduardoSP
1 ano atrás

História interessante. Obrigado por divulgá-la. A história desse bicheiro dava um filme.

Welington S.
Welington S.
1 ano atrás

Para uso policial teria que ser muito, mais muito específico. Fico imaginando em uma situação de GLO, os Black Blocs da vida jogando Coquetéis Molotov contra esse blindado… Torna-se uma bomba em chamas na hora. Uso para uma ação muito, muito, muito, mais muito especifica mesmo.

SGT MAX WOLF FILHO
SGT MAX WOLF FILHO
1 ano atrás

É de dar dó o que fizeram com a Engesa e a Gurgel, parece que o Brasil trabalha a favor dos gringos e não dele mesmo… Trsite isso 😔

João Luiz
João Luiz
Responder para  SGT MAX WOLF FILHO
1 ano atrás

Ufa alguém lembrou da ENGESA criadora desses brutos aí aqui na minha São José dos Campos..

Oráculo
Oráculo
1 ano atrás

O correto era o ESTADO brasileiro fazer um levantamento de quantas unidades seriam necessárias para equipar os Batalhões de Choque das PMs estaduais.

Depois o ESTADO brasileiro pagar pela modernização necessária para atender as necessidades dos policiais de choque.

E depois repassar os Urutus a essas unidades políciais.

Os EUA fazem isso.
Como lá o policiamento ostensivo é municipalizado, eles cedem Humvees dos estoques militares para polícias que entram no projeto do governo.
E até mesmo MRAP para as SWATs são repassados.

Funciona bem. Apesar das críticas da turma “mais amor por favor” por causa da militarização das polícias municipais.

Heinz
Heinz
1 ano atrás

é só adaptar um canhão bofors de 40mm em cima do urutu, ou eorlinkon de 35mm, igual ao que os russos e ucranianos fazem no MTLB, já vi de tudo e da certo!

Higo
Higo
1 ano atrás

Veículo antigo com pouca blindagem. O Brasil e suas latas velhas. O pior que tudo em poucas unidades e com tecnologia de baixo nível. Nosso país apenas brinca de forças armadas, não temos realmente quem defenda o Brasil.

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  Higo
1 ano atrás

Com um Kwid básico custando 70 mil, todos estaremos andando de lata velha em pouco tempo

Ferreira Junior
Ferreira Junior
1 ano atrás

O Urutu poderia continuar no Exército, existem funções que não estariam na linha de frente. Contudo, temos de criar a guarda federal, para ajudar as forças de segurança dos estados e exercerem a GLO.

Wagner W Chapman
Responder para  Ferreira Junior
1 ano atrás

No Chile eles pegaram uns veículos antigos com pouca blindagem deram uma geral, tiraram algumas coisa de dentro desnecessárias e os colocaram para levar as munições dos paios para para as linhas de frente, mas não totalmente na frente de batalha. viraram um caminhão com pouca blindagem.

Augusto José de Souza
Augusto José de Souza
1 ano atrás

Poderiam repassar para as forças policiais como Bope e Core do Rio de Janeiro,Depen,PRF,PF,Força Nacional,PMMG,PMGO e PMMT que encaram o novo cangaço.

Humilde Observador
Humilde Observador
1 ano atrás

Tirando o cano do filtro de ar (mas, é compreensível o porque), esse modelo da foto está novinho, até parece recém-saído da fábrica, perfeito para exposições.

RDX
RDX
1 ano atrás

Discussão interessante. vamos lá.

1.modernizar essa lata velha resultaria em menor número de encomendas do Guarani.

2.Urutu para GLO? Além de não ser missão do EB (já cansei de falar sobre o risco de desnaturalização do nosso exército) por que não desenvolver uma versão policial do Guarani?

3.Já perguntaram se as PMs querem essa lata velha? A era de empurrar sucatas do EB para as “forças auxiliares” já acabou faz tempo. A PMERJ opera, por exemplo, Paramount Maverick e blindados da Combat Armor. Nem vou perder o meu tempo comparando esses blindados com o Urutu. Aliás, perguntem aos PMs do BOPE se eles sentem saudades do Urutu?

Jeovani
Jeovani
1 ano atrás

Ainda temos urutu em carga no EB, ou todos ja deram baixa?

Jonathan Pôrto
Jonathan Pôrto
1 ano atrás

Um alongamento para uma versão “bitruck” seria ótima !!

Jonathan Pôrto
Jonathan Pôrto
1 ano atrás

Nosso fabuloso Urutu que Zelenske não quer nem de graça !!