As Brigadas de Combate Modulares do Exército dos Estados Unidos

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US Army Brigade Combat team

Ricardo Cabral [1]

Uma das características da Guerra da Ucrânia é o embate entre as unidades táticas básicas representadas pela Equipe de Combate de Brigada, baseada no Exército dos EUA/OTAN e o Grupo Tático de Batalha, do Exército russo.

O processo de modernização dos dois Exércitos levou em consideração a experiência de combate que estavam exigindo cada vez mais unidades táticas interconectadas que exponenciam as capacidades de combate em um alto nível de eficácia.

Tendo em vista esse novo ambiente, os Exércitos se reestruturaram em unidades menores, mais flexíveis, dotadas de grande poder de fogo e mobilidade.

A reorganização do Exército dos Estados Unidos

Em termos de unidade tática básica o Exército dos EUA estava organizado em divisões, principalmente mecanizadas, de cerca de 15 mil combatentes cada desde a Primeira Guerra Mundial, variando um pouco a estrutura organizacional.

Após 1991, o objetivo estratégico norte-americano era poder combater em dois grandes Teatros de Operações simultaneamente. O Comando das Forças do Exército (US Army Forces Command, FORSCOMO) liderou todo o processo de transformação e reorganização que começaram a ser implantados. Tais processos tinham por objetivo organizar brigadas modulares de 3 mil a 4 mil combatentes. O objetivo estratégico foi mantido, desdobrar uma ou mais brigadas continuamente em diferentes partes do mundo, além de organizar o Exército de acordo com a forma de guerra que está lutando.

Ao longo das campanhas em que o Exército esteve empenhado de 2007 a 2013, verificou-se a necessidade de expandir as brigadas agregando um batalhão de manobra, baterias de obuses e um batalhão de engenheiros. Ao mesmo tempo da necessidade de se agregar novas capacidades e sistemas de armas, reforçando a interoperabilidade e o conceito de rede.

O Exército dos Estados Unidos implementou de 2006 a 2016 uma ampla reorganização da sua principal unidade tática, a divisão, para a criação de brigadas de combate modulares, brigadas de apoio e quartéis-generais. As brigadas foram totalmente equipadas com grande capacidade de mobilidade e de fogo, exponenciando suas capacidades expedicionárias, de combate de armas combinadas e atualmente implementando operações em múltiplos domínios (Multi-Domain Operations – MDO).

Foi a reorganização mais abrangente do US Army desde a Segunda Guerra Mundial. Atualmente está sendo implementada uma modernização dos sistemas de combate a fim de efetuar as capacidades de operações em múltiplos domínios até 2028.

As operações em MDO estão em um outro nível em relação à operações de armas combinadas. As operações de armas combinadas são uma abordagem de guerra que busca integrar diferentes armas de combate de um exército para obter efeitos mutuamente complementares – por exemplo, usar infantaria e blindados em um ambiente urbano em que cada um apoia o outro ou infantaria, blindados, helicópteros e sistemas de lançadores de mísseis contra posições fortificadas.

As armas combinadas reduzem o espaço de decisão do adversário. Quanto mais efeitos uma força de combate exerce no tempo e no espaço, maior a probabilidade do sistema inimigo colapsar. O conceito é tático, tendo em vista que as manobras de partes de um exército no campo de batalha ou no teatro de operações é algo bem conhecido na história, mas que com o desenvolvimento das comunicações dos séculos XIX e XX permitiram melhor coordenação entre as as armas base e as de apoio operacionais.


Em 2028, as Operações em Múltiplos Domínios (MDO) — como parte da Força Conjunta, a Estratégia do Exército norte-americano é combater um inimigo com capacidade de competir em todos os domínios. Em 2019, o planejamento era para Operações de Combate Terrestre em Grande Escala (Large Scale ground Combat Operations, LSCO) em escalões acima da equipe de combate da brigada. As Forças-Tarefa Multi-Domínio (MDTFs) operam em uma área de responsabilidade de um comandante combatente dentro de um Teatro de Operações.

As Forças-Tarefa Multi-Domínio (Multi-Domain Task Forces, MDTFs) são unidades experimentais do tamanho de brigadas que são adaptadas para operar no TO; devendo operar subordinada a um comandante de TO ou quartel-general de divisão, conjunta ou independentemente, dependendo da missão  ou enquadrada em um Corpo de Exército. Estas MDTFs aumentam a “capacidade de conexão” com outras forças e com as unidades no espaço e no campo cibernético, com “capacidade de penetração com fogos de longo alcance, com capacidade de integrar todos os domínios”. Esta é uma operação integrada: reunindo as capacidades existentes, bem como desenvolvendo novas capacidades, que foram implantadas de maneiras inovadores e em rede, todas adaptadas ao cenário de segurança das respectivas regiões, com todas as suas capacidade maximizadas e integradas para deter o inimigo.

As MDTFs reunem muitas capacidades no campo cibernético e espacial, como um batalhão I2CEWS que reune companhias de inteligência, comunicações e espacial. Os sistemas de armas incluem baterias MRLS, UCAVs, defesa antiaérea e um batalhão de infantaria

Desde 2019, as Forças Armadas dos EUA (Marinha, Exército e Força Aérea) tem comandos integrados para a realização de MDO nos teatros de operações onde estejam atuando suas unidades. As capacidades de atuação integradas entre as Forças estão em constante aperfeiçoamento de modo a exponenciar sua letalidade.

Um aspecto interessante é que tais capacidades de atuação integrada tem sido difundias com países aliados componentes da OTAN, Coreia do sul, Japão, Autrália, Nova Zelândia a partir do desbramento de MDTFs para realização de exercícos.

O Exército dos Estados Unidos em 2022

O Exército está organizado em brigadas modulares  (Modular Combat Brigades, MCB) cujo efetivo varia de 3 mil a em torno de 4.7 mil combatentes. A abordagem operacional emprega a Equipe de Combate de Brigada (Brigade Combate Team, BCT) como a principal unidade tática de combate, mas estas podem ser agregadas em Divisões para operações em larga escala, Corpo de Exército (2 ou mais divisões) para operações mais duradouras e Comando de Teatro de Operações.

As Brigadas de Combate Modulares

As Brigadas de combate modulares (Modular Combat Brigades) são formações de armas combinadas independentes,  padronizadas que tem unidades componentes tanto da ativa, quando da reserva (Guarda Nacional).

O reconhecimento desempenha um grande papel nas novas estruturas organizacionais. Os analistas do Exército concluiram que a aquisição do alvo era o elo fraco na cadeia de localização, fixação, aproximação e destruição do inimigo. O Exército já tinha plataformas letais suficientes para derrubar o inimigo e, assim, o número de unidades de reconhecimento em cada brigada foi aumentado para superar esse déficit de capacidade. As brigadas às vezes dependem do apoio de fogo integrado da Força Aérea e da Marinha para realizar sua missão. Como resultado, a quantidade de peças de artilharia de campanha foi reduzida no projeto da brigada.

Atualmente existem três tipos de BCTs: Equipes de Combate de Brigada Blindada (Armored Brigade Combat Teams, ABCTs), Equipes de Combate de Brigada de Infantaria (Infantry Brigade Combat Teams, IBCTs)  que inclui unidades leves, de assalto aéreo e aerotransportadas, além das Equipes de Combate de Brigada Stryker (Stryker Brigade Combat Teams, SBCTs) que a rigor é brigada mecanizada.

Desde 2018, o Exército dos Estados Unidos tem 31 brigadas, distribuídas da seguinte maneira:

  • 15 Equipes de Combate de Brigadas de Infantaria (sendo 3 airborne e 3  air assault);
  • 10 Equipes de Combate de Brigada Blindada;
  • 6 Equipes de Combate de Brigada Stryker.

Equipe de Combate de Brigada Blindada

A Equipe de Combate da Brigada Blindada (ABCT) é a principal força blindada do exército. A ABCT é projetada em torno de batalhões de armas combinadas (CABs) que contêm tanques M1A2 Abrams e veículos de combate de infantaria M2 Bradley (IFVs). Outros veículos, como HMMWVs e veículos blindados M113, operam em uma função de apoio.

No futuro, também conterá veículos do Veículo Blindado Multifuncional e provavelmente o Veículo de Combate Tripulado Opcionalmente (OMFV). Armored Multi-Purpose Vehicle and likely the Optionally Manned Fighting Vehicle (OMFV).

Pontos a serem observados:

  • Como a brigada possui mais unidades orgânicas, a estrutura de comando inclui um subcomandante (além do oficial executivo tradicional) e um estado-maior com mais seções capaz de trabalhar com unidades de assuntos civis, operações especiais, operações psicológicas, defesa aérea e unidades de aviação. O efetivo é de 43 oficiais, 17 Subtenentes/Sargentos e 125 cabos e soldados.
M2A2 Bradley Fighting Vehicle
  • 1 Batalhão de Engenharia: composto 1 companhia de comando, 2 companhias de engenharia, 1 companhia de inteligência e 1 companhia de comunicações. Cada uma das companhias de engenharia de combate possuem: 13 M2A2 Bradley, 1 M113A3 (APC), 3 M1150 Blindado anti-minas (Assault Breacher Vehicle, ABV), 1 M9 Retroescavadeira (Armored Combat Earthmover, ACE) e 2 M104 Lançador de Ponte (Heavy Assault Bridge, HAB). Efetivo 47 Oficiais e 385 praças;
M113A3 Armored Personnel Carrier (APC)
  • 3 Batalhão de armas combinadas: com 1 companhia de comando, duas companhias de infantaria mecanizada e duas de tanques. Cada companhia de infantaria mecanizada possui 1 Abrams M1A2, 14 Bradley M2A3 (IFV), 3 viaturas de combate de cavalaria Bradley M3A3 (Cavalry Fighting Vehicles, CFV), 4 viaturas de apoio de fogo M7A3 e 4 viatura transporte de morteiros M1064 com morteiros M120 de 120 mm. As companhias de tanques possui 14 Abrams M1A2. Em 2016, esta estrutura da Equipe de Combate de Brigada Blindada foi reorganizada para dois batalhões blindados (com 2 companhias de tanques + 1 companhia de infantaria mecanizada), e um batalhão de infantaria mecanizado (com 2 companhias de infantaria mecanizadas e 1 companhia de tanques). Efetivo de 48 oficiais e 580 praças;
M1A2 Abrams e M3A3 Bradley Cavalry Fighting Vehicles (CFVs)
  • 1 Esquadrão de Cavalaria: 1 companhia de comando, 3 companhias de reconhecimento e 1 companhia de tanques. A Companhia de Comando possui 2 M3A3 Bradley viatura de combate de cavalaria (Cavalry Fighting Vehicles, CFVs) e 3  M7A3 Bradley viatura de apoio de fogo (Fire Support Vehicles, FSV). Já as companhias de reconhecimento possuem 7 M3A3 Bradley CFV. Efetivo de 35 oficiais e 385 praças;
M2A3 Bradley Infantry Fighting Vehicle
  • 1 batalhão de artilharia: constituído de uma companhia de comando, 3 baterias com 6 M109A6  de 155 mm e um pelotão de aquisição de alvos. Efetivo de 24 oficiais e 298 praças;
M1064 Mortar Carriers (chassi do M113) com Morteiro M120 de 120 mm
  • 1 batalhão de apoio logístico: constituído por 1 companhia de comando, 1 companhia de saúde, 1 companhia de manutenção, 1 companhia de logística e 6 companhias de apoio avançado. Efetivo de 61 oficiais e 1.073 praças;
M109A6 Paladin Obuseiro auto-propulsado
  • todos os batalhões tem um companhia de apoio avançado (reconhecimento, engenharia, infantaria e artilharia de campo).
M7A3 Bradley Fire Support Vehicles

As viaturas blindadas dos ABCTs e IBCTs estão sendo modernizadas a fim de serem adaptadas para as operações em múltiplos domínios. Existe a previsão de substituição do M2 Bradley IFV, do Stryker M1128 Mobile Gun Systen (tanque leve para as IBCTs) e do M113 por outra viatura dentro do programa Next Generation Combat Vehicle, além da aquisição de blindados robóticos (leve médio e pesado) e a substituição do M1 Abrams.

M1128 Stryker Mobile Gun System

Equipes de Combate de Brigada de Infantaria (Infantry Brigade Combat Teams, IBCTs)

As IBCTs estão equipadas e em condições de realizar assaltos por meios terrestres, aéreos e anfíbios. As brigadas de infantaria de aerotransportada e aeromóvel tem a mesma organização das outras brigadas de infantaria.

  • 1 Batalhão de Engenharia;
  • 3 Batalhões de Infantaria Mecanizada;
  • 1 Esquadrão de Cavalaria;
  • 1 Batalhão de Artilharia;
  • 1 Batalhão Logístico.

Efetivo de 4.413 combatentes

Equipe de Combate da Brigada Stryker  (Stryker Brigade Combat Team, SBCT)

A equipe de combate de brigada Stryker (SBCT) é uma força de infantaria mecanizada estruturada em torno das 10 variantes do veículo blindado de oito rodas Stryker, da General Dynamics. Uma brigada Stryker completa é transportável por via aérea C-130 Hercules para o teatro de operações em 96 horas, enquanto uma força do tamanho de uma divisão deve levar 120 horas.

A brigada Stryker é uma unidade orgânica de armas combinadas de veículos blindados leves e de peso médio com rodas, e é organizada de forma diferente das equipes de combate de infantaria ou brigada blindada. As brigadas Stryker estão sendo usadas para implementar doutrinas de guerra centradas em rede e destinam-se a preencher uma lacuna entre a infantaria leve altamente móvel e a infantaria blindada mais pesada. A equipe também recebe treinamento em defesa química, biológica, radiológica e nuclear (defesa QBRN).

  • 1 Batalhão de Engenharia, com uma companhia de engenharia a mais e a companhia de inteligência com um pelotão UAV;
  • 3 Batalhões de Infantaria Stryker constituída por cada um com 3 companhias de fuzileiros com 12 veículos de transporte de infantaria, 3 plataformas de armas móveis, 2 veículos de transporte de morteiros de 120 mm, uma companhia com pelotões de batedores, morteiros e  médicos e uma seção de atiradores;
  • 1 Esquadrão de Cavalaria, com 3 companhia de cavalaria Stryker dotada de mísseis anticarro e com M1128 (Mobile Gun Systeem) Stryker com canhão de 105 mm ;
  • Batalhão de artilharia com 3 baterias de 6 Obuses de 155 mm, um pelotão de aquisição de alvos e seção de tiro conjunta;
  • O batalhão de engenharia e os 3 de infataria com um companha anti tanque, 9 Strykers equipados com mísseis TOW.

Efetivo de 4.500 combatentes.

Equipe de Brigadas de Apoio ao Combate

São brigadas modulares com as seguintes especilidades: Aviação, Artilharia, Inteligência (intelligence, surveillance, target acquisition, e reconnaissance, ISTAR), Manobras (engenheiros, comunicações, polícia militar, química e apoio de retaguarda) e Logística.

As Brigadas de Aviação de Combate são multifuncionais, oferecendo uma combinação de helicópteros de ataque (o Apache), helicópteros de reconhecimento (Kiowa), helicópteros de médio porte (Blackhawks), helicópteros de carga pesada (Chinooks) e capacidade de evacuação médica. A aviação não é orgânica para as brigadas de combate, mas sim para  as divisões.

As seis divisões pesadas do Exército tem uma brigada de aviação de combate pesado com 48 helicóperos AH-64 Apache, 38 UH-60 Blackhawk, 12 CH-47 Chinook e 12 UH-60 Blackhawk para evacuação médica em sua brigada de aviação. Estes são divididos em dois batalhões de ataque, um batalhão de assalto e um batalhão de apoio de aviação geral. Um batalhão é de apoio à aviação com companhias  de quartel-general, reabastecimento/ressuprimento, reparo/manutenção e comunicações.

As divisões leves possuem uma brigada de aviação de combate com 60 helicópteros de reconhecimento OH-54 Kiowa. As divisões tem brigadas de aviação com 30 helicópteros de reconhecimento armados e 24 AH-64 Apaches, além de 10 esquadrões de reconhecimento e ataque com 12 drones RQ-7B Shadow cada.

As Brigadas de Artilharia de Campo  fornecem fogo de artilharia (Paladin Howitzer, M270 MLRS, HIMARS), bem como operações de informação e capacidades de efeitos não letais. Estão adjucadas à divisão, que a exemplo das brigadas de aviação fornece apoio as MCB mediante solicitação

O Exército distribuiu um batalhão orgânico de artilharia de defesa aérea (air defense artillery, ADA) para suas divisões. Os 7 batalhão ADA (1 da ativa do Exército + 6 da ARNG (Army National Guard), fornecem proteção de defesa aérea e antimísseis (air and missile defense, AMD). O pool de recursos AMD do Exército atenderá aos requisitos operacionais de maneira personalizada e oportuna, sem retirar a capacidade AMD atribuída de outras missões. Os sistemas de defesa aérea de curto alcance móveis (Mobile short-range air defense, MSHORAD) empregarão protótipos de canhão a laser.

As Brigadas de Manobra são projetadas para serem autossuficientes e estão dotadas de unidades de guerra química química, polícia militar, unidades de assuntos civis e unidades táticas, como um batalhão de infantaria de manobra. Essas formações são projetadas para serem conjuntas para que possam operar com coalizão, ou forças conjuntas, como o Corpo de Fuzileiros Navais, ou podem preencher a lacuna entre brigadas de combate modulares e outras brigadas de apoio modulares

Essas unidades tem capacidades de serem desdobradas em 96 horas, permitindo aos Estados Unidos projetar poder em qualquer parte do globo.

As Forças Armadas norte-americanas têm material preposicionado e principalmente portos e aeroportos em vários países do mundo em condições de receber as unidades que estão sendo desdobradas. A integração das capacidades logísticas das Forças tem sido uma grande preocupação do Estados Maior Conjunto dos Estados Unidos (Joint Chiefs of Staff)

Conclusão

A característica expedicionária do Exército dos Estados Unidos é mais um desafio logístico e operacional que exige a existência de unidade modulares com alto grau de flexibilidade, poder de fogo e capacidade de atuar nos mais diversos tipos de terreno e clima

O Exército dos Estados Unidos deu um salto organizacional em termos de flexibilidade das suas unidades táticas ao adotar a estrutura de brigadas modulares em vez das tradicionais divisões e regimentos.

As divisões continuam sendo importantes unidade de manobra. Estas grandes unidades dispõem de meios com capacidades que apoiam as suas brigadas em termos de apoio de fogo, logística e de manobra. Estão no nível divisão a combinação dos sistemas C4ISR, ISTAR e I2CEWS, a fim de proporcionar aos comandantes a melhor consciência situacional para o seu nível operativo, ao mesmo tempo em que promove a eficácia dos meios operativos em um determinado teatro de  operações. A combinação de todos esses recursos e capacidades reduz significativamente o tempo de resposta e o emprego dos meios pelo inimigo.

As brigadas modulares são equipadas com famílias de veículos blindados sobre lagartas e rodas com grande capacidade de mobilidade e poder de fogo. Estes meios oferecem muita flexibilidade no seu desdobramento, ampliando suas capacidades expedicionárias, de combate de armas combinadas e em operações em múltiplos domínios.

As lições aprendidas na Guerra da Ucrânia demonstram a importância da consciência situacional do campo de batalha, da guerra eletrônica e cibernético, além do amplo emprego dos vários tipos de UCAVs. A perspectiva é que em breve teremos meios blindados e motorizados robóticos no campo de batalha. Neste sentido, as operações em múltiplos domínios exigirão modernização dos meios e do emprego da brigadas modulares.

Bibliografia


[1]Mestre e Doutor em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da UFRJ, professor-colaborador e do Programa de Pós-Graduação em História Militar Brasileira (PPGHMB – lato sensu), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO e Editor-chefe do site História Militar em Debate e da Revista Brasileira de História Militar. Website: https://historiamilitaremdebate.com.br

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Nuno Taboca
Nuno Taboca
1 ano atrás

EDITADO

Oliveira Barros
Oliveira Barros
1 ano atrás

EDITADO

Maurício.
Maurício.
Responder para  Oliveira Barros
1 ano atrás

Mas quem disse que os americanos vão enfrentar os russos? Essa reorganização toda é para chutar mais um cachorro morto por aí, do nível de um Panamá, Iraque, Líbia, Síria, Somália e quem sabe, no futuro, uma Venezuela…

Ildo
Ildo
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

O Exército dos EUA (depois da Segunda Guerra Mundial) jamais enfrentou algo parecido do que os russos estão enfrentando na Ucrânia.

Enquanto, no “ocidente coletivo”, o mito estadunidense continua…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

Mais outro cachorro morto: Rússia.

EUA e OTAN tirariam a Rússia pra nada.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Agora conta a do papagaio…rsrsrs.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Oliveira Barros
1 ano atrás

Sim , os enormes avanços Russos provam que o uso maciço de artilharia “burra” é o futuro. A este ritmo vão demorar 2 anos a conquistar o Donbass? E talvez 20 o resto da Ucrânia?
Até porque já não se começam a ver algumas mudanças na forma de atuar dos Russos…

Oliveira Barros
Oliveira Barros
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Não meça pelos avanços territoriais, mas pelas baixas do inimigo.
Vários analistas consideram que as baixas ucranianas entre mortos e feridos já chegam a 400 mil.

Ildo
Ildo
Responder para  Oliveira Barros
1 ano atrás

O parâmetro do ocidente coletivo que defende EUA/OTAN são as guerras de agressão deles próprios… Enfrentando países embargados ou insurgência, com esmagar apoio aéreo…

A Rússia enfrenta o maior exército da Europa em fevereiro de 2022 e toda a OTAN desde então. Toda a intligência da OTAN em campo e U$ 100 bilhões em apoio… Milhares de carros de combate, blindados, peças de artilharia…

OTAN que que raspa o que tem em depósito e que está já sem munição para enviar para a Ucrânia…

Victor Filipe
Victor Filipe
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Enquanto um pode escrever essas babozeiras e postar na hora os meus comentarios ficam presos até Deus sabe quando…

Ildo
Ildo
Responder para  Victor Filipe
1 ano atrás

É? Então desconstrua as “baboseiras”…

Os meus cometários também são retidos na maioria das vezes; vários não são publicados; e olha que não tenho esse costume de ataques rasos Ad hominem

Victor Filipe
Victor Filipe
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Fica retido sim, o meu levou 8 horas pra ser liberado e a tua resposta já tá ai.

Com certeza fica mesmo né, o fato do seu comentário já tá liberando é apenas uma coincidência né? os meus outros comentários também quando saem em menos de 3 horas eu até me surpreendo. esse atraso extremamente extenso na liberação de comentários é algo que diminui muito a vontade de responder toda a besteira escrita aqui.

Eu tinha feito uns 4 ou 5 comentários e só 2 foram liberados.
Fica retido sim, o meu levou 8 horas pra ser liberado e a tua resposta já tá ai.

Com certeza fica mesmo, mas já tá liberando os meus outros comentários também, esse atraso extremamente extenso na liberação de comentários é algo que diminui muito a vontade de responder toda a besteira escrita aqui.

Eu tinha feito uns 4 ou 5 comentários e só 2 foram liberados.

Ildo
Ildo
Responder para  Victor Filipe
1 ano atrás

Se eu for contar quantos comentários meus sequer foram publicados… Isso que não tenho certo costume de ataques Ad hominem de alguns…

Quanto aos teus ainda estou no aguardo da desconstrução das “besteiras” do outros…

Aliás, no teu caso esse passou a ser “argumento” corriqueiro…

Ildo
Ildo
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

A Rússia avança nas áreas mais fortificadas do Donbass, as principais dessa guerra.

Áreas das tropas treinadas e equipadas pela OTAN…

Ucranianos capturados já deixaram claro que pouco valia tem o treinamento da OTAN com instrutores sem nenhuma experiência num conflito de tal intensidade. A validade em combate, segundo eles, é para os próprios ucranianos com experiência na guerra; os que sobrevivem alguns meses atualmente…

Mas o mitos permanecem na bolha do ocidente coletivo; com os EUA/OTAN que só enfrentaram insurgência com maciço apoio aéreo…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Os EUA venceu a anterior guerra de alta intensidade (Guerra do Golfo).

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Alta “intensidade” numa coalizão de mais de 30 países e enfrentando forças com equipamento de exportação de segundo nível e em grande parte obsoleto…

E que somente depois de 12 anos de embargos que foram Crimes Contra a Humanidade (vide clássica declaração de Madeleine Albright sobre as crianças iraquianas…) tiveram a coragem de invadir o Iraque (apenas por causa do petróleo e relíquias do país)…

As forças terrestres dos EUA/OTAN vivem de mitos e muita propaganda dentro da bolha do ocidente coletivo…

Jamais enfrentaram qualquer coisa que chegue perto do que os russos estão enfrentando na Ucrânia contra Forças Armadas regulares.

Victor Filipe
Victor Filipe
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Minha nossa senhora, quanta baboseira, A operação tempestade no deserto (a guerra do golfo) levou quase 7 meses.

Das 956 mil tropas da coalizão 700 mil eram americanas, mais de 70%

E eu não sei da onde voce tirou que eles ficaram 12 anos aplicando embargos no Iraque, voce tem alguma prova disso?
Porque as sanções só começaram depois que o Iraque invadiu o Kwait em 1990 e a invasão ocorreu em 1991

Apesar das divisões padrão do Iraque serem consideradas equivalentes a forças soviéticas de segundo nível a Guarda Republicana era considerada equivalente as unidades de linha de frente soviética e elas foram esmagadas de forma equivalente.

Podem demorar 8 horas ai pra liberar os comentarios editores, só espero que liberem.

https://www.youtube.com/watch?v=zxRgfBXn6Mg&t=32s

https://www.youtube.com/watch?v=RSqKx3FG0Lw

Ildo
Ildo
Responder para  Victor Filipe
1 ano atrás

Deixa de ser uma coalizão? Então os outros países não foi o possível e não fizeram diferença?

A Guarda Republicana era uma fração das forças iraquianas.

A Guerra do Golfo foi a típica guerrra de EUA/OTAN, de ataques aéreos indiscriminados; tropas que não avançam 1 metro sem esmagadora aviação tática.

E os 12 anos de embargo foram para invadir o Iraque em 2003, depois de transformarem o país em quase quinto mundo…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

A coalização de mais de 30 países que somados não davam metade do pessoal e meios que os EUA desdobrou no KTO. Sem os EUA a coalizão não seria capaz de expulsar o Iraque do Kuwait.

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Não deixa de ser uma coalizão porque os EUA tinham as maiores forças; assim como a OTAN não deixa de ser OTAN…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Sabe que outro país seria capaz de tirar pra nada o Iraque em 1991? Só os EUA.

Pouco mais de 1 mês de bombardeios e 100 horas de ofensiva terrestre.

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Os EUA fizeram sua típica campanha de bombardeios indiscriminados, sobretudo contra infraestrutura civil iraquiana.

E diga-se que o ataque as forças iraquianas que se retiravam pela Rodovia 8 do Kuwait foi típico crime de guerra dos EUA.

Aliás, o Iraque invadiu o Kuwait depois que a embaixadora dos EUA no Iraque April Glaspie garantiu pessoalmente a Saddam Hussein que os EUA não iriam interveir nas disputas com o Kuwait… Não tenho dúvida nenhuma que nunca ouviste falar disso…

Se tu acha que os EUA sozinho faria a campanha é mais “estória do SE”…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

O maior mito de todos é o do “poderoso Exército Russo”.

Imagine o 1° Exército de Tanques de Guardas, a elite da força blindada russa e que seria a ponta de lança contra uma possível invasão da OTAN, ser derrotado em Izyum durante a ofensiva ucraniana de setembro? Pois foi.

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

EDITADO

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Fonte?

Os EUA jamais enfrentaram algo parecido, anos-luz, do que os russos estão enfrentando de forças regulares na Ucrânia depois da Segunda Guerra Mundial.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

“Os EUA venceu a anterior guerra de alta intensidade (Guerra do Golfo).”

Os EUA e mais de seus 30 capachos, baita “intensidade”…rsrsrs.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

A Rússia consegue avanços lentos até para os padrões da Primeira Guerra Mundial.

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

Vocês só repetem isso…

No mundo real as forças ucranianas estão sendo dizimadas nas frentes mais fortificadas do Donbass…

Hcosta
Hcosta
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Então vamos comparar com a Rússia:

Treino: Haverá dúvidas de quem tem mais treino em qualidade e quantidade a todos os níveis?

Equipamento: só para exemplo quase todos os soldados têm NVG e já começam a ter miras térmicas. E sem referir veículos com menos de 30 anos…

Recursos financeiros e tecnológicos: sem hipótese de a Rússia acompanhar. Falei há um ou dois anos que bastaria os EUA querer que em pouco tempo teriam mísseis hipersónicos, entre outros exemplos. A Rússia tem as grandes armas de propaganda e nem consegue ter um sistema de comunicação moderno.

Experiência: Repete muito a expressão de bater em cachorro morto mas isso não é devido a falta de capacidade do inimigo mas sim da superioridade Americana. É assim que se faz guerra, quanto mais fácil for, melhor.
Mas mesmo que assim não fosse, estão no terreno em grandes números a ganhar experiência. A Rússia o que fez nos últimos 30 anos? Definhou até chegar a este ponto. Nem com a experiência na Síria conseguiram evoluir a sua forma de combater ao ponto de fazer alguma diferença.

Resumindo, em que se baseia para afirmar que a Rússia é superior aos EUA?
Nas táticas, falta de coordenação, recrutamento, falta de experiência, de treino, armas antiquadas, políticos a dirigirem guerras, etc…?

Mas se o exército Ucraniano consegue parar o grande exército Russo o que fará a Rússia contra uma força muito maior, melhor equipada, melhor treino, etc… como as Forças Armadas dos EUA?

Ildo
Ildo
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

EDITADO

Ildo
Ildo
Responder para  Ildo
1 ano atrás

EDITADO

Ildo
Ildo
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Os EUA jamais enfrentaram algo sequer parecido do que a Rússia enfrenta na Ucrânia. O maior exército da Europa em fevereiro de 2022, desde 2014 com apoio da OTAN e depois dessa data apoio material maciço ao ponto de exaurirem seus estoques de hardware e munição…

EUA/OTAN que sequer conseguiram derrotar os talibãs sem apoio externo no Afeganistão…

Idem insurgência no Iraque. Nem se fala do ISIS na Síria, derrotado de fato pelo Exército Árabe Sírio, Hezbollah e Exército de Guardiães do Irã no solo.

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Oliveira Barros
1 ano atrás

Queria entender como não há a compreensão do quão ofensivo são esses comentários.
Não a alguém específico, mas aos olhos de quem lê.

É uma deliberada desconsideração de toda a realidade em prol de um comentário nitidamente e propositalmente provocativo em prol da manutenção do status de “o anti ocidente”.

Incomoda perceber que 90% das matérias (e, nesse caso, que matéria), tem toda a discussão sequestrada por esse tipo de comentário, que acarreta uma bola de neve de contra argumentações e de novos comentários, do mesmo emissor, para manter o desvio do foco ativo.

Sei que os moderadores têm muito trabalho pra manter a trilogia e que, especialmente recentemente, voltaram a manter um nível mais alto de controle ao que se comenta.

Mas não é possível que não exista uma forma de banir esse cara daqui. Uma pessoa só conseguiu tornar um ambiente sensacional, como poucos na internet, em um antro de futilidades. E muitos, que muito contribuíam, já nem aparecem mais.

Essa matéria mesmo. Que matéria. Como várias outras que têm sido postadas aqui. Imagino as boas discussões que teriam aqui antes desse cidadão começar essa missão de vida de destruir a trilogia com o propósito que tinha.

Quem pôde ter o desprazer de acompanhar, viram o que fizeram com o PB. Parece que a intenção desse cidadão aqui é exatamente a mesma.

Ildo
Ildo
Responder para  Felipe M.
1 ano atrás

O “curioso” é que para alguns não incomodam os comentários sistemáticos que poluem diariamente o espaço que todo mundo que contesta a narrativa mainstrean pró EUA/OTAN é um “nick do King”, “putinete” ou “pago pelos russos”…

Muitos menos o tempo que na triologia havia 1 ou 2 para ser atacado por dezenas do legitimiadores do norte atlantismo…

Augusto
Augusto
Responder para  Felipe M.
1 ano atrás

Que matéria mesmo Felipe, vou ser obrigado ter o prazer de ler ela varias vezes.

O professor Ricardo Cabral está de parabens!

Mictanos
Responder para  Felipe M.
1 ano atrás

Exato, também não sei como é possível

O imundo sujeito tem o mesmo blábláblá o dia todo, todo dia

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Felipe M.
1 ano atrás

Felipe, eu o entendo perfeitamente e concordo 100% com você.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 ano atrás

Eu leio esse tipo de matéria, e automaticamente penso…e o EB, como ele se enquadra nisso? Ele tem iniciativa e organização semelhante? Ou não?

Maximus
Maximus
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Também gostaria de saber. Talvez bardini, Agnelo ou velho Alfredo consigam responder.
Um tempo atras tinha o colombeli que costumava dar aulas aqui sobre isso.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Maximus
1 ano atrás

O que me chamou atenção na organização americana

Esses FSC organicas dos batalhões aparentemente é o que se faz nas seções/pelotões da CCAP, reconhecimento (pelotão de reconhecimento/exploradores), infantaria (pelotão de segurança) e artilharia de campo (pelotão de morteiros) com exceção dessa engenharia citada que me deixou intrigado.
Logistica: BSB é praticamente o nosso BLOG
Artilharia: eles tem um pelotão de aquisição de alvos no batalhão de artilharia.
Engenharia: organização deles são maior a nível de batalhão, note que as comunicações ainda é integrada a arma de engenharia e tem uma companhia de inteligencia (que usam SARP) o que justifica o tamanho maior.
Cavalaria: na cavalaria blindada os carros de combate não são centralizados, note que eles são usados em apoios aos batalhões de infantaria (armas combinadas CABs) que são de uma configuração similar aos nossos Regimentos de Cavalaria Blindados e tambem há uma companhia de carros no esquadrão de cavalaria (nosso é apenas mecanizado)
Nas Brigadas Stryker no batalhão de engenheiros, tem uma companhia anti-carro, na nossa doutrina, cada batalhão de infantaria tem um pelotão anticarro também absorvida pela CCAP)

Velho Alfredo
Velho Alfredo
Responder para  Maximus
1 ano atrás

Bom dia

Os EUA, como mostra o texto, baseava seu emprego nas Divisões de Exército, com as brigadas formadas temporariamente, de acordo com o Estudo de Situação, organizadas, por tanto, em Forças -Tarefas para a missão determinada pela Divisão.
As novas possibilidades de emprego dos EUA resultaram em que eles tenham as Brigadas constituídas.
Toda Organização Militar de nível Grande Comando de manobra (Brigada Blindada, ou de Cavalaria ou de Infantaria; Divisão e Corpo de Exército) tem todas as Funções de Combate para que tenham a independência necessária para seu emprego.
As Funções de Combate são Movimento e Manobra, Inteligência, Fogos, Comando e Controle, Proteção e Logística.
A matriz doutrinária que o ocidente usa, e até o oriente, induz há uma configuração muito parecida.

Fica até parecendo que os EUA copiaram o que o Brasil tem kkkkkk, mas é pq já adotávamos a Brigada, como outros países europeus.

Os EUA tem a vantagem nas forças “encouraçadas” de já terem suas frações nível batalhão com IFV e CC juntos. Aqui, essas tropas são unidas em exercício, com exceção dos RCB que já são assim sempre.
Como normalmente são FORPRON, são muuuuitos exercícios.

Não vejo muito problema, pcp pela logística, já q teríamos de ter especialistas mecânicos e ferramental e infraestrutura em todas as OM pra todos os veículos sempre, o que só ocorre aqui em exercicios, onde imitamos como faríamos em combate, já com os módulos prontos. Além da flexibilidade em combinar mais ou menos meios pra cada situação tática.

Para vc ver, por função de combate, se analisa cada Fração.

  • Nível Brigada (ai tu compara com os EUA):

Movimento Manobra:
Btl Inf, Esqd Cav, RCC e Reg Cav. Btl ou Cia Eng também.
Fogos:
Grupo (batalhão) Artilharia.
Comando e Controle:
Cia Com, EM Bda e Cia Cmdo.
Logística:
B Log
Proteção:
Btl Eng ou Cia Eng, Bia AAAe (os EUA tiraram de suas Bda), Cia AC
Inteligência:
Grupo Op Intg, Esqd Cav, Frações dos Btl e Reg.

  • Nível Divisão:

Movimento Manobra:
As Bda Inf, Cav e Bld, a Eng Div (3 Btl Eng) e o RCMec divisionário.
Fogos:
Artilharia Divisionária (2 a 3 GAC_podendo ser mais ou menos, pois é modular, podendo receber também um Grupo ou Bateria ASTROS)
Cia Guerra Eletrônica (fogos não cinéticos)
Comando e Controle:
Btl Com, EM Div e Cia Cmdo.
Logística:
Base Logística Terrestre, desdobrada pelos Gpt Log.
Proteção:
A Eng Div (3 Btl Eng), G AAAe, RCMec Divisionário, Cia ou Btl PE
Inteligência:
Grupo (ou Cia) Op Intg, Reg Cav Mec divisionário, Frações das Bda.

E Corpo de Exército, mas tenho tempo de escrever agora…. kkkk mas é a mesma idéia mais ou menos com um escalão acima e algumas outras frações.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Velho Alfredo
1 ano atrás

Exatamente….o EB usa as OM separadas (RCC e BIB) apenas para facilitar a logística de seus meios, mas em operações eles tem a flexibilidade de serem transformados em força tarefa blindada (com esquadrões de carros de combate e esquadrões de fuzileiros) como são nos RCB.

Aproveitando, preciso dar dois puxões de orelha aos haters das forças armadas:

Lembro de ter lido aqui algumas pessoas falando que a organização do RCB era ultrapassado…olhem aí, eles são tão ultrapassados que os americanos usam até hoje…rs
Vendo o mapa americano, também preciso alfinetar as pessoas que criticaram a centralização dos meios (forças blindadas no sul, sistemas astros no planalto, etc…) se notarem no mapa os americanos também fazem o mesmo…
Quando você centraliza meios (tempos de paz), facilita para logística trabalhar e consequentemente, se resulta numa maior disponibilidade.
E se preciso for (tempos de guerra) é possível realocar esses meios para área de conflito…vocês precisam confiar mais nos profissionais de lá, os assuntos são estudados, testados e comprovados….

Franz A. Neeracher
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Oi Rafael

Concordo com quase tudo que vc escreveu; menos nesse ponto:

A localização dos quartéis nos EUA é totalmente diferente do modelo brasileiro….e por quê isso?

Os EUA possuem relativamente “poucos” quartéis para o tamanho do exército….lá eles colocam uma divisão inteira ou em alguns casos ainda algumas unidades separadas tudo num só quartel…

São verdadeiras cidades…e faz sentido serem locais longe de grandes centros habitados….pois é necessário uma área enorme de treinamento não muito longe…..além do aspecto financeiro, custo de vida e de moradia no interior do Texas, Kansas ou Alaska é muito mais em conta do que em outras partes do país…

Outro fator que eles levam em conta é apoio da população e dos políticos locais….nas regiões em que o US Army é fortemente presente como Texas, Georgia, Kentucky, Kansas, South Carolina ou North Carolina esses fatores existem.

Não só o US Army mas a USAF e a USN diminuiram bastante a presença (redução de bases) em que o apoio é baixo como em Massachusetts ou Illinois.

Como os EUA só possuem fronteiras com 2 países amigos, a realidade deles é diferente da nossa….

Rodrigo-brasileiro
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Voa até comentar kkk

Há um tempo tbm lí alguns colegas falando e defendendo a extinção dos RCBs, ok, fui ver oque são oque fazem e pra que servem, concluí na minha visão de entusiasta que é a organização mais moderna do eb (ORGANIZAÇÃO), oque falta é encorpar com vants, guerra e defesa eletrônica, armas anti carro, etc.

Lí a algum tempo a frase:

Se treina como se luta (ou algo assim).

E aí realmente percebi o quão importante sáo os RCBs.
A partir daí defendi a extinção ou transformação dos RCC e bib em rcb.

Quanto a logística e manutenção, sou da opinião que se não conseguimos em tempo de paz no nosso território, imagina no pega pa capa.

Velho alfredo, aula como sempre.

Bardini
Bardini
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

O chapéu me serviu!
.
ABCT x Bda C Mec???
.
A questão discutida para o RCB é material e por consequência, financeira. Só depois é que vira estrutural. O mesmo é válido para os RCMec…
.
O EB simplesmente não tem condições de renovar todo o material que suas estruturas de papel demandam. Não tem!
.
Os RCC e BIB das Bda C Bld, são muito mais importantes que os RCB das Bda C Mec.
Todos sabem que o EB mal consegue modernizar o que tem dentro dos RCC e BIB, quem dera comprar material novo para RCC, BIB e a totalidade das outras estruturas das brigadas em que estas unidades se encontram. Como faz para conciliar isto com as demandas dos RCB e toda a extensa modernização que as Bda C Mec de papel demandam?
.
Tu vai me dizer que o caminho é fazer uma extensa modernização de Leopard 1A5 para daqui uma ou duas décadas começar repassar estes meios para os RCB, para operar isso aí por décadas ao lado de M113, enquanto chegam os equipamentos para as Bda C Bld no modelo conta gotas, como no caso do Centauro II?
E o resto, como é que faz?
Os americanos devem sentir até inveja disso aí, rsrsrs…
.
Hoje, nós estamos desfalcando RCC para colocar Leopard 1A5 dentro de um RCB, para ter com o que treinar.
.
Vendo o mapa americano, também preciso alfinetar as pessoas que criticaram a centralização dos meios (forças blindadas no sul, sistemas astros no planalto, etc…) se notarem no mapa os americanos também fazem o mesmo…
.
Como assim, os americanos fazem o mesmo? Onde tu viu isso que eu não consegui entender?
.
O EB tem uma infinidade de estruturas espalhadas dentro do CMS. É uma capilaridade que se explica pela ameaça de conflito com a Argentina. O cenário de ameaça acabou faz uns 40 anos e a capilaridade totalmente inútil para os dias de hoje, permanece. E as Bda C Mec formuladas na década de 70, visavam justamente operações na fronteira… A estrutura do CMS ainda faz sentido?
.
Nós deveríamos de fato concentrar todas nossas forças em estruturas que comportem Grandes Unidades, assim como fazem os americanos. “Deveríamos”, pq não é o que ocorre hoje.
.
Se o EB concentrar Grandes Unidades em uma única estrutura, talvez a introdução de meios como um simples Guarani equipado com Remax, não fosse o inferno que está sendo, no tocante a logística…
.
Enfim, no meu entendimento, dentro da restrição financeira do EB (que é culpa do próprio EB, diga-se de passagem) as Bda C Mec, são um “meio termo” que compromete o todo. Bda C Bld e Bda Inf Mec deveriam ser o foco absoluto do EB, no tocante a renovação dos meios blindados.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Bardini
1 ano atrás

Bardini eu estava falando de doutrina, em nenhum momento citei material…não viaje

“Como assim, os americanos fazem o mesmo? Onde tu viu isso que eu não consegui entender?”

na Brigadas ABCT nos Combined Arms Battalion (2 esquadrões de fuzileiros blindados equipados com Bladleys e 2 esquadrões de carros de combate Abrams)

” Como assim, os americanos fazem o mesmo? Onde tu viu isso que eu não consegui entender?”

Tu não esta vendo uma divisão de cavalaria concentrada em Fort Hood no Texas?

Bardini
Bardini
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

“Bardini eu estava falando de doutrina, em nenhum momento citei material…não viaje”
.
“na Brigadas ABCT nos Combined Arms Battalion (2 esquadrões de fuzileiros blindados equipados com Bladleys e 2 esquadrões de carros de combate Abrams)”
.
Nós temos VBC CC operando em conjunto com VBC Fuz. É um princípio básico de armas combinadas. Só isso.
.
E a comparação doutrinaria de um ABCT vs Bda C Mec, como é que fica?
Não fica… Tu deveria tentar comparar ABCT com Bda C Bld.
.
O conceito de armas combinadas poderia (deveria, na verdade) ser implementado nas nossas Bda C Bld. Mas dentro do CMS, decidiram por uma unidade aqui, outra lá no fim do mundo e assim por diante. Complica.
.
“Tu não esta vendo uma divisão de cavalaria concentrada em Fort Hood no Texas?”
.
Mas onde que o Brasil tem uma divisão concentrada em uma estrutura como o Fort Hood? Ou tu estais comparando RCB com uma divisão?

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Bardini
1 ano atrás

“Tu deveria tentar comparar ABCT com Bda C Bld”

Ok, vou tentar comparar a doutrina ABCT antes da mudança com nossa brigada de cavalaria blindada

Temos condições de montar unidades similares aos americanos dos Combined Arms Battalion, dentro da flexibilidade das forças tarefas.

Esquece RCC e BIB como um todo, pense na força tarefa em esquadrões e terá uma dimensão da força, como temos na cavaria blindada 2 RCC e 2 BIB há 4 esquadrões cada,
temos capacidade de montar até 4 unidades de armas combinadas menores…temos capacidade de fazer isso? sim e temos 4 baterias de artilharia nesse tipo de brigada que nos dão condições para isso.
*claro que podemos montar forças tarefas flexíveis, algumas maiores e outras menores, mas não vem ao caso aqui.

Olhando a brigada americana, perceba que teremos uma capacidade inferior em quantidade de esquadrões? se somar os 3 batalhões CAB daria 6 esquadrões de fuzileiros blindados e 6 esquadrões de carros de combate ou seja, eles teriam em tese, capacidade de fracionar em até 6 unidades de armas combinadas menores…eles fazem isso? acredito que não, pois na brigada deles há apenas 3 baterias de artilharia indicando que operam os CAB completos…
Portanto na minha opinião, a nossa doutrina para brigada teríamos em tese uma maior flexibilidade que a dos americanos.

“Mas onde que o Brasil tem uma divisão concentrada em uma estrutura como o Fort Hood?”

Não temos, mas o que eu quis dizer que agora os blindados ficam relativamente próximos se comparado como eram até os anos 2000.

Obs: não vou comparar brigadas mecanizadas, pois acredito que estas logo estarão em reavaliação da doutrina com o programa VBC Cav.

Abraço

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

“A estrutura do CMS ainda faz sentido? ”

Faz sentido se você observar a malha ferroviária das regiões sul/sudeste, que é o meio de transporte mais adequado para transporte de blindados e também toda a estrutura que já existia que facilitou a mobilização…volto a afirmar que concentrar blindados no CMS foi uma estratégia logística.
Pode ser operados em outras regiões? com certeza, mas o sul é o local com melhor custo x benefício para utilizar esses meios…operar blindados é caro para o Brasil e também é caro para qualquer outro país, inclusive para as superpotências.

Obs…essa viagem de ameaça argentina ficou no passado.

Bardini
Bardini
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

O EB, por conta própria, além de não ter capacidade técnica e material para inovar nestas proporções, não tem o desejo…
O que se faz é simplesmente estudar o resultado destas estruturas e inovações implementadas em outras forças. Destes estudos realizados, é que muito esporadicamente surge alguma mudança real na força, como por exemplo os estudos das Brigadas Stryker.
.
No mais, para a situação atual, o modelo francês continua sendo muito mais interessante para o EB. Os franceses, no papel, tem toda uma estrutura organizacional estabelecida e aparentemente “engessada” como a nossa, mas na prática, montam os chamados groupements tactiques interarmes, GTIA, dependendo dos objetivos que necessitam encarar.
.
https://www.c-dec.terre.defense.gouv.fr/images/documents/documents-fondateurs/FT_04.pdf

Henrique A
Henrique A
Responder para  Bardini
1 ano atrás

Tem o problema que o exército francês criou essa doutrina para melhor se adequar aos seus deveres no Sahel, mas que pode ser inadequada em outros contextos.

Um dos problemas, que foi evidenciado nesta guerra atual, que é o tamanho pequeno desses tipos de unidades, daí terem pouca massa para combates de grande intensidade.

Outra questão é que os franceses tem essa doutrina pois tem um exército de tamanho relativamente diminuto, enquanto o EB tem quase o dobro de efetivo e ser uma força em grande parte de infantaria ligeira, com pouca mobilidade tática.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

O eb é um pouco diferente disso, o que confunde as pessoas são as nomenclaturas e a americana difere um pouco da nossa….para entender e comparar, precisamos entender nossa organização primeiro, vou tentar descrever o que eu lembro, vamos lá:
Tenha em mente que companhia, esquadrão e bateria aqui tem o mesmo “tamanho”, mudando o nome devido a arma ao qual pertence (infantaria, cavalaria e artilharia) o mesmo serve para batalhão e regimento (mesmo tamanho também), para explicar aqui vou usar apenas a denominação da infantaria, ou seja, batalhão e companhia.

As nossas brigadas de infantaria motorizadas e mecanizadas são ternárias com 3 batalhões de manobra (batalhões de fuzileiros) + 2 unidades de apoio tambem do tamanho de batalhão (apoio de fogo de artilharia e um de apoio logistico) acrescentando mais 4 unidades menores do tamanho de companhias (comando, comunicações, engenharia e cavalaria) e possui tambem um pelotão de polícia do exercito…grande parte das brigadas tem essa composição.
Obs- As brigadas blindadas são bem diferentes (são quaternárias) com 4 batalhões de manobra (2 batalhões de carros de combate, 2 batalhões de infantaria) e na engenharia tem um batalhão ao invés de companhia, acrescentando uma bateria antiaérea, o resto é igual.

Uma divisão de exercito é composto pela junção de várias brigadas e um grande comando de artilharia divisionário (com pelo menos 2/3 batalhões de artilharia), um batalhão de comunicações e uma companhia de comando.
Como a divisão é uma força operacional, se uma determinada área necessita de controle administrativo existe também uma denominação chamada região militar que incube tarefas de logística de pessoal e de material.
A junção de divisões e regiões militares compõem um grande comando militar de área 

Henrique A
Henrique A
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Até o fim da Guerra Fria, a ênfase do US Army (e do USMC) era nas divisões, havia as diferentes divisões de infantaria ( light, Airborne, Air Assault) e as blindadas que podiam variar na sua composição.

Com o fim da Guerra Fria e com o início da “Guerra ao terror” as divisões se tornaram unidades grandes, díficeis e até mesmo desnecessárias num contexto de “estabilização” daí o US Army criou as “Brigade Combat Team” (antes disso o US Army já tinha brigadas, mas estas não tinham muita independência das divisões as quais eram subordinadas) hoje voltam a dar ênfase as divisões, pois o cenário agora é de uma possível guerra convencional contra um inimigo igual ou quase igual, daí as brigadas são pequenas demais, as divisões tem mais “massa” para combates desse tipo.

Maurício.
Maurício.
1 ano atrás

Eu queria saber onde estava toda essa “organização” na saída vergonhosa do Afeganistão, conhecida como Saigon 2.0! Rsrsrs.

Oliveira Barros
Oliveira Barros
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

EDITADO

Maurício.
Maurício.
Responder para  Oliveira Barros
1 ano atrás

Não concordo com o “não funcionam direito”, mas também não concordo com os que acham as armas americanas as “melhores do mundo”, ou “disruptivas” como uns dizem por aí.

Ildo
Ildo
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

E depois de > U$ 2 trihões…

Jamais derrotaram insurgência determinada; aliás, nenhuma… mesmo mcom apoio aéreo indiscriminado…

Mas segundo alguns essas são as referências de forças terrestres (EUA/OTAN)…

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Derrotaram a insurgência filipina e derrotaram a insurgência vietcongue após a Ofensiva do Tet.

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

“Insurgência filipina”?

“Derrotaram” a insurgência vietcongue?

É, e hoje existe “Vietnã do Norte” e “Vietnã do Sul” no sudeste asiático…



Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Pois é, mas o Vietnã do Sul foi tomado por forças regulares Vietnamitas, com divisões, batalhões, regimentos, forças blindadas, artilharia, etc. Insurgência Vietcong, como força de combate foi dizimada em 1968, quando o grosso dos combates passou ao Exército Popular Vietnamita, uniformizados com ações de infiltração e até mesmo em escalas mais largas próximas da DMZ, até que finalmente fizeram uma invasão convencional em 1972 e tomaram um belo puxão de orelha, cortesia do poder aéreo Americano, que praticamente acabou com todos os suprimentos que eles tinham acumulado desde 1968.

Só voltaram à avançar depois de mais dois anos se recuperando e com os EUA fora da Guerra. O Vietnã não foi perdido no campo de batalha. Foi perdido em Washington. E o combatente Norte-Vietnamita não era ruim.

Mas é, provavelmente inútil ficar ensinando à quem não quer aprender.

Ildo
Ildo
Responder para  Leandro Costa
1 ano atrás

A guerra terrestre foi no Vietnã do Sul… As tropas dos EUA foram derrotadas pela insurgência.

A infantaria dos EUA numa das poucas batalhas que enfrentou o Exército regular do Vietnã do Norte, em Khe Sanh (1968), só não sofreu uma derrota flagorosa e histórica como os franceses em Điện Biên Phủ (1954) porque contaram como o maior apoio aéreo por área de combate da história… Incluindo células de B-52 chegando a cada 15 minutos em alguns momentos…

O Exército regular Norte Vitnamita tomou o sul em 1975…

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Precisa estudar mais, amiguinho hehehehehe

Ildo
Ildo
Responder para  Leandro Costa
1 ano atrás

Eu?

As minhas referências não são US Army e Hollywood…

Ildo
Ildo
Responder para  Alfa BR
1 ano atrás

A infantaria dos EUA numa das poucas batalhas que enfrentou o Exército regular do Vietnã do Norte, em Khe Sanh (1968), só não sofreu uma derrota flagorosa e histórica como os franceses em Điện Biên Phủ (1954) porque contaram como o maior apoio aéreo por área de combate da história… Incluindo células de B-52 chegando a cada 15 minutos em alguns momentos…

Esse é o histórico dos EUA; depois de 1945 jamais enfrentaram qualquer coisa que chegue perto do que os russos estão enfrentando contra FAs regulares na Ucrânia.

Rússia que também tem que guarnecer outros 17 milhões de km2 da Federação, tem uma missão na Síria e reservas de prontidão no Cáucaso para evitar que armênios e azeres se matem por causa de Nagorno-Karabakh.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Ildo
1 ano atrás

Você tendo a opinião publica/política pesando as operações, como um dia eu ouvi a frase de um militar…

“Comandante, para operar assim é melhor trocar o operador de radar do avião por um advogado”

Vocês precisam entender que os americanos em combate são como uma Ferrari correndo com um reboque com 1 tonelada de chumbo.

Ildo
Ildo
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Caso vosmecê não saiba, salvo em ditaduras militares, uma guerra é determinada pelo Comando-em-Chefe civil…

Mas claro, no caso dos EUA são os “políticos” que determinam suas derrotas… A determinação dos inimigos não tem nada a ver com isso…

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Ildo
1 ano atrás

“uma guerra é determinada pelo Comando-em-Chefe civil…”

Esqueceu de mencionar uma camada, na democracia uma guerra é movida pela pressão da população sobre comando-em-chefe civil afetando indiretamente os militares (as centrais de radio e televisão adoram isso), sensacionalismo e uma comoção nacional é o que vende, e eles fazem sem mensurar o resultado disso (guerra psicológica?).
Não tirando o mérito da sua ingênua “determinação dos inimigos” que sabendo dessa situação é meio obvio que iriam levar para um combate de desgaste, onde a vitória é só uma questão de tempo, mesmo que este custe muitas vidas ao romantismo do “patriotismo”.

Ildo
Ildo
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 ano atrás

Que democracia vosmecê se refere?

Está falando dos EUA nos anos 1960?

Os grandes protestos contra a guerra no fim dos anos 1960 aconteceram quando a guerra já estava perdida pelos erros crasos da estratégia militar dos EUA. E, aliás, a guerra suja e secreta dos EUA no conflito só foi revelada com o “Pentagon Papers” em 1971…

Das guerras atuais?

Os EUA foram expulsos do Afeganistão depois de U$ trilhões por absoluta incompetência, abissal corrupção e determinação da insurgência. Isso não tem nada de “romântico”, é factual.

É incrível como se corrobora a narrativa sempre oficializada que as derrotas e vexames dos EUA em conflitos são determinadas apenas pela política e não pela absoluta incompetência de seus militares. Também que não existe uma “dialética” nessa relação, ou seja, que a política é determinada pelo resultado em campo…

Luis H
Luis H
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

vergonhosa é o mínimo q se pode dizer, o bidê e os generais deveriam ser presos pelo q fizeram, mas não foi ruptura das linhas, foi abandono, os políticos mandam e por incrivel q seja, generais aceitaram alegremente abandonar suas armas novas para os inimigos. tem coisas q só daqui a 50 anos ou mais vamos ficar sabendo. qdo um general falou em abandonar armas e equipamentos modernos para Trump, ele perdeu muito respeito q tinha pelo milico. 2000 mulas a menos e a coisa teria sido bem diferente.

Luis H
Luis H
Responder para  Luis H
1 ano atrás

só o q se pode deduzir é q tem caroço nesse angu, e, como muitas vezes acontece em situações bizarras, a população acaba sem nenhuma explicação a contento. é o preço q se paga por aceitar ser gado e não se importar com quem tem e se agarra ao poder e com seus políticos fantoches.

Hcosta
Hcosta
1 ano atrás

Para complementar
https://www.battleorder.org/resources-modern

É preciso alguma paciência para perceber as siglas do US Army mas vale a pena ler para entender a escala destas formações

E tem sobre o Pelotão de Fuzileiros Brasileiros.

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Os conflitos militares continuam a ocorrer em terra, no mar e no ar, que são os campos de batalha tradicionais, mas já começaram a migrar para o espaço sideral e para o ciberespaço. Sendo assim, o Exército dos EUA está implementado as seguintes capacidades de batalha: 1) usar sensores capazes de detectar um maior número de alvos, cada vez mais longe e pelo maior tempo possível. 2) Ser capaz de concentrar rapidamente forças de combate altamente letais e de baixa assinatura a partir de locais dispersos. 3) Fazer disparos precisos e de longo alcance para atingir alvos localizados profundamente no território inimigo. 4) Proteger eficazmente suas forças militares contra ataques aéreos, de mísseis e drones. 5) Estabelecer forte proteção contra ataques cibernéticos e eletrônicos para garantir a comunicação e o compartilhamento de dados de forma confiável. 6) Garantir a manutenção da capacidade de combate dentro do terreno contestado e ao longo do tempo. Não é por coincidência que boa parte dessas capacidades, senão todas, já estão em uso ou sendo implementadas no campo de batalha da Ucrânia, que é o maior laboratório militar do mundo no momento, tanto para equipamentos quanto para técnicas de combate.
https://www.army.mil/article/260799/army_of_2030

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Para fazer frente à evolução das ameaças, o Exército dos EUA está desenvolvendo a capacidade de convergir efeitos na terra, no ar, no mar, no espaço e no ciberespaço. Essa transformação inclui: 1) investimento em pessoal; 2) reorganização das forças de combate; 3) desenvolvimento de novos equipamentos; e, 4) adoção de novos conceitos de combate. O Exército dos EUA planeja que essa transformação seja capaz de manter a superioridade sobre qualquer adversário.
https://www.army.mil/article/260799/army_of_2030

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Para manter a superioridade no campo de batalha moderno, o Exército dos EUA está desenvolvendo equipamentos avançados e incorporando tecnologias de ponta, tais como: 1) rede de sensores tripulados e não tripulados conectados com capacidade para ver melhor, mais longe e por mais tempo; 2) veículos de combate mais rápidos e com maior capacidade de sobrevivência, incluindo sistemas robóticos não tripulados capazes de fornecer maior poder de fogo; 3) mísseis hipersônicos, aumentando o alcance e a capacidade de evitar os sistemas tradicionais de defesa aérea; 4) lasers de alta energia e de micro-ondas para sistemas móveis de defesa aérea de curto alcance; 5) força de centrada em dados, na qual os comandantes de todos os níveis terão as informações necessárias para tomar decisões; 6) veículos e quartéis-generais mais leves e resistentes ao clima para fornecer apoio logístico e de sustentação em combate.
https://www.army.mil/article/260799/army_of_2030

sub urbano
sub urbano
1 ano atrás

“Em 2028, as Operações em Múltiplos Domínios (MDO) — como parte da Força Conjunta, a Estratégia do Exército norte-americano é combater um inimigo com capacidade de competir em todos os domínios.”

Vejam como o foco agora é China. Ate agora a logica era “vamos ter superioridade em todos os campos” agora é “o inimigo pode competir conosco em todos os campos”.

Manus Ferrum
Manus Ferrum
Responder para  sub urbano
1 ano atrás

Bem vindos ao admirável mundo novo.

Alecs
Alecs
1 ano atrás

Excelente matéria!

GRAXAIN
GRAXAIN
1 ano atrás

Por aqui o planejamento e a reestruturação visam amplas ações de inércia e passividade!

Jonas
Jonas
1 ano atrás

Comparar o Brasil com os EUA, em qualquer sentido em que pese a Economia, é sandice…
O EB carece de meios, por motivos sabidos. Para mudar de uniforme são anos. Para mudar de fuzil, décadas, blindados…
Daí a necessidade (alegada, mas não comprovada) de se investir no tal material humano… (Recrutas com crise de ansiedade, depressão no internato… sinais dos tempos)
Por que não comparar com a Argentina? Chile, #profissionais?
Em termos de organização, quem saiu na frente foram os EUA… Necessidade e bala na agulha. Só isso.

Nativo
Nativo
Responder para  Jonas
1 ano atrás

Some a isso, a vontade real de ter uma nação protegida. Oq ué não temos por aqui.

Ildo
Ildo
Responder para  Jonas
1 ano atrás

As “prioridades” (aumento do soldo do oficialato, infinitas cerimônias, entregas de medalhas, clubes equestres, política, etc) estão em dia…

Mustafah
Mustafah
Responder para  Jonas
1 ano atrás

Aqui no EB eles estão a frente em estudos sobre formas de pensão para filhas “solteiras”, promoção de oficiais que nada fazem e missões pagas a diárias em dólares no exterior . Líderes mundiais, vide missão militar em Whashington

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

O Exército dos EUA entende que a vantagem militar está nas pessoas. Sendo assim, foi estabelecido o objetivo de trabalhar com equipes cada vez mais coesas, altamente treinadas, disciplinadas e aptas para lutar. A manutenção de uma força de combate de qualidade exige transformações no recrutamento, no treinamento, na educação e na preparação dos militares para que sejam capazes de atuar com excelência em campos de batalha cada vez mais complexos. O Exército dos EUA está construindo um sistema de gerenciamento de pessoas, baseado em dados, para identificar, desenvolver e gerenciar o talento das pessoas como base da vantagem militar, passando a analisar habilidades, educação, experiências e atributos pessoais dos indivíduos mais adequados com cargos a ser ocupados. A introdução da realidade virtual e da tecnologia de simulações permite treinar em ambientes cada vez mais realistas, reduzindo os custos e diminuindo os riscos para os combatentes. Tais tecnologias vão permitir o treinamento em ambientes simulados, onde os combatentes poderão interagir com ameaças e em cenários ilimitados, aprimorando a preparação desde a menor unidade até a maior formação.
https://www.army.mil/article/260799/army_of_2030

Magaren
Magaren
1 ano atrás

China pode até passar em termos de equipamento e numeros, mas em termos de doutrina e taticas/estratégicas, EUA estão um abismo acima de todas nações.

Ildo
Ildo
Responder para  Magaren
1 ano atrás

É; corroborado no Afeganistão, Iraque, Síria…

Franz A. Neeracher
Editor
1 ano atrás

Prezado Senhor Ricardo Cabral.

Meus parabéns pelo excelente artigo!

Como me interesso bastante pelo tema, me surgiu uma dúvida.

O senhor escreveu “10 Equipes de Combate de Brigada Blindada”.

Mas pelas minhas contas seriam 11 no Exército e 3 na Guarda Nacional.

As 11 seriam, pela minha cabeça:

  • 3 Brigadas em Ft. Bliss/TX na 1. Divisão Blindada
  • 3 Brigadas em Ft. Hood/TX na 1. Divisão de Cavalaria
  • 2 Brigadas em Ft. Riley/KS na 1. Divisão de Infantaria
  • 2 Brigadas em Ft. Stewart/GA na 3. Divisão de Infantaria
  • 1 Brigada em Ft. Carson/CO na 4. Divisão de Infantaria

Houve alguma mudança?

Franz A. Neeracher
Responder para  Franz A. Neeracher
1 ano atrás

Me corrigindo:

11 brigadas no Exército e 5 na Guarda Nacional.

Augusto
Augusto
1 ano atrás

Texto esplêndido, parabéns para a trilogia por trazer uma matéria de tanta qualidade.

Com essas mudanças em sua estrutura de comando os americanos unem a flexibilidade de suas armas combinadas com unidades não tão pequenas assim. O conceito deles me parece em termos de flexibilidade me parecem bem superior aos russos, onde seus BTG foram pensados em fazer de tudo a nível de batalhão mas ao mesmo tempo suas armas combinadas ficam muito limitadas com pouco efetivo dedicado a determinada situação.

A guerra da Ucrânia prova que o conceito operacional russo não e adequado para um guerra moderna e de alta intensidade.

Um adendo, os americanos precisam ter um logística impecável para tudo isso funcionar e nisso eles sempre foram especialistas em todas as guerras suas travadas.

Rodrigo-brasileiro
1 ano atrás

Já disseram pqp hoje ???

” As seis divisões pesadas do Exército tem uma brigada de aviação de combate pesado com 48 helicóperos AH-64 Apache, 38 UH-60 Blackhawk, 12 CH-47 Chinook e 12 UH-60 Blackhawk para evacuação médica em sua brigada de aviação.”

Detalhe, UMA brigada de aviação de combate pesado.

É pedir muito uma dessas no eb ???

ORIVALDO
ORIVALDO
1 ano atrás

Muito boa a matéria.Fico imaginando a logística atrás disso tudo. Poderia fazer um da China se caso houver informações

ORIVALDO
ORIVALDO
1 ano atrás

1 Grupo Exercito da Cerveja e bons vinhos
2 Grupos de picanha e Lagosta
3 Divisões das pensionistas Solteiras
1 Batalhão aéreo para transportes de “Autoridades Republicanas”
1 Batalhão para estudos e viagens, para a compra novos armamentos
1 Batalhão para cuidar da modernização dos Cascaveis
2 Pelotoes sobre estudos sobre a volta Osório
1 Pelotão para preparar a doação de nossas velharias para uruguai ou Bolívia

M4|4v1t4
M4|4v1t4
1 ano atrás

Confesso que ficaria feliz em ver o EB abandonado as sucatas MBT por CFV baseado no CV-90 ou mesmo baseado no Bradley e mais Centauros II.
Teríamos uma força mais capaz em todos os sentidos, sem exceção.

Mas isso não acontecer enquanto houver viúvas da cavalaria …
… próxima geração vai jogar os MBT no lixo, certeza..