Possíveis cenários sobre a Ofensiva de Primavera Ucraniana
Por Rodolfo Queiroz Laterza [1]
1 – Introdução
Os novos pacotes de assistência militar às Forças Armadas da Ucrânia – FAU recentemente anunciados, notadamente com ênfase no fornecimento de blindados como M2 Bradley e os MBTs Leopard alemães, fomentaram discussões e previsões difundidas na mídia ocidental sobre como será a próxima ofensiva ucraniana em 2023 e suas consequências.
Tal como escrevemos em artigo anterior em 06 de janeiro (para mais informações, acessar (https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/) as FAU trabalham sob a perspectiva de ofensivas no eixo de Svatovo – Kreminna, Zaporizhzhia e para controlar ilhas fluviais e áreas à margem esquerda do Rio Dnieper, na oblast de Kherson.
Volodymyr Rogov, presidente do movimento “Estamos com a Rússia”, membro do principal conselho da administração regional da região de Zaporozhye, disse no dia 06 de março que as tropas ucranianas estão completando a formação de uma poderosa força de ataque. Segundo ele, as FAU preparam uma ofensiva de primavera para tentar chegar à costa do Mar de Azov. A principal tarefa seria cortar o agrupamento russo de Zaporizhzhia e controlar o corredor terrestre para a Crimeia.
Dentre as possibilidades aventadas, está uma planejada ofensiva das Forças Armadas da Ucrânia – FAU, onde, segundo Vladimir Rogov, cerca de 3,5 mil militantes ucranianos treinados na Grã-Bretanha chegaram nos últimos dias. Anteriormente foi relatado que as recém-formadas brigadas de infantaria motorizada e brigadas de tanques das Forças Armadas da Ucrânia foram transferidas para a região de Dnepropetrovsk, cujo pessoal foi treinado no exterior (até 40 mil no total) e recebeu equipamento militar dos EUA e OTAN.
Até o momento, cerca de 12 mil soldados das Forças Armadas da Ucrânia foram enviados para este setor do teatro de operações, conforme disse à RIA Novosti Vladimir Rogov, presidente do movimento “Estamos com a Rússia” e membro do principal conselho da administração regional. Segundo ele, reiterando, o presidente Zelensky está preparando uma ofensiva na direção sul para cortar o agrupamento de tropas russas. Em sua visão, há uma grande probabilidade de o exército ucraniano lançar uma ofensiva no final de março – início de abril.
Este ensaio buscará analisar como podem se desenvolver ações ofensivas das Forças Armadas da Ucrânia e quais fatores críticos podem definir o êxito ou fracasso de tal planejamento.
2 – Contextos atuais no desenvolvimento das formações militares ucranianas
Tal como já explicado em artigo por nós publicado no link https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/) o comando ucraniano está preparando um contra-ataque poderoso às posições russas. No momento, novas brigadas de assalto e mecanizadas estão sendo treinadas nos diversos campos de treinamento espalhados no país e, principalmente, no exterior, como Espanha, Reino Unido, Alemanha e França.
É fato que a Ucrânia, com amplo apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte- OTAN, está se preparando intensamente para uma nova etapa da guerra contra a Rússia. É para isso que os militares ucranianos estão treinando intensamente nos países europeus táticas e a operação dos equipamentos ocidentais remetidos para seu esforço militar, abrangendo, além de veículos de combate de infantaria, veículos de construção de pontes e de desminagem que serão essenciais para garantir a mobilidade desses e outros sistemas de armas na ofensiva planejada.
Atualmente as forças terrestres das Forças Armadas da Ucrânia, as forças de defesa territorial e a Guarda Nacional da Ucrânia estão formando um total de 100 unidades de armas combinadas e seis brigadas de tanques. Levando em consideração as unidades de retaguarda e de apoio, são estimados 1,3 milhão de pessoas em armas. Para efetivar tal intento, uma nova mobilização está sendo efetivamente realizada, como apontamos em nosso recente artigo “https://www.historiamilitaremdebate.com.br/sobre-a-formacao-de-novas-tropas-nas-forcas-armadas-da-ucrania/“.
Importante ressaltar que essas brigadas não serão apenas treinadas e armadas pela OTAN, mas também usarão o sistema de comando e controle daquela aliança militar, bem como dados de inteligência e de sensoriamento, havendo sinergia e integração plena com os sistemas C4ISR da OTAN na execução de tais operações, gerando uma consciência situacional qualitativa que é o diferencial na eficácia de combate na guerra moderna (para mais informações, recomendamos a leitura de nosso artigo “https://historiamilitaremdebate.com.br/a-importancia-dos-sistemas-c4isr-na-guerra-da-ucrania/“.
Mesmo que um terço dessas unidades participe da ofensiva e 150.000 pessoas estejam diretamente envolvidas nas hostilidades (o restante supostamente permanecendo na retaguarda ou como forças de segundo escalão mobilizadas na complexa logística de suprimentos), é uma força considerável que permitirá às Forças Armadas da Ucrânia atacar não apenas um, mas dois eixos do perímetro operacional do teatro de operações, aplicando ataques principais em duas direções, portanto.
Recentemente, os exercícios de comando e estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia foram realizados na base militar americana em Wiesbaden. Muito em breve, todas as unidades das Forças Armadas da Ucrânia retornarão dos campos de treinamento da OTAN para a linha de frente, treinadas e equipadas com novos tanques, veículos de combate de infantaria, armas de alta precisão e artilharia.
Em janeiro deste ano, as autoridades dos EUA anunciaram sua intenção de transferir 31 tanques M1 Abrams para Kiev. Ao mesmo tempo, o governo alemão confirmou que enviaria à Ucrânia 14 tanques Leopard 2. Vários outros países da OTAN também anunciaram suas intenções de compartilhar os tanques. No início de fevereiro, do porto alemão de Bremerhaven, começaram a chegar equipamentos militares americanos para a Ucrânia. De fato, a partir desse momento, os preparativos para a ofensiva de primavera das Forças Armadas da Ucrânia entraram no plano prático. Aparentemente, ao longo do mês de março, esse processo preparatório estará sendo finalizado.
Em nossa avaliação, a partir de estudos da frente, a direção mais esperada do ataque é no eixo de Zaporizhzhia, na direção Melitopol-Berdyansk, com o objetivo de cortar a área controlada pela Rússia naquela região e a rota terrestre para a Crimeia, isolando as forças russas da margem esquerda do Rio Dnieper e colapsando sua logística na frente sul. Ao mesmo tempo, é possível que a força de ataque também tente criar uma ameaça a Mariupol, chegando ao Mar de Azov e ameaçando seu controle total pela Rússia.
A segunda direção provável do impacto é diretamente a Crimeia, mediante ataques seletivos e sistemáticos de longo alcance com emprego de drones kamikaze e a munição GLSDB adaptada para guiagem por GPS. Além disso, uma intensificação de operação IPSO-DPO através de sabotadores, células adormecidas de operadores ucranianos atrás das linhas inimigas, ataques pela retaguarda em instalações de infraestrutura, pode ser um cenário probabilístico crível.
No entanto, para o comando das Forças Armadas da Ucrânia, a região de Kharkiv pode se tornar uma segunda direção, onde a tarefa será finalmente romper a área fortificada em Svatovo (o que foi buscado dezenas de vezes em outubro a dezembro sem êxito e com pesadas perdas para as FAU) e acessar Lugansk, chegando a Starolbelsky e colapsando a logística russa no setor norte de Donbass.
Na verdade, a tática de dois ataques principais já foi usada com bastante êxito pelas Forças Armadas da Ucrânia no outono passado. Um ataque na região de Kharkiv em Izyum e Krasny Lyman e um ataque na região de Kherson em Berislav e Novaya Kakhovka para cortar e cercar parte do escasso grupo russo ali presente foi realizado com bastante êxito e rapidez. Kiev e a OTAN, ao planejar as hostilidades, levam em consideração a extrema importância da frente da mídia e o impacto no moral das sociedades envolvidas e a justificativa para manter a bilionária assistência militar à Ucrânia, o que torna muito provável uma ofensiva com emprego de efetivo bastante significativo.
Portanto, podemos estimar que a ofensiva será desferida na direção em que for possível obter o máximo de informação, retomada de território e efeito psicológico que mantenha a canalização frequente de esforço de guerra.
Nesse sentido, reiterando, o ataque mais provável é no eixo de Zaporizhzhia em direção a Melitopol – Berdyansk, ou ainda um ataque à área fortificada de Svatovsky com acesso a Lugansk a fim de controlar a rodovia M4 e obliterar a logística russa em Donbass pelo norte. Tudo isso, é claro, acontecerá se as Forças Armadas da Ucrânia lograrem os seguintes êxitos táticos:
- conseguirem romper a forte linha de defesa estruturada pelas forças russas desde o final de novembro, alinhavadas em camadas e fortificadas com minas antitanque e sistemas de vigilância e reconhecimento por drones, além de fortalecidas por redes de defesa antiaerea e barragens de artilharia à retaguarda;
- se tiverem condições ou êxito em acumularem forças silenciosamente, como o fizeram eficientemente na ofensiva de Kharkiv em setembro quando estabeleceram grandes pontos de implantação temporários de pessoal e equipamentos nas cidades adjacentes, como Chuguev;
- se houver alta motivação nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia, mesmo diante das derrotas com pesadas perdas em pessoal recentemente ocorridas em Soledar e Bakhmut;
- a eficácia do treinamento e qualidade dos combatentes treinados pela OTAN que comporão as 22 novas brigadas, além de boa adaptabilidade aos novos meios de combate providos pela OTAN, que possuem operatividade, características técnicas e doutrinas de uso novas para a cultura institucional- militar ucraniana, fortemente vinculada a equipamentos de origem soviética ou própria.
- usarem qualitativa e eficientemente a maior e melhor consciência situacional provida pelos sistemas de reconhecimento, vigilância e sensoriamento da OTAN, empregando táticas de armas combinadas e em rede.
Outros pontos relevantes a considerar é a transferência de pontes “Biber” americanas e alemãs (começaram a ser entregues no ano passado) as quais permitirão resolver rapidamente a questão do movimento de veículos blindados pesados sobre rodas durante o possível ataque a Svatovo – Kremennaya e na direção de Zaporizhzhia.
A região de Lugansk tem um terreno bastante difícil (rios, ravinas e outros obstáculos) e a área de Zaporozhye é repleta de trincheiras, numerosas fortalezas e fossos pelos quais tanques ocidentais como Abrams ou Leopard terão bastante dificuldade em atravessar e transpor.
Um tópico de extrema importância quanto à preparação das novas formações militares ucranianas no emprego de tecnologia bélica ocidental é a quantidade de sistemas a serem fornecidos pela OTAN, ainda de pouca quantidade e a ser entregue gradativamente e sem simultaneidade. É impossível falar sobre a reprodução exata das Forças Armadas do formato americano do grupo de combate de brigada (“Striker Brigade”), pois não há ainda equipamento suficiente transferido – para uma brigada neste formato e estrutura são necessários ao menos 90 M1 Abrams e mais de 150 veículos de combate de infantaria do tipo “Bradley”.
Dessa forma, com o volume de abastecimento atual, pode-se imaginar a estruturação de três grupos táticos de batalhão, cada um dos quais incluirá uma companhia de tanques M1 Abrams (10 veículos), uma companhia em veículos de combate de infantaria Bradley (10 veículos blindados), duas companhias em veículos blindados Stryker (20 veículos blindados), uma bateria de canhões autopropulsados M109 (6 unidades), bem como um conjunto correspondente de equipamentos auxiliares, como unidades de defesa aérea compostas principalmente de antigos sistemas soviéticos modernizados ainda existentes(Osa e Strela-10), além de MANPADS.
Uma interessante opção a suplementar as necessidades operacionais das forças ucranianas nas ofensivas será integrar aos grupos táticos de batalhão veículos utilitários do tipo SUV (technicals) adaptados para combate móvel com uso de metralhadoras antiaereas de calibre 14,5 mm ou 23 mm, já bastante empregado pelas distintas unidades de combate ucranianas com êxitos táticos variados.
Toda essa perspectiva, entretanto, não será tão rápida de implementar, pois se os Bradleys e Strikers já estão chegando, os M1 Abrams ainda estão sendo recuperados na fábrica em Ohio. Portanto, se as FAU realmente tentarem partir para a ofensiva na primavera, provavelmente terão que fazê-lo nos tanques soviéticos ou com os Leopard que estão sendo entregues gradativamente.
3 – Considerações finais
O desafio logístico nesta ofensiva aliado às recentes perdas das melhores brigadas ucranianas nas batalhas de Soledar e Bakhmut, bem como o desgaste das batalhas posicionais e tentativas mal sucedidas de romper as linhas de defesa russas ao longo de Svatovo e Kreminna podem prejudicar uma eficiência operacional maior às forças ucranianas, que dependerão bastante das novas brigadas em formação.
Uma vantagem tática significativa que pode incrementar a iniciativa operacional ofensiva ucraniana será o uso sistemático e eficaz de ataques de longo alcance com as bombas guiadas de precisão GLSDB a serem fornecidas pelo Pentágono, permitindo uma depreciação crescente dos pontos de implantação de forças russas e ataques a depósitos de armas e munições na retaguarda.
Além disso, tal como já por diversas vezes explanado, a vantagem garantida pela OTAN de uma consciência situacional qualitativa por uma rede ampla de C4ISR pode favorecer as FAU em ataques a flancos ou setores da frente vulneráveis às forças russas, permitindo que rompam linhas de defesa e estabeleçam controle operacional de estradas essenciais para o abastecimento de forças russas.
Entretanto, como já estudado no artigo https://historiamilitaremdebate.com.br/contexto-atual-e-perspectiva-de-novas-ofensivas-da-ucrania/ o desenvolvimento de uma ofensiva militar por uma determinada força beligerante não depende apenas de vontade política, mas da capacidade de projeção de força, quantitativo suficiente de pessoal e de meios, aquisição de consciência situacional qualitativa que permita antecipação de cenários para decisões taticamente adequadas, além de condições logísticas bem sedimentadas e estruturadas.
Além disso, uma eficaz coordenação entre unidades, sistema de comando e controle eficaz e ágil, capacidade de reconhecimento, inteligência e vigilância com qualidade para o processo decisório tático-operacional, interoperabilidade entre unidades de combate, todos esses aspectos são fatores críticos para que qualquer ofensiva tenha efetividade no cumprimento de metas e alcance dos objetivos definidos (os quais podem ser conjunturais ou permanentes, dependendo da escala do conflito e da decisão política que influencie a iniciativa operacional).
Se tais variáveis convergirem e o plano das Forças Armadas da Ucrânia funcionar, a Rússia não apenas perderá vários de seus territórios e cidades portuárias, mas também perderá um corredor terrestre para a Crimeia. E este é um perigo real de perder a península tão estratégica para defesa de seus interesses geopolíticos.
Não é por acaso que o ex-oficial do Ministério da Defesa da URSS, responsável pelo monitoramento dos testes nucleares no mundo, Dmitry Khalezov, está convencido:
“A sobrevivência da Federação Russa depende do resultado das batalhas na Ucrânia. Se o exército ucraniano conseguir desmembrar o grupo russo, chegando ao mar de Azov, haverá as consequências mais catastróficas em todos os sentidos”.
4 – Fontes consultadas:
- https://www.euronews.com/2023/01/04/ukraine-marshalling-troops-for-next-major-offensive-heres-when-and-where-kyiv-could-strike
- https://www.ft.com/content/268bd522-4794-4f3d-895f-f58a55536af9
- www.focus.ua
- https://www.nytimes.com/interactive/2023/02/10/world/europe/russia-ukraine-offensives-maps.html
- https://ria.ru/
- https://www.pravda.com.ua/
- https://worldview.stratfor.com/article/what-watch-russia-launches-its-next-major-offensive-ukraine
[1] Delegado de Polícia, Mestre em Segurança Pública, historiador, pesquisa sobre geopolitica e conflitos militares.
O autor não mencionou no brilhante texto, mas é preciso lembrar que a Força Aérea da Ucrânia já esta empregando bombas guiadas de precisão de alcance estendido de munição de ataque direto conjunto, ou JDAM-ERs , contra as forças russas. Tem até video mostrando as poderosas explosões sobre posições russas. O estoque ucraniano dessas bombas, que podem aniquilar alvos russos fortificados a até 45 milhas (72 km) de distância graças a seus kits de asa pop-out, ainda parece ser pequeno, mas já se apresenta como um problema real para os militares da Rússia. Ainda não se sabe exatamente qual é… Read more »
Marcelo só atinge 72 km se for lançadas de mais de 5000 m de altura avião algum Ucraniano sobreviveria mais que 30s nessa altura.
Em 01/01/2023, o analista militar Agil Rustamzade disse o seguinte: “Há um equilíbrio no campo de batalha, mas a capacidade da Ucrânia de lançar uma operação ofensiva é maior do que a da Federação Russa. Este inverno foi quente, o solo no leste da Ucrânia agora está encharcado e este é o principal epicentro onde os combates estão ocorrendo. O exército russo está perdendo sua vantagem na artilharia, e todo o poder do exército russo se baseia no uso generalizado da artilharia. E se antes o exército ucraniano tinha uma vantagem qualitativa no poder de fogo, estamos gradualmente chegando ao… Read more »
Equilibrio??? no inicio 125 mil Russos 850 mil Ucranianos, agora 300 mil Russos 1.200.000 Ucranianos, sendo que devido a rotatividade só podemos considerar a metade disso.
Eu dizia que a retomada de Melitopol seria feita ano passado. Errei.
Apesar de ser uma ofensiva que daria ao exército ucraniano a captura de pelo menos 1 exército russo, ela é também muito telegrafada. Então, no terreno, deve estar muito bem defendida com OT.
Fazendo uma prévia sobre o destino dos T-72 russos na Ucrânia estou replicando o video com o post das forças ucranianas no Twitter: “O tanque russo T-72B foi destruído pelas forças ucranianas perto de Avdiivka, Donetsk Oblast”. E a ofensiva ucraniana de primavera ainda nem começou.
https://twitter.com/UAWeapons/status/1635311014760837122?s=20
“O desafio logístico nesta ofensiva aliado às recentes perdas das melhores brigadas ucranianas nas batalhas de Soledar e Bakhmut” Uma observação particular minha. Eu não sei se é correto afirmar sobre perdas de brigadas Ucranianas ou mesmo Russas durante essa batalha é inegável que a Ucrânia mobilizou os melhores na região a Rússia também com os seus marines. e a ucraniana com por exemplo a 93rd Mechanized e a 80th Air Assult Brigade veteranas do Dombas, mas essas unidades não estão na linha de frente 24/7 o tempo todo Por exemplo durante uma rotação de unidades a 46th Airborn ucraniana… Read more »
O que assusta é a citação do último parágrafo.
A Russia vai aceitar uma derrota destas sem usar armas nucleares? Os caras estão esticando a corda.
Realmente, não é nada impossível…
Não vão, por vários: Se a Russia usar armas nucleares, a OTAN provavelmente entra em campo. Ai acabou de vez pra Russia. Xi Jinping não tem absolutamente nenhum interesse que a Russia use armas nucleares, muito pelo contrário. A China não tem a capacidade nuclear absurda da Russia e EUA (e nem quer ter), e a China não quer nenhum vizinho seu proliferando. Sem contar que a radiação pode parar lá também. Isso também vale pra outros “neutros” tipo Índia e Brasil. Mesmo que a OTAN não entre no ringue, a Rússia viraria um estado pária total. Sanção total, e… Read more »
Está ficando claro que a contra ofensiva na primavera será da Ucrania e não da Rússia, será como está sendo para os Ucranianos agora em Bakhmut, a máquina russa de triturar ossos vai funcionar a todo vapor. Ou isso ou a Rússia vira a ex-Iuguslávia
Tudo muito bom.
Tudo muito bem.
Mas precisam combinar com os russos que têm dezenas de milhares de homens e armas esperando os ucranianos.
Sem contar cerca de 300 mil reservas esperando para ir onde os ucanianos atacarem.
Excelente artigo.
A linha russa será rompida.
A questão toda se resume em como estará a retaguarda russa. Se tiverem feito o dever de casa, poderá resistir. Caso esteja como Kahrkiv ano passado, o colapso é certo.
Torço por um ataque em 2 frentes, para desequilíbrio total das forças invasoras.
Veremos.
Será rompida ou poderá resistir rsrsrs
Certamente a vontade e o planejamento Ucraniano e de mais de duas frentes para desestabilizar os russos, contam com os novos que chegam de treinamentos na Polônia e Inglaterra e os novos equipamentos como os tanques alemães, basta apenas a Rússia manter a linha, pequenos avanços, pequenos recuos o suficiente para o desgaste desta nova leve, isso vai durar um meses, triturados os 50.000 novos soldados a liderança do Zelensky e gastos com recursos e vida serão questionados dentro e fora da Ucrânia.
…desta nova leva…..
Pode até acontecer a tal ofensiva se ainda tiverem soldados qualificados. Os melhores ucranianos e vários mercenários ocidentais estão morrendo em Bakhmut.
Fácil assim Né e a Rússia vai ficar olhando tudo isso acontecer kkkkk
Dar palpite pró ou contra é fácil difícil é ter o conhecimento da verdade sobre a invasão,Putin não é louco,este bando de velhos aloprados da OTAN, acha que pode controlar tudo,veja o que fazem na África os antigos colonizadores,que fingem ajuda aos negros espertos, mas burros
É como os videos de defesa pessoal, o bandido ta sempre esperando a reação e nunca tenta fazer nada pra atrapalhar
Terão que ter uma cobertura aérea para deslocar esta Cavalaria made in OTAN
Acho que a Rússia ainda tem Força aérea e não foi usada em peso dentro da Ucrania…
EDITADO
2 – Mantenha o respeito: não provoque e não ataque outros comentaristas, nem o site ou seus editores;
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Não creio que os russos serão pegos de surpresa dessa vez. Eles estão esperando essa ofensiva. O que não foi o caso da anterior, quando foram pegos com as calças nas mãos e tiveram que sair correndo de Kherson. Sobre a parte do texto que cita Bakhmut, creio que a Rússia levou uma vantagem nessa batalha, proporcionada pelo grupo Wagner. Enquanto a Ucrânia foi obrigada a usar suas melhores tropas para defender a cidade, os russos fizeram uso da força dos “Músicos”, que sofreram pesadas baixas, porém acabaram poupando bastante as forças terrestres russas do desgaste dessa carnificina. Somente agora,… Read more »
Os Russos também convocaram 300 mil reservistas em Novembro, mais um ponto a ser considerado.
“Indesejável por todos”, verdade, mas no caso russo de um “no way out”, essa última tabua russa de salvação seria com certeza utilizada; daí desse ponto em diante há uma incógnita, haveria uma suposta contraofensiva da OTAN? Utilizariam o mesmo método, derretendo aquela parte do mundo? Acredito que nesse caso o imbróglio se arrefece, o europeu não quer sua paz e tranquilidade econômica se esvair em outra guerra dentro de seu quintal.
Armas nucleares, mesmo as táticas, não. Aí seria o estopim para uma guerra contra a OTAN e a Terceira Guerra Mundial.
Há importantes considerações.
1) Os meios citados, q a OTAN tem disponibilizado, aumentam exponencialmente o Poder Relativo de Combate das forças ucranianas, o que diminui a capacidade russa de defender suas posições.
2) os meios de engenharia disponibilizados aumentam consideravelmente a mobilidade ucraniana, permitindo que “desviem” seus esforços principais das linhas mais bem defendidas.
3) tudo isso aumenta, também exponencialmente, a necessidade de melhora na capacidade logística ucraniana.
Imagino o que acontecera se as forças da Ucrânia tenham êxito nessa ofensiva, por causa do imenso apoio material, logístico, de treinamento e de inteligência que o ocidente esta fornecendo, e ameacem a Crimea ao mesmo tempo isolando as forças russas mais ao oeste? …. Penso que nesse caso os países do ocidentais vão forçar a mão de Putin que, para que o seu regime e sobreviva, e de acordo com esbravejo de um general da OTAN, a propria Federação Russia sobreviva como nação e não se esfacele em diversas pequenas e inofensivas republicas pro ocidente, será obrigado a usar… Read more »
Do mesmo modo que foi feito com os tanques ocidentais, parece que está sendo costurada uma coalizão de países do leste europeu para o envio de aeronaves Mig-29 Fulcrum para a Força Aérea da Ucrânia. A Polônia quer que a Bulgária e a Eslováquia também enviem seus Mig-29 para a Ucrânia. A idéia é entregar à Ucrânia 28 dessas aeronaves em até 6 semanas. A grande vantagem desse movimento é fornecer aviões de combate com os pilotos ucranianos já estão familiarizados. E, talvez, esses 28 Mig-29 também estejam adaptados para lançar bombas guiadas de precisão de alcance estendido de munição… Read more »
Os BTGs russos estão todos na reserva agora. Russia está usando mercenários wagner, separatistas e conscritos da sibéria, todos organizados nas brigadas ao modelo antigo, com artilharia orgânica e apoiado por tanques de estoques soviéticos. Já a Ucrania está fritando oq tem de melhor em Bakhmut.
Sobre o contrataque ucraniano em duas frentes demonstra o nivel de piração dos ukroboys kkk Os caras não estão conseguindo abastecer sequer sua infantaria entrincheirada em Bakhmut, imagina um super contraataque estilo Operação Barbarossa, oia as ideia.
Tem um artigo que retrata bem as forças em relação aos blindados https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/4213490/estos-256-carros-combate-occidentales-recibir-ucrania, algumas coisas podem ser exageradas mas aparentemente retratam o agora.