Soledar Battle - 3

Rodolfo Queiroz Laterza[1]

1 – Introdução

Nas duas primeiras semanas de janeiro de 2023, as batalhas por Soledar e Bahmut desenvolvidas entre as Forças Armadas da Ucrânia (FAU) e as forças russas compostas por agrupamentos heterogêneos de unidades de combate ganharam destaque nas análises da guerra da Ucrânia, devido ao nível de escalada de confrontos e importância estratégica dessas cidades industriais, situadas na oblast de Donetsk.

Em 13 de janeiro 2021, o Ministério da Defesa da Russia e o proprietário da Companhia Militar Privada “Wagner” (ou Wagner Group ou Wagner Private Military Company) Dmitry Podgozhrin  anunciaram a expulsão das unidades militares ucranianas na cidade de Soledar.

As batalhas por Soledar se iniciaram em agosto do ano passado, após a queda de Popasnaya por unidades de combate da PMC WAGNER.

Até meados de dezembro, as batalhas se situavam no eixo central da cidade e em uma mina de sal, sem avanços tangíveis por parte das forças russas, que sofriam forte resistência das FAU, que empregaram diversos batalhões de outros setores do teatro de operações para reforçar a defesa de Soledar.

O reagrupamento e remanejamento contínuo de unidades de combate ucranianas de áreas como Kherson e Zaporizhzhia expuseram a importância estratégica da cidade para a Ucrânia.

Este ensaio faz uma avaliação tático-operacional da conquista de Soledar pelas forças russas e seus reflexos no setor de Donbass.

2 – A relevância estratégica de Soledar

A cidade tem muitos empreendimentos industriais. No período soviético, a unidade fabril de Artyomsol localizada em Soledar produzia mais de 40% do sal da ex- URSS. A cidade, portanto, se estruturou sobre minas de sal, havendo túneis profundos, cuja extensão, segundo várias estimativas, chega a 200 km.

Estes túneis tiveram importância crucial para as FAU ao longo das batalhas pelo controle da cidade. Os ucranianos penetraram na retaguarda das tropas russas que tentavam avançar, principalmente através do emprego já comum de destacamentos móveis de reconhecimento (DRGs), os quais buscavam retardar os avanços das unidades russas através de atentados atrás das linhas inimigas e por meio da designação de alvos relevantes para as barragens de artilharia da Ucrânia.

A própria cidade era de importância estratégica para o exército ucraniano, pois usaram as minas de sal para armazenar armas e munições. Inclusive, ressaltamos que estas minas profundas mantinham as armas e munições das unidades de combate ucranianas longe de ataques diretos da aviação tática e dos sistemas de artilharia russos. Pode-se afirmar que grande parte do agrupamento do setor de Donetsk das Forças Armadas da Ucrânia era desdobrado a partir de Soledar, o qual servia como relevante ponto defensivo e logístico.

Além disso, controlar Soledar é importante, pois, junto com as cidades de Artemovsk (Bahmut) e Seversk, faz parte da primeira linha de defesa das tropas ucranianas no eixo de Donbass.

A 61ª Brigada de Assalto e a 49ª Brigada Aerotransportada da Ucrânia, que defendiam a cidade, tinham numerosos redutos para pelotão, companhia e batalhão lutarem por cada quarteirão, rua ou distrito da cidade. As fortalezas estruturadas pelas FAU foram organizadas em 5 distritos da cidade. O grupo do distrito 5, localizado perto da estação ferroviária, resistiu por mais tempo aos ataques russos, pois era o setor que deveria garantir a retirada do que restava das duas brigadas ucranianas durante a retirada dos últimos redutos da cidade.

Como resultado da ofensiva da PMC Wagner, a cidade de Soledar, o entroncamento rodoviário e ferroviário de Krasnaya Gora, bem como os arredores, foram tomados por forças russas. Ao mesmo tempo, as 24ª, 49ª, 61ª e 128ª Brigadas ucranianas foram degradadas com perdas irrecuperáveis. Estas grandes unidades precisarão ser retiradas da linha de frente para serem recompletadas e reequipadas.

3 – Os efeitos do controle de Soledar pelas forças russas

Em vez de continuar seu avanço para o oeste além da ferrovia Seversk-Bakhmut, onde as 17ª e 4ª Brigadas de Tanques ucranianas os esperavam, a PMC Wagner mudou o avanço de direção, indo para o norte em direção a Seversk, cidade situada a 15 km de Soledar e estratégica para eventual ofensiva ucraniana à Refinaria de Lisichansk, tomada em junho pelas forças russas. O risco de os russos prenderem a guarnição ucraniana de Seversk em um cerco tornou-se muito alto, diante de ataques contínuos de novos grupamentos de combate russos a partir de Dibrova, situada ao norte.

Diante da iminência da batalha, sistemas de artilharia de grande calibre e MLRS ucranianos foram desdobrados em Seversk para proteger a ponte flutuante sobre o rio Severodonetsk. É por essas passagens temporárias que as tropas ucranianas podem avançar e atacar as forças russas entrincheiradas na importante cidade de Kreminna, a qual as FAU tentam romper as linhas de defesa russas para cercar a cidade desde outubro após a retomada da estratégica cidade de Krasny Liman. Uma eventual destruição destas tropas ucranianas pelas forças russas significaria o isolamento e o cerco de 2-3 brigadas ucranianas na margem norte do rio Severodonetsk.

O General Zaluzhny, o comandante das FAU, recuou as 17ª e 4ª Brigadas de Tanques cerca de 15 km a oeste, bem como a 63ª Brigada Mecanizada, a fim de organizar uma linha de defesa avançada diante da possibilidade de que as cidades de Kramatorsk e Slavyansk sejam cercadas pelos russos.

A PMC Wagner conquistou a maior parte da cidade de Kleshcheevka, a sudoeste de Bahmut. O controle dessa localidade possibilitou ligar o corredor Opytnensky atrás da primeira linha de defesa a leste de Bakhmut, localizada nas margens do rio Bakhmutovka.

Já Klescheevka está localizado na periferia sul de Bakhmut e é muito importante seu controle para que se torne viável atacar as fortificações ucranianas que bloqueiam a penetração russa a oeste de Bakhmut.

Importante frisar que ao invés de um ataque frontal, as forças russas tentam desde agosto cercar Bakhmut. Completado o cerco, acreditamos que, em seguida, a PMC Wagner seguirá para Chasov-Yar, uma fortaleza no topo de uma colina com vista para Bakhmut, onde os ucranianos posicionaram a maior parte de sua artilharia pesada e vários MLRS. É através de Chasov-Yar que as tropas em Bakhmut recebem armas, reforços e suprimentos. Portanto, é provável que os combatentes do grupo Wagner tentarão ocupar Chasov-Yar, como uma etapa fundamental para o cerco de Bakhmut, deixando a cidade sem comida, munição e armas, forçando uma rendição ou retirada das tropas ucranianas.

De acordo com as informações de canais militares ucranianos, coletados a partir de tropas em fuga, as FAU teriam perdido cerca de 14 batalhões em Soledar.

A captura de Soledar tornou-se possível devido aos constantes ataques lançados por unidades russas da Aviação do Exército, Tropas de Mísseis e da Artilharia do Grupo de Forças Russas. Ataques concentrados foram lançados ininterruptamente nas posições das FAU na cidade, impedindo a redistribuição das forças de reserva, suprimentos de artilharia, bem como obstando tentativas das FAU de redistribuir reforços para outras linhas defensivas, além da destruição de tropas e equipamentos.

É importante ressaltar que nas batalhas por Soledar as unidades aerotransportadas russas manobraram pelos flancos para atacar posições das FAU, ocupando as alturas dominantes e bloqueando o respectivo assentamento pelos lados norte e sul. As unidades russas de guerra eletrônica suprimiram o sistema de controle das forças ucranianas e também interromperam o uso de seus UAVs.

Estabelecer o controle total sobre Soledar permitirá às forças russas cortar as linhas de abastecimento das tropas ucranianas em Bakhmut, localizada a sudoeste, e, se as tropas russas mantiverem a iniciativa, poderão bloquear e cercar as unidades das FAU que permanecem na respectiva cidade.

Caso se concretize a eliminação da primeira linha de defesa das Forças Armadas da Ucrânia com a perda de Bahmut, Chasov-Yar, Seversk e Konstantinova, tal cenário levará ao estado crítico das FAU nas poderosas fortificações de Ugledar e Avdiivka, até hoje mantidas com tenacidade pelas forças ucranianas que impedem qualquer avanço tangível de unidades de combate russas.

Ressaltamos também que na dinâmica destas batalhas, o General Surovikin, então comandante russo no Teatro de Operações da Ucrânia (dias atrás foi sucedido pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, General Valery Gerasimov), tem priorizado a destruição das unidades ucranianas, bem como suas linhas de comunicação e bases logísticas.

Quando as Forças Armadas da Ucrânia, localizadas nas áreas fortificadas, não forem reabastecidas, será mais fácil para as tropas da Rússia avançarem e tomarem o controle integral da região de Donbass. Este cenário é bastante improvável a curto prazo, tendo em vista a superioridade em efetivo das FAU e as dificuldades ainda existentes de comando e controle eficazes por parte das forças russas sob seus aliados (as unidades paramilitares de Lugansk e Donestsk, o Grupo Wagner e a Guarda Nacional Chechena).

4 – Cenário atual

De acordo com várias fontes, há relatos de que as tropas russas, tendo conquistado Soledar e seus subúrbios ocidentais, estão ampliando sua ofensiva nas direções oeste e sul, em consequência um longo trecho da estrada que liga Bakhmut (Artemovsk) e Soledar a Seversk está sob controle do Grupo Wagner. A luta agora está ocorrendo na área do entroncamento M03 e T0513, de onde sai a estrada para a aglomeração Slavyansk-Kramatorsk.

Os destacamentos de assalto do Grupo Wagner limparam os quartéis de Soledar dos remanescentes das unidades ucranianas nos últimos dias. No momento, os combatentes russos estão avançando na aldeia de Sol das direções norte e sul, bem como nos arredores do assentamento Blagodatny. Muitos restos mortais de combatentes das Forças Armadas da Ucrânia ainda estão nas minas de sal da cidade, criando angústia para familiares que dias atrás protestaram em Kiev por informações de seus parentes mobilizados para este setor do front.

Visando manter a linha defensiva e dificultar a progressão das forças russas, o comando militar ucraniano enviou a 61ª Brigada de Kramatorsk para reforçar a defesa. O comando ucraniano também planeja desdobrar reforços nas proximidades de Soledar até 16 de janeiro para deter uma provável ofensiva das Forças Armadas da Federação Russa (FAFR).

Já à sudoeste de Soledar, a ofensiva contra as posições das FAU em Krasnaya Gora continua das direções norte, leste e sul. As FAFR estão avançando nas proximidades de Paraskovievka, perto do rio Bakhmutka. Como forma de retardar ou neutralizar avanços russos, as forças ucranianas estão usando ativamente os drones Mavic-3 e Matrice-300 para identificar as posições das tropas russas e dirigir ataques de artilharia.

Em 15 de janeiro de 2023, segundo as fontes militares ucranianas, na periferia leste de Bakhmut, destacamentos de assalto ucranianos estão tentando contra-atacar as posições da PMC WAGNER no território da fábrica de champanhe da rua Patrice Lumumba.

O quartel-general do grupo operacional-tático “Soledar” das FAU relata enormes perdas devido à ofensiva das forças russas, bem como muitos vítimas por congelamento dos membros inferiores.

O agrupamento militar ucraniano neste setor da frente de combate também está tendo dificuldades com o apoio da artilharia, pois as brigadas de combate das FAU perderam a maior parte de seus obuses e sistemas múltiplos de lançadores de foguetes como resultado de ataques russos de contra bateria e da aviação tática russa.

Atualmente, o Comandante das Forças Armadas da Ucrânia está considerando a possibilidade de enviar a 56ª Brigada de Infantaria Motorizada para Bakhmut, estacionada na região de Dnepropetrovsk e unidades de combate para Chernihiv, visando fortalecer as capacidades de combate com novos equipamentos e pessoal recentemente mobilizado.

No sudoeste de Bakhmut, os destacamentos de assalto do Grupo Wagner estabeleceram o controle sobre várias fortificações ucranianas no sul e sudeste de Kleshcheevka , cercando assim a aldeia pelo norte, leste e sul. Como enfatizado antes, a perda de Kleshcheevka significa que a artilharia russa colocará a rota de Chasy Yar a Bakhmut sob seu alcance. As forças da 3ª Brigada de assalto e do 210º Batalhão de Forças Combinadas das FAU foram enviadas ao assentamento para ocupar posições e impedir o controle do assentamento pelos combatentes da PMC WAGNER.

Já no setor Toretsky , um grupo de ataque ucraniano de 30 combatentes foi formado como operadores de forças especiais como parte do 5º Regimento de Assalto separado das Forças Especiais para realizar uma ofensiva contra as posições das FAFR em Mayorsk. As FAU têm empregado granadas termobáricas contra posições russas, provocando pesadas baixas.

5 – Considerações finais

Conforme analisamos neste ensaio, relevantes objetivos militares por parte das forças russas foram atingidos como parte do ataque a Soledar que resultou no controle desta cidade industrial. Entre eles estão: bloquear a cidade pelo norte e sul, isolar a área de combate, impedir que as FAU transfiram forças de reserva para este setor, reprimir tentativas de saídas da cidade por formações ucranianas, garantir apoio de fogo de aeronaves de ataque e de sistemas de artilharia russos.

O objetivo foi atingido a partir de esforços conjuntos de várias unidades e formações das Forças Armadas da Federação Russa em coordenação com a PMC Wagner.  Com isso, a cidade foi cercada e teve início seu controle e limpeza de área, na qual a empreiteira militar Wagner teve papel fundamental.

Com o controle da cidade de Soledar, o principal ponto de confrontos mudou-se para a vizinha estação ferroviária de Sol, a noroeste da cidade. Combates também foram relatados na vizinhança leste de Blagodatnoe (oeste de Soledar) e Krasnopolievka (nordeste de Sol).

As operações em torno de Soledar estão em andamento em meio a intensos combates na cidade de Artemovsk (Bakhmut), no setor ao sul de Soledar. Mais recentemente, as unidades russas assumiram o controle da área de Opitnoe e garantiram o flanco de Bahmut nas direções nordeste, sul e leste. As especulações de algumas fontes de que a cidade está em um ‘cerco tático’ pelas forças russas são uma superestimação da mídia pró Rússia.  As estradas a oeste ainda estão sob controle das forças de Kiev. No entanto, a estrada ao sul da cidade (ao longo de Yagodnone) está sob ataques regulares dos russos.

Nas condições atuais, a cidade de Bakhmut tende a ser o próximo ponto de defesa das forças ucranianas na região de Donbass que estará sob a pressão das Forças Armadas da Federação Russa em esforço conjunto com o Grupo Wagner.  Ao mesmo tempo, é improvável que os russos realizem quaisquer grandes ataques em outros setores da linha de frente no futuro próximo, como se tem especulado na imprensa russa, pois os novos mobilizados estão entrando gradativamente em operações de combate. Lembrando que os russos têm cerca de 150 mil convocados ainda em processo de treinamento.

Além disso, as forças russas estão em complexo processo logístico de reposição de veículos blindados, sistemas de artilharia, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo destruídos ou avariados desde o início da guerra, com este processo ainda não tendo sido concluído. O complexo industrial-militar russo ainda não tem escala de produção para fornecer o volume necessário de suprimentos diversos e equipamentos para preencher todas as necessidades militares. Os russos estimam que ainda levará pelo menos seis meses para que o complexo industrial-militar esteja funcionando em plena capacidade.

O cenário que se vislumbra para as próximas semanas é de combates duros, sem resultados especulares ou conclusivos. As cidades de Seversk e Bakhmut tem uma defesa densa e bastante difícil de romper, ainda mais com o limitado efetivo ainda mobilizado pelas forças russas, as quais enfrentam forças numericamente muito superiores das FAUa auxiliadas por combatentes estrangeiros aos quais estão concentrados em tais cidades.

Uma importante consequência negativa para as FAU ao persistirem no envio de reforços para defender Soledar em detrimento de um retraimento em força para posterior contraofensiva é a perda do seu potencial ofensivo em outros setores do teatro de operações, como Zaporizhzhia, Svatovo e Kreminna, já bastante pressionadas. Outros setores como Svatov e Melitopol já tiveram várias de suas brigadas enviadas para impedir a queda de Soledar.

Em nosso entendimento, o paradigma das operações de combate é alcançar a máxima eficiência, minimizar a burocracia, simplificar o gerenciamento de processos, adotar condutas de comando com agilidade no sistema de tomada de decisão e prover com eficácia as necessidades das unidades em combate, além de se assegurar um treinamento que qualifique aos militares um alto grau de eficácia em combate.

Tais fatores críticos não são alcançados em sua plenitude pelas respectivas forças beligerantes, sendo, portanto, difícil avaliar os possíveis desdobramentos das operações atualmente em curso

É essencial para o leitor entender que a situação no campo de batalha nunca ficará totalmente clara para a mídia pública, principalmente a ocidental. Qual a situação do inimigo? Como está o seu moral? Qual é o seu dispositivo no terreno? Ondes estão suas reservas? Qual é o estado do equipamento? Como está o fluxo logístico? Quais são os números de baixas? Quais são os percentuais de recompletamento e reequipamento? todos esses são critérios são, sem dúvida, muito importantes, para os comandos militares, os quais guiados por esses dados conduzem uma operação ofensiva ou defensiva.

Uma espécie de guerra de informação está sendo travada entre os dois lados e, é claro, ambos estão tentando minar a capacidade de combate um do outro. Deste ponto de vista, é necessário considerar as informações disponíveis.

Informações desse tipo são classificadas e sujeitas a vieses dentro do contexto de guerra de propaganda que permeia uma confrontação de amplo espectro geopolítico. Portanto, devemos entender que todas essas informações não estão disponíveis para nós em tempo real e informações objetivas nunca chegarão à mídia corporativa.

Dessa forma é essencial que cada análise é baseada no confronto de fontes disponíveis e evidências já sedimentadas com níveis de pertinência e veracidade prévios, sob pena de se incorrer em percepções que se mostram erráticas

Diante disso, a perda de Soledar pela Ucrânia sob nenhuma hipótese sacramenta derrota militar completa ou consolida uma tendência de fim da guerra da Ucrânia.

Fontes consultadas:


[1] Delegado de Polícia, Mestre em Segurança Pública, historiador, pesquisador em geopolítica e conflitos armados.

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Oráculo
Oráculo
1 ano atrás

Excelente análise.

Sempre bom ler textos dessa qualidade.
É o que ainda me mantém frequentando aqui assiduamente, o belo trabalho dos editores e colaboradores da Trilogia.

Já esse hospício que se tornou a seção de comentários, só serve pra dar voz para malucos.

PRAEFECTUS
Responder para  Oráculo
1 ano atrás

Vejamos…

A realidade é que as forças ucranianas reconheceram hoje o “recuo” da disputada cidade de Soledar, capturada pelas forças russas na semana passada. A bem da verdade, em sua primeira vitória significativa depois de muitos meses.

Agora, Soledar nas mãos dos russos, e a cidade vizinha de Bakhmut, nas mãos dos ucranianos, travam diariamente uma intensa batalha de artilharia.

De acordo com informações, as linhas de frente entre as duas cidades mudam constantemente, de forma imprevisível, às vezes vários quilômetros por dia. Lembrando que Bakhmut está aproximadamente a 19 km de Soledar.

Em particular, segundo consta, alguns soldados ucranianos culparam a falta de coordenação entre diferentes unidades pela perda de Soledar e reconheceram que a Rússia pode agora estar em melhor posição para cercar a cidade vizinha de Bakhmut, muito maior e estrategicamente mais importante, ao sul.

Os informes dão conta de que o clima entre as unidades da linha de frente em aldeias como Paraskoviivka, agora a apenas algumas centenas de metros das posições russas, parece ser discretamente confiante. Segundo relatos, furiosos bombardeios aéreos e de artilharia ucranianos parecem estar bloqueando as tentativas russas de avançar tanto do norte quanto da periferia sudoeste de Bakhmut.

Com o terrível inverno surge um problema para ambos os contendores, nesse momento qualquer leve degelo transforma as estradas cobertas de neve no extremo norte de Bakhmut em trilhas lamacentas. Durante o inverno, há pouca cobertura de árvores e arbustos, deixando muitas estradas visíveis e veículos expostos ao fogo de artilharia russa estacionadas em Soledar.

A realidade é que os problemas para os ucranianos só aumenta. Um assunto que está começando a tirar o sono dos seus aliados é que a Ucrânia pode enfrentar uma escassez de munição no segundo semestre deste ano.

Isso poderá não ocorrer a menos que o Ocidente invista em nova produção, pois de acordo com informações os estoques aliados estão acabando e a produção existente não consegue acompanhar a cadência de tiros, já que os combates se tornam uma guerra de desgaste.

É sabido que desde que a guerra começou, a Ucrânia tem sido cada vez mais abastecida pelo Ocidente com material militar, começando com os mísseis Javelin fabricados pelos EUA até, mais recentemente, a promessa do Reino Unido de 14 tanques de batalha Challenger 2. Apenas os EUA comprometeram e prometeram um total de US$ 113 bilhões em armas. As próprias instalações de produção militar da Ucrânia foram em grande parte destruídas por uma implacável barragem de mísseis russos.

A realidade é que esta é uma guerra que os EUA e os eurobambis pensavam que terminaria em dias, mas agora pode levar anos. Em um momento em que as cadeias de suprimentos globais estão derretendo, o Ocidente terá muita dificuldade para atender às demandas neste nível muito alto.

O grau em que os estoques de armas estão acabando varia de sistema para sistema, já que a base industrial de defesa dos EUA está melhor equipada para aumentar a produção de algumas armas, enquanto outras são mais difíceis já que a linha de produção de alguns produtos foram totalmente encerrada e não pode ser facilmente retomado.

A real é a seguinte, depois de anos lutando em guerras assimétricas contra organizações terroristas como Al Qaeda e Boko Haram, o Ocidente encerrou a produção de várias armas convencionais e se concentrou mais no desenvolvimento de armas de precisão de alta tecnologia. Como os EUA, em particular, dependem de empresas privadas para produzir armas, se não houver pedidos de uma arma ou munição em particular, as empresas simplesmente fecham essa linha de produção. Pois é…e o que aconteceu?

Deixou o Ocidente de certa forma mal equipado para enfrentar o confronto clássico que é a guerra ucraniana, onde centenas de milhares de soldados enfrentam centenas de milhares de oponentes, disparando milhares de cartuchos de artilharia e centenas de mísseis por semana.

E agora José, relutante em ser sugado para um confronto direto com a Rússia e ciente do custo de colocar suas economias em pé de guerra, o Ocidente reluta em investir no aumento da produção militar para abastecer a Ucrânia em uma longa guerra com a Rússia.

Em meio a uma policrise que já custou à Europa cerca de um trilhão de euros, os governos demoraram a assinar os contratos de aquisição plurianuais que os grupos de defesa precisam investir em uma grande reformulação de sua produção. Outro dia o Financial Times relatou que muitos dos principais produtores de armas da Europa estão conversando com governos sobre investimentos em novas produções, mas poucos contratos foram assinados e pouco investido ainda. Para a Europa, pelo menos, o Rubicão ainda não foi cruzado.

Mas cada vez mais parece que uma longa guerra está por vir. O presidente russo, Vladimir Putin, disse em dezembro que espera uma “guerra longa” na Ucrânia, mas que não vê “sentido” em mobilizar soldados adicionais neste momento. O que evidentemente todos sabemos é jogo de cena…

Segundo informações a inteligência da Ucrânia previu uma segunda mobilização em massa entre janeiro e fevereiro para seguir a mobilização parcial que começou em 21 de setembro e esta semana como todos vimos disse que a Rússia está tentando construir um exército de 2 milhões de homens. Unidades de mobilização, incluindo alterações legislativas e preparação de centros educativos, já estão em curso na Rússia e na semana passada a Duma acabou com a dispensa do serviço militar para pais de três ou mais filhos. Ambos os lados estão se preparando para grandes contra-ofensivas na primavera. Essa é a realidade!

Com um abismo profundo entre a posição inicial de ambos os lados para as negociações de paz(a Rússia quer que a Ucrânia conceda as quatro regiões que anexou em setembro, enquanto Kiev diz que não iniciará as negociações até que a Rússia se retire para além das fronteiras de 1991) há pouca esperança de um cessar-fogo em breve.

O que estou querendo dizer é que no verão os EUA podem começar a cortar tão fundo em seus próprios estoques de projéteis e armas similares que isso começa a se tornar um problema estratégico para sua própria defesa nacional e será forçado a reduzir os suprimentos.

Bem vejamos, as tensões no Mar da China Meridional com a China sobre Taiwan estão em segundo plano, bem como um potencial conflito direto com a Rússia. Mas, e se qualquer uma dessas frentes se abrir (e, na pior das hipóteses, se ambas abrirem ao mesmo tempo), os EUA provavelmente serão forçados a abandonar seu apoio à Ucrânia, pelo menos temporariamente, pois precisará de seu material para suas próprias forças armadas. Tudo isso eles precisam pensar, pesar…

Gente, só esclarecendo, estoques baixos não significam o fim das transferências de equipamentos. Eles significam que os Estados Unidos e europeus precisarão buscar outros mecanismos. E isso não é da noite para o dia!

Nos próximos dias iremos ver o quão tudo isso afetará os rumos dessa guerra.

butzkejr
butzkejr
Responder para  PRAEFECTUS
1 ano atrás

Parabéns pela analise e é isso concordo em todos os pontos com você , a Russia mesmo que esteja com estoques baixos vai dar um jeito pois ja perderam tudo que podiam com as sanções

Pragmatismo
Pragmatismo
1 ano atrás

Como é bom ler uma exposição com rigor e ponderada.
Parabéns!

Rafael de Jesus
Rafael de Jesus
1 ano atrás

Mais uma vez, um excelente artigo do professor Rodolfo

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
1 ano atrás

Fácil resolver isso aí na cabeça de alguns. Se não dessa na primeira cerveja, na segunda; se não na segunda, na terceira, ou até acabarem as garrafas nós íamos fazer um acordo de paz”.tá doido?

Nilo
Nilo
1 ano atrás

Excelentes considerações, cai por terna, o insistente discurso da Mídia Ucraniana controlada por Zelenskky de que Soledar e Bakhmut, não possui valor estratégico, que era apenas para satisfazer as ambições do comandane do Wagnewr Group sobre as minas de sal.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Nilo
1 ano atrás

Qualquer um que perder uma posição vai dizer que não tinha valor estratégico, isso é normal, o próprio autor menciona a guerra de propaganda, cada um mente em benefício próprio, faz parte de qualquer guerra. Esse é o ponto: “Portanto, devemos entender que todas essas informações não estão disponíveis para nós em tempo real e informações objetivas nunca chegarão à mídia corporativa”.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nilo
1 ano atrás

Sabe que está a 30km da linha dos tratados de Minsk?

Quase 11 meses. E qual é o objetivo? É uma derrota para a Ucrânia mas o que ganhou a Rússia?
É uma manobra de propaganda, sem qualquer valor militar. É o que dá serem os políticos e donos de empresas de catering a comandar a guerra…

Mas espero que continuem assim. é a forma mais rápida de perderem a guerra.

Nilo
Nilo
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Canadá acaba de doar 200 carros blindados ao Zelensky. Rsrsrsrs
https://www.cbc.ca/news/politics/canada-ukaine-armoured-personnel-carriers-donation-1.6717597

Slowz
Slowz
Responder para  Nilo
1 ano atrás

Crimeia que aguarde kkkkkkkkk ops pera falta algumas/muitas cidades antes 😂😂

Oscar
Oscar
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Acordos de Minsk fraudados pela OTAN? Apenas para dar tempo de armar a Ucrânia, inclusive unidades neonazistas?

Admitido publicamente por Merkel (Alemanha) e Hollande (França)!

Não vem ao caso, não é?

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

A Rússia ganhou uma bela escola para aperfeiçoar seu material e técnicas de combate para a próxima guerra, como sempre aliás!

Hcosta
Hcosta
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
1 ano atrás

Então porque comete sempre os mesmo erros?

Na invasão da Geórgia detetaram os mesmo erros e o que mudou? Pouco ou nada. É como diz o outro, o sistema ganha sempre no final…
Enquanto for um regime fechado, autoritário, corrupto, etc… o resultado vai ser sempre o mesmo.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Taticamente você está correto, mas tecnicamente eles evoluíram muito, criaram o T-14 armata e os blindados de nova geração que resolvem todos os problemas dos blindados anteriores. Os mesmo não estão sendo usados pois tem poucos deles é estão guardados para o caso de escalada direta Com a OTAN. Para quê gastar vela cara com defunto ruim, mánda o que tem de antigo e barato aos milhares.

Alexandre
Alexandre
1 ano atrás

Existe uma hipotese:
Ao colocar o Wagner na linha de frente é possível canalizar o butin e os ganhos para as mãos de um pequeno grupo (com Putin no topo) de corruptos e facinoras.
Com os Chechenos a negociação é mais difícil.
E com o Exercito Russos a corrupção é proporcional à incompetência.
Nada como uma guerrinha para os esbirros ganharem mercado e poder na combalido arranjo russo.

Gabriel Ferraz
Gabriel Ferraz
1 ano atrás

A cidade de Soledar teve mais facilidade de cair por conta que é muito pequena e com poucas avenidas ou ruas ,onde a maioria das tropas se concentravam dentro da mina de sal ,a questão é em ambientes urbanos com alta densidade de prédios e casas como seria esses ataques ou contra ataques.

Azevedo
Azevedo
Responder para  Gabriel Ferraz
1 ano atrás

O problema de Bakhmut é que os russos estão cortando todas a rotas de abastecimento da cidade.
Tomaram Kleshcheevka que está a cinco quilômetros da rodovia que chega pelo oeste e estão tomando Paraskoviivka que tem uma rodovia que vem pelo norte.
Só restará uma pequena estrada lateral imprópria para abastecer uma guarnição grande como Bakhmut.
Então, podemos afirmar que as rotas de abastecimento já estão sob controle de fogo dos russos.
Calcula-se que lá os ucranianos mantêm entre 8 e 10 brigadas.
Pode se tornar uma catástrofe para o Exército deles.

Carlos E.
Carlos E.
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

Você fala em catástrofe desde que a guerra russa pra roubar território ucraniano começou. Já teve tanta catástrofe nessa guerra contra a Ucrânia que no mundo só sobraram os russos “bondosos” !

Azevedo
Azevedo
1 ano atrás

Mais uma excelente análise deste Professor (Mestre).
Só atualizando.
Hoje pela manhã foi anunciada a conquista de Kleshcheevka pelos russos.
Segundo os ucranianos, as forças russas estão atacando Oleksandro-Shultyne que já é nós arredores de Kostyantynovka.
Essa informação causa estranheza, pois é relativamente longe da linha de frente conhecida.
Mas como foram os ucranianos que informaram…..

Nei
Nei
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

Sim, os Ucranianos informaram isso no Telegram Russo.

Oscar
Oscar
Responder para  Nei
1 ano atrás

O Telegram tem centenas (provavelmente milhares) de canais públicos ucranianos…

horatio zhirinovsky
horatio zhirinovsky
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

e tbm atacaram terny que está a 15km da suposta linha de frente

Azevedo
Azevedo
1 ano atrás

Desde o início da Operação Especial, a estratégia russa foi usar poucos recursos e deixar seu grande Exército à espera de um possível envolvimento da OTAN.
E parece que está dando certo.

Nei
Nei
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

Que os Russos tem que medir as possíveis consequências e manter tropas preparadas para um suposto combate com a OTAN, está certo.

Mas não vejo a OTAN mandando soldados contra Rússia e muito menos a Rússia pelo menos agora,tentando algo contra um país membro da aliança.

Lembrando que a Ucrânia não é membro da Otan.

Agora, se realmente existir um combate entre Rússia e OTAN, adeus mundo.

Z Renato Vilhena Z
Z Renato Vilhena Z
Responder para  Nei
1 ano atrás

Talvez agora não, mas já ultrapassamos a esfera do “pode ocorrer” e ingressamos na esfera do “quando vai ocorrer.”

Uma guerra nuclear entre Russia e EUA-UE, já se tornou inevitável.

E entre a China e os EUA também. Uma vez que impossível entrar em guerra nuclear contra a Russia e não entrar também contra a China. Já que a Russia pode simplesmente induzir um ataque americano à China simplesmente atacando alvos estratégicos americanos nos arredores da China, tornando assim o balanço de poder no Pacífico demasiado favorável a China, obrigando um ataque americano nuclear à China.

A guerra nuclear é sim inevitável, trata-se apenas de uma questão de quando. E o que torna ela inevitável é uma questão de mentalidade.

O fato é que não existem mais homens razoáveis, eles morreram ou estão todos velhos demais para pararem este trem desgovernado. E isto fica claro quando a pessoa mais razoável e anti-escalamento de conflito dentro de uma sala é Henry Kissinger.

Quando você tem Henry Kissinger como a pessoa mais racional e pacifica na sua frente, significa que uma guerra nuclear de modo full é inevitável. Ter duvidas sobre isto é negar o obvio.

Mas, conforme eu estava falando, o que torna a guerra nuclear inevitável é a mentalidade desta geração.

O fato é que a mesma mentalidade do cancelamento se apoderou de todas as esferas de decisões dos governos ocidentais. A mentalidade de homens feitos que comandam a OTAN, os EUA, e a Europa é a mesma mentalidade de uma estudante de psicologia da Universidade Federal de Palmas, com os pelos do suvaco pintados de azul. E vale destacar que, incrivelmente, Biden até que é o mais sensato de todos deste tal bloco ocidental.

Tal mentalidade é a mesma mentalidade que acredita de forma fanática em seus “valores”, que o mundo deve ser “melhorado” e que qualquer um que se opõe a eles deve ser calado, demitido, preso e até morto.

É a mesma mentalidade que espera pedidos de desculpas. E quando os pedidos de desculpas vem a coisa apenas piora, porque os pedidos de desculpas não foram suficientes para a blasfêmia cometida.

Esta mentalidade se apoderou das lideranças do Ocidente e agora é impossível mudar tal realidade. Até porque a mentalidade da liderança não difere em nada da mentalidade do mais casual dos indivíduos destas sociedades.

Desta forma o entendimento desta gente é que Putin fez algo errado e que portanto ele deve se arrepender e pedir desculpas.

O problema é que Putin e a liderança Russa não podem ser cancelados. Simples assim.

A resposta de Putin para isto não é pedir desculpas, mas sim entender corretamente que ele está sobre ataque; se o ataque contra ele é justo ou injusto, isto não importa. Ele não se importa sobre se é um ataque justo ou não, eu não me importo, e o Deus Ares muito menos se importa. Afinal este último sempre realmente considerou que este papo de guerra justa é apenas uma fraqueza no céu.

Assim Putin entende que está sob ataque, e o que ele faz é se preparar para a guerra.

Novamente, simples assim.

As pessoas do ocidente não vão entender que a Russia simplesmente não pode ser cancelada. E muito menos que ela não pode ser derrotada sem que cada pessoa que deseje tal fato aceite que também morrerá no processo.

Ou pelo menos viverá uma vida mais difícil. Não sou partidário da tese de que uma guerra nuclear total não é “sobrevivivel.”

Mas, como dito, Putin, ou a Russia, ou a liderança e a sociedade russa, não são canceláveis.

E tal mentalidade traz consigo a coisa mais básica da mentalidade do cancelamento: a noção de que o outro não pode ter real interesses, de que estes são privilégios.

Assim como não é possível sequer cogitar que um acusado de racismo, de homofobia, de misoginia, possa realmente ter interesses e razões legitimas; não é possível cogitar que a Russia possa ter interesses e razões legitimas.

Assim: Putin deve pedir desculpas e pronto! (Bate-se o pé como uma criança)

Mas ele não pedirá desculpas e muito menos recuará.

Tal mentalidade vai da dita esquerda até a dita direita. Ela vai dos tipos militantes da esquerda cultural até, por exemplo, Kim Kataguire. Que sobre a operação militar russa simplesmente falou logo após o inicio desta algo mais ou menos como: “A Ucrânia é um país soberano e democrático, se ela decidiu entrar para a Otan, então ela entra. Se ela decidir ter armas nucleares na fronteira da Russia, então ela tem. E é isto.”

Perguntado sobre se isto não seria ruim para a Russia, ele simplesmente responde que a Russia tem simplesmente que aceitar isto, e pronto.

Caerthal
Caerthal
Responder para  Z Renato Vilhena Z
1 ano atrás

Em História nada é inevitável ou previsível. Fora isso concordo com a sua linha de raciocínio.

Z Renato Vilhena Z
Z Renato Vilhena Z
Responder para  Caerthal
1 ano atrás

Sei disto. Dominique Venner tem um livro, talvez o melhor livro de historia de analise da natureza do século XX, que fala essencialmente disto: do fator imponderável na mudança do curso histórico. Chama-se O Século de 1914.

Mas este cenário global atual é bem previsível.

É como se houvesse um malabarista lançando laranjas para o alto e rodando elas entre as mãos, equilibrando elas em um giro. Ele é muito bom e começa equilibrando apenas duas laranjas, mas eu vou dando mais laranjas para ele girar. Dou cinco, dez, vinte, trinta e assim por diante, ele equilibra todas sem deixar cair, porque ele é muito bom no que faz. Mas eu posso dar infinitas laranjas e uma hora por melhor que ele seja, as laranjas cairão no chão.

Há um limite para o que se pode equilibrar.

Agora imagine que o equilibrista não é bom, mas sim um completo idiota, sem nenhuma experiência e cordeação motora.

Os equilibristas que comandam o ocidente atualmente são este último cara. E cada vez mais fica claro que ele não apenas não sabe equilibrar as laranjas, mas que também deseja ativamente que elas caiam no chão, porque isto resolveria uma série de problemas pessoais dele.

Henrique
Henrique
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

“Desde o início da Operação Especial, a estratégia russa foi usar poucos recursos e deixar seu grande Exército à espera de um possível envolvimento da OTAN.
E parece que está dando certo.”

super certo

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Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Henrique
1 ano atrás

Testou vendo por outro lado, a OTAN segurou enviar armas pesadas a Ucrânia o quanto deu, ou melhor em quanto a Ucrânia tinha ou se conseguia material da era soviética barato. Só mandaram armas leves e baratas, agora tendo que mandar material pesado e 5 ou 10 vezes mais caro e em falta na OTAN, a guerra vai ficar mais cara e difícil de defender para os contribuintes.

Henrique
Henrique
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
1 ano atrás

contribuinte ja paga mas 750bi em defesa pros eua.. ate agora foi gasto 100bi na Ucrânia ?

fora que a Ucrânia não produz NENHUMA das armas que ela ta recebendo.. ai eu pergunto o: contribuinte que paga o importo nos e entende que o mercado defesa está preocupado com isso? obvio que não ele está dando pulo de alegria pq agora sabe que vai ter emprego pro mais 10 anos garantido pq: Ucrânia não produz NENHUMA das armas que ela ta recebendo…..

Eromaster
Eromaster
Responder para  Azevedo
1 ano atrás

Exatamente, AZevedo!
O duro é explicar isso para a molecada do”Hoje no Mundo da OTAN”.

Maurício.
Maurício.
1 ano atrás

“Ataques concentrados foram lançados ininterruptamente nas posições das FAU na cidade.”

Ininterruptamente? Mas a Rússia não estava sem munições e dinheiro? Claro, segundo uns “entendidos”.

De resto, famílias angustiadas por notícias que nunca chegam de parentes que foram para o front, essa questão não deve estar angustiando apenas as famílias ucrânianas, mas as russas também.
O autor menciona as enormes perdas de tropas ucrânianas para os russos, e para o frio, o que não é muito comum de acontecer, pois muitos autores passam panos nessas questões.
De resto, acho que Soledar já está nas mãos dos russos, resta saber se vão conseguir manter.

Nei
Nei
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

Estar sem munição e dinheiro, não significa que naquele local específico (SOLEDAR), estava sem munição né Maurício.

Em algumas frentes de batalhas, se tem melhores suprimentos que outros.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Nei
1 ano atrás

Nei, quem não tem mais munição ou dinheiro, não fica atacando ininterruptamente, seja o local que for.
O próprio autor menciona que a Rússia não está com seu complexo industrial-militar funcionando em plena capacidade e que isso ainda vai levar pelo menos uns seis meses, ou seja, a Rússia não está repondo o que está usando num ritmo adequado, o que está muito longe das afirmações de certos “entendidos”, que afirmam que a Rússia está sem munições e dinheiro, até porque, se isso fosse verdade, a Rússia já teria se retirado da Ucrânia, é uma questão lógica.

Nei
Nei
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

Mas não estar em plena capacidade, não significa que em alguns locais da batalha, a munição nunca falte, pois tem prioridade.
E olha que para a Rússia Soledar é prioridade.

Alysson Bomfá
Alysson Bomfá
1 ano atrás

Excelente texto.
Muito saudável ver uma análise desapaixonada.
Deixo meus parabéns Mestre Laterza.

Allan Balbi
Allan Balbi
1 ano atrás

só quem ja trabalhou em uma mina sabe o que é… Tuneis e mais tuneis, muitos nem catalogados ou mapeados das épocas em que não existia computadores, como foi mencionando existem tuneis de 200km ou seja, teve ter vários tuneis não mapeados que levam a outras cidades… Acredito que ainda teve ter tropas Ucranianas nesses tuneis ou só esperando os russos abaixar a guarda para fazer que nem os Vietnamitas fazia…

Maximus
Maximus
1 ano atrás

Excelente artigo! Cabe ressaltar a importância do grupo Wagner para essa campanha militar russa. Muito provavelmente os ganhos militares russos seriam bem menores se a PMC Wagner não estivesse ativamente envolvida no conflito.
Poderia ser interessante publicar uma matéria sobre quem são eles, treinamentos, doutrina de combate e experiência.

Eromaster
Eromaster
Responder para  Maximus
1 ano atrás

Não é bem assim não. PMC Wagner é apenas uma extensão do Exército russo que o governo russo usa pra fazer trabalho sujo. A maioria dos Wagner são ex soldados do exército russo.

Zorann
Zorann
1 ano atrás

Novamente, um texto excelente. Parabéns

horatio zhirinovsky
horatio zhirinovsky
1 ano atrás

verdade,pra quem estava ”destruida” as tropas russas fazem muito.

RSmith
RSmith
1 ano atrás

Prezados commentariats e Sr. Bosdesniavranka, historicamente o Exercito Russo nunca ganhou suas guerras com desempenho superior de suas tropas ou devido, com pequenas exceções aqui e ali, a excelência de seus equipamentos bélicos …. Ganhou suas guerras com o uso impiedoso de sua grande população e com equipamentos baratos, simples e de fácil manutenção e rápida produção, bem como com o conhecimento do campo de batalha. Não posso afirmar com certeza mais creio que o ocidente vai se arrepender de estar dando tempo para os Russos observarem “TUDO” que fizeram de errado nessa guerra e adaptar suas táticas aos armamentos modernos do ocidentes, desenvolvendo novas técnicas e táticas, treinado seus novos recrutas(também conhecidos como “bucha de canhão”) para enfrenta-las…. Briga de cachorro grande e, se levarmos em conta a historia, não me parece que teremos um final feliz com um “ganhador”. Todos seremos “perdedores”.

Nilo
Nilo
Responder para  RSmith
1 ano atrás

Excelente observação histórica, o que vem de encontro ao dizer de Putin, a Rússia sairá mais forte deste conflito, ou certamente como o caro comentários diZ seremos todos perdedores. Ao fazer tal declaração já sabe Putin das fraquezas das forças armadas russas em relação a matérias, logística, treinamento das forças regulares. Toda essa alteração de prioridades de recursos financeiros para forças armadas russa, deve deixar muita gente nervosa, afinal entregar colete de proteção feita de papelão, ou capacete de plástico em tempo de conflito destrói a.moral de qualquer Exército.
Me faz lembrar de uma liderança, essa empresarial, que na Índia caiu da varanda de um hotel, o Sr Putin deve ter no bolso muita casca de bancada possível de ser usada.

Henrique
Henrique
1 ano atrás

Grupo de Presidiário tem a vantagem de ter o comando independente do governo, ou seja, ele pode tomar as decisões de maneira mais rápida e efetiva do que a cadeia de comando lerda b***a ate o talo do governo pq é da natureza de organizações privadas serem mais eficientes que as do governo (gostem ou não)

essa é a vantagem do Wagner Presidiários

Alexandre
Alexandre
Responder para  Henrique
1 ano atrás

Isso somente no caso russo.
Nas tropas do Ocidente são priorizados a iniciativa e a tomada de decisão nas subunidades.

Henrique
Henrique
Responder para  Alexandre
1 ano atrás

o que eu disse vale para todas as FA do planeta… a diferença ta no nível de b***ice de cada um.

alguns tem a tomada de decisão clara e eficiente outros são a Rússia

—–
off do tema
acho hilário que que toda vez que eu ataco o Estado o povo daqui fica “GRRRRRRRR” e negativa kkkkkk ate agora não perceberam que metade da renda deles vai pra imposto e outra vai pra contratar os serviços que o estado deveria fornecer

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Um texto brilhante. A discussão é séria, equilibrada e ponderada, embasada em pontos de vista emitidos por ambos os lados do conflito militar. Li o conteudo de forma superficial, mas vou me aprofundar no conteúdo. A batalha de Soledar será lembrada na história e estudada por muito tempo. Parabéns. Vamos aos comentários …

Peter Pan
Peter Pan
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Marcelo, Marcelo… olhando para a tua cara agora…
Aquele seu ufanismo foi de férias, puxa saco da OTAN

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

A respeito da batalha por Bakhmut, o analista militar Agil Rustamzade disse o seguinte: “Na semana passada vimos o apogeu da luta por Bakhmut. O máximo que as forças russas podiam fazer era penetrar nos arredores da cidade. Depois disso, eles foram enxugados, e não há mais mão de obra e munição suficientes que possam aumentar a tensão das capacidades ofensivas do PMC Wagner neste eixo. O que aconteceu perto de Bakhmut provavelmente entrará nos livros de história, e acho que isso não acontecerá novamente no século XXI. Isso é um massacre. Isso aconteceu apenas durante a Primeira Guerra Mundial, mas lutar assim agora é absurdo e cruel em sua irracionalidade. A luta ainda vai continuar, mas não haverá uma pressão tão forte como nas últimas duas semanas, e a Ucrânia moveu reservas para lá, então podemos supor que por inércia essas batalhas continuarão por algum tempo.”
https://news.yahoo.com/military-analyst-rustamzade-predicts-ukraine-182400785.html

mago
mago
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Vc é aquele do mundo militar, que fica contando um monte de lorota no youtube?

Arthur
Arthur
Responder para  mago
1 ano atrás

Não reconheces a bajulação pró-OTAN?

Oscar
Oscar
Responder para  mago
1 ano atrás

Se é estão explicado os posts deles…

mago
mago
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Vc é o cara do “hoje no mundo militar” aquele blog impulsionado pelos atlanticistas? Tá ganhando grana ehm!

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

OFF TOPIC – Os ucranianos acabaram de capturam um tanque russo T-90S. Um vídeo compartilhado no Twitter mostra como as tropas ucranianas capturaram com sucesso o tanque T-90S em algum lugar em Kherson Oblast. O T-90S é uma versão atualizada e aprimorada do T-90 Main Battle Tank. O T-90S foi originalmente projetado para exportação e atualmente é usado pelos militares indianos. É também a versão mais recente do tanque russo da série T, apresentando melhor mobilidade, blindagem e poder de fogo. A coleção ucraniana de MBTS russos só vai aumentando …
https://twitter.com/UAWeapons/status/1613325613795770371

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Felipe
Felipe
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

T-90S é a versão de exportação, não é a mais capaz e nova (T-90M)

Peter Pan
Peter Pan
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Faça um favor e tire férias, general Marcelo Puxa Saco.
Tu foi derrotado.

Tomcat4,4
1 ano atrás

Excelente análise !!!

mago
mago
1 ano atrás

Já sei….segundo esse texto idiota, impulsionado (pago) pelos atlanticistas, os nazistas da ucrania e da otannazistão ganharão essa guerra e chegarão à Moscou. Só maluco acredita nessas lorotas. Agora a realidade: Os ukronazis e seus apoiadores otanistão/eua já eram……perderam…..acabou. O mundo já começa a se readequar a nova realidade política, estratégica e com outros centros de poderes, principalmente poder econômico. Acabou para os eua/europa. O seu modo de vida extremamente rico e esbanjador, baseado na rapinagem do mundo em seu favor, está chegando ao fim e os russos e chineses planejaram isso.

Carlos E.
Carlos E.
Responder para  mago
1 ano atrás

Surtou de vez…

mago
mago
Responder para  Carlos E.
1 ano atrás

Hã hã!

Jubert
Jubert
Responder para  mago
1 ano atrás

Você leu o texto? Deve ter cegueira ou problema básico, só pode.

Jubert
Jubert
Responder para  mago
1 ano atrás

Tem que ser muito despreparado para sequer entender que o artigo trata da vitória da Russia na batalha de Soledar

mago
mago
1 ano atrás

Esses aí da foto acreditaram que iriam até Moscou. Foram para o outro lado. E campos iguais a esses estão só aumentando na Ucrânia. Já se fala em mais de 400 mil “moradores” nesses campos.

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Carlos E.
Carlos E.
Responder para  mago
1 ano atrás

Existem uns campos assim também do outro lado, o lado bandido….vocês amantes do ditador devem conhecer bem !

Carlos E.
Carlos E.
Responder para  mago
1 ano atrás

Existem uns campos assim também do outro lado….vocês “amantes” do ditador devem conhecer bem !

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Tanto em Soledar quanto em Bakhmut as forças ucranianas estão colocando em prática uma tática de desgaste do inimigo, que pode anteceder uma contra-ofensiva, ainda que os dois lados estejam sofrendo perdas enormes. Ao lembrar do cenário apocalíptico em Severodonetsk, no oblast de Donbass no verão passado, onde só havia prédios destruídos e campos encharcados de sangue. Tal situação era exatamente igual ao que está ocorrendo em Soledar. Do mesmo modo, Severodonetsk carecia de importância militar, mas as forças ucranianas se mantiveram firmes, infligiram pesadas baixas aos russos, esgotaram sua munição e destruiram seu armamento. Essa resistência feroz, posteriormente, abriu caminho para duas contra-ofensivas muito bem-sucedidas. A estratégia de “moedor de carne” implantada em Severodonetsk parece estar se repetindo em Soledar, cuja captura pela Rússia pode se revelar outra vitória de Pirro, e em Bakhmut. Da mesma forma, as forças ucranianas, que estão sendo reforçadas com veiculos blindados e MBTs do Ocidente, poderão aproveitar as colossais perdas russas em Soledar e em Bakhmut para lançar uma poderosa contra-ofensiva. Franz-Stefan Gady, membro sênior do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, disse: “De uma perspectiva puramente militar, uma estratégia Severodonetsk 2.0 é boa para a Ucrânia – desde que a luta custe às forças russas desproporcionalmente mais do que o exército ucraniano. Essa é a aritmética horrível e desumana dessa luta. Infelizmente, é a realidade.” Esse raciocínio é compartilhado pelo coronel da reserva ucraniano Sergei Grabskyi: “A razão para manter a linha Bakhmut é atrair cada vez mais forças russas … pique-os e esgote-os. Isso pode então criar algumas opções … para ofensivas ucranianas [em outros lugares].” Essa tática parece que está permitindo o avanço das forças ucranianas na direção de Kreminna e de Svatove, região de Luhansk, onde, mesmo com as forças russas entricheiradas, as armas fornecidas pelo Ocidente, incluindo obuses autopropulsados com munições guiadas, estão fazendo seu trabalho. É de conhecimento público que forças russas sofreram enormes perdas em Soledar, sendo que as baixas entre os mercenários do grupo Wagner e os paraquedistas de elite VDV totalizaram vários milhares. Até Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, reconheceu pesadas perdas. Apesar dos defensores sofrerem menos perdas que os atacantes, a batalha por Soledar e Bakhmut também causou enormes perdas para a Ucrânia e absorveu milhares de soldados ucranianos que poderiam ser implantados em outros lugares. O consultor militar Konrad Muzyka, da consultoria militar polonesa Rochan Consulting, estima que até 12 brigadas ucranianas, cerca de 50.000 soldados, foram enviadas para a frente de Bakhmut. Esse grande número significa que os soldados podem ser alternados, sendo mantidos atualizados e prontos para o combate. O consultor acrescenta que essa foi uma das lições aprendidas pelos ucranianos depois de Severodonetsk.” Mas agora, diferente de Severodonetsk, onde o exército russo estava com poucos soldado, agora há um aumento do efetivo militar russo na Ucrânia e, ainda que tais tropas sejam inexperientes, podem ser capazes de lançar uma grande ofensiva ainda este ano. Os mercenários Wagner em Soledar, também permitem que unidades regulares russas fiquem livres para operar em outro lugar. O consultor finaliza: “Na guerra de atrito, enquanto os russos esgotam seus homens, os ucranianos queimam seu potencial de combate. Esse pode ser o objetivo da Rússia.” Mas Agil Rustamzade, um analista militar do Azerbaijão, diz o seguinte: “É impossível vencer uma guerra onde não só exército está lutando contra você, mas todo o povo, e na Ucrânia todo o povo ucraniano está lutando.”
https://www.ft.com/content/d759e24b-dd48-4adc-a0ae-7e53b89e5231

Arthur
Arthur
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Felizmente todas as tuas fontes são insuspeitas, a começar pelo comentário do azeri. Não se vence guerra contra potência nuclear. Só muito estúpido, como a mídia ocidental, pra acreditar que a Rússia ficará de joelhos e se submeterá às vontades da OTAN. Podes passar o dia arrolando fontes ‘fidedignas’, são para passar o tempo. No dia que me apresentar um comentário do ‘casca grossa’ do Douglas Mcgregor, aí passarei a prestar atenção em tuas lorotas… Volta para o Hoje no Mundo da OTAN, que é lá teu lugar…

Hcosta
Hcosta
Responder para  Arthur
1 ano atrás

Não se vence uma guerra contra uma potência nuclear????

Não se invade uma potência nuclear, o que é bem diferente…

Red Pill - 红色药丸
Red Pill - 红色药丸
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Realmente isso é real, a derrota humilhante dos EUA no Vietnam e Afeganistão (e URSS tbm) estão aí pra contar.

Vinicius Momesso
Vinicius Momesso
Responder para  Arthur
1 ano atrás

Esse é mesmo o Marcelo do “Hoje no Mundo Militar”?
Se for, não será surpresa, já que há muito tempo(pós elogios do Nando Moura) deixou de ser imparcial em troca de alguns “likes” e engajamento no Youtube.

Maromba
Maromba
Responder para  Vinicius Momesso
1 ano atrás

O negócio do Marcelo é bloquear no Twitter todos aqueles que não concordam com o Mundo Otariano dele. Esse é globalista de carteirinha.

Vinicius Momesso
Vinicius Momesso
Responder para  Maromba
1 ano atrás

Ele ainda continua com o mesmo modelo de conteúdo: cópia e cola; ou seja, não tem opinião, apenas reproduz o que outros que ele acha que satisfazem o seu ego “OTANiano” dizem…

Marcelo
Marcelo
Responder para  Arthur
1 ano atrás

Ficou bravo? Então umagina quando começarem a chegar na Ucrânia os ATACMS … há vozes no Pentágono e no Congresso Américano dizendo que isso pode ocorrer ainda esse ano …

Arthur
Arthur
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Se ainda existir Ucrânia… Continua contando lorota…

Oscar
Oscar
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

FT?

É, desgaste do “inimigo” perdendo batalhões inteiros e centenas de blindados, carros de combate e peças de artilharia…

Como esperado (de quem posta yahoo e etcs), não fica minimamente envergonhado de postar essas fontes…

Marcelo
Marcelo
Responder para  Oscar
1 ano atrás

Fonte é fonte. Acredita quem quer …

Felipe
Felipe
1 ano atrás

Nossa, só a Russia usa mercenarios né…

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

OFF TOPIC – Depois do melhor obuseiro autopropelido do mundo, o Archer, os veículos avançados de combate de infantaria da série CV90, ou IFV são o item de destaque no novo pacote de ajuda militar da Suécia à Ucrânia, anunciado hoje (19/01/2023), sendo previsto o fornecimento de 50 unidades.
https://www.thedrive.com/the-war-zone/this-is-the-cv90-fighting-vehicle-sweden-is-sending-to-ukraine

Thunder
Thunder
1 ano atrás

A situação é difícil para ambos os lados dentro e fora de Soledar. Lideradas pelos mercenários e condenados do grupo Wagner do Kremlin – sofrendo pesadas perdas, mas finalmente conseguindo assumir o controle da pequena cidade no topo da colina, agora um terreno baldio de prédios destruídos e escombros. A Rússia pode agora estar em melhor posição para cercar a cidade vizinha de Bakhmut, muito maior e estrategicamente mais importante, ao sul.Os bombardeios aéreos e de artilharia ucranianos parecem estar bloqueando as tentativas russas de avançar tanto do norte quanto da periferia sudoeste de Bakhmut. Vejo como uma retirada controlada e e tático antes de um contra-ataque planejado. O cursto em vidas de seus soldados e munições foi demasiadamente elevada, agora é esperar os ataques incrementais dos ucranianos.

Oscar
Oscar
1 ano atrás

As perdas ucranianas em Soledar-Bakhmut são catastróficas; há semanas isso é sabido, menos na bolha mainstream da narrativa mitômana-criminal pró EUA/OTAN…

Há última, repetida n vezes aqui, é que Soledar era apenas uma “cidadezinha de 10 mil habitantes”…

Assim que Bakhmut cair a expulsão dos ucranianos da região de Donetsk é questão de tempo.

Ucranianos que diariamente atacam, inclusive com armas da OTAN, zonas exclusivamente civis na região da grande Donetsk, sem nenhuma validade militar… Apenas para fazer terrorismo… Mas isso não vem ao caso para “alguns”…

Oráculo
Oráculo
Responder para  Oscar
1 ano atrás

Pior que eu vi um vídeo do Wagner Group com centenas de corpos de soldados ucranianos enfileirados no chão em Soledar. Uma cena triste de se ver.
Eles estavam retirando os mortos de uma das bases ucranianas que foram cercadas e “neutralizadas”,que é o termo que eles usam.

Na hora eu pensei em crimes de guerra.
Impossível nenhum daqueles caras ter ao menos tentado se render.

A utilização maciça de Mercenários, pelos dois exércitos, transformou essa Guerra numa carnificina de fazer inveja as batalhas da 1ª Guerra Mundial.

Oscar
Oscar
1 ano atrás

Em toda a área, incluindo Bakhmut, as baixas ucranianas são estimadas em torno de 25.000.

Mas segundo os “especialistas”, que só repetem a mídia dos EUA-OTAN, são cidades “sem importância”…

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
1 ano atrás

Interessante que no texto, ele diz que foi usado em larga escala, a aviação de combate e unidades aerotransportadas, bem como usado ações de movimento blindado no terreno e não tem mais aparecido com frequência a destruição em massa desses meios com o uso de armas ocidentais, o uso de artilharia também parece não estar tendo o mesmo efeito, bem como os drones.
Isso tudo, leva a crer que os Russos já aprenderam a combater esses sistemas de forma mais eficiente. Isso é péssimo para a Ucrânia e a OTAN

Jose
Jose
1 ano atrás

A russia nao tem nada kkkkk na cabeça de alguns mongoloides ! Quem acompanha mesmo sabe que ucrania estar a um passo da derrota!

Peter Pan
Peter Pan
1 ano atrás

Tou vendo muito gabarola da OTAN ficando mais murcho que rosa no inverno.
É para vocês aprenderem. Vão lamber a sola da bota dos Wagner!