O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que seu país continuará desenvolvendo sua própria tríade nuclear no ano atual, enquanto a Ucrânia continua pressionando a OTAN liderada pelos EUA por tanques pesados para afastar as tropas russas.

Em uma teleconferência do ministério na terça-feira (10/1), Shoigu enfatizou que a Rússia continuaria desenvolvendo sua tríade nuclear de mísseis balísticos, submarinos e bombardeiros estratégicos “porque o escudo nuclear continua sendo a principal garantia da soberania e integridade territorial de nosso país”.

No final de dezembro e em uma reunião anual do conselho com a presença do presidente Vladimir Putin, Shoigu relatou que a parcela de equipamentos avançados fornecidos às forças nucleares estratégicas da Rússia havia atingido 91,3%.

De acordo com o alto escalão militar russo, a atual tríade nuclear da Rússia é suficiente para garantir sua dissuasão estratégica.

Sobre armas convencionais, Shoigu disse na terça-feira que a Rússia se concentraria na força aérea, aumentando suas capacidades gerais de ataque e melhorando o comando, a comunicação e o treinamento.

A Rússia “aumentará as capacidades de combate das forças aeroespaciais, tanto em termos de miss#oes de caças e bombardeiros em áreas onde sistemas modernos de defesa aérea estão em operação, quanto em termos de melhoria de veículos aéreos não tripulados”, disse o ministro da Defesa russo.

Shoigu também enfatizou que os “planos imediatos da Rússia são expandir os arsenais de armas de ataque modernas”.

“Precisamos melhorar o sistema de gestão e comunicação”, acrescentou.

A Rússia iniciou o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia com o objetivo declarado de “desnazificar” o país em 24 de fevereiro de 2022. Desde então, os Estados Unidos e a Europa impuseram ondas de sanções econômicas sem precedentes a Moscou e forneceram grandes remessas de armamento pesado para Kiev.

Em outra parte de seus comentários na terça-feira, Shoigu enfatizou a necessidade de reabastecer o exército por meio do uso da experiência que os militares russos adquiriram durante a guerra na Ucrânia e na luta contra grupos terroristas na Síria.

“Precisamos analisar e sistematizar constantemente a experiência das ações de nossos grupos na Ucrânia e na Síria e, com base nisso, elaborar programas de treinamento de pessoal e planos de fornecimento de equipamento militar”, disse ele ainda aos generais.

O desenvolvimento ocorre quando Kiev está pronta para receber veículos blindados e tanques ocidentais.

A França enviará à Ucrânia seus veículos leves de combate blindados AMX-10 RC, que são descritos como caça-tanques com rodas ou tanque leve. Os Estados Unidos consideram fornecer à Ucrânia veículos de combate Bradley produzidos nos EUA.

O Reino Unido está considerando enviar os principais tanques de batalha Challenger 2 do Exército Britânico para a Ucrânia, enquanto a Alemanha enviará 40 veículos de combate de infantaria Marder para a ex-república soviética.

“Este suprimento não será capaz de mudar nada”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres na segunda-feira, acrescentando: “Fundamentalmente, esses suprimentos só podem aumentar a dor do povo ucraniano e prolongar seu sofrimento. Eles não são capazes de nos impedir de atingir os objetivos da operação militar especial.”

Separadamente na terça-feira, Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, disse que a guerra na Ucrânia não era “um confronto entre Moscou e Kiev”, mas sim “um confronto militar entre a Rússia e a OTAN e, acima de tudo, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha”.

FONTE: www.presstv.ir

Subscribe
Notify of
guest

14 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Nilo
Nilo
1 ano atrás

“a guerra na Ucrânia não era “um confronto entre Moscou e Kiev”, mas sim “um confronto militar entre a Rússia e a OTAN e, acima de tudo, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha”.
O não pode deixar de ser observado é que quando faz a citação específica a EUA e Inglaterra. rsrsrs.

Last edited 1 ano atrás by Nilo
Maurício.
Maurício.
Reply to  Nilo
1 ano atrás

Mas a Inglaterra é capacho dos americanos, assim como o Bielorrússia é capacho dos russos, as potências sempre terão seus capachos/vassalos, nesse caso, é o sujo falando do mal lavado.

Thiago A.
Thiago A.
Reply to  Maurício.
1 ano atrás

Boa técnica. se todos são, ninguém é… é bom relativizar… Não existe diferença entre o UK e a Bielorrússia…rsrs
patético ! Tenha dó, não passe essa vergonha.

Um dos 5 membros permanentes do Conselho de segurança?

Logo será: ” tudo é ditadura logo não existe democracia” , é tudo no mesmo nivel, não existem diferenças.

Maurício.
Maurício.
Reply to  Thiago A.
1 ano atrás

Técnica não, é um fato! Ou tu vai dizer que os ingleses não são capachos dos americanos? Vai negar? Pode até negar, mas isso não muda os fatos.
Quanto as ditaduras, os EUA falam em liberdade, democracia e direitos humanos, mas apoiam ditaduras que lhes convem, então não vem com esse papo furado de “ditadura e democracia” que quem vai passar vergonha é você…rsrsrs.

Aqui o Saddam recebendo as chaves da cidade de Detroit, aqui ele já era ditador ou ainda não? 🤭

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  Maurício.
1 ano atrás

Não só alguns aliados, mas os próprios EUA violam os direitos humanos, mantêm dezenas de presos em Guantánamo sem acesso ao devido processo legal, torturam centenas de pessoas nas prisões secretas da CIA ao redor do mundo, apoiam a Arábia Saudita.

Esse discurso americano de direitos humanos e democracia é uma piada, que muitos trouxas infelizmente levam a sério.

Z Renato Vilhena Z
Z Renato Vilhena Z
Reply to  Nilo
1 ano atrás

Ele não está errado, faltou apenas citar o real centro nervoso de tomada de decisões dos dois agentes citados. Que é afinal contra quem esta guerra de fato é travada. Alias tenho grande dificuldade em descobrir uma guerra que não seja contra esta “entidade.” E promovida também sempre por ela. Mas tudo bem, acho que ele fez bem em não citar expressamente, muito embora certamente saiba deste fato. Assim ele deve conhecer o inimigo que atua na contra-cena. Se assim for, já possui portanto o principal requisito para se vencer uma guerra: saber quem é realmente o inimigo. Eu também… Read more »

Thiago A.
Thiago A.
1 ano atrás

Não é um confronto entre Kiev e Moscou, mas sim um confronto militar entre a Ucrânia e o a Nova Ordem mundial, encabeçada pela Russia e seus asseclas.. no obstante tudo e todos, a Ucrânia conseguiu deter as forças revanchistas e o neocolonialismo russo. Sirianos, bielorrussos, chechenos, chineses e coreanos, não consiguiram curvar a vontade de liberdade do povo ucraniano…

Obs.
Pequena adaptação da narração.

Trintro123
Trintro123
1 ano atrás

Com a capacidade nuclear garantida, a Rússia pode trabalhar na Ucrânia com calma.

Peter Pan
Peter Pan
1 ano atrás

Após queda de Soledar e consequentemente, Bakhmut, os OTANinhos ficaram murchos, chochos e depressivos.
Gabarolice foi para o bolso.

Trintro123
Trintro123
Reply to  Peter Pan
1 ano atrás

E dá-lhe notícia paralela.
Daqui a pouco vão falar que está faltando creme de leite para Strogonoff.

Mauricio
Mauricio
1 ano atrás

A tríade nuclear russa é superior nos meios de entrega inegavelmente teria vantagem em um confronto nuclear.

Maurício.
Maurício.
Reply to  Mauricio
1 ano atrás

Qual seria essa vantagem? Ficar vivo por mais uns 30 segundos? Em uma guerra nuclear entre EUA e Rússia não teria vencedores, ambos seriam pulverizados, simples assim.

Mauricio
Mauricio
Reply to  Maurício.
1 ano atrás

O sistema a235 com os s400 condeguirism deter grande parte das ogivas do ocidente.

Peter Pan
Peter Pan
1 ano atrás

A derrota em Soledar e consequentemente, Bakhmut, desestruturou grande parte dos OTANbots e EUAcepticons aqui do grupo.
Uma vergonha escandalosa, que desmonta a argumentação de “enchedores de linguiça, puxa sacos e bajuladores ufanistas” do imperialismo yankee.
Sei que vocês estão tristes, mas preparem o coração: a Rússia vai vencer o conflito.