Finep vai investir R$ 117,4 milhões no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor de defesa

14
sistema autônomo inteligente de defesa cibernética

A Finep acaba de divulgar o resultado final da Seleção Pública que vai destinar R$ 117,4 milhões para apoio ao desenvolvimento de 11 projetos de Inovação para a Base Industrial de Defesa. A chamada é uma parceria da Finep com os ministérios da Defesa (MD) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e utilizará recursos não reembolsáveis, de subvenção econômica, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

De acordo com o diretor de Inovação da Finep, Otávio Burgardt, foram recebidos nesta chamada 55 propostas, no total de R$ 471,6 milhões. Após uma primeira análise, foram habilitados e classificados, acima da nota mínima do edital, 39 projetos, no montante de R$ 381,8 milhões, que superou em mais de três vezes o valor ofertado, de R$ 120 milhões. “Neste momento, os recursos inicialmente disponibilizados irão permitir a execução de oito projetos da Linha 1, que contempla Tecnologias de Defesa, e três para a Linha 2, que envolve Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear.

Um sistema autônomo inteligente de defesa cibernética centrado em Informação; uma unidade de auxílio à navegação para Mísseis Balísticos baseado em Array de Sensores MEMs e Algoritmos não Lineares; sistemas de comunicações além da linha do horizonte, empregando equipamentos táticos definidos por software; e um monitor de radioatividade tipo portal para inspeção de veículos são alguns exemplos de tecnologias contempladas nas linhas 1 e 2 do edital. Para a Linha 1, a seleção ficou restrita às empresas cadastradas pelo Ministério da Defesa como EEDs (Empresas Estratégicas de Defesa) ou EDs (Empresas de Defesa), no âmbito da Lei 12.598/12 e Decreto 7970/13.

Aprovada como parte do Plano Anual de Investimentos (PAI) do FNDCT, referente ao exercício de 2022, esta chamada pública foi lançada em junho deste ano. Os seis meses entre o lançamento e a sua finalização, compreenderam o prazo para elaboração das propostas por parte das empresas interessadas, a análise de habilitação e mérito e tempo para envio e análise de recursos ao resultado preliminar.

Segundo Burgardt, o último edital orientado para a Base Industrial de Defesa data de 10 anos, “e para além dos resultados quantitativos, a integração de políticas públicas do Governo Federal foi imprescindível para viabilizar esta nova chamada”, disse.

FONTE: finep.gov.br

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

14 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Morgoth
Morgoth
1 ano atrás

Esse é o tipo de ação muito bem-vinda para o estabelecimento de uma mentalidade constante de Defesa no Brasil. E as Universidades deveriam entrar nisso também. A UFRJ, por exemplo, tem um nível de ensino e pesquisa excelente em supercondutores, energia nuclear, engenharia naval, etc, fora o IME e o ITA.

Machado
Machado
Responder para  Morgoth
1 ano atrás

Infelizmente a ciência, tecnologia, educação é política de governo no Brasil. E não política de Estado. Então depende muito do governo que está no poder para os projetos andarem ou ficarem travados

Nativo
Nativo
Responder para  Machado
1 ano atrás

Infelizmente é isso mesmo.
A politicagem afeta até o setor de defesa, que neste último governo, se entregou de vez a ela.

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  Morgoth
1 ano atrás

Precisa de muito mais. São 20 milhões de dólares para serem desembolsado em 3 anos e que tradicionalmente sofrem contingenciamento. Outros países destinam bilhões de dólares anualmente neste tipo de apoio.

Salim
Salim
Responder para  Palpiteiro
1 ano atrás

Embora seja melhor do que nada, este valor para 3 anos e vergonhoso,

AMX
AMX
Responder para  Morgoth
1 ano atrás

Universidade, no Brasil, principalmente as públicas, só gastam dinheiro com besteiras esquerdistas, infelizmente.
Bolsas (R$) infinitas pra “pesquisar” de tudo… menos tecnologia…

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 ano atrás

Seria interessante uma matéria com mais detalhes sobre essas tecnologias, qual seu estágio atual, e quais seriam suas aplicações. Fica a dica aos editores.

Marcos
Marcos
Responder para  Willber Rodrigues
1 ano atrás

Componente: unidade de auxílio à navegação para Mísseis Balísticos baseado em Array de Sensores MEMs e Algoritmos não Lineares
Aplicação: fabricação de pães



Underground
Underground
Responder para  Marcos
1 ano atrás

Provavelmente em se tratando de Brasil, e não faltam exemplos, a coisa iria acabar na fábrica de pães.
E para ser sincero, não sei se esse tipo de investimento é o mais adequado, ou se trata de mais um “investimento em cinema nacional”, no qual se disponibiliza quantias significativas de dinheiro para produzir nada.
No caso de unidade de auxílio a navegação de mísseis balísticos, me pergunto se não seria mais importante fazer o próprio mísseis, e aí o sensor junto. Se não vira “Estudo do comportamento do sapo Minguá no açude de Xapiró do Norte”.

Gustavo
Gustavo
Responder para  Marcos
1 ano atrás

Esse projeto ficou com aquela famosa empresa “xupim” que pouco entrega e nada divulga, mesmo tendo recursos públicos. Especialista em captar bons recursos e levar os projetos por loooooongos e lentos anos que nunca acabam. O nome dela é Avi…

Emmanuel
Emmanuel
1 ano atrás

Com Luciana Santos, do PC do B, como ministra da Ciência e Tecnologia, alguém realmente acredita que isso vá para frente?
Sério?
Ela já deu sinal que prioridade são as federais. Ponto.
Quando prefeita de Olinda ficou conhecida por conseguir fechar o McDonald’s da cidade tamanha foi a sua capacidade de administração do município, que já era quebrado e terminou de se afundar.
A prefeita de Olinda conseguiu fazer um dos maiores polos de carnaval não ter dinheiro para o carnaval. Só teve porque o governo do Estado interviu, se não nem isso.
Quem confia nela apoiando isso é muito iludido.
Muito.

Glasquis 7
Responder para  Emmanuel
1 ano atrás

Sem querer entrar no mérito político, apenas queria fazer alguns questionamentos:

já deu sinal que prioridade são as federais.”

Em qual lugar, dentro do setor público devem ser criadas, incentivadas e desenvolvidas novas tecnologias?

ficou conhecida por conseguir fechar o McDonald’s “

O McDonald’s é sinónimo de bem estar econômico em qual lugar? Pois onde eu moro, já abriram e fecharam McDonald’s diversas vezes.

“conseguiu fazer um dos maiores polos de carnaval não ter dinheiro para o carnaval.”

Embora o Carnaval seja uma manifestação Brasileira de uma grande importância, lembro que nos últimos tempos uma grande parte de Brasileiros criticaram a realização do carnaval em todo o país. Mesmo assim, o Carnaval de Olinda de 2022 foi cancelado, segundo as informações publicadas, devido ao COVID 19 e ainda prometeu auxilio financeiro a quem depende do Carnaval.

https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2022/01/05/olinda-cancela-carnaval-de-rua-em-2022.ghtml

Será que todas as informações contidas nos jornais é falsa?

Victor Carvalho
Victor Carvalho
Responder para  Emmanuel
1 ano atrás

A maior parte das pesquisas científicas e tecnológicas são oriundas das “Federais”. Não sei qual o problema de serem priorizadas, na verdade, é meio que óbvio.
A galera pegou um ranço das universidades públicas que não tem jeito.

Jorge Knoll
Responder para  Emmanuel
1 ano atrás

O Emmanuel esquece ou se comportar que nem avestruz, enfiando a cabeça no buraco, para não reconhecer que o orçamento do Ministério Ciências, Tecnologia e Inovações, nos últimos anos sofreu cortes e contingência de verbas,
assim como as Universidades Federais que exercem importantes pesquisas na área tecnológica, medicamentos, e para a indústria, e que terminou o ano praticamente zerado. Muitas pesquisas tiveram que ser interrompidas, causando até perdas irreparáveis esse anos de pesquisa. Essa é a nossa realidade.