Finep vai investir R$ 117,4 milhões no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor de defesa
A Finep acaba de divulgar o resultado final da Seleção Pública que vai destinar R$ 117,4 milhões para apoio ao desenvolvimento de 11 projetos de Inovação para a Base Industrial de Defesa. A chamada é uma parceria da Finep com os ministérios da Defesa (MD) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e utilizará recursos não reembolsáveis, de subvenção econômica, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
De acordo com o diretor de Inovação da Finep, Otávio Burgardt, foram recebidos nesta chamada 55 propostas, no total de R$ 471,6 milhões. Após uma primeira análise, foram habilitados e classificados, acima da nota mínima do edital, 39 projetos, no montante de R$ 381,8 milhões, que superou em mais de três vezes o valor ofertado, de R$ 120 milhões. “Neste momento, os recursos inicialmente disponibilizados irão permitir a execução de oito projetos da Linha 1, que contempla Tecnologias de Defesa, e três para a Linha 2, que envolve Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear.
Um sistema autônomo inteligente de defesa cibernética centrado em Informação; uma unidade de auxílio à navegação para Mísseis Balísticos baseado em Array de Sensores MEMs e Algoritmos não Lineares; sistemas de comunicações além da linha do horizonte, empregando equipamentos táticos definidos por software; e um monitor de radioatividade tipo portal para inspeção de veículos são alguns exemplos de tecnologias contempladas nas linhas 1 e 2 do edital. Para a Linha 1, a seleção ficou restrita às empresas cadastradas pelo Ministério da Defesa como EEDs (Empresas Estratégicas de Defesa) ou EDs (Empresas de Defesa), no âmbito da Lei 12.598/12 e Decreto 7970/13.
Aprovada como parte do Plano Anual de Investimentos (PAI) do FNDCT, referente ao exercício de 2022, esta chamada pública foi lançada em junho deste ano. Os seis meses entre o lançamento e a sua finalização, compreenderam o prazo para elaboração das propostas por parte das empresas interessadas, a análise de habilitação e mérito e tempo para envio e análise de recursos ao resultado preliminar.
Segundo Burgardt, o último edital orientado para a Base Industrial de Defesa data de 10 anos, “e para além dos resultados quantitativos, a integração de políticas públicas do Governo Federal foi imprescindível para viabilizar esta nova chamada”, disse.
FONTE: finep.gov.br
Esse é o tipo de ação muito bem-vinda para o estabelecimento de uma mentalidade constante de Defesa no Brasil. E as Universidades deveriam entrar nisso também. A UFRJ, por exemplo, tem um nível de ensino e pesquisa excelente em supercondutores, energia nuclear, engenharia naval, etc, fora o IME e o ITA.
Infelizmente a ciência, tecnologia, educação é política de governo no Brasil. E não política de Estado. Então depende muito do governo que está no poder para os projetos andarem ou ficarem travados
Infelizmente é isso mesmo.
A politicagem afeta até o setor de defesa, que neste último governo, se entregou de vez a ela.
Precisa de muito mais. São 20 milhões de dólares para serem desembolsado em 3 anos e que tradicionalmente sofrem contingenciamento. Outros países destinam bilhões de dólares anualmente neste tipo de apoio.
Embora seja melhor do que nada, este valor para 3 anos e vergonhoso,
Universidade, no Brasil, principalmente as públicas, só gastam dinheiro com besteiras esquerdistas, infelizmente.
Bolsas (R$) infinitas pra “pesquisar” de tudo… menos tecnologia…
Seria interessante uma matéria com mais detalhes sobre essas tecnologias, qual seu estágio atual, e quais seriam suas aplicações. Fica a dica aos editores.
Componente: unidade de auxílio à navegação para Mísseis Balísticos baseado em Array de Sensores MEMs e Algoritmos não Lineares
Aplicação: fabricação de pães
Provavelmente em se tratando de Brasil, e não faltam exemplos, a coisa iria acabar na fábrica de pães.
E para ser sincero, não sei se esse tipo de investimento é o mais adequado, ou se trata de mais um “investimento em cinema nacional”, no qual se disponibiliza quantias significativas de dinheiro para produzir nada.
No caso de unidade de auxílio a navegação de mísseis balísticos, me pergunto se não seria mais importante fazer o próprio mísseis, e aí o sensor junto. Se não vira “Estudo do comportamento do sapo Minguá no açude de Xapiró do Norte”.
Esse projeto ficou com aquela famosa empresa “xupim” que pouco entrega e nada divulga, mesmo tendo recursos públicos. Especialista em captar bons recursos e levar os projetos por loooooongos e lentos anos que nunca acabam. O nome dela é Avi…
Com Luciana Santos, do PC do B, como ministra da Ciência e Tecnologia, alguém realmente acredita que isso vá para frente? Sério? Ela já deu sinal que prioridade são as federais. Ponto. Quando prefeita de Olinda ficou conhecida por conseguir fechar o McDonald’s da cidade tamanha foi a sua capacidade de administração do município, que já era quebrado e terminou de se afundar. A prefeita de Olinda conseguiu fazer um dos maiores polos de carnaval não ter dinheiro para o carnaval. Só teve porque o governo do Estado interviu, se não nem isso. Quem confia nela apoiando isso é muito… Read more »
Sem querer entrar no mérito político, apenas queria fazer alguns questionamentos: “já deu sinal que prioridade são as federais.” Em qual lugar, dentro do setor público devem ser criadas, incentivadas e desenvolvidas novas tecnologias? “ficou conhecida por conseguir fechar o McDonald’s “ O McDonald’s é sinónimo de bem estar econômico em qual lugar? Pois onde eu moro, já abriram e fecharam McDonald’s diversas vezes. “conseguiu fazer um dos maiores polos de carnaval não ter dinheiro para o carnaval.” Embora o Carnaval seja uma manifestação Brasileira de uma grande importância, lembro que nos últimos tempos uma grande parte de Brasileiros criticaram a… Read more »
A maior parte das pesquisas científicas e tecnológicas são oriundas das “Federais”. Não sei qual o problema de serem priorizadas, na verdade, é meio que óbvio.
A galera pegou um ranço das universidades públicas que não tem jeito.
O Emmanuel esquece ou se comportar que nem avestruz, enfiando a cabeça no buraco, para não reconhecer que o orçamento do Ministério Ciências, Tecnologia e Inovações, nos últimos anos sofreu cortes e contingência de verbas,
assim como as Universidades Federais que exercem importantes pesquisas na área tecnológica, medicamentos, e para a indústria, e que terminou o ano praticamente zerado. Muitas pesquisas tiveram que ser interrompidas, causando até perdas irreparáveis esse anos de pesquisa. Essa é a nossa realidade.