Alto funcionário afirma que tropas ucranianas eram oito vezes maiores que as russas em Kharkiv

Vi que o Ivan me respondera nesse print, e o que eu dissera ainda não vi ninguém abordar: a Rússia na Síria que dizia a mídia trabalhar como um relógio suíço parece o completo oposto na Ucrânia. Desde o comando, comunicações, logística até a necessária supremacia aérea e capacidade anfíbias, nada parece funcionar, pelo contrário, é laboratório para o muindo aprender como não operar. Ao que o Ivan pontuara ser falta de equipamentos modernos, vê-se logo não ser exatamente assim.

Temos então 3 possibilidades, da mais inverossímil à mais factível

1. A remotíssima possibilidade desse recuo ser manobra diversionista para isolar essas tropas de contra-ataque e massacrá-las, e para isso devem atacar as centrais de energia termelétricas e nucleares, o que deixa as ferrovias inoperantes, e destruir as pontes, um mês para começar as chuvas torrenciais e seu mar de lama.
2. O objetivo real da guerra ser destruir a economia europeia e mudar a ordem econômica e monetária mundial. Para isso eles precisam enrolar em média intensidade até o inverno chegar, intensificar em janeiro e finalizar a guerra lá pelo meio do ano que vem.
3. A mais factível que é os russos terem sido pegos de surpresa por uma armadilha ucraniana, que simularam um ataque único pelo sul e lançaram uma contraofensiva ampla até o nordeste. A inteligencia russa deu mostras tanto de estar bem-informada algumas vezes quanto de não ter ideia de coisas básicas outras vezes. Então ou eles sabiam da extensão da contraofensiva e deixaram, sem comunicar as tropas locais, coisa comum por ter o comando centralizado, ou eles não sabiam e precisam reavaliar a estratégia.

Eles tem 3 saídas possíveis:

1. Se quiserem vencer rápido, precisam declarar guerra, fazer uma mobilização total ou parcial, no mínimo triplicar o numero de tropas e operações e isolar a cadeia logística ucraniana vinda da Polônia.
2. Se quiserem cozinhar o galo até o inverno para tentar impactar ainda mais a economia europeia e a ordem econômica mundial, precisarão destruir a infra-estrutura ucraniana para atrasar a logística até meados de outubro, quando vai chover muito e logo mais o inverno.
3. Se quiserem vencer rápido, impactar a Europa e a ordem econômica mundial de forma muito rápida, barata e imprevisível, a opção nuclear tática ou uma bomba de hidrogênio.

Não vejo outras possibilidades e, em todos o casos, convenhamos, que imbróglio Putin se meteu, hein? Repito minha opinião desde fevereiro, os discursos brasileiro e chines na ONU em fevereiro são certeiros: interesses russos foram ignorados, uma primavera russa é desejada e tentada na Ucrânia, mas a ocupação não deveria ter sido a opção escolhida.

De toda forma, devido à névoa da guerra, particularmente decido aguardar períodos mais longos para opinar. O objetivo real da Rússia é desconhecido, tem muito especialista fazendo muita especulação e exercício de futurologia. Tem operações psicológicas na mídia toda de ambos os lados, sem contar as torcidas. Aguardarei.

Mas um fato é que a chegada dos equipamentos como o Ivan dissera não era, não foi e nem será a solução.O problema russo é mais extenso e intenso que apenas equipamentos possam resolver.

E gostaria de ler uma análise comparando o relógio suíço russo na Síria com o relógio sino-paraguaio a Ucrânia. Não deve ser apenas o apoio da OTAN e a artilharia antiaérea ucraniana. O problema deve ser totalmente russo, qualquer que seja ele.

Abraço.