Exército Brasileiro promove exercício de adestramento de Artilharia Antiaérea
Formosa (GO) – O Comando de Defesa Antiaérea do Exército conduziu a Operação Sagitta Primus, exercício de adestramento de artilharia antiaérea que reuniu 17 organizações militares especializadas, envolvendo cerca de 500 militares, no Campo de Instrução de Formosa, entre os dias 11 e 17 de agosto.
O exercício teve início com a concentração estratégica dos meios em Brasília (DF) e em Formosa (GO), envolvendo o deslocamento de organizações militares de artilharia antiaérea sediadas em seis Comandos Militares de Área.
Nas instalações do 11º Grupo de Artilharia Antiaérea foram realizados o treinamento e a certificação das Guarnições de Mísseis RBS-70 e IGLA-S, por meio da utilização de simuladores.
Já no Campo de Instrução de Formosa, com as tropas no terreno, ocorreram instruções e demonstrações, buscando a padronização das técnicas, táticas e procedimentos dos subsistemas de armas, de controle e alerta, de comunicações e de logística, além da integração entre esses meios.
Na oportunidade, foram expedidas as ordens dos comandantes táticos envolvidos, nos escalões Grupo e Bateria, e os Comandantes de Seção de Artilharia Antiaérea apresentaram suas manobras no caixão de areia.
O exercício culminou com a realização dos tiros reais de artilharia antiaérea dos canhões 35 mm Gepard, do míssil telecomandado RBS-70 e do míssil portátil IGLA-S, além do desdobramento dos Radares de Busca Saber M60 e dos Centros de Operações Antiaéreas Eletrônicos.
Durante todas as fases do Exercício, ocorreram reuniões de comando, em que foram tratados assuntos referentes ao Programa Estratégico do Exército para Defesa Antiaérea e as perspectivas futuras. Também foram realizadas intervenções pelos comandantes das organizações militares de artilharia, apresentando as melhores práticas de suas unidades.
Além disso, assuntos doutrinários foram debatidos durante todo o Exercício, com a participação dos oficiais de Doutrina e Lições Aprendidas das unidades de artilharia antiaérea e de instrutores da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe), que contribuíram com a padronização das técnicas, táticas e procedimentos, além da apresentarem temas atuais sobre o emprego da artilharia em conflitos recentes.
Participaram da Operação Sagitta Primus 2022 o Cmdo DAAe Ex, EsACosAAe, 1º GAAAe, 2º GAAAe, 3º GAAAe, 4º GAAAe, 11º GAAAe, 12º GAAAe Sl, B Mnt Sup AAAe, Bia C/ Cmdo DAAe Ex, 2ª Bia AAAe, 3ª Bia AAAe, 5ª Bia AAAe L (Amv), 6ª Bia AAAe AP, 9ª Bia AAAe (Es), 11ª Bia AAAe AP e 21ª Bia AAAe Pqdt.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Dentre todos os pontos fracos das nossas forças armadas, acredito que nenhum supere o setor de defesa antiaérea.
Não sei se nosso EB não considera essa uma área importante, pois dizer que não teriam grana para nem sequer um sistema de médio alcance, chega a ser hilário.
Sei lá, já não consigo mais opinar sobre o porquê não ter 😕
Wellington,
Uma bateria completa de qualquer sistema AA ocidental de médio alcance, com 6(?) unidades de tiro, veículos de suporte, posto de comando, radar de aquisição/vigilância, vai sair aí pra faixa dos US$ 350 milhões.
A seguir, entendo que nunca houve uma prioridade posto o próprio avanço tecnológico na região. Até hoje, não há mísseis de cruzeiro por nossas bandas, e toda a aviação deve deslocar-se até as proximidades do alvo para atacar, o que, em se tratando de nós, torna a própria distância uma aliada, permitindo a aviação bater o “arqueiro” antes que lance sua “flecha”.
Contudo, o cenário está mudando consideravelmente e a necessidade de um sistema de médio alcance cresce, notadamente algo com capacidade C-PGM.
Concordo meu amigo, mas a geopolítica internacional está mudando rapidamente e nada garante que a América do Sul não venha a ser afetada de alguma forma, hoje as coisas estão mudando rapidamente e repentinamente.
Acredito que realmente seja uma falta de prioridade do EB nessa área, pois dizer que um país como o Brasil não conseguiria 1Bi de Dólares para umas 3 ou 4 baterias completas, é enganar quem já é enganado a tempo rsrr.
Fora que uma quantia elevada cabe acordos, financiamentos, compensações, etc…
Essa é a visão tacanha dos nossos estrategistas militares, para não economizar nas indispensáveis Stella Artois com picanha, a de que não há ameaças de mísseis de longo alcance na América latina. Essa gente só se esquece que, historicamente, as ameaças externas à soberania brasileira sempre vieram de fora da América latina, e foram sempre das potências da época, dotadas de armamento, logística e tropas superiores, a saber Holanda, França, Reino Unido, EUA, Alemanha nazista, etc.
Muitos destes hoje ainda vivem a achacar o Brasil por causa da Amazônia, e vários destes citados possuem hoje armas de longo alcance. Logo para o Brasil virar um paria internacional, é só uma questão de tempo.
Então meu querido, sistemas de defesa aérea de longo alcance é igual seguro residencial: melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter. Um homem prevenido vale por dois.
Precisa ser ocidental não, o S-350 Vityaz cairia muito bem no Brasil, e vale muito a pena ter equipamento russo no Brasil, visto que até os sul-coreanos usam o S-350 na forma do KM-SAM. Como C-PGM poderíamos utilizar o 42s6 Morfey ou o Tor-M2E.
Não venha falar de dinheiro pq tem. Um caça inimigo pensa várias vezes antes de adentrar zona de defesa aérea com AA. É dissuasão. Uma de medio alcance nacional seria ótimo e venderia.
Boa tarde,
Então é se programar pensando que o dia posterior será sempre de sol, não? Precisamos de um guarda-chuva quando chover e não quando faz sol. Acho temerário aguardar uma potência em nossas costas para ir as compras.
Se a força não tivesse outras prioridades, eu não duvidaria que a FAB adquire-se o SPYDER, já que opera os mesmos mísseis, muito antes da EB cogitar uma seleção de sistemas.
E a gente tem AAA? Não sabia.
Não derruba nem pardal.
Temos sim… é a famosa pilha palito.
Claro q não da pra substimar a importancia da aaa de longo e medio alcance mas depois da guerra na ucrania comecei a ver a de curto alcance com outros olhos. Não podemos descartala ou menosprezala pois a mesma mostrou sua importância.
De fato a AA de curto alcance é importantíssima. Mas ela deve trabalhar em conjunto com sistemas de médio e longo alcance. Por exemplo, os Ucranianos possuem S300 e Buk…
O Brasil precisa com urgência adquirir um sistema de longo alcance.
Sim, acredito q quanto mais recursos melhor.mas quanto mais treinamento tivermos com os recursos q já temos melhor tbm.obrigado pela resposta.
Principalmente devido à baixa qualidade dos aviões e a incompetência Russa. A Rússia se comportou como se não fosse encontrar resistência, colocou seus pilotos de aviões e helicópteros em uma situação patética, e isso contra um país falido. Não espere essa efetividade em equipamentos de curto alcance contra uma força aérea moderna e competente.
Sera que contra uma força aerea moderna e competente teriamos chance de usar uma aa de longo ou medio alcance antes q as mesmas fossem destruidas?acredito que por não serem tão portateis quanto as de curto alcance sejam mais vulneraveis.
João Dotto
Eu penso que os grupo de artilharia antiaérea deveriam ser equipados com pelo menos 3 baterias (uma de médio alcance e duas de curto alcance) sendo as curto alcance móvel suficiente para acompanhar Forças Tarefas em deslocamento, acredito que o Saber M-60 não serviria para essa situação….talvez o mshorad da Saab montado sobre a plataforma do LMV seria a solução ideal para equipar as novas brigadas mecanizadas.
Saber M-60 e Manpads ficariam exclusivos para brigadas leves e motorizadas.
Interessante.
Engraçado é a forma como divulgam estes exercícios, como se nossas forças armadas estivessem operando a nata da doutrina de defesa aérea, basicamente para enganar os bestas que pagam impostos todos os meses. Mal sabem estes últimos, que isso aí só serve para abater helicópteros e aviões em vôo muito baixo, e que estamos desprotegidos de todo o resto da gama de armas das grandes potências, que obviamente, jamais deixariam seus aviões e helicópteros atacarem de tão perto, já que possuem armas de longo alcance.
É como eu digo, está faltando acima de tudo culhões de nossa classe política para acabar com estes privilégios e corporativismos que assolam nossa nação, vindos do funcionalismo público, pois em nenhuma empresa privada as despesas de pessoal ultrapassam os 30% de seu orçamento, deixando que áreas tão importantes, quanto o P&D e infraestrutura, cheguem a definhar e virarem sucata, prejudicando atividades e os próprios objetivos para qual a instituição foi criada.
Nossa, que meda dos sistemas de “defesa aérea ” do brasil. Coisa espetacular…
Brasil , futura Ucrânia em pouco tempo, a diferença é que ninguém vai “fornecer” armas pra gente se defender “
Sobre defesa aéria, tem alguma data prevista para o lançamento do m200 multissão?
Eduardo, se não me falha a memória, lembro do Caiafa ter falado 2024 quando ele fez live sobre a apresentação do M200 Vigilante. Mas não tenho certeza.
Se essa é nossa defesa antiaérea possível , temos então que garantir a superioridade aérea em todo o território nacional senão a situação das forças terrestres fica complicada.
Defesa aérea de vergonha para o Brasil:
120 Gripens, sendo substituídos nos próximos 20 anos pelo FCAS;
S-350 Vityaz para média altura;
Tor M2E para baixa altura;
Pantsir para muito baixa altura;
Krashuka, Zhitel e Moskva para guerra eletrônica no solo;
E-99 com capacidade MAGE para guerra eletrônica no ar.
Russos fugindo de belgorod sob ataque ucraniano…kherson sob ataque e russos fugindo para bunkers…shoiugu fora da defesa russa…mas a gente não vê isso aqui porque colocam tudo que e matéria menos sobre a guerra…
O país não dispõe de capacidade de lançamento de satélites, defesa aérea de médio e longo alcance, além de sistema de satélites de posicionamento e guiagem. A realidade é que em caso de conflito resta sentar e chorar e mendigar apoio de países com produção nacional de itens cruciais de defesa.
A maioria dos países do mundo está nessa situação , inclusive países ricos!
A verdade é que em caso de conflito 98% dos países vai usar o que tem em estoque , ninguém vai construir navio, avião e misseis no meio da guerra com o pais sendo bombardeado.
Bem, esse conflito da Rússia com a Ucrânia mostrou que sim, sistemas de baixa altura ainda são muito válidos no campo de batalha, entretanto já passou da hora de termos um sistema de média altura no EB, de preferência móvel. Se tivéssemos um mínimo de coordenação séria nesse setor, com meios padronizados entre as forças e com equipamentos nacionais.