O carro de combate M41 Walker Bulldog
Por Lane Mello – Blog Fatos Militares
Nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, o M4 Sherman, assim como outros blindados utilizados até então, passou a ser visto pelo alto comando do Exército Americano como inadequado para operações futuras com carros blindados. Este seria o passo inicial que, mais tarde, culminaria no projeto do M41 Walker Bulldog.
Apesar da grande quantidade disponível por conta da facilidade de produção em larga escala, o M4 Sherman, da mesma forma que os demais tanques leves americanos da época, não possuía a blindagem e o poder de fogo necessários para conter possíveis ameaças futuras, como os T-34 russos, que durante a Segunda Guerra Mundial se mostraram eficazes contra blindados alemães e representavam um risco aos interesses dos EUA.
Pensando nisso, desenvolveu-se, então, o projeto do M24 Chafee, um tanque leve, mais ágil que os blindados utilizados até aquele momento e que viria a ser entregue para as tropas americanas a partir de dezembro de 1944.
Chegando em campo em tempo hábil para ser testado em combate, notou-se que o M24 Chafee, apesar de ágil e efetivo, ainda assim não atenderia aos anseios do alto escalão do exército americano.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e, logo em seguida, o início da Guerra fria, ficou ainda mais evidente a necessidade de assumir a superioridade no campo dos blindados, fazendo com que os americanos iniciassem uma busca por um projeto de carro de combate com qualidades adequadas para superar a hegemonia do T-34 russo e, consequentemente, substituir o M24 Chafee.
O protótipo
Em 1947 é apresentado o protótipo T37 Phase III, com uma proposta de carro de combate moderno, ainda mais leve, porém, mais letal, devido ao seu poderoso canhão antitanque de 76 mm.
Após algumas modificações, o que até então era um protótipo se tornou realidade e passou a ser chamado de M41. Alguns anos depois, em homenagem ao General Walton Walker, morto em um acidente de Jeep na Coreia, seu nome mudou e passou a M41 Walker Bulldog.
O Tanque M41 Walker Bulldog
Ágil e munido de um poderoso arsenal, o M41 Walker Bulldog carrega traços do seu antecessor, o M24 Chafee. Veloz, estável, versátil e de fácil reparação, tem torre interna totalmente soldada e módulos muito bem equipados. Em contrapartida, possui alto consumo de combustível e é extremamente barulhento tanto para a tripulação, quanto para quem está fora do veículo.
Apesar de sua origem nos Estados Unidos, o M41 Walker Bulldog não chegou a ser utilizado em larga escala para combate real pelos americanos, porém, se mostrou realmente efetivo contra os tanques russos T-54, na Guerra do Vietnã, onde foi amplamente empregado pelos combatentes do Vietnã do Sul, tendo seu batismo de fogo em 1965.
Com espaço para uma tripulação de 4 integrantes formada por comandante, artilheiro, piloto e municiador, o M41 Walker Bulldog conquistou espaço na indústria e no mercado bélico, chegando a ser exportado para diversos países como Taiwan, Tailândia, Somália, Chile e Brasil, atingindo a marca de 5.500 unidades produzidas.
No Exército Brasileiro
Até 1960, o Brasil ainda utilizava os tanques M3 Stuart e M3 Lee, já obsoletos à época da Segunda Guerra Mundial, além do notório M4 Sherman, destaque durante o conflito.
A partir de agosto daquele ano, o país recebeu as primeiras unidades do M41 Walker Bulldog através de uma negociação concretizada graças ao Programa de Ajuda Militar, que viabilizou a compra de materiais bélicos de origem estadunidense por parte do Exército Brasileiro.
No total, 368 unidades foram recebidas, tornando o M41 Walker Bulldog o principal carro de combate do Brasil até o ano de 1994, quando os carros M-60 A3 TTS americanos foram adquiridos.
M41B (Brazilian Bulldog) e M41C Caxias
Em 1978, um programa de modernização foi iniciado com o objetivo de atualizar a frota brasileira de M41, além de nacionalizar alguns componentes. Este programa foi realizado em conjunto pelo Centro Tecnológico do Exército e a empresa de veículos Bernardini e pretendia tornar o M41 Walker Bulldog mais confiável, nacionalizar a manutenção e aumentar seu poder de fogo e seu raio de ação.
Estas modificações incluíram a troca dos motores movidos a gasolina por um motor Scania DS14 a diesel de fabricação brasileira, o que também exigiu o alongamento da seção traseira do casco do veículo para a acomodação do novo motor. Esta variação foi, então, designada M41B (Brazilian Bulldog).
Diversas unidades desses blindados sofreram adaptações ao padrão M41B, porém, logo novas mudanças foram necessárias e os veículos passaram por um novo projeto de modernização. A nova versão, de nacionalidade brasileira, recebeu a alcunha de M41C Caxias.
As novas alterações incluíram a adoção de sistemas ópticos de fabricação nacional, melhoria das blindagens frontais, substituição das lagartas, acréscimo de saias laterais, instalação de lança-granadas fumígenas, adaptação de novos compartimentos na parte traseira da torre, substituição do sistema elétrico e modificação do canhão original para o novo calibre de 90mm.
Muito boa a matéria, belas fotos.
Achei meio estranha a introdução, já que ainda em 1945, na fase final da segunda guerra, estreou em combate o m26, muito superior ao t34, como ficou claro no combates entre os dois durante a guerra da Coreia.
Em 1947 quando foi lançado seu primeiro protótipo, o t34 não era mais uma preocupação para os americanos e o m41 não teria esse objetivo.
Esse tanque é apenas mais um exemplo da falta de tradição americana no setor.
Tanque é assunto para russos e alemães.
E alemães atualmente com ressalvas.
Tanques sao para contencao interna, ja era na guerra de gente grande
“Tanque é assunto para russos e alemães.
E alemães atualmente com ressalvas.”
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E a tradição Rússia de ter total desprezo pela vida dos soldados e cozinhar todos eles vivos quando uma projetil qualquer acerta a munição dos mbt deles?
Tanto faz.
Vencem as guerras do mesmo jeito.
Qual foi a última batalha vencida pelos usuários de tanques russos?
André….Não alimente trolls
Eu: o MBT é mal projetado; explode e mata a tripulação toda se for atingido
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Patrício: “Tanto faz.”
temos um nível de rusofobia/ódio por russo exótico por aqui kkkkkk
Meu Deus… que coisa ridícula de se dizer…
Ve-se que vc vive em um mundo de fantasias.
Os tanques russos sempre foram muito bons de propaganda. Nos campos de batalha sempre tomaram cacete. Foi assim na Coreia com o m26 se mostrando muito superior ao t34. Foi assim nas guerras árabes x israel com o Centurion com desempenho muito melhor que o t62 e no Iraque em 1991, com o t72 se mostrando um fiasco frente ao Abrahams na batalha de 73 easting.
Depois da ww2 em apenas uma batalha os taques russos se sairam vitoriosos sobre os ocidentais, além, claro, da batalha de marketing.
Caramba, comparando M-26 com T-34? Um projeto do final da segunda guerra contra um de 1940?
Está difícil a leitura e interpretação de texto hein.
Eu disse que o M41 não era uma resposta ao T34 pois em 1947 os EUA já tinham posto em batalha o M26, que como ficou comprovado nas batalhas da Coreia era mais do que suficiente para enfrentar o t34.
Conseguiu entender agora ou precisa desenhar?
Olá Andre. O T34 entrou em produção em 1940, pesava 26 ton e tinha um canhão de 76 mm. O M26 entrou em serviço em 1945, pesava 41 ton e tinha um canhão de 90 mm. Parece inapropriado comparar o T34 com o M26.
Até tu Camargoer? Um professor com doutorado no Japão demonstrando tanta incapacidade de ler um texto simples, de um parágrafo?
Eu disse que estranhei está matéria dizer que o M41 foi desenvolvido como uma reposta ao T34 pois o M26, que já havia estreado em campo em 1945 era mais do que suficiente para combater o T34, como ficou demonstrado nas batalhas da guerra da Coreia.
E a comparação cabe pois um foi utilizado para fazer frente ao outro, em batalha. Ao contrário do video game, onde as partidas são separadas por “capacidade” do veículo, na vida real a tripulação do M26 não queria nem saber se o T34 a sua frente tinha canhão de 76mm, de 85mm ou qual era seu peso.
Se ainda assim não ficou claro que minha observação era sobre o texto afirmar que o M41 era uma resposta ao T34, me avise.
Olá Andre. Desculpe se compreendi errado. Em seu comentário você dizia que o M26 foi superior ao T34 na Guera da Coreia. Como são equipamentos muito diferentes e desenvolvidos em momentos distintos, achei que esta comparação inadequada.
ué, os dois não se enfrentaram na guerra da Coreia e o M26 não foi muito superior ao T34-85 (que era um bocado diferente do T34 de 1940 com o canhão de 76mm)?
Eu apenas citei um fato para mostrar um dos motivos que achei estranho o texto desta matéria afirmar que o M41 tinha como objetivo combater o T34.
talvez você tenha confundido eu ter citado um fato com eu ter emitido uma opinião. O m26 ser superior ao t34 é um fato comprovado na guerra da Coreia. Achar que a comparação entre os dois tanques, distantes apenas 4 anos do início de sua produção, simplesmente por um ser melhor que o outro, é inadequada, é a sua opinião.
Fato é fato, opinião é opinião.
Kings, os russos já perderam quase 1000 MBTs em poucos meses de guerra com a modesta Ucrânia.
O problema é a qualidade ruim dos carros de combate russos ou a doutrina deles que é fraca?
De “modesta” militarmente a Ucrânia não tem nada.
Dona do segundo maior exército da Europa, e muito bem equipado antes da guerra, está segurando sozinha a 2° Maior potência bélica do planeta.
Enfrentando um adversário que possui mais armas, blindados, canhoes, misseis, aviões, recursos e força.
Nenhum outro país da Europa conseguiria invadir sozinho o solo Ucraniano.
Somente a Rússia era capaz.
E todos sabem o preço que estão pagando.
“sozinha” sem nenhuma ajuda?
A Rússia é a segunda maior potência bélica exclusivamente por suas armas nucleares. Estamos vendo que em uma guerra não nuclear seus projetos mais recentes não passam de peças de propaganda e quem carrega o pianos são os velhos su25, t72, t64 e até o t62.
T90, su35, t14, su57, terminaror, ficam lindos no desfile.
Deve-se em grande parte às mirabolantes narrativas ucranianas.
A contagem estava em 3.000 e agora caiu para 1.000 (cadê o Orix?)
Arestovich (o Rasputin ucraniano) anunciou que 2.000 russos estavam cercados em Kherson e que os russos deveriam sair daquela província, pois haveria uma grande contra-ofensiva.
Pois bem, os próprios ucranianos desmentiram essa informação e hoje os russos começaram a avançar na região e já estão a 15 km de Nikolaev.
Como se vê, tudo é uma questão de narrativa.
Principalmente em se tratando de ucranianos.
Mas no Vietnan os M41 do ARNV não se saíram nada mal contra os T54 do NVA .
O que estranhei foi a introdução do texto colocando o m41 como uma resposta ao t34. O m41 foi um bom veículo que cumpriu bem seu papel
Mas os M-60 israelenses se deram muito mal contra os então tanques soviéticos utilizados pelos árabes.
na verdade o conceito de operação israelense na epoca era que as brigadas blindadas não teriam infantaria organica e avançariam sem apoio de IFVs custou caro ja que as divisões blindadas arabes tinham alem dos IFV BMP-1 com infantaria equipada com RPG-7 e AT-3 tambem tinham AAA autopropusada ZSU 23-4 e MANPADS Sa-7 o que dificultava o apoio aereo aproximado dos avioes de ataque.
“Ao anoitecer do dia 22, os sírios aceitaram o cessar-fogo proposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Tinham perdido na batalha cerca de 1.150 carros de combate, além dos 1.110 carros iraquianos e aproximadamente 50 jordanianos. Somente nas Colinas de Golan, 867 carros sírios foram recuperados (talvez de maior significado foi o fato de que muitos deles se encontravam em boas condições de funcionamento)…
Do lado israelense, cada um dos carros fora atingido numa ou noutra fase dos combates, mas os homens de suas equipes de manutenção demostraram estar entre os grandes heróis da guerra, movimentando-se durante os combates e consertando-os sob o fogo. cerca de 250 carros foram atingidos, 100 dos quais perdidos definitivamente…”
Fonte: A guerra do Yom Kippur, Chaim Herzog (general da IDF)
Em qual guerra isso aconteceu?
Me lembro dos Centurions dando um cacete nos T62 sírios e dos egípcios tendo algum sucesso em segurar o contra ataque israelense com ATGMs. Mas tanques de origem soviética se dando bem….essa você inventou ontem de manhã.
O M41 foi desenvolvido para substituir o M24 no papel de CC leve, que na doutrina da época era para reconhecimento. A missão dele não era enfrentar outros CC.
Então você concorda comigo que a introdução do texto está estranha, ao afirmar que ele seria uma resposta ao t-34?
Não me lembro aonde li que a mudança de 76mm para 90mm foi feito por um processo de usinagem muito mal feito que destruiu a precisão do canhão.
Nunca ouvi.
Já vi o tiro e foi NA.
Se o EB fosse um Exército com reserva de dinheiro, poderia manter esses tanques como uma reserva de 2ª linha. ( M41-C, MB3- Tamoyo, M-60A3, EE-T2 Osório) vamos precisar deles.
Contra quem mesmo?
Mais um que julga ter bola de cristal.
Contra uzamericanus malvadoes quando vierem invadir a amazônia. Um protótipo do Osório e um do tamoio fariam toda diferença.
Olá Andre. Você está desatualizado. A moda agora é “usruçomalvadu”. Precisa mudar para ganhar mais “likes”.
Passei da idade de me importar com likes ou com moda.
Você ficou muito triste que saiu de moda achar que tudo que venha dos EUA é ruim?
Apesar que russo invadir a Ucrânia para trucidar a população e explorar seus recursos, nunca sai de moda. Seja com ditador comunistas seja pelo novo ditador e sua mentira de caçar nazistas. Assim que nunca sai de mota sua amada e idolatrada Rússia, e suas antigas colônias comunistas, assinar um acordo para em seguida descumpri-lo.
Passei da idade de me importar com moda ou com likes.
Mas pelo visto você deve ter ficado muito triste que não está mais na moda né?
Apesar que “usruçomalvadu” parece nunca sair de moda, principalmente no que se refere a Ucrânia.
Os M41 são muito velhos e inferiores. A modernização deles não foi perfeita, ele não ficou muito bom, a modificação do canhão foi uma gambiarra que o tornou bem medíocre.
Será que podemos comparar com a modernização que estão fazendo no Cascavel? Um veículo obsoleto que nada adianta modernizar, é perda de tempo e dinheiro.
Eu diria que não.
As modernizações dos M3 Stuarts e M41, deram o conhecimento para a Bernardini projetar e construir um tanque nacional no Tamoyo(e eu diria inclusive que o X1A2 também entra como tanque nacional, já que diferentemente dos antecessores não usava nenhum componente dos M3 Stuarts).
Mas já temos uma reserva de segunda linha, se chama Leopard 1a5, ou alguém em sã consciência acha que os léos bateriam os Abrams na operação pólvora de Biroliro?
Olá Santiago. São equipamentos obsoletos. Creio que nem mesmos os velhos M60 servem para segunda-linha. O melhor é serem usados com sucata (preservando alguns em um ou outro museu militar). Temos que repensar a estrutura de nossas forças armadas. Uma boa discussão é o tipo de equipamento usado pelo CFN, essencialmente uma divisão de combate que deveria estar pronta para emprego expedicionário. Outra discussão é sobre o qual a validade estratégica de ter unidades do EB mal equipadas espalhadas pelo país ao invés de menos unidades com maior mobilidade e equipamentos mais modernos?
Na guerra qualquer coisa que atira é útil.. Lá na Ucrânia estão usando os T-62 com sucesso, fora os BMP-1 projetos antigos e defasados mas estão lá encarando combate.. O 76mm do M-41 ainda é útil contra infantaria e veículos de transporte como BMP, M-113, Marder..
Pois é, professor. Querer colocar CCs obsoletos como segunda linha é decretar desde o início a morte das tripulações dessas velharias. Como segunda linha os Leos 1A5BR modernizados e olhe lá. Defendo que o País seja ousado e adquira um lote de uns 200 CCs de última geração (Leo 7) novos de fábrica que servirão por 30 anos no mínimo e complete o restante da força com CCs não tão modernos ( uns 100 Marders) , mais uns 120 Leos 1A5BR modernizados. Estaríamos bem servidos.
Olá Sequim. Pois é. Eu ainda ainda tenho dúvidas sobre o caminho a ser tomado, por exemplo entre uma ampla modernização dos Leo1A5, aquisição de um carro de combate mais novo de segunda mão ou aquisição de um modelo novo de fábrica. Minha tendência seria a comprar de um carro de combate de segunda-mão que passasse por uma modernização. Sobre o tamanho desta frota, acho que 200 veículos parece de bom tamanho. Eu tenho muita dificuldade em aceitar mais do que isso além de considerar desnecessário manter um segunda linha. Parece mais adequado manter uma frota de 200 carros de combate, operando em rodízio não mais do que 1/3 disso, o que manteria uma tropa adestrada, que só viria a ser ampliada em caso de ameaça, até porque qualquer estudo amplo sobre potenciais ameaças parece colocar o uso de carros de combate em um plano secundário. Tenho a impressão que os maiores investimentos devem ser feitos no poder aéreo e na marinha
Olá Sequim. Há uma visão muito equivocada na qual o Brasil precisa firmar alianças diplomáticas ou militares para conseguir acesso a equipamentos militares de primeira linha. Na verdade, aconteceu o contrário. Os principais fornecedores de equipamentos militares de primeira linha foram majoritariamente europeus (fragatas Niterói, submarinos Oberon, IKL 209, Mirage III, F39, etc). No caso dos carros de combate, o Brasil recebeu excedentes dos EUA. Até mesmo os M60 foram cedidos em um momento no qual o EB havia escolhido o Leopard. Sinceramente, desconheço qualquer aliança militar que possa ser de interesse do Brasil.
Faz algum tempo que li (não lembro a fonte) que um lote deles foi doado ao Uruguai
Olá 109. Sim. Foram 25 unidades do M41C. https://www.forte.jor.br/2018/12/10/exercito-brasileiro-doa-25-tanques-m41-ao-exercito-uruguaio/
Olá a todos. A imagem do M41 é indissociável da imagem do EB. Aliás, acho que as fotos do M41 com aquele símbolo antigo do EB (um enorme círculo branco com o cruzeiro do sul dentro) se tornou a imagem clássica do golpe de 64. Um dos carros de combate mais esquisitos (na minha opinião) é M3 Lee. Às vezes eu acho legal, ás vezes eu acho horrível, ás vezes acho um clássico. E olha que sou fã de modelos estranhos, como o Lighting inglẽs, o bombardeiro Victor e o Citroen DS 1953.
O Brasil já teve um projeto de tanque muito decente, baseado no M-41 mas melhorado a ponto de ser quase outro. MB-3 Tamoyo. Era a melhor opção pro EB, produto nacional feito pela Bernardini, mas infelizmente o Collor destruiu tudo
O amigo já assistiu o filme Sahara de 1943 c/ Humphrey Bogart? Ele é um comandante de M3 Lee batizado de Lulubelle, que se torna uma das figuras centrais do filme.
Olá Luciano. Sou fã do Bogart. Tem um outro filme no qual ele faz o papel de um capitão da marinha muito legal também (https://www.youtube.com/watch?v=3OcS-Y6gL1I). Toda vez que assisto “Casablanca” e “O tesouro de Sierra Madre” fico mais fã.
Esse é clássico do homem das bolinhas? No Brasil, salvo engano, ganhou o título de Nave da Revolta.
Olá Luciano. Sim. Este filme
Gosto de filmes antigos. Vou procurar. Valeu pela dica.
Também tenho esse gosto por máquinas exóticas. Em termos de carros de combate com desenho bem diferente eu cito o francês AMX 50, o soviético IS3 e para não ficar me alongando não um carro de combate mas o M 50 Ontos e o Scorpions britânico são bem interessantes.
Agora vou sugerir uma matéria sobre o Tamoio, aliás pode ser em vários capítulos pois tem muita história. Ele foi ofuscado pelo Osório, mas o Tamoyo sim foi o verdadeiro projeto nacional de carro de combate. Merece ser lembrado.
Acredito que as matérias desse site são um bom começo sobre o Tamoyo: https://tanks-encyclopedia.com/coldwar/brazilian-tanks
É inclusive o único lugar com dados reais sobre a blindagem do Tamoyo 1.
Para vermos o atraso do Brasil como característica indissociável da nossa mentalidade. Enquanto o mundo usava T-62, M-60, AMX-30, o Brasil ainda operava M4 e M3 Lee kkkkkkkkkk.
É um buraco chechelento de cabides de empregos mesmo este país. Verdadeira zona.
Se utilizarmos essa mesma lógica enquanto alguns países já tinham feito sua reforma agrária, o Brasil luta até hoje contra o latifúndio e contra o trabalho escravo agrário, frutos de uma estrutura agrícola secularmente arcaica.
Algumas curiosidades sobre os M41 do EB:
91 M41 foram transformados em M41B (depois transformados em M41C). 1 M41B recebeu o canhão Cockreill do EE-9 para testes. No final, o EB decidiu pela opção financeiramente mais barata e transformou o canhão original 76mm em 90mm. Curiosamente, o desempenho do canhão 76mm era superior ao do canhão 90mm adaptado. A versão com canhão 90mm foi denominada M41C.
Em 1982, o EB comprou 53 M41A3 no Japão (excedentes do US Army) para canibalizar.
A Bernardini transformou 323 M41 em M41C. 57 M41C tinham o cano do canhão mais curto (mesmo comprimento do canhão do EE-9).
A versão final do M41C (testada em 1985) deveria ter o canhão francês super 90 (depois esse canhão foi instalado no protótipo do Tamoyo), saias laterais, blindagem adicional frontal, computador de tiro Ferranti, visão noturna e telêmetro a laser.
Uns detalhes adicionais, o canhão de 76mm era de alta pressão, tendo condições de empregar munições cinéticas enquanto em 90mm era de baixa pressão limitado as munições químicas como a HEAT.
As diferenças de comprimento se deve há que depois percebeu-se que o comprimento não influenciava no comportamento da munição.
Dos recursos do que seria a versão final do M41C todos foram usados no Tamoyo, sendo o canhão, as saias laterais, a blindagem adicional, visão noturna e telêmetro laser no Tamoyo 1 e 2 e a adição de blindagem composta e o computador Ferranti no Tamoyo 3.
Outro detalhe sobre os canhões era que eles tinham denominações diferentes sendo:
Canhão 90mm 90/76M32 BR1 para o de cano curto; Canhão 90mm 90/76M32 BR2 para o de cano longo e Canhão 90mm 90/76M32 BR3 para a cópia do Super 90 F4(esse era o único capaz de disparar munições flecha).
Esse aí no War Thunder é bom demais!
Quanta gente falando coisas absurdas, sem considerar a importância estratégica de possuir uma reserva blindada…
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Reserva blindada custa dinheiro de pinga para ser mantida, se comparada ao seu valor estratégico.
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O simples fato de existirem unidades focadas na manutenção de uma reserva blindada, gera unidades equipadas para o reparo, que são de fundamental importância no momento que ocorrer o atrito em um conflito. O quadro de mecânicos por exemplo, é uma reserva tão importante quanto a do material que estão manutenindo. E isso para não entrar nas questões de ter uma reserva blindada sendo conservada via contrato com a base industrial de defesa.
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Um blindado da reserva estar tecnológicamente ultrapassado, se reverte em maior facilidade e menor tempo de instrução para novas tripulações, durante uma escalada de tensões.
Reserva blindada não implica em empregar estes meios contra unidades blindadas de outro exército… E estamos na America Latina, não na Europa!
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Possuir 100 ou 200 MBTs de primeira linha, não implica em ter 100 ou 200 MBTs atuando ao mesmo tempo. Implica em ter a capacidade de montar uma (quiçá duas) ponta de lança, com uma fração destes números, que tem de ter sua atuação complementada.
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Uma reserva blindada poderia aumentar o poder de combate de unidades de infantaria e a extensão de uma frente, sendo empregada como apoio de fogo, gerando massa e atuando contra unidades de infantaria de menor capacidade. Até o Cascavel tem seu valor, como meio de apoio de fogo.
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O Exército não é grande o suficiente para encarar sequer um conflito regional… Assim como 100 ou 200 MBTs não implica em ter 100 ou 200 MBT em uma frente, ter 100 ou 200 mil homen na ativa, não implica ter 100 ou 200 mil homens na linha de frente. Apenas uma pequena parte disso é o que atuaria. Basta ver o que ocorre na Ucrânia.
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Hoje, se a primeira linha da Força conquistasse terreno, suas unidades teriam de ser comprometidas, para liberar pessoal e material para realizar emprego na manutenção dos ganhos. Ter uma reserva, significa ter meios para empregar na manutenção de ganhos, liberando a primeira linha para o combate e assim por diante.
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Sobre M41: o EB estocou estes blindados, após sua baixa. Virou reserva… E um tempo atrás, 25 destas unidades foram doadas para o Uruguai, para apoiar sua infantaria. E este é outro importante ponto de se possuir uma reserva blindada.
Mas uma reserva blindada só seria viável se houvesse um amplo programa de nacionalização e padronização de sistemas críticos como:motor,transmissão e suspensão e investimento massivo em veículos para transporte pesado para transporte e evacuação de blindados.
Investimento e nacionalização disso ou daquilo, é algo que deve ser feito quando o blindado é adquirido, quando ele é primeira linha. Logo, não existe necessidade de realizar “amplo programa de nacionalização e padronização de sistemas” para anteder uma reserva…
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Além dos meios, o ferramental específico, existente para manter as unidades de primeira linha, também vai para reserva.
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Não é necessário “investimento massivo em veículos para transporte”. Estes meios logísticos existem.
Como qualquer veículo de largatas um blindado não pode sair da área de estocagem e se deslocar sozinho até a zona de combate que pode ser de dezenas há centenas de quilômetros,usar cavalo mecânico comercial para esse tipo de tarefa em tempo de paz e uma coisa mas com trechos interditados de estradas e pontes danificadas tendo que usar desvio em estradas secundárias de terra batida seriatotalmente diferente tanto que mesmo o Us army usa veículo dedicado para transportar o M1,a nacionalização e importante pois depender de peças que podem não estar disponíveis em quantidade pode prejudicar a disponibilidade,com a padronização facilitaria a manutenção e disponibilidade já que desde a SGM uma das maiores causas de perda de blindados era falha mecanica,
Os B Log estão capacitados a transportar o que já existe no inventário…
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Ninguém vai ficar sentado, esperando sua estrutura logística ser destruída para então começar a mobilizar suas forças no terreno…
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Conflitos não acontecem do dia para a noite, como bizonhos imaginam…
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O US Army tem de transportar um MBT de quase 70t. Isso demanda equipamento especial, assim como demandaria investimento do EB, se este tivesse um MBT de quase 70t. O EB precisa de algo como o HET para transportar Leopard 1? Não. Nós conseguimos tranpostar os Leopard 1, enquanto estes estão na ativa. Logo, poderão ser transportados se forem para reserva.
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O EB tem suas pranchas de 60t de leito rebaixado e seus devidos cavalos mecânicos. Aliás, é daí que sai um ponto importante, para a questão do próximo MBT estar na faixa das 50t.
Melhor opção pro Brasil é um blindado de até 45 ton.. Já tem estudos do EB indicando isso. Pra nós o ideal seria o T-90 ou o type 90 Japonês se quisermos um tanque mais ocidentalizado.
Bardini, concordo. Por isso que uma força blindada de 200 CCs tipo Leo 7 +100 Marders modernizados e 120 Leos 1A5BR modernizados como segunda linha + quantos caça-tanques (Centauro II ?) pudermos ter daria ao EB uma força blindada de respeito.
Prezado Bardini
Quem, regionalmente, estaria melhor q nós para um conflito?
As FFAA tem de ter o suficiente para inibir alguém de nos atacar.
Além de não termos reais problemas com nossos vizinhos, eles também não tem Poder de Combate como o nosso.
Desculpe, mas discordo dessa parte.
E, realmente, há necessidade de um efetivo de “frente” e “retaguarda” em condições de ser empregado e de ser mobilizado. Por isso, a manutenção de pessoal, do sistema de ensino e adestramento são essenciais.
No mais, estamos em “boas” (ou adequadas) relações com Europa, EUA, China e Rússia. Também com árabes, israelenses e indianos, se olharmos com menos rigor.
Ou seja, qualquer aliança q alguém faça com um vizinho contra nós, temos muitos “amigos” (obviamente, q pelos interesses, mas isso faz parte da equação).
Isso tudo está dentro das Estratégias de Defesa. Dissuasão, Aliança e por aí vai.
Um exercício como o AmazonLog é demonstração de poder. Nossos homens se saindo bem em missões como no Líbano, Congo e Haiti, IDEM.
Neste espaço, se discute muito superficialmente. Deve-se ser mais criterioso.
As Forças cumprem a Política Nacional de Defesa e a Estratégia Nacional de Defesa. Ambas são acima do Cmdo de cada Força.
Um grande exemplo é o efetivo da MB q tanto batem. A Segunda Frota tá lá…. Foram concursados homens pra ela. Homens vem bem antes dos meios. Como demitir concursados com bom comportamento? Q realizam bem as tarefas q lhes dão?
Juiz NENHUM deixa…. Pra mandar vagabundo concursado tem de se estar muuuuuito amparado.
As coisas não são fáceis…… não são….
Especificamente sobre Bld, q é o assunto aqui.
Qual ter? Custa 10% ao ano o valor do Bld pra mantê-lo. Quanto mais caro ele for, mais se gasta pra mantê-lo. Precisamos de algum estado da arte? Realmente, não acredito, de imediato.
Mas uma tripulação leva 3 anos pra adestrar. Qual a prioridade? A tripulação ou o Carro?
Falam de munição… o Brasil pode produzir 1 ano de guerra em 1 mês, das munições mais simples. Pra que ter um monte guardado? Custando depósitos, custando vida útil de armas pra gastá-las?
1 dia de guerra de um GAC, da pra adestrar 6 GAC no ano….. bem adestrado…..
Se posso atirar Mun HEAT, pq atirar um monte de Flexa? Tem simulador pra isso.
Uma Flexa gasta 200 HEAT em vida útil do cano do CC.
É complexo…..
Brasil tem distâncias e vias q nao podem ser ignoradas. Uma Força pequena não mobília toda frente. E pode ser flanqueada.
Uma força compatível com a frente, exige meios suficientes do inimigo pra q ele não seja flanqueado por meios “antigos”.
É uma equação dentro de uma ciência.
Sds
O caso M41 é emblemático de uma situação que se estende desde que os civis, preparados, nacionalistas e altivos do Império foram alienados das posições de decisão sobre os destinos e assertividade do Brasil no cenário mundial.
Foi necessário um governo civil, sério e nacionalista, para impor ao exército um CC minimamente descente, no caso, o M60.
Nesse ponto vem a pergunta: “Mas como o Brasil estava em plena década de 90 do século XX, utilizando como seu principal carro de “combate” um CC obsoleto e risível da 2º GM? Que só servia, como visto na foto acima, para assustar civis em Laranjeiras, apontando o canhão para um outro CC? Uma casamata inimiga? Não, um apartamento civil…” e mais: Saindo de um período de 21 anos em que o exército teve pleno poder para armar-se e assim poder lutar e cumprir seu papel, pois literalmente dirigiu o país com plenos poderes?
Antes de prosseguir, é necessário fazer uma ressalva, para ser justo: Com bem pontuou o General conde de Pelotas, apenas 25% do Exército Imperial aderiu ao Golpe de Estado de Deodoro e Floriano. E mais: É pacífico que se vivo estivesse, o Duque de Caxias jamais lideraria ou permitiria tal insensatez e traição à Pátria. Se o único filho de Caxias não tivesse morrido jovem, aos 16 anos, provavelmente seria general, conforme a tradição da família à época, há 3 gerações, e não consentiria com o Golpe de Estado de 15 de novembro de 1889. Por fim, Caxias dizia a farta, que “seu maior temor era de que o Brasil fosse privado do Império, e degenerasse a nível das republiquetas sul-americanas da ex-América espanhola, com seus golpes de Estados, constituições rasgadas de tempos em tempos, etc. para ele, o Brasil Imperial, com um século XIX de uma só constituição, eleições perenes, imprensa livre fiscalizadora, etc., era uma ilha de civilidade em um mundo em caos, como se observava na ex América espanhola” e quando no nascimento do filho mais velho de D Pedro II, D Afonso (que infelizmente morreria ainda criança), Caxias escreveu ao seu pai: “Hoje é o dia mais feliz de minha vida, meu pai, pois o nascimento do herdeiro do Imperador, é garantia da continuação do Império.” Em suma, cabe pontuar, antes de continuar, e serei duro a seguir, que o exército do qual vou falar a seguir não é o exército de 75% de leais a nossa Constituição da Independência, ao Império, as vitórias contra paraguaios (tomada de Assunção), argentinos (derrubada do caudilho Rosas com direito da desfile da vitória do Exército Imperial em Buenos Aires), e das inúmeras ocupações de Montevidéu, quando o Brasil Imperial impunha governos títeres naquele país estratégico. Este, sobretudo não era os 25% do Exército Imperial que seguiu Deodoro e Floriano em sua traição, estes 25% não era o Exército de Caxias, que hoje, revira-se em seu túmulo, por ter sido levado de seu descanso eterno para o túmulo no qual se encontra, e ainda tendo que conviver, em seu descanso eterno, com a frase que lhe impingiram, logo a ele, um monarquista leal ao Brasil raiz: “Aqui jaz o maior dos Brasileiros”; Para Caxias, e para 75% do Exército Imperial, o maior dos Brasileiros era D Pedro I, que liderando civis armados, e rápida e energicamente contratando mercenários estrangeiros, visto não ter a sua disposição um exército brasileiro, que só criaria, obviamente, após o Brasil passar a existir com nação independente, nos fez independentes. Os 25% que seguiram Deodoro e Floriano para trair o filho e a neta de nosso fundador, rasgar a Constituição de nossa independência, e abrir as portas para um século XX de golpes, revoluções, troca de constituições, fim da expansão das ferrovias, e redução do Brasil a um anão diplomático, etc., traíram os 75% de legalistas, leais e nacionalistas militares do Exército Imperial, o Império e todos os Brasileiros. No Golpe de Estado de 1889, o major Solon Ribeiro, mentiu as tropas chamadas para cercar o Paço Imperial, dizendo as mesmas que elas estavam a ser posicionadas ali para “proteger o Imperador de traidores” (!). A versão mentirosa do major Solon Ribeiro foi por um bem vindo momento de “sorte” sedimentada nas tropas quando um grupo de marinheiros, mobilizados pela Almirante barão do Ladário (antes de tal mobilização ter sido interrompida quando os traidores emboscaram e crivaram de tidos o barão, interrompendo assim a referida mobilização), atacou o Paço e foram repelidos pelas tropa ali posicionada pelo major. Não poderiam adivinhar, naquele momento, as infelizes tropas manipuladas e traídas por Solon Ribeiro, que eles é que, sem o saber, eram os traidores, e que os marinheiros, é que eram os legalistas. Quando do embarque do Imperador, as escondidas, na madrugada de sábado para domingo, pois sabiam os traidores que não o conseguiriam fazer as vistas do bom e leal povo brasileiro, novamente Solon Ribeiro mentiu as tropas, e lhes disse que o Imperador estava a ser transferido para um lugar seguro, quando na verdade seria embarcado para o exílio, para negar aos nacionalistas, intelectuais (todos leias ao Império, não por acaso seriam presos em massa), classe média (a do Império, como toda classe média em monarquias, era civilizadíssima e leal ao trono, pois tinha este com baliza de civilidade) a marinha Imperial, em sua maioria esmagadora legalista, etc. Quando o Imperador passou pela guarda, eles apresentaram armas e gritaram o tradicional “Viva o Imperador”, para imenso constrangimento do Solon Ribeiro…pois é, na segunda-feira imediatamente seguinte ao golpe de Estado perpetrado no final de semana anterior, apesar da censura e fechamento em massa de jornais e prisão em massa de jornalistas, as notícias do Golpe de do Exílio as escondidas do Imperador circularam de boca em boca, e…as tropas usadas por Solon Ribeiro, um Grupo de Artilharia, se rebelou, revoltada por ter sido enganada e utilizada no Golpe de maneira traiçoeira pelo traidores no final de semana anterior… Dito o acima, voltemos ao ilustrativo caso dos M41.
A grande verdade é que quando um exército “se manda”, na maioria das vezes ele trabalha para não ter que lutar, e sangrar em guerras. Simples assim.
O Exército que lutou na Guerra das Cisplatina, contra o ditador Lopez no Paraguai, contra Rosas, na Argentina, contra caudilhos agressores uruguaios em diversas oportunidades, o fez, cumprindo ordens do Imperador e os brasileiros nacionalistas e capazes que o cercavam, os quais mandavam no Exército Imperial.
Sintomático que Getúlio Vargas, não por acaso um nacionalista, e não por acaso um homem de uma linhagem que servira ao Império, ao ver o Brasil aviltado pelo afundamento de navios de bandeira brasileira, declarou, de pronto, guerra a Alemanha nazista, pois para ele, a honra nacional não tinha preço, e deveria ser lavada com sangue. Chamou então o exército, que “se mandava” desde 1889, e este…estava completamente obsoleto…(na concepção de seus líderes, ele existia por sua vaidade, segurança empregatícia, e…manter-se sem condições de guerrear…a honra nacional e defesa nacional que se danasse, a ideia era ser eternamente um anão diplomático, e limitar-se a ser uma “PM melhorada”, a ser empregado contra civis armados ou principalmente desarmados, muitíssimo menos letais que exércitos estrangeiros equipados para lutar por seu país, como o fora em Canudos, na revolução constitucionalista de SP, etc.
Mas Getúlio foi implacável, e adquiriu armas modernas dos norte-americanos, e lá foi o exército, p da vida em grande parte (não os soldados, sargentos em geral e muitos oficiais, mas sobretudo entre os generais, que eram os responsáveis pela estava de imprestabilidade para a guerra), fazer uma escala da África para ser equipado, e então ir para a Itália defender a honra nacional. São tristes para um olhar preparado ver imagens da época, nossas tropas embarcando completamente desarmadas (sob vivas da população, que não ser expert em armas, não estranhou as tropas estarem a embarcar desarmadas, e não se perguntaram o que seria do Brasil se os alemães tivessem tido a capacidade de desembarcar em nossas praias…)
Mas o comando do exército não engoliu a “afronta” de Getúlio de o obrigar a lutar…terminada a Guerra, a primeira coisa que fez foi…derrubar o líder brasileiro que nos permitira um momento de glória, como não tínhamos desde o Império, ao ir lutar no continente europeu, ao ir salvar uma nação do primeiro mundo (Itália) do jugo de outra nação do primeiro mundo (Alemanha nazista). Nossos brancos, mulatos, caboclos e negros foram enfrentar e vencer os arianos de Hitler, e ajudar a salvar os italianos do jugo de um país estrangeiro. Momento sublime da brasilidade!
Nossas tropas foram recebidas em júbilo quando de seu retorno ao Brasil, nossos civis endeusavam-nas e ao seu líder, Getúlio. Nosso exército finalmente voltara a fazer o que não fazia desde que derrubara o Império e passara a “mandar em si mesmo”.
Mas o exército não comungava o júbilo do povo brasileiro. Muito pelo contrário, Getúlio o obrigara a lutar! Abominação! Para imensa surpresa do povo brasileiro, derrubaram de imediato Getúlio e puseram um general seu, Dutra, para “por ordem na casa”, ou seja, retornar o Brasil a posição de anão diplomático, parar a modernização do exército de imediato, para minimizar as chances de, mesmo havendo necessidade, os civis os mandarem lutar navamente. Mas, e se houvesse um ataque ao Brasil e este precisasse de defesa eficiente? A ideia deles seria a rendição. Lutar nem pensar. Por isso foi criado pelo exército, seja mandando no Brasil diretamente, seja indiretamente, o “Brasil da paz”, após o 1889…
Mas o povo, boquiaberto com a derrubada do líder que proporcionara o grande momento nos campos da Itália, tendo a chance de reconduzir tal líder, o fez já em 1950!
Mas Getúlio não se “emendava”…
Com ao Almirante Álvaro Alberto e o Capitão de Fragata Renato Archer, tentou, e não conseguiu por um triz (uma traição do último momento levou os norte-americanos a interceptar e apreender as centrífugas, as quais Getúlio e a Marinha construíram por 2 anos, as peças em lugares dispares, secretamente, na própria Alemanha ocupada, sob a estória cobertura de peças de trator, bem debaixo nos narizes dos norte-americanos e ingleses. A ideia era embarca-las em vários portos europeus, e juntá-las e montá-las apenas no Brasil. A marinha conseguiu salvar os desenhos, e quando a siderurgia brasileiro se mostrou capaz, retomou o projeto, que é projeto nuclear brasileiro dos dias atuais). Com a bomba atômica brasileira, em um tempo que só EUA e URSS detinham tal tecnologia, Getúlio e a marinha nos poriam à frente da Reino Unido, França, Índia, Israel e China, que só a teriam anos depois.
E mais:
Getúlio considerou a possibilidade de enviar tropas para lutar na Coréia, em uma imensa aliança expedicionário construída por inúmeros países para lutar à época contra o regime do atual neto do ditador de então, e da China comunista…
Foi demais para a parte que mandava no Exército, herdeira dos 25% que haviam traído o Império: Dotar o Brasil de bomba atômico tornaria o Brasil um player global, com as obrigações militares naturalmente advindas de tal condição (ou seja, lutar guerras, horror do exército que manda em si mesmo) e ainda cogitava nova luta (Coréia).
Foi a gota d’água:
Pela segunda vez, o exército derrubou sumariamente Getúlio, e…
Congelou as capacidades militares do exército (como visto acima, estávamos nos aproximando dos séculos XXI com um CC de 50 anos antes…e apenas míseros 300 e poucos…um força sequer simbólica, e apenas risível e ridícula) e garantiu, seja pessoalmente influenciando governos “civis”, seja mandando diretamente no Brasil (21 anos do Regime de 1964), que o Brasil permaneceria rigorosamente incapaz de atacar (anão diplomático) e consequentemente de se defender (mas isso garante-se com a já referida política do anão diplomático…o diabo dessa política, é que a história nos mostra que os “países que investem em manteiga ao invés de armas, não raro aprendem, na derrota e ocupação, o erro de tal política, de todo covarde e imprópria”)…
O PIB da Rússia é praticamente igual do PIB brasileiro, não obstante, as capacidades militares russas são incomparáveis em relação das da república brasileira. Interessante destacar que no século XIX, a partir da década de 70 daquele século, após a perda de grande parte da frota czarista na Guerra da Criméia, a marinha Imperial brasileira ultrapassou a marinha Imperial russa, bem como a norte-americana na mesma época, quando da incorporação dos novos encouraçados Aquidabã e Riachuelo…não é questão de PIB, essencialmente…é questão de vontade política, ou melhor, dos exércitos não “mandarem em si mesmos”, pois quando isso acontece…
Vejamos nos EUA: A independência foi feita de modo muito parecido como brasileiro, ou seja, um líder civil (o fazendeiro George Washington lá, D Pedro I, aqui) liderou os civis armados (as milícias de cidadãos, lá e cá), mas claro que para enfrentar as tropas regulares, respectivamente, inglesas e portugueses, teve-se, lá e cá, de contar-se com algum componente profissional, e então, os norte-americanos se valeram da força expedicionária enviada pelo rei de França, sob comando do marquês de Lafayette, e os Império, dos mercenários da Pierre Labatut, que fora general do Imperador Napoeleão, e outros. Obtida a independência, lá e cá, os únicos militares profissionais utilizados no processo, os mercenários, voltaram aos seus respectivos países de origem, e coube a liderança civil, os presidentes, nos EUA, e o Imperador, no Brasil, criar, do zero, seus exércitos nacionais. Como um pai em relação ao filho, o criador em relação a criatura, a república norte-americana e o Império do Brasil, mandavam em seus respectivos exércitos, e os empenharam, com força, em guerras do interesse na nação, bem como os mantiveram em condições de lutar, no mínimo, uma guerra defensiva. A diferença, é que os civis norte-americanos, herdeiros diretos dos pais fundadores, sob a mesmíssima constituição da independência, de 200 anos atrás, seguem mandando em seu exército, já no Brasil…houve uma ruptura…a constituição da independência foi rasgada, a velha elite capaz, comprometida e nacionalista que orbitava em torno do trono alijada do poder, e substituída por uma “elite” títere e controlada pelo exército, em geral vira-latas e deslumbrada com tudo que é estrangeiro, ruim ou bom, e o exército, sempre obsessivo em manter-se sem condições de combater, etc., e quanto ocorre um “curto-circuito” em tal arranjo, o exército de imediato derruba o presidente que ousou alterar tal status quo, como foram os dois exemplos citados com Getúlio Vargas.
Hoje, se vê o exército russo sangrando com bravura e implacabilidade na Ucrânia…
Mas não nos enganemos: Ele só o está a fazer porque “não manda em si mesmo”.
Os bolcheviques derrubaram o Czar sobretudo por ação política, parlamentar.
Quando o exército, recuperado, se reorganizou, e formou o Exército branco, pelo seu Czar, foi confrontado pela Guarda Vermelha, na verdade, operários e camponeses armados, e liderados por outro civil, Trotski. Contra todas as probabilidades, estes venceram o antigo Exército do Czar. Cabe ressaltar dois fatores que pesaram na balança decisivamente para o lado dos bolcheviques: Em dado momento, o exército branco estava a fazer uma ofensiva em direção a Ecaterinburgo, com vistas a resgatar o Czar. Quando os bolcheviques, implacáveis e em um golpe de audácia, mandaram executar o Czar, privou o Exército branco de grande parte de sua motivação. O outro fator é que inúmeros oficiais e sargentos do antigo exército do Czar simplesmente haviam tombado na 1º Guerra. Sem fazer juízo do valor da vitória bolchevique, o fato é estes substituíram o Czar, e não dividiram poder ou muito menos se subordinaram ao exército, continuando a nele mandar, até com maior inflexibilidade do que o Czar, pois passaram a anexar um comissário político a todos os comandos, cerceando, controlando, etc, com pulso de ferro, o exército russo. O exército russo que sangrou até o cerne, que perdeu milhões de homens, mortos ou prisioneiros, nos estágios iniciais da Operação Barbarossa, e que não obstante foi impedido de render-se, e levado a lutar até a vitória, que sangrara até a vitória na duríssima guerra russo-finlandesa, que lutou e sangrou por 10 anos do Afeganistão, e só pôde retirar-se quando os bolcheviques assim decidiram que poderia e seria conveniente fazê-lo, que lutou por 10 anos na Chechênia (um ano de guerra convencional e 9 anos até eliminar a insurgência, ou seja, em operações de limpeza) e que foi mandado agora lutar na Ucrânia até a vitória, contra o mundo e no interesse apenas da Rússia, só o está fazendo porque a liderança civil manda nele…
E por ter seu exército como um instrumento da política da Rússia, os dotam de misseis hipersônico, que nenhuma outra nação do mundo tem, ou estoques de munição de artilharia que lhes permite “terraplanar” cidades inteiras do inimigo…No império, o Brasil por diversas vezes, por anos, ”terraplanou” território inimigo com sua artilharia, seja a do Exército, seja a naval (A marinha praticamente “terraplanou” Assunção, após romper as correntes que o ditador López pusera no Rio Paraná. A marinha Imperial bombardeou, por meses, Assunção, destruindo as fábrica de pólvora, de munição, etc., levando assim o exército imperial a lutar, por exemplo, a série de 4 batalhas conhecida como Dezembrada, contra um exército paraguaio cada vez mais sem munição, sem armas de fogo funcionais, reduzido a baionetas caladas, lanças, espadas, porretes……quando Caxias tomou triunfante Assunção, a cidade já estava “terraplanada” por meses de bombardeio naval…isso, no tempo que os civis do Império mandavam no Exército, com o exército “mandado em si mesmo”, a munição de artilharia é mantida não por acaso suficiente apenas para algumas horas de combate…pois é, a ideia é que se os civis “saírem do controle” e decidirem ser mais assertivos no cenário regional ou internacional, possa-se dissuadi-los por absoluta incapacidade de combate por parte do exército nacional…melhor dos mundos, mundo ideal, para um exército “que manda em si mesmo”.
Acrescente-se ao exemplo de FHC (antecipo, para devidos fins, que FHC também é descendente de uma família que serviu ao Império, e que a participação dos seus antepassados, no caso, de um antepassado, no golpe de Estado de 1889, se restringiu ao tenente João Ignácio, o que é desculpável a pleno, pois a maioria dos tenentes de então, do EB, tinham sido cooptados por Benjamim Constant, o flautista de Hamelin dos traidores. Todos os membros seniores da Família Cardoso, generais e coronéis, na ativa ou reserva, eram legalistas) pela primeira vez os CC obsoletos do EB por CC atualizados minimamente operacionais ao recente episódio do também também teve a nobre companhia, além de Getúlio, de mais dois oriundos de famílias de linhagem que remontam as bons tempos da elite dos tempos do Império: Ministro da Defesa Jobim e João Goulart.
Foi o ministro Jobim que tomando ciência do projeto nuclear da marinha, com vistas a dotar o Brasil de um submarino nuclear, e por extensão, de tecnologia de enriquecimento de urânio autônoma, convenceu a então liderança civil do Brasil e bancar o projeto como caso de segurança nacional, e viabilizou o projeto, dotando-o de verbas descentes. Não por acaso, mesmo durante os 21 anos nos quais o Exército mandou direta e plenamente no Brasil, sempre negou verba especial ao projeto da Força naval, a qual teve que perseverar, com orçamento próprio, obviamente insuficiente. Mas porque essa diferença de comprometimento de capacidade de luta crível entre a força naval e a terrestre? Novamente voltamos ao Golpe de Estado de 1889: A força naval não participou do golpe, inclusive, só não lutou contra ele como um todo porque a mobilização da mesma foi interrompida pela emboscado do Almirante barão do Ladário, seu comandante, que foi crivado de tiros covardemente, e só não morreu miraculosamente. Mas ficou fora de combate em momento decisivo. Por duas vezes a Armada rebelou-se contra a ditadura de Deodoro e Floriano. Foram muitos expurgos até que a mesma fosse subjugada, mas embora vencida, nunca perdeu seu espírito majoritário de ser uma força crível de combate. Por isso ela sempre perseverou no controle do enriquecimento de urânio, para viabilizar o submarino nuclear e a bomba nuclear brasileiros, armas decisivas na guerra moderna.
Tal espírito diretamente ligado ao bons tempos do Império, também pode ser visto por ocasião da chamada Guerra da Lagosta, quando João Goulart, o descendente de uma família de estancieiros quatrocentões com largo histórico de serviços prestados ao Império, não se intimidou com a tentativa de nos humilhar por parte da França, que enviou um força tarefa para impor sua predação de nossa zona de pesca exclusiva. João Goulart enviou a Marinha, que apesar de não estar tão bem equipada quanto nos tempos do Império, cumpriu a tarefa, na base do “é melhor morrer com honra, do que viver como covarde e desonrado” e lá foi ela confrontar a Força Tarefa francesa. Os franceses, que não esperavam tal reação, não tiveram coragem de enfrentar nossa marinha, e se retiraram humilhados. Sem entrar em juízo de valor sobre outros aspectos do governo João Goulart, fato é que nesse momento, ele foi grande e a Marinha do Brasil correspondeu a sua missão.
Mas não por acaso, rapidamente o Exército derrubou João Goulart, e cuidou para que nunca mais acontecesse uma hipótese de guerra como a que ocorrera…
Mas há esperança fora dos episódios como os acima narrados:
Com ameaças, expurgos, prisões e execuções em massa, os 25% do exército Imperial composto por traidores, se impôs aos 75% de legalistas.
Mas o cerne das tradições de Caxias permanece no Exército.
É mais difícil que na Marinha, mas não é impossível.
Como demonstraram Getúlio, João Goulart, FHC e Jobim, há receptividade, com imposição dos civis (quando há civis comprometidos e quando, ou enquanto, eles podem agir), há parcelas no Exército com receptividade ir lutar, preparar-se para lutar, etc. As tradições de Caxias, verdadeiras, ainda existem no Exército.
Pode parecer idiota o que eu vou perguntar, mas porque o EB assim como outros países na época, não optou pelo M-47 ou M-48?
Olà Charlie. (bravo, alfa…). Os M41 pesava metade de um M47/M48 e era equipado com um canhão de 90 mm (enquanto o M41 tinha um canhão de 76 mm). De fato, teria sido uma arma formidável para o EB nas décadas de 60/70. Contudo, e preciso lembrar que o M41 foi fornecido ao EB no âmbito do acordo de assistência militar Brasil-EUA, que previa a transferência de material excedente dos EUA. Ele foram transferidos para o EB ao longo da década de 60 para substituir os M3 e M4 (obsoletos). Apenas para contextualizar, no mesmo período que os EUA forneciam o M41 ao EB eles vetaram o F5 para a FAB. Os M60 só foram fornecidos quando o EB escolheu o Leopard.
Quando das versões do M41C, o Brasil já dispunha de um canhão 90 MM, esteiras da empresa NovaTracao, Motor Diesel…etc….uma época em que blindados mais simples poderiam e estariam 100% nacionalizados pela Tríade Engesa, Bernardino, Novatracao e DF Vasconcelos…
Olá Carvalho. Você tem razão sobre o M41C. Lembrando também que as versões mais novas do Cascavel tambeḿ possuiam o canhão de 90 mm. O que eu comentei com o Charlie (bravo alfa) foi que a escolha do M41 para o Brasil foi feita pelos EUA no âmbito do acordo de assistência militar (sic) entre os dois países.
Obrigado pelo esclarecimento 🙂
Eu lembro desses carros ainda na versão original com seu tudo longo de 76 mm passando proximo a minha casa em rosario do sul nos anos 1976, 77…o rugido dos motores continental a gasolina azul era fantastico
quando entrei para o exercito, a bernardini ja havia feito a transição de gasolina para diesel, o que acabou comprometendo a originalidade dos carros que a partir dali, não paravam de quebrar eixo piloto e rebentar mangueiras de oleo. uma pena pois sempre pelo menos metade dos carros estavam indisponiveis…