Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica faz capacitação para o Sisfron
Campo Grande (MS) – Entre os dias 13 e 15 de junho, o 9º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica (9º B Com GE) conduziu uma capacitação em Comunicações Táticas e Satelital para militares da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada e 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, habilitando-os a operarem os equipamentos de Comando e Controle do Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
O 9º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica também realizou uma demonstração dos sistemas de Comunicações e Guerra Eletrônica para o Comandante Militar do Oeste, General de Exército Anísio David de Oliveira Júnior, possibilitando verificar as capacidades do Batalhão em apoio ao preparo e emprego operativo na região da fronteira Oeste.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Muito interessante
Não que não deva existir, isso é importante sim, e algum resultado vai aparecer. O que resta saber é se vale a pena o investimento (custo disso tudo X valor/volume das apreensões que serão feitas).
Sou muito cético quando ouço dizerem “vamos controlar nossas fronteiras”. Na verdade eu dou muita risada.
Se EUA, com todo o poderio financeiro e de repressão que tem (só a Patrulha de Fronteira deles tem quase o dobro de agentes que nossa PF inteira), não conseguem controlar 3 mil km de fronteira com o México e em áreas de deserto e semi-deserto, o que leva nossos pensadores a crer que aqui irão conseguir controlar 16 mil km de fronteira, a maior parte em áreas de selva, onde não se enxerga 50 metros a frente do nariz ??
O SISFRON tem uma utilidade dual.
Na paz, ajuda no controle de fronteira. Em Op de guerra, proporciona excelentes recursos de Comando, Comunicações e Controle, além de Inteligência Operativa.
Caro Tutor
Ruim com ele, pior sem ele.
Mas eu vejo um benefício colateral. Em caso de guerra. É muito fácil alguns traficantes passarem com mochila nas costas, mas difícil uma tropa não ser localizada, principalmente se contar com viaturas de qualquer natureza.
Além do que, a cobertura aérea será muito eficaz.
Abraço
Tens razão, João.
Saudações.
Já imaginei a possibilidade de fechar as fronteiras com câmeras a cada 50/100 metros, sensores de movimento, e calculei quantas pessoas seriam necessárias para operar em turnos de 12×36, isto é, 2 turnos de dia e 2 turnos de noite. O efetivo atual comportaria. Já trabalhei como operador de monitoramento CFTV tanto em empresas quanto shoppings e grandes eventos, câmeras em pontos fixos, móveis e drones. É algo a se pensar.
Assistia o programa O Fugitivo com o ex-SEAL Joel Lambert no Discovery Channel (Lone Target ou O Fugitivo) e Amazon Prime (Manhunt) e mostrava ele tentando fugir de equipes de equipes militares ou policiais diferentes a cada episódio. Tem desde o Exército Americano no Arizona, equipes de fronteira do Panamá na selva, Polônia, policiais sul-coreanos em área urbana, equipes anti-caça na África do Sul, equipes Maori, equipe de rastreamento com cães da Carolina do Sul, rastreadores de selva na Flórida, Escócia, Mongólia, México, Filipinos etc. Tem alguns episódios no YouTube e dá para assistir os originais no Amazon Prime.
O interessante são as técnicas mostradas tanto pelo fugitivo quanto pelas equipes de caça. O Joel foi um SEAL, se movimenta com uma câmera e um auxiliar câmera, já as equipes utilizam desde técnicas primitivas de caça e rastreamento como os maoris até as mais consagradas técnicas policiais e militares, cães e tecnologias como drones com infravermelho, helicópteros, satélites, câmeras e redes de informantes entre outras.
Acho totalmente possível policiar toda nossa fronteira, seja de selva ou urbana, utilizando múltiplos meios e tecnologias, mantendo os custos baixos e implementando de forma rápida. Mas se de um lado não sou especialista, por outro lado não acredito que as coisas sejam tão caras e demoradas quanto o Exército Brasileiro alega.
Com todo respeito a sua perspectiva, mas, acredito ser inviável. O custo de manter isso tudo funcionando e devidamente vigiado seria impagável para nós. Câmeras em áreas remotas seriam destruídas em horas depois de instaladas.
Repito: nem os EUA fizeram isso, e não tem efetividade em fiscalizar sua fronteira, que é bem mais fácil que as nossas (do ponto de vista geográfico).
Quer outro exemplo, um pior ainda?
O território de Gaza. São cerca de 250 km²; isso equivale apenas ao tamanho da Zona Sul da Cidade de São Paulo. É um perimetro razoavelmente curto para se controlar, e mesmo assim Israel, com todo o aparato que tem, não consegue impedir que armas e insumos para bombas e foguetes cheguem ao território. Nunca teremos controle efetivo em nossas fronteiras; é melhor aceitar e conviver com isso.
Seria inocência pensar que é para pegar mulas individuais. É para prevenir grupos maiores de se instalar na mata. Ou vc esquece que estamos na América Latina e tá cheio de narcotraficantes e guerrilhas comunistas? E o que eles gostam de fazer? Se esconder na selva, montar um acampamentozinho, um aeródromozinho, uma basesinha, etc.
Um esquadrão de Gripen com casulos de reconhecimento seria capaz de manter um monitoramento relativamente constante das fronteiras, pelo menos no norte.
Eu não quero julgar ninguém, mas me parece que esse projeto serve para justificar mais verbas ao EB.
Pra que Gripen? Para vigilância, UAV’s são plenamente suficientes. E por uma fração do custo de operação e manutenção de um Gripen.
Gripen é muito mais rápido e tem mais alcance; pode ser acionado numa emergência, além de cumprir outras missões além da vigilância.
Um esquadrão de Gripen não faria apenas vigilância, como um UAV, mas também serviria para missões de defesa aérea. Seria um canivete suíço naquela região.
Uma coisa não exclui a outra. Um esquadrão de Gripen naquela região seria bem vindo, para fazer missões de defesa aérea, ataque e reconhecimento. Mas, missões de vigilância normalmente são demoradas e cansativas e podem ser feitas com UAV/ARP. O Hermes 450 tem um alcance de 300 km e uma autonomia de até 20 horas. O Hermes 900 tem uma autonomia de 36 horas. O IAI Heron tem autonomia de 50 horas. Todos são ARP’s operadas pela FAB. Tudo isso por um custo muito menor que um Gripen.
Nossos especialistas estão bombando hoje. Um quer colocar câmeras e sensores de movimento a cada 100 metros ao longo de uma fronteira de mais de 15 mil km. O outro quer usar gripen como avião de patrulha.
Concordo. Se já tem pouca eficácia esse tipo de monitoramento na região sul e centro-oeste, imagine na região amazônica.
Os EUA, com todo seu enorme orçamento, não consegue impedir a entrada de drogas na fronteira com um único país, quem dirá nós, com um orçamento diminuto para o sisfron e fronteira com 10 países…
Vixe, esse ainda está no tempo da guerrilha comunista….
O lado bom é que serve como “motivo” pra conseguir algum orçamento na vista dos nossos políticos…