Este americano é responsável pela morte de diversos soldados russos na Ucrânia

Ele treinou militares ucranianos no emprego do míssil Javelin e dá suporte via Whasapp quando necessário

O sargento Chris Freymann, militar da Guarda Nacional dos EUA no estado de Washington, tem sido um suporte técnico remoto para soldados ucranianos que operam mísseis antitanque Javelin nos últimos três meses.

Freymann era o líder de uma equipe especializada em treinar soldados ucranianos para usar mísseis Javelin antes do início das hostilidades. A Grã-Bretanha treinou cerca de 200 soldados ucranianos durante sua presença no país.

A equipe americana de especialistas deixou a Ucrânia quando a Rússia lançou uma operação militar especial no final de fevereiro, mas Freymann manteve contato com os cadetes, que agora são soldados ucranianos na linha de frente, para ajudá-los a lidar com os problemas técnicos ou detalhes encontrados em combate.

Freymann disse que a maior limitação do Javelin nos combates na Ucrânia é que a bateria elétrica usada para alimentar o míssil e a unidade de controle de lançamento (CLU) frequentemente descarrega.

O sistema CLU não é apenas responsável por adquirir o alvo e dar o comando de lançamento, mas também é usado para monitorar remotamente as atividades do tanque inimigo. Esse processo leva muito tempo e consome rapidamente a capacidade da bateria associada.

“As baterias elétricas acabaram rapidamente, forçando os soldados ucranianos a conectar o CLU a uma bateria de motocicleta ou de carro para continuar lutando”, disse Freymann.

Um problema semelhante foi exposto no mês passado por Dakota, um ex-fuzileiro naval dos EUA que se ofereceu para lutar na Ucrânia. “Estávamos equipados com armas antitanque e mísseis Javelin, mas não havia baterias para o cluster de controle. Sem energia, as armas não funcionariam”, disse Dakota.

Sobre Outras questões com o Javelin, os soldados ucranianos costumam se comunicar com Freymann por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, e os dois lados geralmente precisam usar um aplicativo de tradução automática para se entender quando não há intérprete.

“Um de nossos intérpretes tinha um homem que estava em guerra. Ele foi um dos poucos sobreviventes. Muitos cadetes treinados pela Guarda Nacional dos EUA morreram em combate”, dizem os sargentos americanos.

Freymann transmite informações operacionais do míssil Javelin a essa intérprete, enquanto o marido dela envia imagens de tanques russos destruídos ao sargento-mor dos EUA. Freymann disse que pelo menos quatro tanques foram atingidos por mísseis Javelin graças a seus telefonemas.

O capitão John Bartkowski, comandante do curso de treinamento de mísseis Javelin para soldados ucranianos, disse que o processo geralmente leva de duas a três semanas devido à necessidade de traduzir materiais didáticos para o ucraniano.

“A barreira do idioma apresenta muitos desafios. Nunca imaginamos que apenas seis meses depois eles entrariam em guerra contra uma grande potência. Ninguém teria pensado que isso aconteceria tão rapidamente”, disse Bartkowski.

Javelin é um míssil antitanque portátil autoguiado que os EUA estão fornecendo à Ucrânia em grande número. Em serviço com as forças armadas dos EUA desde 1996, este modelo de míssil é equipado com duas ogivas perfurantes de blindagem (HEAT) para penetrar nos tetos, laterais e traseira dos tanques. Este é considerado um dos “matadores de tanques” mais perigosos do mundo, capaz de derrotar muitos tanques modernos feitos pela Rússia e outras grandes potências.

FONTE: NewsBeezer