Dois gráficos para pensar sobre poder econômico e poder militar
O livro The Strategy of Denial American Defense in an Age of Great Power Conflict de Elbridge A. Colby traz muita informação e gráficos interessantes para explicar a estratégia dos EUA para manter sua hegemonia diante do crescimento econômico e militar da China.
Selecionamos os dois gráficos abaixo que mostram a distribuição do poder econômico e dos gastos militares dos principais países para comparação.
Distribuição global do poder econômico. Os círculos proporcionais representam o PIB nacional em trilhões de dólares, nas taxas de PPC de 2018. Economias acima de US$ 1 trilhão são rotuladas com o valor total do PIB. As linhas descrevem as rotas de voo direto das principais rotas aéreas globais de longa distância.
Gastos globais com defesa. Os círculos proporcionais representam os gastos com defesa em 2019, de acordo com o banco de dados do SIPRI. Valores listados em bilhões para países com gastos de defesa acima de US$ 20 bilhões.
O desafio mais próximo para os EUA, a China mas ainda não atingiu metade dos gastos nessa imagem.
Trump apesar dos pesares, foi o primeiro a ver o real desafio ao invés de ficar usando espantalho carcomido da guerra fria.
O problema é que o primeiro gráfico já mostra o PIB chinês maior que o dos EUA.
E isso em 2018.
Agora a diferença é maior.
Desse modo, os EUA têm gasto maior com um PIB menor que o da China.
Houston! We have a problem.
Qualidade x quantidade e dependência econômica
sim. pode significar um desequilibrio entre gastos e arrecadacao, movimento tipoco de naçoes em crise. China, por outro lado, com medidas bem estranhas como desacelerar crescimento deve ter estabelecido proporcoes de gastos vinculadas ao crescimento economico, como sovieticos faziam no inicio de seu regime.
Se analisar o gasto militar em PPC a Rússia gasta mais de 200 bilhões!
Fora que o gasto russo não conta folha de pagamento e pensão como o do Brasil!
Não faz sentido, não é tão simples assim . Com o PPC o Brasil gastaria praticamente 50 bilhões . A Índia estaria na casa dos 200 bilhões. A RPC praticamente 400 bilhões ( a única que realmente poderia ser crível ) . A Turquia 60 bilhões, apenas
com o que é de conhecimento público, sabe-se que países como Turquia e Egito, por exemplo, possuem recursos extras e pouco transparentes .
Sabemos que não é tão linear. Para um país que precisa importar boa parte desses equipamentos, ou maquinários e componentes para manter a própria produção o PPC tem pouca ou nenhuma importância, nesse quesito economias avançadas, com moedas fortes, possuem até uma vantagem, já que o poder de compra não é tão afetado. Pode ter mais relevância no pagamento e contratação da mão de obra interna, aí sim esse PPC tem uma vantagem e é por isso que os países avançados
possuem essa tendência a importar mão de obra e maior automação.
Na Rússia e China o PPC chega muito mais próximo da realidade porque estes 2 países compram quase a totalidade de seus equipamentos militares em moeda local. A Rússia não compra caças europeus Rafale, Eurofighter, nem blindados ou fragatas americanas.
Um Su-57 custa menos de U$ 40 mi para a Rússia. Esse é o ponto.
O que nao faz sentido é utilizar o orçamento em dólar americano convertido, como se explica o poder militar russo várias vezes maior que qualquer país europeu, gastando quase a mesma coisa que a Alemanha, Reino Unido e França?
A explicação para a disparidade de poder militar esta justamente na paridade do poder de compra.
Luiz Henrique.
Exatamente.
Luis, já foi debatida aqui, pouco tempo atrás, essa questão. Dóis colegas( o “Rayan” e o “Zé”) fizeram ótimos comentários . Lembra da “maior fábrica de blindados do mundo”, a Uralvagonzavod, quase paralisada e fortemente atingida pelas sanções?
A Federação Russa herdou escritórios com excelente capacidade de projetar. A capacidade de produção é outra história. A cadeia produtiva russa importava maquinários, peças e componentes ocidentais essenciais para manter vivos esses projetos.
Me diz um projeto, moderno/novo que tenha grandes números de produção, comparaveis aos EUA ou a RPC …O SU-57, qual a cadência e os números do pedido ?
A maioria são modernizaçoes e
repaginadas de projetos/ materiais já existentes.
A Rússia, antes do conflito, gastava 4,1% do próprio PIB e mesmo assim não tinha essa produção impressionante. A maioria dos países europeus não gastam nem o 2%. A Alemanha o 1,3%.
Como disse antecedentemente, não é tão linear e direta a proporção, existem muitas variáveis, inclusive você apontou uma dessas da nossa realidade ou seja gastar metade desses recursos com inativos.
Abs
Caro Thiago, a Rússia não mantém o ritmo de produção americano porque a diferença de dinheiro é grande, mesmo considerando a paridade do poder de compra.
O orçamento militar russo aumenta de cerca de U$ 60 bi para U$ 180 bi com PPC, não chega perto dos mais de U$ 700 bi do Pentágono.
Agora compare com Reino Unido e verá que não faz sentido. É quase o mesmo dinheiro mas a Rússia sustenta uma força militar com mais de 1 Milhão de homens vs menos de 200 mil no Reino Unido e muito mais equipamentos. E não são apenas equipamentos velhos, herdados da URSS, mesmo os equipamentos novos são adquiridos em muito maiores quantidades.
“A Rússia não compra caças europeus Rafale, Eurofighter, nem blindados ou fragatas americanas.”
Estava começando a fazê-lo, justamente por essas dificuldades e defasagem na cadeia produtiva. O processo sofreu uma interrupção pelas sanções após a anexação da Criméia. Lembre-se dos Lince e dos Mistral que foram para o Egito.
Mesmo com esses exemplos a Rússia manteria 99% dos seus equipamentos comprados em Rublos.
“Um Su-57 custa menos de U$ 40 mi para a Rússia. Esse é o ponto.”
Os americanos alegavam que o F-35 custasse 80 milhões de dólares, depois soubemos que era valor da célula sem o motor.
Com preços e produção tão competitivas os russos seriam a nova RPC . Não me parece a realidade.
É só pesquisar. Na verdade não tem nada de nova RPC, a Rússia possui equipamentos militares mais baratos que os chineses. A discrepância no câmbio é maior para o Rublo russo do que para a moeda chinesa. E a mão-de-obra chinesa já ganha mais que a russa.
Porque muito do poder russo é herança da Guerra Fria. Porque, por exemplo, os russos não tem uma logística como a ocidental (vide pneus de 60 anos e rações da URSS).
A maioria dos equipamentos americanos também é da Guerra Fria. Do EB então…
Caro Agnelo, existe sim uma boa parte da frota composta por equipamentos antigos, mas mesmo considerando os equipamentos novos, a Rússia comprou muito mais que qualquer país europeu que possui orçamento parecido com o dela. E ainda mantém uma força muito maior com mais de 1 milhão de homens e mantém uma frota de equipamentos muito maior que também consome dinheiro para operações e manutenções, e tudo isso com um orçamento similar? É óbvio que isso é conseguido devido à diferença do poder de compra da moeda.
“Fora que o gasto russo não conta folha de pagamento e pensão como o do Brasil!”
Sobre essa sua afirmação não tenho conhecimento, seria legal você indicar algumas fontes.
Caro Thiago, nesse ponto o Munhoz está certo. Nosso orçamento não diferencia verbas de custeio de investimentos em materiais e tecnologia e esse é o grande gargalo nosso.
A partir do momento que houver uma reforma e isso for separado, teremos uma estratégia ou visão melhorada dos investimentos militares.
Não é porque se gasta muito em pessoal até porque um país continental como o Brasil tem em torno de 300 mil efetivos, comparado com Reino Unido +/- 260 mil ou com a Coreia do Sul que tem mais de 500 mil, como exemplos, não é um efetivo grande que consiga por exemplo cobrir todo o território nosso e aposentados e pensionistas são proporcionais em todos os lugares.
Os militares ficaram duas décadas no poder e não fizeram muita coisa por eles mesmos nesse quesito, se compararmos com o Chile que tem uma legislação própria de investimento nas forças. Até o 13º dos militares foi o Sarney (acredite) quem implementou.
Mesma coisa com a China, se levar em conta o PPC e outras questões como gastos com pessoal, o gasto da PLA é quase igual ao das forças americanas.
O segundo gráfico aponta que O brasil gasta praticamente o mesmo que a Austrália em defesa. Quem é mais efetivo nesse quesito usando o mesmo orçamento?
A questão é saber se os outros contabilizam folha de pagamento como gasto militar, tirando isso nem sei se iríamos aparecer nesse gráfico.
Folha de pagamento de ativos sim, todos eu creio. Mas folha de pagamento de Inativos (aposentados e pensionistas) não. Eu creio que a grande maioria não contabiliza o grosso dos aposentados.
Até consta alguns gastos como pensões militares, mas é mais devido a militares que tiveram sequelas em conflitos, perderam as pernas, etc. E em alguns casos como complemento. Mas na maioria dos países os militares contribuem para uma previdência fora do orçamento como o nosso INSS ou Social Security. E isso realmente deturpa completamente a nossa realidade porque dos U$ 27 bi, simplesmente a METADE do nosso orçamento é para pagamento de aposentadorias e pensões.
Ou seja, caso isso fosse deixado de fora, nós figuraríamos com U$ 13,5 bi e estaríamos fora do gráfico acima.
Nos EUA, as unidades militares estão grupadas, como no temo dos “fortes”.Uma Grande Unidade, como uma Divisão, fica toda em uma mesma cidade e dentro de um grande aquartelamento.Os militares vivem neste grupamento, juntamente com suas famílias e dependentes. Aqueles que resolverem morar fora, recebem um auxílio moradia para pagarem o aluguel de um imóvel. Estive um em “forte” nos EUA, fazendo
um curso. Também conheço a Guyana Defense Force, onde os militares
servem como Alistados, sob um contrato de 18 anos. Os oficiais são de carreira, formados em países como Brasil, Inglaterra, Coréia do Norte, Tailândia e Rússia e vão até o cargo de Brigadeiro, o mais alto da GDF. Cada País tem uma maneira diferente de tratar os seus militares. No Brasil, pelo que estão escrevendo aqui, os nossos militares não deveriam casar , ter filhos ou dependentes. Eu estou na reserva, ainda mesmo j´pa reformado, ainda desconto para aposentadoria e minha esposa também vai pagar até morrer.
Se no nosso orçamento militar tem o custo dos inativos tb tem a receita das contribuições feitas pelos militares da ativa, que são descontadas mensalmente de seus soldos para esse fim.
Se a conta não fecha é responsabilidade dos administradores militares.
Os EUA certamente contabilizam.
Inclusive despesas médicas e de assistência com milhares e milhares de veteranos e manutenção de bases militares .
Já li que a China é o País que mais gasta investindo em novos equipamentos.
Não. Os EUA vão gastar U$ 301 Bilhões no department of Veterans Affairs em 2023.
Isso está fora dos mais de 700 bi do orçamento militar e esse departamento cobre pagamentos de pensões, gastos com saúde dos militares, entre outros.
Sem falar do social security que também pode pagar aposentadorias…fora o que eles gastam no departamento de energia atomica que cobre despesas com armas nucleares e também esta fora do orçamento militar. Se somar tudo passa fácil de U$ 1 tri.
EUA gasta bem mais de 1 trilhão em defesa, os 700 bi é só com o efetivo de combate. A dezenas de anos que tem disparado o maior orçamento militar. Para a China alcançar teria que investir muito mais e que eles e torcer para os americanos não aumentarem, aí sim em poucas décadas poderia igualar.
Reveja seus conceitos.
Os gastos são unificados.
E os gastos com pessoal e manutenção estão em um orçamento só.
‘A aquisição de armamento de fabricação nacional é a principal explicação para o aumento do orçamento de Defesa dos EUA. Com um Exército de quase 1,4 milhão de homens e mulheres, uma ligeira alta salarial também repercutiu no custo anual. A maior potência mundial mantém mais de 800 bases militares no exterior, distribuídas por mais de 40 países aliados.’
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/28/internacional/1556487884_515159.html
E nos EUA ainda há os gastos estaduais com as Guardas Nacionais e Guardas Aéreas Nacionais que fazem parte indissociável do poder militar terrestre e aéreo.
Se passarmos metade do efetivo para o inimigo seria suficiente para quebra-lo?
A Austrália já está gastando cerca de U$ 36 bi e o Brasil cerca de U$ 18 bi. Quando o Real estava mais valorizado em relação ao dólar chegamos em U$ 27, mas lembrando que Metade desse valor vai para aposentados e pensionistas, portanto não da para comparar o dinheiro que sobra para aquisições.
Do ponto de vista de aquisições de equipamentos militares a Austrália está bem melhor que o Brasil em todos os ramos das forças armadas.
No entanto existe um componente importante que estamos muito à frente, número de soldados e reserva.
A Austrália possui cerca de 60 mil militares e quase não tem reserva. O Brasil possui cerca de 370 mil militares e provavelmente mais de 1,5 Milhões de reservistas.
Por ser uma ilha, a Austrália sustenta sua defesa em sua marinha e força aérea, mas seu exército não seria capaz de vencer o exército brasileiro contando com um número muito maior de soldados e podendo mobilizar uma reserva gigantesca.
N seria capaz? Compara o equipamento e treinamento.
Artilharia superior, blindados, aviões e navios.
Mas um exército com 30 mil homens dificilmente vai vencer um com 220 mil e mais 1,5 milhões de reservistas.
Essa questão dos aposentados/inativos merece uma análise mais aprofundada do que simplesmente verificar se estão ou não incluídos no orçamento da defesa, creio eu.
Normalmente aposentadorias são bancadas com fundos cujos contribuintes são trabalhadores e empregadores. Mesmo que a aposentadoria dos militares inativos de algum país não saia diretamente do orçamento das forças armadas, certamente houve contribuição “patronal” no período de atividade (e que certamente estava no orçamento da defesa).
O que eu acredito que não exista em outro lugar sejam as pensões integrais para viúvas e muito menos para filhas solteiras.
Concordo em partes, o problema é que quando este gasto está fora do orçamento, as pessoas não ficam achando que somos os maiores gastadores do mundo em defesa.
Caso as aposentadorias estivessem fora do orçamento militar, o nosso orçamento militar cairia pela metade e desapareceria de todos os gráficos do mundo. Nós apareceríamos com míseros 0,7% do PIB para Defesa e com míseros U$ 9 ou U$ 10 bi de orçamento militar.
Seria mais fácil os militares, o governo federal e o congresso convencer as mídias e a sociedade que devemos aumentar o investimento em defesa nacional, pois ficaria cristalino que investimos muito pouco.
Obs.: A média mundial está entre 2,2 e 2,4% do PIB em Defesa.
Though the Chinese Navy is still far behind the United States who currently has 11 Active Fixed-Wing Aircraft Carriers, but due to the new F-35B which will allow Full-Sized Aircraft to take off from Amphibious Assault Ships this will give the U.S 20 Carriers in total.
Em projeção os EUA ficam bem à frente, mas caso as duas super potências entrem em um conflito na região de Taiwan, a China provavelmente já tem poder de fogo suficiente para equilibrar as coisas. Os EUA podem ter muitos navios aeródromos mas os chineses estariam próximos de casa e com caças baseados em terra.
O problema é a complexidade de uma operação anfíbia que requer o domínio em todas a três dimensões do campo de batalha, seria algo de proporções notáveis que lembraria as operações da segunda guerra mundial. E sejamos sincero, o supertrunfo da RPC foi sempre os números e sobretudo na dimensão terrestre. Seria algo inédito para a RPC, em caso de êxito mostraria ao mundo um avanço em suas capacidades bélicas ( não apenas material mas de doutrina) implacável. Seria comparavel a ascensão do Japão no início do século XX.
A geografia da ilha de Formosa é extremamente favorável aos defensores, apenas 14 pequenas praias, a ilha é cercada de falésias. Formações rochosas e fortificaçoes naturais.
Taiwan è acostumada a lidar com calamidades naturais, todos os anos, as suas edificações e infraestruturas são robustas, pensadas para resistir a tufões e terremotos.
Adicione tembem a geografia daqueles mares : pequenas distâncias repletas de ilhas e chokepoints onde deslocar
rapidamente baterias costeiras antinavios com alcance de centenas de quilômetros. Defesa antiaérea e artilharia de todos os tipos. Séria um inferno para qualquer agressor.
Se colocar o suporte dos EUA e JAPÃO, a conquista não é nada óbvia para a China continental.
Outra possibilidade seria um golpe de estado ou captura das e execução das autoridades da ilha para minar o moral da resistência.
Ainda assim algo complexo e improvável. A assimilação e integração econômica por enquanto é o caminho mais viável.
O grande problema do Brasil não é falta de dinheiro para as forças armadas, mas sim a forma como são empregados. Temos orçamento militar semelhante a países como Israel e Itália, ao mesmo tempo que tempos capacidade militar significativamente inferior. Isso ocorre por que a maior parte dos recursos vão para pagar folha de pagamento e pensões ao invés de aquisição de armamentos e investimento em tecnologias. Ainda pagamos pensões para filhas solteiras de militares e também há esses absurdos de aquisições de viagra, próteses penianas e gel lubrificantes íntimos. Também há escândalos envolvendo comidas caras com preços bem acima do normal para oficiais. A força aérea brasileira tem o dobro de militares das forças aéreas da França, Inglaterra e Alemanha. Não tem como manter essa bagunça toda, nossas forças armadas precisam de uma reforma urgente.
O maior problema é incluir o pagamento de aposentadorias dentro do orçamento.
Se os militares contribuíssem pelo INSS e a aposentadoria deles fosse paga por lá, o orçamento militar seria a Metade do que é hoje, ou seja, U$ 10 bi. E não entraríamos nesses gráficos de países que mais investem em defesa.
Sobre o tamanho das nossas forças, não acho exagerado. Claro que cabe uma redução principalmente na força aérea e na marinha, mas não acho exagerado pelo tamanho do nosso país.
Existem países menores e mais pobres com contingente bem maior que o nosso no exército.
220 mil homens no EB, sendo 90 mil conscritos, ou seja, sobram 130 mil entre militares de carreira e temporários, não é nenhum exagero e é importante formar uma grande reserva (90 mil por ano).
Verdade, o problema das aposentadorias compromete o orçamento militar. O mesmo ocorre com o judiciário brasileiro. O ideal era termos um regime único de aposentadoria para todos, incluindo servidores públicos, militares e iniciativa privada. Assim não teríamos privilégios para alguns poucos em detrimento da maioria. O INSS deveria gerir todas as aposentadorias dos brasileiros, é assegurar aposentadorias complementares para quem quiser.
Não é só a aposentadoria, mas, os altos salários e benesses dos ativos. Pensem nos ativos também, foram eles que ganharam aumento em plena pandemia e ficaram mais uma vez, fora da reforma da previdência….
Havia um regime totalitário que dependia de apoio do executivo, judiciário e legislativo. Foi a festa, décadas de benesses que agora são “direito adquirido”
Gostei dos altos salários!!! Quando abre concurso pra isso ai????!!!
Os militares estavam defasados em relação à outras carreiras federais.
A recente reforma da previdência basicamente implantou isso que você defende. Somente os militares ficaram de fora e continuam se aposentando precocemente e com salário integral.
Na realidade os militares brasileiros tem muitas regalias quando se aposentam, como ir pra reserva com promoção automática, salário integral com os da ativa, durante seu serviço os oficiais em geral de moradia e segurança na Vila militar, a reforma da previdência dos militares recente foi algo pra “inglês ver”. Nos USA e na Inglaterra ao fim do serviço militar a renda do militar em relação ao da ativa cai aproximadamente 30% e muitos como são jovens ainda, na faixa dos 55 a 60 anos voltam ao mercado de trabalho.
Os EUA depois da guerra do Vietnã desenvolveram e criaram os contratos por prazo, onde se você quiser pode se realistar a medida que vencem (tem um prazo mínimo e máximo), para resolver a situação dos conscritos que deu muito problema no Vietnã
promoção automática – acabou em 2001
salário integral com os da ativa – sai mais barato do que pagar hora extra e adicionais
m geral de moradia e segurança na Vila militar – infelizmente tá muito muito muito longe disso
Nos EUA, onde não há SUS, o militar perde aproximadamente 30% (ou mais, dependendo do tempo de serviço), mas tem um amparo de saúde (pra ele e dependentes) q somente ótimos planos de saúde nos EUA tem. Um cidadão americano vive guardando $$ pra faculdade dos filhos, pra aposentadoria e pra saúde quando idoso. OS militares não se preocupam com saúde, o q dá mais do q os 30% q perdem.
Infelizmente ou felizmente, o q se gasta com defesa em tempos de paz tem pouca ou nenhuma relação com o q se pode gastar com defesa em uma guerra. O maior exemplo disso são esses gastos anunciados agora pela Alemanha. Guerras são competições de pontos corridos. Quem tem mais dinheiro tem uma chance muito maior de ganhar.
Céu de Brigadeiro para a China e sua grande aliada, a Rússia.
Xings, vai dormir….
O cara é muito desocupado, além de maluco.
Precisamos pensar mesmo. A foto da matéria foi tirada em 2022 ou na década de 90?
Só para atualizar.
O PIB da China já está chegando a 26 tri e o dos EUA está em cerca de 22 tri.
Todo e qualquer corte na área pública é motivo de alegria…não são em áreas certas mas são cortes… Privatização de Petrobras, fim do monopólio completo tanto refino como extração e preços…liberar mercado para bancos externos, liberar FGTS (ninguém aqui deve saber o que isso) para o trabalhar escolher banco e investimento, privatizar caixa e BB etc…muito aser feito ainda
Tenho dúvidas com relação a análise PPC … para algumas comparações como serviços, ela tem desvios grandes ….. exemplo: um barbeiro Londres / New York ganha em moeda forte. O barbeiro na China ganha em moeda fraca. Mas o serviço vendido seria equiparado – venda de cortar cabelo.
Mas você como barbeiro, prefere estar ganhando em que (dando-se condição de igualdades julgo que os barbeiros de moeda fraca irão querer migrar para moeda forte).
Outro detalhe eh a soma dos aliados ocidentais e anti ocidentais em eventuais conflitos. Assumindo-se os eixos de aliados atuais, o ocidente ainda tem muita lenha.
E com os produtos o mesmo.
Imagine quanto custa um quilo da arroz na China e um nos EUA.
Na China, além de ser mais barato ainda divide por 6,5 que é a cotação do yuan.
Por isso que o correto é fazer pela PPC.
Produto é produto.
Serviço é serviço.
Sem a influência do câmbio.
Bobagem. Quando moravo em Roma pagavo o litro de leite 1,30 € ( 6,5 reais no câmbio atual) . Aqui no Brasil pago 5/6 depende. O salário mínimo aqui é 1.200,00 reais. Lá na época uma pessoa com um trabalho modesto ganhava por volta dos 1.000 euros . Onde é mais barato ?
Nem tudo é branco ou preto, é bem mais complexos e quando não se tem o conhecimento necessário é melhor evitar afirmações perentorias.
Arroz eh preço comoditizado global …. Serviço não.
Então a bolsa de produtos que são definidos por preço global o cidadão local de moeda fraca perde.
Salvo se você como país tem recursos para fazer tudo sem depender do exterior o PPC não seria o melhor indicador para várias análises.
Exemplo real: barbeiro americano vende o serviço $20 por cabelo. O arroz está a $10 o kilo. Ele compra dois kilos.
O barbeiro chinês vende o serviço de cabelo que em dólar vale que em $5. Mas o arroz custará perto de $10 (poi’s eh dolarizado). Ou seja no PPC ele iguala a venda de serviço de cabelo, mas o barbeiro não consegue comprar o mesmo produto.
A não ser que faça como a Venezuela no caso da gasolina aonde o governo subsidia.
Está eh a relação que deve-se fazer. E o PPC não captura.
Cara, esse aí é o xings. Não adianta colocar esses argumentos como vc colocou. Ele só enxerga o que ele quer.
Ola Flanker … sim estou ciente e obrigado. Apenas sendo gentil com ele.
Prezado.
A precificação na composição do PIB é a mesma.
Lembre-se que o PIB é a soma de todos os bens e produtos.
Vc calcula e depois divide pela taxa de câmbio para calcular o PIB nominal.
Um quilo de arroz na China custa 6,70 yuans ou 1 dólar.
Um quilo de arroz nos EUA custa 4,00 dólares.
https://pt.preciosmundi.com/estados-unidos/precos-supermercado
Se o cálculo dos preços já fossem pelo preço de commodities, o PIB nominal da Índia seria gigantesco, visto ela ser grande produtora desses bens que abastecem quase 1,5 bi de pessoas.
Ok?
Mas estamos falando de PPC ….. ou seja o valor do serviço corte de cabelo…você está utilizando o cálculo de PIB normal…
No PPC o serviço eh o mesmo…
Mas o americano ganha em dólar e o chines não. Cada produto dependerá da composição do custo. Mas quanto maior for a influência do preço global no custo em moeda forte, o cidadão da moeda fraca perde. Pode haver um mix de: custo do labor ser barato (custo interno do país) + custo do produto dolarizada ou custo do labor ser caro (custo interno do país) + custo do produto dolarizada e igualar. Mas aí o custo do país de moeda fraca paga pouco afim de compensar o preço global em moeda fraca.
Usei a questão de subsídios na Venezuela / Arábia Saudita em gasolina. Outra eh cota de exportação. Uma época o Brasil tinha pouco açúcar, e havia cota de exportação do açúcar brasileiro para evitar desabastecimento, assim o valor do açúcar ficava distorcido no mercado interno.
Estas variações e distorções são muito difíceis de capturar.
Outro desafio que lhe coloco. Independente se suas posições políticas:
Um caminhoneiro sênior nos EUA ganha Usd 100,000 ano. No Brasil digamos que ganhe R$100,000. Você prefere ser o caminheiro nos EUA ou Brasil? O americano terá $$ para viajar ao Brasil e passar férias de rei. O brasileiro não consegue sair do país. Eh aí que o PPC falha …
Isso é para enganar, vê-se por PIB total o tamanho da economia e riqueza do país em PIB per capita.
Os positivistas não acreditam nesse gráfico. Brasil deveria dobrar seu investimento nas FFAA para estar à altura da sua grandeza econômica politica e territorial e se assumindo como um poder político, econômico e MILITAR.
Infelizmente haverá uma terceira g mundial nuclear. O hemisfério norte será destruído. Os sobreviventes vagarao pelas estradas igual no filme de Eli ou mad Max. Mas escutarao histórias de que existe um quinto império de Daniel no Brasil. O paraíso na terra. O Brasil é zona de retaguarda nuclear, tem que ficar quieto e aguardar. Professias do padre Antônio Vieira. A terceira g mundial nuclear será muito rápida horas no máximo dias e depois todo o hemisfério norte será destruído. Vamos estudar e aguardar.
Relaxa LG … todos morrerão um dia … não precisa viver agoniado assim … aproveita sua vida ao máximo e deixa as profecias acontecerem ao seu tempo …
O mundo sempre foi assim, uma disputa de poder militar e econômico entre Ocidente e Oriente, infelizmente a América Latina e a África também nunca na história possuíram poder econômico ou militar, sendo apenas lugares onde há exploração de matérias primas.
Que tanga, ponham PIB total e PIB per capita.
Isso aí é à lá carte.
Como os gráficos da matéria mostram, a vantagem econômica da OTAN sobre a Rússia é simplesmente colossal e isso se traduz em um desequilíbrio, não só tecnológico (com os russos dependendo muito mais de projetos da Guerra Fria do que o Ocidente) mas também numérico:
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