NATO OTAN

Prof. Dr. Ricardo Cabral*

Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia. A principal justificativa russa era impedir a adesão da Ucrânia a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), há outras alegações como desnazificação do país, proteger as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, forçar Kiev a aceitar a anexação da Crimeia.

Neste pequeno ensaio vamos fazer uma breve análise das consequências geopolíticas atuais da invasão da Ucrânia.

A OTAN está se expandindo em direção ao Leste, desde 1997, em termos geopolíticos, isso significa que Bruxelas considerava a Rússia, no mínimo, uma ameaça. Nós já abordamos em outros ensaios aqui no site, os acordos que os Estados Unidos e a OTAN quebraram com os russos, ao realizarem essas expansão, bem como a percepção de ameaça que essa expansão representava para os russos. Podemos afirmar, que em termos estratégicos, apesar da desintegração da URSS, o pensamento estratégico norte-americano mantinha suas bases vindas da Guerra Fria.

No entanto, havia uma dicotomia entre a questão da segurança e a economia. Neste sentido podemos afirmar que a expansão da OTAN ocorria mais pelos interesses estratégicos e econômicos norte-americanos, do que que os imperativos de segurança europeia. Assim a incorporação de cada antiga república soviética ou estado-satélite da URSS representava um aumento do capital político norte-americano, de prestígio e a abertura de um novo mercado para as indústrias, principalmente, a de armamentos fabricados pelos Estados Unidos.

No entanto, as ligações econômicas existentes entre os antigos membros do sistema soviético foram sendo expandidas para o restante da Europa, principalmente, em relação as commodities (gás, petróleo, carvão, trigo, cevada, centeio, girassol entre outros produtos). A consequência foi a criação de laços de dependência europeia em relação a esses produtos russos.

A percepção de que a Rússia não era um ameaça à segurança europeia pode ser observada pelos baixos gastos militares que os membros do continente da OTAN faziam. Desde George W Bush, passando por Barak Obama e chegando a Donald Trump, os presidentes norte-americanos estimulavam os países membros a gastarem pelo menos 2% do PIB em defesa, algo que não ocorria devido ao baixo nível de percepção de ameaça. Observem que esses números são posteriores a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014. Observem o gráfico abaixo:

Como vemos acima, os antigos estados satélites soviéticos estavam com gastos militares acima de 2% do PIB por estarem adaptando suas estruturas militares a Aliança e estavam renovando o seu arsenal militar. Os Estados bálticos (Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia) tiveram e tem uma série de atritos com os russos nos últimos anos. Tais Estados tem Moscou como uma ameaça real à sua segurança e demandaram da OTAN uma presença maior nos seus territórios. O caso da Grécia é específico, o seu orçamento é maior devido as suas disputas territoriais com a Turquia. O Reino Unido tem gasto em torno de 2,2% do PIB e é o maior orçamento europeu. Lembro, que a política externa de Londres e completamente alinhada e subordinada à Washington.

Desde o início de seu mandato a administração Joe Biden tem tido relações conturbadas em relação a Rússia, antes mesmo da invasão da Ucrânia, os EUA começaram a impor uma série de sanções contra Moscou. Com a invasão Biden comparou a Rússia a Alemanha nazista e fez uma série de ofensas pessoais ao presidente Vladimir Putin. A estratégia da administração Biden é marginalizar a Rússia do sistema internacional isolando-a nas instituições internacionais, por intermédio das sanções limitar as capacidades russas em “financiar a guerra” e ganhar esses mercados para a economia norte-americana.

Vamos deixar claro que não existe justificativa legal ou moral para a invasão da Ucrânia pelos russos. Estamos diante de disputa geopolítica entre os Estados Unidos e a Rússia em que esta tomou a decisão estratégica de eliminar, aquilo que considera, mais uma ameaça na sua fronteira, ou seja, a adesão de Kiev à Ucrânia. Neste sentido, ocupar o leste e o sul da Ucrânia, a região mais rica e com o maior número de falantes russos do país, faz todo o sentido para Moscou, ainda que seja ilegal e que pode gerar consequências imprevisíveis. Pior, o efeito gerado, até o momento, é o contrário, vejamos:

  • a guerra se arrasta, com grande perdas para os russos desproporcionais aos objetivos atingidos;
  • a OTAN que estava em crise, se fortaleceu;
  • os estados-membros da OTAN estão aprovando aumentos significativos dos seus orçamentos militares (em que as indústria norte-americanas são as maiores beneficiárias);
  • coordenado por Washington foram tomadas uma série de medidas visando reforçar as capacidades militares de Kiev, com envio de grandes quantidades de material bélico e recursos para a contratação de mercenários;
  • existem informações que os Estados Unidos e o Reino Unido enviaram várias equipes de operadores de forças espaciais para atuarem junto aos ucranianos;
  • Finlândia e Suécia, países tradicionalmente neutros, estão em tratativas para a adesão à OTAN, ampliando as tensões já existentes no Báltico.

Se confirmarem a adesão à OTAN, Suécia e Finlândia vão aumentar as capacidades da OTAN e provocar um reforço das forças russas no Ártico e no Báltico. Os russos já informaram que caso os dois países adiram a OTAN vão implantar armas nucleares em Kaliningrado e no Báltico, como forma de balancear a relação de forças na região.

A Finlândia é a mais exposta a alguma intervenção de Moscou, tem 1.300 km de fronteiras terrestres e sua economia tem forte relações com os russos. Lembro que a União Soviética e a Finlândia já entraram em guerra, em 1939-1940 e em 1941-1944, que foram muito duras e que resultaram em perdas territoriais limitadas para os finlandeses. Já a Suécia não se envolve em guerras há mais de 200 anos. No caso da adesão dos dois países à Aliança Atlântica terão que aumentar significativamente os seus orçamentos militares e passarão a ser alvo dos russo. O preço a ser pago para aumentar a sua percepção de segurança. A grande vantagem para a OTAN é que o Báltico estará sob seu controle, permitindo bloquear a Esquadra do Báltico (russa) no Golfo da Finlândia.

A expansão da OTAN não se resume à região geográfica na qual, teoricamente, deveria operar: o Atlântico Norte. A organização possui uma série de iniciativas para cooptar aliados informais, tais como o Diálogo Mediterrâneo, que inclui países como Israel, Jordânia e Egito, e a Iniciativa de Cooperação de Istanbul, que conta com Bahrein, Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Na américa Latina, a Colômbia é o único parceiro extra regional, mas mantém relações próximas com o Brasil. Na África, com a Tunísia e o Marrocos. Na Ásia, a China tem cada vem mais se incomodado com a presença da OTAN na cooptação de novos parceiros, além da Coreia do Sul e Japão (1989) e as Filipinas (2003), além da realização de exercícios militares. Taiwan tem uma parceira informal com a Otan (2003) que Beijing se quer admite reconhecer e não admite interferência nos “assuntos internos” chineses.

Outro efeito da Guerra na Ucrânia é a formação de uma aliança entre Rússia e China com impacto global, pois agregaria vários outros países que não aceitam a “liderança” norte-americana e de seus aliados (União Europeia, Canadá, Coreia do Sul, Japão e Austrália). O novo bloco, não seria tão coeso como o bloco comunista, liderado pela extinta União Soviética, mas reuniria capacidades bélicas e econômicas, no mínimo, muito próximas ao “Ocidente”.

Conclusão  

Em nosso entendimento a Rússia cometeu um erro estratégico grosseiro ao querem impor sua vontade pelas armas, pois a adesão à OTAN é uma questão de soberania e está ligada à percepção de ameaça, neste caso, a representada por Moscou.

A OTAN, instrumento militar euro-norte-americano, mas completamente subordinada à Washington, se comporta como uma força desestabilizadora e na maior parte das vezes de forma ilegal, de acordo com o direito internacional.

Com relação a Guerra na Ucrânia, na hipótese mais favorável aos russos, ou seja, que atinja seus objetivos estratégicos, no fim só aumentará o nível da percepção da ameaça ou de insegurança e os custos de manter uma panóplia militar para fazer frente a uma ameaça militar do calibre da OTAN. Além disso, os russos terão que arcar com uma guerra de baixa intensidade, financiada pelo Ocidente, nos territórios que por ventura ocupar.

Na hipótese da Rússia ser derrotada e aceitar, sem usar armas nucleares, algo que não pode ser descartado, com certeza será obrigada a devolver a Criméia e ver Donetsk e Lugansk serem reincorporarem à Ucrânia, as sanções continuaram por um prazo indeterminado afetando a economia, terá que aumentar os gastos do orçamento militar e formar uma aliança com a China para contrabalançar.

Os Estados Unidos, a União Europeia e seus principais aliados (Canadá, Coreia do Sul, Japão e Austrália) fortaleceram os seus laços políticos, econômicos e militares, lutam uma guerra por procuração, de baixo custo na Ucrânia e vão, no mínimo, independente do resultado, enfraquecer um inimigo estratégico.

Os EUA, até o momento, são os principais beneficiários, pois tiraram um grande concorrente no mercado de commodities, vão expandir suas vendas de material bélico e sua influência na Europa, além de desgastar a Rússia. A Europa é base da disputa de Washington com Beijing.

Na Europa, o apoio as sanções econômicas tem diminuído devido ao aumento da inflação que as sanções e os custos da guerra (para o contribuinte europeu) tem provocado, isso sem falar na perspectiva de uma recessão no horizonte.

As sanções e as dificuldades militares de concluir as operações militares na Ucrânia levou a Rússia a buscar o apoio da China, que se opõe ao padrão de conduta do Ocidente e rejeita qualquer comparação com a situação de Taiwan. A aliança Beijing-Moscou tende a agregar em torno de si, outros Estados descontentes com a ordem internacional, liderada pelos Estados Unidos e dar início a uma nova Guerra Fria.

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Mestre e Doutor em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da UFRJ, professor-colaborador e do Programa de Pós-Graduação em História Militar Brasileira (PPGHMB – lato sensu), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO e Editor-chefe do site História Militar em Debate e da Revista Brasileira de História Militar. Website: https://historiamilitaremdebate.com.br

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Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Óia Valodynada Zélensqui a quantidade de países NATO.Pega carona com o US Army e vai morar lá.

Miguel Carvalho
Miguel Carvalho
2 anos atrás

Acho que faltou falar sobre a posição do Brasil, nessa nova realidade geo-político-económica.

Dada a localização do Brasil, e a sua importância no mercado das matérias-primas para a estabilidade dos preços, seria importante analisar as consequências da escolha por um lado e por outro.

Abel
Abel
Responder para  Miguel Carvalho
2 anos atrás

Nenhuma importância

Anderson
Anderson
Responder para  Abel
2 anos atrás

“Hoje no Mundo da OTAN” em breve em uma rua, em uma cidade, ou em uma floresta bem perto de você.

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Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Anderson
2 anos atrás

Ah amiguinho a NATO é do bem, ela esta preocupada com o valores ocidentais liberais, capaz que a NATO seja como a Rússia e a China.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Anderson
2 anos atrás

Em algumas décadas, isso é exatamente o que acontecerá por causa da estúpida decisão de abrir mão das armas nucleares. Quem viver, verá.

Abel
Abel
Responder para  Allan Lemos
2 anos atrás

Apoio a tecnologia, nada ter a arma. Eletricidade nuclear não é ruim agora aqui qualquer um experto entra numa base. Afinal vivemos muitos periodos baixo ditaduras de gente muito cristã, . Vide a treta Argentina das Malvinas com seus generais.

Heitor
Heitor
Responder para  Anderson
2 anos atrás

O mesmo discursinho pra contemporizar e relativizar as ações do Putin, e há quem acredite nisso…

Kornet
Kornet
Responder para  Anderson
2 anos atrás

Muitos não querem enxergar o óbvio.
Mas segundo ,eles somos aliados da OTAN e o perigo está no oriente.
A geração de políticos progressistas da Europa e dos EUA é muito perigoso em quere impor o seu novo mundo,mas a nova geração que virá das salas de choro será muito pior.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Kornet
2 anos atrás

Não se preocupe! O plano da ESG era pedir, ou melhor, ganhar tudo dos EUA como defesa contra a França!

Iríamos criar ”dotrina” da noite pro dia pra ganhar dos franceses. VÊ SE PODE.

Monarquista
Monarquista
Responder para  Anderson
2 anos atrás

Ué? E por que a Nato atacaria o Brasil sem ser atacada antes?
Não tem sentido essa charge.

Andre
Andre
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

Não adianta, putinzete sempre vive uma fantasia.

Estão vendo o sonho desmoronar e as invenções estão cada vez piores.

NascimentoBR
NascimentoBR
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

Talvez pq atacou a Sérvia e a Líbia sem ser atacada?

O dever da OTAN não é lutar contra o crime, nem contra ”ditadores” e nem defender indígena muito menos a natureza, mas sabemos que com uma mexida nos pauzinhos qualquer país fraco pode ser atacado. Tentaram criar uma resolução pra intervir em países com problemas climáticos há pouco tempo, ”ain maix era po Niger” sim, mas a resolução que atacou a Síria era a mesma usada para atacar a Líbia, logo poderia ser usada contra nós.

Se a OTAN não intervém contra a Rússia isso prova que ela sabe onde o calo aperta, por mais fraca e patética e mal feita que esteja sendo essa intervenção russa.

IDEM pra Rússia que esta fazendo com a Ucrânia o mesmo que a OTAN fez com a Yuguslávia em 92 e a Sérvia em 99, dizendo combater o nazismo sendo um país altamente homofóbico e que usa uma companhia militar privada liderada por neonazistas.

Csii
Csii
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

A Líbia atacou a NATO?

Anderson
Anderson
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

Em tese a Nato seria apenas uma aliança defensiva, porém como o colega NascimentoBR relatou, não é bem assim: vide as ações dessa aliança contra a Sérvia, Líbia e Afeganistão. Nosso país é bastante rico em recursos naturais além do fato do nosso agronegócio ser um concorrente de peso para os agricultores (subsidiados) europeus. Países que são potências militares são predadores e criam narrativas para conquistar seus objetivos (exemplo: EUA no Iraque e Rússia na Ucrânia). Convido o colega à leitura do texto abaixo sobre as tais preocupações “verdes” da OTAN.

https://msiainforma.org/a-otan-de-jens-stoltenberg-e-a-amazonia/

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100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

Enquanto formos subservientes aos Estados Unidos, não tem motivo para a NATO nos atacar mesmo. Mas quando começarmos a sermos independentes e tomarmos decisões pensamento nos interesses brasileiros, aí sim, seremos alvo, porque temos inúmeros recursos. Ou você acredita na fantasia ingênua de que os Estados Unicos querem um país próspero e soberano aqui na América do Sul, disputando mercados com eles? Quando a Guerra da Ucrânia acabar e a Rússia vencer – eles voltarão os olhos para nós.

Abel
Abel
Responder para  Anderson
2 anos atrás

Aonde que China e Rússia não são saqueadores. BRICs é uma arapuca.

Abel
Abel
Responder para  Abel
2 anos atrás

A política de portos abertos já faz século. Não precisa dominar militarmente, já dominam as exportações.

L G
L G
Responder para  Abel
2 anos atrás

Sabe nada inocente

Maximus
Maximus
2 anos atrás

Excelente análise. De fato foi um erro estratégico de Moscou nao considerar todas as possíveis respostas do ocidente, eles apostaram alto e o ocidente dobrou a aposta. Agora os russos estao com um baita abacaxi pra descascar, e isso vai enfraquecendo a antes promissora Rússia em campos economicos e militares.
Xeque mate dos americanos denovo! Felizmente ou infelizmente. Conseguiram praticamente tirar um player promissor da jogada.
Os chineses devem estar analisando com todo cuidado tudo isso.

Jose
Jose
Responder para  Maximus
2 anos atrás

Caro Maximus, se analisarmos bem a situação da Rússia anterior a está invasão veremos que não era tão promissora assim nos campos que você citou, os seus principais produtos de exportação eram “commodities”, além de equipamentos militares, e aparentemente todos esses produtos estavam de certa forma com data de validade de exportação estampada, se não vejamos, o petróleo e o gás sofrendo abertamente um ataque por parte do ocidente com aquela retórica ambiental como pano de fundo, é óbvio que se trata de mais um comportamento hipócrita por parte do ocidente essa conversa ambiental, mas que obviamente mira os países do oriente médio, a Rússia e outros do 3º mundo, basta olhar para os anúncios recentes da França anunciando investimentos para construção de inúmeras usinas nucleares e o da Noruega que informou o maior investimento das ultimas décadas na exploração de petróleo no mar do norte, ambas atividades classificadas como extremamente destruidoras do meio ambiente, que pelo visto só são prejudiciais quando são utilizadas por governos que não fazem parte da turminha que se intitula do bem, quanto a exportação de equipamentos bélicos se olharmos os principais compradores da Rússia os chineses e os indianos tem desenvolvido seus próprios produtos e ano a ano tem diminuído suas importações, os compradores menores de armamentos os EUA tem pressionado/ameaçado tomando esses clientes também, aliado a esses fatores gostemos ou não os europeus tem se aproximado perigosamente das fronteiras russas, arrebatando países que foram dominados pelos russos, e com isso aproximando muito a zona de má influência ocidental segundo a visão dos russos, podemos não concordar com a guerra mas ao avaliar o futuro próximo que aguardava os Russos talvez consigamos entender melhor essa opção pelo confronto armado, esse é o problema quando você acua demais alguém e não deixa uma saída.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
Responder para  Jose
2 anos atrás

A energia nuclear é MUITO, mas MUITO menos poluente do que a produzida com combustíveis fósseis. É ignorância alegar o contrário.

Jose
Jose
Responder para  Bruno Vinícius
2 anos atrás

Bruno da uma olhada nos comentários dos europeus anos atrás sobre energia nuclear, vê porque a Alemanha foi induzida a desativar seus reatores e passar pelo problema que está passando pela escassez de energia e depois me diz o que você acha amigo, não fui eu quem rotulei a energia nuclear como destruidora do meio ambiente só estou expondo como são as retóricas e os interesses.

rui mendes
rui mendes
Responder para  Jose
2 anos atrás

Só fakes, triste texto, triste analista e tu não dizes a verdade, todos sabem que a energia nuclear é limpa, mas gera lixo radioactivo, mas isso até se resolve, armazenando em locais seguros, mas a Europa não é toda contra a energia nuclear, como fonte de energia, aliás a França é dos países com mais centrais nucleares mundo, e muitos outros estados Europeus tem centrais nucleares, agora não dá para inventar, a Alemanha já queria abandonar a energia nuclear e desenvolver e substituir por energia renovável, mas com o acidente na central nuclear japonesa de Fukushima, na altura do tsunami, a Alemanha foi aí que decidiu acabar com as suas centrais nucleares.

Jose
Jose
Responder para  Bruno Vinícius
2 anos atrás

Caro Bruno antes de qualquer coisa está o respeito pelo próximo, não desrespeitei você chamando o de ignorante e a recíproca é o mínimo que se espera de alguém civilizado e acima de tudo educado.

Bruno Vinicius
Bruno Vinicius
Responder para  Jose
2 anos atrás

Prezado, sugiro que você procure o significado de “ignorância” no dicionário da Língua Portuguesa.

P.S. não há mal algum em ser ignorante sobre determinado assunto, afinal, ninguém é obrigado – ou mesmo capaz – de deter conhecimento sobre todas as áreas de estudo.

Jose
Jose
Responder para  Bruno Vinicius
2 anos atrás

Sugiro que procure no tal dicionário a palavra HIPÓCRITA, seu IGNORANTE, e as minhas palavras interprete no pior sentido dela.

Bruno Vinicius
Bruno Vinicius
Responder para  Jose
2 anos atrás

Prezado, essa atitude agressiva, grosseira e desrespeitosa é totalmente desnecessária. Sugiro que você procure ajuda profissional para aprender a melhor lidar com as suas emoções.

Jose
Jose
Responder para  Bruno Vinicius
2 anos atrás

IGNORANTE

Henrique
Henrique
Responder para  Bruno Vinícius
2 anos atrás

Diz isso pros que precisam manter os depósitos de resíduos de combustível nuclear por centenas de anos no mínimo. Tb para os soldados que inventaram de fazer trincheira perto de Chernobil…
A geração de energia por fusão nuclear é de fato limpa, o combustível nuclear residual é que traz enormes riscos ao meio ambiente.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
Responder para  Henrique
2 anos atrás

A solução para o lixo nuclear de alto nível não só já foi encontrada, como também está sendo implementada na Finlândia (e, em breve, na Suécia).

https://www.science.org/content/article/finland-built-tomb-store-nuclear-waste-can-it-survive-100000-years#:~:text=Nuclear%20necropolis%20In%20just%20a,tunnels%20430%20meters%20below%20ground.

Apenas a falta de vontade política impede que outros países adotem soluções permanentes para o problema, pois, tecnicamente, a solução já está, de fato, pronta para ser implementada.

Henrique
Henrique
Responder para  Bruno Vinícius
2 anos atrás

Repositório permanente com lixo radioativo encapsulado? Exige-se investimento, tecnologia mas ao mesmo tempo locais permanentemente seguros (pra sempre) para manter isso. É uma solução sim mas não uma solução “permanente” pois o resíduo vai estar lá pra sempre e precisa ser seguro seja contra eventos sísmicos, degradação, corrosão, ataques terroristas, guerras, etc.. etc.. é algo que o país vai ter que manter, novamente, pra sempre, às custas do contribuinte.
Entendo o que quer trazer e concordo que haja um equilíbrio na concepção de produção de energia, mas dizer que a solução é a energia nuclear, nisso discordamos.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
Responder para  Henrique
2 anos atrás

Henrique, a solução finlandesa é elegante justamente porque, em 100 anos, quando o depósito estiver cheio, os túneis serão preenchidos com concreto e a paisagem retornada ao seu estado original. À exceção de uma enorme operação de mineração (que seria facilmente detectada pelas autoridades), o depósito estará imune a qualquer desastre, natural ou humano, graças à geologia do local escolhido e das barreiras físicas criadas. Ainda mais importante, não haverá indicação alguma do que há ali e, portanto, ainda que a sociedade moderna entre em colapso, dificilmente uma civilização futura iria encontrar este material enterrado.

No entanto, concordo com você que a energia nuclear não será a solução única para a eliminação do uso de combustíveis fósseis na matriz energética mundial. Porém, em países onde há falta de potencial hidroelétrico, ela complementará muito bem as fontes de energia renovável, em especial a eólica e a solar.

Henrique
Henrique
Responder para  Bruno Vinícius
2 anos atrás

Bruno, quanto à primeira parte de fato parece ser mais “razoável” considerando o modelo tradicional que é medonho pois o concreto com tratamento adequado pode durar séculos.
Quanto á segunda parte, finalmente concordamos 100%..rs
Abraço,

Hcosta
Hcosta
Responder para  Jose
2 anos atrás

Não é a turminha do bem. São os políticos que são todos iguais. Alguém obrigou à Alemanha e outros países do Leste a serem dependentes do gás Russo?

Fizeram uma comparação com os resgates financeiros durante a crise com esta situação. Obrigaram estes países a sacrificar o crescimento e agora a Alemanha, e os outros, a não querer fazer sacrifícios, numa situação, também, criada por si.

Mas uma Ucrânia na EU, e até mesmo na OTAN, não é uma ameaça para a Rússia mas para o regime Russo. O que iria mudar? Uma invasão impossível seria “mais possível”?

Jose
Jose
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Caro Hcosta você como outros confundem analises como sendo opinião ou que se esteja concordando com um dos lados, só coloquei o que imagino ser a forma de como os russos pensam e analisam sobre o que está acontecendo no caso Ucrânia e como do ponto de VISTA DELES eles tem razão, se você não tentar enxergar pela visão russa não conseguira entender o problema, e tentar ver pelo prima russo não quer dizer que você concorde com o que está acontecendo, mas garanto que fara você entender melhor o problema.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Jose
2 anos atrás

Mas como se define o ponto de vista Russo?
Nesta situação, na minha opinião, há os interesses da Rússia e os interesses do Regime e que neste caso são diferentes.

Como não acredito que a Ucrânia é uma ameaça militar, mas talvez seja uma ameaça política.
Não esquecer que Putin ficou aterrorizado com o que aconteceu com Saddam e Khadafi, mortos pela sua própria população…

E este clima de guerra, medo, nós contra o resto do mundo, só favorece o governo totalitário de Putin. E ajuda a disfarçar o desempenho medíocre da sua economia.

Putin não é nada de novo. Está a lutar para não perder o poder e não pela Rússia. O poder, mais cedo ou mais tarde, corrompe qualquer um e já não distingue os seus interesses dos do seu País.

Jose
Jose
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Caro Hcosta só esse trecho que você citou “ameaça política e cultural” para eles talvez seja mais do que o suficiente, não esqueçamos que o ocidente tem o hábito de achar que todos querem viver, ou melhor todos devem viver segundo nossos costumes/descostumes, o assunto é bastante complexo porque tendemos a querer ser os donos da verdade, da razão, tem sido assim em todos os lugares onde o ocidente quis implantar seu modo de vida, e os resultados quase que invariavelmente acabaram em fracasso, veja Oriente Médio em vários países, veja na África em vários países também, será que a nossa forma de viver, pensar e agir serve para outros povos também, vale uma reflexão, veja o que aconteceu quando o ocidente arrancou do poder o Saddan e o Kadafi, por incrível que pareça as coisas pioraram nesses países, o que é bom para nós talvez não seja para outras nações e culturas.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Jose
2 anos atrás

A Rússia, supostamente, é uma democracia. Não é uma sociedade muito diferente das outras, com valores muito semelhantes. As diferenças existem, como em qualquer outra, mas são exacerbadas para fomentar o isolamento e o medo, pelo menos no que se refere à propaganda do governo.
Reduzindo a discussão à questão cultural, não sei como isso é relevante. Uma Ucrânia na UE ou OTAN mudaria alguma coisa? Que costumes mudaria?

E não me parece que a democracia seja um exemplo de fracasso. Diferente de impor costumes.
E menciono a declaração universal dos direitos humanos em que acredito que seja fundamental em qualquer sociedade.
Poderá ser ingenuidade da minha parte em pensar que irá funcionar em qualquer situação? Certamente mas a pressão para que aconteça terá de ser feita.
Agora como essa pressão é feita, quando, forças opositoras, etc… é que será determinante para o seu sucesso. A maior parte das vezes resulta, outras não.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

É isso mesmo que ta dizendo? Então a Ucrânia não era o celeiro da URSS e nem responsável por muita tecnologia usada em diversos equipamentos militares russos, principalmente navios, aviões e etc? Então de boa uma Ucrânia na OTAN e na UE?

Dizer que não tem ameaça sem argumento nenhum é móle. Quero ver provar… Não que não haja motivos políticos pra isso, mas reduzir dessa forma é sim muito ruim.

Então a Crimeia não tem importância estratégica nenhuma? Então a guerra da Crimeia foi atoa no passado? Eu li um ensight da US Navy dizendo que a Crimeia era importante pra saída da frota russa do Mar Negro, esse ensight esta errado então? Então o Putin esta atacando a Ucrânia de sacanagem? Ele não tem assessores nem nada, é pura birra? Também li outro do EB falando da posição estratégica da Crimeia, esta errado também?

”Em termos estratégicos, verifica-se que a importância estratégica da Ucrânia remonta aos tempos da ex-URSS. Nessa época, a Ucrânia era a segunda república mais importante da ex-URSS, ficando atrás apenas da Rússia.
Formava com a Rússia uma espécie de centro de gravidade do poder soviético, uma vez que a mesma era responsável por grande parte da produção agrícola soviética, abrigava parte do arsenal nuclear soviético, sediava boa parte da base industrial de defesa soviética e era um local onde havia importantes bases militares soviéticas, com destaque para a frota do Mar Negro. Segundo analistas russos, a Ucrânia era tão vital para a ex-URSS que sua decisão de romper os laços em 1991 foi um duro golpe para Moscou.
Analisando o conflito com a Crimeia sob um olhar estratégico, nota-se que, ao tomar a Crimeia, a Rússia solidificou seu controle em uma posição crítica no Mar Negro. Com uma presença militar robusta na Crimeia, a Rússia fica em condições de projetar poder em locais como o Mediterrâneo, o Oriente Médio e o norte da África, onde historicamente tem influência limitada.
Em meio a uma crise, analisar um fenômeno em curso é desafiador, mas necessário. Dito isso, é importante frisar que este artigo não possuiu a pretensão de esgotar o assunto e nem tampouco pretendeu se posicionar nessa disputa que envolve norte-americanos, russos e europeus, mas tão somente procurou dar luz sobre os fatos e os aspectos que, segundo os russos, tornam a Ucrânia importante geopoliticamente para Moscou.
De todos os elementos que foram apresentados neste artigo, chamou a atenção o posicionamento da população russa em 2014, ocasião em que a mesma apoiou as ações de Vladimir Putin junto à Ucrânia. Tal atitude indica que o mandatário russo não deverá encontrar maiores problemas para obter o apoio de sua população, em face de uma improvável e eventual investida russa na Ucrânia nos dias atuais; apoio que não deve ser obtido por Joe Biden e pelos líderes europeus, uma vez que norte-americanos e europeus não possuem os laços históricos e culturais que os russos possuem com a Ucrânia.
Por fim, acompanhando a evolução dos acontecimentos e com base no que foi escrito, visualizo que a probabilidade de ocorrer um conflito bélico é pequena, e que o mais provável é que a crise continue em seu processo de escalada e que a Rússia não deverá abrir mão de continuar exercendo o seu controle junto à Ucrânia, posicionada em seu Heartland.”

Ten Cel Anselmo de Oliveira Rodrigues

Se o argumento da profundidade estratégica esta errado, então a Doutrina Monroe também estava?

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nascimento
2 anos atrás

Sim, a Crimeia é bastante importante para a Rússia. Até porque a frota do mar Negro está toda lá, desde sempre. Único porto de águas quentes na Rússia, saída de rios, etc…
Isso não impede de a Rússia estar a construir uma outra base Naval na sua costa do mar Negro.
E mesmo assim a sua importância diminui alguma coisa já que não consegue projetar poder para fora desse mar sem ter o “consentimento” de países da OTAN.

Mas o problema não é a sua importância mas a forma como a obteve. Não haveriam outras formas de o alcançar? Os EUA têm centenas de bases, e há já várias décadas, e sempre conseguiu, através da diplomacia, mantê-las.
A Ucrânia, dependente do gás Russo, entre outros produtos, não aceitaria a continuação dos acordos? Até como uma forma de manter a paz?
Quando a solução encontrada é a invasão e a anexação a situação altera-se. As pontes são queimadas e dificilmente se poderá retornar ao acordo anterior. E isto por culpa própria de Putin.

Putin quer é manter a Ucrânia sobre o seu domínio porque pensa que ela pertence à Rússia. E porque será uma ameaça ao seu regime.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

O fato de você ter dito que não era importante e agora estar mudando o discurso prova que não estudou nada. Além de não ter mencionado nada de valor estratégico e nem econômico no seu comentário.

Sobre a Crimeia: Não, não é só construir uma outra base naval devido ao fato da Crimeia se posicionar no centro do Mar Negro e além do fato das principais indústrias e infraestruturas tanto russas quanto ucranianas estarem lá, todos os filósofos de RI e estudiosos de Ciências Militares atentam pra isso, se fosse simples não teria tido guerra da Crimeia, seria só cada lado construir um porto ao lado. Quem tem a Crimeia detém o poder de projeção de força sobre o Mar Negro, não atoa ocorreu a guerra da Crimeia, fazer outro porto não te da o mesmo poder de projeção. Seria o mesmo que dizer que sem as Malvinas a Argentina tem a mesma ZEE e capacidade de projeção de força, NÃO TEM.

Não haveria como alçá-la de forma democrática até pois, como você mesmo disse, os países que foram esferas da antiga URSS querem distância dela, né? Ou agora você acha Rússia ganharia profundidade estratégica apenas com diplomacia? Um regime que chegou até a proibir o russo de ser falado no país e você achando que iriam permitir uma base militar russa no centro do Mar Negro e numa posição tremendamente estratégica.

”A Ucrânia, dependente do gás Russo, entre outros produtos, não aceitaria a continuação dos acordos? Até como uma forma de manter a paz?”
A Ucrânia negou diversas vezes antes da anexação e até antes da Euromaidan a renovação dos acordos sobre o uso da Crimeia pelos russos, tanto é que na Anexação não haviam tropas russas ali, elas tiveram que vir de fora e fazer uma anexação. Sua suposição é baseada no SE. SE o regime de Kiev fosse mais colaborativo, SE o Putin não fosse um sociopata, SE os russos construirem outro porto…

Mantém todas elas através da Diplomacia? As bases na Itália, Alemanha e Japão só existem após a 2ª GM, não tem diplomacia ai. Idem pras bases no Iraque e no Panamá. Pro restante do mundo você esta certo.

Ademais: Resumiu tudo de forma política.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nascimento
2 anos atrás

Tenha alguma dignidade.
No meu comentário devo ter escrito no primeiro parágrafo mais sobre a sua importância estratégica do que o senhor em 1000 palavras.
A guerra da Crimeia ocorreu para limitar a expansão do Império Russo e seria um ponto muito bom para ser levantado se estivéssemos no séc.19 em que países eram criados e dissolvidos em pouco tempo. E nessa altura não havia distinção entre o comércio e o poder naval. Hoje em dia já não é assim.

E a Rússia tinha alguma margem de negociação sobre a Ucrânia. Só que deitou tudo a perder por culpa própria. E foi um processo que começou até antes de 2014.
E claro que poderia manter as bases na Crimeia. Bastaria não hostilizar o governo Ucraniano e tratá-lo como uma colónia.
Só que usaram a sua influência para chantagear e sabotarem governos, mantendo o país num caos político. Até que chegou a um ponto em que as pessoas se revoltaram. E mesmo assim não sei se haveria uma ameaça sobre as bases Russas. A Ucrânia iniciaria uma guerra por elas? Proibir uma língua, da mesma forma que o Ucraniano foi proibido em outros tempos, é muito diferente de declarar guerra à Rússia.

E a Rússia continua a ter grande influência sobre os países de leste. Basta ver quantos são dependentes do gás russo.
Existirão sempre fortes relações entre estes países e a Rússia e sempre haverá espaço para a diplomacia.

E repito, as bases dos EUA na Europa são mantidas através da diplomacia. Ou não sabe o significado de manter?
Quantos países pedem a sua saída?

Nascimento
Nascimento
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Você não escreveu nada de valor estratégico. Tanto é que disse:

”Mas uma Ucrânia na EU, e até mesmo na OTAN, não é uma ameaça para a Rússia mas para o regime Russo. O que iria mudar? Uma invasão impossível seria “mais possível”?”

A Rússia, supostamente, é uma democracia. Não é uma sociedade muito diferente das outras, com valores muito semelhantes. As diferenças existem, como em qualquer outra, mas são exacerbadas para fomentar o isolamento e o medo, pelo menos no que se refere à propaganda do governo.
Reduzindo a discussão à questão cultural, não sei como isso é relevante. Uma Ucrânia na UE ou OTAN mudaria alguma coisa? Que costumes mudaria?
E não me parece que a democracia seja um exemplo de fracasso. Diferente de impor costumes.
E menciono a declaração universal dos direitos humanos em que acredito que seja fundamental em qualquer sociedade.
Poderá ser ingenuidade da minha parte em pensar que irá funcionar em qualquer situação? Certamente mas a pressão para que aconteça terá de ser feita.
Agora como essa pressão é feita, quando, forças opositoras, etc… é que será determinante para o seu sucesso. A maior parte das vezes resulta, outras não.”

Onde tem algo sobre a importância estratégica da Crimeia ai? Tu não disse nada disso, ficou insinuando que o Putin invadiu a Crimeia apenas por motivos políticos.

”E a Rússia tinha alguma margem de negociação sobre a Ucrânia. Só que deitou tudo a perder por culpa própria. E foi um processo que começou até antes de 2014.
E claro que poderia manter as bases na Crimeia. Bastaria não hostilizar o governo Ucraniano e tratá-lo como uma colónia.
Só que usaram a sua influência para chantagear e sabotarem governos, mantendo o país num caos político. Até que chegou a um ponto em que as pessoas se revoltaram. E mesmo assim não sei se haveria uma ameaça sobre as bases Russas. A Ucrânia iniciaria uma guerra por elas? Proibir uma língua, da mesma forma que o Ucraniano foi proibido em outros tempos, é muito diferente de declarar guerra à Rússia.”

Isso é suspeita sua, vinda de Ogum e Babalorixá, sem base acadêmica ou fonte nenhuma, no trabalho do E SE. A revolução Euromaidan não foi pra se manter como neutra mas sim pra ser uma nova membra da OTAN e da UE (direito deles, inclusive), caso fosse teriam respeitado o acordo de Budapeste que exigia a Ucrânia como neutra entre Rússia e UE. Nenhum membro da OTAN aceitaria bases militares russas no seu território, NENHUM. Só isso já prova que tu ta levando a discussão apenas na esfera político-ideológica e tirando planejamentos e ideias risíveis, todos os países usam da força diplomática, informacional, cultural (softpower) e econômica sobre o outro, acha que os Russos não usaram disso antes da invasão? Óbvio que usaram. Se tu tem provas de que a Ucrânia alguma vez esteve disposta a aceitar as exigências russas, sendo que já não queriam renovar o tratado de uso da base, que mande as aqui, caso contrário é uma inferência inútil.

”mantém através da diplomacia” Ahh sim óbvio, vou derrubar um regime, depois o que estiver lá e for pró-EUA eu digo que é através da diplomacia, então se o Putin derrubasse o Zelensky e botasse um fantoche lá estaria de boas, né? Os EUA redigiu a constituição da Itália, da Alemanha, do Japão e do Iraque com intuito de impedir que esses mesmos países ficassem independentes em termos militares, não atoa sempre manterá suas tropas ali. E eles aceitaram de bom grado quando Cuba pediu a retirada das tropas americanas de seu território ou planejaram uma invasão que só foi detida graças ao Krushev? Ahh é…

NENHUM país aceita de bom grado perder uma esfera influência, ainda mais uma próxima de sua fronteira. Tanto os EUA tinha razões estratégicas para atacar Cuba tanto quanto a Rússia tem pra atacar a Ucrânia. Sai do mundo de Bob. Tanto EUA quanto Rússia usaram da força militar, do financiamento de golpes e insurgências na defesa dos seus entornos estratégicos.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nascimento
2 anos atrás

Não precisa de ler muito. Foi logo a primeira frase que falei da importância estratégica.
E como o senhor parece não querer discutir nada, só distorcer as minhas palavras, fique na sua que eu sigo para a próxima.
E tenha alguma humildade, diz muitas asneiras e não preciso de ser um perito para perceber isso. Até os conceitos mais básicos estão errados…

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

“Alguém obrigou à Alemanha e outros países do Leste a serem dependentes do gás Russo?”

Resposta: sim, alguém obrigou. O culpado foi aquela Senhora, a tal da Dona Geografia, conhece? É aquela mesma senhora que manda você comprar o pãozinho da padaria ao lado da sua casa, ao invés de atravessar a cidade para comprar um pãozinho de outra padaria localizada em outro bairro distante. E você sempre a obedece.

Depois, quando eu falo que você é intelectualmente prejudicado, você se sente ofendido.

Hcosta
Hcosta
Responder para  100nick-Elã
2 anos atrás

Não, tem gás da Argélia, Noruega, Países Baixos, RU, etc, e outras fontes de produção para além do gás natural.
É do conhecimento geral que os vários governos alemães pensavam que uma maior integração económica com a Rússia seria impeditivo de um conflito. Enganaram-se.
Trocaram soberania por um preço mais baixo e um maior crescimento económico.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Maximus
2 anos atrás

Warren Buffett já dizia: “nunca aposte contra os EUA”

Heitor
Heitor
2 anos atrás

Kaliningrado é uma aberração.. o que deve ter de arma nuclear lá não está escrito, deram um ponto estratégico e muito perigoso aos russos

MAB
MAB
Responder para  Heitor
2 anos atrás

Não deram. Era um enclave alemão até a 2GM (Königsberg). Os russos tomaram. Assim como fizeram com territórios da Polônia, Japão, Ucrania e N outras nações.

Agora que é estratégico é. Daqui a pouco Vladolf Putler terá que transformar todo cidadão russo em militar para dar conta de proteger um território que não para de crescer.

Quanto ao texto, faltou citar que a expansão em sua maioria foi por pedido de ingresso e não o contrário. Praticamente nenhuma ex república soviética quer ser satélite da Rússia. Basta notar o esforço que Polônia, países Bálticos, Tchecos e Slovacos estão fazendo para ajudar a Ucrânia.

Desconheço pessoas destes países que viveram sob domínio russo , quererem voltar aquela vida miserável que tinham (não no sentido monetário). Eles eram obrigados a aprender russo no colégio. Sempre existia uma polícia do tipo stasi em cada um destes países e que os cabeças eram russos. Fora que a palavra liberdade era apenas uma palavra e não algo palpável. O negócio era tão ruim que pessoas não podiam sair para o “ocidente decadente”. Era proibido.

Tem que ser muito hipócrita ou pessimamente preparado (ou despreparado) para defender o retorno disto.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Heitor
2 anos atrás

Mas também o quanto de terra os russos deixaram na Europa na derrocada Soviética? A Ucrânia mesmo hoje é pedra no sapato russo.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Se fosse deles…
Deixaram de ocupar.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Ganho na guerra amigo.Caso contrário eles lá falariam alemão até hoje.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Não, não foram anexados. Continuaram a serem países supostamente “independentes”, ao contrário do que aconteceu em Kaliningrado.
E se formos por aí, a França e toda a restante Europa Ocidental pertenceria aos EUA e RU?

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Sim o pensamento é esse da França e toda o restante Europa Ocidental pertenceria aos EUA e RU.Se foi conquistado na guerra é de quem conquistou.Tanto que os EUA estão na Alemanha,Japão e Itália até hoje.e ai deles se acharem ruim.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

E o Japão também

Heitor
Heitor
Responder para  Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Mas não é o quanto ganhou ou perdeu, mas a posição.. de Kaliningrado há alcance curto para Suécia, Alemanha e Polônia.. é realmente um ponto estratégico que os russos só deixariam mão após muito quebra pau

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Heitor
2 anos atrás

Deixa Kaliningrado lá firme e forte como lembrança a esses países para não cometerem o mesmo erro que o meia boca do presidente da Ucrânia cometeu.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Heitor
2 anos atrás

Kaliningrado fica em localização estratégica para os Russos sem dúvida… Porém em uma guerra seria o primeiro alvo da OTAN (que possui ampla superioridade aérea e naval) e como a ligação com o território Russo fica a quilômetros de distancia seja por ar, terra ou mar, ficaria rapidamente isolada e seria tomada nos primeiros dias de guerra… Pois seria impossível suprir suas necessidades com o mar e espaço aéreo completamente contestados…
E como vimos na guerra com a Ucrânia, logística não é o forte dos Russos
E a quantidade de mísseis que os Russos depositam lá, o tornam um alvo muito apetitoso

Nilton L Junior
Nilton L Junior
2 anos atrás

Uma análise capciosa que reproduz a retórica que tudo é esta de boa na NATO/USA/UE, a realidade é que os Russos adaptaram sua estratégia e pelo visto o pau vai continuar batendo.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Nilton L Junior
2 anos atrás

Deixa o pau quebrar Nilton.Que reclamem com o papa lá no vaticano.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Renato de Mello Machado
2 anos atrás

É quem sabe uma hora se dão conta que não existe lado bom contra lado mal.

Ronilson Nogueira costa
Ronilson Nogueira costa
2 anos atrás

Suécia e Finlândia entram para a Otan, e a Rússia toma metade do território da Ucrânia, inclusive a parte mais rica e corta a saída para o mar kk difícil saber quem sai ganhando Otan ou Rússia.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Ronilson Nogueira costa
2 anos atrás

Só de terem armas nucleares apontadas para a Suécia e Finlândia já é uma derrota.

Marcelo
Marcelo
2 anos atrás

E sem contar na corrida armamentista que irá ocorrer na Europa nos próximos anos. Os países da região irão se fortalecer militarmente. Os russos não irão conseguir acompanhar o avanço dessas nações(a única vantagem da Rússia até o momento é seus Mísseis hipersônicos) mais com rápido investimento dessas nações ( EUA e Aliados) criarão meios para neutralizar ( a suposta superioridade russa, seja anti-Hipersônica ou de ataque). A Rússia não terá dinheiro para competir com essas nações.

Marcelo
Marcelo
Responder para  Marcelo
2 anos atrás

E também com mais nações na Europa em posse do F-35 será cada vem mais difícil para russos conseguir acompanhar as armas furtiva da OTAN. E sem contar com a entrada dos Bombardeiros Furtivos B-21 e Caças de 6 geração dos EUA.

Ronilson Nogueira costa
Ronilson Nogueira costa
Responder para  Marcelo
2 anos atrás

A Otan hoje destruiria o exército russo sem grandes problemas,mas não fazem porquê será você sabe?

Monarquista
Monarquista
Responder para  Ronilson Nogueira costa
2 anos atrás

Por que a Otan não ataca, apenas defende. A organização serve apenas para defender os membros, jamais para começar uma guerra.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

”apenas defende” igual fez na Sérvia, Yuguslávia e na Líbia? Que membro foi atacado nesses dois contextos? Nenhum.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Nascimento
2 anos atrás

Esses ai que deram deslikes podem provar aonde a OTAN foi atacada nesses contextos? Dar deslike é mole queridão, quero ver provar aonde a aliança foi atacada. Rs.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Nascimento
2 anos atrás

Ataque preventivo é também uma forma de defesa !!!

Nascimento
Nascimento
Responder para  Nelson Junior
2 anos atrás

A razão apresentada pelos ataques da OTAN contra a Sérvia, Yuguslavia e Líbia não foram ser ”ataques preventivos”.

Ta colocando uma hipótese que nunca existiu.

Felipe
Felipe
Responder para  Monarquista
2 anos atrás

Apenas defende…kkk Não sabia que a OTAN tinha territórios no Iraque, Servia, Libia, Siria, Afeganistão.

Ronilson Nogueira costa
Ronilson Nogueira costa
Responder para  Marcelo
2 anos atrás

Tá mas e daí se a Otan é mil vezes mais poderosa que a Rússia kk vão fazer o quê jogar mísseis em Moscou?????

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Marcelo
2 anos atrás

Israel e EUA já estão testando laser que tornarão os Hipersônicos inúteis

Grifon Eagle
Grifon Eagle
2 anos atrás

Eu vou discordar da análise feita pelo Professor Ricardo Cabral, pois a OTAN só tem um único objetivo claro e nítido, que é cercar a Rússia por todos os lados, e instalar sistemas de mísseis balísticos através de países fronteiriços, mísseis que atingiriam Moscou e São Petersburgo em questão de minutos. Tudo isso para fazer com que a Rússia não se desenvolvesse militarmente e economicamente.
No passado, a antiga URSS se desmoronou, caiu, o Pacto de Varsóvia também caiu, os EUA ganharam a guerra fria, logo, não haveria mais motivos para manter um bloco militar como a OTAN.
Porém, o Putin queria aderir à OTAN, ele fez dois pedidos, sendo um ao Bill Clinton e o outro ao Bush, pelo qual os EUA rejeitaram a Rússia, e ainda alegaram que o fato de manter o bloco da OTAN era para combater o terrorismo no oriente médio, instalando um sistema de escudo antimísseis. Não obstante, ocorreu a Guerra do Iraque, e foi constatado que não havia nenhuma arma nuclear, e ao mesmo tempo a OTAN estava se expandido ao leste europeu, o que preocupou o Putin. Depois que Polônia, Romênia, Bulgária e os três países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia), aderiram ao bloco, aí o Putin viu que os EUA mentiram ao alegar que a OTAN era apenas para defender a Europa de possíveis ataques de mísseis nucleares por parte do Iraque e do Irã. O Putin sabia que na época, nenhuma das duas nações do oriente médio, tinham armas nucleares, e que os EUA estavam mentindo. Bush pressionou o antigo presidente da Geórgia, Mikhail Sakashvili, para se prontificar à aderir a OTAN. Nisso, o Putin viu claramente que o intuito de manter aquele bloco era simplesmente para expandi-lo ao leste europeu, e cercar a Rússia por todos os lados com aqueles sistemas de mísseis balísticos que seriam instalados, então ele não teve outra escolha, senão partir para a segunda Guerra da Chechênia, pelo qual a Geórgia acabou perdendo a Ossétia e a região da Abecásia, ficando assim impossibilitada de aderir ao bloco por causa das suas duas regiões com ocupação russa.
O Putin nunca quis se aliar à China, mas ele teve que fazê-lo, porque não tinha opções, sendo que no começo ele se prontificou a trabalhar com o ocidente, e a estreitar relações com o ocidente. Putin pegou uma Rússia muito acabada e deteriorada. Ele quis estreitar relações com o ocidente, mas o ocidente só enxergava a Rússia como um país hostil, e no entanto, o Putin reestruturou o exército russo tornando-o novamente uma grande potência militar e nuclear hegemônica, e então viu que a OTAN era justamente aquilo o que ele sempre desconfiou, um bloco a ser mantido a fim de deteriorar e intimidar a Rússia.
Em 2014 com o golpe de estado que derrubou o presidente Viktor Yanukovich, que tinha boas relações com a Rússia, o Putin viu que, com o golpe a Ucrânia estaria livre para adentrar ao bloco da OTAN, então foi aí que o Putin ordenou a tomada da Crimeia. A Ucrânia entregou suas armas nucleares em 1994, com a ”garantia” de que os EUA e Reino Unido defenderiam a soberania daquele país, e 20 anos depois, a Ucrânia ao perder a Crimeia, só tinha um pedaço de papel para se defender. Com a perda da Crimeia e mais recentemente de Donbass, a Ucrânia fica impossibilitada de aderir ao bloco da OTAN.
Hoje, temos uma guerra em que o Putin não teve outra alternativa, a não ser acabar com o poderio bélico militar da Ucrânia e desestabilizar toda aquela nação, a fim de garantir a segurança da Rússia. O Putin não é santo, aliás, não tem ninguém santo nisso, mas se tem grandes culpados, estes são os EUA e o Reino Unido que tanto pressionam o Zelensky a não se entregar, e a resistir a guerra, o que é lamentável, pois quem sofre com tudo isso é a população civil de toda aquela região.
A conclusão que eu chego, é que a Rússia jamais admitirá que um país europeu que esteja próximo à Rússia, além de país fronteiriço, adentre ao bloco da OTAN.
A meu ver, a Rússia vem resistindo às sanções, porque tem o BRICS e principalmente a China para ajudá-la, sem contar que ambas estão estrategicamente com um plano de desdolarização. O gás russo só pode ser comercializado em rublos, dentre outros produtos, sem contar que o BRICS está criando um sistema de comércio independente do dólar. O que salvará a economia da Rússia, além da China, será o BRICS, e a Rússia não está acuada e nem isolada como muitos pensam. A Rússia é um país difícil de ser sancionado, pois de 2014 pra cá, tem resistido bastante às sanções após a anexação da Crimeia. A China também vem ganhando com esta guerra. Se o Zelensky tivesse pulso firme, não cairia na onda dos EUA e do Reino Unido e aceitaria perder a Crimeia e Donbass, e se comprometeria a não aderir à OTAN, e a guerra cessaria, mas como bem sabemos, o Zelensky não passa de uma marionete deles.
E quanto a Taiwan, eu não acredito que os EUA defendam aquela ilha com unhas e dentes, não acredito mesmo, o máximo que farão é enviar armas leves de infantaria para Taiwan, igual estão fazendo com a Ucrânia, ou seja, só armamentos como fuzis, armas anticarro, lançadores de granadas.. Não creio que os EUA enviarão tropas a todo custo para garantir a soberania da ilha de Taiwan.
A meu ver, a Rússia vai continuar no mercado mundial, mesmo com pesadas sanções, e países europeus como Alemanha, Hungria dentre alguns outros, não vão conseguir resistir a isso por muito tempo, e continuarão dependendo do gás russo, além de negociarem o comércio pelo gás russo, em rublos. Do mais, o tempo dirá como será, mas a meu ver, as minhas análises são essas, e eu discordo plenamente da análise feita pelo Prof. Ricardo Cabral.

Henrique
Henrique
2 anos atrás

A Rússia tá chegando no nível da Coreia do Norte.
Muita sandice tudo isso que fizeram.

Pablo Maroka
Pablo Maroka
Responder para  Henrique
2 anos atrás

É uma disputa acirrada: Russia, Coreia do Norte e Venezuela.

Hcosta
Hcosta
2 anos atrás

Então, afinal, Putin não é assim tão inteligente.
Foi cair na armadilha dos EUA…

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Depende da armadilha se for aquela das sanções para colapsar a economia da Russia parece que quem caiu na armadilha são quem continua comprando gas e petroleo e o rublo se recuparando, qual armadilha mesmo?
Ah e antes que esqueça a armadilha é tão boa que os navios da Russia passam pelo bósforo dando tchau isso que é sanções eficiente.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nilton L Junior
2 anos atrás

Vamos ver.
O que seria preciso acontecer para Putin ganhar a guerra?
Ou, ainda mais, difícil perder a guerra?
A economia estagnar ou recuar?
E não me parece que as ameaças Russas estejam a diminuir. Se tudo estivesse a correr bem não deveria ser o oposto?
E a economia não deveria estar a crescer? Lembro que as sanções, e sempre foi assim, demoram o seu tempo e as reservas não duram para sempre e os efeitos vão-se acumulando. E foram apenas dois meses de guerra e segundo os analistas Putin se preparou durante anos para as sanções e mesmo assim não sei se aguenta muito mais tempo.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Simples, porque os Russos mudaram o objetivo, que aparentemente será a consolidação daquela faixa do Dombas, permitindo concentrar tropa, equipamento e material num terreno plano onde os separatista conhecem.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nilton L Junior
2 anos atrás

Ou seja o que os Russos ganharam desde 2015?
Muitas mais sanções, isolamento internacional, economia muito mais frágil, guerra sangrenta, uma Ucrânia mais forte militarmente, etc.. para consolidar uma faixa no Donbass e que ainda vamos ver se conseguirão manter contra uma população hostil. Mesmo que continuem a deportar Ucranianos para a Sibéria…

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Peque sua pipoca e assista a história sendo feita, a Novorussia sendo criada, novo bloco geoecomico baseado na comódites de gás e petróleo e novo padrão internacional de comércio em mais moedas e por fim consolidação da nova geopolítica capitaneado por novas alianças.
E vou colocar ainda mais um detalhe o próximo itém da pauta de conflito entre os blocos capitalista será agua.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Concordo. Se ele quisesse atrasar a entrada na UE e OTAN, que tomasse uma província mais ao sul da Ucrânia ou outra na fronteira e atrasasse a entrada dela na OTAN por mais uns 5-10 anos. Mas não, quis tomar o território todo, dando um passo maior do que a perna, sem fazer longas campanhas de bombardeio como os EUA fez no Iraque em 91 e quebrou a cara. Agora ele vai pegar uns 20-30% do país e sair cantando vitória.

Allan Lemos
Allan Lemos
2 anos atrás

Putin sempre foi um grande estrategista, mas faltou a aula em que Sun Tzu passou uma de suas lições mais valiosas:

“A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”.

Augusto
Augusto
Responder para  Allan Lemos
2 anos atrás

Coisa que ele fez em 2014 e esqueceu de fazer em 2022.

EduardoSP
EduardoSP
2 anos atrás

Quando o sujeito começa a escrever estadunidense a gente já desconfia do que vem pela frente.

Nick
Nick
2 anos atrás

A OTAN expandiu para o Leste por demanda dos países da antiga cortina-de-ferro, depois de testemunharem os conflitos da Chechenia, Goergia, etc. Não querem ser a próxima bola da vez, e eles estão CERTOS. Tão certo que até os páises tradicionalmente neutros, mas com viés ocidental, já encaminhando suas candidaturas para fazer parte da Aliança Ocidental.

A Russia não vai no plano militar, perder essa guerra, à não ser que queiram derrubar o Putin. Putin entrou nessa e entrou para ganhar. Recuar suas linhas e for obrigada a retornar para suas fronteiras seria uma vergonha insuportável e estaria liquidado politicamente e talvez até fisicamente também.
Vai usar Nukes Táticos??? Talvez. E se usar, qual vai ser a reação ocidental? Até onde Putin pode puxar a corda até que não arrebente?

Apesar que eu queira a Ucrania livre de uma vez da Russia, talvez para o mundo a derrota convencional nos próximos dias para Putin seja a melhor escolha.

E a China… acredito que não vai ficar apoiando cegamente os russos, na verdade, quer que ela caia e com vácuo russo, assumir seu lugar.
[]’s

Henrique
Henrique
Responder para  Nick
2 anos atrás

Os países que foram anexos à antiga União Soviética querem de fato distância dos russos ainda mais considerando um cara como Putin. O problema não é o “quê” mas sim o “como” e a Ucrânia através do seu presidente “popstar” não soube lidar com os russos apostando que estes não cruzariam a linha e se cruzassem teria a Otan intervindo… resultado .. essa guerra estúpida.
Os EUA de fato conseguiram fazer com que o Putin caísse nessa armadilha conhecendo seu ego e de fato a Ucrânia é um player descartável para os objetivos geopolíticos traçados. Não há santos nesse cenário e as lições aprendidas deve ser, de fato, aprendidas também pelo Brasil.
E vc está certo, a China com sua paciência e principalmente disciplina, vai preenchendo todas as lacunas deixadas pelos demais…

EduardoSP
EduardoSP
2 anos atrás

Análise interessante.
Só acho que peca quando trata da expansão da OTAN como um proposição americana, quando ela ocorreu por demanda dos países que foram ocupados pelo exército soviético e que vêem a Rússia como uma ameaça. Ameaça essa que se mostrou bem real em 24 de fevereiro.
Hoje, todos os países do leste europeu que aderiram à OTAN têm a satisfação de terem feito a coisa certa, e quem não aderiu, está correndo para aderir.
Outro ponto é afirmar que a OTAN age à margem da lei internacional. Isso não é verdade. A OTAN atuou nos balcans e na Líbia com mandato da ONU. Atuou também no Afeganistão na única vez em que um país membro foi atacado e demais membros da aliança foram acionados para apoiar sua defesa.
A atuação da organização não deve ser confundida com a atuação individual dos seus membros.

Nascimento
Nascimento
Responder para  EduardoSP
2 anos atrás

”Outro ponto é afirmar que a OTAN age à margem da lei internacional. Isso não é verdade. A OTAN atuou nos balcans e na Líbia com mandato da ONU.”

Na Líbia sim, mas nos Balcãs não. Porém, mesmo se o CS da ONU aprovar uma resolução não significa que ela deve ser seguida. Se aprovarem uma contra o Brasil então esta boa pra ti?

NATO did not have the backing of the United Nations Security Council to use force in Yugoslavia.”

https://en.wikipedia.org/wiki/Legitimacy_of_the_NATO_bombing_of_Yugoslavia#:~:text=NATO%20did%20not%20have%20the,attack%20occurred%20against%20another%20state.

Erick Barros
Erick Barros
2 anos atrás

A OTAN se expandir ou não com dois pequenos países não afetará em nada a nova composição que está se formando no Mundo
O centro de poder está se movendo para o Oriente, com a China e a Rússia como protagonistas e os grandes países da região perto deles.

L G
L G
2 anos atrás

A Rússia aprende com as guerras e vai se adaptando. Foi assim com Napoleão que fez um grande exército de toda a Europa e com mamelucos da África. E também da Alemanha nazista que teve o apoio de toda a Europa. Vamos estudar e aguardar.

Marcelo
Marcelo
Responder para  L G
2 anos atrás

A Rússia têm mais antagonistas de que aliados. A Rússia se tornou uma nação tóxica.

Marcelo
Marcelo
Responder para  L G
2 anos atrás

Essa Rússia agressiva foi a melhor coisa que aconteceu para EUA. Agora os europeus irão ter que se armar sem precisar justificar para seus cidadãos. Imagina a Alemanha gastando bilhões de dólares antes? Hoje eles pode justificar a ameaça russa.

Alecs
Alecs
2 anos atrás

Boa noite.
Mais uma análise muito interessante pelo aspecto histórico.

https://www.youtube.com/watch?v=fwBWiA5dZlU&ab_channel=Prazer%2CKarnal-CanalOficialdeLeandroKarnal

Control
2 anos atrás

Srs
No fim da IIGM, dos países liberados da ocupação alemã, aqueles que foram liberados pelos soviéticos passaram do domínio nazista para o soviético enquanto os que escaparam da “libertação” soviética recuperaram sua independência.
Porém, infelizmente, a URSS não ficou satisfeita em dominar todo o leste europeu e manteve um poder militar enorme a ameaçar o resto da Europa. Isto é que levou a criação da OTAN.
E durante toda a guerra fria a OTAN ficou restrita ao papel de força defensiva a se opor a qualquer ação ofensiva da URSS e seus estados satélites.
O fato é que a OTAN, mesmo no caso do Afeganistão, estava a agir na defesa de um de seus membros, o EUA, que foi atacado em 11 de setembro.
E, mesmo na Europa, apenas na desagregação da Iugoslávia é que a OTAN interveio e só após uma pressão midiática devido as atrocidades que aconteceram, particularmente na Bósnia.
Quanto ao aval da ONU, cabe lembrar que os principais vencedores da IIGM (EUA, Rússia, China, França e UK) tem poder de veto e, portanto, bloqueiam qualquer medida que seja contra seus interesses ou de um aliado.
Ou seja, imputar a OTAN um caráter intervencionista e causa de desestabilização na Europa baseado em tais casos ignorando a ação da antiga URSS (ocupação e implantação de regimes títeres no leste europeu) e da Rússia (Geórgia, Moldávia, Ucrânia) atribuindo a OTAN de maneira transversa a causa da atual invasão da Ucrânia é ignorar a verdade dos fatos históricos.
O que parece é que o autor se deixou levar pelas suas preferências ideológicas em detrimento dos fatos, ignorando o histórico do domínio russo/soviético dos países do leste europeu e a vontade deles em evitar retornar a tal situação.
Se o ilustre doutor tivesse a pachorra de perguntar a um polonês ou lituano ou qualquer outro habitante do leste europeu de qual país eles teriam mais medo e se eles prefeririam ficar presos a Rússia ou se ligarem aos países da Europa Ocidental teria uma resposta muito mais fundamentada do que sua esforçada argumentação da influência dos EUA no leste europeu cooptando-os para a OTAN para vender armas.
Sds

Hcosta
Hcosta
Responder para  Control
2 anos atrás

Excelente comentário.
E acrescento que as guerras nos Balcãs foram um exemplo de uma guerra para acabar com a guerra.

Ocidental Frustrado
Ocidental Frustrado
2 anos atrás

A OTAN está se expandindo em direção ao Leste, desde 1997, em termos geopolíticos, isso significa que Bruxelas considerava a Rússia, no mínimo, uma ameaça. Nós já abordamos em outros ensaios aqui no site, os acordos que os Estados Unidos e a OTAN quebraram com os russos, ao realizarem essas expansão, bem como a percepção de ameaça que essa expansão representava para os russos. Podemos afirmar, que em termos estratégicos, apesar da desintegração da URSS, o pensamento estratégico norte-americano mantinha suas bases vindas da Guerra Fria.

Qual matéria se encontra isso? Ou poderia já informar que acordos são esses?

Hcosta
Hcosta
Responder para  Ocidental Frustrado
2 anos atrás

O autor esqueceu de referir a grande diminuição no número de soldados e a necessidade de estas bases servirem de apoio às operações no Médio Oriente, contrariando o argumento de que a OTAN era uma ameaça crescente para a Rússia.

Ocidental Frustrado
Ocidental Frustrado
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Interpretação de texto lhe falta. Faltou as aulas de português na escola ou ainda está cursando o primário?

Releia o texto para interpretar corretamente o que o autor afirma:

o pensamento estratégico norte-americano mantinha suas bases vindas da Guerra Fria.

As “bases” não são instalações militares, mas a base para um contexto de um pensamento geoestratégico de Washington.

Pela amor de Deus. Me sinto envergonhado em ter que fazer esse comentário, pois qualquer criança entenderia corretamente a afirmação do autor.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Ocidental Frustrado
2 anos atrás

Pátria Educadora kjjjj

Bueno
Bueno
2 anos atrás

A Suécia tem dado Suporte a OTAN Voando na Polonia com uma aeronave Gulfstream IV, isto é um claro posicionamento, não que em outras situações não tenha apoiado a OTAN, se tratando de um conflito que tem a Rússia como adversário é relevante.

 
O Putin deu uma grade ajuda para o OTAN , a indústria militar dos EUA agradece e a China o espera de braços abertos.

https://www.radarbox.com/flight/SVF645

GULFSTREAM.JPG
Veiga 104
Veiga 104
2 anos atrás

Bom dia a todos. 19 de Abril. Dia do Exército.

Fabricio Lustosa
Fabricio Lustosa
2 anos atrás

Não sendo a pessoa um deficiente mental, um zumbi intelectual, tem que ter muita desfaçatez para afirmar que o papel da OTAN, a única razão de ser da OTAN, NÃO é confrontar a Rússia. É de dar nojo ver gente afirmando que a OTAN “é uma organização defensiva!”. Quem manda nessa aliança são os EUA, e isso parece ser indiscutível. Qual país na data de 02 de agosto de 2019 se retirou formalmente do Tratado INF, sobre a eliminação de mísseis de médio e curto alcance assinado com Moscou em 1987??? Exatamente o líder dessa organização “defensiva”. Qual país, e isso contando apenas as armas desse país catalogadas e de conhecimento público, possuí mais de 100 (cem) bombas nucleares B61 distribuídas em quatro países europeus (Alemanha, Bélgica, Itália e Holanda) e um asiático (Turquia)??? Exatamente o líder dessa organização “defensiva”. Fora todo tipo de armamento desde sempre mirando o mesmo e velho inimigo. Fora todo tipo de armamento nuclear mantido em sigilo nas fronteiras russas. São tantas atitudes agressivas absurdas dos EUA/OTAN com relação a Rússia, desde sempre tratada com o máximo grau de agressividade, que é nojento ver gente brasileira defendendo essa organização. Organização “defensiva” essa que logo logo pode entender “pelo bem do mundo” citando fatores ambientais ou a mentira que for, por intervir até mesmo no Brasil como muitos já veem como possibilidade real. A função da OTAN é ver a Rússia destruída, simples assim, não é nem ver a Rússia de joelhos, submetida, vez que sabem que isso é impossível. É ver o fim da Rússia por completo, e isso é mais do que claro. É ter a passagem livre para a atitude que quiserem ter na Europa e até Oriente Médio e parte da Ásia, com o fim desse “inimigo”. Qual o benefício para o Brasil em ter um de seus parceiros do BRICS obliterado por essa aliança “defensiva”? EVIDENTEMENTE NENHUM! A própria Ucrânia vai ter um futuro banhado na própria desgraça, com perca de grande parte de seu território e mesmo entrando na UE vai viver em dívida com os empréstimos que serão feitos, vide Grécia. Enfim, a realidade é bem diferente de filmes de Holywood e do que essa imprensa mainstream patética tanto propaga, sendo que a duas ou três semanas atrás as manchetes eram que os russos teriam munição e combustível para somente mais 3 dias de guerra: Hoje sabemos que só ontem mais de 300 alvos em território ucraniano foram devastados através de bombardeios. Hoje sabemos que uma ofensiva bem diferente e realista começou no leste. Hoje sabemos que o comando russo é outro e único. Choques e mais choques de realidade.  

Rodes
Rodes
2 anos atrás

O autor omite algumas guerras quase desconhecidas, com participação dos russos no inicio dos anos 90 e que foram o estopim para o o leste europeu “correr” para o colo da OTAN

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Transn%C3%ADstria

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_na_Abec%C3%A1sia_(1992%E2%80%931993)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_na_Oss%C3%A9tia_do_Norte_de_1992

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_na_Ge%C3%B3rgia

100nick-Elã
100nick-Elã
2 anos atrás

Que tal uma opinião feminina e de uma ucraniana sobre a guerra?

https://www.youtube.com/watch?v=KENUnjKetpw

Lana alves
Lana alves
2 anos atrás

Eu não tenho 1% de dúvida que a Crimeia e qualquer outra área pertencente a Ucrânia voltarão para os ucranianos após a morte do ditador da Rússia. Já vimos essa história antes.

Fabricio Lustosa
Fabricio Lustosa
Responder para  Lana alves
2 anos atrás

Sinto muito lhe informar mas NENHUM dos candidatos a presidência russa nas últimas eleições falou que cederia a Criméia a Ucrânia. Sobre as áreas separatistas, os ucranianos tiveram quase dez anos para retomar. Não conseguiram. Meus pêsames.

Augusto L
Augusto L
2 anos atrás

Sinceramente acredito que esse autor não entende as visões geopolíticas de Rússia e os países da Otan. Ele foca muito nas percepções de segurança e insegurança e se esquece que esses conceitos são só nuances que afetam um sistema maior.

Ou melhor essas nuances são somente a manifestação do componente humano da analise geopolítica.

Resumindo as fontes de pesquisas são em grande maioria horríveis e não há nenhuma de um jornal focado no tema. Parece que eles só faz um compilado das informações que busca em jornais e compila de acordo com sua visão dos fatos ao invés de buscar a visão mais logica para se interpretar a realidade.