CV90 Mjölner - 2

Quatro anos após a assinatura do contrato, a FMV (Administração de Material de Defesa) da Suécia entregou ao Exército Sueco 40 veículos autopropelidos Mjölner de morteiros de 120 mm de morteiro baseados no chassi de lagartas CV90.

Desenvolvido e produzido pela BAE Systems Hägglunds, o Mjölner é uma solução de torre de morteiro de 120 mm que trará fogo indireto usando o chassi sobre esteiras do IFV (Veículo de Combate à Infantaria) CV90.

O Mjölner, denominado Granatkastarpansarbandvagn Grkpbv 90 no Exército Sueco, é um blindado autopropelido sobre lagartas porta-morteiros de 120 mm que se baseia no chassi sobre lagartas CV90 equipado com uma torre armada com dois morteiros de 120 mm. O fogo indireto lançado pelo sistema de morteiro do CV90 Mjölner apoiará batalhões mecanizados.

A produção dos primeiros quatro veículos blindados porta-morteiros foi planejada para o outono de 2018 para permitir cursos industriais para os futuros instrutores e técnicos das Forças Armadas suecas. Uma pré-série foi então entregue em janeiro de 2019. E em setembro, as primeiras quatro séries CV90 Mjölner para o treinamento do primeiro pelotão Grkpbv 90 foram entregues.

O CV90 Mjölner é operado por uma tripulação de três pessoas. O veículo está equipado com um sistema de carregamento mecânico projetado para recarregar rapidamente os tubos das armas em todas as situações de combate. Ele oferece um arco de engajamento frontal completo de 60° e sua faixa de elevação de 45° a 83° para engajar alvos em uma ampla gama de distâncias.

O CV90 Mjölner pode carregar um total de 56 munições de morteiro. Tem um alcance máximo de tiro de até 13 km usando munição padrão. O primeiro tiro pode ser disparado em menos de 2 minutos, com uma cadência máxima de tiro de 16 tiros por minuto.

FONTE: Army Recogniton

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Sincero Brasileiro da Silva
Sincero Brasileiro da Silva
2 anos atrás

Enquanto uns caminham para frente, outros dão passos largos para trás… Parabéns Suécia!

Flanker
Flanker
2 anos atrás

A segunda foto me lembrou um M108 transformado em porta-morteiro. Seria uma boa utilização para as dezenas de M108 que foram desativados há pouco tempo pelo EB?

Gelson
Gelson
Responder para  Flanker
2 anos atrás

Bom dia, Flanker!
Eu respeito muito os teus comentários mas desta vez preciso intervir para não ficar dando essas idéias ao pessoal do EB. Pois eles já mostraram (e provaram) que têm os olhos voltados para o passado e não para o futuro (conforme comentou muito bem o colega Sincero – acima). Uma transformação dessas conforme a tua sugestão, devido à complexidade dos novos morteiros (conforme muito bem citou o colega Bosco – abaixo), demandaria grandes transformações e um custo proibitivo, além da pequena escala de produção. Melhor olhar para a frente e buscar já algo pronto e testado. Além do que o saudosismo que impera no EB logo estaria buscando uma “nova função” até para o FT-17. Já basta o que estão pensando em fazer com o Leopard, Cascavel e sabe-se mais lá o que essas mentes profícuas tem planejado…
Deus nos livre!
Que o próximo ano seja melhor para todos e com mentes mais iluminadas!

Flanker
Flanker
Responder para  Gelson
2 anos atrás

Gelson, concordo totalmente com a sua colocação sobre modernização de equipamentos antigos (que não compensem). Mas, visto que o EB está desenvolvendo uma versão porta-morteiro do Guarani, percebe-se que há a necessidade de um veículo desse tipo. E, com o grau de automação do veículo sueco, especulo que será mais efetivo que outros porta-morteiros tradicionais. E fiz uma pergunta, procurando saber se seria viável uma utilização dos veículos que apresentam ainda boas condições estruturais e mecânicas.
De resto, concordo contigo. É pra frente que se anda. Abraço.

Gelson
Gelson
Responder para  Flanker
2 anos atrás

Só para esclarecer, não estou afirmando que o colega Sincero estava se referindo ao EB mas a frase que ele colocou se encaixou perfeitamente no perfil.

Bosco
2 anos atrás

Estão fazendo com o velho morteiro o mesmo que o Prof. Pardal fez para resolver o problema da sede inventando uma pílula que hidrata , bastando tomá-la com dois copos d’água e 4 em 4 horas. rssss
A grande vantagem do morteiro era a simplicidade, robustez e baixo custo, hoje os mais modernos não têm nenhuma dessas três características.
Começaram colocando sistema de amortecimento do recuo para que pudesse ser utilizado em veículos sobre rodas. Depois inventaram de colocá-lo numa torreta giratória e deram um jeito de inserir a munição pela culatra. Por fim instalaram um carregador mecânico/automático.
Esse aí ainda é mais sofisticado porque a munição é inserida pela boca através de um sistema mecânico altamente complexo.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Ganha cadência, precisão e não tenho a certeza se não será mais confiável. Por um lado tem uma maior quantidade de sistemas que podem avariar mas também reduz o esforço sobre o chassis.
Num morteiro móvel, e no contexto de colunas blindadas, tempo é essencial. Quanto mais rápido adquirir o alvo, disparar e sair do local, melhor…

Isto não significa que os morteiros tradicionais deixem de serem usados mas tem outros cenários em que serão melhor aproveitados. Infantaria mecanizada, etc…

Bosco
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Sem dúvida.
As o USA quer introduzir esse morteiros de retrocarga em torretas nos Strykers ou no novo AMPV (ou nos dois).

Hcosta
Hcosta
Responder para  Bosco
2 anos atrás

E este conceito mas que não deve ter muita utilidade

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Rommel Santos
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Entendo que devido às varias características geográficas/morfologicas da Suécia, considerando desde suas costas marítimas recortadas até ao longo de seus inúmeros lagos e canais navegaveis, este tipo de embarcação é muito util e eficaz para eles.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Hcosta
2 anos atrás

Pra mim essa engenhoca sueca, à lá prof. Pardal, é mais um alvo caro e fácil pra ser destruído, enquanto nos morteiros simples o soldado pode se se esconder em qualquer buraco.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Carlos Crispim
2 anos atrás

Acho que podemos generalizar a muitos equipamentos nórdicos. Atacar em força, com precisão e rápido e sair ainda mais depressa.
Um morteiro rebocado ou embarcado ainda se perde algum tempo nas suas calibrações, posicionamento (fazer o buraco, etc…) e em mudar de local. Nestes é quase tudo automático. E hoje em dia, com drones e radares de artilharia, fica mais difícil esconder. E em qualquer equipamento militar tem sempre a mesma dúvida. Muitos e baratos ou poucos e caros.
Como disse, depende do cenário, do nível tecnológico da ameaça, entre outras coisas.

Flanker
Flanker
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Bosco, o EB não tem uma versão porta-morteiro do Urutu? E não está desenvolvendo uma versão assim para o Guarani? Eu concordaria contigo se o que fosse questionado fosse o morteiro em si e sua utilidade. Entretanto, enquanto ele for algo útil e necessário, não vejo motivo para não extrair desse tipo de arma a maior cadência e desempenho possíveis. Qual a guarnição/tripulação necessária para operar um Urutu ou Guarani? Neste modelo sueco são 3 tripulantes.

Bosco
Responder para  Flanker
2 anos atrás

Flanker,
Mas eu não sou contra não. Muito pelo contrário! Eu sou fã desses novos morteiros avançados.
O que eu disse foi que a arma que era intrinsicamente rústica e barata se sofisticou.
Agora, o que não pode é um exército como o nosso não aproveitar o conceito de morteiro original e ter uma grande quantidade. Sem falar que nós os fabricamos.
Pra mim algumas armas simples de uso por forças de terra fazem a diferença em alguns cenários. Por exemplo, o CSR tipo o Carl Gustav (ou se preferirem: “Gustaf”) ou o de 106 mm (que foi aposentado no EB) ou o M67 (ex US) , o ALAC , lança rojões como o M-73 LAW, morteiros convencionais de todos os calibres, lançador de granadas encaixável e automático, lançadores de foguetes sup-sup tipo o Hawk (36 x 70mm), etc.
São armas que aumentam muito o poder de fogo e de baixo custo e alta simplicidade.

Flanker
Flanker
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Certo, Bosco. Entendi. Um abraço.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Parabens Bosco! Quando vc faz comentarios puramente tecnicos e imparciais como este e sem se deixar levar pelo lado ideologico da questao ou a raiva que vc tem da Russia ou de qualquer país que seja antagonico aos EUA entao vc da um verdadeiro show de conhecimento.

Bosco
Responder para  MGNVS
2 anos atrás

MG,
Não confunda minha “luta” contra as narrativas dos antiocidentais brasileiros que infestam a Trilogia com qualquer sentimento de raiva ou ódio que eu possa ter da Rússia ou da China. Tais países , em que pesem seus governos totalitários, nunca me fizeram absolutamente nada para que eu possa ter algum sentimento pessoal negativo sobre eles.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Sim… eu ja percebi isso… eu tbm nao confundo “governos” com povos. Particularmente eu tenho nojo dos “governos” da Arabya Saudita e do Iran, mas nao dos povos, ja que tanto a cultura arabe quanto a cultura persa ja trouxeram e agregaram muitos conhecimentos ao mundo, inclusive ao Ocidente. Mas os “governos” deles, esses sim, sao lamentaveis.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Bosco, agora quanto ao material sueco?
Qual a sua opiniao? Devemos lembrar que desde a Guerra Fria a Suecia é neutra, mas a defesa dela sempre focou a URSS e agora a Russia. A Suecia no entato procura nao depender dos EUA ou OTAN, a nao ser em algumas cooperacoes.

Bosco
Responder para  MGNVS
2 anos atrás

MG,
Tudo que eles desenvolvem e produzem parece ser reconhecidamente de boa qualidade.
A “universalidade” de armas como o AT-4 e o Carl Gustav nos exércitos ocidentais atestam isso.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Bosco
2 anos atrás

Os suecos realmente tem a necessidade de produzir seus proprios equipamentos por ser um dos poucos países neutros. Alem dos armamentos que vc ja citou, vale lembrar tbm dos submarinos classe Gotland e os novos classe Blekinge.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
2 anos atrás

“Granatkastarpansarbandvagn” Só com um palavrão desses os russos já correriam de medo e nem tentariam por os pés em Gotland…

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Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Adriano Madureira
2 anos atrás

Deus me Livre e eu que achava o Alemão feio de escrever.

Bosco
Responder para  Carlos Campos
2 anos atrás

Alemão eu sei um pouco. Na verdade, só sei uma frase em alemão:
“Aftasrrardem , hemorroidasrriden”

Flanker
Flanker
Responder para  Bosco
2 anos atrás

????????????

Gabriel BR
Gabriel BR
2 anos atrás

Pessoal , o CV90 é o meu sonho para o nova couraça…uma plataforma altamente customizavel e inteligente.

Oráculo
Oráculo
Responder para  Gabriel BR
2 anos atrás

Faz mais ou menos um 30 anos que ouço falar no CV90 no EB.

Um blindado super eficiente e que cairia feito uma luva no EB, pois pode ser utilizado em sua versão IFV, como substituto dos M113 e até mesmo como um “tanque leve”.

Mas sendo realista, deve durar mais uns 20 anos pra tomarem um decisão sobre os caminhos que o “Nova Couraça” deve seguir, isso sendo otimista.

No fim das contas pra esse tipo de veículo acho que vão é “pegar” umas centenas de Bradley reformados do US Army via FMS, num parcelamento a perder de vista.

O CV90 vai continuar a ser um sonho distante, para a tristeza de muitos, inclusive minha.

MGNVS
MGNVS
2 anos atrás

OFF TOPIC – So para fins de curiosidade: Mjölner (em sueco) ou MJÖLNIR (em Old Norse – Viking/Nordico Antigo) faz referencia ao Poderoso Martelo do Deus Þórr (Thór), responsavel por proteger Miđgard (Terra) das forças do mal. Lembrando que o Deus þórr (ruivo) da Mitologia Antiga dos Povos Vikings nada tem a ver com o super-herói Thor (loiro) da Marvel. O Martelo MJOLNIR representa a Justiça Divina. Acordos eram firmados usando o Martelo nas reunioes do Althing (Conselho). Disputas de terras tbm, os contendores lancavam uma replica do Martelo de þórr e onde ele caisse fixavam-se os limites da propriedade. MJOLNIR tbm era usado para abençoar os nascimentos, consagrar os casamentos e tbm os funerais.

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Rommel Santos
Responder para  MGNVS
2 anos atrás

E nada de alimentar os Trolls…
FELIZ ANO NOVO.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Rommel Santos
2 anos atrás

kkkkkkk… boa! Feliz Ano Novo pra ti tbm!

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
2 anos atrás

Nada contra os morteiro 120mm AR fabricado pelo AGRJ, mas acho que acompanhar colunas blindadas deve ser desafiador.
Esse Elbit Spear montado em M-113 israelense, também poderia ser utilizada nos guarani, padronizaria a logística e o treinamento…todo mundo sai feliz

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Flanker
Flanker
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
2 anos atrás

Eu não sei qual vai ser a opção adotada na versão porta-morteiros do Guarani, que está em desenvolvimento, mas o EB já anunciou que vai ser de 120 mm.

Nelson Junior
Nelson Junior
2 anos atrás

Talvez esteja na hora de reviver a ENGESA… Hoje o Brasil está muito mais “maduro”, tem ótima relação comercial com o mundo todo (para exportar), tem mão de obra, tecnologia, matéria prima, logística e um cambio que favorece muito a exportação, além de os produtos bélicos Brasileiros estarem em “altas” perante o mundo.
A Turquia está apostando em produção própria e colhendo bons frutos, já nós temos a faca e o queijo na mão…
Vários projetos poderiam sair das “nossas” pranchetas, e só o próprio EB que carece de todo tipo de equipamento, já seria um cliente em tanto !!!

Luiz Floriano alves
Responder para  Nelson Junior
2 anos atrás

Esse chassi cmporta diversas configurações. Se couber dentro de um C390 até poderiamos pensar no assunto, Sem TT, claro, que isso só aumenta a propina.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Luiz Floriano alves
2 anos atrás

Realmente o CV90 é um excelente produto, com diversas possíveis “variações” e muito tecnológico… Porém reforço que uma “nova” ENGESA, poderia ter um leque enorme de produtos que carecemos como MBT, 8×8, substituto do cascavel, LBT, etc… e ainda lucraríamos com possíveis exportações… Lembrando que o Osório na década de 80 competiu com o Abrams…
A demanda existe, falta vontade e coragem