França oferece tecnologia de defesa de ponta para a Índia
NOVA DELHI (AP) – Índia e França discutiram na sexta-feira (17) a futura colaboração e coprodução de equipamento de defesa durante uma visita da ministra da Defesa da França, disseram autoridades.
Florence Parly e seu homólogo indiano Rajnath Singh expressaram seu compromisso de aumentar a cooperação de defesa em todos os domínios, disse o Ministério da Defesa da Índia em um comunicado.
O comunicado não deu detalhes, mas Parly, em uma entrevista ao jornal The Times of India antes das negociações de sexta-feira, disse que reiteraria o compromisso da França de oferecer o melhor de sua tecnologia de defesa com um alto componente “Make in India”.
Parly também se encontrou com o primeiro-ministro da Índia (foto), Narendra Modi, e prestou homenagem aos soldados indianos no National War Memorial.
A França descreve a Índia como seu “principal parceiro” na região do Indo-Pacífico, abalada por preocupações com a crescente influência da China. A França expressou sua determinação de expandir a cooperação estratégica com a Índia depois de se irritar por ter sido deixada de fora de um acordo de submarino nuclear com a Austrália, que em setembro anunciou uma nova aliança de segurança com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
A Índia comprou 36 caças Rafale da França sob um contrato governamental assinado em setembro de 2016. A Índia pode comprar mais algumas aeronaves Rafale, além de helicópteros de médio alcance e submarinos para sua Marinha, e caças Mirage franceses modernizados, segundo a mídia indiana.
A Índia e a França estão cada vez mais engajadas na segurança marítima na região do Indo-Pacífico, no contraterrorismo, bem como nas discussões sobre mudança climática, energia renovável e crescimento e desenvolvimento sustentável, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Índia.
A França emergiu como uma importante fonte de investimento estrangeiro direto para a Índia, com mais de 1.000 empresas francesas já ativas no país. A França é o sétimo maior investidor estrangeiro na Índia, com um estoque cumulativo de FDI de US$ 9 bilhões de abril de 2000 a dezembro de 2020. Existem mais de 150 empresas indianas operando na França.
O século XXI promete um duelo épico entre o Elefante e o dragão vermelho.
A águia vai ficar de olho em todo mundo e dar o golpe final ?
Vai dar uma bicada na Austrália.
E olhe lá!
Seria interessante ver essa cooperação entre Índia e França expandindo, os chineses certamente esperam por isso, isso seria uma resposta para os americanos, tanto da França quanto da Índia.
A França certamente estaria de certo modo vingada pelo AUKUS se houvesse grandes compras, aumentaria as incertezas entre a OTAN, a Índia daria uma resposta aos americanos que não estarão totalmente de acordo com a estratégia Indo-Pacífico dos EUA e que irá manter a independência de atuação nessa região.
A China veria uma suposta deficiência de atuação dos EUA na região do Indo-Pacífico, não conseguindo compactuar totalmente os indianos nessa estratégia de contenção chinesa, portanto, as chances de uma relação bilateral bem menos conflituosa será esperada e os chineses certamente podem ver isso como um espaço para agir.
“não conseguindo compactuar totalmente os indianos nessa estratégia de contenção chinesa, portanto, as chances de uma relação bilateral bem menos conflituosa será esperada”……. Vejo diferente, a vontade de conter a China existiria mesmo se os EUA sumissem do mapa amanhã.
Eu não disse isso.
Eu disse que a Índia encarando o projeto Indo-Pacífico dos EUA com relativa prudência e engajamento mínimo, haja visto que a Índia tem seus próprios planos geopolíticos na região, a China verá isso como positivo na relação entre ambos os países, já que o inimigo número um da China é os EUA. A China tirará proveito disso se isso ocorrer, por isso eu disse que se a França realmente se engajar nessa relação em tecnologias de ponta com a Índia, os EUA serão jogados para escanteio.
Só para ficar nos números:
De 2009 a 2013, a Índia e Rússia fecharam negócios de defesa de cerca de US$ 30 bilhões. Por outro lado, no mesmo período, o governo indiano assinou contratos no valor de US$ 30 bilhões com a França e US$ 11 bilhões com os Estados Unidos. Isso foi além do que o governo indiano havia assinado com Israel e outros países. Isso significa que em apenas quatro anos, o governo indiano assinou contratos de mais de US$ 70 bilhões com apenas três países.
Novamente, nos exercícios fiscais de 2012-2013 a 2014-2015, 162 contratos de compra de armas foram assinados pela Índia, entre eles 67 com outros países, incluindo Rússia (18 acordos), Estados Unidos (13) e França (seis). Os acordos de defesa russos com a Índia ultrapassaram US$ 5 bilhões e com os Estados Unidos cerca de US$ 4,4 bilhões.
O Ministério da Defesa da Índia determinou que a Índia precisa de US$ 233 bilhões para atender às suas necessidades de armas e equipamentos em 11 anos. Isso foi calculado de acordo com o Plano de Perspectiva Integrada de Longo Prazo (LTIPP) para 2012-2027. As compras indianas de armas são tão massivas e diversificadas que seriam necessários vários trabalhos de pesquisa para explicá-las, portanto não vou me entreter de realizar esse papel.
O que estou tentando passar é que os EUA se transformaram no segundo país que mais vende armas para os indianos, ultrapassando os franceses. Se a França retomar esse lugar, pela matéria o que me parece ser o plano dos franceses na tentativa de retomar a vice-liderança expulsando os americanos, os chineses verão isso como uma abordagem mais construtiva na relação bilateral.
Essa tentativa da França tem o poder de mudar muitas coisas com relação aos principais países do Indo-Pacífico.
Que a França tá tentando abocanhar mais espaço no mercado de armas Indiandos é fato, agora que Pequim vai ver isso como menos hostil do que comprar dos EUA, acho uma análise equivocada, os dois ainda tem suas brigas estando os EUA ou França como maiores venddores de armas para eles, ou até se a Rússia passasse a dominar sozinha as vendas, a índia não confia na China, primeiro pq eles estão cercando o Oceano índico, segundo que o Paquistão recebe muito dinheiro da China e a Relação dos dois tá Fazendo o paquistão ficar mais forte, tem a questão no Himalaia, a China tentou na cara dura tomar mais espaço ali e tá construind uma base por lá, a tensão entre os dois países é muito alta, e a China não faz nada para amenizar, a relação dos dois irem para uma relação constutiva de fato se daria somente se a China parece de querer tomar mais espaço no Himalia o que sigfica também deixar o Butão neutro, parar de ficar ajudando militarmente o Paquistão em excesso, nada de porto militar no Sri Lanka e por aí vai.
Carlos Campos
Está virando um ‘pega pra capar’!
Os EUA acabaram de atravessar a venda de helicópteros europeus para Austrália.
Com aliados assim, quem precisa de inimigos?
a situação dos helicopteros já é um caso antigo, os militares a anos se queixam dos helicopteros europeus, o que na época anos atrás aqui no blog ficavam chamando os helicopteros europeus de Eurobambis, agora que tá um pega pra capar é vdd, aquela venda de Rafale no OM foi para acabar com a venda do F35, a negociação tava morna, daí a frança se lascou na Austrália e deu o troco com o Rafale nos EAU.
França correndo atrás do Prejuízo, aquela venda nos EAU saiu depois de anos e anos de conversa e os EAU quase compraram os F35 se o Trump tivesse ficado como presidente, essa venda teria saído, agora vão tentar vender mais para a Índia, errado eles não estão.
A bola está com os indianos, se a corrupção não atrapalhar eles vão conseguir acordos muito bons.
Sou a favor de uma comissão brasileira ensinar praticas de combate a corrupção a India.
Podia ter ido direto de Dubai para lá.
Só não pode se hospedar no Taj Mahal, porque o hotel de Dubai foi bem caro.
foi ironia certo?
Da Série ‘A Revanche dos Submarinos’.