Drones da XMobots de 150 kg adquiridos pelo Exército são exibidos pela 1ª vez em mostra de Defesa e Segurança
Equipamentos desenvolvidos pela empresa XMobots têm autonomia de 10 horas e serão utilizados em operações de vigilância em fronteiras
A partir do 1º semestre de 2022 o Exército Brasileiro passará a contar um importante aliado em operações de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras. O período será marcado pela entrega de um Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) Categoria 2 (CAT 2 – até 150 Kg), contendo 3 aeronaves remotamente pilotadas de 150 kg equipadas com radares, scanners 3D e um refinado sistema de câmeras com transmissão de vídeo em tempo real.
O sistema, batizado de Nauru 1000C, foi desenvolvido pela fabricante nacional XMobots e está sendo exibido pela primeira vez durante a 6ª Mostra BID Brasil, considerada o maior evento da base industrial de defesa e segurança do Brasil. A mostra ocorre em Brasília entre os dias 07 e 09 de dezembro.
O SARP foi construído na fábrica da XMobots localizada em São Carlos, SP, uma planta de mais de 6 mil metros quadrados considerada o maior polo de desenvolvimento de robôs aéreos da América Latina e o 14º do mundo. São cerca de 170 especialistas, entre eles cerca de 60 engenheiros, focados no desenvolvimento e fabricação de aeronaves não tripuladas e tecnologias como softwares de inteligência de análise, sensores, entre outros.
Por dentro do sistema Nauru 1000C
Mais que um drone, o Nauru 1000C é um dos sistemas mais avançados do mundo para missões de segurança e defesa, além de ser o único da América Latina fabricado para este propósito.
Com pouso e decolagem VTOL (Vertical Take-Off and Landing) elétrico, o sistema se utiliza da eficiência de 8 motores com baterias independentes, permitindo a realização de decolagens e pousos verticais automáticos e possibilitando a decolagem e aterrissagem em ambientes críticos e confinados. O drone também possui um tanque de combustível de 50 litros, que garante a longa autonomia de voo (veja tabela de especificações técnicas).
O sistema, cuja “pilotagem” é 100% automática, possui alcance de comunicação de 60 Km e capacidade de payload de 18 kg. Entre as tecnologias embarcadas estão radares e scanner 3D de altíssima precisão, além do sistema Gimbal XSIS (XMobots Stabilized Imaging System), o primeiro gimbal voltado para defesa e segurança produzido no Brasil. Desenvolvido pela XMobots com tecnologia de ponta, o XSIS é composto por uma câmera eletro-óptica com zoom óptico de até 30 vezes; sensor infravermelho termal; sensor telerômetro (designador laser de alvos) e apontador laser.
Giovani Amianti, CEO da XMobots, revela que a tecnologia embarcada no sistema Nauru 1000C representa um avanço sem precedentes na indústria de robótica aérea do Brasil e América Latina, abrindo caminho para diferentes aplicações na área de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. “Foram anos de desenvolvimento, trabalhando incansavelmente para atingir esse estágio de amadurecimento tecnológico. Com o lançamento do Nauru 1000C a XMobots abre as portas para muitos mercados que até então só encontravam este tipo de tecnologia em sistemas fabricados nos EUA, Europa e Ásia, extremamente caros – muito em função dos custos de importação – e carentes de um pós-venda baseado no Brasil”, salienta o executivo.
O sistema ficará exposto na Mostra BID Brasil entre 7 e 9 de dezembro.
Características do Nauru 1000C:
- Dimensões: Envergadura 7,7 m | Comprimento 2,9 m | Altura 0,98 m
- Peso Máximo à Decolagem (MTOW): 150 kg
- Peso Máximo de Cargas Pagas: 18,0 kgf
- Aeronave VTOL: Asa fixa + multirotor
- Propulsão híbrida: Combustão e elétrica (monomotor asa fixa, octacóptero multirotor)
- Autonomia: 10 h
- Velocidade cruzeiro: 111 Km/h
- Teto operacional: 10.000 ft
FONTE: xmobots.com
“sensor telerômetro (designador laser de alvos) e apontador laser.”
Isso indica que em versões futuras ,(caso haja investimento e evolução no projeto) o drone poderá orientar mísseis e bombas a laser.
O mais interessante é porquê o EB não adotou o Falcão da Avibras, já que seria o caminho mais que natural devido a mesma desenvolver e fabricar o MT-300 e sua plataforma lançadora.
Mais um motivo para dotarem o MT-300 com guiagem terminal a laser, que dará maior precisão a míssil e mais set ups de operações para o mesmo.
Ainda tem opções da Stella tecnologias com seu Atobá, Flight tecnologias com seu helicóptero drone, Scan Eagle nacional etc, Avionics Brasil com seu caçador etc etc etc.
Porém em minha nhã modesta opinião, acho que essas empresas todas deveriam se unir para desenvolver uma única plataforma (ou família de plataformas), que partilharia de toda as tecnologias dos vários fabricantes nacionais.
Já que o Brasil não é exemplo de aquisições de grandes quantidades de equipamentos, o que viabilizaria muitos desenvolvedores e fornecedores locais.
No mais, apesar de tudo, o EB está de parabéns, pois é a força nacional que mais investe na tecnologia local.
Pena demorar muito para isso, pois lá atrás na primeira LAAD, eu já vinha escrevendo sobre a Xmobts e seus produtos e outras empresas nacionais.
Graças ao tino empresarial dos diretores da Xmobts, a mesma migrou para o mercado civil antes de apostar no mercado militar, o que salvou a empresa, se não com certeza ela teria falido ou sido vendida para multi estrangeira, como aconteceu com tantas outras !
Na minha opinião a Força que mais investe em tecnologia nacional é a FAB. Tbm existe a Turbomachine que está desenvolvendo o drone da família Tupan.
Desculpa amigo, mas está enganado.
A FAB jogou uma pá de cal na turbomachine na sua criação para apostar no projeto TAPP-5000 com a TGM turbinas, depois outra pá de cal na Avibras cancelando o Falcão para apostar nós Hermes Israelenses.
Não podemos esquecer dos inúmeros armamentos nacionais cancelados pela FAB ou não adquiridos.
A FAB estás longe, muito longe de ser a maior investidora na tecnologia nacional.
As forças armadas brasileiras são desarmamentistas é por essa razão que a indústria bélica brasileira não decola além de nosso vizinhos serem todos falidos.
O gasto de 120 bilhões é somente para salários, além disso gastamos outros 100 bilhões para manter um judiciário de 14 instancias ( no mundo são no máximo 3) completamente inúteis.
Nem vou falar dos 25 milhões de funcionários públicos sem necessidade, haja impostos a taxa já ultrapassa os 70%.
Vamos precisar de um ditador para mudar isso, ou um REI, vcs que decidam.
Fox é importante fomentar a indústria de defesa como um todo. O EB já possui inúmeros contratos com a Avibras.
Referente a união para desenvolvimento de uma única plataforma, isto traria prejuízos tanto na diversidade de soluções quanto concorrência (que é o que traz a busca por qualidade, melhorias no processo e redução de custos).
O mercado de drones está bastante em alta no Brasil puxado, principalmente, pelo agronegócio.
Sobre o MT300 já deram sinais de terá guiagem a lazer através de drones em reportagens de outras fontes.
Caro MMerlin, em partes discordo de você.
O Brasil tem expertise em não adquirir grandes quantidades de equipamentos para sua defesa.
Temos os exemplos da ALAC, MSS, Saber M60/200, Sentir M-20 etc etc etc.
Várias empresas nacionais gerando muitos produtos, não é viável para ninguém.
Trabalhando como conglomerados, as empresas somam forças, recursos e tencologias.
Agindo assim, sempre que houver uma aquisição, irá gerar produtividade e demanda em todas.
A MB já demonstrou a eficácia desta técnica com seu Mansup (motor Avibras, sheeker Onimysis, radar altímetro Siatt etc).
Não adianta ” inundar” o mercado brasileiro com inúmeros drones militares, para forças militares que não compram nada local, e quando compram, compram em quantidades irrisórias.
Por isso, acho mais eficar criarem uma “família” de Drones nacionais, que partilharão o que há de mais moderno em tecnologias nacionais das empresas participantes.
“Sobre o MT300 já deram sinais de terá guiagem a lazer através de drones em reportagens de outras fontes.”
Se isso se concretizar, teremos realmente um divisor de águas.
Com isso, o MT-300 terá capacidades de atacar uma força naval oponente, por exemplo.
Vou além, acho que deveriam adotar um sistema redundante IR de longo alcance/Laser.
Na entrevista que eu vi do Comandante da Aviação do Exército, é desejo deles operar drones armados futuramente, assim como helicópteros de ataque também. Estão seguindo uma linha.
Então espero que eles desenvolvam (ou terminem de desenvolver) a versão Ar/Solo do MSS 1.2 denominada MA.S (Míssil Ar Solo) que estava em desenvolvimento no Ctex.
Porém indo na contra mão, o EB resolve adotar o Spike Israeli, sepultando de vez (ao que parece) o MSS.
A reativação do projeto MPM Avibras, com incremente de novas tecnologias (coisa que a Avibras agora domina), seria mais que providencial.
E teríamos um míssil moderno curto período, já que a Avibras já havia testado o MPM e o mesmo já estava pronto para industrialização.
Outra opção também é a nacionalização do Shekeer do Mokapa Sul Africano.
Já nos foi oferecido isso na mesma época do A-Darter.
Como viu, opção temos muita para armamentos Ar/Solo nacional (e autonomia nessa área é mais que imprescindível).
Só espero que mais uma vez nossos militares não troquem os pés pelas mãos !
Você deve está brincando quanto ao MSS1.2 pois o mesmo está totalmente ultrapassado: curto alcance, sistema de guiagem em desuso por ser fácil detecção do atirador e de contramedidas, e cabeça de guerra incapaz de romper uma blindagem moderna.
Gostei do conceito… Decolagem e pouso vertical, mas com asas e propulsor traseiro. Na minha opinião, a MB deveria olhar com mais atenção esse drone…
Aguardando primeiro hater, afinal não pode faltar
O problema caro Wellington, é que como a FAB a MB está internacionalizada em termos de equipamentos.
A Flight tecnologias tem ou tinha um vant semelhante ao Scan Eagle adquirido pela MB (inclusive em acordo com a Boeing, utilizava o mesmo sistema de navegação e controle), aí a MB adota o Scan Eagle.
A própria Xmobts, em seu início apresentou o Lambaru, um drone sub aquático, que com mais empenho e verbas poderia se tornar um torpedo (quem sabe), mas que virou lenda.
Temos muitas opções que atendem as 4 forças (considerando o CFN como força autônoma), mas o que precisa é de integração das empresas para ofertar uma família de plataformas com o supra sumo da tecnologia nacional.
Olha os exemplos do FT200H da Flight tecnologies, Tupã-300, Falcão/Avibras, Atobá/ Estella etc etc etc.
Não adianta ter muitas opções, mas sim ter uma família de Drones para ser adquirida em grandes quantidades para as 4 forças militares.
Cara, que piada essa do CFN, corre que ainda dá tempo de apagar. Novamente vc citou a FAB, pesquise melhor e verá que é a força que mais investe em tecnologia nacional, a Embraer existe devido a FAB. No tocante a MB concordo plenamente, nÃo adquire nada nacional.
Cara lê minha resposta ao MMerlin, para não passar mais vergonha.
E se não sabe o USMC é uma força autônoma a US Navy.
Porém como lá há grande integração de meios, equipamentos etc, o Usmc recebe grande suporte da usnavy.
Não escreva besteiras amigo, o Brasil precisa evoluir, assim como suas forças militares.
Não dá mais para termos forças militares paradas na WWII.
Exato, precisa evoluir, mas não copiando os outros como macaquinho, danem-se os USMC, problema do EUA se são força autonoma ou não, aqui fazem parte da MB. CFN aqui é um belo exemplo da cultura macaquinho, vamos desembarcar e projetar poder aonde ? Em qual cenário ? Com que escolta e defesa aérea ? Se a França tomar o Amapá vamos retomar a partir do mar ? Pense , nem precisa responder. Uma coisa é vc sentir glamour pela instituiçào, outra é a realidade.
Então não vamos copiar quem mais entende de conflitos armados no mundo ? Vamos evoluir como ? Com oficiais que só conhecem a WWII (e mesmo assim em um papel figurante) e guerrilha de selva do Vietnãn?
Tenha santa paciência cara!
É por não querermos aprender que estamos como estamos.
A MB mal mal tem navios e submarinos e compra um projeto adaptado da Meko 100 ao invés de evoluir o projeto Barroso (CCT).
Quer desativar os Tupis, mas mal mal consegue operar os SBR.
O EB comprou os LMV,s com desculpa de urgência, sendo que tínhamos o Guará e Gladiador II.
Desenvolveu o IA2 para só ele operar e agora quer empurrar goela abaixo para as outras forças.
Tocou sozinho o projeto de “uniforme inteligente” e a MB e CFN já aprovaram o seu.
Nem vou falar da FAB para não me alongar muito.
E lembre-se que no mercado, quanto mais consumidor, maior a quantidade de vendas.
Por fim, dividiu muito que a França irá tomar o Amapá.
O colonialismo da forma como era antigamente não se justifica mais.
Nós já somos invadidos por França, Israel, Estados unidos etc etc, porém hoje eles agem pela via econômica, comprando indústrias de defesa, sabotando ou dificultando avanços científicos locais etc etc.
E não é porque o CFN será autônomo que não terá apóio da MB.
Como já escrevi acima, para transporte, desembarque etc ele continuará cooperando com FAB, MB, EB etc.
Daí a necessidade de um comando conjunto ou um MD que realmente organize e integre as FAAs nacionais.
A diferença é que o CFN terá autonomia financeira etc para adquirir equipamentos próprios, bases de treinamento próprias ou em conjunto com o EB etc etc.
O SARP o qual você se refere é o FT sistemas chamado FT-100 Hórus adquirido tanto pelo EB quanto pela MB. Trata se de um sistema já obsoleto e que está dando baixa no EB. É muito inferior ao Scan Eagle que é considerado o melhor em sua categoria. O Atobá da Stella está sendo estudado pela MB.
Não amigo, o drone que mee refiro é ou era o FT-200TH da Flight.
Um helicóptero autônomo, com hélices contra giratórias.
O outro que falei, não me lembro o nome dado pela Flight, porém ele era quase a cópia exata do Scan Eagle, e como já escrevi, em acordo com a Boeing, partilharia do sistema SNC do Scan Eagle.
Porém !!!!
A FT só fez dois SARPs. O FT200 TH seria um helicóptero, ou seja, nada haver a comparação. Você deveria então comparar esse FT200TH com o Camcorpter S-100. E o que você esqueceu o nome foi o de maior tamanho fabricado por eles: justamente o que está na página deles que é o FT-100 que eu havia mencionado que fora adquirido.
Tem apresentação de um oficial do EB falando a respeito do uso do SARP, tendo o EB adquirido em 2013 e a MB em 2016.
http://ftsistemas.com.br/
Link
achei fenomenal…não chega a ser um tiltrotor, mas é possível combinar uma boa autonomia e também a recuperação do aparelho fica facilitada ao termino da missão
Top, Top, Top Drone Totalmente Brasileiro Nauru 1000c com foco em Monitoramento e Vigilância, ficando a cargo da Stela Tecnologia ou Embraer com o Tupan 300 Desenvolver o Drone Armado, entramos de vez na era dos Drones.
Excelente equipamento nacional o qual tem tudo pra evoluir muito mais, só ao aumentar o alcance de comunicação pra mais de 60 km no futuro já será muito importante, creio que ao incluir o uso de dados via satélite isso pode ser multiplicado.
Cara pelas especificações dele e capacidade de carga, nenhum, talvez uma granada, o mais perto que temos de um drone com possibilidade de porta armamentos e os da família tupan, com o tupan 3000 vindo com compartimentos internos e podendo transportar 1.600 kg de carga nesse compartimento, inclusive no site do desenvolvedor essa versão e mostrada com 2 misses nesses compartimentos.
A função desse drone é vigilância e reconhecimento, não ataque.
Aí entra o dilema:
Deixamos que o mercado decida qual deve sobreviver (ou morrer) ou o governo dará proteção às mesmas através de empréstimos subsidiados, encomendas, verbas para pesquisa e outras iniciativas semelhantes.
Ou algo híbrido (para usar um termo da moda). Dá uma verba para cada uma delas desenvolver e apresentar um produto e depois continuar incentivando as que ofereceram os melhores resultados.
Enfim, duas coisas que não podem acontecer é serem adquiridas por empresas estrangeiras ou todas fecharem.
Façam suas apostas.
O bom é que estamos vendo surgir bons equipamentos nacionais e as nossas FA’s estão de olho nisso!
Excelente avanço!!
E o preço de cada aeronave?
Eu estava muito empolgado até ver a distância de comunicação do drone….
Ou seja. 60Km de distância de qualquer base operacional do Exercito na fronteira pode ser usada que passará desapercebido por todos os sensores, radares, câmeras, etc, etc, etc,…
Há avanços, mas há mais propaganda.
A Marinha do Brasil tem um mega esquema de Lobby com os franceses;
O EB esta na mão dos italianos;
E a FAB esta tendo como único pé de apoio a licitação do PT com os suécos…. Mas acredite, dizem que estamos no caminho certo.