Alltec apresenta suas inovações tecnológicas na 6ª Mostra BID Brasil
Alltec desenvolveu uma blindagem adicional do Guarani, veículo para transporte de tropas, do Exército Brasileiro
A Alltec, empresa de Pesquisa e Desenvolvimento e engenharia de peças em materiais compósitos e moldes, sediada em São José dos Campos (SP), estará presente na 6ª Mostra BID Brasil, maior evento da Base Industrial de Defesa do país, que acontece de 7 a 9 de dezembro, em Brasília (DF).
Nos três dias de evento, a empresa apresenta para os mercados nacional e internacional suas inovações tecnológicas e o leque de produtos desenvolvidos para as áreas de Defesa e Segurança, entre os quais a sua linha especial para blindagem de veículos automotores, já aplicada pelo Exército Brasileiro, e os materiais compósitos fornecidos para a indústria Aeronáutica.
Para a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Juliana Mota, a Mostra BID Brasil é uma grande oportunidade para as empresas que fornecem soluções tecnológicas para o mercado de Defesa e Segurança mostrarem a suas linhas de produtos e serviços. “Um evento de reconhecimento nacional e internacional que nos possibilita apresentar o que há de melhor sendo desenvolvido no país”.
A Mostra BID Brasil é um evento organizado pela Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) e promovido pela APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Sobre a Alltec
Fundada em 1995, a Alltec é líder no fornecimento de soluções de engenharia, peças em materiais compósitos e moldes para os mercados em que atua, por ter uma equipe que proporciona soluções inovadoras, com um ciclo rápido do desenvolvimento do produto até sua produção e por contar com o domínio completo de toda a cadeia produtiva.
A empresa possui as certificações ISO 9001:2015 e AS 9100D, além de Acreditação Nadcap para o processo de pintura de peças aeronáuticas.
DIVULGAÇÃO: Rossi Comunicação
Seria interessante se alguns dos colegas que entendem do assunto, pudesse falar sobre essa blindagem adicional implementada no Guarani. E aumentaria a capacidade do veículo a até qual calibre?
Tomara que esse projeto agregue mais segurança ao usuários da viatura.
Abs
12,7×99mm também conhecido como .50
Esse kit extra de blindagem é adicionado na parte externa ou interna do blindado?
Externa
A proteção contra .50 é apenas na parte frontal do blindado?
Não. Lateral também. Não me recordo se na parte de cima e traseira.
Caro Agnelo
Encontrei uma foto mostrando a blindagem na traseira. Não achei nada sobre blindagem em cima.
Abraço
Obrigado!!!
Caro Palpatine
Este modelo da foto já está com as placas adicionais de blindagem. Elas estão fixadas com estes rebites/parafusos com arruelas.
Abraço
Obrigado
Noticia boa meu caro, de calibre 7.62 para calibre .50, é um ganho significativo, uma baita proteção para a tripulação.
Abs
Atirador,
Vale salientar que blindagem contra projéteis cinéticos oferece uma proteção variável na medida da distância do disparo, que influi na velocidade do projétil.
Ou seja, se se diz que uma blindagem é capaz de deter um projétil “ponto 50” a 500 m pode não fazê-lo a 250 metros do mesmo jeito que pode “barrar” um projétil de 20 mm a 1 km e um de 25 mm a 1,5 km ou um 7,62 a queima roupa.
Não estou querendo ser preciso nos números mas só dando um exemplo.
Cara Bosco, mais esse tipo de informação seria comum? Nunca li ou ouvi falar de, “até qual distancia do disparo” a proteção suporta. Porém sua colocação é bem interessante e me deixou curioso.
Mestre aproveitando sua disposição de comentar meu comentário. Aquelas proteções ativas, seriam viável para o Guarani? Ou talvez o custo não compensa para o tipo de emprego da viatura?
Abs
Atirador,
Em relação a blindagem de carros de combate se adota o termo RHAe (equivalente a blindagem laminada homogênea) para aferir o quanto é capaz. Isso quer dizer que a blindagem pode ser metálica, cerâmica, de material composto, plástica, combinada, espaçada, reativa, etc. ela sempre será especificada sua capacidade de deter um projétil ou carga oca baseado na equivalência que teria se comparada a uma blindagem laminada de aço.
Ou seja, se pegarmos uma blindagem composta , com camadas de material composto e cerâmica de 10 cm, será determinada o quanto ela se compara a uma chapa de aço . Por exemplo, vamos supor que os engenheiros fizeram uma blindagem composta de 10 cm capaz de oferecer uma proteção equivale a uma chapa de aço de 80 cm. Daí o RHAe (equivalente a blindagem homogênea laminada) , que trocando em miúdos significa “equivalente a uma chapa de aço”.
Dito isso, em relação por exemplo a projéteis “flecha”, disparados por canhão de carro de combate (tanque) a aferição se dá em geral a 2 km de distância. Por exemplo, se se diz que um dado projétil flecha (APFSDS) de 120 mm feito de tungstênio tem capacidade de penetrar 800 mm RHAe isso quer dizer que ele pode penetrar uma blindagem (feita de qualquer material) que tenha resistência à penetração equivalente a uma chapa de aço de 800 mm de espessura , quando disparado a 2000 metros de distância.
Se a distância aumentar ele já não conseguiria penetrar (furar) nessa mesma blindagem e se a distância diminuir ele pode penetrar blindagem mais efetiva. Só chutando, se ele chegar a 1000 metros ele poderia penetrar a blindagem com 1200 mm RHAe.
Já em relação a projéteis perfurantes químicos, notadamente o HEAT (ou carga oca), aí a distância não interfere na eficácia da granada e no poder de penetração. Por exemplo, um míssil Javelin tem o mesmo poder de penetração contra um tanque a 500 m como a 4000 metros. A capacidade da ogiva HEAT independe da velocidade da granada no momento do impacto.
Quanto aos sistemas de proteção ativas para o Guarani, a vantagem delas é que são modulares, iguais à blindagem reativas ou tipo grade, etc.
Caso um dia precisemos poderiam se implementadas, mas por enquanto não vejo necessidade. O caminho natural é ir escalando primeiro, com blindagem tipo grade ou reativa , até chegar nas APS no futuro caso se justifique.
Uma pergunta cabível é: por que não se utiliza somente projéteis de carga oca (HEAT) nos canhões de carros de combate já que estes não dependem da velocidade para penetrar na blindagem?
A resposta é devido a vários fatores:
1- ogivas HEAT podem ser mais facilmente anuladas do que um projétil cinético, por exemplo, utilizando blindagem composta, blindagem reativa ou APS.
2- ogivas HEAT têm sua eficiência diretamente proporcional ao seu diâmetro , sendo em regra de 5 a 7 vezes a capacidade de penetração RHAe. Por exemplo, um projétil HEAD de 120 mm teria capacidade de penetração em torno de 600 a 800 mm RHAe, enquanto a blindagem frontal de alguns novos tanque chega a mais de 1500 RHAe. Para se ter uma ogiva HEAT equivalente o calibre do canhão teria que ser aumentado, o que traz uma série de inconvenientes;
3- nas distâncias usuais de combate entre tanques a munição flecha tem mais capacidade de penetração que a HEAT lançada pelo mesmo canhão;
4- a munição flecha tem maior precisão a longa distância e maior velocidade, o que possibilita projéteis baratos mas com grande eficiência. Fosse usar projéteis HEAT contra alvos em movimento ou muito distantes teria que ser guiado, o que aumenta o custo e a complexidade.
Excelente mestre Bosco!!! Os amigos e entusiastas normalmentedeixa de fazer a correlação e ponderação quando o equipamento é empregado no ambiente operacional ou diferenças reais de ambiente.
Antigamente, cultuava-se o calibre 5,56mm, era mais leve, tinha por doutrina ferir o infante e não necessariamente matar e podia ser carregado no pente em maior qtde…mas o 5,56mm fora esta questão, mostrou-se ineficiente contra blindagens leves antigas em que eram dimensionados para 7,62….(cascavel entre outros e até o M-113) …e agora pensam em retornar…
Da mesma forma, os calibres de canhões são intimos do ambiente…calibres maiores sempre são mais poderosos, mas esta vantagem tem de ser aproveitada em visadas de tiro direto com estas distancias, pois se o engajamento ocorrer com 1,5km, 1 km ou 500 metros, calibres muito menores como 105 mm ou até 90 mm podem ser tão mortais quanto…
O problema é que em batalhas urbanas, os engajamentos são a queima roupa….ambientes de relevo irregular tambem…devemos lembrar que o Brasil é a terra dos morros e barrancos e não de planicies…obvio que nada é absoluto….mas as distancias de visada aqui tendem a ser menores…dando uma sobrevida operacional util a calibres menores e mais antigos…
Off topic: alguém sabe se o ALAC (cópia do AT4 BR) foi adotado/produzido em massa pelo exército ? Nunca mais ouvi nada sobre ele.
Quem souber agradeço.
Qual seria o peso adicional desta blindagem em relação a original?
Já ouvi 1,2 Ton, mas não sei se é especulação ou real.
Caro Agnelo
Este acréscimo de peso, além de aumentar o consumo e reduzir a velocidade, pode trazer outros problemas no longo prazo como reduzir a vida útil do motor e afetar a suspensão por exemplo?
Ou o blindado já é projetado para receber pesos extras?
Abraço
Se bem projetado, foi previsto o aumento de peso.
Desde o início, o Guarani tinha esse requisito específico. Não trabalho com ele, mas acredito q tenha sido já feito pensado nisso.
eu acho que esse aumento de blindagem não é preciso ser adicionado em carater permanente mas somente qual tiver que entrar em combate real portanto não acarreta aumento de peso em tempo de paz ou combate simulado/ exercicio de guerra.
Excelente, uma empresa nacional fornecendo produtos de alto valor e essenciais a nossas forças armadas!!!?????