ESPECIAL: Apresentação das capacidades do Exército Francês
Por Jean François Auran*
Colaborador especial do Forças Terrestres/Forças de Defesa
Parece às autoridades militares francesas que o mundo está se tornando cada vez mais disputado. Além disso, os gastos militares mundiais neste ano chegaram a US$ 2 trilhões, o que não tem precedentes desde o fim da Guerra Fria. A “Conflitualidade” está evoluindo e pode retornar a confrontos em larga escala para os quais os atuais exércitos europeus não estão preparados. O conflito em Nagorno-Karabakh no outono de 2020 foi um dos exemplos mais marcantes do retorno da massa como fator de superioridade operacional. O advento de uma nova competição estratégica, caracterizada pelo retorno do espectro de um conflito de alta intensidade enquanto a vantagem tecnológica ocidental continua a se erodir, incita os Altos Comandos a reintroduzir a noção de massa em seus planos.
Diante dessa profunda mudança nas ameaças, o Exército francês optou por adaptar e reforçar a força e o equipamento. O Exército tem 115.000 soldados, incluindo 77.000 sob a Força de Operação Terrestre (FOT). A Lei de Programação Militar (LPM) 2019-2025 prevê um aumento adicional, mais modesto, com a criação de 6.000 posições para as forças armadas – incluindo um número não identificado para as forças terrestres.
O Armée de Terre deseja ter “uma massa de reserva capaz de cobrir, se necessário, o “compromisso operacional do território nacional” e, posteriormente, possibilitar o cumprimento da função de proteção. O chef d’état-major de l’Armée de Terre (CEMAT) deseja rever a política de estoques de combustíveis, alimentos, peças de reposição para ganhar margem de manobra. O Exército deve revisar seu plano de equipamentos de artilharia e adquirir recursos adicionais para reforçar o Caesar e lançadores de foguetes unitários (LRU). Em 2020, o Exército Francês perdeu 16 homens em combate e 33 feridos graves registrados.
Apresentação das Capacidades do Exército 2021 (Armée de Terre)
A Apresentação de Capacidades do Exército de 2021 (PCAT 2021) faz parte da implementação do plano estratégico do Exército. Esta segunda edição teve como objetivo apresentar aos auditores do Institut des Hautes Etudes de Défense Nationale (IHEDN) e outros ilustres convidados todas as suas capacidades nas instalações de Versalhes-Satory perto de Paris.
Portanto, foram 700 soldados do Exército e quarenta veículos, máquinas e os helicópteros de última geração que foram mobilizados nos dias 6 e 7 de outubro de 2021. Este grande evento demonstrou a capacidade de armas combinadas do Exército em diferentes situações. O evento se desenrolou com uma demonstração dinâmica e uma apresentação estática. A 3ª Divisão de Marselha supervisionou a organização desta atividade.
Este ano, o tema da edição de 2021 foi o novo conceito de emprego das forças terrestres. Consiste em uma série de projetos que se estruturam em quatro eixos: pessoas, capacidades, treinamento e operação simplificada.
Quatro novos projetos foram somados aos doze já incluídos na Visão Estratégica do Chefe do Estado Maior da Terra (CEMAT), apresentada em junho de 2020. Os 13º e 14º projetos abordam a questão das capacidades. Trata-se do Vulcain, projeto lançado em junho de 2021 para dotar o Exército de capacidade robótica ar-terra completa até 2040.
O segundo projeto diz respeito à segurança aeronáutica, tornada mais complexa pelo aumento da densidade de tiros aéreos: Terra-terra e a artilharia superfície-ar e a crescente dronização do campo de batalha. Os projetos 15 e 16 completam o eixo humano da Visão Estratégica. O primeiro enfoca o fator moral, prioridade que o General Schill (CEMAT) mencionou no Despacho nº 1. Também aprovado em junho, o 16º projeto, “Força da comunidade do Exército”, terá como objetivo “garantir a coesão do ser humano na comunidade do Exército”, composta por militares e suas famílias.
Transformação do exército
O Exército deseja demonstrar que está continuando sua transformação para enfrentar os desafios do futuro. Para ilustrar este conceito, ocorreu uma demonstração dinâmica de uma hora e meia e apresentações estáticas. O cenário representado para a ocasião representa um conflito de baixa a alta intensidade “contra um oponente modesto e depois mais robusto. A demonstração dinâmica girou em torno do tríptico “competição – oposição – confronto” e “território nacional – teatros de operação”.
Os exércitos belga e francês mantêm uma cooperação estreita no domínio terrestre. Estão associados ao programa Capacité Motorisée (CaMo), parte da Bélgica do SCORPION francês. Este programa visa renovar e modernizar as capacidades de combate “em contato” do Exército em torno de novas plataformas e um sistema de informação de combate único. O espaço restrito da apresentação sem fogo real dá aos espectadores um aspecto artificial que foi lembrado. Houve participação significativa do Exército Belga e, em menor medida, de tropas alemãs.
Nos últimos anos, o General Thierry Burkhard (atual CEMA) tem martelado a ideia de um retorno ao combate de alta intensidade. Essa nova política exige que a Prontidão para o Combate envolva um Exército fortalecido, mas otimizado, criando eficiência e liberdade de manobra. Para o CEMA, a necessidade não é tanto a capacidade mas a preparação operacional que deve sair da rotina (cenários conhecidos de antemão, recursos limitados, pouco conteúdo conjunto).
Uma das características da alta intensidade é o desgaste rápido e alto dos recursos envolvidos. Exercícios recentes testemunharam essa intensa erosão de recursos durante combates contra um adversário do estado que iria atacar maciçamente todo o espectro de suas habilidades. Também será necessário construir frotas maiores de veículos blindados e aeronaves. E ter estoques substanciais de munição.
Principais equipamentos exibidos
Mobilidade aérea
Durante esta apresentação, o Exército apresentou todos os seus dispositivos. Primeiro, pudemos ver aqueles das forças especiais. Estes foram o CARACAL do 4º RHFS e dois tipos de GAZELLE. Uma versão equipada com a M134 “Minigun” e uma segunda otimizada para um franco-atirador. TIGRE, NH90 CAIMAN e COUGAR evoluíram no apoio às operações terrestres. O mock-up do Hélicoptère Interarmées Léger (HIL) GUEPARD estava em exibição estática.
Tanque de guerra
O tanque Leclerc fabricado pela Nexter participou da demonstração. 200 tanques Leclerc e 18 tanques de recuperação (DCL) estão sendo modernizados. As entregas desses materiais devem ocorrer entre 2020 e 2028 para manter sua capacidade operacional após 2040.
Veículos de infantaria
O Veículo de Combate de Infantaria Blindada (VBCI) de oito rodas, projetado e fabricado na França, entrou em serviço em 2005 com os regimentos de infantaria mecanizada, substituindo o AMX-10.
O veículo blindado multifuncional (VBMR) apelidado de “Griffon” é um veículo de transporte de pessoal destinado a substituir o Véhicules de l’Avant Blindé (VAB) do Exército francês como parte do programa Scorpion. 1.872 veículos blindados GRIFFON serão encomendados. Ainda não foram apresentados os veículos JAGUAR e SERVAL em início de produção.
O Véhicule Blindé Leger (VBL), produzido hoje pela Arquus, entrou no exército francês em 1990. Desde julho de 2018, o VBL francês foi atualizado. O “regenerado” VBL Ultima está equipado com um motor Peugeot DW20F de 130 HP, transmissão automática Mercedes, suspensões aprimoradas e sistema de freio modificado.
Vários tipos de Véhicules de l’Avant Blindé (VAB) participaram da demonstração. Este veículo, que entrou em serviço em 1976, está presente em várias unidades, sendo várias versões especializadas. No campo da guerra eletrônica, podem-se citar o VAB Catiz e o Bisão, o VAB sanitário. Na apresentação estática foi exposto o VAB Ultima que é o modelo mais protegido. O 2º regimento dragão (2º RD) apresentou o veículo de reconhecimento VAB NRBC (nuclear radiológico biológico ou químico). Ele pode detectar e analisar as várias ameaças CBRN e permite que a cadeia de comando seja informada sobre ameaças passadas, presentes ou futuras, preservando sua tripulação.
O Vehicule Haute mobilité ou VHM teve apresentação estática. Trata-se, na verdade, do Bandvagn 210 Mk II, derivado do BV 206 da empresa Hägglunds. 53 VHM estão a serviço do Exército francês, alguns na Guiana. Participaram da demonstração o Veículo Blindado Leve de Reconhecimento Alemão Fennek, bem como o Piranha DF9 e o Piranha FUS com equipes de Infantaria.
Robôs/drones
Foram expostos os Aurochs STAMINA-UGV construídos por um laboratório franco-alemão (instituto de Saint Louis). Ele pode levar uma carga útil pesada ou um soldado ferido. Seu sistema permite que ele encontre seu caminho mesmo em caso de corte do GPS. Também pudemos observar o NX70 da Novadem. Este microdrone tem alcance de 3 km e autonomia de 45 min, três câmeras, sendo uma térmica. As unidades francesas também estão equipadas com o NEROD F5-5 (bloqueador de drones direcionável e portátil).
Artilharia
Dois caminhões equipados com sistema de artilharia (CAESAR) participaram do PCAT. É uma arma autopropelida francesa projetada e fabricada pela Nexter Systems em Bourges e integrada pela Nexter. Tem um tubo de 155 mm de calibre 52 com alcance de 40 quilômetros para projéteis padrão.
Um lançador de foguetes unitário (LRU) equipado com o foguete M-31, com um alcance de 70 km, estava em exibição. Em 2016, três LRUs do 1er RA (que tem 12 unidades) apoiaram operações no norte do Mali. Também apareceu um radar de rastreamento COBRA, que permite localizar baterias inimigas em tempo real até 40 km e por estar conectado ao sistema de comando ATLAS.
Um Pamela VLRA, equipado com uma plataforma de mísseis superfície-ar de curto alcance (SATCP) Mistral representava a defesa antiaérea de curto alcance do Exército.
Equipamento de engenharia
O Tractor loader (TC) 910 foi apresentado em uma demonstração e o Tractor-Niveleur Aerolargable (TNA). Este último foi projetado pela empresa francesa UNAC para restabelecer pistas de pouso irregulares para aviões táticos da força aérea. Um total de seis TNAs foram encomendados.
Estaticamente, pudemos observar o EGAME. Com tração nas quatro rodas e buldôzer direcional, o EGAME foi projetado para ser implantado o mais próximo possível das forças de primeira linha (destacamento do precursor) e se beneficia da proteção balística removível. O L’Engin de Franchissement de l’Avant (EFA) é um equipamento anfíbio autônomo projetado para travessias contínuas (ponte) ou descontínuas (balsa) com veículos de até 70 toneladas.
Unidades de inteligência
Um grupo de inteligência multissensor estava em exibição. Esta unidade adaptada a uma brigada de armas combinadas possui vários tipos de sensores (ROHUM, ROIM ROEM). O 2º regimento de hussardos (2 RH) é especializado na busca pela inteligência de origem humana (ROHUM) com equipe leve em quadriciclo. O 61º Regimento de Artilharia (61º RA) de Chaumont, Haute-Marne, é o regimento de vigilância do campo de batalha com drones. O 54º Regimento de Sinal (54 RT), fornece inteligência de sinais com bloqueadores e localizadores.
Logística e veículos leves
o Porteur Polyvalent logistique (PPLOG) é um veículo de transporte logístico com sistema de carregamento autônomo. Ele pode transportar 16 toneladas em capacidade máxima em sua versão desprotegida.
Os soldados franceses estão equipados desde 2020 com as armas Glock 17FR, HK 416F e o novo fuzil de precisão SCAR.
O SA MMP (Système d’Armes Missile Moyenne Portée) é uma nova arma antitanque com um alcance de quatro mil metros. A tripulação pode mudar de alvo durante a fase de voo do míssil.
O petit Vehicle Protégé (PVP) é um veículo 4×4 versátil armado com uma metralhadora 7.62mm. As Forças Especiais vieram com equipamentos diferentes.
O VPS2 utilizado pelo PATSAS é um novo equipamento com um poderoso armamento e uma importante autonomia.
As unidades de reconhecimento também usaram o Quad POLARIS Sportsman 570 ou o QUAD POLARIS MV 850 Vospat (Vehicule des Operations spéciales de patrouille).
VÍDEO: Apresentação das capacidades do Exército Francês em 2019
*É militar reformado do Exército Francês. Faz reportagens e escreve artigos para revistas e sites de defesa
Efetivo quase a metade do nosso mas uma força muito mais capaz. Olhar pro nosso generalato só faz lembrar de macunaíma: ai que preguiça.
Querer comparar efetivo de país europeu com o Brasil é totalmente equivocado.
A França tem cerca de130 mil soldados em seu exército.
Com um país pouco maior do que Minas gerais pra cuidar e uma população 1/3 do tamanho da nossa.
Já o EB tem um “continente” pra defender, a 6ª maior população do planeta e 220 mil soldados, sendo que quase 20% são recrutas temporários.
Detalhe importante:
Na proporção população x números de soldados, o exército Francês é maior do que o nosso.
Nunca vou cansar de falar.
O problema das nossas FFAA não é o efetivo. Isso é uma lenda dos fóruns de defesa.
O problema é pura e tão somente a má gestão do orçamento.
A prioridade aqui é o bem estar dos oficiais superiores.
A capacidade militar vem em 2º ou até 3º plano.
O Alto Comando é o câncer das nossas Forças Armadas
Prezado
Vc foi feliz ao fazer a comparação de “tamanho” entre os exércitos.
Cabe salientar, que o EB tem de estar preparado com meios/capacidades pro teatro Amazônia e não-Amazônia, diferente do exército francês.
Proporcionalmente, efetivo/por Brigada, o exército francês é maior q o EB, assim como a maioria dos exércitos europeus.
Porém, vc está equivocado quanto a gestão e o “bem estar” dos oficiais superiores.
Cuidar de recursos e realizar o adestramento de tamanho efetivo em tamanho território, sem apoio de uma OTAN, é “herculeamente” mais caro e complexo.
Só as FORPRON do Brasil já da um efetivo maior q o exército francês e número de Bda…
Muitos dos PEF custam mais q manter uma SU (4 x maior) adestrada e são muitos e muitos PEF, por exemplo.
Uma manobra de um exército europeu, q se desloca de um país ao outro, ou segue pra uma missão no Líbano, é menos e menos complexa do q quando uma tropa nossa se desloca dentro da própria Amazônia ou de um estado pra lá. Principalmente pelas distâncias e infraestruturas nacionais.
Quanto aos Of Sup… participam intensamente do preparo, tanto os adestrados, quanto os adestradores, quanto o “partido inimigo”. Além de participar das atividades de adestramento de uma parcela, também participam da parcela q está em operações, como na fronteira, por exemplo, e da parcela q está em atividades da prontidão.
Até hj, procura-se esse tal “bem estar” e continuam no ritmo de Tenente…..
Saudacoes.
Vai me dizer que uma manobra da OTAN envolvendo vários países e que emprega diversos meios complexos e sofisticados que muitos deles não apareceram por aqui até hoje é menos complexa do que algumas manobras de batalhões de infantaria com FAL e MAG? Me mostre a última notícia de alguma manobra do EB envolvendo mais que duas brigadas.
Sugiro q vc vá se informar sobre os meios q participam das manobras de Adestramento Avançado do EB e as distâncias percorridas, além dos modais envolvidos e se responsáveis por controle e manutenção.
O período de Adestramento Avançado acorre anualmente no mês de novembro, embora possa começar antes e acabar depois.
Na Amazônia, ano passado, as 5 Bda Inf Sl, a Bda Inf Pqdt, o Cmdo Av Ex, o Cmdo Op Esp e o Cmdo Art EB estiveram envolvidos. Não lembro se mais.
Neste ano, teremos no sul, envolvendo o Cmdo de 2 Div e suas 5 Bda, 2 AD, e mais a Bda Inf Pqdt, AvEx, Op Esp.
Em ambas, também participaram o Cmdo GE, de DCiber, DQBRN.
Dentre outros….
Usualmente são exercícios na carta envolvendo estado maior e algumas frações em campo. Mas o ponto não é esse, você disse que um exercício do EB é mais complexo que da NATO, aí você não tem base pra dizer isso.
Desculpe, mas menospreze q vc está com um pouco de síndrome de vira-lata….
A parte tática de um exercício é complexo lá e aqui. E pode ter certeza, q não ficamos pra trás. Não é por menos, q sempre nos destacamos em intercâmbios, cursos e exercícios combinados.
Agora… a preparação…. A base pra dizer é bem simples.
Lá tem “tudo pronto”.
Um exercício da OTAN com 5 Bda, tem 1 Bda de cada país, q envolve todos seus meios pra levar aquela Bda pra lá sem parecer “bisonho”.
Aqui, as 5 Bda são nossas….
E as ferrovias pra se levar tudo? Lá ou aqui é mais fácil?
E as trocas de modais. Lá ou aqui são mais integrados?
É o apoio de aeronaves de grande porte. Lá ou aqui recebem os Galaxy?
Me desculpe, mas fazer exercício com a logisitica nacional estruturada e o apoio de uma potência, como os EUA, é sem duvida nenhuma menos complexo do aqui.
Sds
* menospreze = me parece
Caro Agnelo
Errei ao classificar de “problema” os Oficiais Superiores.
O correto é Oficiais Generais.
Grato pela correção.
ai que você se engana, a maioria dos oficiais de maior patente só as tem por tempo de casa, a maioria entrou numa época em que vc entrava nas forças armadas por apadrinhamento, o brasil gasta mais da metade do orçamento militar só pra pagar salários desses sujeitos e pensões pra filhas de oficiais, a maioria dos oficiais hj no exercito não passariam nem no Enem e gozam de salários altíssimos, só ver o desastre que o atual governo é e o desastre que o atual presidente é pra ver que estamos jogando dinheiro fora em vez de mandar a velha guarda embora e colocar novos oficiais mais jovens!
Não, vc se engana.
TODOS os oficiais de carreira passaram por concurso público.
Quando eu fiz concurso pra AMAN, eram 36,4 candidatos por vaga. Pra medicina na UFF, eram 36,04.
O salário dos militares ocupam muito do orçamento, porque o orçamento é baixo, pra necessidade das Forças em um país continental.
A Marinha é Marinha de Guerra, Guarda Costeira e “DETRAN do mar”.
A FAB cuida de um espaço aéreo continental e necessita de bases de desdobramento pra esse território entorne.
O EB precisa de uma força pra Amazônia e não Amazônia e mais inúmeras Zonas de Defesa.
Tá
Com recalque? Inveja?
Estude…
Hj, a AMAN e ESA sao 110 por vaga. Pras mulheres tá uns 270 por vaga.
Vai lá, engole o choro e papira.
Quem não papira, não aspira.
Pergunta se a MB, a FAB ou o EB abrem mão de suas atividades “extracurriculares”. Desculpa esfarrapada. Afinal, as atividades humanitárias geram capital político. E as burocráticas, bem, não precisa nem dizer…
Problema nosso é uma política cara é ineficiente, um judiciário caro e ineficiente, uma educação cara e ineficiente…..ninguém fala, mas um professor “Doutor” de início de carreira entre salário e bolsas a que tem direito para orientar projetos de pesquisa como “posição de sexo anal sem dor”, recebe mais que um general em fim de carreira….o resultado da nossa política não preciso dizer, e no ensino superior, temos, tirando alguns institutos, somente muita encheção de linguiça que até hoje , não nos deu nenhum Nobel, ao não ser da chacota e incompetência
Efetivo não deve ser proporcional ao tamanho do país, mas sim ao orçamento disponível. O que adianta ter muito soldados mas porcamente armados e equipados? É isso que estou dizendo, os franceses tem esse efetivo porquê podem equipá-lo adequadamente. O efetivo é sim o problema porquê é onde é gasto a maior parte do orçamento. Não é possível nem fiscalmente e nem politicamente aumentar o orçamento, então a única maneira de modernizar é diminuindo custos com efetivo para gastar com aquisição de meios.
A maior parte do nosso orçamento de defesa é gasto com pensões e salários.
Pensões pra muita gente que nem deveria receber – filhas de generais- e altos salários para oficiais generais.
O simples fato do EB ter proporcionalmente mais generais do que o US Army serve de exemplo de como a gestão do orçamento da Defesa é a grande culpada da defasagem tecnológica das nossas FFAA.
Nessas mordomias dos generais e da família militar ninguém vai mexer.
No século XX tivemos mais marechais que França e Inglaterra juntas.
Enfim um pouco de sensatez.
Não tenho nem mais paciência para discutir esse assunto. Temos um exército com orçamento entre o 13º e 15º maior do mundo…mas com uma força de combate desprezível. Não temos nem um fuzil decente. ATGM para muito oficial do nosso exército é uma arma desnecessária. Afinal, ele acham que artilharia é suficiente para destruir blindados. Vai entender.
Se o tamanho de um exército fosse determinado pelo tamanho do país, o exército australiano não teria 30 mil homens (que é muito superior ao EB, diga-se de passagem). Lembrando que por aquelas bandas existe uma ameaça chamada China.
Austrália é uma ilha…….
Se vc não consegue entender a diferença pra defesa de um país com uma fronteira enorme e a defesa de uma ilha, é melhor comentar sobre fórmula 1….
Me poupe! Quem não entende nada é você.
Parte significativa do efetivo do EB está localizado na região sudeste. Inexplicavelmente, existem 2 comandos militares na região sudeste. Existe outro comando no nordeste brasileiro (outra região sem fronteiras)
TODOS os países vizinhos são amigos, nunca houve ameaça de invasão ao nosso território desde a guerra do Paraguai….e as grandes ameaças mundiais (p. ex. china e terrorismo islâmico) estão bem distantes do nosso continente.
Vocês criaram o SISFRON com 15 mil homens, ou seja, o EB pretende empregar (ou emprega) menos 10% do efetivo em vigilância de fronteiras.
Estude um pouco mais de História e de geopolítica na Ásia e Oceania. Você está precisando.
Sabichão…..
Os Comandos Militares de Área são os comandos dos teatros de operações e das Zonas de Defesa. São Paulo, por exemplo, tem o PIB maior do q muitos países. O RJ, por sua vez, tem o controle de diversos recursos nacionais. Só pra começar a entender a importância do SE.
O terrorismo transnacional é intimamente ligado ao tráfico internacional de drogas e armas…. E ORCRIM são excelentes “recursos” para ameaças / ataques híbridos Bom…. Mas isso não é problema no SE….
O. SISFRON é um sistema para auxiliar no cuidado com a fronteira e “dualmente” melhorar a inteligência e o C2 operativos.
O. EB não tem 15 mil homens na fronteira, tem 15 Brigadas!!!! Mais as q não estão, mas lá atuam….
Não confunda alhos com bugalhos…..
Então….. saia da sua faixa branca em história e geopolítica, e ganhe uns DAN…….
Pelo amor de Deus! Ninguém quer invadir o sudeste, não existem organizações terroristas em atividade no Brasil e não é competência do EB fazer segurança Pública. Além disso, a única tropa especializada em contraterrorismo está sediada em Goiás por razões estratégicas. Ninguém vai usar conscrito paulista para combater células terroristas ou investigar atentados terroristas em território nacional.
Você precisa estudar mais sobre o EB.
http://www.eb.mil.br/web/midia-impressa/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/IZ4bX6gegOtX/content/sisfron-o-mais-moderno-sistema-de-vigilancia-terrestre-do-brasil?inheritRedirect=false
as nossas forças armadas gastam a maior parte dos recursos pagando pensões de gente que entrou na época que nem concurso tinha direito, máximo era saber escrever o nome corretamente e umas questões básicas de matemática e português…
Como se diz na minha terra: ” falou pouco , mas disse tudo”
Concordo, não precisamos de FFAA maiores e mais numerosas do que a França. Diferente da França que já esteve envolvida em diversas guerras, aqui no Brasil a última foi a do Paraguai, há mais de 150 anos. Não temos inimigos potenciais em nossas fronteiras. Vincular o efetivo das FFAA a população, só se for para “controlar” a os mais de 220 milhões de brasileiros, e isto a meu ver não é função das FFAA. Aceito quem pense diferente e que mostre que estou errado em meus comentários.
O Brasil não é só gigantesco em população, é também em área terrestre e marítima.
Do meu ponto de vista faltam às Forças Armadas, e de certa forma ao país, uma estratégia, capacidade e vontade de proteger os seus interesses/aliados para além das suas fronteiras.
E não é só em termos militares, é na política, financeiro, assistência humanitária, etc… e conjugar esta atuação internacional com as questões nacionais.
Se o Brasil se limitar estrategicamente às ações de defesa territorial e questões internas o exército transforma-se numa polícia. O cenário de uma invasão ajuda a este cenário.
Lendo essa matéria sinto a mesma inveja que senti assistindo o vídeo do desfile militar no Dia da Espanha.
Em ambos os casos, exércitos profissionais, modernos, eficientes e prontos para defender os interesses e as necessidades de seus países.
Fiquei me perguntando.
O que falta pra termos Forças Armadas nesse nível?
Daí lembrei que na grande maioria dos países da OTAN general e soldado comem no mesmo rancho.
Não existe estabilidade de emprego.
Comandante de OM não tem motorista particular.
Soldado não faz guarda em casa de oficial.
Hotel de trânsito eles nem sabem o que é.
As “cerimônias” tipo troca de comando acontecem dentro do quartel, com o efetivo disponível, sem coquetel depois.
E isso é só pra começar…
Vai demorar 100 anos pra chegar no nível deles.
Isso que você disse sobre a “separação” entre generais e soldados é realmente uma realidade no Brasil, eu nem colocaria generais como o ponto de discussão entre essa separação e condições de trabalho diferentes, mas de oficiais superiores(ou mesmo subalternos) já existe tal diferença.
Dois amigos meus da MB confirmaram isso, um é fuzileiro e o outro é mecânico de helicóptero, os dois afirmaram que essa situação é realmente diferente entre brasileiros e americanos, principalmente, onde eles tiveram mais contato.
O fuzileiro fez um exercício com os americanos e ficou impressionado como que os oficiais superiores e os praças compartilham da mesma refeição e no mesmo lugar, onde o meu amigo mecânico afirma que os pilotos da MB são tratados como “realeza” e a maioria não compartilha de qualquer mudança de tratamento entre os militares de patentes inferiores.
Já ouvi até de um amigo da MB que um amigo dele fez uma obra na casa do cmdt de graça para cair nas graças dele e realmente caiu, tinha mais mordomias do que os demais, eu vi isso ocorrer, sendo testemunha ocular dessa diferença de tratamento.
Eu concordo com você, o Brasil precisa avançar muito nesse sentido.
Por essas e outras que eu acho que em combate não nos sairíamos muito melhores do que os Árabes… as ffaa brasileiras ainda estão no século XVIII.
Já comentei aqui um fato que virou até chacota entre os colunistas da grande imprensa na época.
Um comandante do EB foi – acompanhando por meia dúzia de colegas generais – visitar um dos mais famosos “Fort” americano.
Convidados que foram para almoçar, levaram um susto quando entraram no refeitório e tiveram que encarar a fila do “Bandejão” como um militar qualquer e logo depois se sentar ao lado dos soldados e sargentos para comer.
Voltaram sem comentar nada com ninguém. Deus o livre se essa “moda” pega aqui…
É verdade isso?
Eu lembro que você realmente comentou algum tempo atrás sobre isso.
A MB é a mais atrasada nesse aspecto, basta dizer que precisou de uma revolta em 1910 para abolir o castigo físico da chibata e que até hoje os Oficiais se diferenciam das praças mais baixas até pelo uniforme, como se fossem de forças diferentes.
Sim, a MB realmente parece ser a mais atrasada com relação a isso, mas isso ainda existe nas três forças, pois tenho dois primos, um na FAB e outro no EB, e eles me relatam ocorrências como essa.
Isso é vdd, mas ñ é problema só das FFAA não. Isso é problmea cultural do Brasil. Não é a toa que é o país dos marajás. No Judiciário ñ é pior? Todos sabemos das mordomias dos juízes, que sequer podem ser demitidos, no máx dos máx aposentados com salario integral… E os promotores então? Tempos atrás vazou diálogo de promotor reclamando do iPhone que iam ganhar, que era miséria e tal. E todo funcionário público não fica arrotando “direitos” e defendendo até a morte seu salário muito maior do que o equivalente na iniciativa privada, só pq passou num concurso onde decorou milhares de linhas de código penal, administrativo, constituição… nada que vá usar, só servindo mesmo como linha de corte… Enfim, exemplos para ilustrar o ponto. Todos sabem q todo brasileiro quer sair do povão, quer ser VIP. Olha o passaporte da vacina aí, em todos países desenvolvidos está havendo enormes protestos que duram meses contra essa ditadura. Mas aqui não, aqui o bostileiro está adorando, pq agora ele se sente VIP com o cartãozinho. E tirando foto tomando vacina então? É só no Bostil. Também pra se sentir VIP. Outro dia uma guria deu depoimento que tirou foto de si mesma tomando vacina na Italia, e a enfermeira italiana disse que era a primeira vez que via alguem tirar foto tomando vacina. O problema aqui é cultura. E antigo.
A diferença é que promotores e juízes trabalham. E trabalham muito. Se duvida, é só aparecer aqui no TJ-RJ qualquer dia e acompanhar a nossa rotina de trabalhos. Tem hora pra chegar mas não tem pra sair.
O Judiciário e o MP dão retorno à sociedade. Quando você compra um celular que não funciona, aposto que você vai ao Judiciário, e não à porta de um quartel.
E os militares, que retorno eles dão pra fazer jus às mordomias deles?
Como você é otimista….
Vejo que nos dias atuais o fator dissuasão é muito mais efetivo do que o fator massa de manobra. Forças armadas enxutas e equipadas com o que há de mais moderno, além de poderem ser melhor pagas e estarem mais motivadas, estarão muito mais aptas para cumprir a missão. Efetivos gigantescos e mal equipados, além de desmotivados, só servem pra virar piada e desertarem na hora da verdade. Isso me faz lembrar do Exército Iraquiano em 2003 que se rendia em troca de comida, além do mar de uniformes e coturnos abandonados pelo Exército Afegão quando da queda de Cabul em 2021. Nunca vão me convencer da efetividade desse serviço militar obrigatório e dessa multidão de Recrutas despreparados, desmotivados e mal equipados.
Pois é, hoje o serviço militar obrigatório é um ralo de dinheiro público, além de um entrave para muitos jovens terem carteira assinada e entrar numa universidade pública, assim como a outra idiotice do voto obrigatório. Duas coisas que não fariam a menor falta para a vida moderna.
O alistamento obrigatório deveria ser para Defesa Civil.
Botar a molecada pra ajudar a trocar telhas de colégios após vendavais, resgate em deslizamentos, enchentes, etc. O ensino de “cidadania” a esses jovens seria mais útil ao país.
Militares deveriam ser todos profissionais.
Isso aí fica para os delinquentes mirins em internatos.
Eu acredito que o comando resiste a ideia de forças voluntárias e profissionais para não perder o exército de mordomos, motoristas e faxineiros que o SMO fornece todos os anos.
Rodrigo Ld eu creio que não seja o tamanho do efetivo um problema, isso contando apenas os soldados, por que nações como Egito e Argélia, mais pobres do que o nosso país, possuem um efetivo maior e com muito material de qualidade.
O Egito comprou quase 2000 (dois mil) MRAPS dos EUA via FMS, com o objetivo de proteger suas fronteiras, Argélia está equipando sua tropa com 3000 ( três mil) blindados leves, nmir 4×4. Logo eu penso que um efetivo relativamente alto, com equipamentos baratos tipo: artilharia de campo, blindado leves, RPGs, helicópteros leves, comunicação e controle de área em grande quantidade, seria até o ideal para um país tão grande quanto o nosso. Mas é só meu achismo de curioso militar.
Inglaterra é superior em todos os meios, naval, aereo e terrestre. Ponto final !
Pelo contrário, os franceses são superiores, pelo menos em terra, no mar talvez a RN seja superior.
Um baita exército, bem equipado mas creio q em muito se deve a mentalidade dos governantes franceses e do passado belicoso da Europa. Por aqui os governantes só querem se dar bem e acham as forças armadas um gasto desnecessário (claro q há as exceções) ,podemos ver q nem havendo um PR militar é fácil alavancar projetos militares pois as mesmas vozes obscuras veem bater de frente. Precisamos melhorar na administração de recursos nas três forças??? Claro que sim!!! Mas o principal é investir no marketing, mostrar ao povo o que temos de forças armadas, como agimos/treinamos e o que empregamos e trazer o povo e seu apoio para as melhorias q se fazem necessárias as quais demandam $$$ pois na hora q os de sempre latirem o povo estará ciente de qual voz ouvir e apoiar.
Há um ponto particular que poucas vezes é discutido: as funções desempenhadas pelas forças armadas que estão além do combate.
Hoje, as três Forças estão dedicadas a tarefas de integração nacional, que demandam recursos e pessoal considerável para serem satisfeitas.
As FAs brasileiras normalmente são solicitadas para desempenhar papéis que vão desde defesa civil até a construtoras…! Ou seja, diferente de outras forças armadas, que são somente acionadas em emergências nacionais para esses fins eminentemente civis, as do Brasil estão umbilicalmente ligadas ao socorro e integração do território do País e ao desenvolvimento nacional.
Pessoalmente, nada contra o Exército, a Força Aérea ou a Marinha construírem pontes ou estradas… ou prestar assistência a ribeirinhos amazônicos, mas os recursos para isso tem que existir e não se pode comprometer a capacidade de combate das Forças…
Em suma, é um caso sui generis no mundo… Além de estarem prontas para combate, as Forças Armadas tem que levar adiante ações e políticas que deveriam ser executadas por instituições dedicadas ou o meio privado sob contrato do Poder Civil!
Definitivamente, não há comparação cabível que se possa fazer de qualquer força armada com as brasileiras, que não são somente um braço armado do Estado, e sim uma raiz da República, envolvidas diretamente na construção do País.
Por fim…
Pensões vitalícias a filhos de oficiais já não são mais concedidas, salvo melhor juízo, desde 2001…
Quanto a salári…
Um soldado de primeira classe recebe por volta de 1900 reais hoje… Convenhamos: não é algo extraordinário… Para efeito de comparação, um soldado americano com quatro meses de serviço classe recebe, em valores atuais, cerca de 22000 reais ( fora benefícios! ), pouco mais que um soldado alemão ( uns 20000 reais ); britânicos, por volta de 19000 reais; e por aí vai…
E oficiais…? Bem… Um general americano vai aí uns 42000 reais por mês… fora benefícios…
Exato. Pau pra toda obra, mas não é mestre em nenhuma. A guerra moderna é complexa demais, não há como uma força se envolver em atividades não relacionadas a guerra e ainda manter um alto nível neste campo.
Erradíssimo. Falando assim até parece que um soldado das forças especiais, PQD ou Infantaria é que vai pra estrada construir rodovias etc(no caso é a turma da engenharia). Cada setor do EB ou de qualquer exército se especializa em sua função fim e vc já deveria saber disso.
O problema não são os praças (que usualmente são feitos gato sapato pelos oficiais) mas os oficiais, principalmente os oficiais generais e suas filhas. O fato é que os vencimentos e benefícios dos militares são um dos maiores responsáveis no rombo do orçamento federal, e até pra o GF tirar as contas do vermelho vai ser necessário tocar nessa grana verde oliva.
Henrique,
Um oficial general brasileiro ganha, em média, 13000 Reais.
Capitães do exército ganham por volta de 9000 Reais…
De forma geral, oficiais brasileiros tem um salário muito inferior a seus pares europeus e americanos.
Se devem ganhar mais ou não, ou se há oficiais generais demais, ou se tem pensionistas demais, isso é discutível… Mas não se pode simplesmente relativizar o fato de que os salários são aquém dos comparativos normalmente usados.
Mais: o regime de previdência dos militares funciona de forma diferente. Com a nova legislação aprovada, pensionistas pagarão alíquota de 10,5%, ao passo que as tão faladas filhas pensionistas pagarão mais de 13% ( as não invalidas ).
Segundo o portal da transparência, tudo junto de pensões militares dá uns 23 bilhões de reais em 2021. Já foi maior que isso…
Todo o orçamento das forças armadas é algo em torno de 82 bilhões de reais, cerca de 15 bilhões de dólares…
Como se vê, independente de pensões, o orçamento ainda é pífio… A realidade é essa…
E veja que as Forças Armadas Brasileiras pagam pelos seus equipamentos em dólar ou euro… Mesmo o que é produzido aqui, no final das contas tem uma parte paga em moeda estrangeira ( custo com maquinário, ferramental e peças importadas, entre outros… ).
Com o que você falou, nem parece que o EB trabalha como empreiteira e tem carteira de obras… A força não faz o que faz, de graça. Ano passado, estavam com mais de R$ 1,0 bilhão em obras contratadas e a tendência é a de manter o patamar. Para a própria instituição, é muito interessante continuar tocando isso aí adiante, por dois fatores principais: politicagem, para quem está no topo, tanto da instituição quando do Governo e exposição da força perante a sociedade. O tal do índice de confiança e as boas avaliações em si da instituição, provém muito é dessa interface social.
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E isso aí tudo, é extremamente fácil de justificar e é fácil achar muito defensor: é só dizer que é barato (pq realmente é) e largar mão de argumento nacionalista de integração nacional, dizendo que é estratégico e pronto.
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Como exemplo, ficando dentro da matéria, os franceses tem um corpo de engenharia beirando 28 mil cabeças dentro da sua estrutura organizacional. O maior foco deles, é puramente apoiar o Armée de Terre/ OTAN, logo não existe nenhum retorno financeiro semelhante ao nosso caso, no desempenho de suas atividades. Eles não atuam como uma das maiores empreiteiras da França.
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A manutenção da estrutura e por consequência os equipamentos que eles tem de comprar, manter e operar, são muito mais caros que o do EB, que tem uma engenharia voltada ao combate pífia. E é preciso destacar que eles estavam envolvidos diretamente no apoio a missões como as da África, gastando dinheiro a rodo pra manter tudo girando.
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Resumindo: quem será que gasta mais com engenharia?
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No mais: salário não se converte…
Vou te contar uma pequena o EB ,através dos BECs,faz as obras com muito mais qualidade e devolvevo dinheiro que sobra.
As empreiteiras não fazem o mesmo,não é para propagando é por eficiência mesmo.
Aqui na minha cidade o asfalto é chamado de sonrisal ,pq quandi vem a chuva pesada leva embora.
O processo de modernização do Armeé de Terre é extremamente racional e bem feito, dentro do meu entendimento e do que eu conheço.
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Curiosidade: o exército francês de 1985 era superior ao EB atual.
Blindados sobre lagartas – AMX30 e AMX-10P
Blindados sobre rodas – AMX-10RC, ERC-90, AML-60, AML-90 e VAB
Artilharia AP – AuF1 155mm
Artilharia rebocada – M101 105mm e M50 155mm
MRLS – M270
Drone de artilharia – CL-89
SSM – Pluton
SAM – Roland e I-Hawk
AAA – Tarasque 20mm e Bofors 40mm
Aviação – Gazelle, Alouette III, Puma e Super Puma
ATGM – Milan e HOT (montado no VAB e no Gazelle)
EB sempre foi uma força meia-boca:
-Ele usou Stuart até os anos 70, um CC que já mostrava obsolescência em 1943 e foi substituído no fim de 1944 pelo Chaffee
-Usou M41 até o século XXI, um CC que foi rejeitado pelos americanos ainda na metade dos nos 50, que foram de M47 Patton
-Só foi substituir completamente os Mauser no início dos anos 70, chegou a modificá-lo criando o tal de “mosquefal” e está até hoje nos Tiros de Guerra
-tem até hoje a mesma artilharia AR que tinha no final da segunda guerra: M114 e M101
-só começou a substituir um fuzil que foi comprado em 1964 na segunda década do século XXI e entrando na terceira década a metade da tropa continua com esse fuzil de 1964
-usou até anos 90 ou 2000 as Madsen
-Ficou até os anos 90 com artilharia de costa com um obuseiro da primeira guerra que foi refugo dos americanos e declarado por eles como obsoleto em 1940 (Vickers Armstrong de 152mm)
Peço licença para citar outros absurdos observados na história do nosso exército
1 – usou o ASTROS II até recentemente como artilharia de costa. A maioria das baterias apresentava sérios problemas de corrosão quando foram transferidas para a região centro-oeste;
2 – ainda usa o M113 como VCI;
3 – até recentemente usava o medíocre M108. Ele e o light Tank M41 eram destinados a exército aliados de última categoria durante a Guerra fria;
4 – não possui ATGM;
5 – a espinha dorsal da nossa infantaria ainda está armada com FAL/ FAP das décadas de 60 e 70, MAG da década de 70 e M2HB antigas (se bobear ainda existem unidades da década de 50 em serviço);
6 – Emprega o Esquilo armado com foguetes e/ou metralhadoras .50 como helicóptero de ataque;
7 – Não tinha aviação até o início da década de 90. Para ser ter uma ideia, o exército argentino tinha uma respeitável aviação no início da década de 80.. composta por G222, UH-1H, A109, Puma e Chinook;
8 – o EB não satisfeito em manter o Stuart até a década de 70 ou 80! teve a brilhante ideia de modernizá-lo. O filhote dos gênios foi denominado X1;
9 – Parte do EB ainda usava mosquetões .30 na década de 70. A Madsen recondicionada foi usada até 1996.
PS: O EB recebeu o primeiro Esquilo em 1989…mas a “gestação” da aviação do exército durou até 1993 (data de criação do Comando de Aviação do Exército).
No caso de não ter tido aviação, isso foi mais imposição da FAB, e na minha opinião não é algo tão sério. O exército israelense até onde eu sei não tem aviação, eles operam com muita sinergia com a força aérea. Na minha opinião a aviação do EB deveria ser extinta e suas aeronaves, pilotos e pessoal de terra deveriam ser transferidos para a FAB, isso iria reduzir redundâncias e colocar toda a aviação sob um mesmo comando, permitindo concentração de força e economia.
Vc realmente acha q os ASTROS estavam na costa pra Art de Costa? Hahahhaahahhahahahahahahahhahahahahah
Precisa desenhar?
“A partir de 1º de abril o 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM), que possuía sua sede em Santos, ocupou as instalações da velha Fortaleza, substituindo os canhões fixos Schneider Canet 150 mm pelos canhões móveis Vickers Armstrong 152.4 mm, ampliando o poder de fogo da defesa do litoral de Santos. Em 1999, os equipamentos foram substituídos pelo sistema de saturação de área Astros II, de origem brasileira, considerado uma cortina de defesa virtual. Em 2004 o 6º GACosM deixou a Fortaleza de Itaipu, sendo transferido para a cidade de Formosa (GO), onde passaria a ser denominado 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (6º GLMF), atualmete denominado 6º Grupo de Mísseis e Foguetes (6º GMF).”
http://www.2gaaae.eb.mil.br/index.php/a-fortaleza
O extinto GASCosM de Niterói também empregava baterias ASTROS.
Eles são o melhor exército da Europa, sem dúvidas.