Spyder

O Ministério da Defesa tcheco vai comprar um sistema de defesa aérea de curto e médio alcance fabricado pela israelense Rafael, disse o Ministério da Defesa no dia 27 de setembro.

O ministério disse que informou ao gabinete que concluiria um acordo governo a governo para comprar o Short Range Air Defence/Medium Range Surface to Air Missile (SHORAD/MRSAM) da Rafael.

O sistema custará 13,69 bilhões de coroas (US$ 631,81 milhões) e substituirá a tecnologia de fabricação soviética da década de 1970.

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Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
3 anos atrás

Enquanto isso em terras brasilis… não temos nenhuma notícia sobre o tal grupo de trabalho que ia decidir sobre nossa futura artilharia e blá blá blá. Mas tem novidades, o EB enviou outro grupo para os Emirados Árabes Unidos para avaliar a versão do Black Hawk armado. Nós não compramos nada, mas grupos trabalho e avaliação não faltam. Pelo menos nossos oficiais viajam bastante. Conhecer os EAU deve ser muito legal. Tudo luxuoso demais. O país dos exageros. Um dia quero ir lá.

Romão
Romão
Responder para  Jadson S. Cabral
3 anos atrás

E você acha mesmo que esse pessoal foi pros EAU avaliar helicóptero ou passear, tirar foto, comprar umas jóias mais em conta pras patroas e trazer iphone 13 a um preço mais camarada ? Milico brasileiro é tão sem vergonha, que se eles quisessem realmente avaliar BH armado teriam mandado um grupo de “trabalho” aqui pra a Colômbia.

Tutu
Responder para  Romão
3 anos atrás

O comandante da aviação do exército vai junto participar da avaliação, parece bem sério para mim.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Tutu
3 anos atrás

Trocar celular e comprar coisas legais é uma coisa bem séria.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Tutu
3 anos atrás

Claro que o comandante vai junto. Imagina se o chefe ia deixar os subordinados curtirem sozinhos…

Henrique
Henrique
Responder para  Jadson S. Cabral
3 anos atrás

O pessoal vai dizer que eu estou de má vontade e sendo leviano, mas pra mim esses “grupos de trabalho” só existem pros oficiais do EB fazerem turismo.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Acompanho a área de Defesa há mais de 20 anos.
Nunca vi tantas críticas às forças armadas e aos militares. Ninguém é perfeito, existe corrupção em todos os lugares e existem pessoas boas e más em todos os lugares.
Mas, depois que um capitão reformado sentou na cadeira presidencial, as críticas dispararam 1.000%.
É, normal, viagens para analisar equipamentos. Claro, que os oficiais que participam dessas viagens, aproveitam para conhecer a cidade, mas faz parte do trabalho deles.

Paulo GSB Mod
Paulo GSB Mod
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luís Henrique Eu também acompanho ha anos tudo de sites e canais de defesa …
E triste sim com certeza ver esse aumento das criticas as FA e que se dão em parte por ignorância no assunto defesa e também por má vontade porque alguns doentes acreditam que criticas as FA eles estariam indiretamente criticando o Bolsonaro, não conseguem separar as coisas.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Paulo GSB Mod
3 anos atrás

Ah, claro. Porque as forças armadas brasileiras são um exemplo de profissionalismo. Não existem dezenas de militares sendo acusados de desviar dinheiro de vacinas… não existiu um general incompetente no cargo de ministro da saúde… não tem militar ameaçando a democracia e falando em golpe o tempo inteiro… o governo, que diga-se de passagem é o pior da história desse país, não tá cheio de militares enchendo o bolso com altos salários acumulados… tá tudo perfeito aqui. Os militares não podem ser criticados porque eles prestam um serviço impecável a sociedade e sem qualquer erro.

Carlos
Carlos
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luiz Henrique, isso tudo é muito bem planejado e muito bem arquitetado. É a famosa milícia digital atuando a todo vapor, que tem com único objetivo desagregar e criar desarmonia entre os participantes. Não agregam nada de positivo, pelo contrário, e pelo que percebi atuam também nos outros blogs da trilogia

rogerio schneider
rogerio schneider
Responder para  Jadson S. Cabral
3 anos atrás

Está exposta a falta de seriedade das forças armadas. Os milicos se sentem seguros no fato de que o Brasil nunca será invadido. Caso ocorra algum conflito, recorrerão ao Tio Sam por armamentos de primeira como fizeram na Segunda Guerra Mundial. O que não falta é um orçamento para almirantes, brigadeiros e generais, comprarem de quando em quando brinquedos novos do exterior, por que não há desenvolvimento tecnológico nacional. Aviões suecos, submarinos franceses, corvetas alemãs.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
3 anos atrás

A matéria não fala na quantidade de baterias, mas me parece um valor muito baixo até por uma bateria, se essa tiver mais de 5 lançadores quádruplos (e com valor muito baixo eu quero dizer, mais baixo que muitos sistemas por aí e com certeza mais baixo que a solução de desenvolvimento nacional que o Brasil sonha).
Por mim comprávamos umas 10 baterias dessas e esquecíamos desenvolvimento nacional por hora. Defesa aérea de curto e médio alcance precisa de muitos lançadores se quisermos prover uma defesa reclamante efetiva em todos os prontos estratégicos do país e nós não temos dinheiro sobrando para empregar soluções caríssimas e demoradas como o desenvolvimento nacional. No máximo só usaríamos o M200 mesmo ao invés desse radar.
É claro que eu estou tirando números da minha bunda. Não estou falando que os números precisariam ser exatamente esses.

_RR_
_RR_
Responder para  Jadson S. Cabral
3 anos atrás

Jadson,

Esse valor provavelmente inclui uma bateria completa (seis unidades de tiro), um radar de vigilância, mísseis de reposição e um pacote contendo treinamento e suporte por um bom punhado de anos.

Mísseis é coisa que tem que produzir… Munição é o que você vai gastar de verdade em um combate, e tem que se ter para repor na hora que precisar.

Se estamos pensando para a faixa dos 15 mil metros, o ideal é dotar-se de um sistema cujo componente principal seja um míssil para combate aéreo. E houvesse real interesse, o A-Darter seria essa munição… Mas…

Rafael
Rafael
Responder para  _RR_
3 anos atrás

RR, além do caos social e econômico da África do Sul, a própria Denel vem de mais de década de crises financeiras e principalmente de conformidade. A empresa virou uma fabricante de escândalos sem saúde orçamentária. Isso claramente afeta a capacidade de reter talentos e de continuar inovando nos seus produtos.

A janela dessa oportunidade, que foi interessantíssima na década retrasada já se fechou. Não adianta termos um parceiro tão problemático quanto nós. Na área de P&D precisamos de alguém que nos carregue nas costas, nos leve pelas mãos, tenha muita paciência e não precise de nosso dinheiro para seguir com o projeto.

Henrique
Henrique
Responder para  Rafael
3 anos atrás

As consequências de eleger socialistas… a África do Sul chegou a fabricar bombas atômicas nos anos em 80 e diante de um bloqueio brutal conseguiam fabricar equipamentos no estado da arte, hoje na completa anarquia. Onde a ONU e a tal de “comunidade internacional” (que é na verdade a trinca EUA-RU-FRANÇA) bota a mão tudo dá errado.

Sequim
Sequim
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Ainda bem que atual governo do Brasil não é socialista, né? Veja o excelente trabalho feito na saúde durante a pandemia, né não?

Slow
Slow
Responder para  Sequim
3 anos atrás

Irônico você né ?

Bosco
Bosco
Responder para  Sequim
3 anos atrás

O trabalho do MS foi excelente. Talvez você que esteja procurando se informar em fontes equivocadas.

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Use esta fonte em vez do Boner ou do Brazil 247
https://www.gov.br/cgu/pt-br/coronavirus/governo-federal

Slow
Slow
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Bom é usar a fonte do próprio governo né kkkkkk até parece que eles iam colocar algo de de ruim contra eles mesmo ..

Bosco
Bosco
Responder para  Slow
3 anos atrás

Ah! Perdão!
Continue a usar suas fontes imparciais e balizadas como o Globo Lixo , a CPI do circo e o Brasil 247.

Salim
Salim
Responder para  Bosco
3 anos atrás

600.000 mortos, temos 2,7% da pop mundial e cerca de 14% mortos no mundo por covid. Infelizmente ainda morremos acima media com outras doenças relacionadas a falta de saneamento e cuidado básico. MS não e referencia em nada ultimamente. muito triste. Números não mentem. Esta briguinha de torcidas não leva a nada. Esta saindo do pais uma leva enorme de profissionais em todas as áreas, incluso ai profissionais saúde graduados. Nosso pib percapta retrocedeu 10 anos. Números não mentem. A incopetencia e roubo nestes últimos 20 anos estão cobrando preço , agora e hora de uniao pelo bem do nosso futuro.

Bosco
Bosco
Responder para  Salim
3 anos atrás

Salim,
Só um dado interessante sobre o tema Covid. No dia que a primeira pessoa no mundo foi vacinada de Covid no Brasil já haviam morrido 180.000 pessoas.
Então, pelo menos esses 180.000 devem ser retirados das costas do MS.

Slow
Slow
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Acredito que UOL , metropoles , cartacapital , Cnn e bbc são muito mais confiáveis do que jovem pan e Alexandre garcia ..

Slow
Slow
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Bom mesmo é essa aqui né ..

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Sequim
Sequim
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Ai meu caro. Você não perde essa mania de querer me apontar a “verdade” dos fatos. Tem hora que cansa.

Chris
Chris
Responder para  Sequim
3 anos atrás

A gente não precisa de hospitais não!

A turma do 9 dedos fez porto em Cuba, além de várias outras obras no exterior… Copa… Olimpiadas… E quase saiu ate hidrelétrica pra Guatemala… Ja que pra gente nem luz falta…. Heheh

Sequim
Sequim
Responder para  Chris
3 anos atrás

Você já ouviu falar em soft power? Isso não é marca de sorvete, mas uma estratégia política de influência econômica e diplomática para reforçar os interesses de um país no cenário internacional. Essas obras no exterior que você citou foram investimentos econômicos e de soft power. O porto em Cuba, por exemplo, aconteceu após a abertura da ilha. Os EUA e a Comunidade Europeia também investiram lá. Passe mais tempo no Google e menos tempo em redes sociais, caro bolsominion.

Wellington R. Soares
Wellington R. Soares
Responder para  Sequim
3 anos atrás

E quais os benefícios que tivemos com o porto em Cuba ?
Daqui a pouco você vai começar a defender o programa “Mais Médicos”, que literalmente foi usado para financiar a ditadura cubana.

Sequim
Sequim
Responder para  Wellington R. Soares
3 anos atrás

O fim do ” Mais Médicos ” foi um crime perpetrado contra os brasileiros habitantes do Brasil profundo, o Brasilsão do interior onde os médicos “cosmopolitas” brasileiros não querem ir. Recentemente saiu uma pesquisa onde ficou evidenciado que os médicos brasileiros não querem trabalhar com pobres. E isso tem de sobra no Brasil profundo: carência, pobreza e necessidade. Daí o ” Mais Médicos ” com os cubanos. Dizer que o programa servia para sustentar ditadura cubana é coisa de gente que se presta apenas a ser gado desinformado.

Salim
Salim
Responder para  Sequim
3 anos atrás

Quem criou esta m… foi a esquerda incompetente e desonesta. A direita só esta afundando mais. Quando a pauta de um governo e reclamar dos outros e não fazer nada ja e um projeto de fracasso. Quem sabe faz, Lula reclamava dia e noite do FHC e o atual reclama do Lula e da esquerda, resultado e esta porcaria. Dotação defesa caiu de USD 27 bi para USD 19 bi, esta e a realidade , gasto em equipamentos baseado USD. números não mentem.

Slow
Slow
Responder para  Chris
3 anos atrás

Realmente nessa época não faltava mesmo já agora é Crise hídrica, crise elétrica , crise sanitária e inflação.. e qual plano do governo ? Hahaha o patriota levou sua esposa que poderia ser vacinada aqui , pra ir se vacinar nos EUA .. e os patriotarios achando bonito .

Sequim
Sequim
Responder para  Slow
3 anos atrás

Isso sem falar no escândalo do Pandora Papers, em que a mídia corporativa, cúmplice deste desgoverno de m #$%&da tá tentando desperadamente passar um pano, só porque descobriu -se que o Paulo Guedes tá atolado na lama até o pescoço.

Slow
Slow
Responder para  Sequim
3 anos atrás

Pois é , mas os patriotarios de plantão só da deslike e não fala nada pq não tem argumentos ..

Flanker
Flanker
Responder para  Slow
3 anos atrás

O governo federal tem responsabilidade na crise elétrica, sanitária, inflação, etc….mas, na crise hidrica, ainda não tem governo no mundo que consiga gazer chover…..

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Tem um ditado que diz “para quem só sabe usar martelo, todo problema é prego.”

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Jadson S. Cabral
3 anos atrás

Caro Jadson, parece que o contrato inclui 4 baterias.
Esse valor não é baixo, U$ 632 mi. Para efeito de comparação, uma bateria do sistema S-400 custa por volta de U$ 500 mi, lembrando que o S-400 é um sistema de longo alcance bem mais poderoso que o Spyder e portanto, custa mais.

Inimigo do Estado
Inimigo do Estado
3 anos atrás

Eu teria ido de CAMM-ER.

Luís Henrique
Luís Henrique
3 anos atrás

As melhores soluções de sistemas antiaéreos, em minha opinião, são os russos em termos de custo/benefício. Porém existe a questão política, geopolitica, sanções americanas, etc. Para continuarmos parceiros dos EUA e do Ocidente e não sofremos retaliações através de sanções, eu ficaria com os sistemas israelenses.
Gosto muito do David Sling e prefiro o sistema Barak em vez do Spyder.

_RR_
_RR_
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luis,

Não creio que haveriam retaliações pela adoção de um equipamento ou outro, sobretudo se for algo de menor monta…

O Brasil atualmente opera helicópteros Mi-35 e mísseis Igla… Não creio que umas três ou quatro baterias de Pantsir ou TOR M2 completas seria um problema.

No meu entender, o melhor custo/benefício seria um sistema dotado de um míssil AA de quinta geração de médio alcance ( ex: CAMM-ER ) complementado por um tipo melhor adequado ao combate counter PGM ( ex: TOR M2 ).

Enquanto um protege as instalações estratégicas negando o espaço aéreo até a média altura, o C-PGM os protege e a outras forças móveis contra munições guiadas.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  _RR_
3 anos atrás

O CAATSA é de 2017. Baterias antiaéreas de médio alcance são equipamentos caros. O contrato com certeza será de centenas de milhões de dólares e poderá chegar até a casa do bilhão ou alguns bilhões. Com certeza teríamos problemas com os americanos. A compra dos Mi-35 ocorreu bem antes do CAATSA.
Você está certo sobre utilizar mais de 1 sistema antiaéreo. A defesa antiaérea efetiva tem que ter várias camadas.
Ocorre que talvez nossas forças não terão $$ para muitas camadas.
O que sei é que estamos analisando a aquisição de um sistema de médio alcance e um de longo.

Eu escolheria Barak-8 (médio alcance) e S-400 (longo alcance).
Agora, se não quisermos aproximação com a Rússia e se quisermos evitar o CAATSA, eu iria de Barak-8 e David Sling.

_RR_
_RR_
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Seja como for, considerando as distâncias que temos, o melhor sempre será abater o “arqueiro” antes que este chegue na posição para lançar sua “flecha”. E isso somente é conseguido com aviação…

Assim, uma estratégia válida poderia partir da adoção de um sistema de defesa robusto, centrado em um poderoso tipo melhor adaptado ao combate counter PGM, alerta antecipado escorado em uma poderosa rede de vigilância, e uma aeronave de caça capaz de operar com o mínimo possível e de instalações remotas. A tal aeronave já temos ( F-39 ), a rede de vigilância está em processo de concepção. Falta o sistema AA…

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  _RR_
3 anos atrás

Sim, concordo. Mas também temos que lembrar de outras coisas.
1) contra uma força aérea equivalente ou inferior à nossa, nossos Gripens garantirão a nossa defesa. Destruirão as aeronaves inimigas e, até conseguirem isso, os sistemas antiaéreos adaptados ao combate counter PGM segurariam as pontas. Mas, e contra uma força aérea superior à nossa? Com uma quantidade de aeronaves maior ou bem maior?
Ai, os Gripens poderiam reduzir a ameaça e no final, acabarem sendo vencidos. Sem os Gripen ficaríamos apenas com os sistemas antiaéreos de curto alcance e as aeronaves inimigas voariam impunemente, atacando de longe.

Portanto, sistemas antiaéreos de médio e longo alcance são tão importantes, eles podem não ser tão especializados no combate a PGMs, porém, além de abater mísseis eles colocam as aeronaves inimigas em perigo, mesmo quando não pudermos mais contar com nossos caças.

2) mesmo para abater mísseis, o alcance do míssil antiaéreo é importante, ainda mais em um país continental como o Brasil.
Nós não poderemos ter um sistema antiaéreo de curto alcance em cada “esquina”. Imagine que nosso sistema de controle detecte mísseis disparados contra alvos estratégicos, porém o sistema antiaéreo mais próximo esta a 50 km de distância e usa mísseis interceptores com somente 20 km de alcance.

Por essas e outras, eu iria de Barak-8 ou um sistema com alcance semelhante, cerca de 100 km.
E para o sistema de longo alcance eu buscaria algo semelhante ao S-400 com 400 km de alcance ou ao David Sling com cerca de 300 km de alcance.

_RR_
_RR_
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luiz,

Há mais fatores a serem considerados aí.

Consciência situacional maior, por exemplo, multiplica a efetividade de parcos números. Logo, pensar de forma linear não descreve necessariamente a realidade. Há casos e casos de forças numericamente inferiores que superaram inimigos em muito maior número justamente por ter uma maior inteligência, quer dizer, um domínio maior da informação no espaço de batalha.

Evidente que há a necessidade de se ter uma massa crítica em números com que trabalhar, mas o número hoje está longe de ser o único fator e não é o determinante na maior parte dos casos.

Pra mim, munição é onde os números fazem diferença de forma mais taxativa, visto que é isso o que você vai realmente gastar.

Como disse abaixo, justamente pelas distâncias de nosso território nacional, penso que o melhor a se fazer é concentrar a capacidade SAM na defesa de pontos verdadeiramente estratégicos, deixando para a caça as camadas mais externas.

A baixa detectabilidade das aeronaves atuais é um fator também a ser considerado. Hoje, mais do que nunca, é possível penetrar o circulo defensivo externo, lançar armas e voltar sem ser visto. De fato, engajar uma aeronave hoje é extremamente difícil, virtualmente impossível se estivermos falando de tipos capazes de lançar munições com mais de 100km de alcance.

Mesmo que um radar possa nominalmente localizar alvos a, digamos, 400km, esse alcance se reduz substancialmente quando estamos a falar de alvos do tamanho de um caça, e mais ainda se estivermos a falar de aeronaves furtivas.

As novas munições também são tão esquivas ao radar que a detecção normalmente se dá somente a poucas milhas do alvo. Assim, o alcance dos mísseis, embora importante, não é o fator determinante em si, mas sim a capacidade dos sistemas de detecção de irradiar uma quantidade significativa de energia dentro de uma área restrita de espaço aéreo, de modo a conseguir um retorno efetivo para obter uma solução de tiro e abater o petardo antes que ele chegue. Claro que quanto mais longe se puder fazer isso, melhor, mas não se pode correr o risco de gastar com tipos brutos, como o S-400 com mísseis da família 4N6 ou 4N8, se realmente não haverá um alvo para ele na distância enorme a que se propõe o engajamento! Quero dizer: tanto faz se o míssil tem um alcance de 40km ou 400km, se ele somente vai ser capaz de engajar até os 25km…

Essa abordagem acima é especialmente válida no Ocidente, onde há uma profusão de sistemas de curto e médio alcance, e um investimento pesado em radares AESA multi frequência e bandas diversas para vigilância e aquisição, além da tecnologia LPI.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  _RR_
3 anos atrás

Sim, concordo. Mas lembrando que o Ocidente, leia-se EUA e Otan, possuem superioridade aérea contra seus adversários e basearam suas doutrinas em sistemas antiaéreos levando isso em consideração.
Por isso, as defesas antiaéreas dos EUA e parceiros são divulgadas muito mais com o foco em abater mísseis.
O Brasil não faz parte da Otan. Portanto, no futuro, podemos sim ser alvo de algum membro da Otan. E nós não teremos superioridade aérea com 36 Gripen.
Claro, que não adianta termos mísseis com 300 ou 400 km de alcance, se não pudermos detectar as ameaças à longas distâncias, mas esses sistemas de longo alcance, além de mísseis maiores, também fornecem radares maiores com alcance de detecção compatível. Já existem radares com mais de 1.000 km de alcance para determinados tipos de alvos. Os alvos furtivos vão degradar qualquer sistema. O de longo alcance, vai acabar virando um de médio alcance, porém o de médio alcance também será degradado.

Maurízio Souza e Souza
Maurízio Souza e Souza
3 anos atrás

Gosto do BAMSE sueco, dos SPYDER, do Barak, de mais Gripens…

Bosco
Bosco
Responder para  Maurízio Souza e Souza
3 anos atrás

Maurizio,
O Bamse ampliaria nossa atuação AA mas no papel de sistema de média altitude / médio alcance eu não acho uma boa opção.
Não considero mísseis teleguiados o ideal para a defesa média. Prefiro misseis autoguiados (homing) , dotados de um seeker.

Tomcat4,2
Tomcat4,2
Responder para  Bosco
3 anos atrás

E este Spyder Bosco, vc acha um bom sistema, seria interessante para nós ??? Gostaria de ver sua opinião, desde já agradeço.

Bosco
Bosco
Responder para  Tomcat4,2
3 anos atrás

Sim Tomcat, considero ter muitas característica interessantes e ao meu ver seria muito bem vindo.
Só resumindo, as características dos atuais sistemas de médio alcance:
Determinantes:
1- sistema modular com separação entre lançadores, radar e posto de comando;
2- radar 3D;
3- capacidade todo o tempo;
4- capacidade de atualização de meio curso via data-link;
5- capacidade de ser transportado via C-130/KC-390;
6- capacidade de engajar várias ameaças simultaneamente;
7- subsistemas (radar e lançadores) operados por controle remoto (com exceção do posto de comando, lógico);
8- alcance horizontal de pelo menos 20 km e vertical de 10 km;
9- mísseis autoguiados.


Desejáveis:
1- lançador vertical;
2- lançador com pelo menos 8 mísseis;
3- mísseis selados em container/lançador próprio;
4- duplo sistema de orientação (ex: Spyder, NASAMS e VL-MICA);
5- sistemas funcionais conectados ou não ao caminhão transportador;
6- radar AESA;
7- interoperabilidade com outros sistemas sup-ar e ar-ar da Marinha ou/e da Força Aérea;
8- alcance horizontal de pelo menos 30 km e vertical de 15 km

Tomcat4,2
Tomcat4,2
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Então continuarei na torcida pelo Spyder(rs) e valeu pela resposta !!!
obs.excelente complemento do sr Luis Henrique tbm.

Henrique
Henrique
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Na minha opinião a gente deveria ir de IRIS-T SL. Qualquer sistema de médio alcance ocidental -tirando o Bamse- é bom, vai do gosto do cliente. O EB não compra logo alguma coisa por causa da incapacidade de investimento (causada pela desvalorização do real diante do dólar e do gasto absurdo com pessoal) e do marasmo de ser uma força com pouquíssima perspectiva de atuar operacionalmente. Nada tem urgência pras nossas FFAA.

_RR_
_RR_
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Henrique,

O BAMSE tem suas vantagens… É simples de ser operado e requer pouco pessoal.

Prepara-lo para combate é simples: se desengata do rebocador, baixa as sapatas, levanta a antena e pronto.

Remunicia-lo não requer quaisquer particularidades. Um quarteto de soldados simplesmente baixa o braço da lançadeira, remove o container vazio e coloca o novo em posição, tudo sem qualquer espécie de apoio, contando apenas com força humana.

Bosco
Bosco
Responder para  _RR_
3 anos atrás

RR,
Mas o Bamse tem uma característica que não gosto (além do sistema de orientação tipo “comando”) que é o lançador ser tripulado. Acho estranho!
O operador entra por uma portinha minúscula. Pra mim foi “bola fora” dos suecos fazerem assim. Não justifica um sistema rebocado que opera estático não ser de operação remota.

_RR_
_RR_
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Olá, Bosco.

Se falamos de operação remota, então estamos a falar de uma estação a parte, com todo o hardware necessário a operação em si e que teria que ser especialmente preparada para a proteção NBQ, que é requisito dos suecos ( já cumprido pelo sistema atual ).

Uma estação remota, muito embora aumente a segurança na operação, é menos significativo em termos da operação em si; quer dizer, não importa onde o operador vai estar, se considerarmos unicamente a operação do sistema.

A ideia do BAMSE é clara: ser alocado para um lugar remoto e ficar lá dias a fio sem qualquer apoio. Nesse caso, pensando em termos de simplicidade de operação e independência de outros meios, é mais fácil ter tudo em uma só estrutura.

Um outro ponto específico… Ser “teleguiado” tem certas vantagens. Sem um seeker, são mísseis mais simples e baratos. É rápido construir e repor.

Enfim… O BAMSE… eu o vejo como um “pé de boi”, sem luxos.

De toda da sorte, os suecos lançaram no mercado uma variante alto propulsada, a qual, o meu entender, praticamente sepulta uma das virtudes desse sistema, que é justamente poder ser rebocado por qualquer 4×4…

Bosco
Bosco
Responder para  _RR_
3 anos atrás

O Bamse agregaria muito e gostaria que viesse de carrada rsssss mas pra mim não pode ser considerado “médio”. Vai ser sempre um SHORAD vitaminado, igual o Pantsir.
Quando falo de controle remoto eles poderiam ter feito igual o Rapier: http://i.imgur.com/XDbwD.jpg

Art
Art
Responder para  _RR_
3 anos atrás

A suécia entrou no co-desenvolvimento do IRIS_T por isso comprou algumas unidades

Bosco
Bosco
Responder para  Henrique
3 anos atrás

O Iris-T tem a vantagem que será utilizado pela FAB nos Gripen!
O SkySabre (CAMM) tem a vantagem que será adotada pela Marinha.
O Spyder adota mísseis utilizados pela FAB.
São características a serem levadas em consideração.

Art
Art
Responder para  Bosco
3 anos atrás

os sistemas que estão sendo analisados pelo programa de Defesa Antiaérea são: Spyder, Barack (8), EMADS (CAMM), IRIS-T e NASAMS

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Art
3 anos atrás

EMADS (CAMM) cerca 25 km com CAMM e 45 km com CAMM-ER
IRIS-T VL 40 km.
NASAMS 3 com AMRAAM-ER cerca de 75 km.
Spyder MR até 40 km, SPyder ER até 80 km.
Barak 8 – 100 km, Barak 8 ER até 150 km.

o EMADS pode utilizar o mesmo míssil das Fragatas Tamandaré, porém é o de menor alcance entre todos.

o Iris-T VL usaria o mesmo míssil do Gripen. Porém o alcance de 40 km não é muito.

o Nasams parece que é muito caro e 6 mísseis por lançador, em vez dos 8 desejados.

Eu ficaria com os israelenses. Eles são mais fáceis de negociar uma parceria de construção local, com tot, etc e possuem excelentes sistemas com preços razoáveis.
Eu iria de Spyder-ER ou Barak-8.

O Brasil é muito grande e não terá dinheiro para adquirir centenas de baterias antiaéreas. Então, acho muito importante adquirir um sistema de médio para longo alcance.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Concordo plenamente.

art
art
Responder para  Art
3 anos atrás

o chassi tende a ser o TATRA 815 que já é usado no EB e CFN com as viaturas ASTROS.

Henrique
Henrique
3 anos atrás

Os pontos fortes desse sistema são:

-usar mísseis ar-ar (a caça e a AA podem usar o mesmo arsenal)
-booster que incrementa consideravelmente o envelope de engajamento
-dois sistemas de guiamento (IR/radar)
-opção de usar torreta EO/IR

Nelson Junior
Nelson Junior
3 anos atrás

Algumas Baterias completas dessas, cobririam os pontos “mais estratégicos” do território Brasileiro por menos de 1BI de Dólares…
E ao mesmo tempo vai continuando o desenvolvimento de um sistema nacional (em paralelo)…
Porém o ideal para o Brasil seria um sistema de maior cobertura de pelo menos 300KM.
O que não é admissível é um pais com território tão vasto, não ter se quer um sistema de médio ou longo alcance…
Lembrando que nossos vizinhos já tem S-300

Henrique
Henrique
Responder para  Nelson Junior
3 anos atrás

Sim, mas isso é imprevidência dos próprios generais. Vai me dizer que nesses últimos 20 anos eles não podiam separar nem sequer um bilhão pra comprar algumas baterias de SAM de médio alcance?

Art
Art
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Exército é muito grande, farinha é pouca, meu pirão primeiro (infelizmente). Aviação, engenharia, blindados, Artilharia de Campanha, foguetes, etc. É complicado. O que salvou a antiaérea foi o Bin laden, e os grandes eventos.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Nelson Junior
3 anos atrás

Acredito que é a área que nossas forças armadas estão pior.
Nós não temos nem um sistema semelhante ao Tor ou Spyder SR de curto alcance.(Venezuela e talvez o Peru)
Nós não temos nada semelhante ao Buk ou NASAM de médio alcance. (Venezuela e Chile).
S-300 de longo alcance é claro que também não temos nada semelhante.

Henrique
Henrique
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

O _RR_ está certo, não precisamos de defesa contra míssil balístico, o que realmente precisamos é de sistema de médio alcance pra nos defendermos de aeronaves. Algo como o Spyder iria fechar a nossa questão com defesa antiaérea, não precisaríamos nos preocupar mais com isso.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Henrique
3 anos atrás

O Spyder é um bom sistema, mas para a função de abater aeronaves, o ideal é um sistema de longo alcance. Aeronaves podem usar mísseis de longo alcance e evitar sistemas como o Spyder, que acabariam ficando com a missão de destruir mísseis.
Por isso o MD busca um sistema de médio alcance e outro de longo, um complementa o outro.

_RR_
_RR_
Responder para  Nelson Junior
3 anos atrás

Nelson,

Um sistema como o S-300 é eminentemente anti-balístico, visando SRBM ( ex: Scud ). Daí que essa ameaça não existe e nem existirá no futuro previsível.

A seguir, justamente pelo tamanho de nosso território e as distâncias relativas a fronteira e aos alvos de maior importância, é impossível cobrir o território nacional com SAM. E da mesma forma, não há SRBM que chegue a nossas instalações de maior valor que possa ser posicionado no continente.

Para o Brasil, a maior ameaça que pode vir pelo ar, de longe, é uma força alicerçada em aeronaves de caça munidas de munições guiadas. E nesse caso, o melhor a fazer é abater essas aeronaves antes que cheguem ao ponto de lançamento, o que exige uma força muito mais flexível que sistemas cuja operação se dá de forma estática, ou seja, aeronaves de caça auxiliadas por uma rede de vigilância. E isso está sendo feito…

No mais, veja que a cada vez será difícil engajar uma aeronave de caça a partir do solo. Não se pode esquecer o alcance das munições guiadas e a baixa detectabilidade das suas plataformas de lançamento. Logo, para salvaguardar alvos verdadeiramente estratégicos, faz mais sentido dotar-se inicialmente de um sistema que possa cobrir até a média altura e que possa ser otimizado para a luta C-PGM, capaz de engajar diversos alvos ao mesmo tempo e apinhado de munições, o que não é o perfil da família S-300 ou similar.

Bosco
Bosco
Responder para  Nelson Junior
3 anos atrás

Um sistema com 300 km de alcance teria que ser aproximado uma bateria de outra para não deixar corredores em altitudes baixas. Isso tira a vantagem de se ter sistemas de grande alcance. Na prática e tendo em vista a Terra ser redonda é contraproducente ter sistemas sup-ar com mais de 100 km de alcance e como o RR citou os que existem têm função ABM secundária, daí ter como fator residual um desempenho majorado.
Alguém poderia dizer que sistemas de alcance muito grande seriam úteis para negar o espaço aéreo para ativos de alto valor, como os aviões tanques ou AWACS, mas será?
Uma bateria com sistemas tão volumosos teria que estar afastada da linha de frente pelo menos uns 100 km de modo a não virar alvo fácil da artilharia, grupos comandos ou helicópteros de ataque. Isso já “come” são 100 km e reduz o alcance para 200 km dentro do território inimigo, e assim mesmo em alta altitude. Em sabendo da presença de tais mísseis sup-ar e os meios aéreos iriam se manter afastados de áreas sensíveis, se mantendo mais recuados.
Se imaginarmos um país defendido por sistemas com 300 km de alcance e com uma fronteira com 6000 km, em tese seriam necessários 10 baterias para cobrir a fronteira sem que houvesse superposição de cobertura. Como a cobertura apenas se tocaria nas regiões externas seria mais interessante aproximar mais. Se imaginarmos uma sobreposição de 100 km e já seriam necessárias 15 baterias para cobrir nossa hipotética fronteira.
Mas mesmo esse arranjo de 15 baterias com sobreposição de 100 km no volume de cobertura dos mísseis ainda deixaria a defesa cheia de corredores de baixa altitude. Para reduzir ainda mais os corredores e a liberdade do atacante transitar neles em baixa altura uma aproximação entre as baterias teria que ser implementada e seria perto de 100 km entre uma e outro, o que redunda em 60 baterias.
60 baterias é a mesma quantidade que seria necessário caso o sistema de mísseis tivesse “só” 100 km de alcance.
Outra maneira seria ter sistemas de 300 km mais espalhados e os corredores fechados por sistemas de menor alcance. O que novamente nos faz obrigados a adotarem sistemas de alcance menor.
E isso falando só da defesa de fronteira sem levar em conta que alvos de alto valor no interior da área defendida deve ter sua defesa provida.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Sim, mas é por isso que existe o mix. Você não precisa dos 60 de longo alcance, usa 10 ou 15 de longo alcance e coloca nesses corredores 40 ou 50 de médio alcance. Na verdade teria também sistemas antiaéreos de curto alcance, em vez de 40 ou 50 de médio alcance, poderia ser adotada uma solução com 20 ou 30 de médio alcance + 40 ou 50 de curto alcance.

Mesmo analisando 1 sistema de longo alcance (10 baterias) + outro de médio alcance (40 baterias), não da na mesma adquirir 50 ou 60 de médio alcance e 0 de longo, pois as aeronaves inimigas podem se aproximar muito mais e atacar com mais facilidade. Já com sistemas antiaéreos de longo alcance, as aeronaves inimigas são “obrigadas” a voar baixo, o que reduz o alcance da própria aeronave e de seus armamentos.
E em caso de sucesso na detecção destas aeronaves, elas podem ser destruídas bem antes, muitas vezes até antes de poderem lançar seus mísseis ou bombas.

_RR_
_RR_
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luiz,

Boa noite.

Ataque a baixa altura é atualmente uma tática que carrega um elevadíssimo grau de risco.

Hoje, há uma verdadeira disseminação de sistemas SHORAD e V-SHORAD, cada vez mais avançados, baratos e acessíveis. E diversos deles são portáteis ( ex: Igla ). De fato, invadir a fimbria desses tipos é praticamente suicídio, como já vem sendo demonstrado desde os anos 60.

A tática que vem sendo considerada a mais adequada contra zonas pesadamente defendidas, é o ataque a média altura com a adoção de munições guiadas para além dos 100km de alcance.

Como bem lembrado pelo Bosco, há limitações inerentes a própria curvatura da Terra que podem inviabilizar uma detecção para além dos cem quilômetros para radares de aquisição das baterias, o que, salvo melhor juízo, é especialmente verdade em se tratando de alvos operando até 5000 metros. De fato, uma aeronave vindo a essa altura pode aproximar-se a essa distância sem ser localizada, independente de qual seja.

Também não há como não haver gaps na defesa, haja visto os próprios acidentes geográficos.

Em suma, não podemos pensar de forma linear…

Para um país como o Brasil, somente resta ao SAM a defesa de pontos estratégicos, isto é, portos, aeroportos, grandes zonas industriais, etc.

Veja que não estou invalidando seu argumento como um todo. Também considero que um sistema de defesa ao qual esteja integrado um tipo de média altura seria interessante para se constituir uma defesa em camadas. Mas a prioridade, no meu entender, deve ser a aquisição de um sistema Counter PGM eficaz, para proteger instalações vitais e tropas em movimento de armas guiadas.

Sobre a família S-300 e S-400:

Um outro ponto pouco comentado: a família S-400 e S-300, quanto a combate aéreo, é dotada de mísseis que visam justamente cobrir essa faixa dos 100 km, enquanto que as famílias 40N, 48N e 46N foram concebidas prioritariamente para a luta ABM. Atualmente, a família de mísseis 9M96 é a linhagem destinada a combate aéreo, cuja a variante de maior performance tem 120 km de alcance, todos em uso pelo S-400 e S-350.

Essa é a razão de haverem tantos lançadores do S-400. Graças a esses mísseis, o uso é dual.

Por fim, a Rússia tem ameaças balísticas de todos os tipos com que se preocupar.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Bosco
3 anos atrás

A Rússia, por exemplo, está recebendo 28 regimentos do sistema S-400. Cada regimento é composto por 2 ou 3 Batalhões. Cada batalhão possui 8 lançadores.
Vamos considerar 2 batalhões por regimento. São 16 lançadores por regimento. 28 regimentos são 448 lançadores.

Você consegue cobrir uma área gigantesca com isso, não?
E esses sistemas são apoiados por vários outros, como os S-300, Buk, Tor, etc.

Os russos chegaram a ter cerca de 1.900 lançadores de S-300 nos anos 2000 e em 2017 o número caiu para cerca de 800 lançadores.

Sincero Brasileiro da Silva
Sincero Brasileiro da Silva
Responder para  Nelson Junior
3 anos atrás

Camarada, na minha opinião o importante é ter um começo, e começar com um sistema com alcance de 20km, não vejo mal algum! Não adianta querer ter um S-300 ou Barak 8 e na realidade não ter nenhum. Ninguém começa de cara dirigindo uma Ferrari…

Alois
Alois
3 anos atrás

É muito preocupante a falta de um sistema de anti aérea de mísseis de médio e longo alcance no Brasil, fico pensando aqui na base de submarinos de Itaguaí, e na base da esquadra no Rio de Janeiro, no caso da MB, na base aérea de Anapópolis onde serão baseados os Gripen, os quartéis do exército onde se concentram os blindados no Sul e Brigada dd lançamento de foguetes em Goiás.e
Estas e muitas outras bases e quartéis além de concentrações de industrias devem poder contar com este tipo de defesa, investir em defesa não é gasto, Brasil precisa parar de achar que vivemos numa bolha, existem muitas ameaças e poder de dissuasão pode salvar muitas vidas.

Sincero Brasileiro da Silva
Sincero Brasileiro da Silva
3 anos atrás

Podem falar o que for, mas não acho que Israel faria um sistema antiaéreo porcaria! Portanto independentemente de ser caro, seria uma ótima aquisição para o Brasil!