A U.S. Marine watches as a statue of Iraqi President Saddam Hussein falls in Firdos Square in Baghdad on April 9, 2003

Governo Bush mergulhou os EUA e seus aliados em uma guerra e eventual ocupação que redesenhariam o mapa político do Oriente Médio

Ishaan Tharoor/ Washington Post, O Estado de S.Paulo

Boa parte da população americana e do establishment político varrido pela pressa do governo George W. Bush não perdeu tempo interrogando a conexão implícita entre os eventos de 11 de Setembro e a decisão de invadir “preventivamente” o Iraque menos de dois anos depois, para derrubar o ditador Saddam Hussein. Uma pesquisa do Washington Post em setembro de 2003 descobriu que cerca de 7 em cada 10 americanos acreditavam que era pelo menos “provável” que Hussein estivesse diretamente envolvido nos ataques.

É claro que tudo isso se provou absurdo, como grande parte do argumento de Bush e seus aliados sobre a ameaça iminente representada pelas fantasiosas armas de destruição em massa do regime iraquiano.

Animado por um zelo neoconservador para derrubar regimes inimigos e exercer o poder americano – e desimpedido pelo grosso da imprensa de Washington – o governo Bush mergulhou os EUA e seus aliados em uma guerra e eventual ocupação que redesenhariam o mapa político do Oriente Médio, desviariam a atenção da intervenção no Afeganistão e provocariam novos ciclos de caos e violência.

Os primeiros dois anos após o 11 de Setembro marcaram “uma era em que os EUA cometeram grandes erros estratégicos”, disse Vali Nasr, professor de assuntos internacionais da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Johns Hopkins, ao Today’s WorldView. “Sua visão foi nublada pela raiva e pela vingança.”

Mas e se os EUA tivessem optado por não invadir o Iraque? A decisão de derrubar Hussein, ainda mais do que a invasão do Afeganistão, gerou uma guerra não provocada que, por um lado, isolou uma série de outras opções políticas disponíveis para os estrategistas de Washington e, por outro, desencadeou eventos que alteraram fundamentalmente a região. É impossível reverter o que o governo Bush disparou, mas podemos especular sobre alguns elementos dessa proposição contrafactual.

Entre eles, há o número de mortos no Iraque. O Watson Institute da Brown University calcula que algo entre 184.382 e 207.156 civis iraquianos foram mortos diretamente por causa da violência relacionada à guerra entre o início da invasão americana, em março de 2003, até outubro de 2019. Mas o número verdadeiro pode ser maior.

Mesmo considerando o longo histórico de brutalidade de Hussein, é difícil imaginar um futuro de maior sofrimento para o povo iraquiano se os EUA não o tivessem retirado do poder, argumentou Sinan Antoon, poeta e escritor iraquiano radicado em Nova York. “Se o regime tivesse permanecido no poder, dezenas de milhares de iraquianos ainda estariam vivos hoje, e não nasceriam, todos os dias, crianças com defeitos congênitos em Fallujah”, disse Antoon ao Today’s WorldView, aludindo ao impacto dos cartuchos de urânio empobrecido que as forças americanas supostamente usavam em suas batalhas no Iraque.

Antoon acrescentou que, se os EUA não tivessem invadido, também não teríamos visto a ascensão do Estado Islâmico – uma convicção compartilhada pelo ex-presidente Barack Obama e ecoada por uma miríade de especialistas.

Henry Kissinger explica por que apoiou a Guerra do Iraque: “porque o Afeganistão não era suficiente”. “No conflito com o islã radical, eles querem nos humilhar. E nós precisamos humilhá-los.”

FONTE: Estadão

NOTA DA REDAÇÃO: A saída final das tropas dos EUA do Iraque ocorreu em 18 de dezembro de 2011. Desde 2003, mais de um milhão de aviadores, soldados, marinheiros e fuzileiros navais serviram no país. Os custos do conflito foram altos: US$ 800 bilhões do Tesouro dos EUA, com quase 4.500 americanos e cerca de 200.000 iraquianos mortos. As forças militares americanas foram sucedidas por uma missão diplomática encarregada de supervisionar os interesses dos EUA em um país com problemas de segurança e divisões sectárias profundamente arraigadas.

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Marcelo Baptista
Marcelo Baptista
3 anos atrás

Um outro ponto na questão Geopolitica, o Irã, sendo Hussein o que era, ainda assim era um espinho no pé do Irã!

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Marcelo Baptista
3 anos atrás

Concordo. O Irã cresceu demais sua influência após a queda do SH. Querendo ou não, SH segurava bem o Irã e vice versa.

Marcelo Baptista
Marcelo Baptista
Responder para  Marcelo Baptista
3 anos atrás

E ampliando o “what if”!
Talvez, hoje, o Afeganistão estivesse realmente pacificado, já que não teria havido a perda do foco no País.
Todo o dinheiro e tropas que foram desviadas para o Iraque teriam sido empregadas no Afeganistão. (sim, sei da corrupção no País, nas questões tribais e religiosas, etc, etc., mas como exercício de imaginação, posso abstrair isto!)

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Marcelo Baptista
3 anos atrás

Já nessa eu discordo… rs. Mais 50 ou 100k de soldados e mais 0,5TT USD a mais no Afeganistão não iriam mudar praticamente nada, na minha opinião.

Jodreski
Jodreski
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Concordo com vc… o destino do Afeganistão seria o mesmo. Cabe a sociedade daquele país estabelecer as mudanças que eles querem e não as que os ocidentais acham que devem ser feitas. Se o Talibã não fosse aceito pela maioria da população afegã o país estaria mergulhado em uma guerra civil agora, as tropas americanas saíram e eu só consigo entender a apatia dos afegãos como aceitação ao regime. Não cabe a nós entendermos isso, pois estaremos tentando entender eles a partir do nosso ponto de vista ocidental.
É claro que haverão pessoas que discordarão do Talibã dentro do Afeganistão, assim como há pessoas nos EUA que discordam do sistema capitalista. Nunca haverá consenso na humanidade, mas o fato da população não ter se oposto a retomada do talibã está totalmente vinculada ao fato de eles acreditam que seja mais fácil se adaptar ao regime do que se opor á ele, sendo assim, isso é uma aceitação.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Jodreski
3 anos atrás

Jodreski, não necessariamente concordam.
Não acho que as pessoas comuns gostem de ser oprimidas.
Mas na atual situação, primeiro vão ver como fica.
Dependendo do andar da carruagem, pode ser que apareçam focos de resistência!
Devemos lembrar que o Governo Afegão que fugiu não estava nem aí com o povão, então por que o pessoal iria arriscar a vida de sua família?
Eu faria o mesmo, minha família primeiro, depois vejo os meus direitos.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

GFC_RJ, expandindo a especulação, ehhe.
Não acho que realmente teriam resolvido as questões raízes do Afeganistão, mas se o foco tivesse sido, vamos usar a palavra pacificar o Pais, e tê-lo como um enclave mulçumano pro-ocidente no oriente médio, deveriam ter gasto parte do dinheiro empregado no Iraque para o sistema educacional do Afeganistão, 20 anos!
Teríamos aproximadamente 3 gerações de jovens vendo o mundo de outra forma. Isto poderia ter afastado os jovens dos muslins radicais. Enfraquecendo a influencia do Talibã!
E ainda teriam mais um País aliado atrapalhando o Irã! E fazendo fronteira com a China!
E na minha humilde opinião, a opinião publica americana não veria isto como um problema, se bem apresentado.
Esta poderia ter sido uma saída para a invasão ao Afeganistão, depois de ter eliminado os alvos!
Obvio, que hoje, 20 anos depois, e com as informações que temos, podemos palpitar o que seria bom ou ruim, mas é um ótimo exercício mental, ehehhe.

Heinz Guderian
Heinz Guderian
Responder para  Marcelo Baptista
3 anos atrás

Mesmo que isso ocorre-se, acho que o resultado final no Afeganistão não seria muito diferente. A menos que, eles mudassem a estratégia de combate ao talibã.. E não apenas isso, investindo na educação e na áreas pobres do país.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Heinz Guderian
3 anos atrás

Heinz, concordo com vc.
Bater (eliminar a Al Qaeda e Bin Laden) e sair não teria dado nenhum resultado pratico.
O dinheiro jogado fora no Iraque teria sido muito melhor empregado no Afeganistão. E traria resultados estratégicos melhores.
Minha opinião.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Marcelo Baptista
3 anos atrás

Descordo completamente. Pude averiguar a duras penas que 99% da população era completamente oposta à nossa ocupação do país. E uma grande parte dessa população participava ativamente na luta de guerrilhas. Praticamente só aqueles beneficiados diretamente aprovavam, e mesmo assim timidamente.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Joao Moita Jr
3 anos atrás

Blz, Joao, é bom ter informação de quem esteve lá.
Eu entendo que sempre quem for ocupado vai resistir, mas como estamos especulando, será que, se houvesse um maior investimento em educação, pelo menos não haveria mão de obra para a Guerrilha?
Aqui é um exercício de “e se?”, o que vc acha?

Agressor's
Agressor's
3 anos atrás

Inúmeras guerras têm sido travadas pelos eua diretamente ou por mãos alheias a serviço deles…as forças especiais dos eua operam de forma sigilosa e aberta em mais de 130 países semeando perturbações…os eua são os maiores promotores do terrorismo pelo mundo…são eles que estão por trás das principais ações terroristas da atualidade e de derrubada de governos pelo o mundo que não se submetam aos seus interesses…

A maior parte dos grupos terroristas que atuam pelo mundo hoje são na realidade grupos de mercenários recrutados pela própria inteligência dos eua pra levar caos e destruição a países alvos…os ataques que promovem contra civis muçulmanos como os que fazem com o uso de seus drones de ataque são ações premeditadas, que tem o propósito de inflamar e instigar a região para alimentar conflitos…

A partir do 11 de setembro os eua colocaram em operação a primavera árabe…forjaram justificativas para grampear telefones, e-mail’s, fax, celulares fixos, telefones móveis, redes sociais, torturar pessoas, invadir outros países como o Iraque e obter informações privilegiadas…tudo em nome da “SEGURANÇA NACIONAL”…em cima deste enredo da “guerra ao terror” eles conseguiram criar todas as condições para pôr em ação suas incursões pelo o oriente médio…não duvidem que aqueles atentados do 11 de setembro tenham sido uma operação de false flag orquestrada pela a própria inteligência dos eua…dado que eles “PLANEJARAM” algo similar décadas atrás:

Operação Northwoods

No início dos anos 1960, quando a Guerra Fria estava no auge e o medo do comunismo era galopante, um plano chamado Operação Northwoods foi proposto dentro da CIA norte-americana. Em suma, ele apelou para o governo que realizasse uma série de ações terroristas violentas nas cidades E.U. incluindo atentados, seqüestros, motins falsos, e de sabotagem, que poderiam então ser atribuídos a Cuba. Isso iria angariar apoio para uma guerra contra os comunistas e levaria a uma eventual operação militar para eliminar Fidel Castro do poder. O plano foi elaborado e assinado pelo Joint Chiefs of Staff e apresentado ao presidente John F. Kennedy, que pessoalmente rejeitou, e foi posteriormente abandonado. Por muitos anos depois, a Operação Northwoods existiu como um rumor, mas foi finalmente revelada como sendo verdade quando os documentos ultra-secretos que descrevem o plano foram tornados públicos em 1997 como parte de um lançamento de papéis do governo relativos ao assassinato de Kennedy.

A algum tempo atrás foi descoberto que o FBI encorajou e até mesmo pagou muçulmanos estadunidenses para incitá-los a cometer atentados durante operações infiltradas, montadas depois dos atentados do 11 de setembro, segundo um relatório da ONG Human Rights Watch(HRW)…A organização estudou 27 casos, com a ajuda da Escola de Direito da Universidade da Columbia…Foram examinados os processos de investigação, acusação e as condições de prisão de dezenas de pessoas…Foram compilados 215 testemunhos, entre acusados, processados, advogados, juízes e promotores…

O relatório cita o caso de quatro indivíduos de Newburgh(Estado de Nova York) acusados de ter planejado atentados contra sinagogas e uma base militar estadunidense…De acordo com o juiz do caso, o governo “proporcionou a ideia do crime, os meios e lhes abriu o caminho”…Segundo a ONG, o FBI busca pessoas vulneráveis, com problemas mentais ou intelectuais para alicia-las…

Os eua são a pior ameaça terrorista que existe no planeta hoje…destroem a soberania de outros países para se apossar de suas riquezas…promovem incursões militares e golpes contra nações mais fracas quando lhes convém…Enquanto houver petróleo no oriente médio o povo muçulmano não vivera em paz e será alvo de incursões obscuras de potencias estrangeiras, como a primavera árabe…na Síria mais de 350.000 civis inocentes…Entre eles mais de 20.000 crianças estão contabilizados pelos órgãos internacionais como vitimas fatais…isto sem falar nos drones de ataque estadunidenses com seus “danos colaterais”…

Onde a petróleo a uma bandeira dos eua…caso não tenha o governo estadunidense se utilizará de sanções econômicas, golpes de estado e invasões para ter a própria bandeira hasteada em todos os países…enquanto alguns se matam outros tomam petróleo em taças escuras de cristal…

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

Erro estratégico de Washington.
Derrubou um regime que, apesar de terrível, servia de anteparo ao Irã.
Agora, é questão de pouco tempo o Iraque cair de vez na esfera de influência iraniana.

João Adaime
João Adaime
3 anos atrás

O grande culpado por tudo isso foi o próprio Saddam Hussein, que em agosto de 1990 invadiu o Kuwait. Como ele era um “aliado” contra o Irã, achou que o Ocidente (leia-se EUA) faria vistas grossas. A partir dali Saddam tornou-se não confiável, culminando na Segunda Guerra do Golfo em março de 2003, a deposição e o enforcamento do ditador e o início da baderna.
Se não fosse isto, talvez ele estivesse até hoje no poder, assim como a dinastia que até hoje controla a Arábia Saudita. Tudo em nome da estabilidade na região. Vide também o Egito. Estaríamos vivendo a Pax Romana.
Simples assim.

Agressor's
Agressor's
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Saddam Hussein não passava de mais um bandido fantoche que foi recrutado e plantado pelos eua para controlar o Iraque… Os eua é um país onde o governo é um psicopata…É como diz nas Santas Escrituras…O diabo vem pra matar, roubar e destruir…Após a invasão do Iraque os estadunidenses e aliados impuseram ao pais invadido as 100 Resoluções de Remer…que inclui os seguintes artigos:

– Artigo 17, que garante aos empreiteiros estrangeiros, incluindo empresas de segurança privadas, imunidade legal;
– Artigo 39, que permite a remessa de mercadorias isentas de impostos sobre lucros;
– Artigos 57 e 77, que asseguram a execução das ordens dos EUA, colocando um inspector-geral e auditores nomeados pelos E.U. em cada ministério público, com duração de cinco anos, e autoridade sobre contratos, programas, funcionários e regulamentos;
– Artigo 81: Nos termos desta resolução, os agricultores comerciais do Iraque devem agora comprar “sementes registradas”.

Estas sementes são normalmente importadas pela Monsanto, Cargill e pela World Wide Companhia Trigo…infelizmente essas sementes conhecidas como “terminator”…são estéreis….isso significa que não podem ser replantadas e exigem uma total dependência por sementes externas….atrás das novas sementes veem novos produtos químicos: pesticidas, herbicidas, fungicidas, que são vendidos aos iraquianos por companhias como a Monsanto…

João Adaime
João Adaime
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Caro Agressor’s
Eu me limitei a dizer, na minha opinião, como estaria o Iraque caso não fosse invadido a mando do Bush. Continuaria o regime de terror, mas “em paz” e “amigo” do Ocidente.
Abraço

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

eu não acredito nisso, mas tem que ver também a questão da Rússia, que tava fraca naquela época e não pode fazer nada, igual fez na Síria, a China não era ninguém naquela época também, hj o ordem mundial tá multipolar,tá melhro para os países mais fracos,

João Adaime
João Adaime
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Prezado Carlos
Eu me limitei a dizer, na minha opinião, como estaria o Iraque caso não fosse invadido a mando do Bush. Continuaria o regime de terror, mas “em paz” e “amigo” do Ocidente.
Abraço

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Oi João.
Apesar de o Saddam ter perdido a confiança do ocidente, ele ainda era um anteparo ao Irã!
Invadir o Iraque, e eliminar o canalha, só atrapalhou os interesses dos EUA na região.
Sim, perderam a oportunidade de viverem a Pax Romana!
Minha opinião.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Marcelo Baptista O comunista
3 anos atrás

Caro Marcelo
Não foram só os EUA que perderam. O Brasil também.
Exportávamos material bélico e civil, com destaque para o Passat (mais de 100 mil carros, o maior contrato de exportação de uma montadora brasileira), Cascavel, Astros, tratores, café, açúcar e carnes de gado e frango, além de obras de infraestrutura a cargo de construtoras brasileiras, como rodovias, ferrovias e irrigação.
E o Iraque nos pagava com petróleo, vendido a preços camaradas.
O comércio entre os dois países superava, na época, o volume com qualquer país europeu.
A Petrobrás também teve prejuízo. Através da Braspetro, ela descobriu um dos maiores campos de petróleo do mundo, no sul do Iraque, batizado de Majnoon, com reservas estimadas à época de 23 a 25 bilhões de barris. Após as guerras e a queda do Saddam Hussein, simplesmente levamos um chega pra lá.
Mesma situação está ocorrendo na Líbia, após a deposição e morte do Muamar Kadafi.
Abraço

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Concordo com suas observações! Só acho que a invasão do Iraque não foi pensada com a intenção de melhorar as posições estratégicas e comerciais dos EUA!
Para mim a invasão do Iraque foi pensada com o fígado, por isto deu tudo errado.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
3 anos atrás

Em história, é muito difícil especular sobre o “e se…”
Mas, particularmente, acredito que, se não fosse o Iraque, os EUA teriam invadido…ops, “levado democracia”, pra outro sh*thole qualquer.
Talvez a Venezuela? O Irã? Líbia? Não sei. Mas algum outro país de terceiro mundo em que eles colocaram em sua “lista negra” eles teriam invadido.
Afinal, a economia norte-americana tem que girar…

Renato B.
Renato B.
Responder para  Willber Rodrigues
3 anos atrás

Até para ser maquiavélico eles precisavam de um cálculo custo x benefício melhor.

Renato B.
Renato B.
3 anos atrás

Kissinger mandou mal para caramba, nessa frase e nos eventuais conselhos que deu em relação ao Iraque. A frase dele equivale a um “tava doidão” faltando o “foi mal”

Hélio
Hélio
Responder para  Renato B.
3 anos atrás

Kissinger foi um dos maiores assassinos do século XX e seguramente o maior do século XXI.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Hélio
3 anos atrás

ele era só um garoto de recado de luxo, que “serviu aos presidentes do EUA” e quem paga as campanhas dos presidentes dos EUA, são as pessoas por trás do Kissinger.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Renato B.
3 anos atrás

Acho que não existe diplomata mais vangloriado do que ele.

Sequim
Sequim
3 anos atrás

Se não fosse o Afeganistão seria outro qualquer. Recentemente foram divulgados arquivos obtidos pelo WikiLeaks informando que a guerra do Afeganistão nunca foi uma guerra para ser ganha pelos EUA, pois a principal função dela era servir como lavanderia de dinheiro de origem suspeita, pelas elites americanas

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Sequim
3 anos atrás

não duvido nada, até ópio a CIA ajudava a vender, supostamente era para o bem do país, assim como o pó que eles ajudavam a chegar nos EUA.

Sequim
Sequim
Responder para  Sequim
3 anos atrás
ALISON
ALISON
Responder para  Sequim
3 anos atrás

esse homi nao cansa de ser humilhado… tem que estudar isso…

pangloss
pangloss
3 anos atrás

A narrativa que vincula Saddam Hussein aos atentados de 11 de setembro é de uma superficialidade absurda. Ignora que Saddam era um governante laico, que temia a radicalização religiosa que a Al Qaeda traria ao Iraque, caso houvesse mesmo essa associação entre ele e Bin Laden.
Para o grande público, basta articular as premissas de que “Saddam é malvado” e “quem produziu o 11 de setembro é malvado”, para validar qualquer conclusão sobre a necessidade de invadir o Iraque.
Muito primário.
E não custa lembrar que o CS da ONU não autorizou qualquer ação militar contra o Iraque em 2003, ao contrário do havido em 1991.

pedro
pedro
Responder para  pangloss
3 anos atrás

O problema nao seria o Sadam em 2003 mas sim a Al Qaeda derrotada no Afeganistao, certamente o mesmo iria lhe dar abrigo. Por esse ponto a invasao teria um lado racional mas o problema foi que a partir de 2009, nada foi feito no Iraque para que esse trabalho feito criasse raizes. É notorio como o Obama agiu de forma a buscar a minar todos os esforços para combater o terrorismo internacional e, jogou de forma irreversivel o Iraque na mao do Irã.
Sobre a ONU a mesma quis “dialogar” com terroristas do Taliba, ou seja, ninguem liga mais para o que essa organização podre faz ou deixa de fazer.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  pedro
3 anos atrás

o Obama foi uma disgraça, para os EUA, mas tenho que falar como uma pessoas que ordenava assasinatos por drone, em que na maioria das vezes morriam inocentes ganhou um Nobel da Paz, como ele consegue dormir a noite.

Camargoer
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Caro Carlos. Você inverteu a ordem cronológica. Obama recebeu o Nobel da Paz no início de seu governo. Eu chamo aquele premio de “Nobel Preventivo”. Bush Jr desestabilizou a par mundial e quando Obama vendeu a eleição, o comitê do Nobel concedeu-lhe o prêmio como uma resposta ao desastre que foi Bush Jr. Infelizmente, Obama decepcionou todos aqueles que depositaram nele as esperanças de paz. Considero que a ABACC fez o suficiente para a Paz mundial e ainda não recebeu o seu Nobel. Sobre Obama, mesmo que eu concorde com você que foi um erro dar um Prêmio Preventivo, ele recebeu o prêmio no início do governo e não como consequência de seu governo.

Pedro Bó
Pedro Bó
3 anos atrás

Se os EUA não invadissem o Iraque, o lobby dos “contractors” do DoD indicariam outro alvo para um conflito armado.

FERNANDO
FERNANDO
3 anos atrás

Putz
e se!

Se o Brasil não tivesse perdido para a Alemanha, será que teria o golpe de 2016?
E em 1987 eu tivesse falado com a Alessandra que estava vidrado nela, será que hoje não estaria casado com ela?
Tudo relativo, a região sempre foi instável, e o que mantinha nos eixos eram os governos corruptos e ditaduras impostas pelo ocidente, o gérmen da desestabilização já estava lá, alie tudo isso a política + religião (unidas) que eles não conseguem ate hoje separar, deu no que está dando.

Jodreski
Jodreski
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Vai atrás da Alessandra cara… quem sabe há luz no fim do túnel!

Igor Lima
Igor Lima
Responder para  Jodreski
3 anos atrás

Pois é! Nunca é tarde! Boa sorte e que tenha um final feliz!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Olá Fernando, Concordo com você. Discutir o que teria acontecido SE isso ou aquilo fosse diferente é perda de tempo. Por outro lado, discutir os erros e acertos é fundamental para compreendermos o presente e decidir no futuro. A invasão no Iraque foi um erro baseado em uma enorme mentira. Colin Powell enterrou a sua biografia naquele teatrinho que tentou emular a crise dos mísseis em Cuba. A imprensa dos EUA ainda precisa fazer uma ampla autocrítica sobre seu papel chapa-branca durante o episódio.59 congressistas e senadores votaram contra a invasão do Iraque (apenas uma congressista votou contra a invasão no Afeganistão). Biden votou a favor. Obama se absteve. Bernie Sanders votou contra. Ted Kennedy votou contra.

Pedro Bó
Pedro Bó
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Se o Brasil não levasse aquela cipoada dos alemães, perderia dos argentinos na final no Maracanã.

pangloss
pangloss
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Isso, inclusive, deu origem a uma paródia engraçadíssima, sobre a cena do bunker de Hitler em “A Queda”.

William Duarte
William Duarte
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Tem males que vem para o bem. kkkkk

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

golpe de 2016? senhor vc precisa se internado, procure um psiquiatra.

FERNANDO
FERNANDO
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Meu amigo, eu tenho uma coisa estranha.
Quando eu fico martelando uma ideia, geralmente é pq tem rato nesta toca.
Tem outras coisas que prefiro não comentar aqui, mas, estou pensando muito ultimamente.
Mas, o futuro e a história nos dirá.

Augusto
Augusto
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Carlos Campos, foi golpe sim, um presidente sofrer um processo de impeachment por não cumprir a lei de responsabilidade fiscal e ainda sim manter seus direitos políticos e um tremendo de um golpe.

Augusto
Augusto
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Fernando, vou melhorar a sua pergunta. Será que se a “gerentona” não tivesse feito as suas pedaladas fiscais ela teria recebido o dito “golpe”?

Sequim
Sequim
Responder para  Augusto
3 anos atrás

O que é interessante nessa história de “pedaladas fiscais” é que depois que o Temer assumir, dois dias depois, as ditas pedaladas fiscais foram legalizadas pelo Congresso.

Augusto
Augusto
Responder para  Sequim
3 anos atrás

Pode até parecer estranho Sequim, mas se a dois dias era crime, então a então presidenta cometeu um crime, validando assim o impeachment, está dentro da constituição o Congresso fazer isso. O que não pode é um presidente sofrer impeachment e ainda manter seus diretos políticos, isso sim pode ser considerado golpe.

Augusto
Augusto
Responder para  Augusto
3 anos atrás

e de forma alguma defendo o congresso em ter legalizado as “pedaladas fiscais”. A lei de responsabilidade fiscal foi um dos poucos pontos positivos da gestão FHC.

Luiz Trindade
Luiz Trindade
3 anos atrás

Concordo com João Andaime… É difícil especular o que aconteceria se Bush não tivesse invadido o Iraque que aliás foi invadido duas vezes e na segunda invadiu e derrubou o Saddam com alegações infundadas mas que atendia a sede de vingança norte-americana.
Mas o fato é que os EUA não teriam acesso ao segundo maior reservatório do mundo em petróleo e talvez tenha sido essa maior razão de se estabelecer no Iraque.

Augusto
Augusto
Responder para  Luiz Trindade
3 anos atrás

Luiz Trindade, alguém ganhou muito dinheiro nessa historia, e com certeza não foi o contribuinte americano e muito menos os 200mil iraquianos mortos que finalmente conquistaram sua liberdade.

João da Lua
João da Lua
Responder para  Augusto
3 anos atrás

Duzentos mil iraquianos mortos nas estatísticas mais conservadoras.

Camargoer
Responder para  Luiz Trindade
3 anos atrás

Olá Luiz. A primeira guerra do Golfo, ordenada por Bush Pai, foi liberar o Kwait. A segunda guerra, ordenada por Bush Jr, foi uma guerra de agressão.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Luiz Trindade
3 anos atrás

Na Primeira Guerra do Golfo contra o Iraque, os EUA assumiram a posição de libertar o Kuwait porque não queriam deixar Saddam controlar a oferta do mercado de petróleo no mundo naquela época, se eu não me engano, ele controlaria 1/3 se o Kuwait não fosse libertado, os EUA como o maior importador não poderia deixar isso acontecer, ainda mais com o Saddam usando a prerrogativa de que estava obcecado com o preço baixo por conta dos sauditas, o que encareceria a importação de petróleo aos EUA, portanto, maior custo para os americanos, isso com certeza afetaria a economia americana.

Na invasão do Iraque em 2003, Saddam alguns meses antes, acho que foram 2 meses antes, anunciou que o Iraque não iria mais comercializar petróleo em dólar, mas em euros, os iraquianos já estavam assumindo de que iriam fazer isso, mas o anúncio foi a gota final para os americanos que não poderiam deixar a OPEP abandonar a comercialização do petróleo em dólar para assumir outras moedas, isso iria enfraquecer o dólar como moeda de troca internacional e moeda de reserva, o que afetaria também em certa medida a economia americana. Os argumentos para a invasão foram a ajuda aos terroristas da Al-Qaeda que nunca foi comprovado e o desenvolvimento da arma nuclear, também nunca comprovado.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Luiz Trindade
3 anos atrás

Luiz eu vejo desta forma, basicamente vingança pessoal da turma que trabalhou para o Bush Pai, sede de terminar o serviço inacabado da Guerra do Kuwait.
Algo que nunca teve relação com o 9/11! (que também era basicamente vingança, retaliação ao ataque sofrido, mas neste caso, totalmente justificado)
Já o Petróleo entrou como bônus.
Para não perderem a viagem.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
3 anos atrás

A história é feita de e “se”. Infelizmente não podemos mudar o passado, apenas tentar melhorar o futuro.

Jodreski
Jodreski
Responder para  Bruno Vinícius
3 anos atrás

o discurso é sempre este: “apenas tentar melhorar o futuro”, mas as ações humanas parecem que sempre vão de encontro ao oposto “tentar piorar o futuro”! 🙁

pedro
pedro
3 anos atrás

O verdadeiro “Se” a ser considerado é: E se Barak Obama nao tivesse vencido as eleições de 2008, como estariamos hj?

Tenham a certeza que tanto a invasao do Iraque como no Afeganistao nao teria terminado nessa M…..que o mundo inteiro viu. Quem F…eu com os EUA e virou o mundo de cabeça para baixo na realidade foi o queridinho da midia democrata americana e nao Bush, Trump ou o inepto do Biden, que com suas medidas fracas, ineptas e demonstrando uma imensa incompetencia, transformou duas guerras quase vencidas em derrota iminente e ainda abriu o ocidente para tantas outras mais que ainda virão. Ah, e só para lembrar, o Talibã e a Al Qaeda ficaram fortes a ponto de terem impacto de repercusao mundial durante o desgoverno Clinton!!

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  pedro
3 anos atrás

olha que o Obama era uma merd@ tudo bem, mas que a invasão do Iraque foi uma merd@ é verdade também.

Camargoer
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Caro Carlos. Quem ordenou a invasão foi Bush Jr. O erro de Obama foi se abster na votação no congresso dos EUA.

Augusto
Augusto
Responder para  pedro
3 anos atrás

pedro, concordo que as gestões do Obama e do Clinton foram muito ruins para os americanos. Mas não podemos a responsabilidade de Bush Jr. A invasão do Iraque não teve justifica nenhuma em termos geopolíticos para os americanos. Por mais que o regime de Saddam fosse hediondo, ele não tinha condições nenhum de ameaçar a América. Muito pelo contrario, ele era um contra peso contra os regimes dos Aiatolás no Irá.

Os americanos não ganharam nada com essa invasão (do ponto de vista do contribuinte americano) e ainda saíram bem desgastados internacionalmente com essa guerra.

Com todos esses pontos e difícil não acreditar que alguém se beneficiou financeiramente com essa invasão.

Jodreski
Jodreski
3 anos atrás

Se…. os EUA não tivessem invadido o Iraque, Sérgio Vieira de Mello ainda estaria vivo!

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Jodreski
3 anos atrás

amgiguinho de ditador

Ivan
Ivan
3 anos atrás

Os EUA não estavam preocupados com a brutalidade do regime de Sadan Hussein, especialmente de seus filhos loucos e assassinos. As companhias petrolíferas, grandes apoiadoras de Bush, queriam as reservas petrolíferas e as têm até hoje, bem como mais de 90% do petróleo da Síria (a parte que os EUA ocupam na cara de pau. Israel queria o esfacelamento do Iraque e certamente deve ter pressionado os EUA. Mas não se pode esquecer a grande riqueza da região: ÁGUA. Israel controla o Rio Jordão e torna as áreas palestinas permanentemente inóspitas. O Nilo não era preocupação com o Egito quieto em seu canto. Restavam dois outros grandes rios: o Tigre e o Eufrates. E onde estão eles? Sim, no Iraque. Hoje quase todo lençol freático da região está nas mãos de Israel, o que é de grande valor estratégico. Fora isso não se pode esquecer as indústrias de armamentos que lucraram como nunca numa guerra eternizada e em duas frentes.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Ivan
3 anos atrás

sobre as petroleiras eu não sei, mas sobre os Palestinos tenho pena deles, eles tem dinheiro para míssil, drone, morteiro, foguete, túnel, menos para dessalizar água ou fazer poços.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Ivan
3 anos atrás

Eu acho que não interessava a Israel a queda do Saddam, era bom para manter os Aiatolás sobre controle.
Fazia com que o Irã tivesse que dividir sua atenção em ajudar os grupos xiitas dentro do território Iraquiano.

Paulo Araujo
Paulo Araujo
3 anos atrás

A liderança norte americana vem cometendo um grande quantidade de erros, nas últimas décadas.
Os acontecimentos prévios e atuais são as consequências deles.
O crescimento do poder e o desafio da China, a união desta com a Rússia, que já foi aliada, o fortalecimento do terrorismo que se queria combater, a retirada humilhante do Afeganistão.
Tudo isso se desenvolveu durante anos, não foi um bang!
Mas não foi por falta de conselhos bons.
Se o país mais poderoso foi por este caminho que se mostrou ruinoso é por que a sua liderança, em cada época, o levou por ele. E foram tanto republicanos quanto democratas.
Talvez, muitos tenham antevisto que não ia dar certo, mas sempre existem interesses poderosos que impulsionam estas aventuras. E no final o país paga.
Vamos ver, agora, o poder de reação dos EUA diante de tantos desafios internos e externos, que não podem ser resolvidos invadindo e destruindo o inimigo.

Nem todos os formuladores dos EUA são cegos, mas as vezes eles são ignorados.
Uma citação de George Kennan sobre a Rússia ao final da Guerra Fria:

“Por que, com todas as possibilidades esperançosas engendradas pelo fim da Guerra Fria, as relações Leste-Oeste deveriam se concentrar na questão de quem seria aliado de quem e, por implicação, contra quem de alguma forma fantasiosa, totalmente imprevisível e mais improvável futuro conflito militar?

“Declarado sem rodeios… expandir a OTAN seria o erro mais fatal da política americana em toda a era pós-Guerra Fria. Pode-se esperar que tal decisão inflame as tendências nacionalistas, antiocidentais e militaristas da opinião russa; ter um efeito adverso no desenvolvimento da democracia russa; para restaurar a atmosfera da guerra fria para as relações Leste-Oeste, e para impulsionar a política externa russa em direções decididamente não do nosso agrado … ”

Palavras proféticas, não é?
Empurraram a Rússia para a China, via Putin.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Paulo Araujo
3 anos atrás

O que Kennan disse ficou comprovado como certo. Ao recusarem tratar a Rússia como trataram outras nações, Obama, Hillary e os neocons estão criando a Rússia que eles dizem temer, uma nação que está se armando encrespada de ressentimento.

O Eisenhower, disse em fevereiro de 1951 acerca da OTAN: “Se em 10 anos, todas as tropas americanas estacionadas na Europa para propósitos de defesa nacional não tiverem retornado aos EUA, então esse projeto inteiro terá sido um fracasso.”

A principal aliança militar da Guerra Fria liderada pelos EUA deveria ter desaparecido depois da dissolução da União Soviética. A União Soviética não mais existe e não existe evidência de que o governo russo planeja encenar uma travessia pelo Oceano Atlântico com uma blitzkrieg como dizem alguns neocons. O modo brutal como a Rússia tratou a Geórgia e a Ucrânia é essencialmente uma medida defensiva contra a expansão da OTAN, não uma medida ofensiva para tentar recriar o império soviético.

Paulo Araujo
Paulo Araujo
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

A OTAN acabou se tornado um fim ela mesma.
Se não existir um adversário e missão, inventam.
A estrutura se tornou muito grande para desaparecer.

Satyricon
Satyricon
Responder para  Paulo Araujo
3 anos atrás

Paulo, por incrível que pareça, a meu ver o mundo hj é mais seguro, não porque os planos americanos (se é que havia um) deram certo, mas justamente porque deram errado.
Tudo de concreto que se se alcançou ao fim dessas 2 guerras foi acelerar a multipolaridade, o declínio da Pax Americana, e a ascenção da China. O custo dessas empreitadas, na casa dos Trilhões, só aumentou o já extraordinário déficit americano. Essa conta precisará ser paga algum dia.
É preciso destacar também que no campo moral o desgaste americano é estrondoso, tanto interna quanto externamente. Por um bom tempo ainda ficará na mente humana aquela imagem dos corpos despencando dos C-17 pelos céus de Cabul.
Rezemos para que os governantes mundiais (da casa Branca incluídos) não se esqueçam dela tão cedo.

Paulo Araujo
Paulo Araujo
Responder para  Satyricon
3 anos atrás

Que o “fim da história” tenha encontrado o seu fim é bom.
Li em algum lugar que o caminho dos EUA é deixar de ser Imperial e se tornar um país normal.
Como o Reino Unido deixou de ser Império e se tornou o que é hoje.
A questão é com que dores e crise isso acontecerá, ou não.
Acredito que se os EUA puderem concentrar recursos nos seus problemas imediatos será bom, principalmente para eles.
A capacidade existe, mas eles devem permanecer na arena como competidores e não como agressores.

Thiago
Thiago
3 anos atrás

Tem uma série muito boa que retrata a guerra do Iraque do ponto de vista dos combatentes: Generation Kill, tem no HBO Max. É ao lado de Band of Brothers uma das melhores séries de guerra.

Alex
Alex
3 anos atrás

Pois é … li a matéria acima e ia escrever que, de certa forma, os EUA tudo pode, daí leio hoje na mídia, outro fato que eu ia dizer que era “off topic”, mas pensando bem, não é não! Pois, juntando com essa do Iraque, podemos ter uma ideia de como pensam os “senhores da guerra” norte-americanos.
Segundo matéria da France Press, em um livro escrito pelo Bob “Watergate” Woodward e Robert Costa, cujo título é “Peril”, a ser lançado brevemente, o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior temeu que Trump, após ser derrotado na eleição – naquela fase que os americanos chamam de “lame duck” – pudesse iniciar um confronto nuclear contra a China, e por isso, telefonou duas vezes pro general chinês Li Zuocheng, a primeira vez no dia 30/out e a segunda vez, dois dias após a invasão do Capitólio, para assegurar ao colega que a retórica de Trump não iria descambar numa guerra, a despeito do que o próprio Milley dizia ser a instabilidade emocional de Trump.
Porém, ao mesmo tempo, avisava os seus subordinados que queria ser comunicado de qualquer ato do Homem Laranja que pudesse indicar seu desejo de usar as armas nucleares (acionamento dos códigos de disparo, etc)
O segundo telefonema deu-se dois dias após a invasão do Capitólio, quando a Presidente da Câmara, Nancy Pelosi, chamou a atenção de Milley sobre a saúde mental do beiçola.
Pergunta de difícil resposta: antes da invasão do Iraque, houve preocupação de se evitar um conflito da mesma forma que houve em relação a China, a ponto de um general americano se dar ao trabalho de ligar pro “inimigo” para assegurar-lhe que não haveria guerra? A razão desta diferença de atitude se deve justamente a diferença entre China e Iraque?

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

O Iraque necessitava do Sadam, ruim com ele pior sem ele, destruíram o país que tinha um padrão de vida parecido com o Brasileiro na época, aliás eram clientes nossos,e algumas pessoas até falam que o Iraque financiava a pesquisa de foguetes brasileiros, pura especulação, mas que era um cliente nosso, isso é verdade, não ligo para a vida dos soldados americanos, foram para lá na maioria das vezes pq queriam, sinto pela vida dos Iraquianos se foram e do país em que se encontram agora, onde o Sul Xiita tá dominando o país por ser a região mais rica, e o Irã tá envolvido com o governo do País, e o Iraque vai ser mais um país cotrolado pelo Irã, o Norte é mais sunita e mais pobre, tem até pessoas que querem se separar, perto da Fronteira com o Irã tem os curdos que querem independencia, virou um caos, o Iraque tá inviabilizado, o Henry Kissinger resumiu bem, não foi pela paz, não foi só pela segurança, foi pra limpar a honra dos EUA que mataram 200 mil pessoas, foi lavada com sangue e humilhação do povo iraquiano, o que os Ganhou ? nada, gente morta, gente traumatizada, e aleijada, o EI, o Irã dominando mais um país que agora sim pode ser foca de terrorismo. foi um erro e um desastre a Invasão do Iraque, quem vai ser processado por isso? ninguém.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

e o povo acha que lá não tem corrupção, todos, os presidentes, todos, tem algo a se revelar, a questão é que ambos democratas e repúblicanos deixaram a máquina de fazer dinheiro rolar.

Rodrigo Maçolla
Rodrigo Maçolla
3 anos atrás

Discutir o “e se” é complicado, porque não se volta atrás …. Mais aprender com erros é possível sim e acho que é nessa direção que deve ser feita a análise,

Eu pessoalmente nunca entendi muito os motivos dessa invasão ao Iraque de 2003….. Mais fato é que o ou motivo(s) não foi só ameaça de terrorismo e armas químicas…

Camargoer
3 anos atrás

Caro Teropode. Acho necessário considerar qual foi o objetivo da invasão. Imagino que era derrubar Sadan e controlar as reservas de petróleo. Neste sentido, acertaram.

Camargoer
3 anos atrás

Olá Colegas. Apesar de não fazer sentido nenhum, fico pensando o que teria acontecido de diferente se Al Gore tivesse vencido a eleição presidencial.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Camargoer
3 anos atrás

Se Al Gore fosse um presidente semelhante ao Obama, com toda a certeza seria um governo menos desastroso do que o intervencionismo exagerado da doutrina Bush.

Marcelo Baptista O comunista
Marcelo Baptista O comunista
Responder para  Camargoer
3 anos atrás

“What if” o Al Gore tivesse ganho, bem os ataques de 9/11 já estavam em planejamento muito antes, e eu acho que ocorreriam, infelizmente, da mesma forma.
Já a invasão do Iraque, definitivamente não, o staff era outro, sem interesses no Saddam.

XFF
XFF
3 anos atrás

Titio Sam tentou fazer a mesa empreitada igual que fizeram Iraque na Síria, mas o Putin enfrentou o Titio Sam de frente e não deixou derrubar o governo Sírio.

Sempre usando direitos humanos e democracia pra invadir outros países, mas na verdade, o que eles queriam mesmo era botar a mão nos recursos naturais desses países.

Titio Sam tentou fazer a mesa coisa que fez no Iraque na Venezuela, mas a Rússia e a China não deixaram.
Com raiva, sem conseguir realizar seus objetivos, o Titio Sam Aplicou sanções severas contra Síria e Venezuela.

Matheus S
Matheus S
3 anos atrás

“Henry Kissinger explica por que apoiou a Guerra do Iraque: “porque o Afeganistão não era suficiente”. “No conflito com o islã radical, eles querem nos humilhar. E nós precisamos humilhá-los.””

Kissinger é um paspalhão mesmo, o cara é provavelmente o diplomata mais superestimado da história dos EUA.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

“O poder é o afrodisíaco mais forte”

Henry Kissinger

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

E se George W. Bush não tivesse invadido o Iraque?

No meu ponto de vista, se ele não tivesse invadido o Iraque, iria passar uma posição de fraqueza aos países inimigos e aos vários grupos terroristas existentes no mundo…
Oque poderia encorajar tais grupos a atingir alvos americanos domesticamente e no exterior,assim como qualquer turista americano poderia virar um alvo,seja de morte ou sequestro.

Apesar de Saddan Hussein não ter tido envolvimento com os ataques ao WTC, a administração Bush só quis juntar o “útil ao agradável” ao incluir o Iraque como um de seus alvos.

Certamente Washington saiu ganhando com a deposição de Saddan,investiu tempo, dinheiro e recursos, só não sei se houve retorno financeiro suficiente, oque certamente não houve também no afeganistão.

Talisson
Talisson
3 anos atrás

Essa guerra foi um crime abominável. Derrubaram o grande tirano que levava os desafetos para a masmorra de Abu Graib. Destruíram o país e continuaram levando os desafetos para Abu Graib.

Rafaelsrs
Rafaelsrs
3 anos atrás

A invasão iraquiana teve dois motivos:
1) Vingar papai que não aniquilou Hussein na 1º guerra do Golfo;
2) Privatizar as reservas iraquianas de petróleo para os amigos texanos do presidente.
Mais simples impossível!

Augusto
Augusto
Responder para  Rafaelsrs
3 anos atrás

Realmente Rafael, mais simples do que você escreveu e impossível.

Sds.