Presidente Jânio Quadros queria anexar a Guiana Francesa ao território brasileiro
Por Geneton Moraes Neto
A crise institucional aberta pela renúncia do presidente Jânio Quadros (em 25 de agosto de 1961) terminou frustrando um plano que, se executado, ganharia, com certeza, um lugar de destaque numa antologia mundial dos desvarios politicos : o presidente queria anexar a Guiana Francesa ao território brasileiro, numa operação militar de surpresa – uma investida no estilo da frustrada anexação das Ilhas Malvinas pela Argentina, em 1982.
A invasão das Malvinas deflagrou uma guerra entre Inglaterra e Argentina. Qual teria sido a reação internacional a uma aventura expansionista brasileira na Guiana Francesa ? Jânio Quadros chegou a convocar, para uma audiência secreta em Brasília, o governador do Amapá, Moura Cavalcanti, um político que, anos depois, durante os governos militares, ocuparia o Ministério da Agricultura do general Garrastazu Medici e o governo de Pernambuco, por eleição indireta.
Moura Cavalcanti estava disposto a cumprir a surpreendente determinação do presidente : afinal, tinha sido nomeado para o cargo de governador do Amapá pelo próprio Jânio Quadros. Ordens sao ordens.
Alem de dar a ordem a Moura Cavalcanti, o presidente passou, diante do governador, uma mensagem por rádio para um comandante militar, com a orientacao textual :
- Estudar a possibilidade de anexar ao Brasil a Guiana Francesa – se possível, pacificamente.
“Eu me recordo dos termos com exatidão” – disse-me Moura Cavalcanti, numa entrevista gravada no Recife. Já abalado por uma doença renal que o mataria meses depois, Moura Cavalcanti descreve, com detalhes, a cena surrealista que presenciou em Brasília, como testemunha e personagem, num dia de 1961:
Geneton Moraes Neto – Que ordens o senhor recebeu do presidente Jânio Quadros, em Brasília, em relação à Guiana Francesa ?
Cavalcanti : “Quando o presidente Jânio Quadros analisou o processo de venda de manganês para os países estrangeiros, me deu a seguinte ordem : ‘Defenda os interesses nacionais acima de qualquer outra coisa. A propósito: eu acho que chegou a hora de resolver definitivamente isso. Por que não anexarmos a Guiana Francesa ao território brasileiro?'”.
GMN – Que reação o senhor teve ao receber esta ordem ?
Cavalcanti : “Uma reação violenta. Primeiro,o seguinte: não tinha estrutura para agir como um conquistador. Não tinha sonhado em conquistar terras, nas minhas andanças por Macaparana (N: terra natal do ex-governador, em Pernambuco). Quando muito, tinha pensado em aumentar o meu engenho… Andei de um lado para o outro; fiquei confuso, evidentemente. E Jânio Quadros me disse: “Sente aqui!’”. Eu me sentei junto ao telex. E ele passou um telex a um militar que, me parece, era o chefe do Estado Maior das Forcas Armadas’’.
GMN – Que comentário Jânio Quadros fez sobre o plano ?
Cavalcanti : “Jânio Quadros me disse : ‘Um país que dominar do Prata ao Caribe falará para o mundo!’. O presidente olhou o pequeno papel que tinha nas mãos, com a ordem. Olhou o mapa do Brasil, imenso, na parede. Balançou lentamente a cabeça, antes de dizer que um país que fosse do Prata ao Caribe seria respeitado e dominaria o mundo”.
GMN – Por que é que esta ideia do presidente não se realizou ?
Cavalcanti : “Porque Jânio Quadros renunciou dias depois. A conversa com Jânio ocorreu em agosto de 1961, às vesperas da renuncia”.
GMN – Como é que seria feita, na prática, esta anexação ?
Cavalcanti : “A anexação da Guiana Francesa começaria com uma visita de Jânio Quadros à Amazônia. Uma esquadra chegaria ao cais do porto, no Amapá”.
GMN – A principal motivo da anexação seria econômica ?
Cavalcanti : “O presidente queria evitar a saída de minérios do território brasileiro. A saída de minérios era uma coisa incrível. Uma parte saía através da Guiana; outra através do nosso porto”.
GMN – Que outra orientação ele deu?
Cavalcanti : “Janio falou muito sobre o disciplinamento do trânsito dos minérios”.
GMN – O senhor estava disposto a cumprir a ordem do presidente ?
Cavalcanti : “Eu estava disposto a cumprir o que ele desejava”.
GMN – O projeto, então, só nao se realizou por causa da renúncia ?
Cavalcanti : “A minha parte eu cumpriria ! (silêncio). Em um mês, eu criei uma Polícia Militar”.
GMN – Como seria feita a anexação ? Através da abertura de uma picada na selva ?
Cavalcanti : “Cabia a mim a abertura da picada, até Oiapoque. (N: onde havia uma base militar brasileira e uma base militar francesa). Vi a queda das castanheiras. Quando recebi a orientação do presidente, fui para a fronteira. Consegui, com uma base americana que ficava localizada no Caribe, um helicóptero.
Eu me lembro que um assessor me dizia : Se esse helicóptero cai na floresta amazônica, vai dar manchete ! Helicóptero cai e morre governador e secretário !”.
GMN – Quando o presidente Jânio Quadros falou sobre a anexação da Guiana, só estavam no gabinete o senhor e ele ?
Cavalcanti : “Só estávamos eu e ele – o presidente. Antes, ele não me disse que eu não levasse ninguém nem me pediu para que eu não falasse. Disse, apenas, que o assunto seria secreto”.
GMN – Que outras pessoas souberam desta conversa, na época ?
Cavalcanti : “Cordeiro de Farias (n: marechal) soube; Golbery do Couto e Silva soube, José Aparecido de Oliveira, tenho a impressão, soube”
GMN – O ministro das relações exteriores, Afonso Arinos, estava presente?
Cavalcanti : “A este encontro meu com o presidente, ele não estava presente. Mas, como ele dizia que os ministros eram ministros de verdade, Afonso Arinos deve ter sabido”.
GMN – Como é que o senhor avalia este episódio hoje ? Que importância este plano teria para a história do país ?
Cavalcanti : “Hoje, nós estamos diferentes”.
GMN – Mas, na época, a anexação poderia ter acontecido?
Cavalcanti : “Poderia! Poderia ter acontecido. E seria aceito pela França. A base francesa tinha um coronel que vivia bêbado. Era um batalhão de elite – que foi para dentro da selva. A gente via que eles tinham desejo que aquilo acontecesse. A anexação seria uma operação militar. Uma estação de rastreamento seria criada’’.
GMN – Depois que recebeu a notícia da renúncia do presidente, o senhor se sentiu aliviado diante da perspectiva da invasão da Guiana ?
Cavalcanti : “Tive um sentimento de perda. Eu pensava que o caminho era aquele. Pode ser orgulho meu”.
(Entrevista publicada originalmente no livro Dossiê Brasil)
FONTE: Blog Dossiê Geral
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Eu li sobre isso uma vez, mas, se não me engano, quando D. João veio para o Brasil ele invadiu a Guiana Francesa e devolveu depois.
Se tivesse mantido seria mais um estado do Brasil.
Mesmo porque a França invadiu Portugal como é de conhecimento de todos.
Hoje, eu acho que é impossível, ainda mais que tem umas 500 mil pessoas vivendo no território da Guiana, eles não aceitariam e tem a base de lançamento de foguetes europeia por lá.
Na realidade o grande erro dos portugueses no Brasil, foi não ter lutado para uma saída para o oceano Pacífico, se tivessem concretizado, hoje faria um baita bem a economia do Brasil.
Eles podiam ter tentando comprar da Espanha um pedaço do sul do Peru a época.
Bem, sei lá se os Espanhóis venderiam.
Tbm concordo com vc…. Podíamos ter saída p o pacífico, igual os EUA… Desenvolveria o centro / norte com isso.
Que saída para o Pacifico? A Guiana fazer ca no Atlântico!
O pessoal aqui ligou a Guiana com o Perú.
Impressionante.
E tem gente que negativa quando vc lembra da geografia de que Guiana é Atlantico caribe….
Os portugueses não deveriam ter comprado nada da Espanha naquela época, deveriam ter tomado todo o território sul-americano daquela corja traidora da Carlota Joaquina…O maior erro que Portugal cometeu em sua história foi de se associar com aqueles espanhóis…
O maior erro dos antepassados patrícios, foi terem deixado os jesuítas voltarem ao poder.
AMÉM!
Entre 1580 e 1640 Portugal e Espanha foram um único reino.
Pode parecer pouco importante mas eram dois reinos com o mesmo rei.
Isso significa que teriam cortes separadas e até funcionou durante algum tempo.
Não amigo, não foram….
O maior erro de Portugal foi D.Sebastião ter ido à guerra sem deixar descendentes. A União Ibérica com a Espanha foi o estopim da decadência político-militar portuguesa a partir do Século XVII.
E ter conduzido mal a guerra. Adentrado além do razoável no território Marroquino, e colocado as tropas extenuadas, longe da logística, sem apoio da artilharia, enfrentado os Mouros em Alcacer Quibir sem o minimo conhecimento do terreno. Morreu e nunca teve o corpo encontrado.
Na parte final fala da batalha de Alcácer Quibir
https://www.youtube.com/watch?v=R3E1SYBgK4w
E os adversários também tiveram algum mérito
Sim, sem dúvida.
Realmente, mas também não se pode esquecer que a União Ibérica foi vantajosa ao Brasil, o território brasileiro só avançou para o oeste em razão de que não havia mais restrição entre espanhóis e portugueses em terras dos outros, os portugueses assim começaram um avanço ao oeste reclamando terras que em tese eram espanholas pela Tratado de Tordesilhas.
A região amazônica também só se tornou parte de território brasileiro por causa da União Ibérica.
Ou seja mau negocio para os portugueses mas ao menos os brasileiros ganharam algumas coisas.
Um fato interessante e pouco conhecido que a Carlota Joaquina chegou a tramar um plano para a América espanhola se tornar um monarquia em exílio da metrópole, obviamente com ela no trono espanhol governando de terras sul-americanas nos mesmos moldes da corte portuguesa aqui no Brasil.
Contudo não houve apoio das lideranças espanholas locais, nem de D. João e nem dos ingleses que seriam os mais necessários para levar o plano adiante.
Os EUA chegaram ao Pacífico como país independente…
Vdd, Hitler admirava esse fato. Como as pequenas treze colonias anglofonas expandiram para o oeste ampliando seu “espaço vital” através do genocidio de milhões de indigenas (seres inferiores). Hitler admirava os estados unidos.
indígenas e mexicanos, esses dois povos comeram o pão que o diabo amassou nas mãos dos americanos.
OS USA compraram grande parte do seu território -adquiriram ada Inglaterra e França: OREGON, LOUIZIANA.
Ao México se viu obrigado a vender grande parte de seu territorio após perder a guerra. O Texas foi anexado. .
O Brasil não dá conta nem do território e Estados que já tem, e você quer mais?
Pra quê?
Respondendo sua pergunta: Apenas para satisfazer o ego de nacionalista que acha que ainda estamos no século 19, com a formação dos estados nacionais. Onde os mesmos acham que o que importa é o país ser respeitado, grande e ser “potência” (mesmo que isso não implique em riqueza e qualidade de vida da população). A mentalidade dessa gente é a seguinte, algum país (ou vários deles) foram imperialistas séculos atrás e hoje são ricos e prósperos (mesmo que não exista causalidade nisso), logo deveríamos imitar o que eles fizeram séculos atrás.
Tem um “cidadão” aí embaixo dizendo que deveríamos “reaver” o Uruguai e Paraguai…esse povo acha que ainda estamos no final do séc. XIX, quando era “normal” ter colônias na Africa/Asia e era “fácil” declarar guerra e invadir outros países….
Caro NashArrow,
Não defendo nenhum conflito ou guerra, não importa o inimigo, pois todos perdem, vidas são perdidas. Mas, lembrando que estamos em um site sobre Defesa e Militarismo, anexar um território à força ou pacificamente (diante de um acordo aceito por ambos os lados), trás sim benefícios. O IDH pode não aumentar, mas o país fica maior, mais populoso, com PIB maior e com poder militar maior.
Claro que no caso da Guiana, por ser um território pequeno, pouco populoso e de poder militar praticamente zero, não traria estes benefícios para o Brasil.
Imagine outros exemplos, a Venezuela tira o Maduro do poder e a população pede para se tornarem um estado brasileiro, com plebiscito e tudo mais.
Anexando a Venezuela como um estado federativo do Brasil, todos seriam beneficiados. Os venezuelanos passariam a usar a nossa moeda, o Real, muito melhor que à deles. O salário mínimo seria igual em todo o país, ou seja, R$ 1.100 reais o que para um venezuelano pobre, seria sair da extrema pobreza e passar para a pobreza. rss Mas muito melhor do que estão hoje.
Eles teriam acesso ao mercado de trabalho em todo o país, sistema de saúde, educação e receberiam bilhões de investimentos de empresas fortes que passariam a atuar mais forte naquela região.
E o que o Brasil ganharia com isso?
Quase 1 milhão de km2 a mais, quase 30 milhões de pessoas a mais, um PIB maior, reservas de petróleo maior o que possibilitará nos tornarmos um grande exportador de petróleo, poder militar maior (que é o assunto principal do site), em vez de cerca de 350 mil militares, teríamos cerca de 700 mil. E os caças Su-30 e F-16 se somariam aos Gripen e F-5. Os MBT T-72 aos Leo1A5, e assim por diante.
Agora, imagine caso toda a América do Sul se unisse como um único país. Teríamos a 3a maior população, superando os EUA com cerca de 430 milhões de pessoas. Seríamos o maior país do mundo, superando a Rússia com cerca de 17,8 mi de km2. Teríamos o 4o maior PIB PPP do mundo, superando Alemanha e Japão, com cerca de U$ 7 tri e teríamos um poder militar muito maior do que temos hoje, com mais de 1 milhão de militares e muito mais equipamentos.
Claro que isso tudo é viagem, quase impossível de acontecer. Mas que existiriam ganhos, existiriam com certeza.
Ideia semelhante a UE! Mas eles alem aumento do mercado consumidor, tinha a função diminuir os atritos entre os entes, evitando novas Guerras na região. Está funcionando até agora.
Micro países não se sustentam. Se dividir fosse bom as grandes potências não teriam enorme territórios.
Claro que se sustentam… “Se dividir fosse bom as grandes potências não teriam enorme territórios.” isso não traz nenhum benefício econômico, não há nada na literatura econômica que afirme isso.
SIM, se o país quiser ser relevante, potência, bla bla, isso talvez faça sentido, mas isso não implica em riqueza e qualidade de vida. É muito mais preferível ser irrelevante geopoliticamente, porém rica, como a Irlanda, do que relevante geopoliticamente e pobre como a China (sim, a China é um país pobre, assim como o Brasil, Índia e Rússia)
Acho que se isso realmente tivesse acontecido e o Brasil tivesse uma saída ao pacífico, hoje estaríamos discutindo o porque até hoje o Brasil desperdiçou tal oportunidade de desenvolvimento.
Só para recordar, o país hoje possui praticamente a mesma malha ferroviária do fim do império. Não podemos culpar nem França nem Espanha por isso.
Ou seja, de lá para hoje não se fez praticamente nada. Infelizmente vejo que o pouco que foi feito pelo desenvolvimento do Brasil, salvem raras exceções foi feito pelha família real portuguesa.
Sim, claro.
Quase nada foi feito entre 1889 e 2021. Realmente uma analise muito sólida e consistente.
Não se educou o povo. Não se formou uma nação forte e saudável. Nenhum país pode aspirar nada de grandioso sem um povo forte e educado. O resto é isso que vemos. Oportunidades e mais oportunidades perdidas. O país na rabeira das nações. E nossos dirigentes são isso que está ai. E se mudar isso ai, vai ter outro que vai continuar o isso ai.
É isto João, como eu já disse uma vez, o Brasil é grande porque é grande, não porque foi pensado ou desejado isto.
A anexação não teria mudado nada.
Infelizmente.
Quase tivemos a Bolivia inteira – Li uma reportagem “Os três governadores dos departamentos espanhóis do Alto Peru (Hoje Bolivia + o estado do litoral que a bolivia perdeu na guerra do pacifico contra o chile), se reuniram em Cuiabá e solicitaram ao Governador que o mesmo intercedesse junto ao Príncipe Regente Dom Pedro, para que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves anexassem estes territórios, visando poupar sua população da carnificina e do caos.
ai sim… sou de MT Cuiabá e ja estudamos sobre isso. D. Pedro I mandou devolver o que o governador invadiu.
Ia ser uma bomba atomica em Brasilia, uma no Rio e uma em SP. Dois tiros no peito e um na cabeça.
Portugal foi obrigado a devolver a Guiana Francesa por decisão do Congresso de Viena, numa manobra do Chanceler francês Thailerand, que assegurou uma importante vitória para a França que, mesmo derrotada militarmente, manteve suas possessões além-mar.
Quase tivemos a Bolivia inteira – Li uma reportagem “Os três governadores dos departamentos espanhóis do Alto Peru (Hoje Bolivia + o estado do litoral que a bolivia perdeu na guerra do pacifico contra o chile), se reuniram em Cuiabá e solicitaram ao Governador que o mesmo intercedesse junto ao Príncipe Regente Dom Pedro, para que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves anexassem estes territórios, visando poupar sua população da carnificina e do caos.
ai sim…
sou de MT Cuiabá e ja estudamos sobre isso. D. Pedro I mandou devolver o que o governador invadiu.
“Poderia! Poderia ter acontecido. E seria aceito pela França. A base francesa tinha um coronel que vivia bêbado. Era um batalhão de elite – que foi para dentro da selva. A gente via que eles tinham desejo que aquilo acontecesse.”
A junta militar argentina achou a mesma coisa antes de invadir as Falklands…
No mais, se a “desculpa” pro Jânio invadir a Guiana francesa era o contrabando e saída de manganês ilegal, ele achava que era mais fácil invadir o território de outro país, do que “simplesmente” aumentar a fiscalização na fronteira, impedindo o contrabando?
Por essa “lógica”, deveríamos ter invadido ( de novo ) o Paraguai.
Felizmente, as vezes Deus parece que realmente é brasileiro, e essa sandice não foi pra frente.
E como escrevi em outro posto, por aqui no Brasil, parece que surgem fartamente os cruzamentos de estupidez com arrogância, que só não acabam com o país, pela piedade divina.
Concordo com cada palavra sua.
Aliás…
Vendo pela parte da entrevista que eu frisei no meu 1° comentário, que mostra claramente o porquê de certas coisas e decisões NÃO DEVEM ficar na mão de militares, e sim de governos civis.
E tambem o porquê de militares devem estar abaixo de governos civis, e não o contrário.
Falando em Guiana Francesa, tinha um MRTT voando pra lá.
Caros Colegas. Lembrei do atual presidente criando problemas na fronteira com a Venezuela. Na época fiz um paralelo com a aventura janista. Recentemente, político astuto fez a seguinte frase. A história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa e agora como comédia.
Criando problemas com a Venezuela, um formidável e pacífico vizinho..
A idiotice se tornou a regra.
Caro Caerthal. A situação na Venezuela é crítica há anos. Quando Guaido se autoproclamou presidente, comentei aqui na trilogia que o governo brasileiro deveria adotar uma posição em torno de um acordo entre a oposição e governo para viabilizar eleições gerais livres. Disse que o país teria muito a perder se adotasse um lado, o que inviabilizaria que o país pudesse mediar qualquer acordo político no futuro e que o maior interesse do país seria se manter como um vizinho confiável inclusive garantindo uma vantagem como exportador de manufaturados. No fim, Guaido fracassou, Maduro continua no poder e as negociações entre a oposição e o governo para a realização de eleições estão sendo mediadas pelo México.
Qualquer um sabia que o Guaidó não era o cara.
Aquelas patuscadas do Trump falando de democracia. Quando ele próprio não respeitava a democracia americana. Dando mal exemplo para a região. O mesmo Trump que conversou e acertou com o Talibâ.
Ficava realmente mais produtivo ter conversado.
Não querendo defender o governo corrupto e altamente militarizado que derrubou o supremo tribunal e o congresso por esse mão concordar com tudo que ele fazia e em defesa do povo, não me lembro deles nos ameaçarem de invasão o Brasil.
Não, criando problemas com a Venezuela, que é um pais a beira da guerra civil, para criar factoide.
Concordo com o segundo paragrafo.
Camargoer.
O sujeito cria problema com a própria imagem dele no espelho.
Mas, fique tranquilo, que o ‘modus operandi’ dele já é manjado.
Sim, deveria ter feito “um empréstimo amigo”, conforme Governos anteriores né?
Tipico comentário de “isentão, mas partidário”.
Caro Gabriel. O Brasil deveria ter oferecido a mediação do conflito com o objetivo de garantir eleições gerais e livres. Deveria ter garantido a exportação de bens de consumo abrindo mercado para a indústria brasileira que está com 50% de capacidade ociosa, o que teria reduzido as tendões sociais na Venezuela. Ao apoiar Guaido, ficou sem nada, ao que comentei há dois anos.
“eleições gerais e livres”. kkkkkkk
O regime de maduro dissolveu o parlamento e implementou uma assembleia constituinte com seus indicados Camargoer.
Entre apoiar o lado errado e acabar não se envolvendo no assunto e apoiar o lado certo e financiar uma farsa, adotamos a melhor escolha.
Infelizmente, o povo venezuelano terá que resolver seus problemas. Já temos problemas demais por aqui.
Caro Felipe. Nas últimas semanas, a oposição e o governo venezuelanos começaram negociações mediada pelo México para a realização de eleições gerais. Sem a participação do Brasil.
Mestre Camargoer, a maturidade permite perceber que infelizmente, a perpetuidade no poder, os desmandos, corrupção e mortes, não possibilitam a saída do poder sem a prisão e julgamento. Então, não sairão pois sabem o que significa. A não ser que facam uma anistia total e irrestrita
Caro Carvalho. Geralmente, saídas negociadas passam por anistias. No início de 2019, comentei que a solução para a Venezuela começaria pela realização de eleições gerais e livres. Este é apenas o ponto de partida. O que realmente lamento foi o Brasil ter comprometido sua posição diplomática. A solução para o problema venezuelano é de interesse direto do Brasil, mas a imprudência diplomática do ex-ministro foi um desastre.
Camargoer, você e ingênuo demais, ou pelo menos deve se fazer. Maduro JAMAIS irá realizar eleições gerais.
De qualquer forma isso não é um problema nosso, os Venezuelanos tem resolver seus problemas por si só.
Graças a Deus que essa loucura não foi feita, evitou nos transformar em chacota internacional. É constrangedor o nível dos governantes brasileiros da época, com esse pensamento expansionista herdado do século 19, evidenciando o atraso que tínhamos.
O Brasil com o tamanho que tem, já não funciona, imagina se fosse maior ainda. Esquece, que bom que não aconteceu. Quem sabe se tivéssemos o tamanho do Chile, estaríamos tão bem quanto eles….
Olha gente, se o Brasil quer aumentar território, até poderia comprar a Guiana Francesa da França, é possível, mas, vai custar caro pra burro!
Mas, ai sim conseguiria uma saída para o Caribe.
Ouvi dizer outro dia que a Groenlândia está venda, lá tem menos de 60 mil habitantes e mais de 2 milhões de território, mas, é tudo GELO.Plantar polkan, ameixa, ou outra coisa por lá, é impossível.
A pergunta é, para que?
Economicamente falando, eles tem a base de Kuorou, para lançamento dos Ariane, que eu vejo como a única coisa de valor econômico na região.
O resto permanece sem desenvolvimento efetivo (agrícola/mineral/etc), para nós não vale a pena, seja anexar ou comprar.
E para alegria dos anti-frança, é um sorvedouro de dinheiro! Dá mais gasto do que vantagens,
Estratégica!
Saída para o mar do Caribe, para que?
O Amapá esta próximo e seria mais interessante para o desenvolvimento da Região.
Sem contar a questão cultural! Se nós nos consideremos diferentes do resto da America Latina (E não somos, pois somos latinos também!) imagine eles!
E é ruim como cabeça de ponte para invasão do Brasil.
Temos problemas maiores para resolver.
Lançamento dos Ariane e dos Vega.
Quanto à anexação, é para rir.
Não, o que ouviste foi um ex presidente Americano, mandar a boca para o ar, a dizer que talvez fosse bom, para ambos os lados, os EUA comprarem a Gronelândia à Dinamarca, mas como é óbvio, a primeira-ministra Dinamarquesa, nem sequer respondeu directamente a Trump, que foi o dono da ideia, o idiota, ela também mandou para o ar(imprensa), que isso era impossível, até porque a Gronelândia é administrada pela Dinamarca, mas é independente e os seus habitantes vieram logo dizer, que não estavam à venda e que queriam seguir como até aí.
“gente via que eles tinham desejo que aquilo acontecesse.”
Isso é verdade. A França vê a Guiana como um estorno e sempre que têm a oportunidade diz para que eles declarem independência.
Entretanto, o que o Brasil ganharia com isso? Absolutamente nada, melhor seria anexar o Uruguai ou o Paraguai.
Cavalo paraguaio nunca mais!!! Agora é Cavalo brasileiro
na verdade guiana francesa e uruguai são territórios brasileiros e devem ser reintegrados um dia! bem como partes da bolivia
Quem já ouviu falar da “Guerra de Lethem” sabe que uma porção do nosso território foi tomada pelo dedo da Inglaterra, nesse incidente recente a poucas décadas e agora faz parte do domínio da Guiana…Guiana Inglesa na verdade pois nunca foi independente ou autônoma, ainda continua como uma colônia disfarçada dos ingleses…
A toda poderosa Rússia sofre até hoje com sanções pesadas por causa da anexação da Crimeia, o que você acha que aconteceria se o Brasil(anão diplomático e militar) tentasse a anexar países independentes?
Em uma situação dessas, quem acabaria perdendo territórios era o Brasil. A época das guerras de agressão já acabou.
mais as sanções não fazem efeito nenhum na russia,nem no irã, nem pro talibã…não faz efeito…inclusive sob as sanções a russia se destacou ainda mais
Opinião, ainda, é algo que podemos ter……e respeito a de vocês. Mas, vão lá e anexem o Uruguai, Paraguai e parte da Bolívia. Vão e vejam no que vai dar…..
Seria a nossa “Malvinas” pois provocaríamos uma potência militar com um governo desgastado( De Gaule) e em busca de um tema aglutinador favorável da opinião pública, teríamos sido derrotados após pouco tempo de guerra e ficaríamos isolados e sem credibilidade junto à comunidade internacional. Qualquer semelhança com a guerra das Malvinas não seria mera coincidência.
E de quebra, perderíamos o Amapá, fornecendo à França (leia-se OTAN) uma base militar e acesso à bacia amazônica.
Para que? eles querem? Não seria melhor, ao invés de uma “reintegração”, uma união aduaneira? Depois um acordo de cooperação politica/diplomatica?
Ops, lembrei, tínhamos, era o Mercosul!
O Brasil com suas forças de terceira linha iriam tomar uma coça daquelas dos fazedores de queijo.
O Brasil deveria ter adotado uma postura mais expansionista no passado, mas não em direção ao norte, mas ao oeste, para ganharmos um acesso ao Pacífico. De todo modo, isso teria que ter sido feito bem antes da década de 40, já que o “right of conquest” deixou de ser considerado um princípio válido no direito internacional após a Segunda Guerra.
Pergunta, isso foi depois da guerra da lagosta certo? Será que ele tinha algum receio de fazer fronteira com a França que com a guiana, teria posto avançado para nos atacar no futuro?
Tipo, cortar o mal pela raiz, antes dele crescer.
Se foi esse o caso, ele estava certo. Ate hoje a França vive nos ameaçando com intervenção por causa da Amazônia.
E até hoje nunca a França, ou outro país qualquer, tentou invadir o Brasil.
Caro HCosta. Acho que a última invasão que o Brasil sofrei foi a paraguaia. Os alemães afundaram navios brasileiros na costa na II Guerra. Sobre imaginar ser possível uma potência (ou potências) estrangeiras ocuparem a Amazônia parece-me um delírio. Considerando as últimas guerras de ocupação (Malvinas, Criméia, Iraque, Afeganistão…), fica claro as dificuldades e o custo de manter tropas estrangeiras garantindo o território ocupado, ainda mais na Amazônia. Creio que o maior risco seria um colapso do governo central, levando a uma crise federativa, ao parecido ao que ocorreu na URSS.
Invadiram sim mas não éramos independentes, mas quando éramos Brasil-Colônia. Em 1612 no Maranhão e em 1565 no Rio de Janeiro. Abraços.
Foi antes. A guerra da Lagosta se deu em 1963.
Se isso tivesse sido levado adiante teríamos conseguido a distinção de ter sido derrotados pelos franceses em combate na selva.
No combate na selva não, mas no mar sim. Sem contar o estrangulamento dos nossos portos. Um bom serviço de minagem nos isolaria do resto do mundo, pois o TO não seria apenas amazônico, mas um TOM no Atlântico Sul.
Na selva também. Naquela época não tínhamos uma tropa equipada, treinada e adestrada especificamente para combate na selva. A força em toda a Região Norte era inócua, não havia sequer uma brigada de infantaria articulada por lá.
A França perdeu a Indochina em 1954.
Não sei até que ponto a França teria condições para atacar o Brasil até mesmo que nessa altura haveria a guerra fria e, mais importante, a guerra na Argélia.
Como disse Franco sobre Gibraltar, a Guiana não vale uma guerra, pode cair de madura.
Basta sempre mantermos um discreto e respeitoso interesse. A Guiana deve dar lucro nenhum à FR, pelo contrário.
La so tem a melhor base de lancamentos de foguetes do mundo, so isso, que nos anos 50 e 60 os americanso tentaram comprar da Franca oferecendo rios de dinheiro, so isso.
Coisa corriqueira quando se elege um presidente alucinado e surtado! Bem comum hoje em dia!
Tem um livro chamado “Selva Brasil” que o Brasil invade a Guiana Francesa nesse contexto do Janio Quadros. No livro o Brasil perde a guerra e ainda perde uma parte da amazonia brasileira.
Hoje teríamos na região mais um monte de garimpos ilegais, desmatamento, queimadas…Sorte que a Guiana ainda permanece francesa.
Já conhecia essa história, o desfecho seria o mesmo da Argentina nas Malvinas, teríamos tomado um couro, nos anos 60 já era difícil encarar a Argentina, imagine a França. Perigava até de perdermos território para a França…
Deveria ter invadido mesmo, mas antes tinha que se preparar. A Guiana não pertence a França e nem deve mais pertencer. Espero que um dia estas colonias, com qual nome tiverem, voltem para a América
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