Como a China superou os EUA como principal fornecedor global de bens
Desde a adesão da China à Organização Mundial do Comércio em 2001, a economia do país cresceu, ficou em segundo lugar em PIB e superou a dos Estados Unidos em termos de paridade de poder de compra. Na última década, sua influência no comércio global também se espalhou, e a China gradualmente usurpou os Estados Unidos como o principal fornecedor de bens para a Europa, Ásia, África e América do Sul.
Enquanto funcionou como uma fábrica barata, o crescimento da China foi bem recebido pelos EUA, e seu surgimento como um novo mercado para bens de consumo foi ansiosamente antecipado. No entanto, em meados da década de 2010 – possivelmente provocada pela expansão militar secreta da China no Mar do Sul da China e sua expansiva Iniciativa Belt and Road, bem como um plano ambicioso para subir na cadeia de valor delineado em 2015 – a relação entre a nação em ascensão e a superpotência atual tornou-se mais competitiva.
Com a eleição em 2016 de Donald Trump em uma plataforma “America First”, o novo presidente dos EUA deu início a uma guerra comercial em 2018, impondo tarifas em duas ondas para englobar cerca de US $ 400 bilhões em mercadorias embarcadas entre os EUA e a China. As consequências para as empresas foram consideráveis.
Essa nova relação mais combativa mudou o cenário comercial global, interrompendo as cadeias de suprimentos – mais perceptível, talvez, no setor de tecnologia. Pode-se argumentar que acelerou uma tendência que já estava em andamento, dando à China um incentivo para desenvolver seus próprios padrões e alcançar a autossuficiência em setores estratégicos críticos, incluindo alta tecnologia. Talvez a consequência mais significativa disso seja o potencial para uma dissociação de longo prazo da China e dos EUA, e o surgimento de duas esferas de influência rivais e separadas, tanto no comércio quanto na tecnologia.
O surto de coronavírus, que surgiu em Wuhan em dezembro de 2019, paralisando a economia da China por um longo período, serviu para destacar as prováveis consequências de um deslocamento das duas maiores economias do mundo.
FONTE: The Financial Times
Algumas informações no texto não condizem com a realidade.
Já no 1° parágrafo diz-se que a paridade do poder de compra chinês só fica atrás dos EUA. Errado. Desde 2017, o Purchasing Power Parity (PPP) chinês é maior que o estadunidense. Mais exatamente 1.18 maior, ou seja, 18%
Quanto a adesão da China a OMC em 2001, há um detalhe pouco comentado que o artigo apenas menciona rapidamente: que a entrada chinesa na OMC com “bencão” americana foi vista, na época, como uma jogada de mestre dos EUA, pois pela perspectiva estadunidense, a China “enriqueceria” e com o aumento do padrão de vida, a população tenderia a se “ocidentalizar”, oportunizando, talvez, uma guerra civil, que resultasse no fim do PCCh e assunção de um regime títere, como um “Manchukuo” 2.0, agora pró-Ocidente.
E de lambuja, por esse mesmo raciocínio, abriria-se o mercado chinês para consumo de quinquilharias ocidentais.
Bem…incrível como não só não se concretizou nada do planejado, como ainda por cima saiu exatamente tudo do avesso: PCCh firme e forte e no fim quem comprou quinquilharias foi o público ocidental.
Eu tbm já tinha percebido o erro de cara, eles já são o maior PIB em paridade de poder de compra, pois o mesmo baseado em dólar tem distorçòes e vícios.
Obrigado, corrigimos o primeiro parágrafo. Abs!
E ainda tem quem acredite que as sansões dos EUA tem o mesmo efeito que tinham em 2000, quando eles faziam o que quisessem no mundo…o jogo mudou, passou muita água embaixo da ponte… A Rússia também está ganhando terreno, quanto mais potencias competindo melhor para nós.
E anote a nova fonte de avanço chinês.
A introdução do yuan digital que vai fazer com que a China não precise mais utilizar o dólar como meio de pagamento (foi publicada hoje (25/08) uma interessante reportagem sobre isso no Valor Econômico).
De posse de seus meios de pagamentos próprios, uma indústria de componentes e software avançada e a maior base industrial do Planeta, a China vai decolar.
Não me interessa que a China decole ou não, a única coisa que me interessa é o que o BRASIL ganha com isso. Quanto mais potencias competindo de igual com os EUA, econômica e militarmente, melhor pra nós. Em 1999 os EUA governavam o mundo sozinhos, e suas sansões tinham praticamente 100% de efetividade contra nós, com uma China de antagonista em 2020 o efeito destas sansões cai para 50%, se num futuro próximo entrar uma Rússia no jogo, em tese o efeito de possíveis sansões faria 1/3 do efeito dos tempos da brilhantina, desde que essa tríade tenha interesses divergentes.
Exatamente, perfeito….O efeito colateral de uma política internacional intervencionista e conspiratória sobre a soberania nacional de nações menores é justamente esse, e para o bem do mundo é preciso uma dúzia de nações fortes no lugar de apenas uma…
Essa é uma das questões.
A partir do momento em que Brasil começar a utilizar o yuan em suas liquidações de importações e exportações com a China, acabam as possibilidades de embargos americanos.
Lembremos que a China é a maior exportadora de bens do Mundo e a segunda maior importadora, sendo que assumirá o primeiro lugar nesse quesito dentro em breve.
“o que o BRASIL ganha com isso?”
A melhor pergunta.
Infelizmente, acho que nada.
A nossa classe dominante e parte da classe média mantém o BRASIL num looping desde 1550.
Empresários americanos de diferentes setores, inclusive de alta tecnologia, fizeram pedido ao Governo americano para que volte a negociar com China.
Ficou claro a todos a visão canhestra de Trump, achando que ia barrar a China impondo sanções.
Isso só estimulou a China a desenvolver a sua própria indústria e os resultados mais palpáveis estão começando a chegar.
Quantoo mais sanções que Titio Sam enfiar na China, mais mercado o Titio Sam perde, pois a China vai desenvolver a tecnologias essenciais para eles e vai fechar o mercado dela para os Estados Unidos. Em longo prazo quem vai perder será os EUA.
Em grandes escalas e em longo prazo , os EUA não conseguirão competir com a China, mesmo os EUA fabricando os mesmos produtos no país deles.
A China vai desenvolver sua tecnologia independente do que os gringos fizerem, pois desde o início sua intenção era tomar o lugar dos EUA. Para isso roubaram tecnologia de forma descarada do resto do mundo e isso muito antes mesmo do Trump assumir o poder.
Até o fim do governo Bidê a China será a maior potencia do mundo
Com ele ou com qualquer outro presidente que estiver la isso vai acontecer querendo ou não ..
É uma questão de números básicos, não de políticas.
Eu usei como marco temporal , mas com um pingo de deboche que eu confesso kkkkkkkkk
Não tripudie do ‘velhinho’.
kkkkk
O ocidente criou esse monstro pela ganância, agora que se vira…kkkk… 😀
Em paridade de poder de compra Ela já é.
Estou enojado!
Marx já previa em seu livro “O capital” que o desenvolvimento de um mercado capitalista atingiria seu ápice com o aumento excessivo do salário dos trabalhadores, causando este a ruptura de todo o sistema financeiro/produtivo do mercado. A solução para este problema para os gringos foi o mercado chinês que tinha um gigantesco exército de mão de obra barata e um novo mercado de consumo a ser explorado. Neste aspecto a transferência de sua capacidade de produção para a China e o natural enriquecimento desta já era previsto e aceito como uma consequência inevitável pelos gringos. O lado negativo desta mudança que eles mesmos provocariam na China, seria compensado com a possibilidade de acessar o mercado chinês, mas com o partido comunista negando este plano não resta outra alternativa aos gringos senão matar o monstro que eles mesmo criaram para não ser devorado por ele. Devido à peculiaridade de sua economia (capitalismo financeiro) os gringos ganham dinheiro na paz e na guerra, e uma vez que na paz não conseguem lucrar com os chineses, acredito que o jeito é lucrar com a guerra. É por isso que eu acredito firmemente que mais do que os chineses querer guerrear os gringos, os gringos querem uma guerra com os chineses, e já estão começando a se preparar para isso acontecer faz tempo (a saída de Afeganistão sendo parte deste preparativo).
Graças aos chineses, hoje eu compro uma peça de computador, que tanto preciso, direto da China, é barato, vem MAIS RÁPIDO DO QUE USANDO o serviço Correios, e os vendedores são mais atenciosos e honestos do que por aqui! A China nunca nos proibiu de ter nenhuma tecnologia e nunca nos fez nenhum grande mal, diferente de certos elementos ao norte, nossos políticos se vendiam aos ocidentais e agora vão se vender aos chineses e aos ocidentais, mas a culpa disso não é da China, é nossa!
A China já domina o mundo, o mapa é prova inconqueste. E olha só: não ficamos com olhos puxados, não temos que cantar em chinês e o mundo está mudando para melhor. Mas temos duas alternativas para escolher: ser o cãozinho vira-lata dos EUA, morando no quintal dele, com colerinha ou o Brasil começar a criar sua própria história. Que passaria por forças armadas bem equipadas e treinadas e que amam o Brasil (não os EUA), bomba atômica e política independente.
A unica coisa que a Industria americana produz são armas. Viraram uma versão gourmetizada da Russia.
Ainda falta muito para a economia dos EUA estar ao nível da Russa…
Gzuz …. tem certeza? Poderia explicar isso?
Como a China superou os EUA como principal fornecedor global de bens… com baixo custo de produção destes bens (como?), a ganância por lucro das empresas que transferiram sua produção para a China (eliminando postos de trabalho em seus países)… e um pouco, copiando, que é mais barato do que desenvolver…
Mérito da China… são excelentes estrategistas!
Creio que há mais do que somente uma disputa econômica…
Esta disputa acontece num ambiente em que nenhum deles controla… Economia Internacional… neste ‘jogo’, onde o tabuleiro é mundo e as peças são as nações, quem são os jogadores?
Acreditem… a China não controla este jogo, como também os EUA nunca controlaram!!
Eu quero ver o Brasil bem… quero ver os brasileiros se interessando mais pelo melhor para o Brasil, pois há muita gente interessada em mantê-lo eternamente em sono profundo, controlando seu crescimento de maneira que não interfira em seus interesses, tanto internos, quanto externos.
Precisamos ser criativos e impedir aqueles (de esquerda, de direita, de centro, de cima e de baixo…!!) que tentam travar o crescimento do Brasil.
Qual o interesse em defendermos um ou outro pais que não seja o Brasil?
Não há mal algum em enxergar o que os outros de tem positivo, contando que isto seja um aprendizado para ajudar no nosso crescimento.
É bom enxergar o que os outros tem de negativo para ajudar a que não incorramos nestes erros.
O que interessa é o Brasil!
Se estivermos bem, poderemos ajudar os outros, sem prejudicar nosso povo!
Saudações.
Julio Cesar, de acordo.
Mas estou pessimista!
Ache o que achar da China, mais vc tem que admitir que o planejamento e o foco deles e impressionante, veja o que conseguirão em pouco mais de 30 anos, sairão de copias baratas de produtos ocidentais, para um dos maiores criadores de tecnologia do planeta.
Por tudo que eles já fizeram e a capacidade de fazer muito mais ainda, sera que estamos vendo o surgimento da primeira Hiper-potencia do mundo?.
Enquanto nos ? por total falta de visão estratégica, incompetência, e leviandade de todos os nossos governantes e ai vai Direita , esquerda, centro, meio, estamos no mesmo buraco que estávamos a 500 anos e sem perspectiva de sair dele.
Os Romanos tinhão um império por que construíam estradas, os Ingleses navios, Americanos Dinheiro, Chineses mão de obra.
E nos?
Poderíamos alimentar todos eles, mais nos somos o que somos.
O Brasil um dia alimentará todos eles. A história ainda não acabou. No final restará só a América do Sul o resto será radiação e destruição sem valor que demorará décadas para voltar ao normal. Se voltar. O Brasil e a retaguarda do mundo e está sendo preparado para isso. E só estudar.
Se isso acontecer e sobrar apenas a AS como território intocado e sem destruição, então nos tornaremos nós mesmo os próximos alvos da cobiça do mundo.
E como estamos bem preparados…
Isso se o Brasil não devastar seu próprio território. Em 30 anos perdemos 15% da cobertura de agua. Não existe agropecuária independente de clima e solo, não tem tecnologia que compense isso.