Exército Brasileiro realiza testes de tiro com novo foguete SS-60 do sistema ASTROS
De acordo com um vídeo publicado pelo Exército Brasileiro em 31 de julho de 2021, o Comando de Artilharia do Exército realizou testes de tiro com o novo foguete SS-60 atualizado lançado a partir do lançador múltiplo autopropelido de rodas ASTROS II (MLRS) produzido no Brasil pela empresa Avibras.
O foguete SS-60 atualizado é desenvolvido pelas Forças Armadas brasileiras como parte do programa ASTROS 2020 com o objetivo de ter um novo veículo lançador de foguetes capaz de disparar mísseis táticos de cruzeiro com alcance de até 300 km.
O sistema de artilharia ASTROS II entrou em serviço no Exército Brasileiro em 1983. O sistema é comprovado em batalha, tendo sido usado em ação pelo Exército Iraquiano nas Guerras do Golfo.
O ASTROS 2020 é um programa ambicioso lançado pelo exército brasileiro para desenvolver o novo ASTROS MK6 baseado nos caminhões Tatra Trucks T815-790R39 6×6 e T815-7A0R59 4×4 em vez do caminhão Mercedes-Benz 2028A 6×6 original. O ASTROS 2020 oferece várias melhorias básicas, incluindo uma cabine blindada aprimorada, sistemas de comunicação e navegação digitais modernos e um novo radar de rastreamento que substitui o sistema Contraves Fieldguard do AV-UCF.
Durante a edição 2019, da exposição de defesa LAAD, a empresa brasileira AVIBRAS apresentou seu novo míssil de cruzeiro tático AV-MTC, parte do programa ASTROS 2020. O míssil será capaz de atingir um alvo em um alcance máximo de 300 km. O míssil é propulsado inicialmente por um motor de foguete de combustível sólido e guiado por um sistema de navegação inercial (INS) e GPS. O novo míssil tem comprimento de 5,5 m e peso de 1.400 kg. Ele pode voar a uma velocidade máxima de 800 km/h e pode carregar uma ogiva HE (High Explosive) de 200 kg.
O foguete SS-60 é produzido pela Avibras Indústria Aerospacial do Brasil. O foguete pode ser disparado a partir da série ASTROS de sistemas de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS), que atualmente são capazes de disparar cinco tipos de foguetes não guiados.
O SS-60 é o foguete de artilharia de longo alcance padrão. Esta variante possui a maior ogiva da série ASTROS. Um único foguete é carregado em uma caixa de recarga. O veículo ASTROS MLRS (Multiple Launch Rocket System) é capaz de transportar quatro foguetes SS-60. O foguete SS-60 padrão tem um alcance máximo de tiro de 70 km.
FONTE: Army Recognition
Excelente notícia, lembrando que o …”até 300km” de alcance do MTC 300 diz respeito a uma provável versão de exportação e não ao de uso do EB que terá muito mais que o dobro disso(como mencionado por oficial do EB em um evento/treino tempos atrás), aposto em no mínimo 800km de alcance .
Não tinha um país interessado no MTC 300?
Honestamente, duvido muito que o alcance seja maior do que o que foi divulgado. Se você não divulga a total capacidade da sua arma em uma situação dessas, ela perde 50% da sua utilidade(dissuasão).
Além do mais, não faria sentido nenhum testarem a tal “versão de exportação” de 300km sem antes terem finalizado a versão para uso local. Isso seria inverter a ordem lógica das coisas.
Acho que a verdade é bem mais simples, fizeram um míssil de apenas 300km de alcance pelo mesmo motivo que resolveram dar a patética nomenclatura “submarino convencional de propulsão nuclear” ao Álvaro Alberto, ao invés de usarem a correta “submarino nuclear de ataque”, isto é os militares não têm bolas o suficiente para peitar um possível protesto internacional. Molhariam as calças se alguém do governo americano dissesse à mídia brasileira “Para quê os brasileiros precisam de um míssil de 800km de alcance?”.
Apesar do fato de nenhum tratado ou acordo obrigue o Brasil a produzir mísseis de mais de 300km de alcance, somente de exportá-los.
Caro Allan
Quando a Renault lançou o Kwid, o carro “popular” da marca, ela utilizou o mesmo motor do Sandero, apenas calibrado para ter menor desempenho em força e velocidade, porém com menor consumo.
Pode ser o mesmo caso da Avibrás. O motor de cruzeiro do míssil é calibrado para um alcance de 300 km para exportação. Nada impede que seja ajustado para voar “um pouquinho” mais.
Se o país que adquirir o MTC 300 descobrir como se faz isso, o Brasil estaria burlando o acordo de limitação de alcance. Logo, para evitar represálias, a gente jura de pé junto que o alcance máximo é de somente 300 km.
Quando finalmente o Brasil resolver admitir que tem um míssil com maior alcance, a Avibrás vai dizer que é outro modelo, o “XYZ 1000” , não disponível para exportação. E assim o mundo poderá dormir tranquilo.
Abraço
João, mesmo que eu aceite a premissa da sua argumentação, é pertinente lembrar que o MTCR não é um tratado e não tem força de Lei. Ele é simplesmente um acordo de cavalheiros. Não haveria punições legais ao Brasil se ele fosse violado por nós.
A minha argumentação ainda seria válida: falta coragem aos nossos militares. Mas espero que você esteja certo mesmo.
Prezado Allan
Você escreveu a palavra chave: “Cavalheiros”.
Não se tratam de “punições”, mas de sermos considerados alguém que fez um acordo e não cumpriu. E passaríamos a ser não confiáveis. E muita tecnologia que hoje importamos, poderia nos ser negada.
Abraço
O alcance do míssil é relacionado a capacidade de carregar propelente, ou seja, se colocar mais propelente ele irá mais longe. Pra que mostrar “bolas” e criar uma má imagem internacional? Todo mundo sabe que o MTCR não nos impede nem tem força de lei, mas se assinamos essa porcaria o país tem que no mínimo fingir que respeita esse negócio.
O alcance do MTC-300 é limitado, assim como outro misseis que utilizam turbina para voo de cruzeiro, é a vida útil desta turbina (maior limitador) e o combustível carregado (que é customizável).
Segundo várias fontes do meio especializado, a turbina tem vida útil para passar facilmente dos 1 mil Km.
Referente ao MTCR, realmente o seu não cumprimento não tem implicações jurídicas mas existem meio complicadores. É fato que a assinatura facilita o acesso as tecnologias básicas (mas críticas) para lançamento de artefatos (principalmente no âmbito espacial).
Os melhores mísseis americanos ou russos também não são exportados. Não atacamos ainda a ideia da Avibrás utilizar os motores S-50 feitos em polímero 12 tons. de combustível sólido utilizado no VLM, para construir um míssil balístico de alcance intermediário capaz de carregar uma ogiva termobarica desenvolvida em 2004, capaz de proteger toda a Amazônia Azul, a numa fração de tempo muito menor que qualquer outro vetor bélico naval ou aéreo. Eu iria para os braços de “Morfeu”.
Bruno, há muito tempo atrás, telegramas da embaixada americana revelaram que chamaram o submarino nuclear brasileiro de “elefante branco populista”. Acho que foi no contexto do Wikileaks, mas não me lembro ao certo. Para bom entendedor meia palavra basta, o que quiseram dizer foi “Para quê o Brasil precisaria de um submarino nuclear?”
o alcance é relativo à turbina, segundo o que eu já li até de gente do próprio exército e da Turbo Machine que desenvolveu a turbina, ela consegue levar o míssil bem além de 300 Km, além de que a tecnologia da turbina pode ser usada em um míssil anti navio de longo alcance, basta fazerem um design de míssil que comporte ela e a parte eletrônica que já temos do MANSUP, temos 4 bi para pagar campanha mas não para tecnologia e defesa.
Vai além, acredito que algo em torno de 1.5k.
Em cálculos básicos cheguei ao alcance máximo de 3.5 k no míssil.
Baseado. Em informações cedidas pela própria empresa.
Também cheguei a esse numero, a Turbina tem validade de 5 horas voando a pouco mais de 800kmh lembrando que essas 5 horas são o limite de vida útil da turbina, então metade desse valor 2 horas de voo a 800kmh da uns 1600kmh.
Eu já usei Torricelli para calcular os 3.500 km.
Com um pouco mais de informações, poderia usar integrais, assim teria velocidade, distância etc a cada minuto de deslocamento.
Mas uma coisa te digo, em engenharia tem um fator de segurança (o famoso coeficiente de cagaço).
Para cargas que não sejam vivas é de 15%.
Sendo assim, se a turbina tem vida útil de 5 horas, na verdade ela terá vida útil máxima de 6 horas e 15 minutos.
Agora multiplique isso por 800 km/h !
Foxtrot,
O tempo de vida da turbina determinado em bancada não é isoladamente um parâmetro para determinar o alcance de um míssil que a adote. O míssil tem um limite dimensional e de peso que se ultrapassado não conseguiria voar. Há um quantidade “x” de combustível internamente e é isso que de fato limita o alcance, além do tempo de bateria.
O Tomahawk tem peso semelhante e e assim configurado para um alcance de 1800 km mais ou menos;
Peso total: 1600 kg
peso do booster: 300 kg
peso da ogiva : 1000 lb (450 kg)
quantidade de combustível estimada: 300 a 500 kg
Também fiz uns cálculos básicos aqui e concluí que o Tomahawk tem alcance de 10km. Confia…
Depende de seus cálculos.
Eles estão corretos ?
Uma informação básica, ninguém (a não ser os próprios americanos) realmente sabe o alcance do Tomahawk.
Organização típica de um Grupo de Mísseis e Foguetes do Exército Brasileiro, considerando apenas as viaturas do sistema ASTROS:
***Uma Bateria de Comando (Bia C), composta por:
– Uma Viatura de Comando e Controle (AV-VCC): para o Comando e Controle das diversas missões de tiro do sistema a nível unidade (Três Bias LMFs).
***Três Baterias de Mísseis e Foguetes (Bias LMFs), cada uma composta por:
Uma Viatura Posto de Comando e Controle (AV-PCC): para o Comando e Controle das diversas missões de tiro do sistema a nível bateria;
– Seis Viaturas Lançadora Múltipla Universal (AV-LMU): capaz de disparar cinco tipos de foguetes com calibres diferentes e, em breve, os mísseis em desenvolvimento;
– Três Viaturas Remuniciadora (AV-RMD): para reabastecimento da AV-LMU, carregando duas cargas completas para cada viatura lançadora;
– Uma Viatura Unidade Controladora de Fogo (AV-UCF): realiza os procedimentos de direção de tiro (computador para o cálculo dos elementos de tiro) usando radar para rastreamento com posterior correção dos foguetes disparados;
– Uma viatura Posto Meteorológico (AV-MET): possibilita o levantamento das condições meteorológicas da posição de tiro;
– Uma Viatura Oficina Móvel Veicular (AV-OFVE): possibilita a manutenção eletrônica e mecânica de campo (3º Escalão) das viaturas do sistema.
ALFA, parabéns, obrigado pela informação
Poder de fogo:
Cada Grupo de Mísseis e Foguetes do Exército Brasileiro possui dezoito (18) Viaturas Lançadora Múltipla Universal (AV-LMU).
Cada Viatura Lançadora Múltipla Universal (AV-LMU) pode ser municiada com 32 foguetes SS-30, 16 foguetes SS-40 ou 4 foguetes SS-60.
A dotação orgânica de um Grupo de Mísseis e Foguetes é balizada pelo número de rajadas completas existentes na Bateria de Comando (Bia C) e na Bateria de Mísseis e Foguetes (Bia LMF).
Cada Viatura Remuniciadora (AV-RMD) detém o dobro de contêineres lançadores da Viatura Lançadora Múltipla Universal (AV-LMU). Isso dá capacidade para o Grupo de Mísseis e Foguetes carregar cinco rajadas por Bateria, o que representa uma quantidade considerável de munição transportado no TO.
Dotação de munição orgânica de uma Bateria de Mísseis e Foguetes (Bia LMF):
192 foguetes SS-30, ou 96 SS-40 ou 24 SS-60 dentro dos lançadores nas Viaturas Lançadora Múltipla Universal (AV-LMU).
192 foguetes SS-30, ou 96 SS-40 ou 24 SS-60 nas Viaturas Remuniciadora (AV-RMD) do Grupo de Remuniciamento (Gp Rem) da Bateria de Tiro da Bia LMF (Três Viaturas).
384 foguetes SS-30, ou 192 SS-40 ou 48 SS-60 nas Viaturas da Turma de Remuniciamento (Tu Rem), do Grupo de Logística da Seção de Comando e Logística da Bia LMF (seis viaturas).
Dá pra fazer um estrago e tanto viu !!!
Lista de alvos típicos de um Grupo de Mísseis e Foguetes (GMF) do Exército Brasileiro.
Os GMF são equipados com as viaturas da família ASTROS.
PC DE: Posto de Comando de Divisão de Exército
BLB: Base Logística de Brigada
Prezados,
O sistema Astros usava plataforma Mercedes-Benz.
Agora usa a plataforma Tatra.
Qual foi o motivo ?
Além do mais tem outras opções nacionais como Volvo, Scania.
Eu acredito que a mudança se deu pela modularidade da plataforma Tatra.
Cara, Tatra é Tatra, simples assim !!!
Até onde sei, embargo da alemanha
O Motivo foi a Alemanha (Mercedez-Benz) não vender mais pro Brasil (embargo velado), então procurou-se outro fornecedor. A Avibrás é a representante TATRA no Brasil, até o momento. Está previsto uma fábrica no Brasil da TATRA para 2021 Ponta Grossa -PR
Caro Art,
Essa informação é nova para mim.
Quer dizer que: as primeiras versões do Astros eram plataformas da
Mercedes-Benz – porém importadas da Alemanha ?
Qual o motivo técnico ?
Potência do motor ? Não tinha um congênere nacional ?
Qual é o caminhão projetado para ser militar 6×6 feito no Brasil?
Até onde eu sei não tem nenhum, o mais próximo é um civil VW modificado com tração 6×6 que o EB usa para rebocar os obus de 155mm.
Constellation 31.320
Esse não é DNA militar. É plataforma civil adaptada.
Exato as plataformas iniciais Mercedes Alemanha, não há congênere nacional. Motivo é que caminhão militar tem especificações, requisitos de resistência e redundância, é mais caro também. A Mercedes saiu a TATRA substituiu.
Exato as plataformas iniciais Mercedes Alemanha, não há congênere nacional. Motivo é que caminhão militar tem especificações, requisitos de resistência e redundância, é mais caro também. A Mercedes saiu a TATRA substituiu.
Parabéns avibras pelo progressos com o sistema astro.
Qual a situação do SS-40G e do MTC-300? Até agora só conversinha fiada.
MTC-300 sumiu que nem o Mansup
A ultima informação que tive foi no Caiafa, Eles estavam tendo problemas na separação do buster do apos o lançamento do míssil.
Realmente temo que o MTC-300 acabe seguindo o malfadado destino do Piranha, do A-Darter, do MAR-1…
Partilho de seus temores.
Some a essa lista SMKB, FPG-82, MANSUP, SONAT, SONAP, SONAR REBOCADO, Drone Submarino, A-darter etc etc etc.
Ao que parece, nossos militares estão jogando a favor do time adversário, e já fizeram vários gol,s contra de propósito.
ta mais e ai oque foi atualizado no SS 60 que foi mostrado nesse teste?
Prezado Kahllil
Segundo o texto, esta variante possui a maior ogiva da série Astros.
Deve ser isto.
Abraço
Este é o vídeo publicado pelo Exército Brasileiro em 31 de julho de 2021.
https://youtu.be/hLT_W2cXSGY
Estamos engatinhando. Os mísseis hipersônicos são as estrelas do momento.
Quem sabe se não houvéssemos perdido aquela oportunidade de joint-venture com russos e indianos, teríamos condições de ter mísseis hipersônicos…
Na época, era o missil antinavio Brahmos,hoje em dia russos e indianos estão desenvolvendo até uma versão anti-AWACS para 2024,isso sem esquecer o Brahmos 2 que foi apresentado em 2018.
Mas já é tradição do Brasil de perder algumas boas parcerias e entrarem em parcerias caracu…
Só não se fala o que há de novo no SS-60.
Serão as mesmas evoluções do SS40-G ?
Ficou mais dúvidas do que esclarecimentos.
Acho que foi mais uma jogada de marketing do que tudo.
DEFESA NACIONAL, BRINCANDO COM A VERDADE
Eis que o Ministério da “Defesa” anuncia sobre míssil de “longo” alcance que está em fase final de desenvolvimento. Atenção! Alerta! Perigo! Aumentar do irrisório alcance do AVM- 300 km para, apenas, 300 milhas, equivalentes a tão somente 480 km, um rojão de meia pataca que, se lançado de Vitória/ES não atinge Salvador/BA (distantes 839 km), é continuar se enganando com perfumarias que não vão resolver nada em termos de dissuasão extrarregional. Precisamos nos precaver, além das possibilidades de uma armada que se aproxime agressiva pelo Atlântico Sul, também, face às bases/campos de pouso construídos pelos EUA nos países que fazem fronteira com o Brasil.
_ Com relação às “2” bases assinaladas no Paraguai, a distância da capital gaúcha até Assunção (824 km) permite inferir que uma bateria de ASTROS II em Rio Grande/RS, desde que dotada de co m mísseis VDR-1500/2500, possa ameaçar, com real grau de dissuasão, estas instalações “yankees”, podendo causar danos consideráveis em suas estruturas. Que se diga, o Exército precisa levar a sério essas instalações militares extrarregionais e, bem antes de consumada o aquartelamento de um grupo/unidade em Rio Grande/RS, fazer deslocar uma bateria de ASTROS II, que seria acantonada no 6º Grupo de Artilharia de Campanha, sediado naquela cidade, de forma a, no mais curto prazo, disponibilizar um mínimo de meios capazes de intimidação. Considerar que, doutrinariamente, um grupo pode enquadrar de três a cinco baterias. Mas por que em Rio Grande/RS? Porque desta cidade gaúcha se pode precaver também, em grande profundidade, com relação às ameaças que por um acaso sejam provenientes do extremo sul do continente (atentar para a base que o então Presidente Magri estaria para ceder aos EUA em UCHUAYA na Patagônia).
_ No seguimento, considerando as bases no semiarco Bolívia (com”2″ bases) – Peru (com “4” bases), e as distâncias aéreas Porto Velho – La Paz (977 km) e Porto Velho – Lima (1484 km), é de se pensar que o aquartelamento de uma bateria de ASTROS II nas imediações da capital do estado de Rondônia, com material de alcance 1500/2500 km, possa ameaçar, com real grau de dissuasão, estas instalações “yankees”, podendo causar danos consideráveis em suas estruturas. Todavia, bem antes de consumada a criação de uma unidade em Porto Velho, no mais curto prazo, é preciso ser deslocada para aquela guarnição uma bateria de ASTROS II, que seria embrionária do respectivo grupo, de forma a disponibilizar, no mais curto prazo, um mínimo de meios capazes para intimidação. Atenção! Alerta! Perigo! Não se precaver quanto à essas bases de “Tio Sam”, neste semiarco, é viabilizar, sem a mínima condição de retaliação, a decolagem de meios aéreos hostis muito bem eixados para Brasília/DF.
_ Já no semiarco Colômbia/Venezuela/Guianas, os campos de pouso assinalados se inserem no significado ameaçador das suas localizações em países com laços ainda bem fortes com as antigas metrópoles das guianas, estas partícipes da União Europeia, todas integrantes da “OTAN”. Este fato dominante exige o aquartelamento de uma bateria de ASTROS II em Boa Vista/RR com material de alcance 2500 km, máxime se atentarmos para o fato de armadas daquela organização que podem, cerrando para o litoral daqueles territórios pelo Mar do Caribe, utilizá-los como excelentes cabeças de ponte para uma intervenção, seja em Roraima seja no Amapá.
Para que se tenha uma ideia, se consideradas as distâncias aéreas de Boa Vista/RR: até Bogotá (1548 km), até Caracas (1100 km), até Georgetown (524 km), até Paramaribo (530 km) e até Caiena (956 km), a bateria com material de alcance 2500 km nos permitiria bater inclusive as armadas das grandes potências militares que cerrassem atrevidas para o derrame de meios terrestres em demanda/rumo à nossa calha norte. Todavia, bem antes de consumada a instalação de um grupo em Boa Vista/RR, no mais curto prazo, precisa ser aquartelada uma bateria de ASTROS II no 10º GAC de Selva sediado naquela cidade, de forma a disponibilizar um mínimo de meios capazes para intimidação de um provável inimigo que se aproxime do dito semiarco.
_ Concluindo sem dúvida alguma, o alcance do estágio de dissuasão extra regional, no mais curto prazo, passa pela disponibilidade, em caráter urgente e emergencial, de meios de foguetes e mísseis, pelo Exército, em condições de bater inclusive as bases alienígenas de potência extrarregional que ameaçadoramente nos rodeiam, instaladas, paradoxalmente, em países latino americanos que se dizem adeptos de um sistema de segurança para o subcontinente.
_ Em verdade, esta capacidade dissuasória não é tão difícil de ser alcançada, bastando para isso priorizar, em primeiro lugar e como de maior importância, entre os “7” projetos ditos “estratégicos” da Força Terrestre, o projeto ASTROS II com mísseis de cruzeiro que alcancem 1500/2500 km”. Sem desmerecer os demais projetos, o de “foguetes e mísseis de cruzeiro”, já dispondo de “KNOW HOW” pelo desenvolvimento do “AVM-300km”, constitui a própria garantia para se atingir (chegar ao bom termo) sem interrupções os objetivos dos demais, todos de prazos muito dilatados para sua consecução.
– O aquartelamento de mais uma bateria de ASTROS II (apenas 15 viaturas) nas guarnições de Rio Grande/RS, Porto Velho/RO e Boa Vista/RR não implica em gastos maiores uma vez que se pode aproveitar a estrutura das organizações militares já existentes naquelas cidades. Resumindo, o Projeto Astros II, para ter significado definitivo, em termos do binômio dissuasão extrarregional/defesa antiacesso, impõe o desenvolvimento de vetores de cruzeiro que atinjam bem além das 300 milhas/480 km, sendo o mais importante e de prioridade “1” para lograr este desiderato.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de infantaria e Estado-Maior
Prezado coronel
Interessante seu comentário, porém acredito que a notícia em que baseou seu comentário, de setembro do ano passado, esteja equivocada. O alcance de todos os foguetes são indicados em milhas, quando sabemos que na verdade são quilômetros.
Logo, em vez de 300 milhas, são apenas 300 km. Cenário pior ainda.
Abraço
Caro coronel, pelo o que percebi o senhor é da “velha guarda” (com todo respeito, pois a velha guarda para mim era a verdadeira visão nacionalista), pois vive falando dos Yankes e sua verdadeira ameaça ao Brasil.
Mas hoje, seus colegas de farda e alguns políticos despatriados estão entregando de bandeja o país para os Yankes e seus parceiros europeus.
Aí do que adiantar ter mísseis de longo alcance, se os Yankes tem base em Alcântara ?
Do que adianta ameaçar a posição Yanke no Perú se a FAB boa com aviões repletos de sistemas de armas e EW americano?
Do que adianta uma defesa se a MB comprou navios alemães cheio de sistemas europeus e sujeitos a embargo ?
Do que adianta desenvolver e fabricar um míssil com 1.500 km de alcance se o míssil utilizará o GPS norte americano ?
Desculpe a franqueza, mas para mim nossos militares (da atualidade), parece estarem brincando de defesa e soberania .
Coronel em tempos de meios modernos de ataque/defesa vemos que o senhor com o conhecimento que tem cita os Yankes como sendo nossos “inimigos”,sabemos que com toda a Frota Naval,Força Aérea e Exército que eles possuem nada pararia ou retalharia um desdobramento militar contra o Brasil se ELES quisessem,de fato não querem e não teriam o porquê,nem mesmo nessas hipóteses levantadas pelo senhor,digo que se a Força Aerea Venezuelana quiser,manda os jatos russos que eles possuem,atacaria qualquer ALVO militar ou não…estratégico ou não…sem sofrer grandes retaliações…talvez voltariam em segurança para suas bases e militares seriam mortos sem nem saber que foram mortos(risos)….
Enfim…dissuassão é :
-drone não tripulado
-bomba atômica
-míssel hiperssônico
-porta aviões carregados de caças(nem nos nossos melhores sonhos teremos).
-submarinos nucleares
-aviões stealth
Não aconselho o Brasil por a cara com os EUA nem com os aliados deles…aliás nem comentaria algo contra…aliás GO USA !!!! KKKKK
E qual o interesse estratégico, comercial a Venezuela teria para nós atacar?
Não faz sentido algum termos medo de nossos vizinhos (comunista ou não).
Canso de escrever aqui, as maiores ameaças ao Brasil são as nações ocidentais com a qual vivemos de flerte há anos.
E eles já demonstraram isso sabotando nosso desenvolvimento, tentando criar separações internas, declarando a cobiça sobre a Amazônia etc etc etc.
Então, na atualidade, qual é real alcance do ASTROS II, 70 km, 100 km, 150 km…???
Caro Glasquis
O sistema Astros II é composto de lançadores múltiplos de foguetes, com vários calibres. Cada um tem um alcance, que varia de 15 a 300 km. Basta trocar o casulo que contém cada tipo de foguete. A decisão de qual usar depende da distância e do tipo de alvo.
Abraço
Certo mas, atualmente, ,qual munição do Astros II atinge , ou já atingiu 300 km?
Glasquis
O Astros II tem alcance máximo de 80 km com seu foguete mais potente.
Agora a Avibrás se concentra no Astros 2020 (pronuncia-se “vinte vinte”), que possibilitará o uso do foguete guiado SS-40G e do míssil tático de cruzeiro AV-MT (MTC-300).
Quanto ao MTC-300, pelas últimas informações que tenho, a etapa de homologação depende dos tiros de validação do alcance máximo. Porém estes ainda não foram realizados porque faltam sistema de monitoramento e local adequado. O campo de provas da FAB na Serra do Caximbo (PA) não permite tiros de mais de 120 km. Além disso, as Forças Armadas não dispõem de radares adequados para o monitoramento. Para complicar, o Centro de Avaliação do Exército, localizado na Restinga da Marambaia (RJ), possui um equipamento móvel que poderia fazer o monitoramento. Mas estava estragado até o ano passado. Se não tiver conserto, outro terá de ser importado, atrasando em pelo menos um ano a homologação.
E quanto aos disparos para atingir o alcance máximo, poderão ser feitos ou no Centro de Lançamentos de Alcântara (MA) ou Barreira do Inferno (RN).
Mas o MTC-300 não existe nos inventários do EB então, não pode ser considerado.
Eu queria saber a realidade atual. Hoje, qual o alcance da artilharia de foguetes e/ou misseis do EB???
Certeza mesmo, é o foguete SS-80 do sistema Astros com alcance variando entre 80 e 90 km.
Ano passado era para a Avibrás entregar 100 MTC-300 ao Exército. Pelo jeito não entregou. Agora a previsão é as entregas começarem em 2023.
Outro que está no forno é o foguete guiado SS-40G com 45 km de alcance. Os outros não são guiados. Estes dois integrarão o sistema Astros 2020, que já pode lançar os foguetes SS-30, SS-40, SS-60 e SS-80.
Quanto ao MTC-300, a Avibrás já fez 16 lançamentos e mais quatro estão previstos. Se já aconteceram, não sei.
O pessoal da área pode informar melhor.
Entendo. Então, na atualidade, o alcance do Astros, mesmo sendo o 2020 não alcança os 100 Km.
O 2020 é apenas o porta casulos. O alcance depende de quais foguetes ou mísseis são instalados nele.
O que se conhece como sistema Astros é composto, além dos foguetes e do futuro míssil MTC-300, de viaturas lançadora, remuniciadora, comando e controle, meteorológica e apoio ao solo.
O 2020 acrescentou ao sistema a capacidade de lançar o futuro foguete guiado SS-40G e o míssil MTC-300. E no futuro outros mísseis poderão ser acrescidos.
Meu estimado, tal vez o meu português seja muito precário e por isso a dificuldade de me fazer entender mas, eu queria saber, qual o alcance real que atualmente tem o EB, não qual terá nem qual poderia ter.
Os misseis e foguetes que algum dia poderão ser empregados pelo EB, fazem parte de outra formulação. Mesmo por que muito do que se planeja ter, não acaba vingando, vide exemplo o A DARTER produzido no Brasil.
Como eu disse mais acima. O que temos de mais efetivo é o SS-80 com alcance entre 80 e 90 km.
O resto ainda está em desenvolvimento ou esperando homologação.