China sinaliza expansão de suas capacidades nucleares
Hong Kong (CNN) – A China está construindo um segundo campo de silos de mísseis em seus desertos ocidentais, de acordo com um novo estudo, que os pesquisadores dizem sinalizar uma expansão potencial de seu arsenal nuclear e questionar o compromisso de Pequim com sua estratégia de “dissuasão mínima”.
Identificada por imagens de satélite, a nova base de mísseis na região chinesa de Xinjiang pode incluir 110 silos, disse o relatório divulgado no dia 26/7 pela Federação de Cientistas Americanos (FAS).
É o segundo campo de silo aparente descoberto este mês por pesquisadores, somando-se a 120 silos que parecem estar em construção na província vizinha de Gansu, conforme detalhado pelo Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação.
Juntos, os dois locais significam “a expansão mais significativa do arsenal nuclear chinês de todos os tempos”, disse o relatório da FAS.
Durante décadas, a China operou cerca de 20 silos para seus mísseis balísticos intercontinentais de combustível líquido (ICBMs) chamados DF-5; agora, parece estar construindo 10 vezes mais, possivelmente para abrigar seu mais novo ICBM, o DF-41, de acordo com o relatório da FAS.
“O programa de silo de mísseis chinês constitui a construção mais extensa desde a construção de silos de mísseis dos Estados Unidos e da União Soviética durante a Guerra Fria”, disse o relatório. “O número de novos silos chineses em construção excede o número de ICBMs baseados em silos operados pela Rússia e constitui mais da metade do tamanho de toda a força de ICBM dos EUA.”
A postura de “dissuasão mínima” historicamente manteve as armas nucleares da China em um nível comparativamente baixo. O Stockholm International Peace Research Institute estima que a China tenha cerca de 350 ogivas nucleares, uma fração das 5.550 possuídas pelos Estados Unidos e 6.255 pela Rússia.
Mas a contagem de ogivas da China aumentou nos últimos anos, de 145 ogivas em 2006, de acordo com o instituto. O Pentágono prevê que o estoque chinês “pelo menos dobrará de tamanho” na próxima década.
“A postura da força nuclear da China tem evoluído constantemente nos últimos 10 anos com lançadores de mísseis móveis rodoviários recentemente acompanhados pelo bombardeiro H-6N com capacidade nuclear, um novo míssil balístico lançado por submarino e um número crescente de silos estáticos, dando à China um tríade nuclear cada vez mais robusta e com capacidade de sobrevivência”, disse Drew Thompson, ex-funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e pesquisador sênior visitante da Escola de Políticas Públicas Lee Kuan Yew da Universidade Nacional de Singapura.
O relatório da FAS disse que a criação de 250 novos silos tiraria a China da categoria de “dissuasão mínima”.
“O aumento é tudo menos ‘mínimo’ e parece ser parte de uma corrida por mais armas nucleares para competir melhor com os adversários da China”, escreveram seus autores Matt Korda e Hans Kristensen.
“A construção dos silos provavelmente aprofundará ainda mais a tensão militar, alimentará o medo das intenções da China, reforçará os argumentos de que o controle de armas e as restrições são ingênuos e que os arsenais nucleares dos EUA e da Rússia não podem ser reduzidos ainda mais, mas devem ser ajustados para levar em conta o acúmulo do sistema nuclear chinês”, acrescentaram.
FONTE: CNN
Os próximos a aumentarem seus arsenais nucleares serão Índia (intimidados pelos chineses) e Paquistão (em resposta aos indianos).
Olá Pedro. Supondo que a capacidade mínima da China sejam 10 mísseis e 350 dispositivos. O texto fala que os EUA possuem 5,5 mil e a Rússia 6,5 mil. portanto um número muito superior ao que seria o mínimo para estes países também. Portanto, o caminho necessário é o da redução dos estoques nucleares dos EUA e da Rússia para números de três dígitos. Não faz sentido esperar que a China, Índia, Paquistão, Coréia do Norte, França e Inglaterra mantenham arsenais mínimos se as duas potências nucleares insistem em manter arsenais gigantes.
Isso e o que se espera, mais como o texto tb diz Essa sera a desculpa, para ampliação, modernização, testes, novas capacidades.
E que garantias terão Rússia e EUA de que os chineses refrearão sua expansão de arsenal atômico caso estes primeiros reduzam seus estoque de ogivas operacionais?
Resposta: NENHUMA.
Nenhum planejador militar sério se baseia em promessas do inimigo!
E quanto a China, certos estão eles! Se precavendo, aumentando seus estoques e fazendo frente aos reais “possíveis adversários”. Cachorro grande tem que brigar com cachorro grande. Se Pequim cresce, se desenvolve, se expande e começa a sentar à mesa dos adultos, devem fazer jus a posição conquistada!
Os estoques de armas nucleares já existentes são suficientes para acabar com a humanidade. Algumas mil ogivas a mais ou a menos não farão diferença…
E o Brasil? Aumenta o fundo do poço pra cair ainda mais!
A vingança pela guerra do ópio está vindo a cavalo!!! Já aqui são tantas décadas sendo cachorro das potências ocidentais que agora parte dos brazileirus está com medo de mudar de dono. O problema do braziu é servir todo mundo como se fosse serviçal e tratar mal seus filhos…
Não! Apenas os soldos e as pensões.
*calma galera.
O brasil ja respondeu a altura,aprovou 6 bilhões para o fundo eleitoral !!!
Aqui é Brasil, país de pessoas compromissadas com o brasil !!! Kkkk
Mas esta é nossa tradição. Não podemos mudar o que é tradicional.
Vejo com bons olhos essa escalada nuclear no mundo. Os grandes players se preocupam com eles mesmo, enquanto isso países periféricos podem trabalhar em seus arsenais sem serem incomodados.
Quando os grandes fizerem os acordos de cavalheiros entre eles, e se voltarem para os pequenos, estes últimos agora estarão em menor desvantagem na mesa global de negociações. A dominação dos grandes pelos pequenos será cada vez menor.
Não que o Brasil vá entrar nesse jogo também, afinal na espécie humana, a raça brasileira vive numa realidade a parte.
Cada nuke que a China constrói avança 1 segundo do “doomsday clock”. Estamos a 2 minutos para o fim do mundo…. E tem gente vibrando com isso.
https://en.wikipedia.org/wiki/Doomsday_Clock
Rsrsrs acreditar que algum dia haverá uma guerra nuclear no mundo é uma idiotice nível terraplanista ou anti-vax.
Falou o genio que atacou sem argumentos
2 minutos para meia-noite é apenas uma música do Iron Maiden, cara. Nada mais. Pode relaxar.
“Doomsday Clock” é bobagem de quem não tem o que fazer.
“Vejo com bons olhos essa escalada nuclear no mundo”
Eu parei de ler aqui.
Já tivemos essa escalada e terminou muito bem, ninguém se explodiu com armas nucleares. Leia o resto do comentário e talvez você compreenda o que eu quis dizer.
Se não compreender, dane-se, problema seu…
Tudo culpa dos americanos que estão sempre provocando.
Agora, que aguentem as consequências.
Americanos provocando?
Os americanos que construiram ilhas no mar do sul da china dentro de mares territoriais de outros países? Os americanos que querem ilhas japonesas? Os americanos que estao querendo território indiano?
Os americanos já estão dentro e com bases em quase tudo que é local/país estratégico mundo afora, por isso não gastaram com ilhas artificiais e convenhamos, não temos visto a China derrubar governos a seu bel prazer e por seus motivos $$$$ mundo afora como o faz(mas comumente ) o titio SAM, Iraque e Libia que o digam né.
Mas quem ta defendendo o EUA???????
E ter base em outro pais estrategico, com autorização desse pais, da direito a China (ou qualquer outro país) a construir ilha próximo a costa de outro pais (Indonésia se nao me enfano) sem autorização e reivindicar para si aquelas aguas???
As ilha artificial não brotou da noite para o dia e ninguém impediu a China de construir as ilhas, será porque, um mal necessário, enquanto a China se fortalecer e essa nova guerra fria se manter, o dindin pra indústria bélica do titio Sam ta garantido capiche?
A China, quando começou a costruir as ilhas, falou que seria para uma coisa e fez outra, ou seja, mentiu igual quando surgiu o coronavirus por exemplo.
Mentir e da natureza humana, ainda mais para esconder falhas. A China mentiu sobra a gravidade da COVID quando ele surgiu, (não estou falando que foram eles que criaram), os Soviéticos mentiram sobre Chernobyl, os Americanos mentiram sobre a radiação dos testes nucleares de superfície e sobre a democrática e libertadora vigilância de seus cidadão e aliados.
Tomcat,
Acho estranho você menosprezar a responsabilidade daquele que agiu ativamente com dolo e cobrar pela omissão de quem você acha que deveria ter agido.
O principal “culpado” pelas ilhas artificias citadas tem nome , sobrenome e endereço e qualquer outra leitura diferente dessa eu particularmente considero equívoco intelectual.
Colocar na conta dos EUA até a responsabilidade das ilhas chinesas você não acha que tá exagerando não?
O Iraque pediu para eles saírem e ate agora nada. Cuba adora a base em Guantánamo, a Siria ainda e um país soberano e tem um governo no poder, não lembro do Assad pedir pelas tropas americana e não devemos nos esquecer das bases na Europa que eles tanto criticam por não gastar mais em defesa e contar com os EUA, más falar em desativar as bases deles lá nada.
Tomcat,
A China até agora só massacrou seu próprio povo a uma taxa nunca vista. Ela não fez nada de condenável no plano externo exatamente porque tinha um “doberman” na porta e não porque ela é boazinha e os chineses são seres angelicais e o partido comunista quer o fim da opressão no mundo, e sim porque tinha medo de uma força maior.
Quando essa força ruir aí sim você verá a verdadeira face da China.
Historicamente a China foi a maior potencia por 2 mil anos, nunca invadiu nenhum país depois do pais se consolidar e só caiu do posto por 200 anos. Não tinha nenhum doberman naqueles tempos, porque não tomaram toda a Asia?
Os eua tem uma moral seletiva : Combate ditaduras cruéis e sanguinárias pelo mundo, mas depende muito se essas são cooperativas ou não a Washington…
Meu caro, se já viu o filme, FEITO NA AMÉRICA,com Tom Cruise baseado em fatos reais e O Senhor das Armas com Nicolas Cage, verás que além do q escreveu, q concordo, o titio SAM fabrica e municia seus ditadores sanguinários pra depois os combater. Não 5eem desertos repletos de equipamentos, muitos com pouco uso, a toa. A maquina da guerra não pode parar de produzir recursos e pra gerar demanda alguns países tem que sofrer o dano.
Não são só os EUA que têm “moral seletiva” . Todos os países são assim. Na verdade isso é uma característica do ser humano e a exercemos todos os dias a todo momento. Não podemos criticar países dentro de um contexto histórico e cultural se nós somos assim e países são formados por pessoas.
Veja o caso da China. Quer moral seletiva maior? Para implantar o paraíso do proletariado ela não hesitou em exterminar milhões de seus próprios cidadãos. Ou isso é invenção imperialista?
Veja agora Cuba, que após a revolta popular “sumiu” com centenas de seus cidadãos, mas o Chico Buarque bate palma e chama o Bolsonaro de fascista.
Isso não é problema americano.
ilhas artificiais destruindo recifes, querendo tomar território de outros países. Mas é o EUA , a Índia, Japão, e todos outros paises do mar do sul da China que estao provocando a China tambem????
Que os EUA se preocupem com a poluição que causam no Golfo do México.
Mar do Sul da China é problema chinês e os americanos terão de acostumar com isso.
Falo o chines que nao sai do Brasil.
A China apenas aprende com os seus erros do passado e se prepara para o futuro. Já sofreram muito com países estrangeiros invadindo é invadindo pelo mar. Já os EUA gostam do provocar e amedrontar os demais países com o envio de seus grupo de batalhas para lá e para cá. Normal, toda potencia fazer isso.
A Guerra Fria 2.0 continua a todo o vapor.
Rezo para que a humanidade saia inteira dessa nova Guerra Fria, da mesma maneira que saímos ilesos da última Guerra Fria.
Vc está equivocado, milhões pereceram pelo mundo por conta dessa tal de “guerra fria” que de fria nunca teve nada…Guerra por procuração, golpes de estado, patrocínio e promoção de ditaduras sanguinárias/grupos terroristas, assassinatos políticos…O leque de formas como todos os tipos de atrocidades e crimes se deram nesse evento foram inúmeros…
Não me esquecí dos milhares de mortos causados por conflitos de procuração e por golpes e ditaduras financiadas pelos dois lados.
Mas quando eu falo que a humanidade “saiu inteira”, me refiro a uma guerra nuclear, que seria ainda pior do que todas essas guerras de procuração.
Só na mão do grande herói e libertador dos oprimidos, Mao Tsé-Tung, foram dezenas milhões…através das políticas e dos expurgos políticos de seu governo entre 1949 a 1976, que provocaram a morte em massa de 50 a 80 milhões de pessoas…
“A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”
Joseph Stalin.
Killing Joke – Love Like Blood
https://www.youtube.com/watch?v=TnpwuRlXbhk
E não se esqueça de colocar na conta cerca de 100 milhões de chineses trucidados pelo PCC em 20 anos para implantar o comunismo de modo a libertar esses povos da opressão capitalista.
Tá respondido pela resposta ao Willber Rodrigues..
Sinceramente eu nunca consigo entender essa conta dos 100 milhões, se você puder me explicar Bosco, eu ficaria agradecido.
Em 1950 haviam 546 milhões de chineses. Em 75 haviam 916 milhões, portanto quase o dobro de 1950. Se morreram 100 milhões em 20 anos, esse número de chineses em 75 era para ser ligeiramente menor não? Pelo menos uns 50 milhões, dada a taxa de natalidade da época. Poderia me explicar melhor Bosco?
Não que eu esteja duvidando das atrocidades do PCCh, mas este número de 100 milhões soa irreal.
Realmente Inimigo. Eu também acho que pode ter sido majorada. De qualquer forma mesmo sendo 10 x menor (ou 20 vezes) ainda é um absurdo o que o PCC (esse mesmo que está agora dando as cartas por aí e posando de civilizado e científico) fez para levar a revolução ao país e que no final das contas só fez substituir a classe dominante e instalou no poder uma turba de lunáticos que se acreditam moralmente superior à plebe e com direito de lhes ditar o destino à revelia da vontade popular.
A resposta é taxa de fecundidade altíssima, nas décadas de 1950 e 1960 a taxa de fecundida chinesa era em torno de 5 a 6 filhos por mulher, com proporção entre sexos semelhante a 1, os progenitores (2) dão origem a uma próxima geração de 5 ou 6, com a próxima geração então sendo de 2,5 a 3 vezes maior que a anterior (2 progenitores seguidos por 5 ou 6 filhos), sendo que o intervalo de uma geração e outra é de cerca de 20 ou 30 anos, já consegue ver porque a população chinesa cresceu mesmo com a grande perda de milhões de vidas, a taxa de fertilidade faz com que os mortos sejam repostos e ainda mais pessoas venham, assim o intervalo que tu descreveu com a população quase dobrando em 25 anos, com essa taxa de fecundidade fazendo a próxima geração ser até 3 vezes maior, esperaria-se uma população ainda maior, que só não ocorreu pela quantidade massiva de vidas ceifada; Algo semelhante ocorre nos países africanos atualmente, com taxas de mortalidade altas no entanto as taxas de fecundidade também são altíssimas, capazes de repor os mortos e ainda fazer uma próxima geração bem maior caracterizando a explosão populacional africana que vemos hoje apesar da mortalidade elevada; PS: com o desenvolvimento econômico africano fazendo com que consumam mais recursos per capita (mesmo que pouco comparado aos demais, está crescendo) ao passo que o número absoluto de pessoas cresce e os recursos naturais tendem a se esgotar juntando com o quebra-cabeça étnico e religioso da África além de interferência externa de antigas e emergentes potências, podem esperar nas próximas décadas que a instabilidade de lá só piorará com conflitos e ondas de refugiados cada vez maiores que creio que não se limitarão à Europa
Perdão! Escrevi primeiro e fui conferir depois. Na verdade as diversas fontes (de vários países) dão como mais exata a conta de 77 milhões de cidadão chineses assassinados por Mao.
E de 40 milhões por Stalin.
Fato.
Problema chinês amigo…
Dessa guerra fria, a única coisa boa dela foi o queijo de Chernobyl que comprávamos da holanda…
Esse esforço chinês só fará com que mais um tratado entre a Rússia e EUA desabe, como fizeram com o tratado INF.
Hoje, Rússia e EUA se limitam graças ao New START (válido até 2026) a ter no máximo 1500 ogivas nucleares “estratégicas” e 700 “vetores”.
*As armas táticas não fazem parte desse acordo e portanto, não são limitadas por ele.
Rússia e EUA terão que tirar as suas mais de 4000 armas nucleares estratégicas do estoque e dar uma boa espanada. Provavelmente veremos os Minuteman novamente armados com 3 MIRVs cada e cada Trident com 14 MIRVs.
Vida que segue!
A única e fundamental diferença é que a China tem US$ 3 trilhões disponíveis para comprar o que quiser a curto prazo enquanto a Rússia vai levando a vida e os EUA estão devendo até as cuecas ao Capeta.
Três trilhões equivalentes.
Cerca de 1 trilhão de dólraes em espécie depositados em bancos chineses.
É muita grana.
O ranço americano permeia a sua vida hein. Ilumine sua vida com conhecimento e sabedoria. Infelizmente a sua contribuição nos comentários pouco contribue para ser levado a sério. Uma pena estar virando uma figura folclórica do fórum. Eleve o debate.
Vc ler, para mim, é um grande avanço.
É serio mesmo que vc acredita que algum desses países cumprem esses tipos de tratados?
Não acredito nem deixo de acreditar. Eu sei é que ele existe e tem mecanismos que provê a ambos a capacidade de verificação do seu cumprimento. Agora, se a fadinha do dente esconde ogivas e bombas de um ou outro lado aí realmente eu não faço a mínima ideia. rssss
O que é sabido é que hoje existem no máximo 700 lançadores estratégicos implantados (ICBMS, SLBMs e bombardeiros) de lado a lado e no máximo 1550 ogivas operacionais. Cada bombardeiro conta como sendo um lançador e uma ogiva.
Do lado americano há ainda algo como 1000 “bombas e mísseis ar-sup” lançados por bombardeiros e mais umas 800 bombas táticas, que ambos não são reguladas pelo tratado. Deve haver igual quantidade do lado russo.
O que é um absurdo desse tratado é que ele só regula a quantidade de ogivas lançadas pelos mísseis ditos estratégicos (ICBMs e SLBMs) e a quantidade de bombardeiros estratégicos aptos a lançar armas nucleares e não regula a quantidade de armas disponíveis aos bombardeiros, e como disse, nem as armas táticas. Isso deixa cada país com cerca de 3000 armas nucleares operacionais e mais de 4000 no “congelador”.
Olá Agressor. Os tratados incluem mecanismos de verificação. Por exemplo, no caso do Brasil e Argentina, os dois governos criaram uma agência independente que faz a contabilidade de material nuclear. Os técnicos da ABACC não estão preocupados em como é feito o enriquecimento, mas sim de quanto minério ingressa na usina de enriquecimento, quanto minério é descartado e quanto material enriquecido é produzido. Monitorando estes números, é possível saber se um dos dois países estaria produzindo secretamente material para uma bomba, por exemplo. Também é famosa as fotos dos B52 com asas serradas para serem fotografados pelos satélites soviéticos para a verificação dos acordos de redução de armas nucleares.
Otimo comentário com embasamento técnico. Show.
Olá Bosco. Bom ter notícias suas. Concordo com você que estamos vendo uma corrida armamentista em torno do numero de ogivas nucleares. Contudo, o seu raciocínio também pode ser aplicado em sentido contrário. Os EUA, Russia E CHINA podem assinar um novo tratado Start para a redução das armas nucleares dos EUA e Russia e manutenção do arsenal Chines em números pequenos. Se a China está aumentando o sue arsenal porque EUA e Russia tem arsenais enormes, o caminho é reduzir os arsenais destes dois países para conter a ampliação dos arsenais dos outros países.
Camargoer,
Pelo histórico do que ocorreu com o INF eu temo que não será esse o caminho a ser seguido pelas potências.
Enquanto russos e americanos ficaram por mais de 30 anos sem desenvolver e implantar mísseis de curto e médio alcance lançados de terra os chineses investiram pesadamente nos seus DFs com um monte de números na frente.
Os EUA usou como desculpa o tal sistema Iskander K mas visava mesmo era reverter a vantagem chinesa nesse segmento. Os russos , diga-se de passagem, adoraram, porque também temem os chinas às suas portas.
Não sei quanto aos russos mas os americanos esperam preencher esse gap com os chineses em curto espaço de tempo (5 anos).
Camargoer, eu acho que essa seria a melhor e mais lógica solução também, mas não acredito que a própria China queira embarcar nessa. De fato, acredito que a China elevará em muito os gastos militares no geral e tente alcançar paridade ou até mesmo superar, pelo menos os EUA, em armamento nuclear para forçar um maior nível de gastos nesse tipo de armamento além dos gastos com forças convencionais e de quebra fazer alguma espécie de afirmação política de que pode fazer o que bem entender sem maiores consequências.
Ola Leandro. A redução dos estoques nucleares será o resultado da iniciativa de grandes estadistas. O Barão de Itararé tem um aforismo que se aplica bem para o atual contexto. “de onde menos se espera é de lá que nada sai”. Biden e Putin estão no poder há anos e nunca tiveram qualquer iniciativa em direção á redução dos arsenais nucleares. Eu tenho esperança que Kamala Harris seja a primeira grande estadista do Sex XXI nos EUA. Talvez ela seja capaz de bancar uma iniciativa nesta direção. Gorbachev propôs para Reagan o total banimento das armas nucleares em um encontro em Oslo, mas faltou à Reagan um senso de oportunismo histórico. De onde menos se espera, é de lá que nada sai mesmo. O mais interessante é pensar que acima de uma determinada capacidade nuclear, a ampliação do arsenal é desperdício de recursos. Os militares da Russia e dos EUA conseguiriam ampliar a qualidade de seu equipamento convencional, elevar os rendimentos de seus militares, propiciar melhores condições para seus veteranos (tanto os sadios quando aqueles que sofreram perdas físicas ou emocionais) caso reduzissem seus estoques nucleares. Torço para que Kamala Harris tenha a percepção que a história se abriu para ela se tornar uma das grandes estadistas da história dos EUA. Lembro como Nixon tinha este sendo de oportunidade mas foi consumido pelo escândalo de Watergate, enquanto que Johnson foi revolucionário em relação aos direitos civis mas foi ofuscado por sua mediocridade sobre o Vietnan.
Que desabe! a Rússia consegue construir mais armas nucleares que qualquer nação do mundo, beneficiadas pela maior reserva de plutônio do mundo.
Para quem uma definição para hipocrisia, baseado na matéria acima, dá pra ser um resumo mais ou menos assim: “país X tem mais de 5 mil ICBMs e histórico de invasões a outras nações fica “horrorizada” com o aumento de número de ICBMs do país Y, que com o aumento chegará a, em torno, de 10 a 15% do número total de X.”
Não sou estrategista militar, mas entendo que armas nucleares, que já são as verdadeiras armas de dissuassão – ainda mais agora dotado de hipervelocidade – é o que qualquer país tem que possuir pra realmente se considerar protegido.
NAEs, caças, bombardeiros, tanques, etc são brinquedinhos pra “entreter” senhores barrigudos mais parecidos com árvore de Natal, de tanto badulaques brilhantes pendurados no peito e ombros, em seu momento “juvenil” de se acharem “ases de guerra varonis”.
Diante dessa “testosterona juvenil”, um bom remédio é ter um míssil que viaja a Mach 8, 9 ou 10 programado pra atingir um alvo que seja uma metrópole de 10, 15 milhões de habitantes.
É como se se dissesse: “Okay crianças, saiam da sala, porque agora os adultos (líderes de nações que tem que dar satisfação pro povo e não pra tropas) vão se reunir.”
Guilherme,
Não sei o nível do seu conhecimento em tecnologia militar e aeroespacial, mas desde a década de 50 do século passado que as armas nucleares são lançadas por armas com “hipervelocidade”. Todos os mísseis balísticos, mesmo os de curto alcance, possuem veículos de reentrada (ogivas) com velocidade hipersônica.
Essa ênfase no termo “arma hipersônica” é surreal e faz parte de uma narrativa construída para enganar os ingênuos, não sei com qual objetivo.
*Um ICBM ou SLBM atinge Mach 25, na verdade como sua trajetória é na maior parte no espaço (acima da linha de Karman) não há o que se falar em número Mach sim em quilômetros por segundo, no caso , em torno de 7 km/s.
Ingênuos como os EUA que estão investindo neles? Não faz sentido.
Você é um ser controverso, graças a Deus eu ter um QI acima da média, e sobretudo saber ler para captar no ar essas suas contradições.
Perfeito Bruno
Inimigo (não meu, devo salientar),
Você tem dificuldade de entender o que eu escrevo.
Por “ingênuo” eu me referi aos leitores que se deixam levar pelo termo “armas hipersônicas” , que ao meu ver tem função panfletária. Não me referi às armas ditas hipersônicas. Essas têm função bem definida pelos players que pretendem adotá-las.
Como o Bruno disse abaixo, a China e Rússia as querem num primeiro momento para penetrar as defesas americanas e europeias (comumente denominadas de “escudo antimíssil”) com armas nucleares e para penetrar as defesa navais (Aegis, E-2D/F18) com armas convencionais.
Já os americanos as querem para atingir “alvos de tempo crítico” (time critical targeting).
Esses alvos (TCTs) poderiam ser atingidos igualmente por mísseis balísticos , que são até mais velozes que os “hipersônicos” , mas além de haver algum ganho de alcance usando o conceito “HGV” o que permite armas um pouco menores para um dado alcance, os americanos querem deixar claro que não estão lançando armas nucleares, já que elas são muito associadas aos mísseis balísticos e tal poderia ser mal interpretado pelo inimigo que poderia reagir de forma desproporcional.
Sei que eu explicar não faz diferença tendo em vista sua leitura eivada de preconceitos, mas pelo menos tento me fazer entender.
Valeu!
Mas essas armas atingem essa velocidade na reentrada numa trajetória vertical, onde inclusive eu acredito que de para rastrear o lançamento e o míssil demora um pouco para chegar ao espaço etc
Os novos misseis hipersônicos percorrem uma trajetória horizontal como os misseis de cruzeiro e anti-navio, onde o rastreamento e a interceptação devem ser mais difíceis, além de serem menores e poderem atacar num curtíssimo intervalo de tempo alvos moveis e recém rastreados, os misseis balísticos são mais destinados a alvos fixos.
Munhoz,
O termo “Mach” e “hipersônico” só têm razão de serem adotados em relação a velocidades de “objetos” que se deslocam dentro da atmosfera. Ninguém diz por exemplo que um satélite em órbita está a Mach 25 ou que a Apolo foi para a Lua a Mach 40, porque tais objetos se movem no espaço.
É por isso que chamam esses novos mísseis que se deslocam a maior parte do tempo (80 % para um HGV e 100% para um míssil cruise) dentro da atmosfera de “hipersônicos” e não usam o termo hipersônico para um míssil balístico (no caso me refiro a um ICBM) que se desloca a velocidade hipersônica em apenas 2% de sua trajetória dentro da atmosfera quando reentra e o resto da velocidade “hipersônica” é no espaço.
Eu entendo isso. O problema é que a maioria dos leigos , em vendo a ênfase e insistência nesse termo acham que apenas agora, com esses novos mísseis colocados em operação a partir de 2019 , é que as armas de qualquer tipo conseguiram chegar a essas altas velocidades de deslocamento, o que não é verdade.
Muitos meios de comunicação , por exemplo, no Youtube, vê isso acontecer mas não retorna para explicar que mísseis balísticos já são hipersônicos desde sempre. Isso acontece porque os editores desses canais têm má vontade em interagir com os inscritos ou porque eles também não sabem do que estão falando e só repetem os termos técnicos.
Não acho o termo equivocado, mas me sinto no dever de alertar que velocidades hipersônicas foram atingidas e são adotadas por mísseis há muito tempo, mais precisamente desde a década de 50, pelos mísseis balísticos.
Em relação a um ICBM, ele leva cerca de 30 minutos para percorrer seus , digamos, 13000 km. Sua trajetória é dividida em 3 fases: de impulsão, intermediária e terminal.
A primeira fase ou fase de impulsão é quando os motores estão funcionando e serve para colocar as ogivas fora da atmosfera. Essa fase dura cerca de 3 minutos e quando termina é quando o míssil atinge sua maior velocidade.
A fase intermediária é quando as ogivas já estão no espaço se deslocando a grande velocidade e é constituída por 3 outras subfases: ascendente, apogeu e descendente. Essa fase leva cerca de 27 minutos.
A última fase ou fase terminal é quando as ogivas (na verdade as ogivas estão dentro de veículos de reentrada) reentram na atmosfera a uma altura de uns 60 a 70 km, que é quando o arrasto passa a se fazer sentir , e dura cerca de 20 segundos.
Logo que a primeira fase termina e o último estágio libera a ogiva ou o “post boost” , nos primeiros 3 minutos da trajetória, o míssil já está em velocidade máxima (hipersônica no espaço rssss).
Um ICBM seguindo uma trajetória de máximo alcance (mínima energia) atinge um apogeu por volta de 1200 km de altura e começa a subfase descendente. Até chegar ao apogeu as ogivas perdem cerca de apenas 10% de sua velocidade (cai de cerca de 7 km/s para algo de 6 km/s) e depois começam novamente a acelerar até os 7 km/s até começarem a serem “freadas” pela atmosfera e chegam ao alvo na superfície da Terra com 90% da velocidade máxima. Cerca de 6 km/s.
Dito isso e analisando o que você falou:
“Mas essas armas atingem essa velocidade na reentrada”. Não! A velocidade “hipersônica” é atingida já na primeira fase quando o míssil está com os motores funcionando. Na reentrada na verdade há uma redução de cerca de 10% da velocidade conseguida quando do corte dos motores. 95% da trajetória de um ICBM é “hipersônica”
–
“reentrada numa trajetória vertical”. A reentrada não é vertical e sim bem inclinada. Contra alvos mais próximos um míssil balísticos poderia implementar uma trajetória mais elevada e aí o alvo seria abordado de forma mais vertical, mas geralmente o míssil é lançado procurando otimizar a energia.
–
“onde inclusive eu acredito que de para rastrear” Russos , americanos, chineses e outros têm condições de rastrear o lançamento de mísseis balístico convencionais e de mísseis “balísticos” portadores de HGVs utilizando satélites de alerta de misseis que adotam câmaras de imagem térmica. Não há distinção.
–
“o míssil demora um pouco para chegar ao espaço “. Como disse, no caso de um ICBM cujo tempo de trajeto do lançamento ao impacto é de cerca de 30 minutos, ele demora algo em torno de 3 minutos para chegar ao espaço. Igual seria no caso do HGV Avangard.
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“Os novos misseis hipersônicos percorrem uma trajetória horizontal como os misseis de cruzeiro e anti-navio, onde o rastreamento e a interceptação devem ser mais difíceis” . Se for um míssil cruise com motor aspirado como o Zircon, sim, sua trajetória é completamente horizontal e em nenhum momento ele sai para o espaço. Se for um HGV ele sai verticalmente para o espaço mas o míssil implementa uma trajetória deprimida , mais deitada, onde o apogeu é muito menor do que no caso de um ICBM. Em ambos os casos, mísseis de cruzeiro hipersônico e HGV , pelo apogeu ser menor , pode não ser detectado por alguns radares próximos aos alvos devido a curvatura da Terra (em que pese os EUA ter radares em vários pontos do globo e não apenas no seu território) mas ainda assim esses mísseis estão em grande altitude. Quando alguns artigos dizem que eles voam em baixas altitudes é comparando-os a mísseis balísticos e não aos mísseis de cruzeiro subsônico que voam “sea skimming” a até 2 metros de altura da superfície do mar ou a 30 metros da terra. Para mísseis cruise hipersônicos o que se denomina de “baixa altitude” é algo acima de 20 km e para HGV é algo acima de 40 km.
Quanto ao rastreamento e interceptação serem mais difíceis, não é. Um míssil a velocidade hipersônica (dentro da atmosfera ) gera uma assinatura térmica imensa, além dele estar suficientemente alto para ser detectado a grande distância por um radar na superfície. A 20 km um objeto se coloca em linha direta por um radar com antena a 30 metros (altura da “antena” do radar do Aegis) a 600 km de distância. *Não quer dizer que o Aegis o detecta tão longe porque deve-se levar em consideração o desempenho do radar e o RCS do míssil. Eu chutaria que um Aegis pode detectar um Zircon a uns 200 km de distância, o que dá um tempo de reação na casa dos 90 segundos.
Valeu!
Um país só é respeitado militarmente se possuir capacidade nuclear, países que não tem essas capacidades só brincam de defender seus territórios, e isso é um fato.
alguns usam remédio tarja vermelha para a defesa, que é nada mais que um paliativo, outros usam tarja preta…
E outros usam remédios sem tarja( Soft power), sem eficácia alguma, dependendo de com quem você irá tentar usá-los.
A China cresce em poder e capacidades de forma absurda e a passos beeeeeeeem largos.
A China já tem 3000 ogivas, oficialmente serão sempre 300, a China esta correndo para aumentar a sua capacidade material físsil como plutônio e o uranio ,em 2030 a China vai ter a mesma capacidade de produção de armas nucleares da URSS, serão 1500 ogivas por ano, facilmente poderão ultrapassar a Rússia e os EUA, dai a razão do medo dos EUA em incluírem a China nos tratados internacionais de redução armamentista.
Estranho é que estes pontos não aparecem no Google Maps ou no Earth… vai ver, foram construídos nos últimos cinco meses.
Off-Topic:
Presidente dos EUA alertou para a possível ameaça de guerra com a Rússia devido a supostos ataques cibernéticos e alegou que a Rússia já estaria interferindo nas eleições de meio de mandato do próximo ano.
Nesta terça-feira (27), o presidente norte-americano, Joe Biden, durante discurso para a comunidade de inteligência dos Estados Unidos, alertou sobre a possível ameaça de guerra com a Rússia, resultante de alegados ataques cibernéticos, e afirmou que Moscou já estaria intervindo nas eleições de 2022.
“Acho mais provável que acabemos em guerra, uma verdadeira guerra de tiros com uma grande potência. Será consequência de uma violação cibernética, de grande importância”, disse Biden na visita ao Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional.
No mesmo dia de manhã, o presidente dos EUA recebeu um relatório de inteligência alegando que Moscou já interfere nos preparativos para as próximas eleições nos Estados Unidos.
Comentando sua recente reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Genebra, Biden disse que “ele [Putin] sabe que vocês são melhores que o time dele e isso o incomoda demais”.
Em março, a inteligência norte-americana acusou a Rússia de interferência na eleição presidencial de 2020. A Embaixada da Rússia em Washington disse em comunicado que as acusações são totalmente infundadas e que não foram fornecidas evidências das alegações. Um relatório da inteligência dos EUA sobre as ameaças estrangeiras às eleições de 2020 afirma que Vladimir Putin autorizou esforços para minar o então candidato democrata Joe Biden.
Biden se gabou de que os serviços de inteligência dos EUA eram superiores aos russos e disse que Putin tinha “um problema real”.
“Ele está sentado no topo de uma economia que tem armas nucleares e poços de petróleo e nada mais. Nada mais. A economia deles é o quê? A oitava menor do mundo agora? Ele sabe que está com problemas reais, o que o torna ainda mais perigoso, a meu ver”, disse Biden.
O Kremlin disse nesta quarta-feira (28) que a avaliação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que a Rússia só tinha “armas nucleares e petróleo” era irreal e revelava falta de conhecimento sobre o país.
Gostaria de ver até onde esse velho senil iria…Os primeiros a se ferrarem seriam os aliados europeus caso ele tomasse uma atitude hostil contra Moscou.
Certamente João Bidé só quer demonstrar sua virilidade com essas insinuações bélicas…
Quem pode ter Hard power é assim mesmo ! Quem não pode fica só no soft power e com um poder militar faz de conta…
O Japão tem o maior estoque de plutônio do mundo, suficiente para produzir mais de 5 mil ogivas nucleares.
Quem pode ter Hard power é assim mesmo ! Quem não pode fica só no soft power e com um poder militar faz de conta…
Em comentários passados eu já tinha dito que a China não ia ficar com apenas 350 ogivas, é óbvio que ninguém vai reclamar quando a maior economia do mundo tiver umas 2000 ogivas