Saab recebe pedido de munição Carl-Gustaf® das Forças Armadas dos EUA
A Saab recebeu um pedido dos Exército dos EUA para munição Carl-Gustaf®, de aproximadamente US$ 75 milhões. As entregas ocorrerão em 2022
O pedido de munição para o sistema de armas de ombro portátil multifuncional está dentro do acordo de Entrega Indefinida, Quantidade Indefinida (do inglês, Indefinite Delivery, Indefinite Quantity – IDIQ).
O contrato foi assinado em 2019 entre a Saab e o Exército dos EUA, permitindo ao cliente fazer pedidos de munição Carl-Gustaf® e de sistemas de armas de ombro AT4 descartáveis durante um período de cinco anos.
A entrega para o Exército e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA será composta por sete tipos diferentes de munição, incluindo cartuchos anti-blindagem, anti-estrutura, fumaça e iluminação, todos enfatizando a versatilidade do sistema multifuncional Carl-Gustaf.
“O Carl-Gustaf é uma plataforma de arma moderna e flexível projetada pela Saab para atender às necessidades atuais e futuras das tropas em todos os ambientes de combate. Nossa munição Carl-Gustaf torna nossa arma adaptável e oferece efeitos garantidos contra veículos blindados, alvos fáceis e estruturas urbanas. Temos muito orgulho dos 35 anos de história da Saab no fornecimento de nossa família de sistemas de armas comprovados em combate para as Forças Armadas dos EUA”, disse Erik Smith, presidente e CEO da Saab nos EUA.
O sistema Carl-Gustaf da Saab (designado MAAWS nos EUA) tem um histórico longo e comprovado com os militares dos EUA. O sistema multifuncional recarregável está em serviço nos Estados Unidos desde 1990, um programa recorde para o Exército dos Estados Unidos desde 2013. Em 2018, o exército americano anunciou que adquirirá a versão mais recente da arma, a Carl-Gustaf M4 (designado M3E1 nos EUA).
O pedido foi registrado durante o segundo trimestre de 2021.
Sobre a Saab
A Saab é líder no segmento de defesa e segurança e tem a contínua missão de ajudar nações a manter a segurança da população e da sociedade.
Com a força de 18.000 talentos, a Saab está em constante expansão das fronteiras tecnológicas para criar um mundo mais seguro, sustentável e igualitário.
A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados em aeronáutica, armamentos, comando e controle, além de sensores e sistemas subaquáticos.
A sede da empresa localiza-se na Suécia. A Saab tem operações de grande porte em todo o mundo e configura entre os recursos de defesa de diversas nações.
DIVULGAÇÃO: Saab / Publicis Consultants
Peço desculpas pela pergunta um “pouco” fora do tema, mas gostaria de saber o que resultou do projeto ALAC?
Como praticamente todo projeto militar brasileiro, ou não divulgam o progresso do seu desenvolvimento, ou como acontece em boa parte das ocasiões não saem do papel ou tem apenas meia dúzia de protótipos jogados em algum canto juntando poeira até se tornar defasado, ALAC tem um bom tempo que não vejo nada referente a ele.
Faz tempo que nada e divulgado, por isso a curiosidade. Agradeço a resposta.
Realmente, faz tempo que não temos notícias do ALAC.
Igualmente do MSS 1.2, onde existem muitas notícias mas nenhuma concreta se estão em uso pelo nosso EB. Caso alguém tenha alguma novidade desse também compartilhe conosco.
Mesmo o RPG custando cerca de 10% em relação ao Carl Gustav AT4, eles podem ser considerados concorrentes?
A função e a mesma, sendo foguetes leves anticarro. O AT4 é inferior por ser descartável. Usou joga fora vira bolsa de madame. Tem RPG-7 no Afeganistão com 35 anos de uso, já ajudou a expulsar soviéticos, americanos, terroristas do estado islâmico, sobre os ombros, talvez, do mesmo operador kkk mujahedeens guerreiros sagrados, homens santos. Deus está com eles quem pode enfrentá-los?
Inferior por ser descartável? Se o RPG-7 é tão assim superior, por que os soviéticos/russos desenvolveram o RPG-18, RPG-22, RPG-22, RPO… ? Todos descartáveis.
Estes são recarregáveis.
Não percebi a parte no texto de sistemas descartáveis.
Armas recarregáveis demandam treinamento especializado e geralmente precisar de uma guarnição para serem operadas com o máximo de eficiência.
Também existe a limitação de só realizarem um disparo por vez, o que limita o volume dos fogos. Por exemplo: dois homens armados com AT4 podem efetuar dois disparos simuntâneos, cada um de uma direção, enquanto um armado com RPG-7 só pode disparar uma vez de uma direção.
Sistemas recarregáveis são constituídos por lançador/peça e a munição, o que acrescenta mais peso e volume caso sejam transportados por um homem só. Se dividir por dois ou mais, ainda terá um atirador, enquanto dois homens com AT4 são dois atiradores.
No EB e no Ocidente em geral as armas descartáveis são empregadas no nível GC e as recarregáveis em frações de apoio.
Penso que esse conceito é ideal para a infantaria blindada, pois é aquela que enfrentará a força blindada inimiga no campo de batalha. A lógica é simples: eu lanço centenas de homens armados com AT-4 ou similar para tentar destruir ou danificar o máximo de blindados inimigos. Em outros cenários eu prefiro o versátil Carl Gustav. Além disso, a versão padrão AT-4 (e provavelmente o ALAC) é inadequada em combate urbano, pois não pode disparar em espaços confinados (a versão para disparar em espaços confinados é o AT-4CS). Para ações de comandos e guerra na selva eu prefiro carregar 2 leves M72 em vez de 1 AT-4. Os mexicanos possuem uma mochila especial capaz de transportar 4 M72. Lembrando que o Lança rojão é usado pelas tropas de selva, essencialmente, para destruir casamatas e outras estruturas.
No Exército Brasileiro o AT4 é arma nível GC, um por Esquadra. O Carl Gustav é arma nível subunidade, sendo três peças por Companhia de Fuzileiros.
“Se dividir por dois ou mais, ainda terá um atirador, enquanto dois homens com AT4 são dois atiradores.”
E dois homens com sistemas recarregáveis são dois atiradores também! Você aumenta ou 1 sistema ou 1 homem por esquadra. Cada um leva até 3 munições e pode colocar mais 1 munição em cada membro, caso queira. Você ainda teria seus 2 atiradores, mas em vez de 2 tiros, teria 3 tiros por atirador e, se quisesse, mais 1 tiro por membro da esquadra.. Entre 6 e 9 tiros.
É, mas isso implica em mais peso e volume a ser transportado. Ja imaginou assaltar uma posição com isso tudo pendurado em você? Executar lanços sucessivos? É por isso que o GC russo so tem um RPG-7. Duas peças limitaria a mobilidade de todo o GC. Um Carl Gustav seria um inferno.
Aqui se leva dois AT4 por GC.
O ALAC não faz sentido. É uma arma com 300 m de alcance útil, contra mais de 1 km do canhão do Cascavel.
Mas que inveja!!
Adoro este sistema…top!
Daqui a 10 anos o EB compra um lote de 30 M4 Carl Gustav
O pessoal disse ALAC? Trata-se de outro mistério do EB. Curiosamente, em todos manuais recentes e propagandas institucionais é citado o AT-4 e não o ALAC.
E o EB?! Tem Alguns “Carlos Gustavo” como armamento?
O EB possui o M3. Já li algo como 150 adquiridos.
A doutrina preconiza que cada Batalhão de Infantaria tenha 9 peças. Temos mais de 80 batalhões…
Não é pouco por batalhão?
E uma dotação excelente, que garante grande poder de fogo. E está em par com de forças com grandes recursos financeiros e materiais, sendo a mesma dos batalhões Rangers americanos, por exemplo.
O problema é que não é algo concreto. Dos batalhões que dispõem do Carl Gustav, a maioria os aglutina na Companhia de Comando, algo como 4 peças, ao invés das 9, 3 por Companhia.
Grande Saab, fornecendo para o maior e invencível exercício do mundo.
Só mostra as qualidade como uma das grandes fabricantes de armamentos mundial.