China

O porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, disse que o grupo dá as boas-vindas aos investimentos chineses na reconstrução e garantiria a segurança de investidores e trabalhadores

O Talibã vê a China como um “amigo” do Afeganistão e espera conversar com Pequim sobre investir no trabalho de reconstrução “o mais rápido possível”, disse o porta-voz do grupo, Suhail Shaheen, na quarta-feira (7/7).

Em entrevista exclusiva ao South China Morning Post, Suhail disse que o Talibã agora controla 85 por cento do país e que garantiria a segurança dos investidores e trabalhadores chineses se eles retornassem.

“Nós damos as boas-vindas a eles. Se eles têm investimentos, é claro que garantimos sua segurança. A segurança deles é muito importante para nós”, disse ele por telefone.

Depois de capturar cerca de um terço dos distritos do Afeganistão na ofensiva deste verão, o Talibã varreu esta semana a província de Badakhshan, no nordeste, chegando à fronteira montanhosa com a região chinesa de Xinjiang.

Considerando as conexões históricas do Talibã com os grupos militantes uigur de Xinjiang afiliados à Al Qaeda, esse avanço teria causado alarme em Pequim no passado. Hoje em dia, no entanto, o Talibã faz de tudo para acalmar as preocupações da China, ansioso para garantir a aquiescência de Pequim ao seu governo.

“O Talibã quer mostrar boa vontade à China”, disse Qian Feng, chefe de pesquisa do Instituto de Estratégia Nacional da Universidade de Tsinghua, em Pequim. “Eles esperam que a China possa desempenhar um papel mais importante, especialmente depois que os Estados Unidos retirarem suas tropas.”

Com a retirada militar americana quase completa, a influência da China na região está crescendo, em parte por meio do relacionamento estratégico de Pequim com o principal apoiador do Talibã, o Paquistão.

A China também está se tornando cada vez mais influente nos estados da Ásia Central que fazem fronteira com o Afeganistão ao norte. Cientes das sensibilidades de Pequim, todos esses países há muito evitam condenar o encarceramento em massa de outros muçulmanos em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos lá.

Embora o Talibã não seja tão silencioso sobre o assunto, eles encontram um bom equilíbrio entre seu compromisso com as causas islâmicas globais e convencer Pequim de que um governo talibã em Cabul não ameaçaria a estabilidade da China. Uma avaliação recente da inteligência dos EUA estimou que o atual governo afegão pode cair nas mãos da insurgência seis meses após a retirada americana.

FONTE: South China Morning Post / Wall Street Journal

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

94 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Antonio Palhares
Antonio Palhares
3 anos atrás

A habilidade, a paciência e a discrição Chinesas. Farão o que a cultura ocidental eivadas de preconceitos e arrogância. Não fizeram . Agora os Chineses ficarão por muito e muito tempo.

pangloss
pangloss
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

Sei não, mas acho que o radicalismo do Talibã não recomenda muita aproximação, nem mesmo dos pragmáticos chineses.

C M
C M
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

É cada uma…

A “cultura oriental”, “eivada de preconceitos e arrogância”, prende uigures (chineses muçulmanos) em campos de concentração.

Por que omitiu deste detalhe?

Jonny BR
Jonny BR
Responder para  C M
3 anos atrás

O que os Chineses fazem é de fato condenável, mas nada de jovo so. O sol, vide os EUA em Guantanamo e Abu Gharaib

C M
C M
Responder para  Jonny BR
3 anos atrás

Com certeza o primeiro objetivo dos americanos não era a prosperidade do povo afegão. Talvez nem o último.

Mas daí dizer que os chineses, que prendem uigures em campos de concentração, não possuem “preconceitos e arrogância” é bobagem.

Isto é uma idealização das práticas da China que não corresponde à verdade.

A C
A C
Responder para  C M
3 anos atrás

Caro C M,
Os chineses tambem sao capazes de falar a lingua dos Taliba. Nao vou falar qual eh mas aqui vai uma pi$ta… <silencio>

USS Independence
Responder para  A C
3 anos atrás

O dinheiro fala mais alto que qualquer ideologia ou religião.
Para os Talibãs a China pode destroçar os Uigures, o que importa mesmo é o dinheiro que eles poderão botar a mão.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  C M
3 anos atrás

C M. Eles não fizeram nada que os ocidentais não estejam acostumados a fazer. Agora certamente, se não insistirem em conceitos vagos sobre democracia ocidental, conversão de religiosos, drogas, e outros comportamentos sociais exóticos. Não terão problemas. São competentes para fazerem negócios. Basta ver o legado americano de quase vinte de invasão.

Hélio
Hélio
Responder para  C M
3 anos atrás

Não, só bombardeira seus países e financiam grupos terroristas para lutarem entre si e exterminar suas populações.

Antonio Cançado
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

Eu sempre me pergunto que tipo de pessoa apóia, defende e gosta de regimes autoritários e tirânicos, e ainda por cima tem simpatia por grupos terroristas assassinos…

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Principalmente quem não apoia grupos terroristas, cortadores de cabeças, destruidores de patrimonio da humanidade. Recrutados, treinados e mantidos por uma potencia estrangeira. Chamados de oposição moderada.
Para derrubar um governo legítimo de um pais soberano, que faz parte da ONU. Concordo com o senhor.

ALISON
ALISON
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

Com ctz

ALISON
ALISON
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Vdd… Devia perguntar aos EUA pq não invade logo o maior cometedor de violações aos Direitos Humanos do Mundo que, por coincidência, é tb o maior produtor de Petróleo… Assim vc pode traçar um perfil dos Governantes Americanos…

Coronel James Braddock
Coronel James Braddock
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

Bobagem

Bruno
Bruno
Responder para  Antonio Palhares
3 anos atrás

ficarão mesmo, apoiando grupos terroristas como o talibã.

Pedro Bó
Pedro Bó
3 anos atrás

No mínimo curiosa essa “parceria”, porque chineses não são simpáticos e nem tolerantes ao Islamismo radical, vide a forma como lidam com os uigures.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

A China é pragmática. Eles irão fazer negócios com quem quer que seja, independentemente dos valores e condutas de um país, mas que seja benéfica para a China essa relação comercial.

Veja como eles pretendem pacificar o Afeganistão: https://www.statecraft.co.in/article/china-offers-infrastructure-investment-to-the-taliban-in-exchange-for-peace-in-afghanistan

Pedro Bó
Pedro Bó
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Nas entrelinhas eu não me referia ao pragmatismo chinês, mas sim ao fato de que grupos islâmicos radicais e terroristas como o Hezbollah, Daesh e o próprio Talibã mantém-se silentes quando se refere ao tratamento chinês aos muçulmanos em seu território. Puxando pela memória, não vi até hoje um grupo desses ameaçando levar a “guerra santa” aos chineses.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Na realidade, os uigures estão bastante presentes no Taliban, muitos deles vão com passaporte turco para se juntar aos jihadistas no Afeganistão, a questão dos uigures se expandiu muito além das fronteiras da China.

A questão uigur é geralmente vista como um problema de segurança interna chinesa, mas alguns analistas argumentam que ela também deve ser considerada no contexto da crescente jihad global e do fundamentalismo islâmico. O ponto crucial é que o caso uigur está sendo cada vez mais sequestrado pelos movimentos jihadistas, principalmente no Afeganistão, onde vários militantes uigures estão lutando ao lado do Taliban e da Al Qaeda.

De acordo com fontes chinesas, militantes uigures usam passaportes turcos falsos para entrar no Afeganistão e no Paquistão para ingressar em grupos extremistas. Nos campos afegãos e paquistanês, fortemente financiados pela Arábia Saudita, os uigures recebem doutrinação ideológica e também treinamento militar.

Muitos dos lutadores uigures são organizados sob um grupo guarda-chuva chamado “Movimento Islâmico do Turquestão Oriental” ou MITO. O MITO foi listado como um dos “grupos separatistas mais radicais”. De acordo com a ONU, o MITO está associado à Al Qaeda e acredita-se que seus combatentes tenham lutado ao lado deles e do Taleban no Afeganistão contra as tropas da OTAN. Além disso, os uigures receberam treinamento de combate na Chechênia e estiveram envolvidos em atividades terroristas no Quirguistão. Consta que o MITO também enviou seus membros para lutar pelo Estado Islâmico(EI) na Síria.

O EI declarou jihad contra a China sob o argumento de que Pequim está maltratando a população muçulmana uigur. Esta clássica propaganda jihadista sunita baseada na perseguição aos uigures é evidente em vídeos e outros materiais jihadistas nos quais o EI pede por uma jihad global e um levante na China.

Pequim impôs regulamentações mais severas contra os uigures e aumentou o orçamento de segurança para Xinjiang. Como resultado, as tensões entre os uigures e a maioria dos chineses han aumentaram dramaticamente. Conflitos e motins violentos eclodiram entre as duas comunidades desde 2009, que resultaram em centenas de mortes. Outra onda de violência ocorreu em 2012. Isso levou muitos uigures a fugir da China – legal e ilegalmente – para outros países.

No passado, Islamabad agiu contra grupos militantes que realizavam atividades anti-chinesas. No entanto, isso aconteceu em solo paquistanês e não incluiu o Afeganistão ou o Talibã afegão. Quando se trata do Afeganistão, parece que o Paquistão e a China não estão na mesma sintonia.

Alcançar a paz no Afeganistão não é o principal objetivo ou preocupação de Islamabad. A política afegã do Paquistão é impulsionada por sua rivalidade com a Índia, que visa minimizar a influência de Nova Deli sobre sua vizinhança ocidental e garantir que um governo amigo do Paquistão esteja no poder em Cabul. Mesmo que Islamabad decida usar sua influência para proteger os interesses chineses sobre os militantes uigures, não tenho certeza se pode convencer várias facções do Taleban afegão e grupos afiliados a mudar suas estratégias.

Na região Af-Pak, os uigures da China provaram ser não apenas uma fonte incomum de atrito nos laços China-Paquistão e Afeganistão-Paquistão, mas também aumentaram a instabilidade regional. Nesse contexto, é importante observar que até o início da década de 1990, os governos paquistaneses adotaram uma atitude muito leniente em relação à presença uigur nas áreas tribais do noroeste e permaneceram indiferentes à causa separatista na China. Essa política mudou no final da década de 1990 para apaziguar Pequim, que se sentia cada vez mais desconfortável com o fato de que a região tribal sem lei do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão, havia se transformado em um santuário para extremistas uigures.

A maior preocupação de Pequim continua sendo que os uigures estejam usando o território do Paquistão para criar agitação no oeste da China. Como tal, a China espera que o Paquistão aja de forma mais agressiva contra esses militantes.

A questão dos uigures se expande desde a Turquia com o seu “panturquismo” em Xinjiang, a questão do Taliban e as suas diversas facções tanto pró quanto contra os uigures, a questão da política dos uigures do Paquistão no Afeganistão assim como no próprio território, além das tensões em Xinjiang entre os chineses han e os uigures.

Essa questão é muito mais complexa do que muita gente faz parecer. Na realidade, entre chineses e uigures, nem se pode definir entre o bom e o ruim, todos são ruins, vide as políticas jihadistas dos uigures na Ásia Central.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Leia essa matéria para entender o mínimo sobre a complexidade dessa situação: https://foreignpolicy.com/2021/01/27/afghanistan-china-spy-ring-mcc-mining-negotiations-mineral-wealth/

Hcosta
Hcosta
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Talvez a questão mais perigosa não seja a religiosa mas o risco de independência da região e as consequências para um regime autoritário.
E combate-se com a imposição de uma identidade chinesa e a eliminação da identidade local.

USS Independence
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

O dinheiro é nesse caso a linguagem universal…
Os Tabibãs que abram o olho. Os chineses são perseverantes e pacientes. Com o tempo irão dominar o Afeganistão e nada mais restará de sua independência ou autonomia.

Jagdverband#44
Jagdverband#44
3 anos atrás

Reconstrução de que? Nunca tiveram nada.
Só plantação de papoulas.
Não assistiram Rambo II não?

Kommander
Kommander
Responder para  Jagdverband#44
3 anos atrás

Não sabia que Rambo 2 se passava no Afeganistão.

carcara_br
carcara_br
3 anos atrás

A diferença entre levar estrada e B-52.
Esse negócio de softpower serve pra nada…

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Exatamente.
O Afeganistão ganhará muito tornando-se caminho para a Iniciativa Belt & Road.
E sacramenta a expulsão dos americanos da Ásia Central.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

No mínimo vai diminuir o valor do frete da papoula, mas eventualmente tornará mais simples aos afegãos comprar bugigangas no aliExpress, ou remédios pras suas cabras e depois vender sua carne. As vezes aquele nível a laser baratinho usado na construção civil vai chegar rapidinho.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Ao que parece, o Afeganistão oferece boas rotas para mercadorias, oleodutos e gasodutos.

Hcosta
Hcosta
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Os EUA gastaram muitos biliões em infra estruturas.
Ao contrário do Iraque os combates eram em zonas rurais e com pouca infraestrutura.
Os Talibans destruíram muita coisa que os EUA construíram.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Tá cheio de fã boy que não entende. Veja o caso do nosso presidente.
Detonou os Chinas e depois foi “pianinho” comer nas mãos deles.

FERNANDO
FERNANDO
3 anos atrás

Arrisca do Talibã se tornar democrático, o Afeganistão se tornar um dos países mais desenvolvidos do mundo, e o Brasil continuar sendo a mesma MERDA que sempre foi.
Querem apostar???

Kommander
Kommander
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Eu não duvido nada, melhor nem apostar hehe

Michel
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Colega, há sutis verdades em suas palavras. Portanto, não apostarei.

Filipe
Filipe
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Desculpa Fernando, mas vc jogou pesado…

Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

Os yanques sentaram na graxa !
milhares de americanos perderam suas vidas em troca de nada

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

E a ‘intervenção’ custou US$ 1 trilhão aos cofres americanos.
Desastre total.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

E os yankees podem deixar cair no colo dos chineses um país com reservas minerais de USD 1TRI de dólares…

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Adriano Madureira
3 anos atrás

Exato! Lítio, Cobre , terras raras…

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Adriano Madureira
3 anos atrás

Os competentes Yankes…

Pedro
Pedro
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

E quam ia bancar a LM, BOEING e demais? Lembra que a Alemanha era um país voltando para a guerra? Sua máquina estatal, militar e principalmente industrial era alimentada pela guerra. Isso ocorre da mesma forma, só que em menor grau nos USA. $$$$$$$$$$$$$

C M
C M
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Os lobistas da indústria armamentista ganharam bastante, pode ter certeza.

Eles transitam entre Republicanos e Democratas com a maior facilidade, levando e trazendo malas com fartas promessas. Tudo legalizado.

Antonio Cançado
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Mais que os americanos, perderam o Afeganistão e os afegãos. Não por acaso conhecido por ‘cemitério de impérios’, como bem sabem os britânicos e os soviéticos. Agora os protoimperialistas chineses também saberão

Jonny BR
Jonny BR
3 anos atrás

Os Chineses serão o primeiro império a levar ordem e progresso a esta grande e vasto país, poderiam começar com uma boa e velha ferrovia,
Desejo sorte ais Chineses.

Fabio Araujo
Fabio Araujo
3 anos atrás

Acreidte quem quiser que o Talebã vai ficar quieto por muito tempo vendo os irmãs de fé sendo perseguidos na China. No começo vão cumprir com a palavra, mas depois vão começar a apoiar os Uigures e questão de fé para eles combater os infiéis!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fabio Araujo
3 anos atrás

Pra vc ver que esse papo furado de uigur não cola, né?

Pedro
Pedro
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Como assim papo furado? Você é a favor de extermínio de minorias étnicas e religiosas?

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

É uma excepcional notícia.
Que traga paz e prosperidade ao povo afegão.

Antonio Cançado
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Pena que vc não pode ouvir a gargalhada alta que soltei aqui…

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Nem a minha sabendo da derrota americana e o trilhão de dólares jogados fora.
Isso não tem preço.

Michel
3 anos atrás

Enquanto a nação do norte levou ocupação militar, guerra, matança, humilhação para os afegãos mortos e os vivos – os militares estadunidenses, por exemplo, urinavam em cima dos cadáveres dos adversários tombados -, toneladas de lixo a céu aberto foram deixados sem tratamento algum, preconceito contra os locais, etc., a China ocupará o Afeganistão através do caminho suave.
Definitivamente a roda do tempo volta-se para os Caminhos do Oriente.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Michel
3 anos atrás

Perfeito.
O futuro está no Oriente.

Antonio Cançado
3 anos atrás

Se os terroristas assassinos gostam da China, é porquê a China não é boa “pessoa”…

Michel
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Depende de quais terroristas você esteja se referindo.
Os locais ou àqueles que vêm do norte, financiam os terroristas locais e, logo após, quando a água sobe, se fazem de bonzinhos e também colocam o terror? Ou ambos?

Matheus
Matheus
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

“O Terrorista de alguns, são heróis para outros”.

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Terroristas assassinos tipo os tais terroristas “moderados” apoiados pelos Estados Unidos, Europa Ocidente e Israel na Síria e expulsos de lá pela Rússia e Irã na bala?

Hcosta
Hcosta
3 anos atrás

Também está na altura de a China começar a ter alguma responsabilidade.
Se mantiver a pressão para as coisas não piorarem e não regressarem, na pior das hipóteses, ao mesmo nível de 2000, então muito bem que o façam.
Mas é preciso assumir mais responsabilidade por isso. Não basta assinar acordos económicos. Se correr mal, serem também responsabilizados e não andar a encobrir um regime sanguinário, como é normal nestas situações.

SmokingSnake ?
SmokingSnake ?
3 anos atrás

A China é o único país sem escrúpulos que apoiaria o governo desses terroristas, até a hora que começar a se voltar contra eles e não vai demorar muito já que a China já tem problemas com islâmicos no seu território.

Pablo Maroka
Pablo Maroka
Responder para  SmokingSnake ?
3 anos atrás

estou enojado!

Hélio
Hélio
Responder para  SmokingSnake ?
3 anos atrás

Já se esqueceu que quem criou, apoiou, armou e treinou o talibã foram os seus amados americanos? Aliás, fizeram o mesmo com a Al Qaeda, com o ISIS e todos os outros que você chama de assassinos.

Filipe
Filipe
3 anos atrás

Os Chineses precisão do Afeganistão por ser um ponto geográfico estratégico, os Chineses são Aliados do Paquistão, o Paquistão é o país que mais influência tem no Afeganistão, logo nada mais natural do que os Talibãs recebam o dinheiro chinês, construção de infraestruturas , mas sem a mudança de regime.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Filipe
3 anos atrás

O Afeganistão está ‘cercado’ por algumas ex-Repúblicas Soviéticas, Irã, China e Paquistão.
Ou seja, tudo sobre controle russo-chinês.
Os EUA foram expulsos da região.
Em tempo: Washington está tentando negociar com algumas dessas ex-Repúblicas a presença de algum efetivo americano para monitorar os afegãos.
Mais um efeito da derrota militar que tiveram.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

Bem que eu já havia falado há muito tempo…

Quando os eua saíssem do Afeganistão, eles provavelmente poderiam cair no colo da China, certamente ter um novo amigo com trilhões de dólares em reservas minerais e precisando de infraestruturas como saneamento, estradas, habitações entre outras demandas cai muito bem…

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

Vocês acham mesmo que a China se importa com quem terá que negociar???⁉️ Sejam esses um governo talibã ou democrático ?⁉️

Eles querem negociar‼️ Me veio a cabeça uma frase do vilão de um dos filmes de 007:

Dominic Greene : “Você deve saber algo sobre mim e as pessoas com quem trabalho. Lidamos com a esquerda ou com a direita, com ditadores ou libertadores. Se o atual presidente fosse mais agradável, eu não estaria falando com você. Então, se você decidir não assinar, você vai acordar com o saco na boca e seu substituto disposto ao seu lado. Se você duvida disso, atire em mim, pegue o dinheiro e tenha uma boa noite de sono”.

Então acho que indiferente da ideologia política, vertente religiosa , os chineses solicitamente estarão a postos para dialogar…

Welder
Welder
3 anos atrás

Eu acho que a maioria das pessoas não esperava por isso. Subestimarão a capacidade diplomatica do talibã. Mas, pensando bem os EUA deve ter feito muita besteira no afeganistão, a ponto do talibã ignora a questão dos iugures e considera uma aliançã com os chineses. (para devolver a porrada no futuro).

Doug385
Doug385
3 anos atrás

É o pragmatismo chinês. Ao invés de levarem democracia, vão levar dinheiro e talvez até alguns AK-47. Não estão nem aí para o que o Talibã faz.

Heinz Guderian
Heinz Guderian
3 anos atrás

Essa relação tem tudo para da errado na minha visão, pode até da certo no começo, mas depois…
A china mantem uigures em campos de “reeducação” , é um nome mais bonitinho do que “concentração” , uma hora ou outra alguém dentro do talibã pode não concordar e assim começar um conflito interno, e o final todos já sabem..
Ai a China vai querer defender seus interesses, consequentemente pode usar seu poder militar, bem, ai ela vai entrar num atoleiro, o mesmo que a URSS e EUA entraram.
Não se negocia com terroristas, os EUA fizeram isso e quebraram a cara.
Aguardemos os próximos capítulos..

Segatto
Segatto
Responder para  Heinz Guderian
3 anos atrás

A China construiu muitos arranha-céus nas duas últimas décadas, alvos potenciais existem ao monte

FABIO MAX MARSCHNER MAYER
FABIO MAX MARSCHNER MAYER
3 anos atrás

A China vai arranjar o seu Afeganistão, provavelmente com os mesmos resultados do Afeganistão da URSS e o Vietnã dos Americanos…

Segatto
Segatto
Responder para  FABIO MAX MARSCHNER MAYER
3 anos atrás

Ou invadir o Vietnã de novo…

Rodrigo
Rodrigo
3 anos atrás
Wellington
Wellington
3 anos atrás

Parece que a próxima guerra do Afeganistão será contra a China.

Segatto
Segatto
3 anos atrás

Depois dos britânicos, soviéticos, americanos, agora é a vez da China, vai lá China, vai que é tua, uhehueuhe

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Segatto
3 anos atrás

Britânicos,soviéticos,americanos e chineses não são de nada ! É porque esses afegãos folgados não conhecem nosso Hard Power e nosso jeitinho Brasileiro…

Basta enviar um grupo de operações especiais do centrão e esses barbudos de chinelo nos pés sentam a mesa para negociar…

comment image

Segatto
Segatto
Responder para  Adriano Madureira
3 anos atrás

Olha, você me deu uma ideia, o Afeganistão é o principal produtor de heroína do mundo, reúne os traficantes e envia dizendo que se eles tomarem o país a boca de droga afegã será deles, dou 5 meses para o Talibã e outras guerrilhas caírem frente ao poder bélico de nossos traficantes, dizem que o terreno montanhoso torna as operações difíceis, enquanto isso temos algumas divisões de tropas traficas treinando nos morros cariocas desde que nasceram, os islâmicos não terão chance

Heinz Guderian
Heinz Guderian
Responder para  Segatto
3 anos atrás

Pior que é mesmo, aqui no Brasil temos facções tão sanguinárias quanto esses grupos terroristas.
Na verdade, narcotraficantes, milicianos, deveriam ser classificados como terroristas, não é normal um “bando” de indivíduos de fuzis, metralhadoras na rua, aliciando crianças e tendo seu próprio tribunal, matando, roubando, e abusando de moradores.
Mas, alguém ou alguns, do topo da pirâmide lucram muito com isso, por isso vivemos esse terror aqui no Brasil, como expoente máximo o RJ, mas que já se disseminou para outras regiões. Muito triste e preocupante.
Estamos caminhando a passos largos para virar um México da vida, nesse quesito.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Segatto
3 anos atrás

comment image

Zorann
Zorann
3 anos atrás

A China compra e vende sem se preocupar com sistemas de governo. E ela está certa. Se é lucrativo para o povo de seu país, tem de comercializar mesmo.

And
And
3 anos atrás

Europeus e Americanos destroem e matam, Chineses constroem e da acesso a tecnologia e sua bugigangas.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  And
3 anos atrás

Os chineses são os portugueses do século XXI, com seus “espelhos e panelas”…

sub urbano
sub urbano
Responder para  Adriano Madureira
3 anos atrás

Eu ja acho o modus operandi deles mais parecido com o dos holandeses na epoca das navegações.

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  And
3 anos atrás

Você deve ter chegado a essa conclusão enquanto cavalgava no seu unicórnio azul acompanhado da fada sininho não? Não sabia que nações eram só maus ou só bons … pelo jeito faltou a um montão de aulas de história na escola.

Hoplita
Hoplita
3 anos atrás

A saída atabalhoada dos EUA do Afeganistão representa uma derrota estratégica – política e militar – maior do que pensamos. Vejamos:

A ocupação “punitiva” ao Talibã fracassou. Logo, o objetivo estratégico não foi alcançado. A ideologia do radicalismo islâmico e os campos de treinamento guerrilheiro mantem-se tal qual antes. Agora serão oficializados como parte do novo poder estatal. Um novo Osama Bin Laden sempre pode reaparecer.

O governo títere financiado pelo contribuinte dos EUA e por nós (através do sistema de crédito e juros da dívida pública do EUA) cairá em questão de meses. Bilhões de dólares em investimentos perdidos ou entregues ao Talibã.

No vácuo da interferência externa, os vizinhos, notadamente o Paquistão e o Irã, influenciarão o novo poder ascendente. Ambos, em vários níveis e por motivos distintos, com fortes diferenças com os EUA.

A China é a potencia que mais lucrará com a derrota dos EUA. Ao contrário dos americanos, ela não irá interferir militarmente na região. Não precisa. Tem interlocutores confiáveis (o Paquistão) para tratar de assuntos do seu interesse; vai financiar e construir obras porque também é do seu interesse. Do ponto de vista geopolítico a “terra do meio” passa a ser um corredor e cinturão de investimentos, sobretudo nas áreas de transporte e infraestrutura modais. Nos planos chineses de expansão terrestre das suas rotas comerciais – One Belt, One Road – pretendem interligar Ásia, Oriente Médio e Europa, possibilitando alternativas ás saídas marítimas, principalmente para trazer petróleo do Irã e gás da Rússia. Suas pretensões estarão mais seguras com o Talibã do que com os EUA.

Essas são, a princípio, as tendências que se apresentam. Se vão acontecer ou não, só o tempo o dirá. Mas em qualquer caso, os EUA não estarão lá para influenciar os destinos da região!

Alguns links para mais informações:

https://www.infomoney.com.br/mercados/china-compra-mais-petroleo-do-ira-e-reduz-apetite-por-barris-do-brasil-e-angola/

https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/china-assina-acordo-com-ira-e-aprofunda-relacao-comercial-e-militar-entre-os-paises/

https://www.politize.com.br/nova-rota-da-seda-chinesa/

J-20
J-20
3 anos atrás

Aquele alerta de “sabia” não parava de piscar.

Wilton Santos
Wilton Santos
3 anos atrás

A União Europeia mal consegue ajudar os países europeus mais pobres do bloco como Grecia e Portugal, o que diria ajudar outros países fora do Bloco. As taxas de desemprego em países como Espanha e Itália são alarmantes. O único país que se beneficia no bloco é a Alemanha. Não é por acaso que os partidos políticos contrários ao Bloco tem crescido. A saída do Reino Unido é um exemplo. Na Itália se não tivessem derrubado o primeiro ministro Salvini teria seguido o mesmo caminho. Que conhece a União Europeia sabe muito bem a força que os euroceticos tem conquistado nos parlamentos dos países membro. Mais cedo ou mais tarde a União Europeia vai se desintegrar. Na França, por exemplo, Marine Le Pen, candidata de extrema direita, é forte candidata a vencer as eleições presidenciais e tem defendido abertamente a saída da França do bloco. Se a França e a Itália sairem da União Europeia acabou o bloco.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Wilton Santos
3 anos atrás

Marine Le Pen teve um péssimo resultado nestas últimas eleições.
Os que são euro céticos são cada vez mais discretos derivando para outros assuntos como a imigração e ordem moral, seja lá o que isso for. Sabem muito bem que a grande maioria da população apoia a UE.
Se não fosse a UE, Portugal e Grécia teriam passado por uma crise muito maior. E a UE são 26 países.
A saída do RU é uma consequência de fake news e de como os políticos Britânicos utilizavam a UE como a origem para todos os males para se auto promoverem. Cameron fez a promessa eleitoral de um referendo para ganhar eleições e não porque queria a saída.
A crise do Covid teve o efeito de diluir os efeitos negativos do Brexit, disfarçando as suas consequências diretas na economia.

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Compartilho de sua opinião de que o Brexit foi um tiro político que deu errado. Era para ser uma manobra política populista para chamar a atenção e só, pois nem os seus defensores acreditavam que daria certo, mas tudo deu errado e deu certo kkkkk

Marcos10
Marcos10
3 anos atrás

A coisa vai bem até que interesses econômicos e políticos se sobressaiam, dai vai ser mais um país a invadir o Afeganistão e tomar bordoada.

Andromeda1016
Andromeda1016
3 anos atrás

Os Talibãs estão interessados em dinheiro? Felizmente para os chineses, só eles tem isso não??? kkkkk Vão começar a abrir as pernas para os Talibãs e a coisa não vai parar por ai ….

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
3 anos atrás

Talibã e China…

Tudo a ver

Gabriel Galdino
Gabriel Galdino
3 anos atrás

Os territórios da antiga aliança do norte caíram em mãos taleban ? Eles conseguiram segurar a barra de 1996 – 2001.

Blind Man´s Bluff
Blind Man´s Bluff
3 anos atrás

Como os outros antes dele, o Taleban caiu na armadilha chinesa da ganancia. Mal sabem eles que de la, irao direto para os “resortes” de “reeducacao” fazer companhia aos primos Uighurs.

Pedro
Pedro
3 anos atrás

Eu não sei o que é melhor para a região, se deixar as coisas, os Talibãs retomam de qualquer forma e um Estado Talibã é péssimo para o mundo ou deixarem se matando entre si com cada potência ora fornecendo armas para um lado, ora para outro…

Por fim, caso os EUA queiram fazer uma bela de uma sacanagem como fizerem com a URSS e depois beberam do mesmo veneno, podem fornecer armas os Talibãs e os fomentarem em favor da minoria étnica Uigures que vem sendo exterminada pelo Partido-Estado Chinês.

Pedro
Pedro
3 anos atrás

Pelo pragmatismo Chinês e fome apenas de mercado consumidor e commodities, é um triplo acerto ir ao Afeganistão. Abrem mercado, compra commodities (lá é um chão rico em minérios) e ainda podem mitigar uma eventual escalada jihadista para seu continente e continuar a massacrar os Uigures.

PauloF
PauloF
3 anos atrás

Acredito que seja apenas uma declaração para acalmar a China, por que ela tem muitos interesses na Asia Central e com os Russos que não são aliados do Taliban, mesmo o Paquistão seja um aliado de Pequim, no poder os Mulahs sempre foram poucos afeitos a estrangeiros, por isso é mais fácil o país se isolar do que se abrir a Pequim.