EU China

A UE quer uma lista de projetos de ‘alto impacto’ nos próximos nove meses, bem como uma marca atraente

Os países da UE estão finalmente levando a sério sua resposta à Iniciativa Belt and Road da China, o enorme projeto de transporte e infraestrutura que Pequim está usando para conectar a Ásia aos mercados europeus, bem como para sinalizar sua influência política internacional.

De acordo com o projeto de conclusões do Conselho da UE visto pelo site POLITICO, os governos europeus querem que a Comissão passe os próximos nove meses elaborando uma lista de “projetos visíveis e de alto impacto” que rivalizem com o esquema de Pequim. Os ministros das Relações Exteriores da UE devem aprovar a ideia na segunda-feira (12/7).

Entre os desafios para os europeus estará um nome para o seu plano que seja tão cativante como Belt and Road. Também precisará de um logotipo.

Tudo isso faz parte de um grande jogo de recuperação para Bruxelas. O presidente chinês, Xi Jinping, lançou sua resposta à antiga Rota da Seda há cerca de oito anos e agora ela responde por cerca de US$ 2,5 trilhões em projetos em todo o mundo, apoiando os esforços de Pequim para expandir suas redes marítimas e de energia em todo o mundo.

A estratégia chinesa atraiu críticas em várias frentes. Entre outras coisas, a China foi acusada de criar armadilhas para endividar países parceiros, incluindo Montenegro e Sri Lanka, por meio de projetos conjuntos economicamente insustentáveis.

Pequim, por outro lado, tem insistido que a Belt and Road cria “oportunidades”, uma linha que o presidente chinês repetiu à chanceler alemã Angela Merkel e ao presidente francês Emmanuel Macron em um telefonema na segunda-feira (5/7).

Os líderes do G7 concordaram no mês passado com uma alternativa democrática à iniciativa chinesa e o projeto de conclusões do Conselho da UE sugeriu que a UE não está totalmente convencida pela descrição da China de seu próprio esquema.

“O Conselho observa que outras economias importantes desenvolveram suas próprias abordagens e ferramentas de conectividade e sublinha a necessidade de todas essas iniciativas e ações aplicarem elevados padrões internacionais”, afirmam as conclusões. “O Conselho solicita à Comissão e ao Alto Representante [Josep Borrell] que procedam rapidamente à implementação” das propostas que apresenta.

Visando a África e a América Latina

Crucialmente, a UE está buscando ir além da estratégia de conectividade UE-Ásia de 2018 e está prometendo construir uma UE “globalmente conectada” que permitiria ao bloco voltar sua atenção para a África e a América Latina, destinos-chave para os investimentos chineses.

Há também um apelo para implantar o soft power da UE e é aí que o nome e o logotipo entrarão.

Espera-se que o Conselho peça à Comissão, o ramo executivo da UE, que desenvolva o que chamou de uma narrativa unificadora das ações tomadas por todos os atores relevantes. “A narrativa deve incluir um nome de marca reconhecível e um logotipo desenvolvido em conjunto com os estados membros e deve ser apoiado por uma campanha para maior visibilidade pública”, disse.

Não há etiqueta de preço para o novo esquema da UE, mas o Conselho exigirá uma combinação de financiamento público e investimento privado. Solicitará à Comissão que “apresente esquemas de financiamento coerentes e simplificados para incentivar investimentos em conectividade sustentável”, incluindo instrumentos financeiros a nível da UE e dos países membros, créditos à exportação, empréstimos e garantias, bem como envolver o Banco Europeu de Investimento e o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento.

O rascunho do documento do Conselho é relativamente fraco em formas de encorajar as empresas da UE a aumentar o investimento em locais que os políticos consideram estratégicos, mas que as empresas consideram arriscados.

“O Conselho destaca os desafios do financiamento de infraestruturas sustentáveis ​​em grande escala e a importância de uma assistência técnica robusta”, afirmam as conclusões. “Considera que normas e padrões internacionais previsíveis e estruturas regulatórias sólidas são essenciais para condições equitativas e um ambiente propício para o incentivo ao investimento privado”.

FONTE: Politico

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Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
3 anos atrás

Meio tarde pra isso.
Enquanto o projeto europeu ainda será feita, com meses ou anos de discussão entre os membros da UE, pra algo que não tem nem prazo pra começar a ser feito e realmente sair do papel, o da China já está sendo feito a anos.
E sobre o “súbito interesse” da UE pra África…a China já tem um pé e uma mão em vários países africanos, na forma de investimentos, compra de terras, empresas de construção e infra-estrutura, etc, etc.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Willber Rodrigues
3 anos atrás

Os países Europeus nunca deixaram África.
Veja os investimentos das petrolíferas e outras, e as operações de combate. A questão é que os investimentos são feitos por empresas ou por estados individualmente e não pela UE. E não me parece algo assim tão mau, só perde na facilidade de comparar com a China, ou seja, a China investe biliões e alguns países Europeus investem centenas de milhões. Talvez no final a diferença não seja assim tanta.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Você tá confundindo as coisas.
Uma coisa é, por exemplo, a Embraer fazer negócios em…digamos…Gana.
Outra coisa bem diferente é o governo brasileiro fazer negociações governo a governo com Gana, usar sua diplomacia com eles, fazer acordos econômicos, etc.
As petroleiras e mineradoras européias fazem negócios na Áfeica, mas os países europeus raramente fazem negócios com países africanos, não da mesma maneira que a China vem fazendo por lá.
E no final, você mesmo disse a diferença de valores entre os investime tos chineses na África, comparado aos investimentos europeus.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Willber Rodrigues
3 anos atrás

Fazem, mas como são mais pequenos não têm tanto destaque.
O que quis dizer é que somando todos os países europeus a diferença pode não ser assim tão grande.
O estado Chinês começou, há já alguns anos, a comprar dívida e a fazer esses acordos económicos de uma forma muito relevante e abrangente mas temos de lembrar que os investimentos europeus são muito anteriores aos chineses.
África é muito grande, tem muita coisa a acontecer ao mesmo tempo.
Mas claro que um acordo da China com um governo Africano é notícia. Se for um pequeno país europeu, mesmo com o mesmo valor, pode não ser.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Willber Rodrigues
3 anos atrás

O projeto “Belt and Road Initiative – BRI” nem está maduro ainda. Desde o início, houve comentários de acadêmicos e líderes empresariais chineses questionando a lógica econômica de muitos dos investimentos. Na verdade, a ideia é em parte economicamente equivocada: O transporte já é muito mais barato por mar do que por terra, e os centros econômicos da Ásia (incluindo a China) estão todos na costa. A porção terrestre do BRI criará conexões terrestres caras para economias vizinhas relativamente pequenas que já possuem conexões de transporte alternativas. Embora esses investimentos façam uma contribuição modesta, caso a caso, para a economia vizinha, é improvável que, em conjunto, tenham um alto retorno para a economia chinesa.

Acontece que o BRI dá cada vez mais sinais de ser não apenas um caso de sobrealcance, mas também de “disfunção estratégica”. Um gasto de centenas de bilhões no projeto, até agora, não gerou retorno para os investidores (incluindo bancos estatais) ou retorno político para a China. Ele persiste apenas porque é a ideia preferida do líder chinês de engrandecer a sua nação. Em 2019, os empréstimos do BRI pela China caíram de um pico de US$75 bilhões em 2016 (numa época em que Xi estava promovendo o BRI como um projeto do século) para US $ 4 bilhões. E no final de 2020, relatórios notavam que a China estava agora atolada em renegociações de dívidas com uma série de países.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Amigo ali na China opinião de acadêmico e empresário não define nada , quem manda é o Partido.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Tem razão. Mas isso demonstra que nem mesmo esse projeto é unânime na China.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Se você analisar melhor o artigo e, principalmente, se aprofundar no assunto, verá que a iniciativa “Belt and Road” tem outro objetivo além de dar lucro ou se mostrar sustentável. Objetivo este que algumas nações africanas já vivenciam.

Matheus S
Matheus S
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Você deve estar se referindo a diplomacia da armadilha da dívida chinesa que muitos países africanos sem poder pagar pelos projetos construídos no país, teve que ceder aos chineses ativos estratégicos.

Pois bem. Digamos que esses países agora estão nas mãos dos chineses. Porém, isso tem um efeito negativo. O problema da dívida da China para pagar por esses projetos no futuro terão que ser amortizados ou pagos integralmente, isso imediatamente ou irá ter que se financiar com mais endividamento, aumentando a dívida pública do país para níveis perigosos ou aumentando os impostos, de qualquer forma, qualquer uma das duas opções o crescimento econômico será abalado, e consequentemente, a resiliência da economia chinesa será afetada, isso significa que o poder de soft power chinês na qual é direcionado principalmente por vias comerciais e econômicas será reduzida, diminuindo o poder geopolítico e geoeconômico global do país, isto colocando em longo prazo.

Obs: Estou descrevendo a rota terrestre do projeto, a marítima é outra história.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Exato.
Pegue dois estremos desta situação: Angola e Moçambique.

Referente ao primeiro, ninguém conhece o tamanho da dívida, mas alguns especialistas estimam que 70% do orçamento deste país serve para amortizar a dívida. Outros acreditam ser maior, uma vez que o país está pensando em criar cotas de repasse de petróleo como garantia de pagamento.

Já o segundo, o buraco foi (e é) mais embaixo. Uma vez que não conseguem cumprir com os pagamentos e não possuem commodities que interessem a China (não para pagamento de dívidas), acabaram cedendo grande áreas (terrenos) para sua Credora.

Mas a iniciativa “Belt and Road” trará outra vantagem que, somada a possíveis dívidas, tornarão os países (mal administrados) dependentes comercialmente e financeiramente. Com esta dependência vem o poder da influência política e controle administrativo sobre toda a rota.
A União Europeia sabe disto a bastante tempo e demorou para tomar a iniciativa. Mas antes tarde do que nunca.

carcara_br
carcara_br
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Mas é um problema muito simples de resolver, basta algum banco português/europeu, brasileiro ou americano cobrir a dívida.
Deste jogo nós também participamos, e muito da Infra em angola foi construída por empresas brasileiras, mas por aqui foi visto como crime de lesa pátria, fazer o que né?

Matheus S
Matheus S
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Pode tornar sim os países dependentes da China, mas o efeito a longo prazo pode retardar os pontos positivos desses investimentos chineses, basta que a capacidade econômica da China venha a estagnar ou mesmo diminuir, esse efeito pode ser consequência dos próprios investimentos feito pelos chineses nesse projeto BRI. Olhando pelo lado chinês, em minha opinião, certos investimentos do BRI não são economicamente viáveis e podem não ter o efeito desejado.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Tem que ver que esse 70% de divida desses países não são só com a china. Devem a vários bancos europeus, FMI e Banco Mundial.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
3 anos atrás

No caso de Angola, é sim apenas com a China.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Então Angola e o único país do terceiro mundo que passou por uma guerra civil devastadora por anos, e não se endividou com ninguém, ate a China do mal chegar e oferecer dinheiro que antes eles não precisavam? Ok.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

É o neo colonialismo já praticado por outros países, segundo alguns até pelo FMI. Os empréstimos vão para além do financeiro. Basicamente trocam soberania por dinheiro.
Isto é uma migalha quando comparado com o tamanho da economia Chinesa.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Complicado falar da divida dos países jubto a China por causa dos investimentos, uma vez que Europa e EUAs tambem fazem o mesmo.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Espero que você esteja redondamente enganado, porque ao furar uma lógica de ganhos imediatos a China lança bases pra um mundo muito mais integrado em que menores economias terão capacidade de participar das cadeias produtivas e das trocas comerciais, isso implica pra população local ganhar poder de compra, participar do mercado consumidor, torço muito pelo sucesso do projeto.

carcara_br
carcara_br
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Então na pior das hipóteses fica tudo igual, bola pra frente…

Matheus S
Matheus S
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

A maioria dos países que estão inseridos no projeto BRI já são integrados economicamente via mar, porque suas economias estão mais direcionadas as sua respectivas costas marítimas.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Mas implica a construção, melhoramento e/ou controlo dos portos pelos Chineses.

Será no Sri Lanka que o porto foi entregue aos Chineses?

Matheus S
Matheus S
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Sim. A Rota de Seda marítima faz todo o sentido quando analisamos o transporte mais eficiente naquela região inserido do BRI. Na verdade, eu acho que os chineses deveriam imediatamente reduzir drasticamente os investimentos na rota terrestre e aumentar o fluxo de investimentos na rota marítima.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

não acredito nisso, com a internet pessoas de países pequenos sem potencial mineral ou populacional, vão poder trabalhar remotamente para empresas de outros países, só basta investirem em educação.

Peter Nine Nine
Peter Nine Nine
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Vou ser sincero, não li o seu comentário todo com atenção, mas deixo uma observação.
O transporte marítimo e terrestre não são concorrentes, complementam-se, portanto, não se aplica que este seja mais barato que aquele, visto que ambos são necessários.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Peter Nine Nine
3 anos atrás

Por que não se aplica? O investimento só pode ser realizado se for economicamente sensato. O transporte terrestre do BRI não faz sentido algum do ponto de vista de complemento, até porque os países estão inseridos em suas respectivas costas marítimas, com exceção dos países da Ásia Central.

O único argumento que você pode fazer é demonstrar que esse projeto terrestre tem haver com a alternativa se houver um bloqueio marítimo contra os chineses, nesse caso o projeto faz todo o sentido, mas de qualquer forma, mesmo se vier acontecer tal bloqueio, os custos dos produtos vendidos serão muito mais caros porque serão transportados por via terrestre e isso diminui a competitividade chinesa perante o mercado global, de qualquer forma, a China perderá. Mas esse investimento também não faz sentido algum economicamente, a menos é claro que os chineses tenham a plena convicção que eram bloqueados por via marítima em dado momento futuro.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Acho que são algumas linhas ferroviárias, que podem ser muito mais rápidas e transportam mercadorias e pessoas mas são muito mais caras.
E por algum motivo passam nos países da Ásia Central.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Não são apenas ferrovias, mas rodovias. No Afeganistão eles estão prestes a fazer vultosos investimentos em uma rodovia que aumentará a conexão do país com a China. O fato é que nesse trajeto, as mercadorias transportadas são ridículas e irrisórias. Esse investimento não terá um alto rendimento para que se possa ter o argumento de que o projeto será eficiente, economicamente é insensato esse tipo de investimento, mas os chineses estão fazendo isso de modo exacerbado na rota terrestre. Aliás, por causa desses investimentos, a dívida da China está aumentando drasticamente, e o crescimento econômico anual chinês não está amortizando o impacto na dívida pública como % do PIB.

O que estou argumentando é se esse investimento é eficiente, em minha opinião, não.

sergio
sergio
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Ué mais não ta claro ?
Como vc desloca milhões de tropas para teatros de operação a meio mundo de distancia ?
vc faz feito os Romanos, vc constroe estradas. ta implícito ai.

Matheus S
Matheus S
Responder para  sergio
3 anos atrás

Então, a iniciativa BRI da rota terrestre é para fins militares e não econômicos e comerciais?

Faz menos sentido ainda gastar US$1 trilhão em gastos militares indiretos.

sergio
sergio
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Fins Econômicos e militares por que não ?
Ou vc e ingenuo a ponto de achar que caso precise, não passa tanque pela rota ?

Matheus S
Matheus S
Responder para  sergio
3 anos atrás

Sou bem ingênuo. Realmente, eles precisam de uma rodovia através do corredor Wakhan para esmagar os afegãos.

sergio
sergio
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Ou a Europa,veja o mapa da rota, veja que belo movimento de pinça Russos e Chineses ao norte, Iranianos e chineses ao sul.

Welington S.
Welington S.
3 anos atrás

UE chegando igual Rubinho Barrichello na parada.

Doug385
Doug385
3 anos atrás

Logo a UE que criou “barreiras ecológicas” como pretexto para não assinar o acordo de livre comércio com o Mercosul? Não podem vencer o pragmatismo chines, pois esses não estão nem aí para agenda ecológica. Eles querem fazer negócios e ganhar dinheiro seja onde for.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Doug385
3 anos atrás

Quem acredita que a tal “agenda ecológica” é de alguma importância para os europeus é ingênuo, no mínimo.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Doug385
3 anos atrás

Não estão nem aí para a agenda ecoógica?
A China vem desenvolvendo maciçamente projeto de energia sustentável para substituir o carvão e o petróleo.
Vem fazendo melhorias na exploração de terras raras, altamente poluidoras e por aí vai.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Concordo.
Mas penso que a China deveria se empenhar mais na preservação da Fauna e da Flora do Planeta. A politica de pesca chinesa é um horror

Felipe Augusto Batista
Felipe Augusto Batista
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A China agora está investindo pesado para limpar o próprio país depois de quase entrar em colapso, lembra-se de quando davam aviso pra não sair nas ruas da própria capital por causa da poluição? Mas o caminho mais fácil pra isto é o mesmo que os europeus traçaram muito tempo atrás, pegar as atividades que apesar de lucrativas são altamente poluidoras e transferi-las para outros países mais pobres. Tenho certeza que estão melhorando as condições na exploração das minas na China, assim como tenho certeza que eles não ligam pro que acontece numa mina no meio da África ou América Latina.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Doug385
3 anos atrás

Se os agricultores Europeus são obrigados a tomar medidas ecológicas, os países ao comprar a produtores que não o fazem, não será concorrência desleal?
Digo isto com a certeza que a maior parte dos políticos europeus não se interessa por essas questões ecológicas. Mas interessa-lhes a competitividade dos produtos agrícolas europeus.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Até onde sei a politica de subsídios a produção agrícola na Europa custa caríssimo aos contribuintes e são poucos os países europeus que conseguem produzir a um custo competitivo no mercado externo ao da UE.
Obs: Não acho que seja errado defender em certa medida a produção agropecuária local , desde que os cidadãos mais pobres não paguem por isso.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

É, eles não vão abrir mão da produção agrícola, da segurança alimentar e de aspectos culturais seculares pra um modelo de dependência de importações de alimentos da américa do sul, é um grande engano achar que isso prejudique os “pobres”.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Sim existem pobres na Europa também.
E mais eles já dependem de importações.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Depende do produto alimentar, normalmente os de menor valor associado são importados e os de maior valor são exportados, (vinho, azeite, leite, etc.)

Hcosta
Hcosta
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Mas isso acontece nas várias escalas. Entre países, entre formas de produção (intensiva vs extensiva), entre continentes, etc.

Furacão 2000
Furacão 2000
3 anos atrás

Uma pena, mas a UE ainda não percebeu que o “nível da água” já chegou no pescoço, não adianta se debater. Por mais que tentem, a Europa já pertence à China, pasmem, isso foi alcançado sem disparar nenhum tiro.

R.I.P UE.

pangloss
pangloss
3 anos atrás

O maior problema da UE é alcançar um nível mínimo de coesão entre seus integrantes. Isso sempre impede um avanço do bloco, que vive travado em disputas internas.

Hcosta
Hcosta
Responder para  pangloss
3 anos atrás

Dá para ter duas perspetivas.
Uma será se UE consegue atingir a ideia de ser um bloco político (um estado federal) comparável com os EUA e a China. Ganha um novo estatuto nas instituições, talvez um exército, etc.

Uma outra é evoluir o que é, um conjunto de países com ideias diferentes entre si, evoluindo a ritmos diferentes. Neste caso os países manterão uma maior independência nos assuntos internacionais e nacionais. Mas haverão sempre assuntos que têm de ser tratados ao nível Europeu.

Marcelo Baptista
Marcelo Baptista
3 anos atrás

Antes tarde do que nunca, os países democráticos precisam se apresentar como uma opção positiva aos interesses Chineses.

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

O que pode acontecer é uma integração com o projeto chinês, bem mais adiantado.
Todos ganhariam com isso.
O fato é que Merkel e Macron não estão disposto a embarcar na canoa furada americana.
Tanto com relação à Pequim quanto a Moscou.
Os EUA estão ficando isolados.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
3 anos atrás

Essa foi boa…
A day late and a dollar short…

Filipe
Filipe
3 anos atrás

Já vão tarde, perderam tempo com imposição da cultura dos direitos humanos e da democracia nesses países todos, a China investiu pesado em infraestrutura e no comercio, logo ganhou vantagem , a China não impos a sua vontade por meio da força.

Tutu
Responder para  Filipe
3 anos atrás
Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Tutu
3 anos atrás

Os caras fazem projeto ruim , daí a culpa é de quem financia…eu não entendo sua lógica.

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

É a lógica pró-americana….por mais que não tenha lógica…

Felipe Augusto Batista
Felipe Augusto Batista
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Quem financia também tem parte da culpa, se eu resolver construir um restaurante no meio do nada e for pedir empréstimo vou ter muita dificuldade pra conseguir porque todos os bancos vão ver que eu vou quebrar e não vou ter como pagar o que peguei.

Caio
Caio
Responder para  Felipe Augusto Batista
3 anos atrás

Quando se pede empréstimo, se dá garantias e só! O banco não é obrigado e nem precisa, saber o que você vai fazer com o dinheiro que pegou.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Tutu
3 anos atrás

Uma coisa é a UE, com a cultura dos direitos humanos e democracia. Outra coisa é Montenegro que ainda não faz parte da UE.

Assim podemos utilizar a Bielorrússia como exemplo das políticas europeias (ironia).

Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

1) Não vejo motivo para o Brasil priorizar as relações com a UE como tem feito.
2)O Eixo das relações comerciais do mundo está a se deslocar para a região Ásia-Pacifico.
3)A demanda por commodities crescerá enormemente na China ,Índia , Indonésia e países adjacentes e nosso foco deve estar lá.
4)Boa parte dos produtos industrializados que importamos da UE podem e devem ser substituídos por análogos asiáticos ou nacionais que são mais baratos.
5)Aprofundar nossa cooperação com a Rússia e países adjacentes é mais do que desejável.
6) A única potência ocidental que ao meu ver merece atenção especial são os EUA.

Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

Não Quero não… Obrigado!

Augusto
Augusto
3 anos atrás

A UE querendo se contrapor à China com conversa, figurinha de logomarca e “soft power”. Vai sonhando!

Caio
Caio
3 anos atrás

A crescente queda de influência da Europa Ocidental é o somatório do estado de bem estar social ( promoyor de uma geração de acomodados na boa vida proporcionada pelos seus países) mais o parasitismo financeiro ( que leva a busca do lucro com o menor esforço, investindo apenas no mercado de capitais).
Assim o capitalismo arrojado e produtivo foi para UTI, tanto é que nem as nações da Europa oriental, conseguiram um desenvolvimento econômico forte, mesmo quase 30 anos após o fim da cortina de ferro.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Caio
3 anos atrás

Primeiro os países de Leste tinham economias pouco desenvolvidas tecnologicamente, apesar de haver algumas exceções. Entraram na UE em 2004 e têm tido um crescimento económico muito relevante. Estão a transformar uma economia baseada nos baixos custos para outra mais variada e desenvolvida. E isso só é possível com investimentos em educação e investigação, promovida pelo tal bem estar social.
O bem estar social existe em qualquer estado desenvolvido.
Generalizar e afirmar que na UE são uns acomodados ou parasitas é algo muito fora da realidade.

Caio
Caio
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Hcosta me desculpa a generalização! foi péssima mesmo, mas lá como cá, tem uma boa parcela da população, que quer mais é viver no colo do Estado.

Augusto L
Augusto L
3 anos atrás

Bom tem um monte de países principalmente os do leste europeu que foram prometidos X bilhões pela BRI e não receberam nada. Empty Promises.

Quanto ao projeto europeu sempre tiveram o medo de que a China ia usar o BRI para quebrar politicamente a UE mas com o fracasso da mesma em entregar as promessas de investimento esse medo parece hoje ser infundado.

Portanto acredito que esse seja apenas uma forma de se usar politicamente o medo chinês para outros propósitos.

  1. Utilizar os fundos para investir no projeto de integração da banana azul;
  2. Mostrar ao mundo que a UE está com uma mentalidade voltada aos desafios geopolíticos e não só econômicos e sociais.

https://en.wikipedia.org/wiki/Blue_Banana.
https://carnegieendowment.org/2018/10/19/europe-s-emerging-approach-to-china-s-belt-and-road-initiative-pub-77536;
https://www.youtube.com/watch?v=Bv-aX-R3XcU;
https://www.youtube.com/watch?v=mOmEFOaWjI8;
https://www.youtube.com/watch?v=96Ws-UiUhVY.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

Mais dinheiro, o Brasil devia tentar pegar dinheiro dos dois, aproveitar e refazer nossa infraestrutura

Segatto
Segatto
3 anos atrás

Veneza como portão marítimo da Europa Ocidental, que deja-vu interessante, a Itália deveria incorporar o espírito das suas antigas repúblicas marítimas e centros financeiros aproveitando a conexão entre o Ocidente e Oriente, mas pelo jeito que a burocracia lá é, não apostaria nisso, é uma pena

Hcosta
Hcosta
Responder para  Segatto
3 anos atrás

É o Dubai e outros emirados que estão a tentar ser essa ponte.

JS666
JS666
3 anos atrás

Viva a União Europeia!

Dr. Mundico
Dr. Mundico
Responder para  JS666
3 anos atrás

Viva o quê?

Dr. Mundico
Dr. Mundico
3 anos atrás

Espero que o logotipo e o slogan fiquem engraçadinhos. O logotipo deve ser criado por algum italiano e o slogan por algum francês.
Afinal, de côres e bravatas eles entendem…
De preferência multicolorido e multicultural, para agradar as minorias.