Inspeção verifica preparação de tropas do Exército Brasileiro que serão certificadas pela ONU
Cascavel (PR) – A 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec) recebeu, no período de 29 de junho a 1º de julho, a segunda visita de inspeção da comitiva do Comando de Operações Terrestres (COTER). O objetivo foi verificar o nível de preparação do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Mecanizado) – BI F Paz (Mec) – e da Companhia de Ação Rápida (CAR) com relação à instrução e à dotação de material de emprego militar, conforme os padrões exigidos para missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
As atividades verificadas pela comitiva do COTER fazem parte da preparação para a visita de avaliação e assessoramento (AAV, sigla em inglês) da comitiva da ONU, que, no período de 11 a 17 de julho, certificará as tropas da 15ª Bda Inf Mec e do 4º Grupamento de Engenharia (4º Gpt E) para ascenderem ao nível 2 do Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas (UNPCRS, sigla em inglês). A certificação compreenderá o BI F Paz (Mec), a CAR e uma Companhia de Engenharia de Força de Paz (Cia E F Paz).
Atividades
A comitiva participou das atividades de preparação para a formatura de aprestamento operacional do BI F Paz (Mec) nas dependências do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado, assistiu a palestras com exposições das diversas fases de preparação da tropa e da disponibilidade de material, verificou a preparação das oficinas das capacidades logísticas ofertadas e das oficinas de demonstração de exercícios de adestramento para as operações de paz.
A comitiva foi chefiada pelo Chefe do Preparo da Força Terrestre, General de Divisão José Ricardo Vendramin Nunes, e também contou com a participação do Chefe de Missões de Paz e Aviação/Inspetor-Geral das Polícias Militares, General de Brigada Flávio dos Santos Lajoia Garcia.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Essas fotos ficaram padrão demais!
Belas imagens!
A única coisa que faltou na primeira foto pra ficar perfeita:
Na realidade, faltou apenas ai um veículo com defesa aérea, por se tratar de infantaria para missão de paz!
Certamente um desses faria bem.
Esqueçam o Spyder. Sistema que usa mísseis velhos e adaptados para terra-ar. O negócio é Barak MX que já foi comprovado eficaz em combate contra o Iskander-M na guerra nagorno-karabakh.
Porr@ de Barata, o Brasil vai de CAMM-ER. Não tem ninguém com Iskander aqui.
Nos cenários de provável emprego (África), defesa aérea não é um problema.
E o que isso estaria fazendo num Btl Inf Mec?
Você está a misturar alhos com bogalhos.
Padrão estas fotos hein !!!
E tem Guarani com SARC Remax e com UT-30 BR .
Não vi nenhuma UT-30BR, apenas torres SARC Remax e tortes manuais Platt.
Na última foto tem um Guarani com torre 30mm.
Mas essa vtr não está na formatura.
Sim….perdão! Realmente, não havia prestado atenção. Tá lá, bem destacado o canhão 30 mm.
Franker, essa situação dá ensejo à velha questao:
Como serão distribuídos os 30 mm dentro d formatura?
Será um pelotão de apoio dentro Batalhão?
Ou um veraneio dentro de cada Cia?
Como ainda devem ter poucos exemplares alocados na tropa….ainda não entraram na formatura.
Não sei o porquê de alguém negativar um pergunta pertinente ao tema a qual pode ser de muitos.
Respondendo: serão lotados nas companhia de apoio.
Só faltou o LMV
Faltou este míssil estar adaptado ao A4….
Hum…. Será que é desta que o Brasil decide retornar a uma política de presença internacional?
Foram os próprios militares que, entre outras razões, disseram que no presente as forças não se encontravam preparadas para este tipo de missão, a última vez a respeito do congo ou outro país (RCA?).
A busca por certificação, a inspeção realizada a estas forças em particular, os recentes exercícios com forças blindadas de rodas, com o uso de táticas e procedimentos que eu identifiquei como de “anti-guerrilha” em algumas fotos, parecem provar que, de facto, entre outros, a resolução desta gap que parece ter tido início depois da retirada do Haiti, aparenta ser um dos motivos. Boa notícia.
Queria ter visto LMV´s, essenciais para qualquer tipo de intervenção que requeira presença, manutenção ou imposição da paz e/ou combate de forças rebeldes com toques de guerrilheiros. Nada impede no entanto que equipamento seja cedido e feito disponível entre unidades, uma prática essencial em prol da eficiência e eficácia.
A presença brasileira em alguns teatros africanos teria sido de muito maior aplicabilidade nos anos 2014/2017 até ao presente, mas o seu uso seria mais que bem vindo em 2021, certo que se faria um bom serviço. O Brasil está em melhor posição para ajudar na estabilização da situação em Cabo Delgado, por exemplo, do que Portugal, que vê Maputo a negar-lhe qualquer tipo de papel que envolva missão de combate no seu território, contra os terroristas islâmicos que ali se instalaram. Atualmente provê-se instrução e pouco mais, a única ajuda aceite. Entre os motivos legitimamente justificados e, mais que compreensíveis, bem sabemos que o sentimento anti-colonialista, por sentimento legítimo ou doutrinariamente imposto, é uma realidade.
Acredito que Brasília teria melhor sucesso na aproximação com Maputo, a convencer o governo que não se pode dar espaço para a continuidade dos grupos em questão (bem sabemos que quando terroristas islâmicos se instalam, “grudam-se”) e organizar algum tipo de envolvimento que integre o expertise luso-brasileiro neste e outro tipo de missões, que tenha aplicabilidade no teatro em questão. Pequenas forças de elite, ou, pelo menos, especializadas, detentoras da devida mobilidade e capacidade de movimento tático, capazes de liderar e gerir forças moçambicanas no terreno, acredito, teriam um efeito quase que imediato no enfraquecimento dos grupos em questão.
Estou um bocado a viajar, no mesmo em que já viajei em alguns comentários que aqui postei, mas parece-me que não me canso de sugerir uma comunidade de países “lusófonos” mais unida, organizada e em cooperação, capaz de impedir que um dos países se incline para o apoio de Moscovo e contratados privados (como foi o caso de Maputo e outros), mas ao invés se incline para os “seus”.
Benefícios neste tipo de postura são óbvios. Imaginem a mensagem que se deixa quando legítimos intervencionistas, sim, porque existem legítimas intervenções e boas maneiras de intervir, de facto intervêm, ao invés de deixarem atores que nada percebem ou têm haver com o assunto, para além de eventualmente terem sido eles atores na formação das condições que hoje permitem a dispersão dos mais variados grupos armados pelo mundo todo, muitas das vezes, deles beneficiando de alguma forma.
Obviamente, capacidade intervencionista, de preferência para legitimas ações, não se constrói da noite para o dia, mas, projetar forças em coligações ou ao abrigo da ONU é sem dúvida um contributo para a manutenção, obtenção e aperfeiçoamento de capacidade. Nesse ponto, uma das capacidades que deveria ser regularmente exercitada, especialmente tendo o EB unidades dedicadas a missões de paz, é interoperabilidade com os Tucanos da FAB, que sem dúvida existe, mas não se vê se calhar tanto quanto se devia.
É para mim de uma burrice coletiva que, pelo menos, Angola, Brasil e Portugal (militarmente os mais capazes, com unidades especializadas) não tenham ainda formado ferramentas que facilitem e garantam a disponibilidade de forças capazes de operar em conjunto em situações particulares como vimos em Cabo Delgado, mas também na guiné ao longo dos anos. A posição coletiva do grupo lusófono deveria já ter passado de um projeto “social” daqueles que nunca funciona nem tem praticabilidade nenhuma, para algo concreto e útil.
É que mesmo que Maputo se tivesse inclinado, e declarado a intenção para receber o devido apoio e auxílio de Brasília, Lisboa, e/ou do seu irmão mais próximo, Luanda, a verdade é que a interoperabilidade é inexistente. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, só se exercitam em conjunto, muito vagamente, no exercício Felino e a ultima edição nem sequer envolveu a prática de atividades militares “de facto”.
Outra verdade, é que nas edições em que houve maior exercitação militar, os parceiros africanos, com ligeira exceção de Angola (mas também São tomé, que demonstra capacidade e vontade de absorver conhecimento e aplicá-lo), pouca vontade demonstram de absorver conhecimento e capacidades, visto que na edição seguinte retornam desorganizados e com unidades tão carentes quanto na edição anterior (especialmente Moçambique), não aplicando nenhuma lição, nem construindo e implementando nenhuma capacidade ou tática. O que eu queria ver, era um instrumento interoperável, capaz de mobilizar forças dos diferentes países para missões de interesse comum e que na hora fossem capazes de operar em conjunto em cenários complexos e dedicados e de duplo uso, para intervir seja em situações como a de Cabo Delgado, seja em calamidades. Esse instrumento não existe.
Retornando ao assunto da matéria, no entanto, até porquê já estou numa espécie de “off-topic”, pergunto-me qual, se houver intenção, é o teatro que o Brasil estará a mirar ª- ª. O país mantém literalmente uma força cujo nome projeta a sua natureza como de sendo dedicada a missões da ONU. O seu empenho em alguma missão é para mim apenas uma questão de tempo.
A ONU, em África, está, não estou em erro, em 8 países, Sudão, Mali, RCA, RDC, Saara, Somália e Sudão do Sul. O envio de tropas brasileiras, a ser tomado tal decisão, seria para mim provável ser para ou o Mali, RCA ou RDC. A minha inclinação pretende-se também pelo facto de que, apesar do Brasil ter-se ausentado do teatro internacional nos ultimos anos, com exceção do meio naval no Líbano e ocasionais exercitações e presenças, o país manteve o envio de observadores, não só em locais onde a ONU opera, mas também em exercícios e até meios de outros países, e militares das mais diversas patentes, nas mais diversas funções de “retaguarda” e liderança. Entendo que por esta altura, os militares brasileiros tenham já uma boa avaliação da situação em África e de onde e como podem operar.
Não pude deixar de reparar em negativações mas nenhuma resposta.
Fico sem saber o que causa discórdia no que eu disse.
Também não entendo essas negativações. O Carvalho levantou uma dúvida pertinente e foi negativado. Acho que esse história de clic só atrapalha
Unir forças para o bem sempre será uma boa ideia. O problema acho que é o foco e problemas internos do Brasil e Angola, ambos com índices de violência muito acima do aceitável.
Boatos de que ganharam o selo capim zero e meio fio brilhante…