China reforça os laços com a Rússia como ‘força importante para a estabilidade’ após a contundente cúpula da OTAN

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China diz que qualquer tentativa de interferir em seu relacionamento com a Rússia é um ‘jogo de soma zero’

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, elogiou os crescentes laços da China com a Rússia na terça-feira (15), dizendo a repórteres que, apesar das preocupações dos países ocidentais, eles são uma “força importante para a estabilidade em um mundo turbulento”.

Os comentários do porta-voz foram feitos apenas um dia depois que os líderes da Otan adotaram uma postura linha-dura contra a China, alertando contra os “desafios sistêmicos” que eles representam “à ordem internacional baseada em regras”.

“É justo dizer que a parceria estratégica abrangente China-Rússia de coordenação para a nova era é multidimensional e para todos os climas”, disse Zhao na terça-feira. “O céu é o limite para a cooperação realista entre a China e a Rússia.”

O presidente Biden exortou outros líderes da OTAN a se posicionarem contra as tentativas da China e da Rússia de romper a aliança entre as nações da América do Norte e a Europa.

“A Rússia e a China estão tentando criar uma barreira em nossa solidariedade transatlântica”, disse Biden.

As relações dos EUA com a Rússia e a China tornaram-se cada vez mais tensas após o aumento dos crimes cibernéticos da Rússia e das violações dos direitos humanos pelo Partido Comunista Chinês (PCC).

A posição unida da OTAN contra a Rússia e a China significaria uma mudança de posição em relação ao seu papel anterior de união política e militar contra ameaças à segurança tradicionalmente representadas pela Rússia.

“Se você olhar para as ameaças cibernéticas e as ameaças híbridas, se olhar para a cooperação entre a Rússia e a China, não pode simplesmente ignorar a China”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, de acordo com a Reuters. “Mas também não se deve superestimá-la – precisamos encontrar o equilíbrio certo.”

Zhao disse que a China não é um “rival sistêmico” da Europa e acusou os EUA de promover políticas anti-China.

“Qualquer tentativa de minar as relações China-Rússia está fadada ao fracasso”, disse ele. “Esperamos que eles não sigam mais no caminho do jogo de soma zero e do confronto político dos blocos.”

Os países do G-7, incluindo EUA, Reino Unido, França, Canadá, Japão, Itália e Alemanha, se encontraram no fim de semana e condenaram a China por abusos relacionados a Xinjiang, Hong Kong e Taiwan.

“Não acho que ninguém em volta da mesa queira entrar em uma nova Guerra Fria com a China”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Mas as autoridades chinesas condenaram os comentários feitos na cúpula do G-7 e disseram que eles estavam “difamando deliberadamente a China”.

“Os países não deveriam buscar a política do bloco com base nos interesses de pequenos grupos, suprimir diferentes modelos de desenvolvimento tendo a ideologia como parâmetro e ainda menos confundir o certo com o errado e jogar a culpa nos outros”, disse Zhao na terça-feira. “Os EUA estão doentes e isso é ruim.”

Biden deve se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira.

FONTE: Fox News

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Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

Cúpula ‘meia-bomba’.
Por exemplo, Angela Merkel falou que a China tem muitas coisas em comum com a Alemanha.
Ou seja, muita retórica e pouca.ação.
Agora, é evidente que a aliança Rússia-China sempre esteve presente e será um desafio gigantesco para uma OTAN que depende cada vez mais do orçamento americano.

Hellen
Hellen
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A alemanha diz uma coisa e faz outra completamente diferente (recebendo investimento pessado chines e garantindo segurança energética (gás) da russia )
A alemanha participa dessas reunioes so para nao desagrada r os yankees.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Hellen
3 anos atrás

Perfeito.
Não podemos esquecer que a China é o maior mercado para grande parte das empresas alemãs e que, por outro lado, os chineses estão dormindo sobre um colchão de US$ 3,2 tri em reservas.

caio
caio
Responder para  Hellen
3 anos atrás

pragmatismo politico nacional ” o interesse do bloco, vem depois dos interesses do meu pais” aprendam crianças do Brasil.

Antonio Cançado
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Você dá muita moral pra China, o maior tigre de papel da história…

Antonio Cançado
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Meia-bomba é a China.

M.@.K
M.@.K
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Oi Antônio, discordo em alguns pontos de tua visão de centro-esquerda (mais de esquerda… hehehe) e sinceramente duvidava de uma aproximação entre China e Rússia devido o passado de ambas, mas com a animosidade do ocidente contra os dois países (muito por causa do próprio modo de vida do ocidental), parece que estas duas nações superaram eventuais ranços e parecessem tecer um alinhamento de interesses mútuos, como tu insistia em dizer. Com a queda da União Soviética a Europa parece que se acomodou com relação à estratégia de defesa, deixando este fardo com o EUA. Acho que veremos uma nova corrida armamentistas no Velho Continente. O que vc acha? 

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  M.@.K
3 anos atrás

Eu sempre acreditei que esse seria o caminho natutal.
A agressividade americana está levando a isso.

OSWALDO FIGUEIREDO FILHO
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Creio que pra nós brasileiros é manter meia distância de ambos os lados não se comprometendo com nenhum e comerciando com todos. No fim da II guerra eles dividiram o mundo entre eles e só outra guerra pra acabar com isto. Gosto que a China se fortaleça para faze frente a hegemonia americana. Nós temos é que explorar esta polarização a nosso favor.

Doido de Pedra
Doido de Pedra
Responder para  OSWALDO FIGUEIREDO FILHO
3 anos atrás

Oaswaldo nos tempos atuais concordo com sua afirmativa. Mas caso ocorra uma guerra não têm como nos mantermos neutros. Vamos ter que escolher um lado, seja pelo fator geográfico, seja pelo fator econômico.

At.

Mgtow
Mgtow
Responder para  Doido de Pedra
3 anos atrás

O Brasil não é obrigado a assumir lado nenhum. Mesmo em caso de guerra minion. Como disse o amigo, teriamos que explorar tudo isso ao nosso favor. Mas com o lacaismo pró-yankee dessa turma que ta aí…..

Doido de Pedra
Doido de Pedra
Responder para  Mgtow
3 anos atrás

Mgtow, não estou colocando na equação a questão politica. Estou indo pela lógica.

Veja, se o Brasil partir para o lado dos EUA, perderam seu maior parceiro comercial. Em consequência teríamos uma baque imenso em nossa economia.

Se escolhermos o lado Chinês, corremos o risco de nenhum produto que exportamos chegar lá devido a possíveis bloqueios navais e etc. Nossa economia sofrerá da mesma forma.

A partir do momento em que a guerra vai se afunilando torna-se necessário partir para um lado, assim como foi na segunda guerra.

Enquanto o Brasil não sofreu ataques da Alemanha ele não tomou uma posição. Em caso de uma terceira guerra acha que tais países não iriam pressionar o Brasil a tomar partido?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  OSWALDO FIGUEIREDO FILHO
3 anos atrás

Perfeito!

MFB
MFB
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Tu acha mesmo que a Rússia confia tanto assim na China? Muito neném.

João da Lua
João da Lua
Responder para  MFB
3 anos atrás

Muito mais do que nos EUA com certeza.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  João da Lua
3 anos atrás

Tirou as palavras da minha boca

Zorann
Zorann
3 anos atrás

Os EUA estão cometendo um erro enorme.

Já disse algumas vezes: era a hora de compor com a Russia e não bater de frente, Sentar à mesa e tentar costurar um acordo, objetivos comuns, aproximar os dois países, dando ênfase, que o inimigo agora é outro.

Os EUA esqueceram que a guerra fria acabou e vão jogando cada vez mais a Russia no colo da China.

Se derrotar a Russia já é/era impossível (um enorme arsenal nuclear, armamento moderno e um território enorme) , imaginem o quão impossível será, Rússia e China (arsenal nuclear, armamento moderno e em quantidade, um território também enorme, a maior população do globo, a maior economia) juntas, com todo este vasto território contíguo.

Não há a menor chance para o ocidente.

Fernando C. Vidoto
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Mas a Rússia anda perdendo influencia nos países do Leste Europeu…

Nascimento
Nascimento
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Na área do softpower realmente perdeu. Exemplo: Só ver que os jovens da Bielo Rússia fazem oposição feroz ao Lukashenko.

Agora na área geoestratégica acho difícil. Depois da anexação da Crimeia e da Guerra da Geórgia, será que mais algum país europeu como a Bielo Rússia ou da ásia setentrional terá coragem de tentar sair do julgo russo sabendo que pode perder partes estratégicas do seu território? Acho difícil ver por este lado. Só ver que os militares bielo russos apoiaram o Lukashenko, pois sabem que caso a situação do país piorasse como ocorreu na Ucrânia, o risco de ocorrer uma anexação do território seria iminente.

Fernando C. Vidoto
Responder para  Nascimento
3 anos atrás

Os países dos Balkans, Polônia, Estônia, Ucrânia e Lituana são mais próximos do Ocidente do que dos Russos.

Pois e galera. Esta acontecendo

Nascimento
Nascimento
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Curioso a quantidade de negativações que o sr teve. Pelo visto alguns preferem ignorar a realidade que se seguiu desde o fim da URSS
comment image

Fernando C. Vidoto
Responder para  Nascimento
3 anos atrás

hehe vlw Nascimento. O povo esta preso a antigos paradigmas.

Os EUA não faz acordos com a Rússia, porque sabe que esta ganhando influencia sobre seus antigos territórios.

A mesma coisa na Ásia.

5gw (Fifht-Generation Warfare). Guerra de influencia politico-cultural através da internet, cultura, filmes, musica e youtube. A principal arma dos EUA, Soft power.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Quem seria um melhor aliado para os Estados Unidos contra a China, Estônia? Lituânia? Polônia? ou a Rússia? De que adianta os Estados Unidos entrar em conflito com Rússia por causa de países que em um conflito seriam inúteis? é muito mais produtivo se aproximar da Rússia e tentar roubar ela das garras do chineses.

Fernando C. Vidoto
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Os americanos se veem suficientemente fortes para enfrentarem ambos os países: China e Rússia simultaneamente.

Luís Henrique
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Está certo disso? Não é o que parece. Os americanos estão ampliando a Otan, buscando novos aliados, justamente para conter a China. Estão investindo pesado em uma parceria com a Índia. Até o Brasil, que é fraco militarmente, foi colocado como aliado extra-Otan e o Trump queria colocar como sócio da Otan.

O poder militar da Rússia é muito próximo do poder militar da Europa quase inteira. E o poder militar chinês, está próximo do poder militar americano. Contra Rússia e China, os EUA precisam desesperadamente da cooperação de todos os membros da Otan. E mesmo assim, talvez não seja suficiente.

Fernando C. Vidoto
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Foi um camarada americano que me disse isso. Eles estão confiantes.

Se não me engano as 3 maiores forcas aéreas do mundo são:

-Usaf
-UsNavy
-UsArmy

Luís Henrique
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Sim, em poder aéreo os EUA possuem uma frota bem maior. Porém, essa afirmação está “quase” correta.
USAF possui cerca de 5.163 aeronaves, o US Army fica em 2o com 4.453 aeronaves (a grande maioria, helicópteros). A US Navy possui 2.436 aeronaves e o USMC possui 1.181 aeronaves.
A Força Aeroespacial Russa possui 3.826 aeronaves, portanto fica à frente da US Navy. Mesmo se a US Navy unisse forças com o USMC, ainda seriam 3.617 aeronaves contra 3.826 da força aérea russa. Portanto, o 3o lugar fica com os russos.

Isso ocorre porque o exército russo não possui helicópteros nem aeronaves planas, somente a Marinha russa possui cerca de 318 aeronaves e o exército possui apenas UAVs e UCAVs.

Já a China vem logo atrás, sua força aérea possui 1.968 aeronaves, o exército chinês possui 855 e a marinha chinesa possui 437.

Somando todas as forças os EUA possuem 13.232 aeronaves.
A Rússia possui 4.143 e a China possui 3.260
A Índia vem em 4o lugar com 2.119
A França é o país europeu melhor posicionado, em 8o lugar com 1.057 aeronaves. (metade da frota indiana, 1/3 da frota chinesa e 1/4 da frota russa).

Luís Henrique
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

O Brasil fica em 17o com 676 aeronaves nas 3 forças.

ALISON
ALISON
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

De que adianta aviões quando a questao e guerra nuclear ze? kkkkkkkkkkkkkk

Aviões vc usa na Síria, na Venezuela, Sérvia… Com a Rússia é diferente… Como já disse Putin: “De que adianta um mundo sem a Rússia…?” kkkkkkkkkkk

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Se a Rússia invadir a Europa, porta-aviões serão inúteis.

C M
C M
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

“Os americanos se veem suficientemente fortes para enfrentarem ambos os países: China e Rússia simultaneamente.”

Se tem uma coisa que não é verdade, é isto.

A última coisa que os EUA querem é uma união de China e Rússia. Como já foi dito, estão buscando inclusive cada vez mais a aproximação com a Índia.

Se tem um coisa que eles não estão é “confiantes” com tal situação, pois os americanos não brincam quando a questão é militar e geopolítica.

O tal “tigre de papel” a cada dia domina tecnologias militares mais sofisticadas e, diferentemente da Rússia, tem maior poder para fazer frente às sansões americanas.

Pode apostar que eles estão bem longe da “confiança”.

Fernando C. Vidoto
Responder para  C M
3 anos atrás

Se os EUA estão amedrontados não aparentam.

Na reunião de ontem, Biden poderia tentar alguma aproximação com a Rússia… e, não o fez.

ALISON
ALISON
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Puro orgulho e burrice… Igual a sua. kkkkkkkkk

ALISON
ALISON
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Nisto vc acertou (ate que enfim). Pena que não são. kkkkkkkkkkk Se fosse já teria atacado a Rússia a muito tempo…(Vontade nunca faltou!kkkkk). EUA é aquele fortão covarde da escola… So sabe brigar com quem não pode bater nele… kkkkkkkkkkkkk

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

kkkkkkkkk

A melhor piada que escutei nos últimos dias…

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Sim.
Depois de se reforçar com as tropas que foram expulsas do Afeganistão.
Logo, se juntarão às que serão chutadas do Iraque.

Hellen
Hellen
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Os russos so estao esperando os americanos começar um conflito na sua fronteira para pode invadir esses paises do balkans de forma devastadora !!!!
Semana passada o batalhao do exercito russo estacionou na fronteira da ucrania o Biden ligou para o putin e pediu para baixar as tensões !!! Kkkk
Resumindo : o Biden pipocou !!!!

Fernando C. Vidoto
Responder para  Hellen
3 anos atrás

Olá Hellen,

Tentei achar o link da notícia não consegui. Poderia por gentileza compartilhar?

Att.

Fernando C. Vidoto
Responder para  Hellen
3 anos atrás

Obrigado. Mas a Ucrânia não é Balkans pô! Porém a notícia é verídica.

Vou acompanhar de perto isso aí.

Esse tipo de ação militar da Rússia pressiona os países vizinhos da Ucrânia a buscar abrigo na OTAN desesperadamente. (Sem falar que queima a reputação Russa internacionalmente).

Agora é ver o quais cartas OTAN e EUA irão mostrar. O Biden nem comentou esse fato com o Putin. Capaz de não fazerem nada. (Ucrânia não é OTAN)

Na minha opinião, OTAN só aparece em caso de genocídio de ucranianos (vide conflito da Yugoslavia em 1999).

Att.

Hellen
Hellen
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Vc nao percebeu o aviso devastador e ja avisando do que vai acontecer ( a ucrania vai servi de exemplos para os paises dos balkans do que vai acontecer !!!!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Pois é.
Esse era o fardo que a União Soviética carregava.
Agora, está tudo com os EUA.
Se juntar tudo isso, não dá meio país.

Jacinto
Jacinto
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Só restou a Bielorrússia, que de toda forma é um país menos importante. Relativamente pobre (PIB menor do que o de Luxemburgo) e sem importância política.

100nickElã
100nickElã
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

Pode ficar com todo esse lixo, que só dava despesas para a URSS. Agora a Rússia só gasta com ela mesma e não precisa sustentar esses parasitas ingratos. Fiquem com tudo. O importante é que a Rússia tem a China como aliada. A China vale mil vezes que todos esses países ai.

ALISON
ALISON
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Pode perder a influencia que quiser… OTAN não tem peito pra atacar a Rússia e ponto final…

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Zorann
3 anos atrás

O que você propôs é impossível, EUA e Rússia são como água e óleo. Com battle groups da OTAN nas fronteiras do Putin e a questão da Ucrânia e da Síria, jamais chegarão a um denominador comum, para não falar da própria desconfiança dos europeus para com os russos. Mesmo se acontecesse, o Putin, excelente estrategista, jamais se afastaria da China para se aproximar do Ocidente, tanto por conta da desconfiança, quanto por saber que ele teria muito mais a ganhar com os chineses, além de muito provavelmente não querer repetir o erro da Alemanha(brigar com dois inimigos ao mesmo tempo em duas frentes diferentes).

Zorann
Zorann
Responder para  Allan Lemos
3 anos atrás

O que acontece é que os EUA não estão acostumados a sentar em uma mesa em pé de igualdade com outra nação. Seja lá quem for.

E acredite, é melhor compor com a Russia (que todos ja conhecem) do que tê-la do outro lado.

Façam concessões, sentem, negociem… A Russia tem mais a ganhar no ocidente…

Pode anotar aí… não vai demorar muito para a OTAN rachar. Ou acha que vão tolerar a Turquia até quando?

Nascimento
Nascimento
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Sem contar que o tema do isolacionismo toma cada vez mais força nos EUA independente da ideologia. O Obama por exemplo foi eleito prometendo retirar as tropas americanas do Oriente Médio e Trump sob promessa de retirar as tropas americanas do resto do globo.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Zorann
3 anos atrás

A Russia tem mais a ganhar no ocidente…

Nem de longe isso é verdade.

Luís Henrique
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Caro Zorann, acho que isto é uma viagem. Os EUA e a Otan tem sido o inimigo da Rússia nos últimos 75 anos. A China, por outro lado, tem sido um comprador de equipamentos militares russos, um grande investidor e parceiro.
Como imaginar a Rússia amiguinha dos EUA e contra a China?
Não entendo esta lógica.
A menos, que Xi Jingpin faça muita besteira, e invada o território russo e declare guerra, os russos nunca irão se aliar aos americanos contra a China.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Não existe amizade entre os países, apenas interesses. Se a Rússia no futuro constatar que a China é um perigo para a sua segurança nacional, os russos irão se encostar aos americanos e ao Ocidente em geral.

Isso seria o pragmatismo em seu nível mais alto na geopolítica.

Os chineses não irão invadir o território russo no sentido militar, mas a influência cada vez maior dos chineses na Sibéria desperta uma desconfiança entre os russos, a alta cúpula política russa não irá afirmar essa desconfiança publicamente, mas ações econômicas e militares demonstram claramente que essa desconfiança existe nos russos.

A Sibéria é rica em recursos e pobre populacionalmente, da mesma forma que a China é o oposto. A Sibéria – a parte asiática da Rússia, ao leste dos Montes Urais é imensa. Ela ocupa três quatros da massa terrestre da Rússia, o equivalente aos territórios dos EUA e da Índia juntos.

A fronteira, com seus 4.209,3 quilômetros, é o legado da Convenção de Pequim de 1860 e de outros pactos desiguais entre uma Rússia forte e expansionista e uma China enfraquecida após a Segunda Guerra do Ópio. Os 1,4 bilhões de chineses ao sul da fronteira superam os 144 milhões da Rússia em uma proporção de quase 10 para 1. A discrepância é ainda mais acentuada em relação à Sibéria por si só, lar de parcos 38 milhões de habitantes, e especialmente na área fronteiriça, onde somente 6 milhões de russos estão diante de 90 milhões de chineses. Com casamentos interétnicos, comércio e investimentos para além das fronteiras, os siberianos podem perceber que, para o melhor ou para o pior, Pequim está muito mais próxima do que Moscou.

As vastas extensões da Sibéria proporcionariam não apenas espaço para as aglomeradas massas chinesas, agora comprimidas na metade costeira do seu país pelas montanhas e desertos do oeste da China. A terra já está fornecendo à China, “a fábrica do mundo”, muitas das suas matérias primas, sobretudo petróleo, gás e madeiras. Cada vez mais, fábricas de propriedade de chineses na Sibéria produzem em larga escala produtos acabados, como se a região já fosse parte da economia da China.

A integração econômica pode ser tão intensa que pode haver de fato uma anexação da Sibéria por parte da China, mas esse redesenho do mapa só pode ser efetuado após 2050, quando a China acredita que de fato se tornará o maior país do mundo em todos os termos e até lá, um sujeitinho chamado Putin já estaria a 7 palmos da terra.

Embora isso possa ser extremamente especulativo.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Análise interessante. Mas acho que você subestima a Rússia. Ela é grande demais para buscar apoio no colo dos EUA da mesma forma que os países da OTAN fazem.

Mesmo sem o Putin, o território russo jamais será vítima de uma anexação porque a Rússia continuará a ter a sua tríade nuclear, que é tão eficiente quanto à americana.

Se nem Napoleão, um dos maiores gênios militares da história, ou Hitler conseguiram derrubar a Rússia, pode ter certeza de que não é a China que fará isso, ela também deve saber que seria muito melhor manter os russos em uma dependência econômica do que arriscar uma agressão militar.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Allan Lemos
3 anos atrás

Pelo contrário, não subestimei os russos. Eu afirmei categoricamente que militarmente é muito difícil acontecer uma anexação por parte dos chineses, ou seja, comparações com Napoleão e Hitler são mais do que inviáveis.

Falando no sentido econômico das relações, a dependência econômica pode ser tão forte e ampla que os russos étnicos poderiam no futuro a ser uma minoria na Sibéria ao contrário dos chineses que formariam uma maioria, os chineses tem condições para fazer isso, mas conforme eu disse, não passa de uma especulação. Mas faz sentido quando se considera que os chineses dependem de sua sobrevivência de recursos naturais que não dispõe, mas no outro lado da fronteira há em abundância.

Nenhum país é grande demais quando se tem uma superpotência no cangote. A Rússia pode ser grande para os pequenos países e militarmente fracos, mas não é forte o suficiente para uma China de 2050, quando acreditam ser de fato o maior país do planeta, a discrepância só aumentará até lá, e os russos precisarão encontrar novos parceiros para equilibrar a balança a seu favor, se ocorrer um interesse chinês na Sibéria e seus recursos naturais.

Enfim, embora seja um exercício especulativo, isso não acontecerá antes da China reaver os territórios perdidos no Extremo Oriente russo, onde conseguiu na sua extensão territorial máxima na Dinastia Qing, conforme a imagem no anexo em vermelho, os territórios perdidos nos Tratados Desiguais.

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Jacinto
Jacinto
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Este é o mapa que o movimento nacionalismo chinês tem como o verdadeiro território da China. Antigamente eu achava que este movimento era apenas um delírio – como outros movimentos da extrema direita no mundo – mas depois que um diplomata chinês escreveu um twitt chamando Vladivostok pelo antigo nome que a cidade tinha quando era da China, percebi que também na China o movimento ultranacionalista está se infiltrando no governo;.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

Existem 2 tipos de pessoas que defendem que a China recupere os territórios perdidos. Os primeiros são os chineses pró-ocidente(eles existem) e anti-governo(muitos são chineses que odeiam o governo chinês). Eles adorariam ver a China e a Rússia lutarem, seu objetivo é falso, não é sobre o território, é sobre pressionar a China a um erro estratégico.

O segundo são ultranacionalistas que realmente acreditam que há benefícios tangíveis em retomar a parte territorial dos Tratados Desiguais.

O mapa anexado foi a última vez que a China assumiu o controle do que hoje é considerado o Extremo Oriente da Rússia. Mesmo para os tipos mais radicais, esta é a extensão mais ampla de uma reivindicação territorial possível e está ganhando força na camada inferior da política chinesa.

Qualquer chinês não veria absolutamente nenhum
problema em retomar os territórios perdidos, mas as disputas territoriais devem ter um valor estratégico subjacente, não ser efetivado por emoções e fervor populista. No momento atual, considero que essas reivindicações são meros caprichos nacionalistas e podem alterar a relação sino-russo, e os chineses não irão fazer isso agora.

Vale destacar que os russos quase cederam esses territórios conquistados através dos Tratados Desiguais, o Manifesto de Karakhan afirmaria que todos os acordos de terras injustos que a China e a Rússia assinaram em épocas anteriores serão cancelados e a Rússia devolverá as terras históricas da China e da Sibéria à China. O Manifesto falhou, pois os chineses na época ainda estavam ocupados com seus próprios assuntos internos e, quando Lenin morreu, a maioria das pessoas simplesmente se esqueceu dele, e Stalin aboliu o Manifesto, mas isso foi importante para o desenvolvimento do movimento comunista chinês, e foi fundamental na criação do Partido Comunista Chinês(PCC) – aliás tocando no assunto do PCC, no dia 1 de Julho desse ano de 2021 o PCC alcançará 100 anos de existência.

Zorann
Zorann
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

O mundo muda e os interesses também.

Você acha que Bismarck lá em 1871, após vitória na guerra Franco-Prussinana, que resultou na unificação alemã e fundação do II Reich, em seu maior delírio…., poderia imaginar Alemanha e França como aliadas e sócias 80 anos depois? Tudo começou com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, passando para a Comunidade Económica Europeia, dando origem à atual União Europeia…

Imagine um soldado alemão que combateu na ww2 contra a França e sobreviveu a guerra. Ele provavelmente viveu para ver o que parecia impossível: uma União Europeia com França e Alemanha como aliados. O inimigo era outro…

O que importa são interesses…. o problema dos EUA agora é a China. O inimigo agora é outro. O pior que pode acontecer para o Ocidente, é uma aliança sino-russa.

Peter Nine Nine
Peter Nine Nine
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Seria o conflito de todos os conflitos. No fim, ou não dava em nada ou dava mesmo no “nada”.

Matheus S
Matheus S
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Realmente, se concretizar a aliança sino-russo pode ser um grande desafio para o Ocidente, principalmente pela vantagem da posição geoestratégica que ambos os países possuem, podendo conjugar a frente oceânica chinesa com a retaguarda continental russa.

Antonio Cançado
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Vai achando…E é IMPOSSÍVEL compor com a Rússia enquanto ela estiver sob o domínio do Putin.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Os eua estão se arriscando muito querendo lutar contra várias frentes de batalha ao mesmo tempo, num determinado momento isso poderá desencadear um revés contra a maior potência do mundo entre China, Rússia, Irã, Coreia do Norte e Venezuela…

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  Zorann
3 anos atrás

A Rússia com o Putin que sempre que pode antagoniza os EUA. Enquanto ele estiver no poder a relação estará sempre na balança.

O que não era com os seus antecessores pós queda do muro de Berlin

Zorann
Zorann
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Eu não falei nada de invadir a China e a Russia… Só citei o enorme território contiguo, que mesmo com as dificuldades de clima e relevo, facilita a interação econômica e dificulta demais qualquer ação militar, já que cada uma dessas nações, passa a ter em sua retaguarda, um aliado.

Hélio
Hélio
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Não acho que os russos tenham o mínimo interesse no mundo cor de rosa que os atlantistas querem criar.

FERNANDO
FERNANDO
3 anos atrás

No fundo estão fudidos os dois.
No mundo quantos países irão apoiar estes dois ai?
Europa, stop para eles, e olha, raras exceções!
Na América Latina, um, talvez três países. Bolívia não conta, pois não são burros feito a Venezuela!
No Oriente Médio, quantos? E acredito que geopolítica e econômica, está mais para a Rússia do que para China
Na África, é terreno fértil, mas, os países são ligados muitos mais as suas ex metropoles ,então é crescimento incerto para os dois, aqui neste terreno a China ganha de lavada, até os irmãos lá descobrirem qual é a real intenção da China.
Ou seja não são burros!
Na Ásia, quem gosta de China, não vale Coreia do Norte!
Quase cheque mate para eles dois geo política e economicamente.
Enfim, sentiram o chute no traseiro e foi forte, tiveram que se abraçar.
O que existe infelizmente no ramo da economia é profetas do apocalipse.
Oh, o eixo econômico irá se modificar do Atlântico para o Pacífico.
Não vai ser assim!
Estes parasitas não levam em consideração o crescimento econômico e populacional da Argentina, Brasil, México e Canadá.
E nem falei da Oceania, quem lá apoia a China e a Rússia, ou seja, irmão de última hora??
Escrevam o sistema econômico atual vai para o ralo até 2040, e China vai junto.
Se eu tivesse dinheiro, iria investir no que eu já conheço e não no que pode ser!
Embora, investidor, outro parasita tem pensamentos diferentes.
Bem, para eles perder 100 milhões não é nada não!

Fernando C. Vidoto
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Pois e… mas de acordo com o Xings dinheiro compra amizade :’D

O brodi da China continua o Paquistão.

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Só na AL, quintal dos EUA, temos vários países que apoiam a Rússia/China que, comparando com o período da URSS, que só tinha Cuba que a apoiava, olha só: Venezuela, Argentina, Nicaragua, Bolívia, talvez Peru. E vários países da AL são divididos, o próprio Brasil, que hoje, no governo Bozzo é cachorrinho dos EUA, em 2022 pode entrar um governo de esquerda e virar o jogo. Mas independente de quem vencer em 2022, a China é, hoje, o maior parceiro comercial do Brasil, superando em muito a parceiria com os EUA. Aliás, o que os EUA produzem hoje? somente dinheiro, o único produto made in USA que ainda é dominante é o dólar, mas para cada 1 analista financeiro que os EUA formam, a China forma 10 engenheiros. O mundo é mais complexo do que sua mente limitada imagina.

carcara_br
carcara_br
3 anos atrás

Esse encontro com o Biden é aquele momento do jogo que o personagem precisa fazer uma escolha que vai decidir qual final vai acontecer.
Pra mim, a posição da otan nas fronteiras russas é irreversível, eles não vão entregar a cabeça da ucrânia numa bandeja pra garantir o apoio russo, existe um pouco de arrogância neste posicionamento, então, vamos aguardar.
E sinceramente, no final, seja qual for o resultado a imagem que vai ficar para os países em desenvolvimento será horrível, existe uma ordem que favorece os interesses econômicos de poucos países que será resguardada com uso da força e da guerra.
A fantasia liberal acabou…

Antonio Cançado
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

É…Talvez…A conferir…

Paulo Araujo
Paulo Araujo
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Li, em algum lugar, que a OTAN vai lutar pela Ucrânia até o último… ucraniano.

João da Lua
João da Lua
3 anos atrás

Como diria Gandalf: “O tabuleiro está pronto. As peças se movem.”

Hellen
Hellen
Responder para  João da Lua
3 anos atrás

O putin sempre avançando e vencendo sem si mexer nesse tabuleiro !!! Kkkk
O cara é do jogo KGB parceiro !!!

Antonio Cançado
Responder para  Hellen
3 anos atrás

Não tem mais nem metade do poder que já teve…Hoje joga com o pouco que tem…Blefa muito, mas pode muito pouco…

sub urbano
sub urbano
3 anos atrás

Se a China baixar a guarda serão escravizados novamente. É preciso atacar primeiro. Nesse sentido ainda tem muito oq aprender com a Russia.

Antonio Cançado
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

Desculpe, mas ‘atacar’ COMO, exatamente?

sub urbano
sub urbano
Responder para  Antonio Cançado
3 anos atrás

Bom dia, Antonio.

Destruindo completamente o Ocidente com um ataque nuclear fulminante. Mais ou menos isso.

Jacinto
Jacinto
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

E como ela aprenderia isso com a Rússia, já que a Rússia nunca fez isso?

ALISON
ALISON
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

que burrice é essa meu Deus… Pq A China atacaria seus clientes???

Hellen
Hellen
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

Esqueça isso parceiro,isso nao ira acontecer nunca mais,nesse exato momento os chineses estão passando sobre nossas cabeças na estacao espacial chinesas !!!!!
Quem vai ser escravizados somos nos aqui do brasil no quintal yankees e comprando sucata do deserto yankee para usar !!!!!

Pedro Bó
Pedro Bó
3 anos atrás

Seria de bom tom os russos não baixarem muito a bola com a China. Quem garante que daqui há 20 ou 30 anos os chineses não começarão a cobiçar áreas da Sibéria ou ameaçar a influência russa na Mongólia e nos países turcomongóis?

Antonio Cançado
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

E a China lá tem bala na agulha pra peitar a Rússia? A China peita o Tibet, e olhe lá…

Jacinto
Jacinto
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Depende um pouco de como a política chinesa caminhar. Há uma corrente nacionalista dentro da China que entende que o território chinês conter os territórios que foram cedidos pela China aos russos nos tratados de Aigun (1858) e de Pequim (1860).

Mgtow
Mgtow
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Eu dou risada desses minions torcendo por um rompimento da parceria russo-chinesa criando teorias conspiracionistas…..kkkkkkkkkk……..chorem! Isso nunca acontecerá.

Guilherme
Guilherme
3 anos atrás

Essas matérias da chamada grande mídia americana/inglesa estão cada vez mais assumindo a forma deslavada de proselitismo maniqueísta típico de discurso dirigido para um público que vive no “cercadinho”, no caso o público que os elegeu como única de fonte de informação.
“…aumento dos crimes cibernéticos da Rússia e das violações dos direitos humanos pelo Partido Comunista Chinês (PCC)…” – perguntar não ofende: quer dizer que o Ocidente nunca foi dado a crimes cibernéticos? Então tá! Violação dos direitos humanos: quem mata mais: chineses contra os uygures, de acordo com a mídia ocidental ou policiais americanos contra a população afro?!
E se os chineses se aproximassem das lideranças civis negras da mesma forma que os americanos, na cara-dura, dão apoio financeiro/político aos ativistas de Hong Kong que serve para rechear a mídia ocidental com manchetes sobre “Movimento dos Guarda-Chuvas” etc? Kkkkkk, seria o fim de movimentos anódino e midiático como o do Black Lives Matter, que foi feito para a população branca americana se achar “consciente e solidária” com a população negra sem mudar nada dentro do status quo da sociedade americana, kkkkk! Hipocrisia demais pode cegar os brancos, mas não gente como Jalil Muntaqim, uma antiga liderança dos Panteras Negras dos anos 60 e 70, que ficou preso por mais de 50 anos, mas libertado, já disse que acha o BLM um mero modismo inconsequente, kkkkk. Já imaginou gente como ele recebendo dinheiro chinês pra rearticular os Panteras Negras assim como os ativistas de Hong Kong recebem verba e apoio do consulado americano de Hong Kong?
Claro que os chineses não farão isso, pois não vão ofender os fregueses americanos, como mostram os seguidos superavits em favor da China na relação comercial entre os dois países, mas vai que os americanos tentam passar uma das linhas vermelhas como apoiar a independência taiwanesa como manobra diversionista no caso da recuperação da economia americana for um traque e os chineses resolverem retaliar de verdade. Claro que aí seria mais fácil simplesmente proibir o acesso das empresas americanas ao mercado chinês, que hoje seria mais mais fácil de implementar do que no passado, se levarmos em conta uma matéria que saiu meses atrás no South China Morning Post de Hong Kong de que as marcas americanas têm menos apelo para os millennials chineses do que para as gerações anteriores, a X e a Y

Antonio Cançado
3 anos atrás

A China já sentiu o bafo quente no cangote, e foi buscar refúgio em quem realmente tem bala na agulha pra peitar o Ocidente…
Como eu sempre disse, a China não passa de um grande blefe.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

Os EUA estão nessa sozinhos, talvez a França, de resto os outros países falam da China depois estão comprando e vendendo para os Chineses,

Fernando C. Vidoto
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

E a Austrália que peitou a China no mês passado?

Os EUA tem aliados incondicionais: Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Israel e Canada. Esses caras vão ate o inferno com os EUA, pode apostar.

ALISON
ALISON
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Realmente… Se atacarem a China ou a Russia vao tudo pro inferno junto… kkkkkkkkkkkk

Jacinto
Jacinto
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

O maior parceiro comercial da Alemanha Nazista em 1940-41 era a URSS…

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

É amigo, todo mundo já teve parcerias comerciais com regimes nefastos: Isso não é exclusividade dos russos: Franceses, ingleses e americanos, que adoram defender a liberdade, a paz e a democracia e falam isso para o mundo todo tem parcerias comerciais com governos de moral questionável.

Como Uganda, Guiné-equatorial, Gabão , Arzebaijão entre outros…

Só é tratado, denominado como ditador, aquele déspota que não baixa a calcinha para os EUA ou qualquer outra potência Jacinto…

A França e a TOTAL também tem grandes interesses em Uganda, no fim não passam de hipócritas pomposos que pela frente fazem um belo discurso sobre direitos humanos, liberdade, demonizando regimes nefastos, mas que por trás dos bastidores se relacionam bem…

Assistência dos EUA para Uganda
Os Estados Unidos fornecem assistência significativa ao desenvolvimento e à segurança de Uganda, com um orçamento total de assistência superior a US $ 970 milhões por ano. O governo dos Estados Unidos desempenha um papel fundamental no apoio à profissionalização dos militares; fornecimento de tratamento anti-retroviral para mais de 990.000 ugandenses soropositivos; e trabalhando para impulsionar o crescimento econômico e a produtividade agrícola, melhorar os resultados educacionais e de saúde e apoiar a governança democrática por meio de instituições inclusivas e responsáveis. A missão dos EUA está trabalhando com o governo de Uganda para melhorar a cobrança de impostos e a gestão das receitas do petróleo, e para aumentar o financiamento doméstico de Uganda para serviços públicos e a resposta nacional ao HIV / AIDS.

Control
Control
3 anos atrás

Srs

No momento, o cenário parece montado para uma nova versão da guerra fria, desta vez com a China no lugar da URSS.
Porém com dois aspectos que impõe diferenças significativas:
– A China mantém elos comerciais com a Europa e o EUA muito mais fortes que a URSS;
– A Rússia tem um peso muito maior, pelo seu poder militar, que a China tinha na época da guerra fria.

Ora, as relações comerciais da China com a Europa e o Tio Sam já colocam um problema, pois se forem interrompidas abruptamente podem causar pesados estragos na economia dos dois lados.
Para a China, seria perder seus maiores mercados consumidores, causando um tremendo problema interno pela quebra de muitas empresas e perda de muitos empregos. Para evitar isto é que há um esforço muito grande do governo chinês em buscar a formação de uma classe média que possa sustentar a produção chinesa, tornando-a menos dependente do mercado externo.
Para a Europa é a perda de um mercado consumidor de seus bens de maior valor agregado (bens de luxo), o prejuízo de muitas multinacionais europeias que colocaram sua produção na China e a perda da fonte de uma boa parte de produtos industriais, particularmente eletroeletrônicos, consumidos na Europa.
A situação do Tio Sam talvez seja menos crítica, pois conserva, ainda, um grande parque industrial, porém muitos dos grandes conglomerados ianques tem grandes investimentos na China, que podem ir para o ralo se as relações se agravarem.
Um ponto importante é que o quadro atual tende a mudar, seja pelos esforços da China em reduzir sua dependência das exportações para o Tio Sam e a Europa, seja pelo esforço dos países, hoje clientes cativos da China, em recuperarem sua indústria e/ou diversificarem a fonte dos produtos industriais que consomem.
No que tange a posição da Rússia, ela é, no momento, vantajosa, pois permite uma ação pendular jogando com a necessidade da China em contar com seu apoio e com a vontade do Ocidente em mantê-la neutra.

Outro aspecto que torna a situação atual diferente da era USA x URSS é que as coisas não estão evoluindo conforme aconteceu na guerra fria: bastante retórica e alguns conflitos por procuração em regiões periféricas.
Isto não está acontecendo, pois, apesar da tradicional retórica estar a pleno, ao mesmo tempo, uma guerra não convencional está em curso, com ações agressivas nas áreas comercial e financeira, no ciberespaço e nas áreas de informação e entretenimento (busca do controle da sociedade pelo binômio “coração e mentes”). E, talvez, até na área biológica (vide Covid19).
Algum tempo atrás, face a decadência ocidental, a expectativa era que a China mantivesse um perfil “low profile” esperando que o Ocidente se autodestruir, com a Europa se autoflagelando com o abandono de seus valores tradicionais e sob a pressão da imigração de povos muçulmanos; e com o Tio Sam entrando numa fase isolacionista e sofrendo da mesma praga da Europa, a perda de seus valores tradicionais.
Mas isto não está acontecendo. Pelo contrário, a China não tem demonstrado a proverbial paciência chinesa e tem agido de forma muito agressiva, seja na disputa territorial com seus vizinhos, seja na celeridade com que avança sobre áreas de influência da Europa e do Tio Sam.
Por alguma razão, a China tem pressa e isto tem despertado reações tanto dos países de sua periferia como do Tio Sam e, agora, dos europeus.
E aí, uma guerra “soft” e sutil começou a caminhar para uma guerra “hard”. E o risco de um conflito militar e até com bombas nucleares cresce.

Mas, apesar de gravíssimo, o risco do conflito desandar em uma guerra não é o maior fator de dor de cabaça.O maior problema é que há um desdobrar de forças que podem ter grande impacto sobre a situação geopolítica do planeta:

– A expansão da religião muçulmana, inclusive na Europa, pode subverter a posição de muitos países (diferente de outras religiões, o islamismo dita a conduta da sociedade e as leis).
Um ponto normalmente pouco considerado é que os muçulmanos, além da aversão quase visceral pelo modo de vida dos países ocidentais, também tem velhas/novas rixas com russos e chineses.
Ou seja, um renascimento muçulmano não apenas causa/causará sérias dificuldades para o ocidente, particularmente para a Europa, como também gerará conflitos dentro da Rússia e da China e prejudicará em muito a iniciativa da nova Rota da Seda.

– As mudanças climáticas que, se mantiverem a tendência atual e chegarem perto das previsões (mesmo as moderadas, não as catastróficas), levarão, provavelmente, a sensíveis mudanças na produção de alimentos, seja na quantidade, seja onde a agricultura poderá ser praticada.
Tais mudanças podem levar a escassez, disputa por terras aproveitáveis para a agricultura e, o pior pesadelo dos países mais desenvolvidos, migrações em massa.
Isto sem considerar o fantasma de um processo acelerado de extinção de espécies, não a dos grandes animais (que já estão condenados a virar criaturas de exposição em reservas e zoológicos), mas de toda a rede de animais e plantas que formam os diversos biomas que existem no planeta e que, sem o “homem sapiens” se preocupar, garantem a existência de todas as criaturas vivas.

– O crescimento da população, o que representa uma pressão a mais sobre a ecologia do planeta, seja pela exigência adicional de mais áreas para a agricultura, seja pela ação predatória nas atividades extrativistas como a pesca (vide a enorme frota de pesca da China).
Isto, em si, já é um problema, mas se o considerarmos em conjunto com as mudanças climáticas, tal situação pode colocar a atual disputa pela hegemonia como uma questão secundária, pois uma crise alimentar pode levar o planeta ao caos com a desestruturação das nações e ao desmanche das organizações internacionais, com nações, povos, tribos lutando para sobreviver.

Em resumo:
A disputa pela hegemonia político militar está em curso com o uso de todos os meios disponíveis, com a China tendo partido para o ataque e o Tio Sam e a Europa iniciado ações de revide, apesar do conflito entre os contendores ser, no momento, um tiro no pé para ambas as partes.
Esta disputa está estranha porque a situação claudicante do Ocidente sinalizava que bastava a China ter paciência que o troféu lhe cairia nas mãos com quase nenhum esforço (a não ser que surgissem novos candidatos na disputa).
Há outras forças atuantes no planeta, algumas delas com potencial de transformar a disputa entre as atuais grandes potências em uma brincadeira de crianças travessas.

Finalmente, um aspecto notável da situação é que o Brasil segue impávido, alheio a tudo isto, totalmente focado em coisas muito mais importantes como: frases idiotas de seu presidente, a validade de um remédio no tratamento do Covid, a paternidade de uma vacina e outros temas trazidos a baila por uma mídia lotada de grandes e sábios pensadores.
Como diz um dos todo poderosos Supremos que, de fato, regem o país: “Vivemos tempos estranhos”.

Sds

Hélio
Hélio
3 anos atrás

“à ordem internacional baseada em regras”.

“A Rússia e a China estão tentando criar uma barreira em nossa solidariedade transatlântica”, disse Biden.

Parece que alguém está vendo o barquinho do globalismo emborcar.

Doido de Pedra
Doido de Pedra
3 anos atrás

kkkk, cara como o munda dá voltas. Não sou a favor dos chineses mas olha os países que fizeram a cúpula. Todos eles com exceção por eu não ter o conhecimento o Canadá fizeram coisas horríveis durante a história. O quer não dizer da Alemanha e os campos de concentração? o que não dizer do Japão que humilhou os chineses, estupravam suas mulheres, e os torturavam antes da segunda grande guerra? O que não dizer dos italianos que apoiavam a Alemanha nazista e os horrores da guerra e os EUA que jogaram não somente uma mas duas bombas nucleares? São todos hipócritas, não reconhecem suas falhas e agora querem apontar o dedo para outros países?

Não estão em posição de exigir ou criticar a China por causa de seus crimes, porque fizeram coisa pior.

Só acho…