Orçamento atende a metade das necessidades da Defesa, diz ministro

Braga Netto falou ontem na Câmara dos Deputados

Os recursos financeiros destinados à Defesa após o bloqueio de dotações orçamentárias para este ano são suficientes para custear apenas metade das necessidades das Forças Armadas.

A informação foi fornecida ontem (5) pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, durante reunião realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para ouvir o ministro e os comandantes das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) sobre as diretrizes e prioridades militares para 2021.

O Orçamento inicialmente previsto para a pasta era de R$ 9,7 bilhões. Com os cortes na Lei Orçamentária, o montante caiu para R$ 8,4 bilhões – valor inferior aos R$ 16,5 bilhões que a pasta estima serem necessários para custear as despesas discricionárias (R$ 7,8 bilhões) e os projetos prioritários (R$ 8,7 bilhões).

“O problema da Defesa é este: o Orçamento. Com a Lei Orçamentária de 2021, com o bloqueio [orçamentário], temos um déficit que estamos procurando sanar junto ao Ministério da Economia”, disse Netto ao destacar que o valor previsto para este ano, se mantido, será o mais baixo desde 2014, quando R$ 16,6 bilhões foram destinados à pasta.

“Em virtude da conjuntura, da questão do teto de gastos e de tudo o mais, a série histórica [orçamentária] vem numa decrescente. Isto gera uma adaptação nos programas estratégicos, que são alongados ou reduzidos”, disse o ministro, explicando que mudanças no cronograma dos projetos militares podem afetar a qualidade dos produtos contratados.

“Todos os sistemas têm muita tecnologia agregada. Então, não adianta eu pegar um sistema que foi planejado em 2012 e, em função da carência orçamentária, ir alongando [o projeto], pois, quando chegar ao fim do tempo planejado, receberei um equipamento obsoleto”, afirmou Netto.

Segundo o ministro, as “adaptações” impactam também a Base Industrial de Defesa, que, atualmente, reúne 1.130 empresas específicas e 5,6 mil que fabricam algum item de defesa, gerando 285 mil empregos diretos e desenvolvendo tecnologia empregada por outros setores.

“Hoje, o Brasil está exportando respiradores. Esta base industrial foi mobilizada, como em uma operação de guerra, e passou a fabricar e reformar respiradores que estavam com problemas”, exemplificou Netto, destacando que o Brasil ocupa a 85ª posição no ranking dos países que mais investem em defesa – sendo o sétimo entre as nações sul-americanas.

“Nossa prioridade é prosseguir com os projetos estratégicos a fim de garantirmos nossa capacidade de dissuasão e a presença em todo o território nacional. A Defesa e as Forças Armadas são o principal seguro do país. Podemos não ser utilizados por vários anos, mas, quando formos solicitados, temos que estar prontos para responder ao chamamento, seja em um conflito, seja em uma emergência”, finalizou o ministro, ao defender a manutenção dos investimentos.

Ao sancionar a Lei Orçamentária de 2021, com bloqueios adicionais, o presidente Jair Bolsonaro vetou parte do texto aprovado no Congresso Nacional. Os vetos foram justificados com base em projeções do Ministério da Economia, que indicou a necessidade de uma recomposição de R$ 29 bilhões – o que foi feito em acordo com o Congresso, por meio de um veto parcial de R$ 19,8 bilhões de dotações orçamentárias e o bloqueio adicional de R$ 9 bilhões. Com isso, segundo a equipe econômica, o Orçamento de 2021 cumpre a regra do teto de gastos.

A diferença entre o veto de dotações e o bloqueio é que o veto representa um corte definitivo da despesa, enquanto que o bloqueio permite que o valor bloqueado possa vir a ser desbloqueado ao longo do ano, no caso de novas projeções indicarem a existência de um novo espaço no teto de gastos.

“Não faltam recursos para instrução, operações e tudo o mais. O recurso que vai faltar é justamente o que vai para projeto. Esta não é uma questão de governo, mas de conjuntura. Isto só vai se resolver com as reformas, mas estamos trabalhando junto ao ministro Paulo Guedes e ao próprio presidente, que estão sensibilizados, e esperamos poder recompor esta questão”, finalizou o ministro.

Sociedade e Defesa

O ministro também lamentou a pouca atenção que a sociedade brasileira dedica aos temas correlatos à defesa nacional. “Uma coisa que se observa, no país, é que não há uma mentalidade de defesa”, disse.

“O Brasil não tem esta mentalidade. E, hoje em dia, o mundo está se armando mais; países estão se equipando, com vistas a uma segurança alimentar e hídrica”, comentou o ministro, após defender a recomposição orçamentária do ministério.

“Temos que estar preparados. Até porque, os equipamentos [militares] não são encontrados em prateleiras. Uma encomenda leva sete, oito anos para ser entregue. E, depois, ainda é necessário treinamento […] Mas o país não percebe isto e os recursos não são suficiente”, disse o ministro.

Os comandantes das três forças armadas reforçaram a fala do ministro sobre o tensionamento geopolítico. “Concordo com o ministro: a instabilidade mundial é crescente. Cito um dado para justificar esta afirmação: os gastos militares dos principais países, daqueles que são referência em termos de relações internacionais, aumentaram durante a pandemia. Além disso, há várias regiões marítimas em que a tensão é crescente. E não sabemos onde isso vai parar”, disse o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos.

“A Defesa será mais forte quanto maior for a participação da sociedade”, comentou o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. “No momento, é o orçamento que precisamos melhorar”, disse Nogueira.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior se posicionou de maneira similar. “Acho que temos que desenvolver, na nossa sociedade, a visão de que [as Forças Armadas] somos um seguro. E que precisamos pagar por este prêmio que é a paz.”

FONTE: Agência Brasil

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Henrique
Henrique
3 anos atrás

É? Então já pensou em cortar as necessidades também pela metade?

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Pudim é mais gostoso que maçã, picanha é mais saborosa que frango frito, nossos soldados estão ralando muito, precisam dessas iguarias ???

Agressor's
Agressor's
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

1889 – Golpe, Ditadura, Golpe dentro do golpe, mais ditadura, Oligarquia (República do Café com Leite), Tentativas de golpe, Ditaduras dentro da República do Café com Leite, Golpe, Era Vargas, Golpe falso pra justificar outro golpe, Estado Novo, Tentativas de golpe, Ditadura, Populismo, Tentativa de Golpe, Golpe, “Ditadura”, “Diretas Já”, Populismo de novo, Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma, Temer, Bolsonaro, ainda mais populismo e caudilhismo, mensalão, petrolão, BNDES, Lava-Jato…

Durante toda a minha vida escolar, eu sempre ouvi falar muito mal do Período Monárquico Brasileiro. Os livros do MEC sempre se referem a essa época de forma muito rápida e com um tom pejorativo. Mas a realidade é que o braziu mergulhou nas trevas e vai ser muito difícil de sair dessa. O braziu é um país trágico, perdemos completamente o rumo e nossa identidade cultural. O caos em que nos encontramos é um reflexo disso.

Na noite do dia 15 de novembro de 1889 os republicanos disseram a seguinte frase: “O braziu será um país do futuro”…131 anos depois vemos o futuro almejado e alcançado por eles!…

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Se o período monárquico fosse essas maravilhas todas, o imperador não teria sido deposto. Não adianta ficar de mimimi 100 anos depois quando na hora H fugiram da luta. Pedro II era um covarde e covardes fogem mesmo. Eu no lugar teria lutado até o último homem, como fizeram os americanos na guerra de secessão.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

“Se mil outros tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim à escravidão!”

Princesa Isabel, 1888.

“Enfia o processo no #”

Lula.

Império Brasileiro segundo os ”professores” ( lefts ) = Escravidão e estupros de índios.

Dom Pedro II com 15 anos era mais bem preparado que todos os “presidentes” que o Brasil já teve….O segundo reinado do Império do Brasil foi a melhor época de nossa nação…

Luciano do Prado
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Republicanos? Esse foi só o primeiro golpe militar de nossa história. E tem gente que, ainda hoje, acha que a solução são os militares no governo..

Dilbert_SC
Dilbert_SC
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Com um orçamento que destina 80% para pagamento de folha e pensões (de filhas, netas, bisnetas, etc.) nunca vai ter dinheiro que chegue mesmo.

Daniel Vilela
Daniel Vilela
Responder para  Dilbert_SC
3 anos atrás

Podia ser 80% mesmo, mas já está beirando os 90% e continua a subir!!

Matheus S
Matheus S
Responder para  Daniel Vilela
3 anos atrás

É de se esperar que isso aconteça mesmo, já que pelas contas do próprio Ministério da Defesa, as pensões a beneficiários de militares, incluindo as filhas, praticamente dobraram em uma década.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

No exílio em Paris, D.Pedro encontrou-se casualmente com Ruy Barbosa que lhe desabafou: “Majestade, me perdoe. Eu não sabia que a República era isso.”

Matheus S
Matheus S
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Desde a fundação da República, somos governados ou por corruptos ou por governos militares ou por incompetentes mesmo, essa última classe foi o que teve o maior número de presidentes, sendo que eram auxiliados por outros incompetentes, no caso de Ruy Barbosa pela crise econômica do encilhamento, acho que o primeiro caso no Brasil do experimento da Teoria Monetária Moderna (TMM) que de moderna não tem nada.

O próprio orçamento do EB foi outro que sofreu com a fundação da República, o orçamento acabou sendo menor na República do que no Império, e olha que o próprio imperador dava preferência a Marinha do Brasil, ou seja, o orçamento da Marinha era de importância primária.

Mas eu como apoiador da monarquia, não fico muito entusiasmado com a família imperial não, acho eles muito pouco determinados e eles desejam um retorno glorioso da monarquia em que todos os brasileiros clamam pela volta de um monarca, a chance dessa família retornar ao poder foi no governo militar após 64. Por ocasião de serem pouco determinados, uma monarquia parlamentarista não resolveria nem metade dos problemas que temos no país, principalmente em questões estaduais e municipais.

Blind Man´s Bluff
Blind Man´s Bluff
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Monarquia no Brasil, que loucura.
Monarca, politico e brasileiro de casta nobre, playboy, ainda por cima?!

Agressor's
Agressor's
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Não sou monarquista e não defendo o monarquismo como solução para o nosso país. Acredito que se hoje o monarquismo fosse restaurado por aqui isso seria um completo desastre. Mas é fato que se naquela época nossa monarquia não tivesse sido derrubada as coisas por aqui seriam muito diferentes do que são atualmente. A situação do nosso país só mudará hoje através de uma política nacionalista e da conscientização do povo pra isso..

Já fomos uma grande nação soberana. O segredo é a soberania e toda potência latente incomoda as nações hegemônicas. Basta ver o incômodo da França e Inglaterra com Alemanha antes de sua unificação no século 19. Nações como o Brasil possuem todos os recursos e as condições pra alcançar o nível de potências emergentes como a China hoje. Muitos brazileiros não sabem mas o nosso país é o mas rico do mundo em tudo…Metais/pedras preciosos, terras agricultáveis, petróleo, água doce, minérios estratégicos e etc…

Temos toda capacidade pra nos tornarmos um player mundial, só que somos sabotados pelas potências dominantes para sermos impedidos de alcançar isso pois nos tornaríamos num concorrente de alto nível. É por isso que atuam tanto por aqui para nos sabotar e não permitir que nada ande pra frente e desenvolva o país.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Mas é impressionante como aqui em nosso país ainda existam pessoas que defendam potências estrangeiras como nações aliadas e amigas nossas. Fica claro em suas ações de como suas intenções são movidas por motivações de caráter escuso, de modo a impedir que outras nações ascendam e não ameacem a hegemonia político-econômica delas. Mas ainda tem gente que acha que países como os eua querem que o Brasil prospere, que tenha empresas e indústrias competitivas pra concorrerem com as deles, quando na verdade eles querem é um novo México, mais uma das repúblicas de bananas controladas por eles.

Países como o Brasil tem o poder de fazer parar toda a economia industrial do mundo, só com o embargo de alguns de seus recursos naturais, como o nióbio. Uma canetada bem dada de um presidente do Brasil pode trazer mais “caos” que bombas nucleares. As potências dominantes temem a ascensão de nações como a nossa, elas ocultam e não deixam isso transparecer mas é algo latente pela maneira como agem, e isso não é de agora, é algo que vem desde a época do Brasil Império!

Matheus S
Matheus S
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Eu sempre vejo você falando sobre nacionalismo, mas o que você defende exatamente com nacionalismo?

Existem diversos movimentos de nacionalismo, o econômico, cultural, religioso, linguístico e etc.

O próprio termo nacionalismo vem sendo associado ao campo econômico, justamente influenciado pelas ideias de esquerda na qual se impõe contra o imperialismo estadunidense, no caso no campo econômico e militar, já que culturalmente somos semelhantes aos seus princípios e valores.

Esquerda e direita na minha visão são totalmente irrelevantes para serem questionados em um debate, vou me atentar apenas as teses que você defende, o nacionalismo.

Pois bem, vou tomar como caso no que você defende como o nacionalismo econômico, já que a maioria das interpretações visam esse sentido e seu texto destacando os recursos do Brasil deixam claro isso.

Você sabe o que é patriotismo?

O patriotismo é sentimento de devoção e amor à Pátria. Patriotismo é o sentimento de pertencimento, do indivíduo para com a sua origem cultural, territorial, social e histórica. Infelizmente, o patriotismo brasileiro vêm sendo destacado pela sua devoção aos recursos naturais do Brasil, isso eu chamo de a ideologia dos hidrocarbonetos como petróleo e gás, no Brasil existe uma clara associação errônea entre patriotismo e nacionalismo, embora este possa compor um dos aspectos idealistas do patriotismo. Ou seja, nem todo patriota é nacionalista, e o nacionalista nem sempre é patriota. Os nacionalistas brasileiros destacam recursos naturais em detrimento de sua própria identificação histórica, suas motivações são decorrentes em torno do nacionalismo econômico, o dever do Estado comandar toda a economia em prol dos interesses brasileiros, mas esquecem de seus legados históricos e culturais.

George Orwell, em seu influente ensaio, “Notas sobre o nacionalismo”, distinguiu o patriotismo do conceito relacionado de nacionalismo:
“Por “patriotismo” quero dizer devoção a um lugar particular e a um modo particular de vida, que se acredita ser o melhor no mundo, mas não tem vontade de forçar outras pessoas. O patriotismo é defensivo da sua natureza, tanto militar como culturalmente. O nacionalismo, por outro lado, é inseparável do desejo de poder. O propósito permanente de cada nacionalista é garantir mais poder e mais prestígio, não para ele, mas para a nação ou outra unidade em que ele escolheu afundar a sua própria individualidade.”

Charles De Gaulle definia: “patriotismo é quando o amor por seu próprio povo vem primeiro” e “nacionalismo quando o ódio aos demais povos vem primeiro(interpretação no 3º parágrafo)”. Por óbvio a mensagem estava contaminada pelo trauma sofrido com o nazismo, na qual se caracterizou pelo ultra-nacionalismo alemão, derivado dos valores prussianos, mas não deixa de ser verdadeira nos tempos atuais.

Para entender melhor a diferença entre patriotismo e nacionalismo, é preciso ter em mente os conceitos básicos de “nação” e “país”. Nação é expressão cultural da pátria. Ela é intangível. O País é expressão material do território e sua organização política. Ele é tangível. Portanto, há nação sem país. Há países que abrigam expressões policulturais e há, também, países constituídos por várias nações.

São os patriotas que constroem os verdadeiros valores da pátria. A nação é forjada por eles e nenhum país sobrevive sem patriotas. O Brasil, hoje, enfrenta um perigosíssimo processo de extinção do sentimento patriótico. Estamos nos tornando um país desprovido de sentimentos nobres. Nossa nobreza de sentidos está sucumbindo pela ação iconoclasta de uma militância sem causas.

A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do cidadão. Sem essa identificação o indivíduo não cultiva sua autoestima no seu lar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade e no seu estado, quanto mais na defesa do País. Sem esse sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania e, ainda que a cidadania não se confunda com o patriotismo, o fato é que o respeito devido pelo cidadão à sua pátria pressupõe aprendizado patriótico, busca de dignidade.

O avanço da conturbação urbana ocorre, hoje, desacompanhado da presença efetiva do governo na melhoria das condições de vida da população. A economia, nesse ponto, é determinante. Não há infraestrutura, educação, criação de espaços de lazer, arborização e segurança. Imensos espaços comunitários permanecem destinados à marginalidade, relegados a bairros-dormitórios destinados ao desprezo dos próprios ocupantes. Nesse ambiente deteriorado, há de se perguntar: que sentimento podem os jovens nutrir pelo pedaço de chão onde vivem, se não se sentem queridos pelo Estado e não recebem deste qualquer tipo de orientação ou suporte?

De fato, mesmo diante dos desafios imensos advindos das diferenças sociais abissais que vivemos no dia a dia, o sentimento de júbilo nos momentos em que ocorre algum chamamento à mobilização – seja para comemorar uma vitória na Copa do Mundo, seja para reunir centenas de milhares para protestar contra a corrupção, a falta de políticas sociais e a insegurança pública – é sintomático de um sentimento transcendente.

Com efeito, a perda da autoestima por fatores econômicos, em que pese atribuída à pobreza material do brasileiro, não retira deste o sentimento de pertencimento à pátria. Essa perda do sentido de pertencimento está, efetivamente, vinculada à miserabilidade intelectual. A miserabilidade intelectual, contudo, é reversível – independe da situação econômica. Ela está ligada ao grande compromisso da pátria com a educação de seu povo, os russos em todos os sentidos são um exemplo para os brasileiros.

O remédio, a saída, a cura, tudo enfim, está na educação!
Com efeito, devemos resgatar a dignidade do patriotismo a partir da educação. E a educação patriótica deve começar, efetivamente, no ensino básico. A revolução se inicia pela educação patriótica. Uma geração que assuma esse compromisso irá iniciar o movimento, irá reivindicar, conquistar e implementar, com amor à pátria, as mudanças necessárias e dignificar a Nação.

Paulo
Paulo
Responder para  Henrique
3 anos atrás

A solução tá em cortar até 30% o efetivo das F.A, principalmente o da MB. Sempre repito: é inadmissível uma força com 80.000 homens sem navios e uma real capacidade dissuasória. Reduz esse efetivo em 15 mil homens e façam as contas de quanto do orçamento poderá ser canalizado para o investimento. E isso sem mexer no vespeiro das pensões problemáticas e incompreensíveis das filhas, netas, tia sobrinhas, juntadas, enroladas, etc.

Paulo
Paulo
Responder para  Paulo
3 anos atrás

30% ? você está sendo generoso, 60% seria o ideal.

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

Onde essas pessoas querem chegar?
Por que estão tão dissociadas da realidade?
É uma coisa pensada?

Jose
Jose
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Pq querem continuar a comer picanha com sobremesa de pudim de leite condensado, arrotar liberalismo econômico de botequim, e defecar opinião política sem noção e que é proibida pela constituição.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Jose
3 anos atrás

Devo admitir que vc tem total razão.

Heinz Guderian
Heinz Guderian
3 anos atrás

Já peguei a pipoca e a coca, esperando pelas discussões.

Trathanius
Trathanius
Responder para  Heinz Guderian
3 anos atrás

Nem há muito o que discutir é consenso da maioria que a maneira como as forças armadas brasileiras administram seus orçamentos é uma vergonha.

rdx
rdx
3 anos atrás

É muita desfaçatez.

Victor Filipe
Victor Filipe
3 anos atrás

Do jeito que as forças armadas são, se na mais improvável das hipóteses o orçamento vá para os 2% que eles tanto querem, ao inves de modernizar os equipamentos e todo o resto, eles iriam e recrutar mais 100 mil soldados pra gastar os 0.5% adicionais do orçamento com eles.

Rui Chapéu
Rui Chapéu
Responder para  Victor Filipe
3 anos atrás

Ia faltar lagosta e picanha no Brasil pra atender a esse aumento em defesa

DanielJr
DanielJr
Responder para  Rui Chapéu
3 anos atrás

Iria ter briga entre o EB, o tribunal superior e o IBAMA. O EB e o tribunal brigando pra ver quem fica com mais lagostas e o IBAMA tentando frear a pesca.

Henrique
Henrique
Responder para  Victor Filipe
3 anos atrás

Eles iriam dobrar as turmas da AMAN é inventar algum programa mirabolante, tipo um Osório 2.0.

Jacinto
Jacinto
3 anos atrás

Este pessoal está completamente fora da realidade. O país teve queda de arrecadação de quase 7% em 2020 e aumento das despesas e eles querem, na prática, duplicar o orçamento deles?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Jacinto
3 anos atrás
Luís Henrique
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

Não é bem isso. Em 2014 a Defesa teve mais de R$ 16 bi para investimentos.
O valor para 2021 de R$ 8,6 bi é o Menor desde 2014.
Eles querem R$ 16 bi que é o mesmo valor que foi investido em 2014.
O pedido não é um absurdo. Levando em conta a inflação, 16 bi hoje vale bem menos que 16 bi em 2014, ou seja, não estão pedindo nada absurdamente fora do que já foi feito alguns anos atrás.

Ocorre que de 2014 para cá, fechamos contratos importantes como o do Gripen, KC-390, etc. E com os cortes dos últimos anos, chegamos a uma situação de ter uma verba que é praticamente a METADE da verba de 2014. Isso fará com que programas em andamento, parem, e as multas contratuais e os problemas de descontinuidade, demissões, etc são problemas reais e não inventados para se conseguir as verbas.
E isso será ruim para as forças armadas e também para o país.

Jacinto
Jacinto
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Luis Henrique,
O PIB do Brasil em 2014 era de US$ 2,5 trilhões e o de 2019 foi de US$ 1.8 trilhões – um recuo de 25%. É irreal querer ter o mesmo padrão de orçamento de 2014 quando a economia do pais recuou 25% no mesmo período.
E o fato de a Defesa ter fechado contratos que aumentam seus gastos em um período em que a economia do pais declina apenas reitera que este pessoal está alheio à realidade econômica do país.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

Use a moeda nacional pra assuntos nacionais. Conversões pra dólar é coisa de relatório comparativo de Banco Mundial ou FMI.
Em 2014, o PIB foi de R$ 5.260 bilhões de Reais, o orçamento federal foi fixado em 39,4% do PIB ou R$ 2.168 bilhões e a defesa recebeu 1,58% desse valor ou R$ 34,3 bilhões.

Jacinto
Jacinto
Responder para  Alex Barreto Cypriano
3 anos atrás

O problema de usar o Real é que a inflação elevada mascara o resultado. Entao em 2014 o pib foi de R$5.2 tri e o de 2020 foi de R$ 7,6 tri, o que poderia parecer bom
mas no periodo houve quase 100% de inflação acumulada, de forma que os R$ 5.2 tri de 2014 hoje seria uns R$ 10 tri hj.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
Responder para  Jacinto
3 anos atrás

Jacinto, ponto separa os milhares de algum valor; vírgula separa os inteiros dos fracionários (décimos, centésimos, etc). Pros anglo americanos, é o contrário. Bom, e voltando, inflação nada tem a ver com cotação em dólares. Informações contábeis de anos diferentes não são mercadorias pra sofrer correção inflacionária ou conversão em moeda estrangeira (cuja cotação varia ao longo do ano) pra fins comparativos.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

Esse orçamento é apertado, é mas será mais folgado ao longo do ano sempre vão liberando mais dinheiro, mas nunca chega ao necessário, mas FA tem que se comprometer em não gastar esse dinheiro com pessoal e sim com modernização, treinamento e investimentos em novos sistemas.

João Adaime
João Adaime
3 anos atrás

Em casa que falta o pão, ninguém tem razão.
Creio que já há uns 20 anos, uma comissão da Câmara dos Deputados divulgou um relatório em que dizia ser de 100 bilhões de reais (naquela época) o custo anual da corrupção. Envolvendo os três níveis, municipal, estadual e federal.
Nem precisa um PhD em economia ou administração para resolver o problema. Qualquer dona de casa tem a solução:
Reduz despesas ou aumenta a renda (fazendo mais um turno de trabalho. No caso dela é claro).
Desde o Descobrimento o governo se valeu de tirar da população o que necessita para manter suas mordomias. E como ninguém nunca reclamou, segue assim até hoje.
Juízes e desembargadores recebendo 500 mil por mês (isso mesmo), senadores com 70 assessores e plano de saúde internacional sem limite para toda a família, forças armadas comprando milhares de quilos de picanha e milhares de latas de cerveja. Fora o que não sabemos. Isto que citei é apenas a ponta do iceberg. Tem muito, mas muito mais.
É preciso dizer que o rei está nu, mas ninguém de fora tem coragem e de dentro ninguém quer perder as mordomias.
Porém existe uma solução, se formos ver o exemplo de fora do País. Em 14 de julho de 1789 os franceses deram um jeito definitivo no problema.
Se a máquina pública (em todos os níveis e poderes) for ajustada à realidade do País, poderemos em pouco tempo ser uma potência mundial em todos os sentidos. Mas para isto é preciso patriotismo.

André
André
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Tem estimativa das da PF que a corrupção chega a 25% do valor das licitações federais (estimativa conservadora).
Já um grupo de trabalho da ONU fala em 47% de desvio nas licitações federais no Brasil.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  André
3 anos atrás

Um erro não justifica o outro.
O fato de haver corrupção não quer dizer que essa situação das F.A. pode ser mantida.
O que vc acha que é ‘pressão política’ para manter salários altos e aposentadorias integrais?
E a manutenção de pensões para viúvas e ainda para milhares de filhas solteiras?
Não quero crer que vc quer acabar com a corrupção para sobrar dinheiro para manter esses privilégios.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Caro Antonio
Desculpe minha ignorância, mas onde que o André defendeu manter os privilégios de quem quer que seja?
Abraço

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Prezado João Andaime

É o velho discurso de que não tem dinheiro por causa da corrupção.
Na verdade, não tem porque também se paga salários fora da realidade para os militares (muitos servidores civis) que têm uma política de aposentadoria estratosférica.
O que eu quero enfatizar é que não devemos tergiversar nesse assunto.
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Caro Antônio
“Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa”.
Foi com este argumento que o governo federal entendeu que quem já está aposentado ou na reserva (se for civil ou militar), caso seja chamado a ocupar um cargo público, para não esbarrar no teto salarial de 39 mil, a aposentadoria/reserva não se soma ao novo salário. Cada um terá seu teto de 39 mil.
Isto num País com 14 milhões de desempregados e brasileiros há mais de meia década esperando por um exame médico especializado ou uma cirurgia.
No tempo em que o Brasil era um País sério, quem vivesse esta situação teria de optar por um dos vencimentos. Simples assim.
Abraço

Matheus S
Matheus S
3 anos atrás

O discurso é sempre o mesmo. Impressionante.

A6MZero
A6MZero
3 anos atrás

Se o orçamento está curto que a defesa aprenda a elencar suas necessidades e cortar custos,só mesmo na administração publica que a única solução que eles conseguem pensar e injetar mais dinheiro…
Se as contas não batem que cortem o desnecessário ate funcionar…

Claudio Pepe
Claudio Pepe
3 anos atrás

E dai? Quer que eu faça o que?

pangloss
pangloss
3 anos atrás

De que tipo de defesa estão falando? De que tipo de orçamento também estão falando?
Hoje, esses conceitos de orçamento e de defesa são completamente fictícios.
O orçamento virou folha salarial, e quase só isso.
A defesa se apoia na ausência de inimigos, para crer-se uma (falsa) dissuasão efetiva.

IBIZ
IBIZ
3 anos atrás

Levando em conta que mais da metade do orçamento é destinado pagamento de pensões de “maitês proenças” e uma parte é usada pra comprar picanha pra churrasco e leite condensado fica difícil defender qualquer aumento do orçamento né.

Up The Irons
Up The Irons
3 anos atrás

Enquanto tivermos Forças Armadas inchadas, ineficientes, nada irá mudar. Se cada Força reduzir seu efetivo em 20%, dá pra comprar tanques novos, fragatas novas, mais caças, sistemas de defesa antiaérea… Tudo com o atual orçamento mesmo, sem mágica!

Heinz Guderian
Heinz Guderian
Responder para  Up The Irons
3 anos atrás

20% é um bom número, nem é um corte alto.

Oráculo
Oráculo
Responder para  Heinz Guderian
3 anos atrás

O problema é que serão cortados 20% de recrutas, soldados engajados e cabos, praças, oficiais temporários, etc..

O que precisa ser cortado, o número absurdo de oficiais superiores, não será mexido.

Ou seja, não adianta quase nada.

Luís Henrique
Responder para  Up The Irons
3 anos atrás

Em 2020 foram R$ 28,6 bi para pagamento de ativos.
20% de corte daria uma economia de R$ 5,7 bi,
Na cotação atual, daria U$ 1,09 bi

Ou seja, os R$ 8,6 bi para investimentos é o que temos hoje.
R$ 16 bi é o que os militares dizem ser o mínimo necessário para manter os atuais programas andando.
R$ 5,7 bi é o que economizaríamos com uma redução de 20% de pessoal.

Se o congresso permitisse manter esse dinheiro para investimentos, se e somente se, pois o governo e/ou congresso poderiam pegar essa economia de 5,7 bi e destinar para outras áreas. Mas vamos imaginar que eles permitam que essa economia seja transferida para aquisições.

Então teríamos 8,6 + 5,7 = 14,3 bi.

Ainda não atingiria os 16 bi pedidos como o mínimo.

Ou seja, da para perceber que uma redução de 20% do efetivo, pode ajudar, mas não irá resolver o problema.

O que irá resolver o problema é uma nova reforma na previdência militar, retirando o pagamento de inativos do orçamento.
Uma campanha de conscientização da sociedade que Defesa é importante e que o Brasil investe Muito Pouco em defesa.
E em seguida, aumentos reais no orçamento, sem aumento de gastos com pessoal, apenas um grande aumento nos investimentos.
Ai sim, o 5o maior país do mundo, poderá ter forças armadas adequadas ao nosso tamanho e importância mundial.

Se aqui, em um site especializado, a maioria acha que as forças armadas recebem muito dinheiro, imagine para os mais leigos.
Percebi que depois do Bolsonaro assumir a presidência e das grandes mídias iniciarem uma campanha para destruir o governo, o número de pessoas que criticam as forças armadas cresceu bastante. Até aquela babaquice de leite condensado conseguiu fazer a cabeça de muitos. Inacreditável.

Henrique
Henrique
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Não faz o menor sentido tirar a previdência dos militares dos gastos militares. O que tem que fazer e acabar com essa palhaçada de aposentadoria integral. Um coronel reformado de 75 anos que só comanda soldadinhos de chumbo ganha tanto quanto alguém que comanda um batalhão de infantaria. Além de auditoria pra ver se realmente não tem alguma falcatrua.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
Responder para  Henrique
3 anos atrás

Ninguém tirou: no orçamento da Defesa está incluída a previdência militar, da qual desconheço o valor exato mas estimo algo em torno de R$ 45 bilhões. Lembremos que o orçamento da Defesa pra 2021 soma R$ 66 bilhões, 1,6% das receitas da União (R$ 4.180 bilhões). Em 2020, o orçamento da Defesa foi de 2,1% do orçamento federal, em 2019, 2,8%; em 2018, 2,6%; em 2017, 2,5%; em 2016, 2,2%; em 2015, 1,7%; em 2014, 1,6%. Então cabia perguntar ao general Braga Neto onde mesmo que o orçamento viria em espiral decrescente? Só seria quando você desconta a previdência militar, cujos gastos tem subido?

João Bosco
João Bosco
3 anos atrás

Se o Congresso Nacional tivesse menos medo e mais moral, deveriam abrir uma CPI mista e investigar os gastos das FA , pois não tem lógica alguém gastar dinheiro público com picanhas, cervejas e leite condensado – dentre outras coisas mais que o povo brasileiro não sabe – dizer para você que o orçamento cobre metade do que precisa .
Deveria as FA cortar gastos desnecessários – como a FAB manter um esquadrão de aeronaves executivas para transportar ministros de Estados e agregados para passear nos fins de semana – como exemplo e outros gastos mais para depois pedir aumento de recursos.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
3 anos atrás

Um dos 4 maiores orçamentos da União.
A pasta que menos teve sua verba cortada.
Um orçamento maior do que qualquer outro país da AL gasta em Defesa.
Um orçamento que é igual orçamento de Defesa do Chile, Colômbia e Argentina somados.
Tudo isso enquanto seu país passa por uma pandemia que dizimou 400 mil vidas ( e aumentando).
Mas mesmo assim não é suficiente…

Já ficou provado que o generalato, e o resto da alta cúpula das FA’s brasileiras, não tem nenhum contato com a realidade. Esse povo vive numa realidade paralela, não é possível…

Luís Henrique
Responder para  Willber Rodrigues
3 anos atrás

Estar entre os 4 não é novidade em nenhum país do mundo.
O “normal” é ser o 1o. O maior orçamento.
Apenas para pensar: A Defesa Nacional (forças armadas) NÃO recebem verbas estaduais, nem verbas municipais, muito menos verbas privadas.

A Educação e a Saúde recebem verbas federais, estaduais, municipais e da iniciativa privada.
No orçamento da Educação NÃO está incluso o pagamento de professores aposentados.
No orçamento da Saúde NÃO está incluso o pagamento de médicos aposentados.

Morei nos Estados Unidos entre 2000 e 2001.
Na época o orçamento da Educação era de U$ 120 bi. O da defesa era de U$ 600 bi.
E nunca ouvi alguém reclamar disso.

Bardini
Bardini
3 anos atrás

“Uma coisa que se observa, no país, é que não há uma mentalidade de defesa”
.
“A Defesa será mais forte quanto maior for a participação da sociedade”
.
De fato…
.
Mas essa mentalidade de defesa na sociedade só vai servir, se for para “passar pano”, diga-se de passagem.
.
Se tu passar a criticar e levantar questionamentos, que muitas das vezes podem incomodar e não ser respondidos com a verdade, aí muda tudo. Vai virar “engenheiro de obra pronta”, “especialista de teclado”, “vira-lata” ou coisa dessa linha… Basicamente, um inimigo.
.
Ou não?
.
 “No momento, é o orçamento que precisamos melhorar”
.
Se passarem a bater de frente com ele, falando que o problema não é o orçamento, todo o papinho de “mentalidade de defesa” muda na mesma hora.
.
Mas ninguém tem capacidade de fazer. Falta “achista” do tema em Brasília, para incomodar…
.
“Todos os sistemas têm muita tecnologia agregada. Então, não adianta eu pegar um sistema que foi planejado em 2012 e, em função da carência orçamentária, ir alongando [o projeto], pois, quando chegar ao fim do tempo planejado, receberei um equipamento obsoleto”
.
Fato. Vai ficar obsoleto na linha de produção. Mas entenda que: assim como os equipamentos ficam obsoletos, nossa estrutura pode ficar obsoleta.
Quem mensura isso, se não as próprias forças? E se a estrutura já está obsoleta a muito tempo e as forças não promovem mudanças internas, pq isso vai contra seus “interesses”? Como fica nossa situação $$$? E se a estrutura realmente não é obsoleta. Nós podemos pagar por ela?
.
“Temos que estar preparados. Até porque, os equipamentos [militares] não são encontrados em prateleiras. Uma encomenda leva sete, oito anos para ser entregue. E, depois, ainda é necessário treinamento […] Mas o país não percebe isto e os recursos não são suficiente”
.
Existe a mentalidade de que equipamento é importante… Louvável.
.
Sobre equipamento: as forças que geram suas próprias necessidades de material. Elas que dizem o que querem e como vão operar aquilo. Isso quando sabem quanto vai custar para operar, é claro…
Mas, como questionar isso? Como questionar os muitos e muitos bilhões que elas geram em demanda, que não podem ser pagos?
Aí sim, entra a falta de mentalidade de defesa. Falta freio!
.
O MD poderia exercer esse e muitos outros papeis extremamente relevantes. Mas o MD além de ter se mostrado inútil ao longo de sua história, foi tomado por militares. Não é mais uma instituição civil. E militar não vai bater de frente com militar. É “companheiro”.
.
Esse é o Brasil:
.
Situação de 2019, em bilhões de reais:

  • Submarinos Convencionais: R$ 12.484
  • Submarino Nuclear: R$ 12.140
  • Base e Estaleiro Naval: R$ 12.497
  • Programa Nuclear: R$ 6.834
  • Blindados Guarani: R$ 20.800
  • ASTROS 2020: R$ 2.435
  • SISFRON: R$ 11.992
  • KOMBI: R$ 6.792
  • Gripen: R$ 21.733
  • Desenvolvimento do KC-390: R$ 5.869
  • Compra dos KC-390: R$ 14.046

.
Foram 127.622 bilhões de reais empenhados em “programas estratégicos”.
Sabe quanto faltava pagar disso aí tudo, nestes dados de 2019?
82,3 bilhões de reais…
Quando que tudo isso vai ser pago, com a estrutura atual que temos? 2050?
.
E ainda tem quem fale em Fragatas, Porta Aviões, AAAe, Centauro II, MBT nacional, UCAV e etc… Como vamos pagar isso, dentro do orçamento totalmente comprometidos que temos?
.
Não é atoa que falam em 2,0% do PIB. Ficaria fácil. É só ampliar e comprar. Qualquer zé “achista” da conta de fazer isso, tendo dinheiro. Mas e que dinheiro? Onde tem isso aí sobrando? No Brasil, certamente não é!
.
Enfim, fica a pergunta: como vamos fazer “defesa” com um monte de projetos que não podem ser pagos, com o orçamento que se tem?
Só que esse é o problema: esses programas não são pensados para caber dentro do orçamento que se tem… E aí, como faz?
.
O modelo atual de “defesa” não funciona e tem de ser revisto. Não é só enfiar mais e mais dinheiro, como querem. Não é!

Caio
Caio
Responder para  Bardini
3 anos atrás

Nossos militares tem a cabeça de pobre, que prefere comprar uma tv de 50 polegadas, a reformar sua casa. Pobre metido à besta.

Luís Henrique
Responder para  Bardini
3 anos atrás

Bardini, o sr. sabe que o mínimo pedido pela Otan para se investir em defesa é 2% do PIB. Vários países membros se comprometeram em atingir esta meta Mínima.
O sr. sabe que no grupo BRIC, a média de investimento supera 3% do PIB.
O sr. sabe que os EUA investem cerca de 3,5% do PIB em defesa e a maioria dos seus militares recebem aposentadoria comum, tipo INSS, que está fora do orçamento?
O sr. sabe que a Rússia investe 4% do PIB em defesa?
O sr. sabe que a Arábia Saudita investe 8% do PIB em defesa?
Sei que sabe de tudo isso. Então te pergunto: Quanto acha que o Brasil deveria investir em defesa???
Nós investimos 0,7% à 0,8% do PIB em defesa, quando retiramos o pagamento de inativos, ou 1,4 % do PIB incluindo o pagamento de inativos.

A média mundial em 2019 era 2,2% do PIB para a defesa.
Agora em 2021 aumentou para 2,4%.

Minha opinião: O Brasil não precisa ficar acima da média, não precisa fazer o que a Rússia faz e investir 4% do PIB em defesa. Muito menos se esforçar tanto como a Arábia Saudita…mas também não acho que devemos permanecer como um dos que menos investem com 1/3 da média mundial.
Sou favorável a investirmos 2% do PIB (sem incluir os inativos)
Mas também aceitaria 2% do PIB mantendo o pagamento de inativos.

A defesa teria 50% de aumento, caso a 2o opção fosse tomada pelos nossos governantes. O orçamento saltaria de 113 bi para 170 bi.
Sem aumento nos gastos com pessoal, esses 57 bi a mais transformariam o Brasil em uma potência militar de nível mundial. E privilegiando as indústrias nacionais, a BID, esses investimentos retornariam para a sociedade através de milhares de empregos, empregos com altos salários, impostos, consumo das famílias empregadas nas indústrias bélicas, etc. Não seria um dinheiro jogado no lixo, uma grande parte do dinheiro retornaria. E nossas forças armadas teriam demanda para adquirir muitos equipamentos da nossa BID, e nossa BID teria recursos para desenvolver tecnologias, desenvolver produtos excelentes e conquistar clientes de exportação (o que traria mais benefícios para todo o país).

Bardini
Bardini
Responder para  Luís Henrique
3 anos atrás

Legal. Muito bonito. Todo mundo sabe que a OTAN preconiza ao menos 2,0% do PIB. Poucos sabem que isso aí tem que ser dividido em 70% para pessoal, 20% investimento e 10% manutenção.
.
Agora entra a questão que realmente importa: onde é que tem 57 bilhões de reais sobrando, para aumentar para 2,0% do PIB e fechar os tais 170?
Isso sendo realista. Não adianta falar em coisa que não vai acontecer…
.
Papo de BID também é muito bonito. Eu concordo, ajudaria muito injetar bilhões nisso aí. Agora, 57 bilhões de reais aplicados FULL em infraestrutura, construção civil, tem um impacto muito maior na economia, pq esse dinheiro giraria praticamente todo aqui dentro, reduziria custo Brasil, gera atratividade para investimento externo e etc. Não tem que importar muita coisa, como a BID faz, gerando emprego fora do Brasil. E esses 57 bilhões de reais impactariam a economia em um prazo muito mais curto, agregando moral pra quem viabilizar obra… Daria um mar de votos. Tem 57 bilhões de reais para fazer isso? Não. Nem pra isso tem grana sobrando. Se não tem onde se arranjar grana pra isso, tem grana pra jogar 2,0% do PIB em defesa?

A6MZero
A6MZero
Responder para  Bardini
3 anos atrás

“57 bilhões de reais aplicados FULL em infraestrutura, construção civil, tem um impacto muito maior na economia, pq esse dinheiro giraria praticamente todo aqui dentro, reduziria custo Brasil, gera atratividade para investimento externo e etc. Não tem que importar muita coisa, como a BID faz, gerando emprego fora do Brasil”.

Um dos posicionamentos mais sensatos, como já falei eles não conseguem pensar em nenhuma outra solução que não seja injetar mais dinheiro em um estrutura que é falha e padece de problemas de gestão, administração de pessoal e recursos e muitos outros…

Enquanto isso tudo que vemos é uma inércia não buscam soluções novas parecem contentes em manter o status quo, e ficar de pires na mão exigindo mais dinheiro sem apresentar qualquer retorno qualitativo para a sociedade.

Felipe Morais
Felipe Morais
Responder para  Bardini
3 anos atrás

Bardini, só complementar seu muito bem escrito e coerente comentário, respondendo a sua pergunta…tem de onde tirar? Ter até tem. Vai ser tirado? Acredito que não na nossa geração.

  • Recursos presentes no orçamento anual: Se você pega fundo eleitoral (a cada dois anos), fundo partidário, auxílios moradia (todos os poderes/todos os entes), férias acima de 30 dias para certas categorias de servidores públicos + pente fino em contratos públicos com proibição, por exemplo, de contratações de motoristas e aquisição de frotas de veículos (utilização do taxi gov) e proibição de contratações relacionadas a eventos, alimentação, etc (em suma uma racionalização na administração pública) = Chutando por baixo, R$ 10 bi a menos no orçamento anual = R$ 100 bi para projetos de 10 anos.
  • Recursos extras (não renováveis):

# Venda de imóveis funcionais/ públicos: A União possui mais de R$ 1 tri de imóveis, sendo que parte desse valor não é passível de venda. Mas, chutando por baixo, de R$ 200 bi a R$ 300 bi dá pra sair dessa cartola, especialmente considerando licenças, outorgas, regularizações e concessões.
# Venda de estatais (privatização): Não sou dos que defendem que “tem que vender tudo”, mas entendo que muito se deve vender. Mais uma vez chutando por baixo, daria pra levantar, no mínimo, R$ 100 bi com venda de estatais.

Você teria a possibilidade de tocar projetos, de 10 anos de duração (ou 15) com orçamento de mais de R$ 500 Bi.

Nesse ponto, concordo muito com você, em relação a infraestrutura. Especialmente quando se refere à logística nacional.

Mas se de R$ 500 bi, você tira R$ 100 bi pra renovar as forças armadas, em termos de equipamentos, daria pra fazer MUITA coisa.

Com os R$ 400 bi em infraestrutura, ampliando a modelagem de contratos que tem sido feita pelo Ministério da Infraestrutura, com concessões e outorgas, imagine quanto investimento externo e privado nacional conseguiríamos atrair? Aumentar drasticamente nossa malha ferroviária, melhorar as condições de nossas rodovias, especialmente norte/nordeste, implantar as hidrovias, principalmente no norte, fomentar a modernização de nossos portos e aeroportos, melhorar ainda mais nossa matriz energética etc etc etc. Enfim, da pra fazer um mundo de coisas com um investimento desse.

Daria, inclusive, para realizar a obra de infraestrutura mais importante da história desse país. A captação de águas da FOZ do rio amazonas (cerca de 1% da vazão do rio de maior vazão do mundo, em sua parte final, que desagua no mar) e o percurso dessa água para alimentação e recuperação dos rios do nordeste. Gastamos R$ 13 bi na transposição do São Francisco. Não gastaríamos mais de R$ 20 bi em uma obra dessas.
Além da dignidade de prover água ao nordeste e ao semiárido brasileiro, incluindo o norte de Minas Gerais, teríamos a possibilidade de ver um nordeste produtivo, no agro e na indústria. Se somos uma potência do agro hoje com uma pequena parcela de nosso território, imagine com boa parte do nordeste produzindo.

Enfim…seria sensacional, mas não faremos nada disso, pois, ampliando o comentário feito na matéria…não temos mentalidade de defesa, NEM DE NADA. Acabamos deixando que se normalizasse que certos seres abençoados, com salários de dar inveja a profissionais do primeiro mundo, precisam que o Estado pague suas moradias, outros precisam de mais de 30 dias de férias. E o pior, em um golpe à nação, enquanto questionávamos as pilantragens nas doações privadas às campanhas eleitorais e partidos políticos, resolveram que o melhor caminho seria o dinheiro público ir para esse destino.
Enfim, por muito tempos estaremos fadados ao fracasso e mediocridade.

Antunes 1980
Antunes 1980
3 anos atrás

Faz assim, use o orçamento em AK-47, Tanques T-55, T-64, SAM e MIG 21 e demais equipamentos da USSR.

Estes mesmos equipamentos baratos, que derrotaram por três vezes a maiores potencias do planeta.
Guerra do Vietnã, Invasão do Afeganistão em 1988 e a do Afeganistão pelos USA, OTAN e aliados.

Mas o principal é investir na produção da bomba atômica e misseis balísticos.

Oráculo
Oráculo
Responder para  Antunes 1980
3 anos atrás

“Mas o principal é investir na produção da bomba atômica e misseis balísticos.”

Aleluia Tonico!
Enfim concordamos!

Grande dia! 😀

Pedro
Pedro
3 anos atrás

Cortem das pensões milionárias, cortem o aumento dos soldos em plena pandemia e reforma da previdência, cortem, acima de tudo dos seus buffets!!!!

rdx
rdx
Responder para  Pedro
3 anos atrás

Cortem a lagosta, a picanha e a torta holandesa!

Oráculo
Oráculo
3 anos atrás

Eu digo o que as FFAA tem que fazer com urgência, sem mexer no vespeiro de redução de tropa, para otimizar o seu orçamento:

Vender os imóveis militares nas cidades com mais de 500 mil habitantes e transferir essas unidades para as Regiões Metropolitanas. Tem imóvel das FFAA NO CENTRO de algumas capitais. No Brasil inteiro tem quartéis em BAIRROS NOBRES!! Não existe isso em nenhum país sério do mundo.
Faz um processo planejado, a curto e médio prazo pra não sobrecarregar o mercado imobiliário, e vende tudo! As FFAA arrecadariam bilhões de reais, modernizariam suas instalações tornando-as mais eficientes e econômicas, e ainda sobrava grana pra ser gasta em novos armamentos.

Aumentar a contribuição previdenciária das filha de generais. Mete 25% sem dó! Isso é uma pouca vergonha. Se o “direito adquirido” nos prejudica, que o imposto doa no bolso delas.

O fim dos “Cassinos de Oficiais”.
Eu ainda não acredito que isso existe em pleno Século 21!!!
Lembro que uns anos atrás virou matéria do Globo o “susto” que um General brasileiro levou ao visitar um “Fort” do US Army e, quando foi convidado pra almoçar, se viu na fila do refeitório, com generais lado a lado de soldados, cabos, sargentos. E é no Cassino dos Oficiais que ocorre a farra das Picanhas e cervejas.

Acabar com todos os “carro particular com motorista” dos comandantes de OMs e oficiais superiores. Isso é uma piada de mau gosto. Gastar dinheiro com carro e motorista pra paparicar oficial é coisa de país africano em guerra civil, tipo Somália, Eritreia, Sudão do SUl etc..

E acabar com Hotéis de Trânsito, coquetéis, almoços, jantares, cafés coloniais, etc. em qualquer cerimônia militar, e mais umas 10 regalias que são inaceitáveis para Forças Armadas modernas e que os oficiais das FFAA tem direito desde o tempo de Duque de Caxias.

É tanto dinheiro escoando pelo ralo que a gente até esquece o tamanho do desperdício.

Depois vem com essa cara de pau dizendo que não tem verba.
Era caso de exonerar todo mundo nesse Alto Comando das FFAA.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

Olha, depois que eu descobrí que, até bem pouco tempo atras, os oficiais obrigavam os recrutas a serem “faxineiros” de suas casas, e que foi preciso uma lei pra finalmente acabar com isso, eu não duvido de mais nada….
Quer dizer que, se não fosse a lei proibir, a MB ainda trataria seus marinheiros da mesma maneira que na época da Revolta da Chibata?

Matheus S
Matheus S
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

“Aumentar a contribuição previdenciária das filha de generais. Mete 25% sem dó! Isso é uma pouca vergonha. Se o “direito adquirido” nos prejudica, que o imposto doa no bolso delas.”

A Lei de 2019 prevê que os pensionistas, apesar de estarem recebendo uma quantia mensal que já é fruto da contribuição do militar ao longo de toda a vida, também terão que contribuir para as aposentadorias e pensões de outros militares e dependentes. Logo, a alíquota mesmo aumentado de 10,5% para 25% não mudaria muita coisa em relação ao que já está sendo investido pelas forças. Esse aumento só se faria sentido se os militares fossem para o regime previdenciário geral, junto aos civis, e desse modo, teremos sim uma reforma abrangente, mas de qualquer forma, esse dinheiro retido da contribuição dos inativos não iria para ser investido pelas forças para mantê-las operacionalmente.

O que eu defendo e sempre defendi é que se retenha o valor do soldo dos pensionistas, principalmente as filhas – onde poderia haver um desconto de no mínimo 30%(para as filhas), porém, eliminando completamente a contribuição previdenciária dos pensionistas.

Nenhum país do mundo filha de militar tem pensão VITALÍCIA, se não tenhamos como extinguir essa aberração pelo direito adquirido, teremos que retirar parte do valor recebido para o investimento imediato para fins orçamentários mais urgentes. Essa pensão vitalícia das filhas acabam tirando o dinheiro justamente de outros pensionistas como as viúvas que realmente teriam direito.

Arcar com pensões para mais de 100 mil filhas de militares está nos custando caro, principalmente num país desigual como o Brasil. O pagamento desses benefícios pelo Tesouro Nacional consome bilhões por ano. A benevolência com as herdeiras de integrantes das Forças Armadas é tamanha que 7 são descendentes de ex-combatentes do EB que lutaram na Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870, isso foi no século XIX meus amigos. O Correio Braziliense mandou correspondência pelo Correio para fornecer nomes e contatos delas, o EB informou que não tinha autorização para dar essa informação.

O que eu acho engraçado é que muita gente afirma que a pensão as filhas acabou com a reforma de 2001, o que não é verdade. A Medida Provisória 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, depois transformada em lei, extinguiu a regra instituída antes, que dava às herdeiras solteiras, ainda que maiores de idade, o direito de receber pensões vitalícias. Entretanto, a legislação não acabou completamente com os benefícios. Estabeleceu que, para garantir a pensão eterna à família, os militares teriam de contribuir com 1,5% do soldo. Foi um alívio às filhas dos funcionários das Forças Armadas, que sonhavam concretizar o casamento. Isso porque os pais que passaram a pagar tal contribuição as livraram da possibilidade de ficar sem o benefício a partir da união civil. Pelas regras em vigor, o direito à pensão depende da contribuição e não está condicionado ao estado civil dos familiares beneficiados. O que realmente mudou com a reforma seria o fim do benefício para os que ingressassem na carreira após a reforma, ainda existem milhares de militares que ingressaram antes da reforma, portanto, as filhas desses militares ainda tem direito ao benefício se contribuir com um percentual de 1,5% do soldo, portanto o direito automático à pensão foi extinto, mas o direito da filha à pensão ainda está lá para milhares de militares que ingressaram antes da reforma.

Jacinto
Jacinto
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

Isso sobre imóveis… o Comando da 2ª Região Militar fica em um quarteirão, o lado do parque do Ibirapuera em SP. É um dos locais mais valorizados da cidade. Para se ter uma idéia, nesta região, um apto bem maltratado de 80m custa cerca de R$ 800 mil; e aptos de alto padrão, com cerca de 350m são vendidos por cerca de R$ 9 milhões. O Comando da 2ª Região Militar enorme e vale centenas de milhões de reais.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

Prezado Oráculo
Na década de 1970 do século passado o Exército tinha um quartel no centro de Curitiba. Ocupava uma quadra. Numa negociação com a Prefeitura, foi feita uma permuta por uma área enorme no bairro do Pinheirinho, próximo à BR 116 e o contorno Sul.
O quartel virou mercado público, com lojas na parte externa e estacionamento.
Outro quartel virou shopping. Só não sei as condições da permuta. Ainda outros prédios, todos no centro, viraram espaços culturais.
É só querer.
Abraço

QG 5a. RM.jpg
sub urbano
sub urbano
3 anos atrás

“a defesa é meia boca”… Ta falando isso pra quem cara palida? Vc é o governo ora bolas. Se não dá conta pede pra sair como em QUALQUER país civilizado onde ministros renunciam.

Alexandre ziviani
Alexandre ziviani
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

Esses generais parecem aquele filho adolescente drogado que não trabalha ,fica pedindo dinheiro aos pais…

Alexandre ziviani
Alexandre ziviani
3 anos atrás

Esses generais parecem aquele filho adolescente drogado que fica reclamando dos pais e pedindo dinheiro …

Cleber
Cleber
3 anos atrás

So tenho uma coisa a dizer Ministro : Hahaha …

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

E vai ter jagunço dizendo que a operação foi um sucesso…

Maurício.
Maurício.
3 anos atrás

Eu quase nunca comento aqui no forte, mas pelo visto, o pessoal aqui é mais pé no chão, e quando tem que criticar, criticam, já lá no aéreo, se tu criticar alguma coisa, você é “especialista de teclado”, “você é da FAB?”, “Já pilotou alguma coisa?”, “engenheiro de obra pronta” e por aí vai, a verdade incomoda bastante alguns!

bjj
bjj
3 anos atrás

Não adianta, nunca vai mudar. Essa é de hoje mesmo:

“Governo muda regra e autoriza aposentados comissionados a receber acima do teto
Nova regra salarial do funcionalismo público beneficia especialmente quem recebe dois salários altos que somam mais que o teto constitucional, de R$ 39,2 mil, a exemplo do próprio presidente”

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/4922650-governo-muda-regra-e-autoriza-aposentados-comissionados-a-receber-acima-do-teto.html

FABIO FERREIRA FERNANDES
3 anos atrás

Já pensaram em cortar os concursos para diminuir os pensionistas?

glasquis 7
3 anos atrás

Uma vez me contaram a seguinte história:

Um General, abismado com o nível de gastos que geravam as regalias do seu batalhão, deu carta branca a um cabo pra que ele analisasse as contas e corta-se todas as regalias que acha-se necessárias pra conseguir equilibrar as contas.

Pois bem, depois de uma semana, o cabo se reuniu com o general e avisou-o de que tinha cortado alguns gastos que considerava supérfluos, entre eles, 10 caixas de buccaneers ao que o general lhe respondeu:

‘Ora, ora meu rapaz, tendo tanto de onde cortar gastos, vai cortar justo o meu whisky???”

Então o sargento entendeu que, todos querem cotar benefícios e regalias, sempre que esses “benefícios e regalias”, não sejam os deles.

Dario
Dario
Responder para  glasquis 7
3 anos atrás

Em uma semana o cabo foi promovido a sargento.

Wellington R. Soares
Wellington R. Soares
3 anos atrás

Só diminuir a quantidade de efetivo. Realmente precisamos de mais de 300 mil militares ativos, mesmo considerando as dimensões do Brasil.
Prefiro 150 mil militares ativos, porém bem armados, do que 300 mil parecendo uma guerrilha.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
3 anos atrás

Pessoal, vocês precisam entender que nos governos passado foram feitos projetos para maximizarem o efetivo da marinha, e a formação desses profissionais demoram anos.
Um funcionário publico não é regime clt que se pode simplesmente “dispensar”…vocês não tem noção o quão dispendioso seria um processo trabalhista de um funcionário público.

Ou seja, cancelaram os meios e ficamos com excesso de contingente, entender o problema é uma coisa, aceitar é outra completamente diferente.

Ao meu ver já que não se pode cortar esse pessoal, que monte estratégias para realocar esse pessoal entre todas as forças (exercito, marinha, aeronáutica e até policia federal) para não abrir mais concursos públicos, para isso teria que mudar a lei que é uma iniciativa política.

Outra estratégia seria montar um plano de demissão voluntária com uma série de benefícios extras para que esse colaborador (geralmente insatisfeito) aceite a oferta (é assim no meio privado)

Tomcat4,2
3 anos atrás

O general, Comandante ou Brigadeiro que fizer uma profunda reestruturação em sua força será um visionário para muitos sob seu comando e especialmente pra nós que vemos de fora a situação como um todo mas será massacrado pela galera com a mente nas antigas(a maioria creio eu dos altos comandos das três forças) e terá que ter muita força de vontade pra conseguir as mudanças extremamente necessárias em nossas forças armadas . A pior é a MB que quase não tem navio direito e tem milhares de marinheiros em terra, mais gente que marinhas europeias de respeito e mega bem equipadas.

Nascimento
Responder para  Tomcat4,2
3 anos atrás

Mais gente que a marinha indiana. Uma vergonha realmente.

jorge domingos
jorge domingos
3 anos atrás

INFELIZMENTE , UM POVO QUE MAL SABE LER, PORTANTO IGNORANTE, VOTA ERRADO E CONSEQUENTEMENTE GANHA POUCO, É EXIGIR DEMAIS QUE SAIBAM ALGO SOBRE DEFESA, SE NEM SABEM SOBRE SI MESMOS.

Paulo
Paulo
3 anos atrás

Solução pra eles: “mais dinheiro” … lidar com o que tem nunca é suficiente e ainda jogam a culpa pra “sociedade”.

Henrique
Henrique
3 anos atrás

Quando eu escuto os militares brasileiros só me vem a mente o brasileiríssimo Macunaíma: “ai que preguiça!”

Glasquis 7
3 anos atrás

Orçamento atende a metade das necessidades da Defesa, diz ministro”

Então Sr. ministro, explique isso aos alexandre/montenegro da vida, que juram que a grana no MINDEF está jorrando pelas paredes.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Glasquis 7
3 anos atrás

Até o Egito com seu “parco” orçamento consegue fazer melhor…

Zorann
Zorann
3 anos atrás

Colocaram militar no Ministério da Defesa, queriam mais o que?

O Ministério da Defesa, para começar, deveria ser ocupado por um civil; ou pelo menos, com uma pessoa não tendenciosa/não corporativista.

Colocaram o cachorro para tomar conta da linguiça. Adivinha o que vai acontecer?

Lógico que vai reclamar que falta dinheiro para “os faz nada” fazerem alguma coisa. Mas administrar que é bom, fazer o que todos sabemos ser necessário, ele não faz.

Para mim, este cara não serve para nada. É mais um inútil ocupando um cargo comissionado, fazendo jogo de cena, recebendo o dinheiro dos meus impostos para fazer lobby para seus companheiros de farda.

Fico enojado. Amor a pátria, este cara não tem nenhum. pedir dinheiro em uma situação dessa.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

É triste a situação de nossa defesa, todos os anos vão a CRE&DN passar o pires para ver se os parlamentares soltam alguma verba para as três forças, mas os problemas de “falta de verba” não é devido somente a fatores externos, há problemas que as tres forças necessitam solucionar internamente.

Vejo a FAB chorando para tentar adquirir dois A330MRTT para ajudar no reforço a pandemia, enquanto o Egito com orçamento de USD10BI de dolares ,irá adquirir duas aeronaves e um satelite espião junto aos franceses…

Depois há quem acredite que somos potência militar.
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Matheus S
Matheus S
Responder para  Adriano Madureira
3 anos atrás

Como eu faço para incluir as fotos desse formato que você fez? Tentei achar no site os códigos de formatação, mas não achei. Se puder me explicar como fazer, agradeceria.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
Responder para  Matheus S
3 anos atrás

Por formato você quer dizer as imagens abertas a vista de todos ou formato tipo jpeg ou png?

Matheus essas imagens eu tirei da web, copiei o endereço da imagem…

há algumas fotos que se você tentar pôr o endereço de imagem aqui, elas não abrem, geralmente somente as com final jpg abrem sem problema…

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
3 anos atrás

Por estas e outras eu não volto mais para a de Defesa do Brasil..

Orçamentos inconstantes para projetos sem sentido muito claro, muitos não passam de devaneios que ignoraram as necessidades reais e imediatas das FFAA.

fewoz
fewoz
3 anos atrás

Não adianta. Pode aumentar para 3, 4 ou 5% do PIB, eles vão aumentar o efetivo de qualquer maneira e começar com megalomanias ainda maiores. 3 ou 4 porta aviões, 15 subs nucleares e por aí vai… E afinal vão acabar da mesma maneira, com poucos equipamentos e todos defasados…

O modo com que as Forças Armadas gerem os recursos é simplesmente um reflexo do brasileiro médio. Quanto mais ganha, mais gasta em futilidades para se exibir e depois reclama que nunca tem dinheiro… E assim o ciclo continua. Enquanto isso, o chinês é um dos povos que mais poupa no mundo e o reflexo nós vemos nas suas Forças Armadas.

Nunca haverá mudança de Gestão de Recursos sem a mudança de mentalidade.

Mustafah
Mustafah
3 anos atrás

Vamos analisar essa premissa de aumento orçamentário:
1- As FFAA não passaram por una revisão com o fim da Guerra Fria mantendo a mesma configuração de efetivo e disposição territorial quase similar;

2- A reorganização do Generalato ñao ocorreu, com a existência de oficiais generais ocupando posições que em outros países são ocupadas por Coronéis, o mesmo se repetindo nos postos abaixo;

3- A existência de Comandos Regionais com pouca tropa e Regiões Militares redundantes que deveriam ter sido incorporados a outros comandos e regiões, por exemplo o Comando do Sudeste em SP com efetivo de apenasn1 DE que deveria ter sido incorporado ao comando do Leste e das Regioes Militares no Nordeste que deveriam ter sido reorganizadas e algumas extintas;

4- Várias unidades militares no RS e RJ que deveriam ter sido transferidas para a região AM e Norte ou extintas;

5- Fim dos privilégios previdenciário como as inaceitáveis pensões de filhas que custam bilhões.

Mustafah
Mustafah
3 anos atrás

Também não podemos esquecer também que as FFAA são um dos maiores latifundiários do país, com imóveis de grande valor negocial em locais nobres, sejam urbanos, sejam rurais, que já se passou do momento de serem negociados com o intuito de construção de novos aquartelamentos modernos, funcionais e adequados ao uso, além do agrupamento de unidades dispersas em “Fortes”, com o objetivo de maximizar a logística, treinamentos, formação, equipamentos de saúde, moradia, diminuindo custos e gerando economia que poderia ser aplicada no reequipamento.

Anderson
Anderson
3 anos atrás

Mudando de pato para ganso… mais uma do Bozonaro, seu governo vai extinguir a CEITEC SA única empresa da América Latina fabricante de microprocessadores e semi condutores.
https://youtu.be/oTe4rR8V1C0