O Binômio de Aço: Infantaria e Cavalaria Blindadas
O Exército Brasileiro começa a modernização do seu inventário de blindados e a correspondente atualização da doutrina de emprego da infantaria e da cavalaria com o chamado binômio infantaria blindada e carros de combate com a adoção do carro de combate M41, para a cavalaria blindada, e da viatura blindada de transporte de pessoal M113 para a infantaria blindada, constituindo uma força-tarefa blindada o binômio de aço infantaria.
M41
No final da década de 1950, o Exército Brasileiro contava com uma grande frota de carros blindados que foram recebidos entre 1942 e 1945, dos Estados Unidos. Os carros de combate leves M3 e M3A1 Stuart, sendo complementados por blindados médios M4 Sherman e M3 Lee, todos obsoletos. A solução para este problema seria a aquisição de novos carros de combate, mesmo que em uma pequena quantidade, que possibilitaria assim a modernização da força blindada do Exército Brasileiro.
A escolha recaiu sobre os carros de combate M41 Walker Bulldog de fabricação norte-americana. Os primeiros foram recebidos no Rio de Janeiro, em agosto de 1960, após preparação para operação este lote foi transportado e distribuído aos 1º e 2º Regimento de Reconhecimento Mecanizado, baseados nas cidades de Porto e Alegre e Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, e ao Regimento de Reconhecimento Mecanizado do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara. O M41 integrou o 4º Regimento de Carros de Combate, em Rosário do Sul, além dos 4º e 6º Regimentos de Cavalaria Blindado em São Luiz Gonzaga e Alegrete, respectivamente.
M113
A ideia de um transporte de tropas blindado, capaz de levar soldados em segurança e protegidos, a frente de combate, podendo ainda resgatá-los, remonta a Primeira Guerra Mundial, onde surgiram os primeiros carros de combate blindados, chegando a poder transportar soldados em segurança, atravessando áreas de combate. Nos conflitos posteriores, seu emprego generalizou-se, e seu ápice se deu durante a Segunda Guerra Mundial. A tática e a estratégia se aprimoraram, surgindo assim, dentre outros, os Veículos Blindados Transporte de Pessoal (VBTP).
O M113 é um VBTP que foi desenvolvido como um blindado leve e confiável capaz de ser transportado e lançado por aeronaves de transporte como C-130 e C-141, sendo usado unicamente para transporte de tropas até a linha de frente, 11 soldados totalmente equipados, servindo de escudo até o desembarque dos mesmos, quando daí deveria recuar para a retaguarda, como armamento de defesa contava com uma metralhadora M2 Browning de calibre.50 (12,7 mm) operada pelo comandante.
Concebido para dar mobilidade a infantaria, que podia viajar protegida em seu interior, o M-113 possui características ímpares, como fácil condução, manutenção simplificada e operação econômica.
A primeira experiência do Exército Brasileiro com veículos blindados para transporte de tropas sobre lagartas anfíbio se deu em 1962, com o recebimento de vinte carros VBTP M59 no ano de 1962. Cinco anos depois, o interesse do Comando do Exército Brasileiro em ampliar sua capacidade de transporte de tropas, buscou estudar as possibilidades de aquisição do sucessor natural do M59, o M113 que havia entrado em serviço no Exército Americano no início da mesma década. Esses novos carros foram recebidos a partir de maio de 1965, totalizando 584 veículos em 1972.
Conforme o recebimento gradual, os novos M113 foram distribuídos principalmente aos Batalhões de Infantaria Blindada (BIB) e aos Regimentos de Carros de Combate (RCC), porém equipariam também unidades de artilharia, ensino e comunicações. A chegada do VBTP M113 no Exército promoveu a modernização da infantaria, ganhando maior mobilidade e proteção blindada, sem perder suas características próprias, permitindo realizar, sob quaisquer condições, o combate a pé e a ocupação definitiva do território conquistado.
Outro fator importante é que o novo sistema de blindagem em alumínio do M113 proporcionava um peso reduzido, permitindo maior agilidade e velocidade no campo de batalha, possibilitando, assim, que os mesmos acompanhassem os novos carros de combate M41 Walker Buldog nas missões de treinamento, fato este que era impossível com os M-59 ou M3/M2 half tracks (meia lagarta), em uso até então. A sua capacidade anfíbia trazia ainda uma ampliação da capacidade de deslocamento de tropas do Exército Brasileiro. O M41 e M113 tiveram modernizações na parte de motores e armamentos, até a substituição do M41 pelo Leopard 1A 1 e o M113 permanece em uso até hoje.
DIVULGAÇÃO: 3ª Divisão de Exército
O EB precisa modernizar tudo, de material, nomenclatura, brasões etc.
Artilharia divisionária etc, isso era usado na segunda guerra.
Na verdade as FAAs nacionais precisam passar por um Xtreme makeover geral, a FAB com suas “bolachas”, a MB com suas nomenclaturas, até os brasões, ou bolachas e sei lá mais o que precisa de uma modernização.
A USAF modernizou as suas há anos (de todas as unidades).
Sim. As bolachas dos esquadrões da FAB imitando cartoons dos EUA são bem cafonas e anti-brasileiras. Os símbolos deveriam ser mais sóbrios e conectadados com a nossa história, expulsar esse colonialismo cultural. O brasão da infantaria do EB é uma cópia do francês, a única diferença é a cor e a granada (mais feia). Mas os militares são os piores tipos de conservadores que existem, eles rejeitam qualquer mudança de pronto, são insulares e provincianos.
Pode negativar, o pessoal não gosta de ser criticado, talvez os daqui não sejam muito diferentes de como eu descrevi “nossos” militares.
Nossas forças deveriam passar por uma “reforma”ou mudança tal qual passaram as forças canadenses, mas para isso acontecer precisamos de um congresso que preste, um presidente com coragem e ministros civis no MD, e este realmente estar acima dos comandantes militares.
Ricardo,
Os políticos que temos são um reflexo do povo.
Eles não caíram em Brasília de paraquedas.
Todos que estão lá foram eleitos.
A militância não perdoa.
É exatamente isso… e mais um pouco. Se ofendem com críticas construtivas, com direito a ataques ad hominem.
As bolachas dos esquadrões da FAB que poderiam se assemelhar a “cartoons” dos EUA, seriam os do Grupo de Caça, o do Pacau, o do 2⁰/5⁰ e o do Pampa…..todos de Unidades Aéreas criadas durante ou logo após a segunda guerra mundial, época em que a FAB teve forte influência dos EUA devido à própria guerra e o recebimento de equipamentos e doutrina daquele país. E como mudar a bolacha do Grupo de Caça, por exemplo, com toda sua história na guerra? Já na maioria das outras bolachas de esquadrões não há essa influência.
Penso que bolachas, brasões, cocares, etc….são o menos importante e relevante. O que precisa é modernização dos equipamentos e estruturas (tanto físicas como organizacionais).
É isso mesmo, vcs estão preocupados com as bolachas de identificação?
Creio que o colega se refere também aos “cocares”, cada equipamento voador do Brasil tem um, capaz se tiver uma guerra se abaterem entre si… Mas esses emblemas, como o “Senta à Púa” tem lá seu contexto histórico.
Mas está certíssimo, é absolutamente irracional, em pleno século XXI cada força ter patentes com simbologia e nomenclatura diferentes, farda de gala, coturno polido e fivela dourada, e demais papagaiadas inúteis. Que alguém calcule o h/h de conscritos e soldados passando caol em fivela e engraxando coturno de sargento e oficiais.
Armamento então é um absurdo a falta de padrão, de nomenclatura a calibre. Noves fora as especialidades é uma baderna!
Uniformes pobres, coturnos inapropriados, equipamento pessoal risível, só soldados de parada, em missão no exterior tem algo a mais.
Hora de modernizar já, de verdade, limpando toda a anacronicidade dos séculos XX e XIX das FFAA brasileiras. Exemplos não faltam de Israel ao Candá.
Concordo em quase tudo, meu caro, exceto quando se fala “os militares são os piores tipos de conservadores que existem, eles rejeitam qualquer mudança de pronto, são insulares e provincianos.”, os Oficiais são isso ai, os praças na maioria das vezes, querem mudanças concretas, os macacões da MB são péssimos, por exemplo, mas o oficialato que fica sentado no banquinho, não usa para “trabalhar” a bordo, então esteticamente eles acham lindos, mas para os praças não servem. Os uniformes deveriam mudar, os países sérios enxergam os uniformes como algo estratégico, aqui ainda estamos com saudosismos sem a mínima aplicabilidade, uniformes obsoletos, feios e desconfortáveis. Complicado mudar a cabeça do alto comando, eles são saudosistas a ponto de sair da realidade de um país tropical, eles vivem no ar-condicionado, por isso não estão nem aí para uniforme que o praça usa nas atividades ao ar livre. Se algum oficial ler isso aqui e não concordar, um abraço forte e saia da “caixinha”. Engraçado que o Brasil ainda quer cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU (risos e risos), aqui oficial não lava nem o prato dele, quem dirás se envolver num conflito no Oriente Médio.
Sim, eu concordo. Muito disso não é por questões orçamentárias mas pura acomodação. Tem um paroquismo muito grande no oficialato, o filho do oficial também se torna oficial e vivem juntos com outros filhos de oficiais que também são oficiais e que geralmente vem de alguma cidadezinha do interior do RS. Seria preciso arejar o EB com sangue novo.
Qual o teu problema com “cidadezinhas do interior do RS”???? A maioria dos oficiais das FFAA vem do interior do RS???? Os oficiais e todos os outros militares são oriundos do país inteiro. Seu comentário é totalmente equivocado e preconceituoso.
É só um exemplo. No próprio livro do Villas Bôas ele fala dos militares que vem da mesma cidade dele e como eles ficam juntos em vários comandos, não pode-se negar que há um favoritismo, um bairrismo, se percebe no livro quando ele só faz crítica à civis e loas ao EB.
E o EB se resume ao Villas Boas?? O RS tem grande participação no oficialato das FFAA, mas o Termo “geralmente”, usado por ti, tem uma conotação de maioria e remete à atraso……se nao foi essa a intenção, entao compreendo.
Estou fazendo uma crítica construtiva as FAAs nacionais.
E acho que toda crítica construtiva deva ser levada em consideração para mudanças para melhor.
Para mudar algo grande, comece com as pequenas coisas.
Mude o fardamento e padrão de camuflagem, coturnos mais confortáveis, capacetes, coletes, brasões e insígnias, bolachas etc.
Sou a favor da mudança até do hino nacional, pois esse papo de “gigante adormecido, deitado eternamente em berço expendido”, descreve exatamente como foi, é e será o país !
Pois é caro Henrique, a verdade foi e ofende a quem não gosta de ouvi-lá.
Bem vindo há meu mundo aqui no fórum.
Mas fico feliz em ver que não sou o único !
A verdade dói.
Maldito corretor de textos.
Eu discordo disso, Henrique. As bolachas podem seguir estilo X, Y ou Z, que pode ser reflexo de qualquer tipo de influência externa, mas são parte da nossa História e mesmo o estilo faz parte disso, mas as criações são Brasileiras. Eu entendo que você está instando às FFAA, e ao Brasil em geral, à procurar algo que tenha mais à ver com o nosso país do que com algum tipo de influência externa. É algo louvável, mas também não é novo. Um bom exemplo disso é a bolacha do Esquadrão Orungan.
Mas por exemplo, a bolacha do Primeiro Grupo de Aviação de caça foi bolada pelo Brigadeiro Fortunato (na época Capitão), dentro de um navio de transporte de tropas que atravessava o Atlântico em direção ao TO da Itália, e levou em consideração tudo que o Grupo de Caça tinha passado, desde o treinamento em Aguadulce até o recebimento dos P-47. É carregado de simbolismo e foi ‘atualizado’ apenas uma vez, durante a Campanha da Itália, com a bolacha recebendo uma explosão de ‘flak’ para simbolizar o poderio das armas antiaéreas alemãs.
Já no caso da Primeira Divisão de Infantaria Expedicionária, a ‘bolacha’ era simplesmente um listel verde no ombro com ‘Brasil’ inscrito. Era completamente sem personalidade, até que um oficial americano, infelizmente não me recordo quem, mas pode ter sido o Mark Clark, sugeriu que as tropas Brasileiras adotassem um símbolo para elevar o moral da tropa. E foi-se decidido que seria a ‘Cobra Fumando’ por ser uma anedota já bastante conhecida entre os Brasileiros. E funcionou bem e até hoje é bem visto tanto por militares quanto civis.
Difícil mudar algo tão carregado de História assim. Pode-se argumentar sobre os outros esquadrões que não entraram em combate, mas mesmo eles tiveram sua História. O próprio Esquadrão Adelphi, se você der uma olhada na bolacha deles, é completamente diferente de outros esquadrões. Ela tem um estilo mais moderno para simbolizar a entrada em serviço de uma aeronave mais moderna e cheia de computadores de bordo, que no caso era o A-1.
Os símbolos vão se atualizando em forma, demonstrando diferentes épocas, contando sua própria História e acho que é importante preservar essa História e esse ‘Spirit de Corps’ que esses símbolos causam em seus integrantes. Mudar essas bolachas causaria um efeito muito ruim e provavelmente contraproducente. Apagar a História nunca é um exercício proveitoso e infelizmente aqui no Brasil é algo que adoramos fazer.
Os próprios grupos da USAF que existem hoje e descendem da USAAF não usam mais os símbolos dos originais, vide o 56th fighter group. Falando do 56th, ele foi o grupo com o maior score da 8th Air force e ainda assim a USAF modificou o nome e o emblema.
Se eles mudaram, bom pra eles. Eu acho que as bolachas do Grupo de Caça, do Pampa, etc, são históricas e não precisam mudar. E isso não influi em absolutamente nada na situação atual das FFAA. Tem coisas imensamente mais importantes do que isso……discussão improdutiva e inócua ficar se preocupando com bolachas e emblemas……por favor!!!
Henrique, o emblema do 56º não mudou praticamente nada de lá para cá. Mas se tivesse mudado, o impacto não seria tão grande. As aeronaves do 56th FG não carregavam o símbolo do grupo em suas aeronaves, mas sim nose-arts específicas de cada aeronave, um número de série da USAAF e as marcações identificadoras do grupo/esquadrilha. No caso do 56th listras no nariz, asas e deriva. A bolacha do 56 não estava diretamente conectada às aeronaves, não estava associada à eles, etc. No caso do 1º GAvCa havia uma conexão direta. Todas as aeronaves carregavam a bolacha em combate, todas as fotos do grupo (exceto as tiradas imediatamente no início das operações quando a bolacha ainda não havia sido pintada e uma ou outra aeronave tinha uma nose art) associam a participação aérea do Brasil na Guerra com aquele símbolo do Avestruz. Então não faz sentido mudar isso, a meu ver.
E o 56th teve o maior escore total. Se formos considerar apenas vitórias ar-ar, acho que o 4th FG vence, mas não acho que o 56th ficaria muito atrás.
As bolachas são o menor problema do EB. Além disso, é normal que existam vestígios da origem da doutrina empregada.
Sou contra mudar a estética do EB, mas é indiscutível que ele precisa ser reorganizado. Precisamos de qualidade e não quantidade. Precisamos transferir unidades com urgência do RJ e do NE para a Amazônia e Goiás (Bda Pqdt)…e sobretudo, precisamos de meios modernos – SAM de médio alcance, ATGM, família VANT (suicida, ataque e ISTAR), helicóptero de ataque, Centauro etc.
A existência de um GAAAe em Sete Lagoas (MG) e de uma artilharia divisionária (3 x GAC M114 155 mm) no RJ (e nenhum na Amazônia) são dois exemplos bizarros da confusão que é a estrutura do EB.
Sim, concordo e sempre defendi isso.
Hoje nossas FAAs possuem bases em grandes centros urbanos, se tornando desnecessárias naquele local.
Sou a favor da transferência destas bases para as fronteiras do país, onde as mesmas são completamente desprovidas de vigilância.
Criação de outra base naval no nordeste do país etc.
Mas para grandes mudanças práticas, precisamos primeiro mudar mentes atrasadas, e para isso o início é em nomenclaturas, brasões, bolachas etc.
Parabéns pelo comentário!! Mas vejo problemas a frente… bem pertinho viu… orçamento!!! Ja ta tendo comentarios sobre cortes… inclusive nos programas estratégicos que dira naquelas necessidades que nem começamos… dá vontade de chorar
E ai vem os projetos de remendos… funilarias em leo1, cascavel, antiaerea com pasmem M985 Bofors L70 de 40mm… aquisicao de sherpas etc etc…e correm com pires na mao para FMS…. ai eu vou chorar.
Olá Fox. As forças armadas brasileiras estão defasadas em equipamentos e estrutura. Infelizmente, o problemas dos emblemas é o menos grave e o mais fácil de resolver. O maior problema continua sendo a falta de coordenação e integração entre as forças (cuja face mais visível é a confusão na nomenclatura das aeronaves…). O Brasil precisa de menos tropa e mais tecnologia.
Blindado, já desde a Primeira Guerra Iraquiana, é caixão, não oferece nenhuma proteção contra inimigo com armas e táticas superiores. Meros drones como loitering munitions acabam com blindados, como se viu recentemente. Tanque e blindado é bom pra passar por cima de manifestante portando bandeirola, como na Praça da Paz Celestial… Mas nem sempre os militares foram obtusos como hoje – no que, de resto, estão perfeitamente alinhados com o resto da nação.
Esse debate é antigo. Os blindados foram massacrados por Drones na recente guerra entre a Armênia e o Azerbaijão, mas muitos estudiosos alegam que isso deveu-se mais à incompetência tática do que à vulnerabilidade da cavalaria blindada, mais precisamente no emprego falho de Armas combinadas.
Os israelenses discordam. Análises recentes apontam que o tank Merkava equipado com Trophy é o meio blindado mais seguro da história da IDF, apesar da evolução das armas anticarro dos inimigos.
Retórica vazia. Pro EB, com o que ele tem de blindado, é caixão frente um adversário com armas e táticas superiores. Inútil explicar o que possa querer dizer ‘superior’, certo? Quem aí confia na proteção do M-113 contra dispositivo explosivo improvisado?
Os blindados mais modernos usados no conflito entre Armênia e Azerbaijão eram em sua maioria esmagadora T-72B3 são veículos já mais antigos. e não é considerado o MBT mais capaz no arsenal da Russia.
não da pra dizer que outros tanks em situações semelhantes irão ter o mesmo problema, veículos como T-90M e M1A2 SepV3 tem sistemas internos para interferência e sistema APS pra defesa. coisa que o T-72B3 não tem.
Sem contar que o suporte que eles terão na linha de frente será bem superior.
Já os blindados da MB… digamos que eu me sentira mais seguro andando a pé na linha de frente.
E qualquer RPG detona um blindado hoje.
Mais um que só viu manchete e/ou vídeo de Loitering Munition e acha que isso tornou os blindados irrelevantes.
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O Azerbaijão fez amplo emprego de meios blindados em suas progressões…
Sem a mobilidade das forças blindadas teríamos uma 1° GM com drones.
Em guerra mundial blindado não serviria pra nada já desde os tempos do A-10. Só serve mesmo pra conflitinho de periferia onde vicejam os brucutus a pé. Mas nem isso é verdade absoluta: quantos tanques os EUA usaram pra invadir o Afeganistão? Qual a efetividade de blindado sem comando ou comunicações depois de um ataque de decapitação ou guerra eletrônica penetrante?
Isso, cobertura que o EB pode se dar, e que a FAB tem pra dar e vender… Continuam versando sobre um ponto cego.
Olá Camargo.
O problema não está nestes itens ditos por você, nem nos dito por mim, mas na mentalidade atrasada por detrás deles.
Se não mudar as mentes não haverá mudanças nos equipamentos, doutrinas etc.
“Mentes e corações” amigo !
Psi Ops.
Olá Fox. Eu concordo com você. A ideia “menos tropa mais tecnoloogia” é consequência de uma mudança mais profunda, que acredito só será possível por uma ação de fora para dentro. As forças armadas jamais se modernizarão por iniciativa própria.
Tem os Sherpa como exemplo.
Olá Hcosta. O caso dos Sherpa foi emblemático dos problemas doutrinários e filosóficos que circulam no alto comando das forças armadas, com infeliz destaque, no EB. Apesar que a recente proposta da FAB de comprar dois A330 em plena crise da pandemia mostra que existe um descolamento da realidade em todas as forças.
Misericordia amigo… tomara que isso nao se concretize!!! As nossas faas precisam de equiptos modernos e não eqtos que de graca são caros!!! E sempre bato nessa tecla, onde mais precisamos não temos nada, absolutamente nada, que é defesa antiaerea de medio e longo alcance… me sobe a pressão cada x que penso nisso… sem isso não adianta nada falar de forca blindada… apenas alvos… um monte de alvos…
Não tem iniciativa modernizante porque não querem vencer ninguém além do inimigo interno. Pra esse, tá de bom tamanho. O USArmy tá pensando seriamente em um substituto pros Abrams, com enfoque na mesma linha da USAF e USN, com tanques e blindados auxiliares não tripulados e conectados em rede inclusive com uavs, satélites e aeronaves.
E nós aqui, cantando loas à obsolescência relativa bem conservada.
Q comentário mais louco…..
Discordo totalmente. Temos que preservar a história e suas influências da época.
Essa mania de querer apagar o passado e reescrever um novo futuro na marra vai ser um enorme Problema do século XXI. Existem tradições e essas histórias devem ser preservadas.
Deixem a criatividade para novas unidades que venham a surgir, se surgirem!
Pergunta de leigo, o Bradley tem a manutenção “simples” e “barata” como os M113? E existem Bradley usados ou novos que possam ser repassados ao Brasil ou estão todos no osso? O Bradley tá levando pau desde a tempestade no deserto ou antes.
Senhores e senhoras, alguém sabe quais são os veículos blindados que estão colocados na frente do 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, no Setor Militar Urbano de Brasília?
Vejam eles aqui no Google Maps:
https://www.google.com/maps/@-15.7647721,-47.9240644,3a,72.6y,300.09h,76.09t/data=!3m6!1e1!3m4!1sdkzYZTuxOu6Q3yCSYadghA!2e0!7i16384!8i8192?hl=pt-BR
M41 e M8 6×6 Greyhound
Obrigado!
O segredo da arma blindada para países que requerem grande mobilidade é uma plataforma única como por exemplo o ASCOD (Common Base Platform), ali tu pode extrair praticamente todas as variantes configurando módulos conforme a necessidade da missão.
IFV, APC, MMBT, ARV, Engineer, SPH, etc….
ASCOD 42 – YouTube
O grande problema é que teria que fazer uma grande compra para tornar isso realidade, até lá soluções “tapa buraco” vão sendo licitadas.
Eu tiraria os Bradley da equação. De qualquer equação. Para um veículo que foi feito para substituir o M113 em serviço com os EUA, ele não apenas não conseguiu substituir os M113, como ele mesmo deve ser substituído completamente junto com o M113, se não me engano.
O Bradley tem funções diferentes do M113. É muito melhor blindado e armado. Por isso está na linha da frente enquanto o M113 tem funções de apoio.
O M113 está a ser substituído pelo AMPV, que é baseado no Bradley, e o substituto do Bradley era uma escolha entre um modelo da GD e o Lynx.
Mesmo velho não há assim tantos blindados que sejam superiores.
O defeito do Bradley sempre foi a incapacidade de transportar um GC completo.
A proposta da BAE, e acho que também da GD, é um Bradley atualizado, com poucas diferenças em relação ao atual.
Isso diz qualquer coisa acerca da sua utilidade e valor.
O que eu percebo é que qualquer matéria sobre as FFAA brasileiras pode ser resumida em alguns tópicos:
1 – obsolescência;
2 – insuficiência quantitativa de equipamentos;
3 – inchaço do efetivo (embora pequena fração seja de unidades operacionais); e
4 – insuficiência de orçamento (sobretudo por sua má distribuição).
Não pode dar certo.
Porque são esses os grandes problemas e que se arrastam a DÉCADAS e continuam sem solução.
Meu pensamento. Continuam sem solução justamente por tratarem como problemas, em vez de sintomas. A pergunta é simples: O que causa esses sintomas?
Sem combater a raiz, eles voltaram a acontecer.
Normalmente agrupam os blindados pelo tipo de mobilidade, rodas ou lagartas.
Leo/Bradley e Centauro/Guarani assim como unidades de apoio, artilharia, comando, etc.
As brigadas Stryker são um exemplo. A exceção será o Canadá que junta os Leo com os LAV.
Exército brasileiro não é sério! Esses generais reclamam de falta de verbas, mas na verdade o dinheiro é mal gasto! Existem 3 regimentos de cavalaria de guardas, traduzindo 3 unidades do exército composta exclusivamente por cavalos! Cavalos em pleno século XXI !!!! E sabem o motivo? Para os oficiais ficarem brincando de hipismo! Senhores somente o gasto com ração, água, e com pessoal para limpar baia(limpar merda de cavalo) seria suficiente para manter uma tropa moderna e adestrado! O exército brasileiro não tem armas anti carro, nem míssil, nem canhão sem recuo ou outro meio moderno(meia dúzia para um efetivo de 200000 militares não conta combinado), mas tem dinheiro pra manter mais de mil cavalos! Outra coisa, exército gastando milhões por ano com cerveja e picanha não é sério ! Ah, só pra constar, é o segundo órgão público que mais gasta com cerimonial, só atrás do ministério das relações exteriores! Pensão pra filhas, gasto desnecessária com aquelas fardas ridículas chamadas de historicas(parece uniformes de banda de circo) , junta tudo isso pessoal, e aí está a resposta de ser um exército atrasado, defasado, ineficiente, etc, etc.
18/04/2021 – domingo, bdia, M Donisete, primeiro parabéns sua postagem; segundo: seria muito bom, se algum(a) pessoa com conhecimento, e capacidade de articulação fizesse parte do nosso grupo, e, pudesse amanha diante do alto comando, durante o descanso apos o almoço, poder colocar tudo isso que voce postou……. entretanto, so podemos….. sonhar…… ja que sonhar não custa nada…. hoje necessitamos de um CAXIAS….. para ….. tentar…. veja… tentar…. mudar a mentalidade dos nossos oficiais generais…. eles so pensam quando e quanto ganharam na reserva…. e… ficam… contando tempo…. e…. preterindo outros com boas intenções… Saudações.
Eles sabem disso, só não querem mudar.
E graxa pra coturno e caol pra fivela dourada? Ônibus pra levar praças pra casa? Banda musical? Segurança em casa de general? Rancho pra oficial (cassino) e HOTRAN?
Tem MUITO penduricalho e excrecência nas FFAA.
É interessante que entre os saudosistas da ditadura exista um apagão sobre um tema: o EB foi transformado numa enorme força de contra insurgência incapaz de fazer frente a maioria dos exércitos importantes da época.
O M41 era um tanque leve claramente insuficiente para enfrentar os tanques mais modernos da sua época. M47, M48, T54, T55, Centurion, e outros, eram muito superiores ao M41.
Em alguma medida, a outras forças também estavam equipadas só para ações pontuais. A Marinha só devia ser capaz de localizar / caçar submarinos soviéticos e a força aérea só era equipada com aviões de caça em pequena quantidade e já ultrapassados por modelos mais capazes de outros países.
As forças armadas durante o tempo da doutrina de segurança nacional importada dos EUA, só serviam pra “combater inimigo interno”, nunca foram uma força relevante se comparada a outros Estados. Os saudosistas acham que o país era uma potência militar na ditadura, mas o fato é que isso jamais aconteceu. Foi o tempo de um nacionalismo estranho, em que os EUA nós mandava combater a nós mesmos…
Era a Guerra Fria. O EB era tratado como um exército auxiliar de última categoria….e estava condenado a receber apenas refugo do US Army (o M41 e o M108 são belos exemplos). Essa realidade perdurou até o regime militar romper com os EUA (em 1977, salvo engano). Os obuseiros M56, os canhões GDF e os SAM Roland 2 são frutos do rompimento. Curiosamente, a “reconstrução” do EB começa a partir de 1991 com o fim da Guerra Fria. Até hoje ele possui sequelas desse nefasto período.
Sim, até o exército da África do Sul que sofria embargo por causa do apartheid era mais bem equipado. Eles tiveram um desempenho incrível em Angola e deram uma porrada nos cubanos.
Na verade tomaram uma sova dos cubanos, não? A ponto de implodir o apartheid.
A mentalidade ainda é a de um exército imperial, para conter revoltas internas e caçar escravo fugido. A “atualização” veio na paranoia anticomunista da guerra fria e tanques eram usados para amedrontar e intimidar a população civil.
Nossas forças armadas devem parar no mínimo de atuar contra o povo na surdina… vide o aumento de soldo em plena pandemia, indo de encontro ao mundo, e, especialmente a nossa economia, bem como para de comprar picanha e stela artois.
Por fim, podem comprar drones de última geração.
Sinceramente, vendo os comentários acima, eu creio que não adianta nada modernizar equipamentos mais pesados enquanto o soldado brasileiro ainda utiliza como equipamento individual o sistema ALICE INCOMPLETO.
Eu servi e vi isso de perto: te davam só um cantil, nenhum porta-carregador, tu não recebia bornal, a mochila estava toda cheia de remendos e o sistema de remoção rápida/quick release da minha estava todo cheio de presilhas e não funcionava. Meu fardo aberto era basicamente isso aqui (a faca eu comprei pra tirar serviço):
Enquanto o fardo aberto completo do ALICE é isso daqui:
O mais ridículo não é nem o fato de que você recebe o fardo incompleto, mas sim que se tu quisesse comprar os componentes faltantes, você NÃO podia usá-los no campo porque precisava ficar padronizado com os demais. Então basicamente você era obrigado a ter que usar o cinto NA vazio, muitas vezes só com o cantil do lado esquerdo, o cinto ficava torto e extremamente desconfortável pela ausência do segundo cantil, e a falta de peso no cinto como um todo resultante da falta dos outros itens fazia ele ficar subindo toda vez que você se sentava ou então deitava pra atirar visto que o cinto NA não é preso na gandola. Única vez que equipei meu cinto com um porta-carregador foi tirando serviço de sentinela, e era um porta-carregador velho e todo rasgado que só servia pra guardar o carregador do FAL quando NÃO estivéssemos na guarita ou no banco armados com o FAL.
Eu raramente vi fotos de soldados brasileiros usando ALICE completo, geralmente só sargentos e oficiais de unidades mais operacionais como PQD e alguns batalhões da Aeromóvel.
Penso que uma renovação de verdade das forças brasileiras tem que, antes de tudo:
1) melhorar o fardo aberto do soldado regular
2) dar autonomia pro soldado tomar iniciativa e melhorar seu equipamento sem a burocracia ficar enchendo o saco com padronização
Pra fazer isso eu penso que, ou o EB poderia dar logo o ALICE completo pro soldado, ou então migrar pra algo semelhante ao SMERSH Gen 4:
Ou algo semelhante ao LBE/PLCE britânico:
Ambos parecem ser muito confortáveis e modulares, e melhores que qualquer coisa que o EV utiliza atualmente. Além disso, se dermos autonomia pros militares customizarem seu equipamento, instigaremos nos militares mais rasos o costume e a iniciativa de regular e aperfeiçoar seu equipamento por conta própria. De começo, é provável que o equipamento do recruta fique meio “zaralho”, mas com o tempo, os soldados logo perceberiam o que dá certo e o que não dá, e com isso os militares com fardo aberto mais eficaz logo seriam imitados pela tropa. A vantagem disso é que a evolução do equipamento individual seria constante e não seria necessário um coronel ou general em algum setor de desenvolvimento notar depois de 40 anos que o equipamento é obsoleto e fazer uma reforma geral.
Pra mochila, eu penso que podia continuar sendo a ALICE média mesmo. Apesar de ser antiga, ainda é uma boa mochila e várias unidades no US Army ainda utilizam pois apesar de não ter tantas inovações quanto as mochilas atuais, ela é robusta pra caramba e cumpre bem a função:
Porém penso que podemos fazer algumas modificações nela. Nos EUA é muito comum usuários customizarem suas mochilas ALICE para se manterem modernas. Uma customização muito comum por lá é encaixar o sistema de alças e “barrigueira” MOLE na armação da ALICE para ela ficar mais confortável, chamam essa variante de “Hellcat”, assim você combina a robustez da ALICE com o conforto de uma mochila moderna:
Poderíamos também integrar já na fabricação os “straps” do sistema MOLLE na ALICE para que seja compatível com bolsos mais atuais e facilite a customização por parte do militar:
Poderíamos também adicionar a possiblidade de compartimentalização interna, mas acho que só isso já seria uma grande melhora
Pra concluir, eu penso que de nada adianta isso se o soldado ainda continua com equipamento individual defasado e incompleto, além do EB ter toda essa burocracia impedindo melhoramentos. Eu penso que essas mudanças não seriam muito caras comparado com as reformas e compras de equipamentos ambiciosas que alguns propõem em grupos de defesa e discussões usuais, mas essa mudança pequena quanto à equipamento individual e mentalidade dentro do Exército teria impactos muito profundos ao longo das décadas: acho que a moral do soldado aumentaria bastante, visto que ele receberia o equipamento apropriado pra cumprir sua missão, e caso não tivesse satisfeito com o que recebeu, poderia tomar uma atitude quanto a isso, se sentiria mais responsável pelo seu preparo, criaríamos uma mentalidade mais amigável ao auto-aperfeiçoamento dentro do Exército e creio que isso também seria um passo, ainda que modesto, na direção de uma maior profissionalização do Exército Brasileiro.
Isso é um salto enorme, tanto em tecnologia como em doutrina. Precisa ver se o parque Brasileiro consegue absorver um salto como esse e quanto tempo tomaria criar e treinar esta nova doutrina.
Não é assim tão fácil. Não seria como trocar um fusca por um golf.
Equipamento militar tem uma série de dificuldades desde comunalidade de operação até doutrina empregada.
Comprar é o de menos. O importante é “o que comprar e pra qual finalidade”.
Longa vida ao M113!!!!