Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying

A chamada “questão uigur de Xinjiang” nada mais é do que um complô estratégico dos Estados Unidos para desestabilizar a China por dentro, como admitiu o ex-oficial norte-americano Lawrence Wilkerson, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying em 26 de março.

“É hora de encerrar o ‘drama’ do lado dos EUA”, observou ela.

Hua mostrou aos jornalistas na coletiva de imprensa regular do ministério na sexta-feira um vídeo de Lawrence Wilkerson, um coronel aposentado do Exército dos EUA e ex-chefe de gabinete do Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, fazendo um discurso em agosto de 2018.

Se a CIA quisesse desestabilizar a China, essa seria a melhor maneira de fazer isso – criar agitação e se juntar aos uigures para pressionar a China internamente, e não de fora, o vídeo mostrava Wilkerson dizendo.

As observações de Wilkerson ecoaram comentários do ex-secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo em uma palestra em abril de 2019. A CIA “mentiu, trapaceou, roubou”, disse ele, e “fez cursos de treinamento inteiros” dedicados a essas táticas. “Isso é o que os EUA dizem e fazem”, observou Hua.

Isso mostra o papel impróprio desempenhado pelos EUA e alguns de seus aliados e alguns meios de comunicação quando atacam a China, disse Hua. Em conluio com as forças anti-China, eles fazem rumores infundados contra a China, acrescentou ela.

Agora os EUA e alguns de seus aliados ocidentais estão visando o algodão de Xinjiang, dizendo que há “crimes”, incluindo trabalho forçado, esterilização forçada e até genocídio. Eles também impuseram sanções a instituições e funcionários chineses com essas desculpas, disse Hua.

Provavelmente por preconceito ideológico, eles preferem acreditar nas mentiras fabricadas por um pequeno número de forças anti-China do que ouvir as aspirações comuns de mais de 25 milhões de pessoas de vários grupos étnicos em Xinjiang. Eles estão relutantes em enfrentar o fato básico do desenvolvimento e progresso da região, observou Hua.

“Então, depois de ver o vídeo de Wilkerson, eles confiam nas palavras de seus próprios altos funcionários?” Hua perguntou.

Fatos provaram repetidamente que a questão de Xinjiang não é uma questão étnica, religiosa ou de direitos humanos, mas um caso de luta contra o separatismo, violência, terrorismo e interferência, disse Hua. Os EUA prepararam o chamado “problema de Xinjiang” não porque se preocupam com o povo uigur, mas para minar a segurança e a estabilidade da China e impedir seu desenvolvimento e crescimento, disse ela.

Caso contrário, os Estados Unidos não atacariam vários países muçulmanos após o 11 de setembro em nome do combate ao terrorismo, nem decretariam a proibição de viagens aos muçulmanos, nem discriminariam seus grupos minoritários domésticos, incluindo os muçulmanos, disse Hua.

Hua deu outros exemplos de esforços dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais para incentivar o conflito.

Em 2003, os Estados Unidos lançaram ataques militares contra o Iraque alegando que o Iraque possuía “armas de destruição em massa”, o que causou centenas de milhares de mortos e deixou mais de um milhão de desabrigados. Anos depois, os EUA admitiram que havia poucas evidências das chamadas “armas de destruição em massa”.

Em 2018, países como Estados Unidos, Reino Unido e França lançaram ataques aéreos contra a Síria sob o argumento de que “o governo sírio usou armas químicas contra seu povo”, o que também foi baseado em evidências duvidosas.

Em 2019, a CIA e seus grupos de “luva branca”, incluindo o National Endowment for Democracy (NED), patrocinaram e instigaram separatistas anti-China em Hong Kong para protestar na cidade e invadir violentamente o prédio do Conselho Legislativo (LegCo) local.

“Quero alertar os EUA de que a China de hoje não é o Iraque, nem a Síria, nem o final da Dinastia Qing (1644-1911) sob as forças da ‘Aliança das Oito Nações’”, disse Hua, observando que o povo chinês tem determinação suficiente e capacidade de salvaguardar resolutamente a soberania e segurança da China e de defender os interesses e a dignidade nacionais.

A China é aberta e honesta, e os fatos irão expor todas as mentiras e rumores maliciosos, disse Hua.

FONTE: Global Times

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Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

‘A chamada “questão uigur de Xinjiang” nada mais é do que um complô estratégico dos Estados Unidos para desestabilizar a China por dentro, como admitiu o ex-oficial norte-americano Lawrence Wilkerson’.

Ponto para o Kings aqui!
Ah! Essa minha modéstia!

Hcosta
Hcosta
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Só que há um pormenor que faz toda a diferença. A questão Uigur é real.
Cada país utiliza os argumentos que tem disponíveis e se forem verdadeiros mais força têm, principalmente se forem questões de direitos humanos.

Agora tentar utilizar um comentário de um militar para descredibilizar e negar a questão Uigur, e de fazer a China uma vítima, parece-me uma ingenuidade.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Se e verdade ou mentira eu não sei. Só sei que o que foi falado pela China e verdade e logo podemos ser vitimas disso na questão da Amazônia, direitos humanos e democracia.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
3 anos atrás

As primeiras e as principais vítimas na questão da Amazônia, direitos humanos e democracia são os Brasileiros.
Como foram no passado, é assim a política internacional.
Mas as questões em si e a forma como são usadas são duas coisas diferentes.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

É uma funcionária do Min. relações exteriores falando sobre o governo, não dá pra esperar nada diferente.
Por outro lado a preocupação humanitária dos americanos sempre foi bastante seletiva, bem como dos seus apoiadores, inclusive aqui no forte.
E logicamente nada disso é sobre questões humanitárias, é sobre propaganda dos dois lados.

carcara_br
carcara_br
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Diria mais, nenhuma questão humanitária é mais importante que a brasileira no momento, o resto é piada.
Sim, nós brasileiros que vivemos numa democracia, tivemos nossas governança política escolhendo deliberadamente uma estratégia de enfrentamento da pandemia voltada para contaminação da população e por consequente, e previsível, morte em massa. Estamos sem muita moral para criticar a URSS ou a China no momento, e isto será lembrado por muitos em momento oportuno mais pra frente.

Mensageiro
Mensageiro
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Genocídio está acontecendo na nossa frente todo dia, estamos anestesiados pq vemos só morte todos os dias, mas quando voltarmos ao nosso normal vamos ter um choque, e um sentimento de raiva, ódio, vingança por um governo tão cruel.

francisco
francisco
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

Se o Brasil com 300 mil morte é genocida o que dirá dos USA com 600 mil mortes? desde que o Bidem assumiu já faleceram mais de 270 mil lá e não vemos ninguém chamar o presidente norte-americano de genocida.
Inventem outra.
Genocida é o prefeito ou governador que desvia/rouba dinheiro da saúde.

Luciano do Prado
Responder para  francisco
3 anos atrás

Os deputados que passam 30 anos mamando nas tetas do governo, sem apresentar projetos de desenvolvimento para o país, também são genocidas, não é?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  carcara_br
3 anos atrás

A funcionária está comentando o que um oficial americano disse.
E, cá para nós, é evidente.

João
João
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A China pagando de coitadinha e vítima. Esquece do Tibet, Mar do Sul da China, pescas predatórias, etc

Rogério Loureiro Dhierio
Rogério Loureiro Dhierio
Responder para  João
3 anos atrás

João. Falou tudo.
Os EUA pensando que somente eles podem ter um Iraque, uma Síria, uma Líbia para se gabarem.
A China TB tem seus podres, muito bem citados aí.

Resumindo. Tudo farinha do mesmo saco.

francisco
francisco
Responder para  João
3 anos atrás

Faltou citar os milhões de chineses mortos pelos comunistas.

O livro biográfico “Mao – A história desconhecida”  fala em 70 milhões de civis mortos pelo ditador chinÊs.

Mgtow
Mgtow
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Os Yankees deveriam estar preocupados com os direitos dos negros no país deles. Até hoje são perseguidos e mortos por policiais com fortes ligações com a KKK. Mortos covardemente. Inclusive quando dominados e sem oferecer resistencia.

Luiz
Luiz
3 anos atrás

A China é aberta e honesta, e os fatos irão expor todas as mentiras e rumores maliciosos, disse Hua.”

Acredite quem quiser.

pangloss
pangloss
Responder para  Luiz
3 anos atrás

O vírus curtiu essa afirmação.

Pedro
Pedro
Responder para  pangloss
3 anos atrás

Isso. Tá mais fácil este vírus mudar de nacionalidade, por pura incompetência governamental.

WVJ
WVJ
Responder para  pangloss
3 anos atrás

Você é dos que acreditam que seria possível esconder o descontrole da pandemia, e que lá morre mais gente do que eles eles falam?
Se sim, você é incompetente em reconhecer os méritos alheios.
Em cada bolso uma câmera.
Hoje em dia não dá pra esconder gente sofrendo em hospitais.
Os chineses foram os primeiros a lidar com o vírus e deram o exemplo de como controlar a situação.
O ocidente teve mais tempo.
O Brasil todo tempo necessário.
Falhamos miseravelmente.
Essa liderança do país não tem condições
de nos levar à vitória em coisa alguma.

Fabio Araujo
Fabio Araujo
3 anos atrás

Quando uma nova potência mundial começa a crescer a potência antiga reage e infelizmente pelo que vemos ao longo da história humana isso as vezes não costuma terminar bem, mas também ao longo da história houve mudanças menos traumáticas sem guerras, espero que a nossa era não venha se somar às mudanças traumáticas com guerras violentas e que a coisa fique só ao nível da guerra comercial!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fabio Araujo
3 anos atrás

Esse papo de Xinijiang, Tibet e etc e conversa para dormir e tentar desestabilizar a China.
Seria o equivalente aos esquimós reivindicarem a independência do Alasca ou da Groenlândia.
Não há base sustentável de ordem histórica ou jurídica.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A China invadiu o Tibet…
E se a maioria da população quiser independência, isso é uma questão legítima. E acrescento que o Alasca é um estado Dos EUA e a Gronelândia tem um governo independente da Dinamarca e, mais importante, são democracias. E isso é uma importante diferença em relação à China.
Ou também defende que as antigas colónias europeias devam voltar a serem colónias já que também foram invadidas e mantidas sobre o seu domínio pelo uso da força?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

A Escócia quer independência. O País Basco. A Irlanda do Norte. A Catalunha e centenas de outras regiões.
Não é assim que a banda toca.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A Espanha ainda tem muito que aprender com o RU acerca da democracia. Há referendos e um há pouco tempo na Escócia que foi a favor da permanência e não me parece que a Irlanda do Norte queira fazer parte da Irlanda já que a maior parte é protestante.
A Espanha tem medo da guerra civil, tem medo da democracia e voltar a ser só Castela. E não admite processo de separação. Por isso existe muita pressão internacional para haver referendos.
Mas, mesmo assim, as sondagens dão resultados muito próximos entre os dois lados.
Mas Espanha não anda a fazer programas de reeducação e a invadir países.

Fabio Araujo
Fabio Araujo
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Dá mesma forma que a Chechênia!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fabio Araujo
3 anos atrás

Sim.
As reivindicações são muitas afora.
E segue o jogo que os EUA jamais vão desestabilizar a China.

Fabio Araujo
Fabio Araujo
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A China esta comemorando a “Democratização do Tibet” que se deu com a invasão do Tibet que era um país livre. O Dalai Lama era líder político, chefe de estado e líder religioso do país e teve que fugir para a Índia para não ser preso, talvez até mesmo morto.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Autodeterminação dos povos, quero Manaus sem Brasil.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Dá ideia não que daqui a pouco termos o Leblon livre.
kkkkkkk

Fernando C. Vidoto
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Desafio um Referendum com a participação da população local de Xianjiang e Tibet sobre a independencia de suas respectivas regiões.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Fernando C. Vidoto
3 anos atrás

Desafio outros para Catalunha, País Basco, Escócia e etc.
Na verdade, nem preciso.
Já ganhei.

João Fernando
João Fernando
3 anos atrás

Uai o Borsonaro não fala o mesmo das reservas de índios, que tem pressão de ONGs? Ou o pau que bate em Chico aqui não vale?

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  João Fernando
3 anos atrás

Hoje e a China perseguindo mulçumanos. Amanhã e o Brasil destruindo a Amazônia e perseguindo índios.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  João Fernando
3 anos atrás

A única diferença é que as terras indígenas brasileiras estão ameaçadas por bandoleiros, garimpeiros, madeireiros ilegais, agricultores também ilegais, traficantes, piratas de rio e toda sorte de escória.
Não se sabe o porquê (será?), mas essas pessoas têm representação no Congresso Nacional.
E adivinhe quem eles apoiam.

Thiago A.
Thiago A.
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Diferença nenhuma Antônio, ainda que assim fosse, é um assunto interno de exclusiva competência do Estado Brasileiro e sua sociedade, representada pelas instituições do mesmo, as quais ( pesem as falhas e erros ) possuem a mesma dignidade das equivalentes estadunidenses/chinesas/européias . Qualquer ingerência externa deve ser veementemente rechaçada.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Thiago A.
3 anos atrás

O Brasil não faz parte de instituições internacionais?
Se não quiser respeitar as regras então que sai.
Qualquer país que vá contra questões fundamentais, como o desrespeito pelos direitos humanos, deve ser criticado. Ações acarretam consequências.
É isso o fundamental de viver numa democracia e num estado de direito.
Se os EUA começarem a fazer o que fazem na China, e é preciso acontecer alguma tragédia de grandes dimensões para isso acontecer, então deixa de ser uma democracia e, certamente, alvo de pressões internacionais para voltar a ser.
Por isso, mesmo um governo eleito pelo povo não tem a legitimidade para fazer o que quer, tem muita coisa a limitar, para o mal e, principalmente, para o bem. Tanto internas como externas.

Thiago A.
Thiago A.
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Os EUA já o fazem e fizeram, não é por ser um democracia que eles evitaram de cometer crimes ambientais ou contrários aos direitos humanos , simplesmente não sofreram a repercussão pelo próprio peso e importância geopolítica. Eles não aceitam nem recebem
muito bem ingerência externa e críticas. Até porque se consideram acima dos demais.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Thiago A.
3 anos atrás

A democracia não é infalível.
Mesmo os EUA precisam de fazer acordos com outros países e e não dá para invadir todos.
Sim, concordo que os EUA cometem muitos erros mas a diferença é que esses erros são mais difíceis de cometer numa democracia. E existem vários níveis. Não é a mesma coisa a polícia ter como alvo a população negra ou utilizar armas químicas como na Síria.
E mesmo na invasão do Iraque foram meses para convencer o congresso. Na Crimeia anexaram e no dia seguinte o parlamento aprovou a anexação. E isso é uma diferença importante.
E, acho que desde a 2ª invasão no Iraque e as suas consequências nos anos seguintes, os EUA tem uma maior dificuldade em se impor na política internacional. E com Trump não fez nada

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Trágedia de grande proporções, Iraque, Libia e Síria, vai lá nesses países com uma bandeira dos EUA, fala para pessoas que perderam tudo até parentes e diz: Está tudo bem, nos salvamos vocês suas vidas destruídas e agora desgraçadas sem perspectiva de melhora é só um efeito colateral, fique feliz!

Thiago A.
Thiago A.
Responder para  Thiago A.
3 anos atrás

E nisso me encontro em total concordância com as palavras proferidas pelo Cristóvão Buarque :
De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um pais. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um Pais. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da divida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não Importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um Patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

Hcosta
Hcosta
Responder para  Thiago A.
3 anos atrás

Acho que ninguém defende a internacionalização da Amazônia, nem mesmo o Macron. Mas parece legítimo haver pressão internacional para a sua preservação, mesmo que essa pressão tenha objetivos políticos que não têm nada a ver com a questão.

Os Brasileiros são os guardiões da Amazónia Brasileira e isso significa proteger das ameaças internas ou externas, naturais ou criadas pelo homem, na população/cultural ou no património natural.
E para não entrar muito na política atual, tenho a ideia que o presidente brasileiro só enviou os meios militares para combater os incêndios depois de muita pressão nacional e internacional.
E pressão externa não é nada de anormal. É assim que são baseadas as relações internacionais.

Thiago A.
Thiago A.
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Internacionalização é um termo provavelmente já antiquado, mas entenda internacionalização como qualquer movimento que deseja para o enfraquecimento da soberania brasileira sobre da região, podendo ser esse movimento autonomista, separatista ou a pretensão de compartilhamento da soberania estabelecimento regras e limites.
Eu acho engraçado essa consciência ambiental vinda de países que promoveram o fracking
em reserva indigenas em nome da autossuficiencia energética ou pior que detonaram deliberadamente artefatos nucleares no meio do Oceano Pacífico sem interpelar a comunidade internacional.
Agora vá o Brasil fazer uma b…tá dessa para ver o que acontece.
Mesmo com toda a boa vontade e amor pela natureza, não dá para engolir essa hipocrisia.

Thiago A.
Thiago A.
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

A pressão externa é normal, é esperada. Que eles opinem quanto quiserem, mas fiquem bem cientes que a decisão é somente nossa e qualquer tentativa de pressão além do aceitável ou ingerência deve ser rechaçada e seguida por consequências e retaliações – possívelmente pagando na mesma moeda ou seja colocar o dedo em assuntos delicados e internos desses países .

Nilo
Nilo
3 anos atrás

1 milhão de uigures, em centro de retreinamento profissional (um eufemismo) obrigatórios,
Certamente que não é um complô criado pelos EUA, se bem que ele pode potencializar, mas essa primavera chinesa dificilmente ocorrerá, os radicais serão eliminados como foram no Tibet.
Utilizando a mesma tática usada no Tibet, fomenta com programas de incentivo a migração dos chineses han para a região (inclua-se esterilização de mulheres e homens), diluindo a cultura dos uigures. Desde 2009, com o protesto uigur nos quais pelo menos 197 pessoas foram mortas, a reposta foi fechar as mesquitas uigures e cortaram o acesso à Internet na região.
O líder uigure era do partido comunista, era também um critico dos han, não um separatista, mais foi o suficiente para ser preso, condenado e até hoje ninguém sabe seu paradeiro.
O programa implementado de forte redução pelo governo da educação bilíngue e das eventos culturais uigures é uma assimilação forçada da etnia han.
Mesmo os militantes uigure estabelecidos no exteriores estão sendo monitorados,  olheiros é que não falta.
Região uigur tem valor geopolítico, pois está cheia de recursos como ouro, urânio e gás natural disse, o tamanho corresponde é um sexto da China.
Não existe para o Partido Comunista, um país dois sistema, alei de segurança nacional para Hong Kong foi aprovada.
Enquanto isso os dólares entram na China. Vindo do EUA, Europa…,…guerra comercial pouco efeito terá, como a guerra comercial tem demonstrado, sobre questões como Hong Kong, Tibet, Xinjiang, assim como Taiwan a não ser a militar.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Nilo
3 anos atrás

Acho que ainda não aconteceu uma verdadeira guerra comercial contra a China. Trump era mais pólvora seca e com objetivos muito mais pessoais e limitados do que outra coisa.
Mas não sei se a China aguenta uma ocupação de Taiwan, Hong Kong, Tibete e Xinjiang. Por isso duvido de uma ocupação de Taiwan.
É fácil conquistar militarmente, manter é outra coisa. Se as autoridades Chinesas não conseguirem manter a paz não se aguentam muito tempo no cargo.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Não entendi.
Ocupação de Hong Kong, Tibete e Xinjiang?
Não existe ocupação lá.
O que existe são as instalações militares normais para manutenção da integridade territorial chinesa.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Usei a palavra errada, não aguenta uma população hostil à autoridade chinesa.
E certamente que a forma como a China se impõe nessas populações vai para além das instalações militares.

Nilo
Nilo
Responder para  Hcosta
3 anos atrás

Tibet não tem como definir como não ocupação, a não ser que distorça a história.
Tibet nunca foi parte da China, sempre teve sua própria religiosidade, linguística e étnia.
A maciça migração han foi um eficiente e perverso projeto de aniquilação da cultura tibetana.

Max
Max
3 anos atrás
Nascimento
Responder para  Max
3 anos atrás

Mais do mesmo. Financiar rebeldes ”moderados” muçulmanos. O que pode dar errado não é mesmo? Até parece que as coisas não podem sair do controle como aconteceu com o financiamento dos Mujahideen nos anos 70.

jagdervband44
jagdervband44
3 anos atrás

O dia em que a china tiver eleições livres e uma mulher no poder, passo a acreditar nos xings.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  jagdervband44
3 anos atrás

não precise acreditar no Xings, mas também não acredite nos Europeus e nos EUA.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

Mentiras das Potências Ocidentais
Iraque tem armas de destruição em Massa
Queremos libertar o povo Sírio.
Nos Preocupamos com os Uigures
Nos nos preocupamos com a Amazônia.
Que existe uma opressão contra os uigures é vdd, mas que os gringos estão pensando neles, isso é conversa fiada.

Mendes observador
Mendes observador
3 anos atrás

Fazendo a lição de casa. A China é um império que leva a sério seu destino. Agora está tratando do calcanhar de Aquiles que é a forte presença de muçulmanos em uma de suas províncias. Parabéns pela competência e iniciativa aos chineses.

sub urbano
sub urbano
3 anos atrás

Os campos de concentração são necessarios antes q comece a ter atentados suicidas islâmicos em Pequim. Negar esses campos de concentração tbm é necessário para acalmar a imprensa internacional. Já na Amazônia brasileira ocorre um genocídio e os responsáveis precisam ser punidos severamente. Nativos estao sendo deliberadamebte exterminados para favorecer pecuaristas e garimbeiros. Tribunal de Haia e prisão perpétua para Boro e sua gangue de psicopatas.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  sub urbano
3 anos atrás

China prender um povo por sua cultura e autodeterminação: OK
Pandemia que atinge o mundo todo e com vários países em situações horríveis: Culpa do Bolsonaro, dois pesos, duas medidas.

Alex Nogueira
Alex Nogueira
3 anos atrás

A China é tão boazinha… Até “doou” 1.7 milhões para a C U T.
A China entende tudo de desestabilizar governos inimigos internamente…

Tomoko Fujinami
Tomoko Fujinami
3 anos atrás

Os russos também tem seus problemas com muçulmanos, de vez em quando o FSB mata terroristas islâmicos no Cáucaso. Eles sabem desde a era soviética que não é bom deixar essa erva daninha se alastrar.

Mas a China é um patamar totalmente diferente, e até mais radical do que eles fizeram com o Tibete. Sendo muito próximo do que Hitler fez em sua época. Mas com seu poder econômico e militar, e considerando que vários países se tornaram dependentes deles, as pessoas preferem fazer vista grossa ou relativizar a favor desse autêntico genocidio.