industria

 

Se a crise do setor não for enfrentada já, perda da competitividade será irreversível

Por Rubens Barbosa*

Basta de diagnósticos. A crise no setor industrial exige ação imediata dos empresários e do governo para recuperar o tempo perdido e reverter a tendência de seu gradual enfraquecimento. Se essa questão não for enfrentada de imediato, a perda da competitividade da indústria se tornará irreversível.

Nos últimos seis anos, 36,6 mil fábricas fecharam as portas no Brasil, 17 por dia. A saída da Ford e da Mercedes põem em risco todo o setor automotivo. No ano passado, com a crise econômica nacional agravada pela covid-19, o setor registrou sua menor participação no produto interno bruto (PIB) desde o início da série histórica, em 1946. O Brasil deixou de figurar como uma das dez maiores economias globais.

O processo de desindustrialização precoce está avançando pela ausência de políticas públicas voltadas para seu fortalecimento. A situação está tão grave que há até quem defenda a ideia de que o governo deixe de apoiar o setor industrial e se foque nas atuais vantagens comparativas do agronegócio e da mineração. Com mais de 200 milhões de habitantes e mais de 14 milhões de desempregados, o campo não tem como oferecer as oportunidades de emprego e renda que a indústria propicia.

A reindustrialização e a modernização industrial deveriam ser prioridades nacionais, aceleradas pela implementação da atual agenda de reformas horizontais (mudança estrutural) e pelo aumento da produtividade, complementadas com uma verdadeira política industrial que induza negócios estratégicos de alto impacto econômico e social, visando à geração de empregos e renda.

Nesse sentido, caberia fortalecer mecanismos de apoio à indústria como financiamento, compras governamentais e estímulos à produção e exportação de bens de média e alta tecnologia; definir como áreas prioritárias as indústrias de alto conteúdo tecnológico e inovadoras; identificar nichos de mercado para a nacionalização de produtos essenciais estratégicos na área da saúde e outros (em quatro décadas, o Brasil reduziu de 55% para 5% sua capacidade de produção de insumos farmacêuticos); identificação de áreas para criar cadeias de valor agregado na América do Sul a partir de interesses da indústria nacional; apoio com políticas públicas à internacionalização da empresa nacional.

A agenda de competitividade poderia ser levada adiante mediante ação política junto ao Executivo e ao Legislativo para aprovação da reforma tributária, o fator mais importante para aumentar a competitividade da economia e das empresas nacionais.

Outras políticas incluiriam a isonomia de tratamento entre produtos importados e nacionais; aprovação da reforma do Estado, com a desburocratização e simplificação de regras e regulamentos a fim de facilitar os negócios (portal único e OEA); fortalecimento de uma política de incentivos à inovação com estímulos a P&D para a iniciativa privada (universidades e centros de pesquisa) e os órgãos governamentais existentes em áreas estratégicas (mas não limitadas), como indústria 4.0, inteligência artificial e biotecnologia; incentivos à formação e capacitação de profissionais e dirigentes empresariais com a concessão de bolsas de estudo e estágios, no País e no exterior; licitação da tecnologia 5G ou autorização de redes particulares para acelerar o processo de modernização da indústria (4.0–inteligência artificial, automação avançada); alinhamento de políticas internas, principalmente a ambiental, com a política de comércio exterior para evitar medidas restritivas contra produtos brasileiros; medir os impactos sociais após a revisão completa dos tributos e outros projetos estratégicos no nível federal (sustentabilidade).

Com a pandemia surgiu a política de “autonomia estratégica”, que busca substituir importação em áreas limitadas e específicas, como saúde e alimentação, que interessam à segurança nacional. Nessas áreas, a vulnerabilidade dos países pela ausência de produção interna teria de ser superada. A autonomia estratégica, combinada com os avanços do 5G e da inteligência artificial, poderia ser nova referência para a definição de políticas para dar início a um ciclo de reindustrialização que ajudará a impulsionar o crescimento econômico e o emprego.

O Brasil tem ainda o maior parque industrial no Hemisfério Sul. Nos últimos 40 anos a participação relativa da indústria no PIB nacional vem caindo, passou de cerca de 26% no final dos anos 80 para pouco acima de 11% no ano passado.

Executivo e Legislativo estão devendo a aprovação das reformas em 2021. A questão, contudo, é de médio e longo prazos. Por isso, ao lado da política externa, do meio ambiente, da defesa nacional, a reindustrialização deveria necessariamente ser incluída no debate da eleição presidencial. A recuperação do setor industrial deveria ser uma das bandeiras do novo governo a partir de 2023.

O importante é olhar para a frente e defender políticas e medidas que possam, na década de 2020-2030, criar condições para a reindustrialização do País. E necessária uma visão estratégica de médio prazo. Para isso será necessário que a indústria se ajuste às transformações por que passa o mundo, se concentre em inovação e novas tecnologias e, sobretudo, não fique esperando as benesses do governo.

*PRESIDENTE DO IRICE

FONTE: O Estado de S. Paulo

NOTA DO FORTE: O gráfico abaixo mostra a participação da indústria brasileira em relação ao PIB, de 1947 a 2017.

Crise na indústria brasileira
Crise na indústria brasileira

 

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

237 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Marcos10
Marcos10
3 anos atrás

Somos o único país do Mundo que jogou fora seu parque industrial bélico, setor que agrega desenvolvimento tecnológico, empregos com boa remuneração, capacidade de exportação e que promove independência militar, tudo em nome do social, entendendo-se ai manter altos salários de uma casta parasitaria.
No caso dos automóveis, além dos altos impostos que incidem na venda, que podem variar de 47% até 70% dependendo da fonte, não podemos esquecer que o ipva podem variar de 3,5% até 4% anualmente. Assim, ao longo de dez anos, só de ipva você terá desembolsado de 35% até 40% do valor do veículo.
A burocracia é brutal. Vejamos os casos dos tais patrimônios históricos: MP estaduais, federais perdem tempo e recursos para processar proprietários de imóveis velhos, que só tem uma parede em pé. E o mesmo gasta dinheiro que não tem se defendendo. Perde o proprietário por não poder vender seu terreno, perde o munícipio por conceder descontos no iptu.
Esse país já deu o que tinha que dar.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Marcos10
3 anos atrás

Sinto muito meus caros, mas de um país que acaba de entregar até o seu próprio banco central já não espero mais nada. E depois me dizem que o “governo” do Brasil é nacionalista.

Marcelo
Marcelo
Responder para  Joao Moita Jr
3 anos atrás

A vaca ja foi pro brejo faz tempo !!!!!
So estao acabando de limpar a raspa do tacho do que sobrou !!!!
Primeiro foi o banco central,agora vao privatizar tudo a preço de banana !!!!

nonato
nonato
Responder para  Marcelo
3 anos atrás

Nos Estados Unidos, como é o Banco Central?
?

Luiz
Responder para  nonato
3 anos atrás

Independente

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Marcelo
3 anos atrás

E ontem,a Audi anunciou que também encerrará a produção no Brasil.

nonato
nonato
Responder para  Joao Moita Jr
3 anos atrás

Nos Estados Unidos, qual a situação do Banco Central?
?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Joao Moita Jr
3 anos atrás

Vc não pode comparar a situação dos EUA com o Brasil.
Lá temos uma economia madura, estruturada que cresce em média 2%, 2,5% ao ano.
Aqui temos uma economia fraca que necessita constantemente de políticas governamentais.
Agora, vc tirar a prerrogativa do Governo de estimular a economia, em vista de interesses de mercado é a certeza de que o Pais vai patinar eternamente.
Imagine um Diretor do BC bloquear uma política expansionista porque os representantes do mercado estão preocupados com seus ganhos.
Porque, certamente, o BC vai parar nas mãos desse pessoal.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Sabe aquele paciente que está em estado grave, mas estável e vai acabar morrendo?
É isso.

Nico 88
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Ele não vai parar. Já é. A entrega do banco central só formalizou isso.

Bruno
Bruno
Responder para  Nico 88
3 anos atrás

O editor poderia bloqueá-lo (Antônio Kings) pelo menos por um prazo aí sim se um dia ele voltasse tenho certeza que teria aprendido a lição. Mas as vezes eu penso que ele é o próprio editor.

Wellington Góes
Wellington Góes
Responder para  Joao Moita Jr
3 anos atrás

Desculpa amigo, mas uma coisa não tem nada a ver com outra… A desindustrialização é oriundo de outros problemas, num acumulo de gestões desastrosas…

José
José
Responder para  Marcos10
3 anos atrás

Governos anteriores. O atual não criou nenhum imposto e está desburocratizando.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  José
3 anos atrás

Não criou imposto, diminuiu alguns e aumentou outros para compensar. Em resumo, continuamos na mesma.

nonato
nonato
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
3 anos atrás

Tudo que a matéria sugere como solução é o que o governo federal está fazendo.
A desindustrialização não é só no Brasil e, em parte, culpa da China, defendida por alguns militantes aqui.
Trump, nos Estados Unidos, começou a reverter isso.
Pelo menos em parte.

Wagner
Wagner
Responder para  José
3 anos atrás

Desburocratizando? Oi?

RENAN
RENAN
Responder para  Marcos10
3 anos atrás

Alguém sabe o que foi no período militar? O que gerou tamanho crescimento do parque industrial?
Por favor repita a receita.
Minha opinião precisamos de investimento nacional pesado na indústria. Precisamos de políticos comprometido com o setor industrial para fomentar leis e incentivos para este setor, assim como existe uma bancada ruralista, tem que existir uma bancada industrial.
Nossa nação necessita de uma marinha de guerra. Então porque não desenvolver um setor industrial competente para produzir ao longo de 20 anos nossa marinha? Isso levaria ao desenvolvimento de tecnologia industrial e fortaleceria a nossa defesa.
Para construir uma esquadra de 120 navios vais algo em torno de 100 bilhões de dólares.
Porém é necessário exigir que 70% de cada embarcação seja de conteúdo nacional. Assim obrigando as transferências de tecnologia e o desenvolvimento próprio de novas tecnologias.( Gerando emprego e renda para trabalhadores altamente qualificados)
O governo pode fomenta a indústria nacional com obras faraônica, há a necessidade de infraestrutura ( ferrovias, hidrovia, rodovia, esgoto, despoluição de rios) estás obras exigem muita mão de obra de pessoas sem qualificação sem estudo. isso movimenta a economia pois irá aumentar o consumo interno. Pois estás pessoas não guarda dinheiro. E isso gira a roda da economia aumentando o PIB.
Nossa capacidade de defesa aérea é irrisória. Seria necessário uns 300 Gripen para proteger nossa nação.
Porque não fazer uma bela oferta a Saab e neste contrato de compra de 300 aeronaves fabricadas no Brasil com 60% de conteúdo nacional. Ela teria que nos ensinar a fazer estes 60% pois com certeza hoje o Gripen não tem 10% de conteúdo nacional.
O desenvolvimento da indústria seria fantástico com estas ações.
Estes são alguns exemplos há vários outros que podemos realizar para sair da crise. Basta vontade política

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  RENAN
3 anos atrás

“Alguém sabe o que foi no período militar? O que gerou tamanho crescimento do parque industrial?
Por favor repita a receita.
Minha opinião precisamos de investimento nacional pesado na indústria”.
Está pedindo uma política industrial à lá Presidenta e nem percebeu.
Amigo… Os governos militares quebraram o país. Sabe inflação de 70%-80% ao mês? Eu vivi isso. Tudo consequencia das escolhas catastróficas que se fizeram nos anos 70. 
Esquece a formuleta de 50-60 anos atrás. A indústria hoje é outra! Essa era a época da indústria 2.0. Já passamos da 3.0 e indo pra 4.0. Ademais o mercado (global) mudou radicalmente. Os processos produtivos (automatizados e digitalizados) mudaram radicalmente. O Capital idem. A mão-de-obra, então, nem se fala. 
O que você pede, um paralelismo da política industrial de 60 anos, atrás um certo governo impichado há pouco acabou de fazer… Fechar novamente a economia, reservando mercado; incentivos fiscais; subsídios creditícios… e sem naftalina.

Segue a entrevista do Lisboa para se entender o que é Indústria no séc. XXI.

https://braziljournal.com/marcos-lisboa-licoes-da-saida-da-ford-do-brasil

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Meu caro, realmente o governo militar deixou uma inflação absurda, mas também deixou infraestrutura importante e necessária até hoje! Após o governo militar, que grande obra foi realizada e completada? A transposição não vale, porque ainda não terminaram, porto em cuba, metros e aeroportos nos países aqui do continente também não….Se não fossem estas obras realizadas pelos governos militares, o que seria do país hoje? provavelmente, teríamos apagões graves de energia….

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Saldanha da Gama
3 anos atrás

Ainda pensando dentro da caixa… Continuam com esse vício que o Estado tem que realizar “grandes obras”. Mentalidade anos 70.
Concede e autoriza ao setor privado, que já têm condição de fazer! Não estamos mais nos anos 40 e 50, que não havia capital, engenheiros, etc.
O Estado não tem mais como bancar tudo que é investimento de A a Z que o país precisa. Esquece! O Estado já custa 40% do PIB e 95% disso é de gasto obrigatório. A moleza acabou!
E não… a herança maldita da hiperinflação dos anos 80 não é algo minimizável. Foi uma época péssima! Só valeu pelo rock nacional.

Cristiano GR
Cristiano GR
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Para quem era empresário e soube trabalhar foi a melhor época. Fazia-se grandes estoques e vendia tudo atualizando o preço conforme a inflação.

Nico 88
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Itaipu à época custou 20 bilhões de dólares. Qual empresa privada hoje tem coragem de investir isso sem financiamento do Estado ou garantia deste? Esse fanatismo ideológico deturpam as análises baseadas no mundo real. No mundo da teoria é lindo ideologia. Agora quando o país cresce 10% ao ano e tem que ser colocado 14.000 MW/ H de energia a conversa mole de liberal cai por terra.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Nico 88
3 anos atrás

Por que não pode ser em parceria para diminuição dos riscos? Belo Monte não foi assim? Tem de ser tudo num âmbito binário? Ou é privado ou é o Estado… Aí o “fanático” sou eu.
Mas beleza… Vou ali dar uma cochilada bem ideológica e você me acorda quando Angra 3 estiver concluída e operando.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Saldanha da Gama
3 anos atrás

Prezado Saldanha.

O que o Governo militar fez nas décadas de 60 e 70 foi o que devia ser feito e todos os países do Mundo fizeram o mesmo.
Só que esse momento passou e os nossos governantes à época não fizeram da maneira correta, pois deixaram uma dívida impagável.
SDS tricolores.
Rumo à liberta!

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Eu dei 4 sugestões para desenvolver a indústria nacional
Qual sua opinião sobre elas?
Qual a sua sugestão ? por favor

Agnelo
Agnelo
Responder para  RENAN
3 anos atrás

Pergunta pra quem tenta montar empresa no Brasil….
Impostos e impostos e sindicato e direitos demais engessados….
Q venha a reforma tributária.
Pelo menos a farra dos sindicatos levou uma barrada….
Sds

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Agnelo
3 anos atrás

Quer dizer que você é a favor de cortar direitos dos trabalhadores? que tal começar pelos seus, para dar o exemplo? bora iniciar uma campanha para cortar direitos trabalhistas de membros das FFAA, da ativa ou reserva? para diminuir o tal “custo Brasil”? que tal? aliás, pessoas como vc deveriam ser pagas pelo governo dos EUA, não pelos meus impostos. Ah, esqueci que vc defende os EUA de graça e nem liga para os interesses do Brasil, que paga o seu salário.Ok. Aliás, você não disse que os EUA são invencíveis em guerra de alta intensidade, porque então precisa ficar defendendo? de graça ainda?

André
André
Responder para  RENAN
3 anos atrás

Isso…. “repita a receita”. Depois da uma olhadinha na dívida contraída para o milagre brasileiro (década de 70). Gostamos de dar nomes para as décadas: década de 80 é a década perdida, e década de 90, é a mais perdida ainda. Adivinha por que? Processo de industrialização acelerado baseado na contratação de empréstimos e tendo como base a indústria automobilística.
P.s: pergunta: confere as notícias a respeito da compra de bacalhau (lombo, a parte mais cara) e outros quitutes pelas forças armadas?

MMerlin
MMerlin
3 anos atrás

Esta bola vem sendo cantada a tempos aqui nos comentários mas a grande maioria acredita que é pregar a favor do desemprego.
Trabalho com automatização de processos, não apenas mais para Indústrias mas também para Empresas.

Entendam, lá foram, os Governos investem na área de infraestrutura, transporte e redução de impostos na fonte. Também lá, as empresas investem em aumento de qualidade, automatização e redução de custos. Tudo para que o produto final seja mais competitível no mercado. Nem estou levando em consideração ainda a questão sustentabilidade voltada tanto para a qualidade de vida e trabalho dos colaboradores quanto para questões ambientes.

O custo Brasil é altíssimo. Temos falta de investimentos em infraestrutura e transporte, fora a carga alta de impostos. O sindicatos sujeitam órgãos e empresas com exigências absurdas. Tivemos o Partido dos Trabalhadores que fez bulhufas para capacitar os trabalhadores com a vinda inevitável da Indústria 4.0, quando o processo estava sendo iniciado nos países de primeiro mundo. Agora estamos atrasados e sem planejamento algum por parte do Estado.

A automatização vai causar desemprego? Vai! Em média, consegue-se ganhos entre 15% a 65% de economia com mão de obra. O ganho, ao final do processo, é menor custo, maior qualidade e maior capacidade de produção. É possível as indústrias sobreviver utilizando processo manual? Não! Nem a médio e longo prazo. Qual a solução? Um projeto urgente em capacitação e especialização, principalmente voltada para a área tecnológica. E não adianta parar no projeto. Tem que botar em prática e ser aderido por quem mais precisa. Este caminho, somado aos investimentos feito pelo Estado junto com a reforma tributária, é o único modo do parque industrial brasileiro tornar-se mais competitivo e sobreviver.

Tomcat4,2
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Excelentes colocações, e as do Marcos10 tbm. O problema do Brasil são os brasileiros, se políticos, corrompem e são corrompidos de modo a atrasar o país por seus projetos “pessoais e gananciosos” de poder, se ,muitas vezes, do setor público, fazem beicinho por tudo e trabalham(claro que há exceções) porcamente e sem pressa alguma ou compromisso com o que quer que seja e o povo adora ser tratado a pão e circo(pois se não o fosse não aceitaria metade dos absurdos que aceita), sendo levado como gado político ou midiático simplesmente por ter preguiça de buscar informações fidedignas sobre quaisquer temas que se apresentem . Trágico!!!

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

A Infra Estrutura está sendo melhorada, já conseguimos nos igualar ao agro dos EUA só com umas estradas pavimentadas, quando tivermos as estradas de ferro em 2026 todas completas, seremos mais competitivos, mesmo que seja soja ou produto industrial para ser exportado, quanto ao trabalho temos que desonerar a folha de pagamento, além de facilitar demissão, de resto o que você disse também é oq penso.

André Luiz
André Luiz
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

melhorada onde? ainda somos extremamente dependentes do transporte rodoviário, nossos portos precisam de atualização urgente, nossos sistema elétrico ainda é muito dependente das hidrelétricas. isso sem falar sobre como as estradas não possuem qualidade e a burocracia e nada mudou.

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

As hidroeletricas deveriam ser vantagem. E o sistema mais barato más no Brasil, pagamos a conta das mais caras.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
3 anos atrás

Caro CAC,

As hidroelétricas são importantíssimas, mas não atendem mais às demandas de energia atuais. Precisamos de mais. A matriz vai mudar e o processo já está em andamento.
Térmicas à gás devem ser as mais demandadas, mas precisa-se buscar fornecedores baratos. E te dizer, que a melhor opção hoje, disparado, é a… Argentina!

Abs.

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

O Brasil não usa o gás que descobriu, devido a um contrato com multas bem gordinha para o fornecedor atual. É necessário esperar este contrato acabar

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  RENAN
3 anos atrás

Não. 
O Brasil não usa o gás que descobriu, primeiro porque tem uma legislação arcaica que gera insegurança jurídica para investimentos. Está se mudando agora, melhorando, mas ainda alguns dizem que será muito tímido e que daqui a pouco vai ter de aprovar nova regulação para suprir insuficiências desta nova.
Segundo… Questão de lucratividade faz com que seja melhor reinjetar o gás para melhor produção de óleo, pois hoje o petróleo do pré-sal é muito mais lucrativo do que gás natural à Petrobras. E lucratividade é primordial à empresa porque está endividada pra garai.
Terceiro (e principal). Custo. Na melhor das hipóteses, o gás natural de Campos/Santos vai produzir a uns 8USD o m3. Da Bolívia, se tira a uns 5 ou 6 USD. Da Argentina, o potencial, é de uns 3 ou 4 USD. Não tem comparação.

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

A energia é cara pois hj há indicação política para trabalhar nas hidrelétricas.
O custo Brasil é alto

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  RENAN
3 anos atrás

Oi???
De onde vocês tiram essas “teorias”. Por favor, não me conte, somente foi pergunta retórica.
O custo da energia de hidrelétricas no Brasil é barato. As usinas já foram pagas, modernizadas, automatizadas e quando tem água suficiente até o insumo é gratuiuto.
A questão é que o Brasil necessitará em 2025 cerca de 50% mais energia do que em 2015, e crescendo… E a fase de se crescer uma matriz sobre essa fonte em território brasileiro se esgotou. Não dá mais pra crescer por ali. Tem de se diversificar as fontes: eólica, solar, gás natural, biomassa e até nuclear.
Como o investimento no Brasil é baixo, a oferta de energia não está acompanhando o crescimento da demanda. Aí o custo da energia sobe. 
Ademais, pelo mesmo motivo, somado à irregularidade no regime de chuvas, estamos com nossos reservatórios baixando ao mesmo tempo que não podemos diminuir o ritmo de produção das hidrelétricas, pois temos muito poucas opções alternativas hoje. Aí não “poupamos” os reservatórios, agravando o problema.  

Tomcat4,2
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

A matriz energética que se tem, muito timidamente, começado a usar no Brasil e que temos tudo(uma costa de milhares de km) pra usar a vontade e com ganhos absurdos, é a eólica, até fabricamos as pás e tal e exportamos. Temos que investir muito nisso.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Tomcat4,2
3 anos atrás

A eólica é uma fonte muito importante, com muito potencial ainda de crescimento e, de fato, já vem crescendo aqui a taxas chinesas. Já é cerca de 10% na matriz elétrica. Mas… Ela tem um probleminha que não é um detalhe: sazonalidade.

A fonte é muito produtiva em alguns meses do ano, uns 4, 5, 6 meses. Os outros 6 meses é de produção muito baixa. Na solar ocorre o mesmo, bem como em menor grau na hídrica.
Daí é necessário que haja fontes que não tenham essa sazonalidade, como as térmicas a gás e nuclear.

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Uma das formas de se reduzir o aumento do consumo é a exigência de casa nova ter que ter boiler para aquecimento de água através de placa solar.
E que tenha um determinado número de placas de energia solar a cada metro quadrado.
Quanto a demanda faz um reator padrão capaz de ser levado de carretas para pequenas cidades e permeia centenas de reatores nuclear pelas cidades deste Brasil. Deixando os linhões abastecendo os grandes centro e cidades urbanizado.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

se você usa internet para outras coisas e esquece de se informar, problema seu

RENAN
RENAN
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

Discordo de tudo que você disse

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  MMerlin
3 anos atrás

Concordo com tudo, Sr. Merlin.

Se me permite um adendo… O Estado pode (e deve) ajudar a indústria, mas longe da forma como vem fazendo hoje, que muito mais atrapalha do que ajuda. Tem de sair do “modo intervencionista” e o “modo mãezona” para o “modo fomentador”.

E nós temos contra-exemplos de como o Estado fomentador pode ser importante. O Agro hoje é moderno com ajuda do Estado. A EMBRAPA e as universidades rurais foram muito importantes no desenvolvimento tecnológico do setor, que levou à grande produtividade porteira à dentro. Porteira afora é extremamente OMISSO, principalmente na infra-estrutura.
A Embraer privada, além do apoio do ITA e do cluster aeronáutico, recebeu bons incentivos do Estado para produzir voltado, não ao mercado interno e exigindo conteúdos nacionais sem sentido, mas focado no mercado externo e com liberdade gerencial para escolher os melhores fornecedores e as melhores parcerias.

Abraços.

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Você sabe porque a Embrapa existe?
Ela só dá prejuízo financeiro ao governo, mas porque não foi privatizada?
Simplesmente existe a bancada ruralista, umas das mais fortes na política. Está bancada sustenta políticas fortes para incentivar o setor.
Umas das políticas recentes diminuiu a fiscalização de trabalho escravo.
Eles mandam no Brasil
E por este motivo o agro é tão forte.
Nós não temos uma bancada industrial, formada por donos de grandes empresas, por este motivo não há políticas públicas de incentivo a indústria nacional. E nem um órgão forte voltado a P&D industrial.
Olha não que eu ache o cara um bom político, mas o único que conheço ligado a indústria pátina nas eleições, o presidente do sistema S.
Skaff.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  RENAN
3 anos atrás

Não tem bancada industrial… Çei.
Afinal, a FIESP é o quê?! Só um patinho inflável amarelo?!
Quando Dilmão anunciava seus pacotes de “bondades” do BNDES, das leis de conteúdo nacional (intervenção direta), dos incentivos fiscais, das barreiras tarifárias… Esse povo estava ali do lado batendo palmas. Quando a moleza acabou o lema passou a ser “nós não vamos pagar o pato”.

Se não é o Agro, esse país estaria pior que a Argentina e vivendo as mesmas crises de dívida externa de 40 anos atrás. Pois é esse setor, e praticamente só ele, que traz divisas que bancam nosso balanço de pagamentos. Que traz pra dentro dólar… US$… USD… Bidens… Vamos ver até quando!

RENAN
RENAN
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

A FIESP é uma federação das indústrias não é uma bancada política eleita.

João Adaime
João Adaime
3 anos atrás

Que é necessário colocar o sino no gato, todo mundo sabe. O problema é quem vai colocar?
Quando do anúncio da saída da Ford, o presidente da Anfavea, no Canal Livre da Band, disse que no preço de um carro incidem mais de 200 (duzentas) taxas. Fora os impostos.
E isto deve ser a realidade em todos os setores, um pouco mais, um pouco menos.
Temos dois problemas principais. A corrupção e o custo da máquina pública. Ambos são um sumidouro dos impostos arrecadados. Quanto mais se arrecada, mais eles consomem.
Mesmo concordando com o que escreveu o autor do artigo, só vejo solução se o povo se rebelar e promover uma Queda da Bastilha. É isto ou ficaremos outros quinhentos anos em compasso de espera.

Pedro
Pedro
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Pois é, esses 200 impostos incidem a anos, pq apenas agora abrir a boca? Pq quando os governos la atras colocaram isso, ficaram quietos e coniventes? Ahh, eles mamavam junto e agora acabou a teta, viram o tamanho mal que esse imposto abusivo faz?

J4S0N7
J4S0N7
Responder para  Pedro
3 anos atrás

Exatamente.!! O estadão ficou calado durante todo o reinado do PT e só agora, resolveu tocar no assunto, curioso né.?!?

João Adaime
João Adaime
Responder para  Pedro
3 anos atrás

Caro Pedro
Não são impostos, são taxas. Um exemplo de taxa: Sempre que você faz alguma coisa no cartório, você paga um percentual para um fundo judiciário. Imposto vai pro caixa do governo. Taxa tem uma destinação exclusiva.
A Anfavea nunca se calou. Ela sempre reclamou junto ao ministro da Economia (antiga Fazenda) mas sempre ouvia a desculpa de sempre, que não dava pra tirar e coisa e tal. Como que o STF poderia comprar lagosta e vinhos finos premiados sem o fundo judiciário?
Abraço

Carlos Gallani
Carlos Gallani
Responder para  Pedro
3 anos atrás

A globalização não aceita desaforo, cada dia a competitividade aperta mais, um dia as fabricantes brigavam dentro do país, depois veio o Mercosul e o México, agora a briga é com a China….

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

Como disse o Presidente da CNI: ‘O Brasil está virando a roça do Mundo’.
Sem dúvidas que o agronegócio e a mineração não podem prover os empregos em quantidade e qualidade que um País de mais de 200 milhões de habitantes precisa.

Bosco
Bosco
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Não te entendo Toinho. A cada notícia sobre a China você nos abastece com números fabulosos vindo de lá e faz pouco caso da agroindústria brasileira. Ora! Se você acha maravilhoso todo o parque industrial do mundo ter ido parar lá na China e acha fantástico ela ser a potência hegemônica dentro de no máximo 10 anos, tá reclamando de que do Brasil virar a roça do mundo?

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Vc está tirando conclusões, erradas como sempre.
Não só do que eu escrevo, mas de muitos assuntos aqui tratados.
Tire seus antolhos ideológicos e veja a realidade do que está ocorrendo no Mundo.
Quem disse que eu estou torcendo para todo o parque industrial do Mundo ir para a China?
Se está indo é por conta da políticas bem sucedidas de Pequim.
E a China está de parabéns por isso.
Agora, se o Brasil está seguindo o caminho atual, é porque está indo para a roça.
Literalmente.

Bosco
Bosco
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

“antolhos ideológicos ”
Uau! Vindo de vc esse tapa na cara mais parece um beijinho de boa tarde. Rssss
E sim! O Brasil litetalmente tá indo pra roça agora! Antes, tava indo pro esgoto porque na privada já tava.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Bosco ,
Eu vejo no Agronegócio e na Mineração uma oportunidade impar para alavancar uma indústria brasileira pujante. Uma industrialização rápida e com teor de nacionalização de componentes surpreendente para níveis mundiais.

Pedro
Pedro
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Exato! A industria de alimentos é super dinamica e temos muitas oportunidades. Nao a toa, dificilmente vc ve empresas desse ramo saindo do Brasil. Se nao avancamos mais, é devido a eterna burocracia, impostos e uma legislaçao maluca que juntamente a um judiciario militante, é uma senhora ancora a esses negocios. Vejam o crescimento do interior de SP, Oeste e Norte do PR, MT, MS e GO e vejam a transformaçao que a agricultura e a industria de alimentos vem fazendo.

Marcos10
Marcos10
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Agricultura e mineração são importantes, mas não há nada no Mundo que gere tanto emprego como indústria e serviços, os quais o Brasil não consegue gerar. Impostos concentrados no consumo ao invés da renda; financiamento, seja para consumo ou capital de giro, caros; incapacidade de fornecer mão de obra qualificada; baixa produtividade; sem contar que se trabalha pouco. Quarenta horas o brasileiro está se atirando no chão. Não, não estou pedindo as mais de sessenta horas semanais que o trabalhador sul coreano faz, ou fazia, pois agora são 53 horas.

Tomcat4,2
Responder para  Marcos10
3 anos atrás

Marcos10, lembrar que inevitavelmente a industria 4.0 ,a era da informática, robótica e automatização já tende desde o início a acabar com milhões de empregos no mundo todo.

Pedro
Pedro
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Politicas Bem Sucedidas: Escravizar o proprio povo, restringir a liberdade do mesmo, depreciar sua moeda e nao criar uma poupança para a aposentadoria desses trabalhadores!
Olha, se nao fosse um país diria que esse quadro é de uma nuvem de gafanhotos!!

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Pedro
3 anos atrás

A Esquerda Ocidental é antônimo do Sucesso

joão Fernando
joão Fernando
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

A oriental então só acerta na mosca? Explica ai.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Pedro
3 anos atrás

concordo, só discordo da parte em que desvaloriza sua moeda, na VDD a China anos atrás sofreu para manter o Yuan estável e não se desvalorizar.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Pedro
3 anos atrás

Tema gente que acredita nas estatísticas e na máquina de propaganda do comunismo chinês.

EParro
EParro
Responder para  Tadeu Mendes
3 anos atrás

Pois é Tadeu Mendes, pois é!

100nick-Elã
100nick-Elã
Responder para  Tadeu Mendes
3 anos atrás

Tem gente que acredita nas estatísticas e na máquina de propaganda do capitalismo ianque. E por favor nisso, você mora nos EUA, não? então está vendo de perto, com seus próprios olhos, a qualidade de vida do cidadão norte-americano se deteriorar, não é? qual a quantidade de mendigos e esfomeados vc tem contato diariamente?

MFB
MFB
Responder para  Bosco
3 anos atrás

Pedir coerência ao tenho é pedir demais.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  MFB
3 anos atrás

Tem alguém comentando em nome do Tonho.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

roça do mundo aí já é demais, o Brasil com esse acumulo da agroindustria pode usar isso como softpower, e até aos poucos comprar o agro dos EUA, nosso principal rival.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

A pouco tempo atrás chegamos até ser a sexta maior economia do mundo superando os britânicos, isso só exportando “banana”. Exportando coisas que hoje tem pouco valor agregado para a economia. O Brasil não é e nunca foi um país de “terceiro mundo”, ele é mantido assim por uma política colonialista de dominação político-econômica que foi instaurada aqui, pela ação de agentes externos. Esta ideia de que somos uma nação pobre e miserável não passa de uma bravata criada por essa classe dirigente que nos governa, pra enganar a população deste país. Prestem atenção em como no nosso país qualquer coisa que traga algum tipo de progresso é sabotada e desestimulada de forma nefasta!

O Brasil é uma nação rica, e, ao contrário do folclore ideológico de certa gente, o Brasil é uma nação antiga! O Brasil já foi uma grande nação soberana, principalmente durante o período monárquico. Pesquisem sobre a guerra civil americana e sobre as razões das causas por detrás dela que compreenderão. A economia sulista dos EUA naquela época era baseada na exportação do algodão. Porque vocês acham que a atividade econômica do plantio de algodão nesta época era chamada de “Ouro Branco”?! Pesquisem sobre o padrão de vida dos sulistas dos EUA nessa época, pois os estados do norte podiam ser mais industrializados mas o sul era mais RICO. Padrão de vida que era o mesmo que dos senhores de plantação daqui.

Houve uma época em que Salvador já foi considerada a cidade mais rica do mundo. A Igreja de São Francisco de Assis que fica no do bairro do Pelourinho em Salvador é considerada a igreja mais rica em ouro do mundo e não só do Brasil. Mais de 1 tonelada de ouro foi usada nela. O complexo arquitetônico que hoje é o museu nacional do RJ era o que chamavam de casarão, e já foi no passado a residência de um traficante de escravos. No RN aonde eu vivo, só na região do chamado Seridó, existiram mais de 940 casarões de opulência comparável com os do Paço de São Cristóvão. Isso apenas numa região do Estado.

Sabem o quanto de riqueza só o trafico de escravos trouxe pra cá naquela época? O Brasil dominava o comércio de tráfico de escravos no mundo. Exercia uma liderança absoluta neste mercado o que deixou todos os demais países bem distantes. Entre os séculos 16 e 19, 350 anos em que o negócio de tráfico negreiro foi praticado, o Brasil foi o centro mercantil mais importante do comércio de escravos que existiu.

A hegemonia dos portugueses e brasileiros nesta atroz atividade trouxe uma riqueza maior do que possam imaginar. O tráfico de escravos naquela época era um dos mercados mais lucrativos que existiam. O comércio era altamente lucrativo e os traficantes que existiram aqui fizeram muitas fortunas. Atividades econômicas como de produção de cana-de-açúcar, café, algodão ou tabaco podem ter menor relevância econômica hoje pelo baixo retorno econômico para a economia, mas em épocas passadas essas atividades eram muito lucrativas.

Se hoje o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo foi porque houve uma época onde as potências colonizadoras literalmente guerreavam entre si e se matavam por uma muda de café. Sabiam que houve uma época onde as plantações de café eram escoltadas por guardas armados?

Culturas como do café podem ter pouco valor agregado hoje para a economia de um país mas porque vcs acham que as plantações dessa cultura agrícola eram escoltadas como um cofre de banco naquela época? Sabem porque a bandeira do Império do Brasil teve ramos de café e tabaco como suportes do brasão nacional? Estes ramos na bandeira imperial não foram desenhados por Debret apenas pra fazer decoração, mas para ilustrar um significado simbólico da importância destas monoculturas para a economia da época, que eram muito lucrativas.

O Brasil não foi uma potência, mas sim uma SUPERPOTÊNCIA. Só que impedida de se tornar isso pelo o poder dominante da época, papel este que seus “descendentes” cumprem de assegurar até hoje!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Não duvido do que vc escreveu.

Gottffrid
Gottffrid
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Você está certo, Kings. A desindustrialização é um projeto, coisa de profissionais. Vi muita gente aplaudindo a Petrobras por comprar sondas em Shangai em vez de fortalecer nossa indústria naval. Vi diretor da FIESP dizer que o percentual de conteúdo nacional nas compras da indústria do petróleo estava muito elevado e precisava baixar.

Recentemente o pesidente do IPEA declarou, abertamente, que nosso destino é voltar ao extrativismo, atolado no setor primário:

“Em entrevista ao Valor Econômico, Carlos von Doellinger, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), defendeu a desindustrialização ao sustentar que atividades de manufatura, com exceção do beneficiamento de recursos naturais, não são o melhor caminho para o Brasil. Vamos entender quem fala: o Ipea é o think tank do governo para política econômica. O seu presidente (apesar de nomeado pelo Planalto) é uma escolha pessoal do ministro da Economia.” http://blogdomiltonrego.com.br/a-voz-do-dono-e-o-dono-da-voz/

Depois que a vaca foi para o brejo o cartório da indústria resolveu reclamar. https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/01/20/presidente-do-ipea-recebe-criticas-da-industria-ao-propor-desindustrializacao.htm Mas penso que agora é tarde. Muito tarde.

Parafraseando Nelson Rodrigues: Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Gottffrid
3 anos atrás

Prezado Gottffrid

Ou seja, comprar a sonda na China e pagar vendendo petróleo, onde somos eficientes.
É por aí.
É comum vc ler em sites de diversos tipos (como militares, de automóveis, tecnologia e etc.) defendendo que o Brasil deveria fazer como a Austrália, ou seja, se especializar no extrativismo (no que seria eficiente) e importar o resto.
Como se fosse possível fazer isso em um País com mais de 200 milhões de habitantes.
E essa ideia, acredite, se espalhou em parte da sociedade.
Creio que agora também seja tarde.
SDS

Oráculo
Oráculo
3 anos atrás

A conta é simples

Impostos municipais + impostos estaduais + impostos federais + custo fixo alto + legislação trabalhista da década de 30 = falência da indústria

Sai mais barato mandar fabricar na China, Índia, Paquistão, etc. e pagar o frete + imposto, do que fabricar no interior do Nordeste, que deveria ser nosso polo de fabricação a baixo custo, devido a miséria da região e a baixa qualificação técnica do povo local.

Qualquer um enxerga o potencial disso para o futuro do pais.

Seria a oportunidade de aumentar nossa base industrial, melhorar a vida das pessoas da região(70% depende do Bolsa Família) qualificado-as para o trabalho e de quebra fortalecer nossa economia.

Mas o Brasil não perde a chance de perder uma boa chance.

Experimenta falar em diminuir os encargos trabalhistas.Ou em diminuir os impostos estaduais e municipais.

É capaz de matarem quem apresentar a proposta.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

Todos os países do Mundo têm impostos, custos trabalhistas altos e etc.
E vários países industrializados, até mais altos que os nossos.
O nosso problema é estrutural.
Vem da falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento, em ensino básico, médio e universitário deficientes, de empresários incapazes (que muitas vezes apenas compram tecnologias de fora), de grupos empresariais que se apoderam do Estado para manipular apenas seus benefícios (vide FIESP), a péssima distribuição de renda que faz com que enormes parcelas da população não tenham acesso a melhores de condições de vida que permitam a criação de indústrias de bem mais sofisticados e assim vai.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Tá brincando né? o setor manufatureiro no Brasil como eu todo é ineficiente e pouco produtivo. “de empresários incapazes (que muitas vezes apenas compram tecnologias de fora)”, essa foi boa, um dos empecilhos da baixa produtividade no Brasil é alta proteção que temos, que impede empresários de terem acesso as cadeias globais de produção e conhecimento (são impedidos de terem acesso a máquinas e equipamentos que estão na fronteira da tecnologia), resultado disso é a baixa produtividade.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Os pouquíssimos centros de pesquisas que temos aqui são estatais e muitos ligados a Universidades.
Qual empresa de capital nacional tem laboratório de pesquisa avançada?
A grande maioria de nossas grandes empresas são da área de comércio, agropecuária, bancos.
As 10 maiores do Brasil em 2020 foram: Petrobrás, BR Dist., Vale, Raízen Combustíveis, Ipiranga, Cargill Agrícola, ADM, Vivo, Atacadão e Braskem.
As poucas indústrias que aparecem ou são multinacionais (que têm laboratórios no exterior ou empresas de ‘baixa tecnologia’ como papel e celulose, siderurgia e etc.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Caro AntonioKings, eu não entendi a resposta ao meu comentário. Caso não tenha ficado claro, eu quis afirmar que, ao impor altas tarifas de importação, o Brasil impede que os empresários tenham acesso à máquinas e equipamentos mais sofisticados tecnologicamente, e isso os leva a serem menos eficientes e competitivos.
Um dos problemas que eu vejo na maioria dos comentários dos frequentadores da trilogia, é achar que enriquecimento requer industrialização (infelizmente um pensamento enraizado no público leigo em economia no Brasil), neste eu caso eu fiz um comentário explicando de forma simples o motivo de isso não ser verdade, creio que está logo abaixo.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Prezado NashArrow

A questão não é apenas o imposto mais caro para máquinas e equipamentos que impede a industrialização do Brasil.
Pode até prejudicar, mas não impedir.
Existem outros fatores como escala de produção, produtividade, ambiente de negócios, qualidade da mão de obra e por aí vai.
Por exemplo, a Ford. Ela tem fábricas na China, no México e etc que produzem mais e mais que o Brasil. O que a impede de fechar a fábrica aqui e importar de lá.
Nada. Tanto é que fizeram isso. O dono é o mesmo e não é brasileiro.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Caro Antonio, acho que há um desconhecimento seu em alguns pontos, vamos por partes. Ao impor altas tarifas de importação, o Brasil impede sim a compra de máquinas e equipamentos, talvez o caso mais notório seja a lei de informática, que na tentativa de proteger e criar toda uma indústria (a de hardware), acabou “desprotegendo” outros setores que tiveram que usar equipamentos nacionais inferiores, levando à baixa produtividade (há um comentário economista José Scheinkman em que ele visita o IMPA, e os pesquisadores do IMPA usavam o mesmo computador que o filho dele usava para aprender a programar, detalhe o filho dele tinha menos de 10 anos, e a máquina não era nenhum pouco sofisticada). Já que citou a indústria de automóveis, caso não saiba, ela é uma das mais protegidas do Brasil (logo impede muito a importação de outros lugares), e também uma das mais ineficientes, ao ponto de só sobreviver apenas por subsídio (existe uma piada dessa indústria entre os economistas, que é comentar “senhora, seu filho tem mais de 70 anos e precisa ser protegido”), o que faz todo sentido.. um setor que precisa ser protegido por mais de 70 anos é porque não deu certo. Assista esse vídeo do Marcos Lisboa sobre isso https://www.youtube.com/watch?v=zufSIeeuJz4&t=1439s
Você está certo sobre os fatores que aumentam a produtividade: educação, ambiente de negócios, eu acrescento o ambiente institucional, taxa de poupança, interação internacional, etc.
Isso talvez irá te chocar, mas o Brasil é bem irrelevante no comércio internacional, ainda mais se compararmos pelo nosso tamanho. Entre os membros do G20, somos o que tem maiores barreiras tarifárias e o que menos comercializa com % do PIB.

Esteves
Esteves
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Vivo é uma marca da Telefônica. Espanhola. Atacadão pertence ao Carrefour. Francês.

O setor de telefonia foi privatizado. A justificativa foi substituir o modelo de estatais regionais (cada estado tinha a sua operadora) por investimentos privados estrangeiros. Criaram as bandas A,B,C,D,E…venderam vento e?

Concentração de player’s todos estrangeiros (3), desinvestimentos, sucateamento das plantas, altíssima dependência tecnológica, remessa de royalties ao exterior. Agora decidiremos entre o 5G chinês, americano ou europeu.

Os franceses cresceram no varejo comprando Pão de Açúcar e suas marcas Assai e Extra, Ponto Frio e Casas Bahia. A holding chamada Via Varejo tenta se desfazer de Ponto Frio e Casas Bahia falidos. O setor de supermercados perdeu rentabilidade e atratividade abrindo para uma pulverização de operações idêntica ao que aconteceu com shopping centers no passado. Muitos fazendo a mesma coisa. Quando a concentração chegar…

O Atacadão vai bem. Vai remetendo lucros para a França via Carrefour.

O problema não é somente a indústria. O problema é muito maior.

O Brasil foi desnacionalizado. Vide Tamandarés, PROSUB, Guaranis, Gripen.

A fábrica da Audi no Paraná parou. Querem receber os créditos tributários prometidos. Depois que enviarem o dinheiro para a Alemanha…nada indica que continuarão ou tudo indica que será mais um a fechar.

A fila para fechar tem vagas. Peugeot, Citroen, Renault. O Brasil se transformou em mercado de terceira classe recebendo produtos indianos, romenos e paquistaneses. Não sabemos fazer motores. Não fazemos caixas de câmbio.

Sobrou o pasto.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Esteves
3 anos atrás

Isso é verdade.
Agora o que de fato ocorreu?
Uma desnacionalização incentivada pelo Estado ou a falta de capacidade de investimento do empresariado nacional?

Esteves
Esteves
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Distanciamento tecnológico. Você não consegue sobreviver muito tempo vendendo tudo que tem.

O estado perdeu a capacidade de investimento porque as tecnologias chegam rapidamente cada vez mais caras.

O preço da obsolescência aperta. O investimento em P&D vira despesa, o valor necessário para absorver conhecimento…na estratosfera. Entram em cena TOT e royalties.

A rede de telefonia no país foi construída para o 2G. Voz e texto. 2G com infraestrutura da Ericsson e da Motorola. À partir do 3G, voz, texto e imagens , não houve investimento. As operadoras fizeram a sobreposição com a internet sem investir na planta.

Quando vereadores e deputados fazem leis proibindo as operadoras de expandir a cobertura e melhorar a qualidade (dizem que causa câncer) …cuidado…são lobistas pagos pelas operadoras que não desejam investir.

Não existe mais empresariado nacional no setor de telecomunicações.

Esteves
Esteves
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

O setor automobilístico é um setor ultrapassado.

Apesar das fusões havidas nas últimas décadas e da tentativa da Ford se unir à Volkswagen (mais de uma vez) simplesmente não há lugar para tantas marcas e não há mercado para negócios locais com custos altos.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Esteves
3 anos atrás

Um novo sopro será dado com a indústria de veículos de nova energia.
Biden sacou a jogada e vai tentar impulsionar o atraso industrial americano no setor que está sendo monopolizado na Europa e China.
Hoje mesmo o Governo americano anunciou incentivos aos compradores desses veículos.
E o tapado do Trump queria incentivar a indústria do petróleo que está em vias de substituição acelerada.

Esteves
Esteves
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Isso atende as necessidades da indústria. Um carro elétrico tem 1/3 do custo de montagem e 1/4 das peças de um motor a combustão.

A indústria do petróleo tem a petroquímica. Mas…até esse setor sempre dependente de subsídios governamentais (Merkel disse que basta de enfiar dinheiro na indústria química alemã).

A indústria do petróleo tem suas patentes. E pelas próximas décadas, grandes máquinas como navios, foguetes e aviões ainda serão movidos por combustão.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Esteves
3 anos atrás

Não é que seja ultrapassado, é que o Brasil não é PRODUTIVO em fazer automóveis, mas mesmo assim desde a década de 1950 nós decidimos que queríamos ter uma indústria de automóveis. O que os nossos gestores fizeram então? eles protegeram e subsidiaram empresas que pudessem trazer fábricas para o Brasil e estamos aí com uma indústria “”””nascente””” de mais de 70 anos. Deixando claro, as montadoras não vieram para o Brasil porque elas vislumbravam ganhar produtividade e competitividade, e sim por uma garantia de lucro via subsídio e baixa concorrência com o mercado internacional devido as altas tarifas de importação e mesmo assim não estão conseguindo.

Se vocês leram todos os meus comentários, perceberam que eu sempre dou muita ênfase na produtividade, porque é isso que importa, os países são ricos por terem alta produtividade total dos fatores e não porque eles tem maior participação na indústria. Produtividade é tudo, é isso o que diz a ciência econômica.

Uma frase icônica do economista Robert Lucas (Nobel em 1995) é mais ou menos assim: “As consequências para o bem-estar humano envolvidas em questões como essa (crescimento econômico) são simplesmente assombrosas: uma vez que se começa a pensar sobre elas, é difícil pensar em qualquer outra coisa”. O Brasil no início da década de 80 tinha uma produtividade maior que de Taiwan e Coreia do Sul, hoje esses países tem uma produtividade de aproximadamente 80% e 70% da americana e vão chegar próximas ainda mais ou até passar. A produtividade do Brasil atualmente é de 25% a do americano.

Esteves
Esteves
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Ultrapassado e obsoleto.

A indústria está tentando alugar diretamente os veículos e, fazer planos de assinatura anual. Porque a rede de concessionárias e de frotistas não aguenta mais receber pressão nos estoques.

As montadoras estão abrindo mercados diretos. Isso vai matar as concessionárias.

Carro como inventário e despesa…agindo para satisfazer os desejos e não as vontades…obsoletos.

Esteves
Esteves
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Bem…

Negocios são atraídos pelo lucro. Lucro, apurado no se devido tempo, pode ser medido de várias formas.

Antes e depois de impostos.
Vindo de margens positivas.
Como resultado da geração de caixa. Consequência de custos baixos.
Poucos concorrentes.

Montadoras chegaram ao Brasil praticando preços acartelados. Ainda hoje. Uma sobe, todas sobem. Isso foi um dos motivos para liquidar o caixa das operadoras de telefonia no mundo. Quando começaram a pagar comissões…todas competiram pelos mesmos clientes. Sem dinheiro novo.

Mas subir preços todos ao mesmo tempo é uma censura à competição. Os medíocres ficam soberanos.

O que importa é a inovação. Produtividade…hoje tem mais com a capacitação e com a necessidade de treinamento. Inovação vem de ambientes de negócios sadios. Fazer antes do concorrente.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Xings isso que você falou é vdd, mas o que Oraculo comentou é o que trava o país mesmo! Se fizéssemos aqui o que Deng Xiaoping fez na China, vc ia ser um dos primeiros a reclamar, o Paulo Guedes e o Bonoro são dois comunistas malvados perto do Liberal Deng.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

Some a isso a logística precária, altamente dependente de rodovias, baixa oferta de energia, que encarece o custo da mesma, tudo isso impacta na competitividade.

Acacor
Acacor
Responder para  Oráculo
3 anos atrás

A retórica contra a legislação trabalhista é cortina de fumaça. Países de primeira linha como Alemanha, Suécia, UK e França tem um custo de folha de pagamento bem maior que o Brasil. A própria China já possui um custo de mão de obra semelhante ao brasil e isso não impede ser um país industrializado. Tem que parar de repetir a ladainha que a turma do sistema financeiro patrocina, porque o objetivo é criar um bode expiatório pra “crise”.

NashArrow
NashArrow
3 anos atrás

Isso apenas reflete a nossa baixa produtividade (e ainda querem que tenhamos mais indústrias rs). Infelizmente esse é um dos sensos mais comuns sobre economia que está enraizada na mentalidade do público leigo em economia, de que enriquecimento requer industrialização. Simplesmente nenhum modelo bem estabelecido na teoria do crescimento econômico faz referência à industrialização como um dos propulsores do desenvolvimento. A começar pelo modelo de Solow que tem como variáveis a taxa de poupança, taxa de natalidade, taxa de depreciação do capital e a taxa de inovação tecnológica, mas nenhuma palavra sobre industrialização. Atualmente um dos modelos mais bem estabelecidos, o de Paul Romer, considera a taxa de inovação como uma variável endógena, que é dependente de fatores como a fração do produto e trabalhos voltados à pesquisa, além de levar em conta que o nível de renda é determinado pelo nível de capital humano. Em ambos não há nenhuma palavra sobre industrialização.
Um excelente trabalho do IPEA, dos autores Thiago Miguez e do Thiago Moraes chamado “PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E MUDANÇA ESTRUTURAL: UMA COMPARAÇÃO INTERNACIONAL COM BASE NO WORLD INPUT-OUTPUT DATABASE (WIOD) 1995-2009”, nesse trabalho, os autores comparam o quanto a produtividade se alteraria se a estrutura de ocupação dos trabalhadores fosse idêntica à estrutura de alguns países comparados (tabela 8). Na tabela 9, eles mantém a mesma estrutura produtiva do Brasil, mas igualam a produtividade setorial do país à dos países comparados. Se a hipótese dos adeptos de que enriquecimento requer industrialização fosse correta, deveríamos observar que a produtividade brasileira deveria crescer muito mais caso se igualasse a estrutura ocupacional dos trabalhadores dos países industrializados do que se fosse mantida a mesma estrutura ocupacional e apenas se mudasse a produtividade intra-setorial. Na verdade ocorre o oposto disso, a produtividade brasileira aumentaria muito mais se, mantendo a mesma estrutura ocupacional, iguala-se a produtividade intra-setorial a dos países industrializados do que se, mantendo a mesma produtividade intra-setorial, rearranja-se os empregos para priorizar a indústria.
Resumindo, os modelos de crescimento econômico bem estabelecidos nada têm a dizer sobre o que um país deve produzir para ser rico, e as evidências empíricas provam isso.

Texto baseado nos comentários do economista Lucas Favaro no podcast do Bem-estar capital: https://www.youtube.com/watch?v=WNEPdfy6Puo&t=2617s
(Começa nos 37:00)

Trabalho do Thiago Miguez e Thiago Moraes: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/produtividade_no_brasil_miolo_cap07.pdf?fbclid=IwAR17DupSg4zphEu4G-AIaVHRJsG1eHIgJlOt3vB2AxQWUJe4gGpPsoFtEoY

Romer, P. (1990). Endogenous Technological Chance. Journal of Political Economy, v.98, 571-S-102

Solow, R. (1956). A Contribution to the Theory of Economic Growth. Quarterly Journal of Economics, v. 70, pp. 65-94

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Vamos lá… Uma coisa é a economia pura. Não vou argumentar isso, pois dá para ver que você estudou o suficiente para ter opinião própria.

Mas… o fórum aqui é de Defesa. E aí… Temos de tratar a economia (e a indústria incluída) não como um fim em si, mas como um dos instrumentos de soberania nacional. E essa questão é multidisciplinar. Exige abordar RI, ciências militares, geopolítica, etc.

Aí, meu caro, o buraco é bem mais embaixo. No mundo tem APENAS 5 Mega-Países: EUA, China, Russia, India e… Brasil. Dentro da minha visão Realista, o Brasil, por não estar, mas SER um dos membros desse clube, tem o potencial de ser extremamente relevante mundialmente, mas não não somos. Só a economia explica? Não! A Russia está longe de ser a maior economia do mundo, mas é MUITO relevante. Seu PODER vem de outra forma… Seu poder bélico influi muito nas direções em que o mundo toma.
Aí se vê quem são as maiores potências militares da atualidade… Justamente os outros 4 países do clube. A Índia se não está lá hoje, seguramente será incontestável em mesnos de 2 décadas. E o Brasil??? Não.
Uma das grandes premissas para se ter supremacia militar é possuir uma base industrial desenvolvida. TODOS os países relevantes militarmente possuem uma base industrial de defesa em constante desenvolvimento. Sem ela, o país será eterno importador não só de equipamentos, mas de tecnologia e, com isso, DEPENDENTE. O que é o oposto de SOBERANO.

É essa a questão que compreendo sim seu ponto de vista do país não necessariamente necessitar ser p…ta industrializado para ser desenvolvido, mas… para fazer parte do jogo internacional, dentro de como ele é (e sempre foi) jogado… Sim, precisamos nos industrializar.

Abraços.  

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Muito bom argumento. Mas na minha visão estratégica, o Brasil precisa urgentemente de capacidades de dissuação nuclear.

Pedro Bó
Pedro Bó
3 anos atrás

O Brasil falhou como o país unificado. Deveríamos repensar o pacto federativo, modificar o texto do caput do Art. 1º da CRFB (se assim for permitido) e permitir que os Estados e Regiões possam desembarcar dessa canoa furada comandada por Brasília, se assim o quiserem.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Literalmente, o Pedro Bó.

Pedro Bó
Pedro Bó
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Me abalei muito com seu comentário, Tonho. Ninguém aqui te leva a sério. Nem você deve se levar a sério. Seus pais devem chorar no banho de desgosto por conta do filho que criaram.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Quem te garante que o Tonho é brasileiro?

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Pedro Bó
3 anos atrás

Eu ia propor o Principado de Manaus.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
3 anos atrás

Tchau indústria, já vai tarde! Não troco minha plantação de uva e manga por nenhuma indústria qualquer.

Lembro que na minha cidade, Petrolina, haviam várias indústrias na década de 80 e 90. A cidade parecia uma favela, um lixão. Agora somente com a agricultura e o setor de serviços de alto nível, parece uma Dubai, com prédios altos e condomínios de luxo.

O fato é que o Brasil nunca teve vocação para indústria, tirando umas e outras exceções. Tal como os australianos, Podemos crescer e enriquecer muito bem com agricultura, turismo e serviços de alto nível.

André Luiz
André Luiz
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

Isso é ironia né.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

Não, pergunta para os australianos se eles querem trocar emprego no Turismo, para apertar parafuso em fábrica e ganhar ninharia.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

E se tivéssemos feito o dever de casa (educar a população, melhorar o ambiente institucional, ambiente de negócios, aumentar o nível de capital humano, se integrar mais com o comércio internacional, etc) poderíamos descobrir uma nova vocação, assim como ocorreu com NY. Quando as fábricas saíram das grandes cidades do nordeste/norte dos EUA e foram para o interior e/ou para outros países lá pela década de 60, pois o custo do transporte tinha ficado mais barato e ao mesmo tempo o preço dos terrenos nas grandes cidades havia ficado mais caro, isso aconteceu em NYC, Detroit, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Munique e outras. Mas vamos falar sobre NYC e Detroit, ambas tentaram manter as indústria por lá, Detroit concedeu subsídio, gastou dinheiro público construindo anéis viários, monotrilho, prédios comerciais, etc. O resultado foi que a cidade quebrou várias vezes, desemprego altíssimo e grande parte da população saiu da cidade. Nova York inicialmente fez o mesmo, mas ela muda de estratégia lá pela década de 70, com a saída das fábricas houve um grande número de desempregados, e o crime explodiu. O que Nova York fez? cuidou da segurança, da iluminação pública, dos serviços públicos, da educação, incentivou a criação de universidades. Nova York hoje é uma cidade muito prospera, pois ela descobriu uma nova vocação, os serviços, enquanto Detroit é uma cidade pouco prospera. Esse é o exemplo de política pública bem sucedida e mal sucedida, qual temos visto no Brasil?

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Exatamente, fábrica nenhuma trará tanto desenvolvimento quanto consultórios médicos, centros de pesquisa e universidades, lojas e boutiques de artigos de luxo, etc.

NashArrow
NashArrow
3 anos atrás

Sobre a indústria automobilística, o diabo loiro já falava há tempos https://www.youtube.com/watch?v=zufSIeeuJz4

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Diabo Loiro é o cara…
NINGUÉM diagnostica a indústria melhor que ele. Entrevista dele após o anúncio da Ford. 
Po… As pessoas ainda pensam indústria com cabeça no século XX… Inclusive o embaixador aí do artigo. O século XX já passou! A realidade do século XXI é outra.

Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

Eu apostaria na nacionalização de maquinaria e insumos para o agronegócio e mineração por meio de uma legislação tributária própria para o setor. Isso reativaria nossa indústria de maneira substancial e conferiria uma maior autonomia dos nossos principais setores da economia em relação as potências estrangeiras.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Na verdade isso já existe no Brasil, aliás, é o que faz o Brasil ser um país esquisito se comparado ao resto do mundo, tributar de forma diferente os setores. Talvez a piada mais clássica sobre isso seja a da barra de cereal com cobertura de chocolate, dependendo de como classificá-la, ela pode ser tributada como barra de cereal ou chocolate (se for classificada como barra, terá uma alíquota, se for chocolate terá outra). Deixando as piadas de lado Gabriel BR, isso não faz o menor sentido, nenhum país sério faz isso, é horrível para o ambiente de negócios.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  NashArrow
3 anos atrás

Nash ,
O Mundo inteiro têm legislações especificas para setores estratégicos da economia. Existe uma maneira descente de fazer isso ! Do ponto de vista da defesa nacional reduzir a dependência da produção de alimentos em relação a maquinas e insumos estrangeiros é fundamental para um país como o Brasil e com relação a mineração é o mesmo.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Uma coisa é ter legislações específicas, outra coisa é ter tributos específicos. O site BIPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – traz dados de 2016 que comprovam a existência de cerca de 61 tributos lançados no Brasil, entre tributos, taxas e contribuições. O sistema fica ainda mais sobrecarregado pela enorme quantidade de normas que regem o sistema tributário, leis complementares, leis ordinárias, decretos, ordens, instruções. Existem mais de 3.000 normas em vigor, e o custo que as empresas têm para cumprir as obrigações acessórias é de cerca de 1% do seu faturamento.

A primeira medida conhecida da carga tributária brasileira foi feita em 1947 e resultou em um percentual de 13,8% do PIB . Desde então, a medida vem crescendo de forma gradual e contínua. Segundo dados da Receita Federal do Brasil , em 1965, a carga tributária brasileira chegava a 19% do PIB. Com a mudança do sistema tributário brasileiro, possibilitada pela Emenda nº 18 de 1 Em dezembro de 1965, houve crescimento expressivo, atingindo até 26% do índice do PIB. Em 1986, a análise da carga tributária resultou em 26,2% do PIB nacional. A análise da Receita Federal do Brasil para 2005 indica o percentual de 37,37% do PIB. A carga tributária brasileira equivale a mais do que 1/3 da participação do PIB e coloca o Brasil na lista dos países com as maiores cargas do mundo, comparável à França, Alemanha e Suécia, sem, no entanto, promover o mesmo retorno para a população que estes países fornecem.

A arrecadação de tributos federais sobre a base de incidência, mostra que do valor arrecadado pela Receita Federal do Brasil, a maioria dos tributos é baseada no consumo, com aproximadamente 53% em média dos recursos arrecadados pela Receita Federal do Brasil e continuam contabilizando mais da metade do imposto (52%) cobrado pela agência. Essa estrutura tributária fica ainda mais perversa quando somamos os tributos arrecadados nos níveis estadual e municipal, que trazem a maior fonte de receita. A carga tributária sobre o consumo é regressiva. No Brasil, quem ganha até dois salários mínimos gasta 36% de sua renda para pagar impostos indiretos. A tributação excessiva sobre o consumo deprime a demanda e o poder de compra, afetando diretamente a economia.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Caro Gabriel,

O Nash tem razão. Essa é a política que se faz desde sempre. Um vício cepalista que não se renova nunca. Mais do mesmo. 
Geisel, tinha esse mesmo plano que você citou de incentivo aos bens de capital. Bem… Digamos que em termos econômicos ele não foi um exemplo de boa política econômica.

Todas as nações industrializadas fomentam suas industrias… Mas veja bem… FOMENTAM. Esse fomento não é de subsídio fiscal e reserva de mercado eterna. 
Fomentar é ter institutos de pesquisa, é ter apoio técnico de desenvolvimento, é ter produtos específicos de crédito (dada a nossa baixa poupança interna)… Alguma semelhança com a nossa agroindústria, que é competitiva?

Caio
Caio
3 anos atrás

Os nacionalista de hoje permitem uma enxurrada de importações, muitas desnecessárias, o que os difere do Trump (grande ídolo do Norte) fora montanhas de contrabando e falsificação, que atrevesam livremente nossas fronteiras da mãe Joana, e estes sozinhos abocanham dezenas de bilhões de dólares da indústria nacional,
Além dos impostos e infraestrutura falta a mínima proteção ao mercado de produtos industriais.

Greyjoy
Greyjoy
Responder para  Caio
3 anos atrás

Então na sua opinião o melhor é limitar o brasileiro a consumir o lixo produzido nacionalmente?

Antoniokings
Antoniokings
3 anos atrás

E acabou de se publicada, reportagem sobre a precariedade do mercado de trabalho depois da ‘reforma trabalhista’.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/02/metade-das-vagas-formais-abertas-em-2020-e-de-trabalho-sem-jornada-e-salario-fixos.shtml

Bem, já houve a trabalhista e a previdenciária e o País só cai.
Donde se percebe que os problemas não são só esses.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Reformaram praticamente nada com exceção da previdência.
Essa precarização é produto da década perdida e de seus artífices progressistas que não sabem gerir lojinha de 1,99 …

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Que nada!
O mercado de trabalho agora é moderninho.
O empresário contrata do jeito que bem entende.
Criaram até o trabalho intermitente sem salário fixo.
Quer coisa mais moderna que isso?
Estão criando um país de camelôs.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Esse é o mesmo tipo de mentalidade que se difundia na república velha, que se estabeleceu em nossa sociedade e se mantém até os dias presentes. Pra vc ter ideia da dimensão do atraso que nos acomete. Não existe mistério algum pra se entender porque nosso país se apresenta na situação em que se encontra, é só pesquisar e ler sobre este sistema que se instaurou aqui e que nos governa até hoje. Basta pesquisar e ler sobre eventos como a guerra de canudos ou contestado que vc já terá uma base do que eu digo. Não é por acaso que nossa sociedade é regida por caudilhos.

Fagundes
Fagundes
3 anos atrás

Gente uma dúvida.Será que o acordo mercosul e União Europeia não iria fortalecer essa ideia de o Brasil ser a fazenda do mundo?Parece que certas coisas são feitas de propósito

NashArrow
NashArrow
Responder para  Fagundes
3 anos atrás

Existe um mito que somos a fazendo do mundo… não somos.
Se o Brasil sumisse do dia para a noite, o quanto diminuiria a disponibilidade per capita de cada tipo de alimento?
Açúcar – aproximadamente 1/3
Carne bovina /Aves /óleos 10%
Soja – aproximadamente 32%
O resto nem faria diferença.

Vale lembrar que existem muitos bens substitutos para produtos como carnes e produtos utilizados como insumo para a alimentação animal (como a soja).
Então a hipótese de que o mundo precisa do Brasil para não passar fome é mentira.

FONTE: FAO

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
3 anos atrás

Republicano; “ain pq a monarquia era agraria”

Segundo estudo feito pelo departamento de economia da PUC RJ sobre a economia do império de 1822 – 1889, a estimativa era que a indústria em 1889 tinha uma participação de 10% no PIB do imperio, pois bem, veio a republica e 128 anos depois a participação da indústria no PIB é de 11,8%.

Palmas pra republica falida do Brasil, a 131 anos sendo a pedra no sapato do brasileiro.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Contra números não há argumentos !
A República Federativa é uma ideia que não deu certo e isso é um fato.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Quem leu o livro “Bandeirantes e Pioneiros – Paralelo entre duas Culturas” consegue pôr em perspectiva muito bem o quanto os brasileiros – e mesmo portugueses – do início do Brasil e até o Império foram GIGANTES. Ao analisar o território e as dificuldades de conquistá-lo, o autor, Vianna Moog, nos mostra o quanto a geografia, orografia, os rios, vegetação, etc foram generosos com os pioneiros americanos que conquistaram os EUA. Já o Brasil foi totalmente diferente.

Nossos rios são rebeldes, difíceis de navegar. Nossa vegetação é intrincada. Do mar até o sopé da montanha, a serra, temos em média 10 ou 20 km de chão plano – quando muito – e logo já se apresenta um “mar de morros”, planalto, montanhas. Nos EUA, do mar até o sopé das montanhas, os Apalaches e Alleghenies, tem-se em média quase 300 km de chão plano; uma imensa planície. Os rios americanos? Uma maravilha. Rios caudalosos e calmos, quase não fogem da margem. Previsíveis, descem sereno, ótimo para navegação, interiorização e conquista do território. Rio de integração nacional? O que é o São Francisco perto de um Mississipi, Misouri ou mesmo Hudson para navegação?

Peguemos por exemplo as estradas de ferro. Nesse meio todo montanhoso, o Brasil construiu muita estrada de ferro, que devido à geografia, tinham que cortar caminho entre montanhas, esgueirando-se entre precipícios, vales, subidas, descidas, florestas fechadas… sempre serpenteando. Já nos EUA tudo plano, fácil de construir…. Por que vocês acham que eles construíram tantas ferrovias em tão pouco tempo?

E quando veio a Revolução Industrial?

Os EUA tinham Ferro e Carvão Mineral, os materiais da revolução, tudo à mão. As minas de ferro próximo das de carvão mineral, e próximo do petróleo, tudo à superfície. O Brasil é um país pobre em carvão mineral, o combustível da primeira revolução industrial (o petróleo veio muito depois…) Ferro nós tínhamos, mas não tínhamos o precioso combustível mineral, o carvão…

O clima tropical favorece muitas doenças transmitidas por insetos e parasitas do solo. É muito difícil construir ferrovias quando a malária está matando os trabalhadores. Quanto ao solo, outra desgraça: solos tropicais têm de 30 a 50 vezes menos nutrientes do que os solos temperados, além das pragas agrícolas e doenças veterinárias que são mais comuns no clima tropical. De fato, a agricultura só começou a se desenvolver no Brasil depois da neutralização dos solos pela adição de calcário, e do desenvolvimento de variedades de grãos resistentes ao clima tropical levado a cabo pela Embrapa durante o regime militar.

Pra mim o que me enoja é a maior potência agrícola do mundo hoje depender da importação de mais de 70% de insumos agrícolas para poder produzir! Qualquer país fornecedor que cortar a exportação de potássio para o Brasil, provocaria uma séria crise de desabastecimento pra nós, sendo que temos reservas suficientes de tal mineral. E esta classe dirigente que nos governam agravam ainda mais a situação, zerando alíquota de importação de insumos, que de imediato beneficia agricultores nacionais, mas ao mesmo tempo mata a já morta-viva indústria de insumos agrícolas nacional. Isso é questão de soberania e segurança nacional! Isso é apenas um exemplo dos inúmeros.

Vejam que mesmo com toda essas desvantagens o Brasil esteve por muito tempo, durante o Império, par a par, ombro a ombro com EUA. Infelizmente, nós brasileiros conhecemos pouco nossa história. Temos muito do que se orgulhar do nosso passado. Eles foram grandes!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Essa questão deve ser analisada ‘no tempo e no espaço’.
Se era 10% ao final do Império, chegou a 21,8% em determinado momento da República.
E depois tivemos ‘soluços’ nos Governos Collor e Lula, mas já em uma tendência de queda geral.
E essa tendência deve-se não ao fato de ser República, mas às características da indústria mundial que o Brasil não conseguiu acompanhar.
Isso aconteceria se fosse Monarquia, República ou qualquer outra forma de governo.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

21% com industrias estrangeiras usando mão de obra barata local , o fato é que na década passada com os autoproclamados nacionais desenvolvimentistas fomos o país que mais se desindustrializou no Planeta! O Brasil não precisa de economistas esquerdistas da Unicamp e nem de economistas neoliberais , mas sim de nacionalistas!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

E nem oferecendo mão de obra barata local o Brasil consegue segurar as empresas.
Desde 2017, o trabalhador industrial na China já é mais caro que no Brasil.
E a China continua subindo e o Brasil despencando.
Mude o seu axioma.

https://exame.com/economia/trabalhador-industrial-brasileiro-ganha-menos-que-um-chines/

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

NESSA você tem razão… 
Esse axioma é mofado.

A questão não é ser o mais barato, mas ser o mais produtivo. O custo menor ajuda na produtividade em ALGUNS casos. Mas em muitos não, pois o custo baixo significa desqualificação.

A Alemanha é um país de mão-de-obra cara, mas possuem trabalhadores dos mais produtivos mundo. O resultado é que mais de 30% do PIB deles é industrial. O parque industrial deles, inclusive, é invejável! O mesmo se pode dizer do Japão.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

O povo brasileiro insiste num sistema democrático que não existe…onde o futuro de uma nação é jogado no lixo…num processo democrático falho…na enganação e na ludibriação daqueles que tem esperança…dos inocentes…o povo brasileiro…o sistema mundial político é corrupto…sempre foi…desde os primórdios da sociedade…

a Bíblia é usada pelos algozes da religião para manipular o rebanho divino para chegar ao poder e acumular riquezas para si próprios…o único poder do povo é a união…mas não há união…pois o próprio sistema montado para enganar toda a população pelos os algozes de terno colocam o povo contra o povo…a indústria brasileira é impedida de se desenvolver…as empresas nacionais…os empregos…os únicos que permanecem voando em seus aviões são os algozes de terno que aprontam no teatro do congresso nacional e dentro das salas escuras riem, batem papo e dão tapas nas costas de como estão prosperando em cima da ignorância de um povo que nunca teve uma chance…

não se escolhe hoje uma profissão por gosto mas sim apenas pelo o status e o dinheiro que ela traz…a miséria predomina numa nação com capacidade de plantar para o mundo inteiro…para dar ao seu próprio povo o sustento necessário e a riqueza necessária…mas os engravatados com a Bíblia na mão…os engravatados midiáticos…que são a escolha do povo para representa-los, apenas querem o poder e a riqueza para si…que o povo se vire…o resultado do nosso futuro é a entrega total do pouco que sobrou ao Brasil aos estadunidenses e chineses…e o povo brasileiro ficara cada vez mais carente das estruturas básicas…nunca se existiu direita ou esquerda…sempre existiu uma mão fechada…que bate no povo ano após ano…

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Nos últimos 90 anos apenas 5 Presidentes eleitos pelo povo terminaram seus mandatos, vc vai me dizer que toda essa instabilidade politica não afetou a economia? não afetou a indústria?
Eu sei que a situação econômica do mundo importa mas a situação interna importa muito mais.
Todo mundo sabe que um país estável é o ponto de partida para uma economia bem sucedida, como a republica não oferece essa estabilidade politica nossa economia é uma montanha russa, nem precisamos ir longe para ver os exemplo de como essa instabilidade politica afeta a economia, basta pesquisar quantos bilhões o Brasil perdeu no PIB durante o segundo mandato de FHC e depois com a Dilma.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Prezado Plínio.

Qual dos grandes países atuais é uma Monarquia?
Não me venha com monarquia de fachada, como a da Inglaterra.
A instabilidade brasileira é histórica e ocorreu mesmo dentro do Império.
Como se deu a Independência do Brasil?
Nobres instintos de D. Pedro I que queria o bem estar do povo brasileiro?
Como se deu a relação entre D. Pedro II e Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, nosso primeiro grande industrial?
Leia sobre isso e veja os nobres interesses de nossa família imperial e seu interesse no bem-estar e futuro do Brasil.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Saudi Arabia .

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Gabriel BR
3 anos atrás

Gostei.
Ironia fina.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Amigo, ha uma diferença das instabilidade vivida pela monarquia das vividas pela republica, na monarquia, a instabilidade vivida no primeiro reinado e na regência provinha do fato estar sendo criado um país do zero, um país sem infraestrutura, um país onde as províncias (estados) não eram conectadas, muitas inclusive viviam como se as outras nem existisse, um país sem instituições, um país que precisava criar leis, um país com muitos problemas herdados do período colonial, um país onde o povo nem tinha a noção de país, nesse cenário era normal e inevitável a instabilidade, no entanto, quando analisamos todo o período notamos uma evolução através da tentativa e erro, a monarquia brasileira evoluiu da crises do primeiro reinado, das revoltas das regências para a estabilidade no segundo reinado, e qualquer historiador ainda coloca o período como o mais estável da historia brasileira.
Ja a republica, a instabilidade provem primeiramente da incompatibilidade cultural do povo com o sistema, de constituições criadas para permitir o controle pelas oligarquias do momento, da falta de aprendizado através dos erros cometido, do próprio Presidencialismo que é por si só um sistema que é instável por natureza, da falta de educação politica da sociedade, etc.. a republica brasileira ela não evolui, ela se repete. Se com a monarquia isso aqui era complicado, com a republica virou terra de ninguém.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Sobre a relação do Visconde de Mauá com o Imperador, eu digo uma coisa, era normal, historiadores atuais ja começaram a desmentir essa historia de perseguição do Imperador com o Visconde de Mauá, o que havia ali era uma relação que as vezes se ajudava e as vezes entravam em conflito, esse conflito provinha de um ser um homem do estado e o outro ser um empresário, ou seja, em alguns momentos entravam em choque por ter objetivos distintos, algo que era normal no mundo e inclusive continua sendo, quantas vezes políticos e empresários entraram em confronto só nos últimos 20 anos? essas coisas aconteciam, ainda sim, o Visconde de Mauá saiu de uma vida simples e alcançou grande fortuna dentro do Império, no sistema econômico do Império, foi se aproveitando das oportunidade econômicas dentro do Império que ele alcançou uma fortuna que era maior que o PIB do Brasil na época, uma das maiores fortunas do mundo, teve 17 empresas em 6 países diferente, incluindo Estados Unidos, Inglaterra e França.
Eu te pergunto se Dom Pedro II fosse realmente o responsável pelos fracassos do Visconde aqui no Brasil, quem então era o responsável pelos fracassos das empresas dele nos outros 5 países? quem era responsável por ele perder uma fortuna maior que o PIB do Brasil? se ele era tão perseguido no Brasil pq não pegou sua imensa fortuna e foi embora? essa historia de perseguição não bate.
Devo lembrar ainda que Dom Pedro segundo concedeu dois títulos de nobreza para Mauá, primeiro de barão em 1854 e depois de Visconde de Mauá em 1874.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Dom Pedro II com 15 anos era mais bem preparado que todos os “presidentes” que o Brasil já teve….o segundo reinado do Império do Brasil foi a melhor época de nossa nação..

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Na vdd sabemos que a Republica só veio pq a Elite queria os negros escravos e não queria dinheiro indo para a Industrialização do País. Militares fazendo besteira desde 1889

Agressor's
Agressor's
Responder para  Carlos Campos
3 anos atrás

A República nasceu para atender a necessidade de oportunistas, aventureiros, mal-caráteres, bandidos de toda sorte. E foi empurrada goela a baixo do brasileiro até que todos esquecessem do seu passado monárquico. Essa é a história da nossa República, que a 130 anos vem de golpe em golpe, ditadura em ditadura, corrupção generalizada. Nos últimos 90 anos apenas 4 presidentes foram eleitos diretamente e cumpriram o mandato até o fim. Hoje a nossa história é distorcida, onde alienam a população para fazê-los acreditar em qualquer coisa que determinam que seja ensinado, como perfeitos cães treinados.

Até mesmo aqueles que ajudaram a impor a República se arrependeram depois que viram a desgraça que fizeram:

“República e desgraça completa são a mesma coisa” (Deodoro da Fonseca)

“Não era essa a República que eu sonhava” (Benjamin Constant)

“Eu só voltaria ao Senado para pedir perdão a Deus pelo que fiz para que viesse a República; e me admira que o povo não nos tenha cortado a cabeça quando cometemos tão funesto erro” (Quintino Bocaiuva)

“No Império, o Parlamento era uma escola de estadistas; o Congresso da República transformou-se em uma praça de negócios” (Ruy Barbosa)

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto… Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (monarquia) o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre — as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam a que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais” (Ruy Barbosa)

Dizem que quando o Marechal Deodoro da Fonseca estava saindo do Palácio da Presidência após ter sido o primeiro presidente dessa banania ele teria dito a todos que estavam à sua volta: “É IMPOSSÍVEL GOVERNAR UM PAÍS COM UM CONGRESSO E UM SENADO TÃO SUJO COMO ESSE!”. Um republicano dizer isso no início dessa porcaria foi uma profecia né?

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Essa frase do Quintino Bocaiuva é realidade do Congresso até hoje.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Ah, sim…
O problema da indústria brasileira é que não somos uma monarquia… saquei!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

D. Pedro II arruinou a vida do Barão de Mauá, nosso primeiro grande industrial, que morreu esquecido no interior do Estado do Rio.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Dom Pedro e Mauá, eram tão inimigos que ele recebeu o título de Barão dos alienígenas, para deixar pedro ainda mais com raiva, os alienígenas aumentaram a grau de nobreza de Mauá para Visconde.

Agressor's
Agressor's
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Tudo isso começou com um Golpe Militar de Estado, sem apoio popular, seguido de uma ditadura, censura, perseguições, fuzilamentos, exílios, coisa nunca vista na História do Brasil até a chegada da República. Não vou falar nem das carnificinas promovidas por Deodoro e Floriano Peixoto. Esse último de tão sádico rebatizou uma cidade com seu nome para comemorar as degolas de seus opositores.

Era tudo que os antigos senhores de escravos queriam após a terrível Lei Áurea. Já que a coroa se negava a indenizar os ex-escravocratas, ao contrário, queria indenizar os ex-escravos, trataram imediatamente de apoiar a República. Os plenos poderes sobre o país foi a indenização que eles tanto almejaram. Poucos que estudam a fundo o governo republicano são capazes de identificar verdadeiros ditadores entre os presidentes, tais como Hermes da Fonseca, Artur Bernardes, (que tinha seu próprio campo de concentração pra onde mandava seus opositores), Washington Luís.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

“Já que a coroa se negava a indenizar os ex-escravocratas, ao contrário, queria indenizar os ex-escravos (…)”
Tá bem…

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

GFC_RJ

Os senhores de escravos realmente queriam ser indenizados pela perda da propriedade dos escravos.
Ficou famoso o episódio em que Rui Barbosa queimou os registros dos escravos, impedindo esses pagamentos.
Havia um grupo de escravocratas, que se auto-intitulava como ‘indenezistas’ que pediam indenização pela perda da propriedade, das rendas cessantes, hipotecas e garantias.
Acredite. Isso é verdade.
Bem típico do Brasil.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Antoniokings
3 anos atrás

Que os escravocratas queriam uma indenização impagável, ninguém tem dúvida. A questão é a segunda parte da afirmação…

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Verdade.
Os ex-escravos foram jogados ao léu.
E essa herança, muitos carregam até hoje

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Entendam uma coisa, o sistema politico é o responsável por apresentar as soluções para os problemas da nação, quando temos um sistema instável e incompetente, as soluções não chegam e os problemas se agravam.
Em quanto o sistema for instável e incompetente o problema industrial, o social, o econômico, o educacional, o de segurança, etc.. continuara a se deteriorar.
Não é possível depois de tanto fracasso institucional, depois de tantas voltas sem chegar a lugar nenhum, depois de tanto caos, o brasileiro ainda não entender que um sistema adequado é primordial para que a solução dos problemas enfrentados apareça.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

A republica foi um golpe contra o imperador por ter libertado os escravos! O golpe da republica engendrou-se 1 ano após sancionada a Lei Áurea, em 1888. Pois praticamente toda a economia dessa época no país era baseada na exploração de mão de obra escrava. As causas que provocaram a queda da Monarquia do Brasil foram as mesmas que desencadearam a Guerra Civil dos EUA. Mas lá, Lincoln é lembrado como herói que deu fim a escravidão. Enquanto que aqui, nossa Família Real, principalmente nas figuras do Imperador D. Pedro II e de D. Princesa Isabel é fruto de chacota.

Se não houvesse o golpe republicano nosso país seria uma grande potência em todos os sentidos, mas o Brasil virou a casa da Mãe Joana depois que tornou-se uma republica. A república nos destruiu cultural e socialmente, além de nos entregar de bandeja ao controle das oligarquias político-econômicas. No passado o Brasil caminhava rumo ao futuro, mas hoje não dá nem pra dizer que o Brasil caminha pra trás, afinal lá atrás era mais avançado que hoje.

Antes era “Império do Brasil”, hoje é “República das Bananas”. Infelizmente a república de banana foi instaurada e permanece até os dias atuais, a maioria sabe que o segredo é estimular a indústria, mas os nossos congressistas atuam a serviço dos interesses estrangeiros e desestimulam a economia prejudicando até às ferramentas pública e de defesa do próprio Estado. A república foi um aborto que nos arrasou para sempre, o Brasil nunca mais vai ser o que ele foi naquela época!

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Engraçado que a monarquia era essas maravilhas todas, e ninguém mexeu um mosquete para salvar o imperador. Nos EUA 1 milhão perderam suas vidas contra a secessão.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

Dois pontos sobre o que vc disse.
Primeiro, a própria família imperial foi o primeiro empecilho para que houvesse uma resistência, em quanto o golpe acontecia no dia 15 de novembro de 1889, o almirante Tamandaré pediu permissão para que a esquadra bombardeasse os golpistas, Dom Pedro II recusou, houve tb a proposta para que Dom Pedro II fugisse para minas gerais ou Bahia e de la organizasse a resistência, ele recusou tb, mas tarde seria a princesa Isabel que recusaria a propostas de alguns políticos do Império para realizar uma luta armada.
A família imperial estava decidida a não lutar pelo trono através das armas, com a própria família e o Imperador desmotivando rebeliões quem é que ia lutar uma luta sem liderança?
Isso não quer dizer no entanto que tudo foi uma paz, bastou o primeiro problema na republica chegar, e chegou bem rápido, para vozes insatisfeita começarem a surgi, pq vc acha que Floriano Peixoto ganhou o apelido de “o consolidador da republica”? pq sem ele e a repressão brutal que ele colocou a republica tinha caído.
Estimativas mostram que só monarquistas mortos nos 10 primeiros anos de republica ficaram entorno de 20 mil a 40 mil pessoas, sem contas os mortos de outras facções.

Ps1; Em nenhum momento eu disse que a monarquia era perfeita, muito pelo contrario, apesar de comprovadamente ter alcançado um nível de estabilidade politica muito maior que o da republica, era um sistema com muitos problemas.
O que eu quis mostrar no meu comentário é que passado 131 anos e a indústria esta 1,8% acima de onde começou em 1889, isso é triste, e pode acreditar, muitas outras coisas que a monarquia não completou a republica tb não fez em 131 anos de existência.
Ainda bem que a monarquia fez a abolição, pq se dependesse dessa republica era perigosos ainda vivermos sob o regime da escravidão.

Ps2; Todos os fundadores da republica se arrependeram de te la fundado, sugiro que leia as comparações feitas por eles sobre a monarquia e a republica que eles fundaram e se arrependeram, principalmente as comparações feitas po Rui Barbosa, um dos criadores da primeira constituição republicana do Brasil.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Curiosidade: de acordo com a autobiografia de um dos abolicionistas, que eram muito próximos da família imperial (André Rebouças), a princesa Isabel tinha planos de reforma agrária e reparação aos escravos libertos, que seriam postos em prática quando esta assumisse o trono. Os republicanos tiveram êxito no que queriam fazer e interromperam esses projetos com o golpe em 1889. Por isso que eu acho que não haveriam favelas mesmo, no máximo vilas e bairros pobres, como acontece em cidades do interior. A distribuição social do Brasil seria mais etnicamente diversificada e o racismo possivelmente já estaria quase ou integralmente superado.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Amigo nessa questão não precisaria nem da intervenção da família imperial, ja leu o plano de governo do ultimo primeiro ministro do império (Presidente do Conselho de Ministro)? basta ler o plano de governo de Ouro Preto pra entender pq do golpe da republica.
Segue o plano de governo de Ouro Preto, ultimo primeiro ministro do Império;
O gabinete apresentou o seguinte programa de governo:

  • Alargar o direito de voto, mantido o alistamento então vigente, e considerando-se como prova de renda legal o fato de saber o cidadão ler e escrever, com as únicas restrições da exigência do exercício de qualquer profissão lícita, e do gozo dos direitos civis e políticos, além da ampliação dos distritos eleitorais.
  • Tornar elegíveis os administradores municipais e os presidentes e vice-presidentes de província, recaindo sua escolha sobre lista organizada pelo voto dos cidadãos alistados.
  • Dar efetividade às já concedidas por lei ao direito de reunião.
  • Instituir a liberdade de culto e seus consectários.
  • Fomentar a imigração.
  • Instituir a temporariedade ao senado.
  • Reformar o conselho de estado, para constitui-lo meramente administrativo, tirando-lhe todo o caráter político.
  • Aperfeiçoar e dar liberdade ao ensino publico.
  • Instituir a máxima relação possível dos direitos de exportação.
  • Instituir nova lei de terras, que facilite sua aquisição, respeitado o direito do proprietário.
  • Reduzir fretes.
  • Desenvolver os meios de rápida comunicação, de acordo com um plano previamente assentado.
  • Promover a criação de estabelecimentos de crédito, que proporcionem ao comércio, às indústrias e especialmente à lavoura o recursos pecuniários de que carecem.
  • Elaborar um código civil.
  • Converter a divida externa.
  • Amortizar o papel-moeda.

Ou seja, o plano de governo do ultimo primeiro ministro do império era instituir o federalismo pleno, fazer reforma agraria, torna o senado temporário, separação da religião e do estado, criar um código civil e incentivar a industriar.
Eis ai a resposta pq o golpe de 15 de novembro aconteceu antes de o novo parlamento eleito tomar possa, pq se eles esperassem mais tudo isso se tornaria verdade mas a elite não podia permitir isso.
Coitado de quem pensa que o golpe da Republica veio para salvar o brasileiro.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Plinio Carvalho
3 anos atrás

Outro FATO curioso. Depois que o Brasil derrubou o Paraguai em 1870. O parlamento sugeriu que uma estátua de Dom Pedro II fosse construída. Porém o imperador recusou a iniciativa do parlamento de construir uma estátua sua, aconselhando os políticos a usarem o dinheiro da estátua para a construção de escolas no Rio de Janeiro.

A família imperial desde o primeiro reinado defendia a abolição da escravidão, Dom Pedro II buscou a todo custo investir em educação, até mesmo com o próprio salário. O Liceu Sagrado Coração de Jesus foi fundado pela Princesa Isabel em 1885 para oferecer educação gratuita aos negros e um dos motivos do golpe da república, foi a revolta da elite escravocrata com o anúncio da Princesa Isabel de uma reforma agrária para os ex-escravos que teria início no dia 20 de novembro, com a abertura do novo Parlamento, onde teria mais apoio, deram o golpe 5 dias antes, no maldito 15 de novembro.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Dom Pedro II e o Dr Enéas foram os dois melhores políticos que esse país já teve, e veja como terminaram, um foi escorraçado do país a ponta pés, e o outro era achincalhado e tratado com escárnio. O povo brasileiro mais do que merece os Lulas, Bolsonaros, Cunhas e Renan Calheiros da vida.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

Durante o Império os jornais não conheciam censura e o próprio Dom Pedro II colecionava as charges que faziam dele. “Imprensa se combate com mais imprensa” (Dom Pedro II). Mas a imprensa teve que se acostumar ao novo regime que não admitia que se falasse contra. Até mesmo durante a República do Café com Leite a censura continuava sem falar das inúmeras situações em que fora decretado Estado de Sítio para perseguir quem quer que falasse mal da República.

Na época do Império do Brasil o imperador pegava empréstimos no Banco do Brasil para pagar suas viagens, hoje qualquer deputado ou juiz tem mais regalias com recursos públicos do que a família imperial na época.

(1880) O Brasil era a 4ª Economia do Mundo e o 9º Maior Império da História.

(1860-1889) A Média do Crescimento Econômico era de 8,81% ao Ano.

(1880) Eram 14 Impostos, atualmente são 92.

(1850-1889) A Média da Inflação era de 1,08% ao Ano.

(1880) A Moeda Brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da Libra Esterlina.

(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de Ferro do Mundo, com mais de 26 mil Km.

Outras :

1. A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.

2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.

3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.

4. O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel.

6. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

7. Ratificando boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.

8. Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos.

9. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.

10. José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.

Mais estas:

1. O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico

2. O Terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina.

3. Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.

4. A ideia do Cristo na montanha do corcovado partiu da Princesa Isabel.

5. A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.

6. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.

7. D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.

8. A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.

9. D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.

10. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.

11. Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

12. Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

13. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

14. D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.

15. Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.

16. Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.

17. A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

18. Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II.

19. Pedro II acreditava em Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o tratamento de seu neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos. Viveu seus últimos 41 anos de vida em um manicômio.

20. D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo no bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.

FONTES: Biblioteca Nacional, IMS, Coleção Teresa Cristina, Diário de Pedro II, Correspondências do acervo do Museu Imperial de Petrópolis, Biografias como As Barbas Do Imperador, Imperador Cidadão, Filho de uma Habsburgo, Chico Xavier e D. Pedro II, Cartas da Imperatriz, Teatro de Sombras, Construção da Ordem, D. Pedro II Ser ou Não Ser, Acervo Museu Histórico Nacional entre outros.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

“Se mil outros tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim à escravidão!”

Princesa Isabel, 1888.

“Enfia o processo no #”

Lula.

Império Brasileiro segundo os ”professores” ( lefts ) = Escravidão e estupros de índios.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
3 anos atrás

Até parece que dá pra desatar o nó da cornucópia industrial apostando na indústria 4.0 quando nem a 3.0 e 2.0 e 1.0 deslancharam. Reindustrialização… Palavra bonita. Segurem as calças, senhores, vem um tsunami disruptivo por aí, precedido de um furacão de asneiras wishfullthinkinguisticas.

Pedro
Pedro
3 anos atrás

Estranho que desde 2003/2004 estamos nessa situaçao e eis que depois de 16 anos que acortaram para o problema! Focar em trazer grandes industrias onde essas importam a maioria dos insumos e componentes, de nada adianta. Fizemos um modelo errado, de nao focar em qualidade, produtividade, custo e competitividade e o resultado esta ai.
Antes da industria pedir socorro ao governo e sociedade, esta na hora dela tambem “fazer o dever de casa”. Ficar fazendo pressao por mercado fechado, preço igual, competitividade zero e medo (ou incapacidade) de exportar qualquer ajuda que a sociedade/governo der, sera apenas dar sangue a um pernilongo! A industria deveria olhar o que a agricultura fez nos ultimos 30 anos e fazer igual! E o que a agricultura fez? Simples:

focar em qualidade, produtividade, custo e competitividade

Baixem a crista, saiam da Av Paulista e se mexam, nao esperem que a sociedade faça algo por vcs se vcs nunca nada fizeram.

FERNANDO
FERNANDO
3 anos atrás

É estranho ver alguns aqui comentar certas coisas.
Mas, apoiam abertamente o neo liberalismo !
Quem é aqui do Paraná?? Digam quantos bancos paranaenses de raiz tínhamos aqui nos anos 80!
Quantas empresas genuinamente paranaenses!
Quantas marcas famosas que hoje em dia já não existem, ou foram compras por empresas estrangeiras???

Vou citar algumas:

Bamerindus, a Lojas Hermes Macedo – HM, Prosdócimo, Fedato Sports, Farmácias Minerva/Drogamed, Salgadinhos Tip Top, Lojas Disapel, Banestado, Supermercado Parati, Telepar, Gasosa Cini, Mate Leão, e fora outras.
Todas falidas ou foram compradas por empresas estrangeiras.

Bah tche, brasileiro é BURRO MESMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Parece a torcida do Atletico Paranaense e do Coritiba, brigando pelo tamanho do PÊNIS dos jogadores!!!

Este é o país que os senhores querem????

Então aceitem oras!!!

E Deus salve a AMÉRICA!!!!!!!!!

Viva Thumpy!!!
.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

Outro que misturou alhos com bugalhos.

A abertura econômica do Collor era necessária, mas foi executada de forma extremamente desastrada, atabalhoada, repentina e sem projeto. Um DESASTRE! 
Cara… a indústria brasileira, com raras exceções tem foco no MERCADO INTERNO. Sempre foi.
Tem exceções? Claro! Embraer, WEG… Taurus! Por isso, essas c..gam pras crises do Brasil. 
Mercado interno, na economia globalizada, não tem escala! Afora tudo que se fala de problemas tributários, infra-estrutura, crédito, mão-de-obra desqualificada etc. etc. Sem escala, não se tem competitividade! Para compensar a falta de competitividade, precisa ir de pires no governo pedir incentivos fiscais e crédito subsidiado. Isso se tornou um vício! Só que agora, com indústria 4.0, nem isso mais é suficiente. A moleza acabou! Simples assim. Tem de mudar a visão para sobreviver.
A Ásia tem suas industrias voltadas ao mercado externo… O MUNDO é o mercado e, com isso, se tem escala. A parte do Estado é, primeiro, tentando não atrapalhar e, segundo, priorizando educação e ciência e tecnologia. É aí que o Estado tem que gastar o seu dinheiro.

Aonde que Trump era liberal com “America First”??? Trump reviu o NAFTA e retirou os EUA do TPP… O que tinha de “suposto liberalismo” era na hora de cortar impostos da classe alta. O que está longe de ser consenso entre liberais. 

Esteves
Esteves
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Essa história de escala.

Todo negócio precisa gerar caixa. Caixa é gerado com vendas. Vendas são sustentadas com volume. As pseudo indústrias de Defesa que tentaram existir e até outros segmentos onde teoricamente teriam competência…como a Gradiente ou a Engesa foram vencidas pela baixa tecnologia.

Gurgel. Chassis e mecânica de outros. Não podia dar certo.

Inovação + volume de vendas. Economia de escala está com a redução dos custos quando existem encomendas frequentas na outra ponta.

As economias que priorizaram a educação tiveram um salto após…40 anos como a Coréia?
As economias que privilegiaram a renda tiveram um salto após…30 anos como a China?
As economias que investiram em tecnologia tiveram destaque após…20 anos como os países do Norte da Europa?

O mercado externo está lotado de protecionismo. A LG está em dificuldades…não há Sol para todos.

Dentro ou fora não há sobreviventes em um mundo de baixa intensidade. Na verdade…cada vez menos.

Lucas
3 anos atrás

Eu sou programador de jogos e na minha área é muito difícil ter um emprego no Brasil.
Atualmente moro no Brasil mas trabalho pra uma empresa dos EUA. Aqui no Brasil não existe quase oportunidades pra mão de obra qualificada.
E além dos jogos, a área de TI em geral que é um dos pilares do mundo moderno é completamente ignorado por aqui.
Não vejo perspectiva de mudança.

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
3 anos atrás

A Ford tem um detalhe importante, ela não irá mais fabricar carros populares movidos à gasolina, dessa forma irá fechar todas as fábricas desse tipo no mundo.
Ford: por que a montadora decidiu fechar suas fábricas no Brasil (gazetadopovo.com.br)

sub urbano
sub urbano
3 anos atrás

O problema do Brasil é logístico. O agronegócio só consegue lucrar com exportação porque a escala deles é gigantesca. A China envia um fone de ouvido para o Brasil com um frete de 1 dólar. O mesmo fone de ouvido de São Paulo para Manaus tem um frete de 5 dólares.

A culpa é em parte da Petrobrás cujos lucros são drenados para gerar impostos usados no custeio da máquina pública. Por isso os combustíveis tem preço alto. Modais subutilizados como transporte fluvial e ferroviário tem sua parcela de “culpa”.

O agronegócio é superrepresentado no Congresso, são a maior bancada em um país de população predominantemente urbana.

A culpa não é do preço da mão de obra. Um trabalhador brasileiro recebe 180 dólares por mês, é um preço compete até com sudeste asiático.

Ser governado por um Burro tbm não ajuda o país.

Welington S.
Welington S.
3 anos atrás

Pra ficar mais ”lindo” a situação, veio a mídia e os desprovidos de inteligência com aquela política ridícula do: ”fique em casa que a economia a gente vê depois.” E quem foi que falou que o desemprego aumentaria ainda mais caso o combate ao corona vírus fosse levado pro lado político? Quem? Quem? É, pois é, o cara, nem sempre, é o que parece. Agora aguenta. Eu tenho propriedade total pra dizer que foi a maior burrada essa política do fique em casa. Parentes meus decretaram falência e mandaram um monte de empregado embora. E aí? A mídia vai ajudá-los? Os desprovidos de inteligência também?

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

Misturou alhos com bugalhos…

O problema da desindustrialização brasileira tem NADA a ver com a pandemia. É uma questão de uns 40 anos, bem antes de se imaginar uma pandemia dessas.
“Fique em casa” foi aplicado em quase todo lugar do mundo. Até na China! A questão é que nos lugares em que o “fique em casa” foi mais curto, a primeira onda da epidemia foi controlada rapidamente, como Wuhan. Em outros, como a Alemanha, idem. O Brasil teve controle? Monitoramento? Teve Estado? Não, então são 230.000 e subindo.

Esteves
Esteves
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Até bater 250 mil para saber se seguirá em alta ou não.

A desindustrialização e a baixa competitividade da indústria e na indústria bate no crescimento de outros setores. Não há espaço para todos. Criar mercados a base de subsídios para depois cobrar do consumidor a diferença…foi assim que fizeram com a telefonia celular quando e onde os telefones custavam 100 por subsidiarem. Contas inadimplentes. Hoje custam 4 mil. Sem subsídios.

O sonho de Ford…plantar seringueiras na Amazônia de forma controlada, com métodos…ok, bateu de frente com a baixa tecnologia e parco conhecimento do meio natural. O estado de SP é o maior produtor de látex plantando seringueiras. Fora da floresta. Como eucaliptos.

Esse país não deu certo e não dará certo para todos.

Welington S.
Welington S.
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Eu sei que não tem nada a ver com a questão da indústria brasileira, mas, aproveitei o momento para dizer isso. Claro, ”Fique em Casa” e dane-se: seu emprego e sua empresa. Óbvio que foi a nível mundial, agora, precisava realmente disso sabendo que o vírus não vai sumir de uma hora pra outra? Fato, isso foi para desestabilizar vários países.

O Brasil vinha recuperando empregos, agora, mais desempregados estão por ai. E aí? Como fica? Quem vai pagar a sua conta de Luz? Água? Telefone? Internet? Quem vai comprar sua comida? O governo? Os que ficaram com a política desastrosa do ”fique em casa que a economia a gente vê depois”?

Pois é, a conta chegou! E agora? Quem vai pagar? Precisava dessas restrições todas? Precisava desse desespero em fechar tudo? É por isso que apoio mesmo a população em desobediência civil e não seguir ordens de políticos inúteis que não tão nem aí se você vai ou não manter seu emprego, se vai ou não manter sua empresa em funcionamento, se vai ou não pagar suas contas, afinal, o que eles querem, é dinheiro, ponto. O resto? Que se dane.

É dessa forma que eles pensa. Agora, fico vendo as pessoas que ficaram com essa política desastrosa de ”Fique em Casa”, acordando pra vida, e percebendo o erro que foi manter isso, AINDA MAIS, em um país como o Brasil.

Esteves
Esteves
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

Ninguém mandou ficar em casa e dane-se.

Todos os países repetiram as ações da última pandemia nas décadas 1910/20.

Distanciamento. Proteção individual. Proibição de aglomerações. Restrições à circulação.

Por não existirem protocolos recentes de combate à pandemia houveram exageros. Porque pensaram que a contaminação duraria 1 ou 3 meses.

A pandemia explodiu após o carnaval de 2020. A pandemia saiu do controle após as festas e feriados com aglomerações. Por que?

Porque os sistemas de saúde público e privado não tem recursos materiais, humanos, econômicos, financeiros, para enfrentar pandemias.

Quando tem médico não tem enfermagem. Quando tem enfermeiro não tem técnico. Quando tem técnico não tem EPIs. Quando chega o oxigênio não tem bomba. Chegou a bomba não tem maca nem energia elétrica.

O problema da pandemia especialmente em países pobres é escancarar as diferenças sociais e o abandono das populações à própria sorte. Faltaram cemitérios. Somente uma secretaria de saúde de um estado roubou 1,5 bilhões de reais.

O ficar em casa dane-se foi replicado e estimulado pela mídia porque ela fatura com a internet, com as TVs, com os programas de assinatura, com o pânico da população. É um negócio. Dramas e tragédias.

Governos são incompetentes. Corruptos. Corruptores. Negacionistas. No Brasil, mais.

Welington S.
Welington S.
Responder para  Esteves
3 anos atrás

Parabéns! É exatamente isso que estou tentando passar aqui, mas, temos ”especialistas” de Internet aqui, que ainda não entendeu o erro que foi essa política desastrosa, ainda mais se tratando de Brasil.

Caio
Caio
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

O fique em casa,nem durou tanto tempo assim na maioria dos estados e nem levou a essa crise na indústria, é como já foi dito são 30ANOS DESDE A ABERTURA econômica NEO LIBERAL de Fernando colo de Mello. sem medir as consequências.
Ao invés de desburocratizar, reduzir impostos, investir em infraestrutura e qualidade da mão de obra,. simplesmente abriram o mercado interno de bens de consumo, sem jamais termos desenvolvido uma indústria de bens de produção ( máquinas e insumos para a indústria dos bens de consumo) e hoje mesmo com reaquecimento da economia há grande FALTA DOS BENS DE PRODUÇÃO. gerando falta de produtos, inflação e suas consegui.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

Caro WS,

Se liga numa coisa… Independente de qualquer fechamento legal de comércios e coisa e tal, a crise econômica iria bater. A Pandemia iria causar a crise, pois o isolamento natural (não somente o legal) iria ocorrer, como ocorre ainda hoje.
Por causa do Governo? Por causa da imprensa? Não. Porque as pessoas tem medo, com toda a razão, pois a doença mata gente mesmo.
Aliás, não só as pessoas, mas as empresas também. A quantidade de pessoas em home-office é tal que o Centro da minha cidade, por exemplo está às moscas. Muito comércio ali faliu, porque ninguém está indo ao Centro trabalhar. 
Cinemas, teatros, mesmo que estivessem abertos, os protocolos sanitários necessários levam que público fique reduzido a tal ponto que até inviabilize as salas. E mesmo que não tivessem tais protocolos, seria natural a queda da demanda em 30, 40, 50% do normal antes da pandemia, pois as pessoas simplesmente não iriam para não se expôr.
A crise já estava contratada. E quem sentiu isso também foram as igrejas, mas isso é outra história…

Só vai voltar ao mínimo normal, quando e somente quando as pessoas estiverem vacinadas e a pandemia… deixar de ser pandemia.
As pessoas, as empresas, ficarão cada vez mais seguras e aos poucos vai retornar a um nível de exposição maior. Mas… muitas das coisas não vão voltar do mesmo modo que eram. Vai mudar muita coisa. Em que nível, ninguém sabe… mas será bem diferente. Mais uma vez, independente do que os governos venham a fazer.

Esteves
Esteves
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Teria sido um impacto menor se os governos cumprissem com a missão de cuidar de suas gentes.

A pandemia escancarou a incapacidade. A pandemia abriu a cortina dos governos sem representatividade.

Democratas ou não.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Esteves
3 anos atrás

Com certeza.

Welington S.
Welington S.
Responder para  GFC_RJ
3 anos atrás

Que o mundo não será mais o mesmo, isso todo mundo já sabe. Se você concorda que o fechamento foi legal, eu já olho pelo contrário. Foi irresponsável e banal. Não se fecha tudo de uma hora pra outra sem consentimento da população, principalmente dos mais pobres. A crise econômica não iria bater dessa forma com política desastrosa e pânico na população por parte da mídia e dos que se dizem ”artistas”, por exemplo. Como a Anitta, que saiu do Brasil, foi lá pros States, rebolar a raba. Não era ela que ficava com o ”Fique em Casa”? Essa é a questão. Botaram pânico na população. Se tivessem feito algo sério pra que realmente fosse discutido com mais seriedade, duvido muito que a crise economia chegaria no nível que chegou. Agiram de má fé, verdade é essa.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

Que mentira, a indústria não parou com o fique em casa, nem a agricultura. Só alguns serviços e o comércio, e mesmo assim muitos migraram para o e-commerce. A indústria já vinha despencando há décadas, e é um fenômeno global.

Welington S.
Welington S.
Responder para  Defensor da liberdade
3 anos atrás

Lá em cima eu expliquei que, o que eu disse, nada tem a ver com a questão industrial, porém, peguei o gancho da situação caótica no geral, principalmente da política do ”Fique em Casa” que ferrou com milhares de brasileiros.

André Luiz
André Luiz
Responder para  Welington S.
3 anos atrás

Quando a pessoa que reclama do “fiquem em casa…” eu já sei que não sabe nada de economia e esta fazendo política

Welington S.
Welington S.
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

Claro, claro. Diga isso lá na cara dos que perderam seus empregos e aos empresários que decretaram falência por conta dessa política irresponsável do ”Fique em Casa que a economia a gente vê depois”, palhaço.

Miguel Brandão
Miguel Brandão
3 anos atrás

A vantagem comparativa como posta pelos liberais é uma falácia. Se temos solo, água e sol para agricultura extremamente competitiva ou uma geologia diversificada que nos proporciona uma produção mineral razoável, não justifica entraves à industrialização. A Ford fechou, mas antes comprou a Troller. E vai fechá-la. E vai continuar a participar do mercado interno produzindo da Argentina. Se na década de 90, o BNDES tivesse financiado a Gurgel (afinal banco privado não financia a indústria) teríamos um grupo automobilístico nacional competindo com as grandes. Há uma retomada da indústria de defesa atualmente porque temos um marco legal que garante as compras governamentais, e que foi inspirado na legislação do irmão do norte. A política de conteúdo nacional na indústria petrolífera foi desmontada. Com o barril a 60 dólares e custo do pré-sal abaixo de 7,00 dólares, dava com folga para financiar esta nascente indústria de equipamentos petrolíferos, mas caímos no conto da vantagem comparativa. Insistimos na desoneração das exportações, desonerando tudo sem critérios. Poderíamos onerar bens primários e desonerar progressivamente bens industriais. Tributar grãos de soja e reduzir o tributo do farelo. Tributar o minério de ferro e reduzir o tributo de ferro gusa ou aço. Tributar o concentrado de cobre e isentar o cátodo de cobre. A construção da estrada de ferro de Carajás utilizou 50% dos trilhos produzidos na indústria nacional. Hoje, os importamos da China e da Polônia. Os liberais atacam a reserva de mercado mas a oneração se dá no mercado interno. O nosso sistema tributário é regressivo. Os bens produzidos no país são mais caros devido a tributação interna. Quanto ao custo da máquina pública, não podemos esquecer o serviço da dívida pública.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Miguel Brandão
3 anos atrás

“A vantagem comparativa como posta pelos liberais é uma falácia”.

O comércio internacional permite que os países se especializem na produção de determinados bens e serviços, gerando retornos crescentes de escala nestas atividades, ganhos de produtividade e renda. https://pr.princeton.edu/pictures/g-k/krugman/krugman-increasing_returns_1991.pdf?fbclid=IwAR2GTyxsO13OPe3l0k_8t0SFZYeVSCyBNvcoC_N7ELJfKJgn8mvEf-kbxco

A integração comercial entre os países permite que as firmas que neles operam tenham maior mercado para suas inovações, tornando o investimento em P&D mais rentável; consequentemente, impulsionando o crescimento na tecnologia e da produtividade.
http://web.stanford.edu/~klenow/Romer_1990.pdf?fbclid=IwAR3i9FBNXWmlMcadl8YBEvlb1PAIIiLyTnM-ljyCRkfC8uyJw5sCn09MT5M

Altas barreiras tarifárias estão correlacionadas com menor crescimento da produtividade e aumento da desigualdade.
https://www2.nber.org/papers/w25402.pdf?fbclid=IwAR1bgSH0AvSgRBySFPjtyuwOgb6xnTzmfSFzQzQhiixS_JXJQSm0kcdTKLY

Agendas de liberalização comercial precedem acelerações na taxa de crescimento econômico.
http://documents1.worldbank.org/curated/en/622251468141266954/pdf/wps4062.pdf

Não que eu seja liberal (não sou), mas a ciência econômica nada tem a dizer sobre a “ideologia” do liberalismo ou não liberalismo, isso é coisa da filosofia e sociologia

Agressor's
Agressor's
Responder para  Miguel Brandão
3 anos atrás

Nosso país é sabotado e mantido assim de forma intencional, para que potências estrangeiras tomem o domínio aqui e estabeleçam o monopólio e o controle sobre o nosso mercado.

Nossas leis são criadas pra serem voltadas apenas para o intuito de beneficiar interesses alienígenas e de particulares. Não existe liberdade econômica e o sistema que nos governa é feito para impedir que as coisas aqui deem certo. Somos governados de acordo com os interesses que movem esse sistema, porque nos permitimos.

Vivemos o horror cíclico na política. Não temos oposição! Não existe no Brasil políticos de direita ou esquerda, existem políticos ladrões roubando para si! Por isso estamos aonde estamos: nos falta consciência social e política. E eu acredito que isso venha da falta de Educação básica de qualidade, que prepara o pensamento crítico e de análise. Por isso ações na Educação não interessam à maioria dos políticos e ficam “cozinhando em banho-maria” por todo o período. Todos os dias somos prejudicados pela corrupção, mas não conseguimos dimensionar o mal que ela nos causa, porque estamos acostumados. 

A população brasileira é sabotada há tanto tempo que nem sei se conseguiremos sair dessa ignorância coletiva a curto prazo. Conseguiram colocar na cabeça do povo brasileiro que o que importa são investimentos externos, que estatismo é coisa de comunista e que os EUA vão nos salvar. E olha, não pensemos que isso se limita aos círculos sociais com menos escolaridade. Conheço muita, mas muita gente com mestrado, doutorado que não consegue sair dessa teia de desinformações. É complicado demais.

NashArrow
NashArrow
Responder para  Agressor's
3 anos atrás

Ah claro, “agentes externos” é que impedem nosso desenvolvimento… ok, não somos nós que fazemos um esforço enorme para continuarmos pobres

Zorann
Zorann
3 anos atrás

O governo atual ficou de fora do grafico. Mas tenho certeza que nada mudou, continuamos descendo ladeira abaixo.

Muito triste ver o que 14 anos de governo, sem reforma nenhuma ser votada, fizeram com o país.

As pessoas tem de entender que precisamos de reformas, pelo bem do país e da população como um todo. Não existe trabalhador se não houver quem gera o emprego.

Carlos Pietro
Carlos Pietro
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Bem pouco tempo atrás, foi feita a reforma da previdência e da CLT,mencionavam que após estas reformas, o desenvolvimento e geração de emprego iria acelerar. O que deu errado?

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Carlos Pietro
3 anos atrás

Do que adianta as reformas(que eram necessárias) se a má gestão e a corrupção continuam a todo vapor? O STF está a um passo de anular a condenação do ninefingers, as loucuras ideológicas do atual Presidente ganha as manchetes mundo à fora, carga de impostos excessiva no lombo da população. Você acha que um empresário estrangeiro ou nacional vai querer fazer investimentos em um lugar desses?

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Zorann
3 anos atrás

Caro Zorann,

Sem reformas não vai a lugar algum, de fato. Ponto. É premissa básica.
Mas ainda assim não vai resolver a questão em definitivo, pois o país necessita de um projeto para si. Nosso país não tem projeto de desenvolvimento. O que fazemos é administrar a decadência.

Abs.

Foxtrot
Foxtrot
3 anos atrás

E tem gente que acha que hoje em dia está bom!
Só não sei para quem.
Cada louco com sua mania!

Agressor's
Agressor's
Responder para  Foxtrot
3 anos atrás

Neste pais se inconformam, se revoltam e fazem protestos apenas contra os corruptos do partido rival…Somos um povo ridículo e duvido que jamais saiamos da mediocridade, pois cultuamos a imbecilidade e os sensacionalismos…Um governo consiste no reflexo de seu Povo…Se há aqui um governo corrupto é porque o povo que o ELEGE é corrupto…A Corrupção não é um privilegio de políticos…Não existe político corrupto…Existe o Corrupto que foi transformado em político…Representante real daqueles que o colocaram no poder!…

O povo é ignorante politicamente e corrupto…sendo assim…não há como ter bons valores morais e éticos…são individualista…não pensam na coletividade e não tem senso patriótico…o resultado é este…país rico e povo pobre…desajustado…a maior parte dos brazileirus merece isso mesmo…morrer bêbado no próprio mijo de cerveja num bar sujo assistindo futebol...o braziu está fadado a pagar caro pela ignorância do seu povo que se faz inerte diante da exploração e abusos que sofre…povo que não conhece sua história está fadada a repeti-la…povo sem educação está fadado a viver eternamente na mão de elementos que estão se lixando pra esse pais…

Guacamole
Guacamole
3 anos atrás

Agro é tech, agro é popagro é tudo.
E a diversificação da economia pelo fortalecimento de outros setores de maior valor agregado?
Que se dane.

FERNANDO
FERNANDO
3 anos atrás

Deus, é cada um.
Senhores nos precisamos recuperar nossa capacidade industrial.
Nenhum país vive apenas do agronegócio, vide a república velha!!!
Precisamos leis que protejam a micro, pequena e media empresa.
Hoje em dia, nossos empresários são assaltados por impostos, que só Deus sabe o quanto agregam ao preço final do produto.
E fora todos os encargos trabalhistas que os mesmos estão sujeitos a pagar.

IMPOSTOS + ENCARGOS TRABALHISTAS = INFINITO (BRASIL)

Até hoje eu não sei qual o sentido do IPTU, IPVA e daquela porcaria do DPVAT.
Hoje eu tenho um carro, mas, poderia ter dois se não fosse o IPVA.
Precisamos ser mais agressivos no mercado mundial, com a venda de produtos simples tais como de artesanato, música, arte, literatura, bem como produtos de valor agregado tecnológico mais avançado.
Precisamos recuperar nossos clãs industriais, dando o suporte necessário para que os mesmos cresçam, gerem renda , empregos e consumo, e não depender de empresas estrangeiras para manter nosso poder industrial.
Tem uma frase que eu gostava nos anos 80 e 90, a propaganda era do antigo Banestado banco público do Estado do Paraná, e o mote era “Pense globalmente, mas, invista localmente”.
E finalmente, precisamos de empresas de tecnológia, mesmo que sejam inicialmente estatais, para manter a massa pensante neste país, e gerar novas tecnologias.

Esteves
Esteves
Responder para  FERNANDO
3 anos atrás

A capacidade industrial do Brasil recebeu grandes golpes nos anos 1980 com as crises do petróleo, dos juros, do endividamento, da baixa capacitação e de tudo que comentam.

Não nos recuperamos até hoje. O que houve no agronegócio foi a necessidade da competição. Para exportar carne, óleos, grãos, foi necessário investir na mecanização, na modernização, na produtividade e lutar contra os concorrentes americanos e europeus, os reis e rainhas dos subsídios.

Leis. Pra que?

Micros, pequenas e médias empresas dão errado por falta de financiamento, falta de capital próprio, falta de competência e baixa tecnologia. 50% morrem em até 5 anos.

O Brasil não tem parque tecnológico. Vide Gripen, Guaranis, PROSUB, Tamandarés. Vide o sucateamento da nossa infraestrutura.

Os bancos estaduais eram máquinas de roubalheira. Centros de corrupção e ladroagem. O slogan deveria ter sido…pense globalmente, mas roube localmente.

O país precisa ser reformado. Como…é pra isso que elegemos quem elegemos.

André Luiz
André Luiz
3 anos atrás

Bancada Rural né gente, eles fazem uma pressão enorme pro governo atender somente a suas solicitações e muitas delas não são benéficas a indústria. em vez de colocar os dois pesos juntos como a bancada tem mais poder político e influencia eles ganham acima de todos

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

Hãã? Como assim não é benéfica? Vamos vender bois vivos para o povo matar em casa?

NashArrow
NashArrow
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

Só pode ser brincadeira… quem vai pedir proteção e subsídio pro governo em vez de ir pro chão de fábrica para ser mais eficiente é o setor da indústria. Os caras acham que são concessões políticas que fazem um setor ser ou não produtivo.

Vid
Vid
Responder para  André Luiz
3 anos atrás

O agronegócio estará até a morte com esse governo. Essa frase nunca pode ser esquecida “O agronegócio gosta de governo ruim, pois governo ruim mantem dólar alto e quem vende pra fora quer dólar alto. Por isso, o apoio irrestrito ao atual governo”.

José
José
3 anos atrás

Matéria tendenciosa paga por alguma montadora incapaz que quer mais subsídio. Industria bélica sim deve ter investimento do governo, que foi destruída propositadamente por governos anteriores. Investir em pesquisa e novas tecnologias sim. Infraestrutura sim. Forças armadas sim. Segurança, só deixar a população de bem se armar que não fica viado de bandido nem corrupto.

Alex
Alex
3 anos atrás

Industrialização cada vez mais tem a ver com tecnologia/conhecimento que é primordialmente provido por educação (sistema educacional forte), coisa que esse país (e continente) nunca tiveram, mesmo em épocas passadas (como nas décadas de 60, 70) que por clichê são citados como uma era de educação forte. Nada mais enganador! Naqueles tempos o capital estrangeiro apenas investia mais para esses lados por conta do contexto geopolítico – o mesmo contexto geopolítico que fez esse capital abandonar a América Latina para investir na Ásia capitaneada pela abertura do mercado chinês pós-1979. A diferença? A diferença é que os asiáticos (especialmente os chineses) souberam converter essa injeção de capital estrangeiro em riqueza e bens para o próprio país, por conta de haver uma política de Estado, algo que nunca teve por aqui, aliado a um sistema educacional exitoso devido a traços da cultura confucionista, coisa que também nunca tivemos por aqui – me refiro ao sistema educacional forte.
Como não poderia deixar de ser, é claro que esse tema abre brecha para intenso proselitismo político-ideológico para papagaios de pirata (defino-os desta forma porque não passam de meros alto-falantes que apenas recitam coisas que ouvem/leem na mídia, que essa por sua vez apresenta de forma superficial), mas discutir política ideológica como se fosse um dos “pilares” de política de Estado já mostra o quão equivocado é, pois esse tipo de discussão é, se tanto, tema de política de governo, ou seja, um tema secundário, tendo em vista a transitoriedade de poder visto no sistema político vigente em boa parte do mundo ocidental.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Alex
3 anos atrás

Oscar de melhor post! Parabéns, irmão!

Matheus
Matheus
3 anos atrás

O jeito é fazer isto aqui.
Brasileiro claramente não pode ter coisa de supraimportancia em mãos.
Prefiro ser governado por Americano/Europeu do que nosso “povo” que só pensa em prol de sí próprio.

1613092711838.png
Mensageiro
Mensageiro
Responder para  Matheus
3 anos atrás

Compartilho de sua indignação, mas aí tu falou bosta com esse mapa.

Matheus
Matheus
Responder para  Mensageiro
3 anos atrás

Me convença do contrário então, sem ad hominen.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Matheus
3 anos atrás

Prezado Matheus
No teu caso particular, não ficaria mais fácil você mudar para um desses países que você desenhou e admira?
Bem ou mal, ainda prefiro dizer “co yvy oguereco yara” e nos juntarmos a todos que não suportam mais esta situação e promover nossa Queda da Bastilha.
Abraço

Augusto L
Augusto L
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Coitados dos mineiros, baianos, fluminenses, capixabas, guianenses e tocantinenses (nem sei se esse gentílico existe). Kkkkk

Matheus
Matheus
Responder para  João Adaime
3 anos atrás

Caro João, eu já moro em um desses (EUA).
Eu já perdi a esperança no Brasileiro quando tinha 16 anos, o Brasil NUNCA vai mudar, NUNCA vai se desenvolver. Sempre vai ficar nessa miséria terceiromundista com uma cultura de lei de gerson.
Não existe nada que defina o “Brasileiro”, não existe união e não, futebol, samba e bunda não é cultura.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Matheus
3 anos atrás

Prezado Matheus
Sou obrigado a concordar.
Mas lembro que os franceses tinham estes mesmos problemas e os resolveram em 1789. Na verdade o movimento como um todo durou 10 anos.
Ouço muito por aqui que “alguém tem que fazer alguma coisa”. Quando eu respondo que este alguém pode ser nós, só recebo o silêncio de volta.
Abraço

PS: agora entendi porque você deixou o filé mignon pros EUA no mapa.

Nascimento
Nascimento
Responder para  Matheus
3 anos atrás

Aí o nordeste seria igual a Guiana Francesa e a Região Norte seria igual ao Congo e ao Haiti. Baita exemplo de administração.

Agressor's
Agressor's
3 anos atrás

Brasil Império

Período Joanino (1808-1822)

Abertura dos portos às “Nações amigas”
Tratado de Comércio e Navegação
Com os tratados do período, o Brasil já tem o rompimento do Pacto Colonial antes de 1822.
Conquista da Cisplatina 
Reino unido à Portugal e Algarves 
Revolução do Porto (1820)
A elite portuguesa exige o retorno da família real e recolonização do Brasil.
D. João VI retorna para Portugal e D. Pedro fica no Brasil.

Primeiro Reinado (1822-1831):

Primeira constituição do Brasil (1824)

Poder Moderador:

D. Pedro tem o direito de anular os outros poderes.
Em 1825 o Brasil assume as dívidas que Portugal tinha com a Inglaterra
Perda da Guerra da Cisplatina (1825-1828)
Período Regencial (1831-1840)
Regências Trina Provisória e Permanente
Regência uma de Feijó
Regência Uma de Araújo Lima
É marcado pela diversidade de grupos políticos e revoltas espalhadas pelo Brasil

Ato Adicional (1834):

Tentativa de garantir mais autonomia para as províncias
Revoltas Regenciais: 
Cabanagem – PA
Farroupilha – RS/SC
Sabinada – BA
Malês – BA
Balaiada – MA

Clube da maioridade:

Discussões em torno da antecipação da maioridade de D. Pedro II
Segundo Reinado (1840-1889)
A escravidão começa a ser combatida através de leis abolicionistas
Lei Eusébio de Queirós: Proíbe o comércio de escravos que vinham da África para o Brasil

Lei Áurea (1888): Abolição definitiva e imediata da escravatura no Brasil, assinada pela princesa Isabel

Lei dos Sexagenários (1880): concedia a alforria para os escravos que tivessem mais de 60 anos

Lei do Ventre Livre (1871): decretava que todos os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir de 1871 seriam considerados livres
Economia cafeeira 
Imigrantes Italianos e Alemães

Guerra do Paraguai (1864-1870):
Conflitos territoriais 
Criação do Exército brasileiro
Voluntários da pátria
Grande parte dos soldados eram ex-escravos
A elite agrária conservadora se tornava resistente às transformações sociais

Era Mauá:
Surto industrial do Brasil
Oposição da imprensa liberal
Oposição do Exército, “Ordem e Progresso”
Proclamação da República (1889)

Últimas palavras de D. Pedro II:

Que Deus me conceda estes últimos pedidos: paz e prosperidade para o Brasil.

Com um golpe a república nasceu, com um golpe nosso legado foi destruído…E assim o Brasil seguiu; com golpe sobre golpe sendo corrompido por dentro…

nonato
nonato
3 anos atrás

Eu sempre fui um admirador da Ford.
A saída dela tem mais a ver com incompetência do que com problemas estruturais do Brasil.
No mundo todo a Ford está fraca.
Nos Estados Unidos, vende praticamente um carro: a F 150.
Na crise de 2008, foi a única grande americana que não precisou de ajuda do governo.
Parecia estar bem.
Mas não estava.
No Brasil, começou a lançar carros baixos e apertados, diferente do que sempre fez (fiesta e focus por exemplo).
Colocou o câmbio PowerShift problemático e não valorizou os consumidores que se queixavam.
O EcoSport há uma eternidade os consumidores pediam um carro com mais espaço, uma mudança visual.
A Ford demora demais a tomar decisões.
Agora traz um SUV da China.
Só pode estar de brincadeira…

Junior
Junior
Responder para  nonato
3 anos atrás

A ford saiu do país, pois queria mais beneficios fiscais. Fora que o interesse dela nem é mais produzir os carros e sim caminhões e camionetes. Mas a Fundação Ford não saiu não.

Esteves
Esteves
Responder para  Junior
3 anos atrás

A Ford deixou o mercado de caminhões.

Capa Preta
Capa Preta
3 anos atrás

Não tem industria que resista a farra de impostos para manter toneladas e picanha para oficial do exército lagostas para juízes.

Mensageiro
Mensageiro
3 anos atrás

Off-topic militares usam verba pra bancarem 700mil kg de picanha e 80mil cervejas, na pandemia. Façam uma matéria sobre isso, achávamos que era só o judiciário com lagostas e o executivo com leite condensado. Não podemos fechar os olhos para os problemas do país.

nonato
nonato
3 anos atrás

Alguns criticaram a autonomia do Banco Central.
Eu também não sou favorável.
Prefiro Bolsonaro com poder sobre o Banco Central.
Mas muitos que criticam deixaram de falar que dezenas de países desenvolvidos têm banco central autônomo.
Inclusive Estados Unidos, reino Unido, Japão, Europa (zona do Euro), Turquia, Colômbia, México etc.
Se é algo ruim, todos esses países têm…
Link com a informação:
https://investnews.com.br/economia/veja-a-lista-dos-paises-que-possuem-bancos-centrais-autonomos-ou-independentes/

WSMDAL
WSMDAL
3 anos atrás

Alguns infográficos que ajudam na percepção da situação:

comment image

comment image

WSMDAL
WSMDAL
3 anos atrás

Animação com a evolução dos PIB por setores das principais economias:

https://www.youtube.com/watch?v=Dq0AZqYO4Sw&feature=emb_title

Melkor
Melkor
3 anos atrás

Alguém, mentalmente são, esperaria algum outro resultado?
Onde é esse lugar na Via Láctea onde todo mundo é forçado a se trancar em casa e o mundo de Alice corre normal do lado de fora?
Nossa indústria e infraestrura está na lona e sendo entregue para outro país aos olhos e ouvidos da imprensa que finge demência agora. Ninguém está mais falando em privatização, entreguismo, a não ser que seja feito pelo governo federal. Exceto pelo funcionalismo público, a galera que trabalha perdeu emprego, teve salário diminuído, deixou de comprar e apertou o cinto. Com exceção de um país privilegiado na asia, as indústrias estão na lona. Hoteleiras, de transporte aéreo, automotivas, de bares e restaurantes, petrolífera, e segue por aí, a lista a infindável.
Em São Paulo, por exemplo, fecha quase um Ford a cada 2 semanas, só no setor de bares e restaurantes. Esse é um estado onde só o essencial está funcionando, como os pedágios, por exemplo. Local onde a continua troca de cédulas e moedas não oferecem risco algum às famílias. Mas essa ciência é coisa complexa demais.
Sou capaz de apostar que se as pessoas passassem a usar a foto de um certo político nas máscaras, em pouco tempo as máscaras seriam até proibidas por ineficiênica ou por aumentar a chance de contágio, alguma coisa iriam iventar.
Não espero que isso seja publicado, alguns continuam fingindo demência equanto isso é o que é discutido nas ruas.

Fábio de Souza
Fábio de Souza
3 anos atrás

E ainda tem pessoas que insiste , na reeleição do atual Presidente . Um país que não tem um plano de Governo , um Presidente que diz que não pode fazer nada , que diz : E daí !!! . Aumento quase que diário do combustível , Gás de cozinha , energia elétrica , a inflação que o Paulo Guedes , enciste que está controlada . Eu até que gostaria de ser mais otimista , porem a realidade está ai pra quem , quiser ver e crer .

Augusto L
Augusto L
3 anos atrás

É uma pena as políticas públicas e acordos comerciais são voltados somente ao setor de agropecuária e mineração/extrativismo em geral(incluindo ai o setor petrolífero).

Sinto muito dizer, mas a agricultura brasileira so sobrevive pq não há concorrência a altura, o resto do mundo prefere a indústria ao invés de produzir alimentos, inclusive alguns países aceitam ter balanço comercial negativo para priorizar a indústria, ao invés de ficar fazendo mimos a indústria do agronegócio, que tem baixo valor agregado. A mesma apesar de atuar positivamente no BC brasileiro nunca dará os empregos e base impostos que a Indústria da, sem contar se a gente importar tudo de fora, nem se a Amazônia toda virar pasto de gado, teríamos um balanço positivo.

O setor de mineração/extrativismo é um que gerar ate mais valor agregado e uma base de empregos/impostos descente mas a mineração brasileira esta sucateada, o extrativismo enfrenta as políticas ambientais e o setor petrolífero tem a ameaça da energia limpa.

Quanto ao setor de serviços brasileiro, ele é péssimo, paga-se mal, contra-se mal e não há serviços de qualidade e com foco no cliente.

Economia baseada em serviços é so para países com PIB per capita acima de 40 mil, onde se a formação de profissionais qualificados e produtivos, não no Brasil.

Não tem jeito, a única solução é a indústria.

Pedro
Pedro
3 anos atrás

Pois é, estamos vivendo isso a décadas (desindustrialização), ou seja, nunca existiu realmente interesse governamental seja da dita esquerda, seja agora da direita. em fomentar a distribuição de riquezas.

O Deep State aqui sempre foi oligárquico e classista. Desde à época da cana-de-açúcar, passando pelo café e agora pela soja, arroz, boi e minério, nunca saímos do patamar de servir produtos primários e ainda batem palma, quero ver com a mecanização e entrada na tecnologia 4g como irão fazer para absorver os milhões que virão do campo.

Vamos andando como sempre foi, sem política de estado, apenas de governo.

obs: não sou contra o Agro, só deve ser investido e subsidiado projetos industriais, ou vamos viver de sempre de autônomos? Ainda cabe em seu bairro mais uma barbearia, mais um salão de beleza, mais um food truck, mais um pega bêbado?

Cristiano GR
Cristiano GR
3 anos atrás

Esse texto faz pensar que há uma culpa do encolhimento da indústria nacional no atual governo. Isso é tendencioso, muito errado, enganoso e faz tirar a culpa dos verdadeiros culpados. E, ainda, mostra gráficos superficiais e que não refletem de forma clara a situação da indústria. Existe, também, a questão pertinente do papel da indústria automotiva se colocando sempre como vítima e usando todos artifícios para negociar isenções tributárias, raramente transmitidas pelas montadoras aos consumidores em preços mais amigáveis.
A indústria nacional deu uma grande encolhida foi com o Plano Real, que fez o valor da moeda nacional ficar, de início, valendo mais que o Dolar, mantendo-se por um perído de alguns meses. Nesse período, de cara, já houve o fechamento de muitas empresas e fábricas que dependiam das exportações e traziam dinheiro para o país, enquanto mandavam produtos com valor agregado para outros países. Muitas outras fabricantes conseguiram se manter, mas devido à mudança cambial se meteram em grandes dívidas que com os anos aumentaram, gerando o fechamento anos mais tarde.
Com a moeda com menos valor que o Dolar, mas, ainda, entre as 5 mais valorizadas do mundo, a industrial nacional além de não conseguir exportar viu os importados entrarem no país com preços melhores devido ao câmbio e, muitas vezes, com mais tecnologia ou melhorias, gerando muita fuga de dinheiro do país no pagamento dessas importações. Nesse meio tempo vimos muito dinheiro nosso indo para a China e os chineses que antes andavam de bicicletas, passarem a ser o maior mercado de super esportivos de luxo, não por culpa somente nossa, lógico, mas sim por explorarem a mão de obra barata e a grande diferença cambial.
Os governos petistas tiveram muito tempo para corrigir o câmbio, mas nada fizeram por alguns motivos entre eles, muito medo de perderem o freio da economia e verem a volta da inflação e risco da perda de seu projeto de poder.
O governo atual acertou em promover a diminuição do valor do Real, buscando assim aumentar as exportações e a diminuição das importações. Essa parte, no curto prazo, faz as montadoras chorarem um pouco e pressionarem, pois os negócios delas estavam todos voltados para o câmbio de antes onde fabricavam somente veículos populares aqui e um que outro melhorzinho, mas a maioria dos mais equipados vinham de fora. Essas empresas terão de fazer adaptações, mas as demais, que são a maioria na indústria, se beneficiam de forma mais imediata. Já empresas que estavam adorando a importação de produtos chineses acabados e que apenas colocavam sua marca nesses produtos vendendo tudo tranquilamente pelo país, também precisam se adaptar e algumas já estão voltando a produzir no Brasil ou comprar produtos brasileiros e colocando sua marca, já outras que nunca produziram nada, tendem a sumir, favorecendo o que é daqui.

Cristiano GR
Cristiano GR
3 anos atrás

Os gráficos se mostram errados por fazerem pensar que a atividade industrial caiu por atuação dos governos, desconsiderando uma série de fatores, como a diferença cambial, o crescimento do agronegócio e sua maior participação no PIB, o aumento da produção e exportação mineral puxado pelo aumento de compras da China, o aumento da construção cívil, o aumento dos serviços, etc.

Nico 88
3 anos atrás

Ou retornamos com o projeto nacional de desenvolvimento que fez o Brasil crescer fortemente entre 1930 e 1980 ou retornaremos ao século XIX. Mero exportador de matéria prima. Temos que parar com esse anticomunismo histérico que demoniza o Estado. O Estado é sim um agente fundamental no desenvolvimento de qualquer país assim como a iniciativa privada. E acima de tudo. Temos que jogar esse neoliberalismo de terceiro mundo (que acha bonito vender estatal brasileira pra estatal chinesa ou árabe) na lata do lixo. A grande maioria dos foristas defendem esse modelo nocivo ao país. Me lembro bem quando da discussão da venda da Embraer para Boeing. Como defendiam com unhas e dentes que uma jóia tecnológica fosse entregue. Uma vergonha! Contra o neoliberalismo entregusita e a esquerda corrupta. A favor do desenvolvimento industrial nacional.

WSMDAL
WSMDAL
3 anos atrás

Aspectos que afetam o desempenho da Indústria brasileira:

1) Inovação:
comment image

2) Custo Brasil

3) Ambiente de negócios

4) Não integração a cadeias globais de valor

Pablo Maroka
Pablo Maroka
3 anos atrás

Traduzindo: manda mais subsidio pru favo!

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
3 anos atrás

Enquanto tivermos a maior carga tributária do planeta e uma legislação trabalhista paternalista, encargos trabalhistas tb medievais, esquece… !

Vincenzzo
Vincenzzo
3 anos atrás

Continuem com a ideia que o mercado se auto regula e deixem o livre que o Brasil vai longe… Lembrando que a ordem de era de privatizar mas se for a China a comprar então não vale…
O BRASIL PRECISA DE UM PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO!

Mgtow
Mgtow
3 anos atrás

É isso é o que dá transformar o país num fazendão agro exportador. Destruir a industrialização do pais para favorecer meia duzia de fazendeiros exportador de soja e criadores de gado. Com o bonus de aniquilar o meio ambiente. Agronecio não trás emprego e nem a capacitação tecnica que um pais como o Brasil precisa.

Augusto L
Augusto L
Responder para  Mgtow
3 anos atrás

Pela primeira vez, concordo 1.0000%

WSMDAL
WSMDAL
Responder para  Mgtow
3 anos atrás

O setor agropecuário é importante para a segurança alimentar e para a geração de divisas, mas representa menos de 5% do PIB brasileiro. O setor possui uma desproporcionalmente alta representação política e faz valer seus interesses de forma muito forte (bancada ruralista).
Nenhum país do mundo se desenvolve(u) com o predomínio de atividades agropecuárias.

WSMDAL
WSMDAL
Responder para  WSMDAL
3 anos atrás

Participação do setor agro nos PIB dos países:

https://data.worldbank.org/indicator/NV.AGR.TOTL.ZS?locations=BR&most_recent_value_desc=true&view=map

O padrão é esse:
Mais rico o país -> menor a participação do agro no PIB
Mais pobre o país -> maior a participação do agro no PIB

HENRIQUE
3 anos atrás

FONTE: ESTADO DE SÃO PAULO

NÃO PRECISA DIZER MAIS NADA!