Israel testa nova versão do sistema antiaéreo David’s Sling
A Organização de Defesa de Mísseis de Israel (IMDO) e a Agência de Defesa de Mísseis dos Estados Unidos concluíram com sucesso, em dezembro de 2020, uma série de testes de interceptação de uma versão avançada do sistema de armas David’s Sling.
A IMDO e a Rafael também demonstraram a capacidade do Iron Dome de interceptar mísseis de cruzeiro, UAVs e outras ameaças.
O teste também demonstrou a interoperabilidade do sistema em várias camadas — com todos os seus componentes capazes de interceptar ameaças simultaneamente.
O David’s Sling ou Estilingue de David, também anteriormente conhecido como Magic Wand, é um sistema de mísseis das Forças de Defesa de Israel desenvolvido em conjunto pela Rafael Advanced Defense Systems e a norte-americana Raytheon, projetado para interceptar aviões inimigos, drones, mísseis balísticos táticos, foguetes de médio a longo alcance e mísseis de cruzeiro, disparados em alcances de 40 s 300 km.
O David’s Sling foi criado para substituir o MIM-23 Hawk e o MIM-104 Patriot no arsenal israelense.
O míssil Stunner do sistema é projetado para interceptar a mais nova geração de mísseis balísticos táticos em baixa altitude, como o Iskander russo e o DF-15 chinês, usando um buscador CCD/IR duplo a bordo para distinguir entre engodos e a ogiva real do míssil, além de rastreamento pelo radar multimodo de varredura eletrônica Elta EL/M-2084.
O interceptor de vários estágios consiste em um propulsor de motor foguete de combustível sólido, seguido por um veículo de destruição assimétrico com direção avançada para supermanobrabilidade durante o estágio de destruição. Um motor de três pulsos fornece aceleração e capacidade de manobra adicional durante a fase terminal.
O David’s Sling tornou-se operacional em abril de 2017 e seu objetivo é reforçar a segunda camada do sistema de defesa antimísseis de Israel.
O nome David’s Sling vem da história bíblica de David e Golias.
Ele formará um nível do futuro sistema de defesa antimísseis de várias camadas que Israel está desenvolvendo, que também incluirá os sistemas Arrow 2, Arrow 3, Iron Dome, e Barak 8 e Iron Beam.
O sistema de guiagem é o mesmo dos Derbys e Pythons ?
A “cabeça” do míssil é o mesmo dos outros e só usam boosters pra ir aumentando o alcance? Seria isso que fizeram nesse sistema?
Rui,
Não! O sistema de guiagem combina um radar ativo banda Ku com um seeker de imagem térmica (IIR), dai a forma da cabeça de golfinho (assimétrica), pra caber os dois sistemas independentes.
O corpo do míssil também é outro com propulsão foguete multipulso.
Isso! No entanto, ha boatos que Israel estaria adaptando o Stunner para ser lancado de aeronaves, em especial o F-35. Ele faria o caminho inverso dos Derbys e Pythons entao, que viraram terra-ar no sistema Spyder.
Será que ele se encaixa nos requisitos estabelecidos pelas nossas forças armadas?
Não. É um sistema para grandes altitudes. O Barak cobre ele em média altitude.
Daqui a pouco aparece os comentários “este deve ser o sistema escolhido pelo MD”.
O sistema escolhido deve ser o CAMM-ER, por que vamos instalar o CAMM nas corvetas, padronizando as três forças com o mesmo míssil a gente ganha em escala. Se quiser um míssil com melhor desempenho, põe outro da MDBA, Aster 30 por exemplo, diminuindo assim a burocracia da aquisição.
Tudo gira em torno de logística e custo x benefício. Quer brincar de torrar dinheiro, torre o seu, os dos pobres deste país não.
Havia uma parceria entre a MBDA e a Avibrás, talvez isso facilite a vida deles, esta poderia contribuir com o desenvolvimento e/ou fornecimento de partes do sistema, o ideal seria aproveitar a plataforma do Astros e criar um equipamento exclusivo para o Brasil.
Nem sempre é assim.
A guerra no chão é diferente da Guerra no mar, mesmo sendo contra o céu.
Grosso modo, vc tem razão, mas infelizmente não é tão simples.
Economia é pra quem tem e não tem $$.
Não é por menos q EUA está buscando uma mesma plataforma de caça.
Mas manteve AH-64 pro exército e o A-1 pros marines.
Creio que o A1 por ser mais leve e compacto seria melhor operado nos seus LHDs. Mas isso é só suposição minha, desconheço peso e dimensões de cada aparelho.
Por mais que sistemas como Barak e SAMP-T são melhores, compartilho exatamente sua ideia. O escolhido será o CAMM-ER pelo motivo de ter CAMM nas corvetas.
Mas uma coisa eu não sabia, família de mísseis ASTER consegue operar nos CAMM?
Como sempre os israelenses sempre aprimorando os seus meios de defesa para se adaptar as novas tecnologias!
Acredito que os sistemas israelenses são os melhores do mundo.
Já que trabalham em várias camadas, seria uma boa ir comprando um a um.
Para começar, compra o Barak 8.
Esses sistemas CAMM não estão com nada.
Nem bom alcance têm.