Blindado AMPV da BAE Systems está pronto para entrega ao Exército dos EUA
YORK, Pensilvânia — O primeiro veículo multiuso blindado (Armored Multi-Purpose Vehicle, AMPV) saiu da linha de produção da BAE Systems para ser entregue ao exército dos EUA. O AMPV é essencial para os objetivos de modernização do exército e vem em cinco variantes para atender a uma ampla gama de missões em todo o campo de batalha.
“Finalizar o primeiro AMPV para entrega estabelece um marco importante para o programa e para o exército dos EUA”, disse Bill Sheehy, diretor do programa AMPV da linha de produtos de veículos terrestres da BAE Systems. “O AMPV foi projetado para atender às missões do exército para as equipes de combate da brigada blindada (Armored Brigade Combat Teams, ABCT) e estabelecer a base para o futuro do campo de batalha.”
Identificado pelo Exército como prioridade máxima para a segurança e sobrevivência, a família AMPV oferece ao Exército uma frota de veículos altamente resistente e móvel que atende a uma necessidade crítica de substituir os M113s da era da Guerra do Vietnã e auxiliar a ABCT em terrenos desafiadores nas linhas de frente. Sob o atual contrato de produção inicial de baixo custo concedido em 2018, a BAE Systems entregará mais de 450 unidades dos veículos altamente móveis, resistentes e multiuso.
O Mission Command será o primeiro veículo entregue e é o pilar da estratégia de modernização de rede da ABCT do Exército. Ele facilita o comando de missão digital, aproveitando o aumento de volume, proteção, potência e capacidade de resfriamento, além de oferecer flexibilidade e capacidade de desenvolvimento de habilidades de comando, controle, comunicação e computação.
As outras variantes da família AMPV incluem:
- Veículo para Uso Geral: opera em todo o espaço de batalha para conduzir o reabastecimento, a manutenção e a evacuação alternativa de vítimas do ponto de dano;
- Veículo para Morteiro: fornece suporte imediato e eficaz no caso de tiros de morteiro pesado durante a condução de operações ofensivas rápidas pela ABCT;
- Veículo de Evacuação Médica: permite tratamento imediato ou evacuação no ponto de dano para vítimas deambulantes ou em maca;
- Veículo de Tratamento Médico: é o primeiro do tipo, que serve como uma “sala de operações móvel” para cuidados de manutenção de vida a soldados com ferimentos potencialmente fatais.
“A família de veículos AMPV oferece melhorias significativas no que diz respeito a energia, mobilidade, interoperabilidade e resistência para a ABCT”, disse Jeremy Tondreault, vice-presidente e gerente geral dos Sistemas de Missão de Combate da BAE Systems. “O AMPV demonstrou excelente capacidade de sobrevivência e proteção da força, bem como flexibilidade e crescimento para o futuro.”
O AMPV tem potencial de crescimento integrado para incluir novas capacidades à medida que a tecnologia evolui, incluindo geração de energia aprimorada para eletrônicos avançados e conectividade de rede. Isso dá ao exército um veículo para executar as atuais missões, com a capacidade de se adaptar a tecnologias e recursos futuros.
O AMPV foi submetido a quase duas dúzias de testes do Exército e atendeu consistentemente ou excedeu todos os seus requisitos.
O trabalho no programa AMPV ocorre na rede industrial da BAE Systems, que inclui instalações em Aiken, Carolina do Sul, Anniston, Alabama, Phoenix, Arizona, Sterling Heights, Michigan, e York, Pensilvânia.
DIVULGAÇÃO: G&A Comunicação / BAE Systems
O M1285 MTV e o M1286MCV são quase idênticos, estranhei que especialmente o M1285 MTV não tenha a identificação de veículo médico na parte superior. O Guarani tb terá, em algum momento do futuro, versão ambulância, se o projeto da versão ambulância sair do papel. Não?
Honestamente…
Fico imaginando como seria para adotar um veículo desse.
Em relação a nós, estaríamos falando de uma quebra de paradigma; do que poderia ser uma mudança de doutrina.
No caso do M-113, este se adéqua a composição atual de um squad (ou CG, para nós), de nove soldados ( com ressalvas… ).
Assumindo que a composição das unidades seja rigorosamente a mesma em qualquer unidade de infantaria, então dever-se-á pensar em mudar a composição ou aumentar o número de veículos… E isso é crítico em se tratando de custos operacionais…
Havia, nos Estados Unidos, desde a adoção do Bradley, uma discussão ferrenha acerca da quantidade de veículos necessária para levar um efetivo de um squad; sempre em dois veículos, algo que nunca foi muito popular… E o US Army, assim como os Marines, não abriam mão de levar mais soldados… Afinal de contas, eles sabem que uma composição mais completa faz a diferença…
É um dilema… Mais soldados e menos proteção ou mais proteção e menos soldados… já que não dá pra ter tudo…
Bom… Via de regra, um veículo desse tipo tem a função de levar os soldados pela terra de ninguém até próximo ao ponto de contato, onde a tropa é desembarcada, passando então a agir como apoio de fogo… Em teoria, portanto, a proteção deve resistir a estilhaços e a armas portáteis, sendo secundária em relação a mobilidade, poder de fogo e capacidade de carregar tropa… Contudo, a necessidade de proteção cresce a olhos vistos, posto necessidade de se resistir a mísseis AT portáteis, que se disseminam como praga, além dos agora sempre presentes IEDs… E como o infante tem que ir de uma forma ou de outra e chegar em condições de combater…
Há ainda um custo político… Perdas humanas, principalmente para nações ocidentais, são muito menos suportáveis, quer seja por questões morais/éticas/culturais ou por recursos humanos mais limitados. Logo, é mais aceitável em termos políticos um veículo que leve menos soldados e seja mais bem protegido, nem que isso implique em reduzir as tropas blindadas em si… E parece ser esse um fator determinante, bem representado pelo veículo da matéria, cuja variante de propósitos gerais levará aí seus seis (?) infantes ( e levando em conta as questões acima, duvido que ele vá realmente substituir o M-113… ).
O ápice do conceito, no meu entender, é o Namer israelense, com seus 9 infantes e uma proteção equivalente a um carro de combate moderno. Mas quem pode bancar tal monstruosidade hoje…?
O AMPV vai atuar como um meio de suporte. Não vai atuar na linha de frente, no lugar do Bradley…
O M113 deixou de ser utilizado em combate direto com o inimigo já faz décadas e passou a ser empregado no suporte das operações. E no lugar do Bradley, entrará um blindado do programa NGCV.
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Veja as quantidades pretendidas, que indicam a natureza de suas missões:
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“The US Army has a requirement for 2,907 vehicles in five versions including 386 120 mm Mortar Carrier Vehicles, 993 Mission Command Vehicles, 790 Medical Evacuation Vehicles, 216 Medical Treatment Vehicles and 216 general purpose vehicles”
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A variante General Purpose vai atuar em missões como ressuprimento, manutenção e casualmente em CasEvac.
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No nosso caso, não deve ser muito complexo ter uma versão do AMPV desenvolvida com a BAE, voltada a operar com uma configuração 2+9, já que ele é maior que o M113. Bastaria utilizar um canhão 30mm operado de forma remota, ao invés de uma torre com 2 tripulantes que consome grande parte do arranjo interno de um IFV.
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De resto, a realidade dos fato é a de que continuaremos a utilizar o lixo que é o M113BR na função de VBCI, por muito, muito tempo…
Já que falou nisso Bardini…
Um derivado do AMPV com capacidade para 9 homens e uma estação de armas remota com um canhão 30mm leve como o testado no Oshkosh JLTV poderia ser o nosso “low cost IFV”.
O que pensa disso?
Eu já tinha falado de usar o AMPV como “low cost IFV” para o Brasil uns tempos atrás.
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Bom… o bicho vai ter escala e tem comunalidade com outras plataformas americanas: Bradley e M109. Nossa relação com a BAE é muito boa e ruim não seria, pra quem usa M113BR.
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Essa RWS aí eu acho interessante de ser copiada é pro Guarani, usando a REMAX como base de projeto.
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Para um AMPV “BR”, eu escolheria a UT30MK2, se tivesse grana. Se não tivesse grana, iria até de REMAX, que já é mil vezes melhor do que o que se tem hoje nos M113BR, rsrs.
Bardini…
Não insinuei que ele fosse substituir o Bradley no US Army… Apenas o usei como exemplo para ilustrar o dilema ‘mais proteção vs. quantidade de soldados’, que se aplica a nós também…
Mas… de toda a sorte:
“The GCV Infantry Fighting Vehicle was to replace 61 M2 Bradleyinfantry fighting vehicles in each armored combat brigade, making up 18 percent of the 346 armored combat vehicles in each armored brigade. A 24 September 2013 Congressional Research Servicereport suggested that given budgetary constraints, the GCV program may be unrealistic, and that one potential discussion could focus on a decision by the Army to replace the GCV with the AMPV as their number one ground combat vehicle acquisition priority.[5] The Army FY 2015 budget proposal suggests cancelling the GCV program and moving funds to the AMPV as the service’s priority vehicle program…”
Apesar do NGCV ainda estar em pauta, essa discussão certamente não morreu ainda…
Na teoria, o M-113 não participaria de combates diretos… Mas na prática… Os israelenses que o digam…
Mesmo se levarmos em conta um veículo de dimensões internas superiores ( no caso da versão básica ), é certo que boa parte disso já é ocupado pelos assentos especiais ( para minimizar ondas de choque ), além do espaço necessário para haver a melhor mobilidade possível dentro do veículo… Não penso que seja tão simples assim colocar mais três assentos…
Israel começará a substituir os M113 no ano que vem, introduzindo o Eitan nas suas forças.
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O AMPV é baseado na plataforma do Bradley. É basicamente um Bradley sem torre e boa parte do espaço interno do Bradley é ocupado pela torre tripulada. São 1+2+6 dentro do blindado.
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Olha quanto espaço sobra dentro de um Bradley tirando a torre dele: ?resize=720%2C478&ssl=1
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Se tu adotar uma RWS, então uma configuração com 2 acentos em tandem mais 9 acentos (4+5) deve ser possível.
De versão armada só o de morteiro, vai ter alguma versão similar ao Bradely em armamentos ( canhão 30mm e míssil antitanque)?
Isso aí é um basicamente um Bradley sem torre…
Meu desejo para o EB e muito basico: um pouco mais de uma centena de Marder ou Bradley, o mesmo tanto de Lynces usados e a oferta de Centauro que nos feita, antes que a Jordania pegue todos. Modernizar Cascavel agora e piada de mau gosto.
Com a palavra os militares aqui do Blog.