Pentágono

Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos

Uma das maiores lições aprendidas durante a pandemia do COVID-19 é que a cadeia de suprimentos é vulnerável a fornecedores no exterior, particularmente adversários como a China, disse uma autoridade do Pentágono.

Ellen M. Lord, subsecretária de defesa para aquisição e manutenção, falou sobre gastos e capacidades em defesa após COVID-19 no Fórum de Defesa da União Europeia da Brookings Institution, participando da discussão por vídeo.

Os Estados Unidos e seus aliados e parceiros agora têm uma melhor compreensão da fragilidade da cadeia de suprimentos, disse Lord. Os sistemas militares críticos dependem do processamento mineral de terras raras e da microeletrônica fabricados na China ou fabricados e embalados lá.

Além dos problemas descobertos na fabricação de componentes militares, está chegando capital adversário que envolve roubo de propriedade intelectual, bem como atividades de fusão e aquisição que envolvem aquisições de empresas críticas nos EUA e em seus países aliados e parceiros, disse ela.

“Precisamos ter certeza de que traremos de volta o máximo possível”, disse ela – trazendo o máximo possível da base industrial de defesa para o território dos EUA quanto possível, enquanto continuamos confiando em aliados e parceiros para suas contribuições. Parceiros canadenses, mexicanos e europeus produzem equipamentos militares para os Estados Unidos, observou ela.

Quando o Departamento de Defesa faz licitações para um sistema, os funcionários do Departamento de Defesa gostam de ter o maior número possível de ofertas competitivas — tanto para reduzir custos quanto para ter mais opções, disse Lord. Se apenas duas empresas estiverem oferecendo, ela disse que preferiria que a empresa seja doméstica.

Um dos aspectos mais importantes da base industrial dos EUA e da base industrial transatlântica na Europa é a comunicação frequente e transparente, disse Lord. Ela observou que está em constante comunicação com seus colegas europeus para trocar ideias sobre reforma e modernização, além de questões de interoperabilidade e combate à influência chinesa maligna.

“Quando vamos à guerra, vamos juntos”, disse Lord. “Precisamos ser interoperáveis. A menos que trabalhemos juntos nesses sistemas, não seremos interoperáveis”.

FONTE: Departamento de Defesa dos EUA

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Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
4 anos atrás

Se os chinas tinham um plano para enfraquecer o ocidente ou não foi proposital é irrelevante..

O que vai acontecer agora é que aos poucos o mundo vai virando as costas para a China…

Mas o (des)Governador do Estado de SP, na sua suprema sapiência, vai fazendo acordos e mais acordos com a China

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Rodrigo Martins Ferreira
4 anos atrás

Esqueça essa possibilidade.
A China já tem, disparado, a maior base industrial do Planeta.
Em cerca de três anos, pode ter o dobro das exportações que os EUA, o segundo colocado (já muito ameaçado pela Alemanha).
A interação econômica da China com Europa, América Latina, Africa e Ásia (Japão e Coreia do Sul incluídos) é crescente.
Os EUA é que estão ficando de fora dessa festa, cada vez mais isolados.
Agradeça ao Sr. Trump.

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  Antoniokings
4 anos atrás

Quero ver onde ela não tiver para onde vender os produtos da sua base industrial.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Responder para  Antoniokings
4 anos atrás

A China vende para os EUA 25% de sua produção, e outro tanto para a Europa. É só esses Paises se fecharem um pouco para a China ter problemas. Depois de passo por “inbox” onde a China vai enfiar o excedente de produção… kkk!

ALISON
ALISON
Responder para  Ricardo Bigliazzi
4 anos atrás

Muita especulação… pouca realidade… Na hipoteses improvavel disso acontecer, basta a China jogar no mercado todos os titulos da divida publica americana… ai destroi eles e junto seus vassalos europeus…

O processo Chinês é irreversível… Aceita que dói menos…

Mensageiro
Mensageiro
Responder para  Rodrigo Martins Ferreira
4 anos atrás

O mundo virar as costas pro mercado chinês por pura ideologia ou teoria da conspiração não vai acontecer. Pro mundo virar as costas pra China ela vai ter de pisar na bola feio, tipo iniciar uma guerra.
E o governo de SP fazer acordo em busca da vacina, mostra mais eficiência que o governo federal deitado em berço esplêndido que aliás há um ano prometeu mandar reforma administrativa pra câmara e não mandou, as promessas já estão fazendo aniversário.

Renan
Renan
Responder para  Mensageiro
4 anos atrás
PACRF
PACRF
Responder para  Rodrigo Martins Ferreira
4 anos atrás

Pouco provável que o “mundo” vire as costas para a segunda maior economia do planeta, que se continuar crescendo no mesmo ritmo, torna-se-á a primeira até 2030. Afinal, dinheiro não tem sexo, não tem ideologia, não tem raça e não tem religião.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
4 anos atrás

Caso isso continue, a China vai se dar mal a médio e longo prazo. É muito provável que os EUA ( principalmente ) e os europeus façam de tudo pra que as empresas voltem a seus países, e saiam da China.
Seria uma boa oportunidade pro Brasilistão oferecer incentivos pra que essas empresas venham pra cá.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Willber Rodrigues
4 anos atrás

Se vc analisar a quantidade de indústrias alemães que estão anunciando investimentos pesados na China só esse ano, reveria sua postagem.

Matheus S.
Matheus S.
Responder para  Antoniokings
4 anos atrás

Tenho visto que muitas empresas se relutam em sair do país, até mesmo entre as japonesas.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Matheus S.
4 anos atrás

Exatamente.
O capitalista quer lucro no bolso.
Ele não está interessado se seu produto será fabricado na China, na Índia ou no Afeganistão.
Esse papo de que vai trazer empresas de volta, via de regra, é discurso político com finalidade eleitoral.

Ramon
Ramon
4 anos atrás

Sério que descobriram esse vulnerabilidade agora, isso era uma das coisas mais óbvias que existem, boa parte das empresas cresceram os olhos na China por causa da mão de obra quase escrava e de não existir praticamente nenhum direito trabalhista lá e levaram suas fábricas para lá, claro que se acontecesse alguma coisa grave lá ia influenciar o mundo todo, para ter ideia a galera que fica fazendo campanha de boicote falando para não comprar produtos chineses esquece que seus iPhones são feitos lá.

Fabio Araujo
Fabio Araujo
4 anos atrás

A pandemia revelou esse problema de logística no mundo inteiro, vamos ver algumas mudanças a esse respeito.

ersn
ersn
Responder para  Fabio Araujo
4 anos atrás

talvez apenas setores estrategicos como defesa , equipamentos hospitalares,suprimentos medicos ,remedios alem de suas respectivas materias primas sejam repensados mas de resto provavelmente vai ficar na mesma

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
4 anos atrás

Essa pandemia acabara por “fechar mais” as economias dos Paises desenvolvidos. Muita coisa que era comprado a “preço de oportunidade” no exterior começara a ser fabricada internamente. Muito menos que uma questão estratégica é mais para reerguer as economias combalidas. Coitado de quem vive para vender para os ricos.