Carecemos de um projeto nacional
A elaboração de um projeto de nação nos traz uma oportunidade para buscarmos sinergia entre todos que integram a sociedade
Eduardo Villas Bôas*, O Estado de S.Paulo
Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes, cuja população contém em si própria riquezas geradas desde 1500, decorrentes da miscigenação em que as três raças se mesclaram, cada uma delas aportando características ímpares. A criatividade, a alegria de viver, a tolerância, a adaptabilidade, a resiliência, a religiosidade, o sentido de família, o patriotismo, enfim, esses e outros atributos são como uma vasta produção de frutos, à espera de serem colhidos e colocados na grande cesta da nacionalidade brasileira.
Esse enorme cartel de singularidades vive sobre uma base física que metaforicamente constitui uma arca plena de riquezas, sobre as quais estamos sentados, desconhecendo o conteúdo e tampouco sabendo como abri-la.
O que nos falta para que se produza uma mobilização da vontade e das capacidades no sentido de soberanamente os utilizemos atendendo prioritariamente às necessidades do nosso povo?
Infelizmente, nossa sociedade se deixou impregnar por esquemas mentais que nos são estranhos, depois de 50 anos em que, a despeito das precariedades, trazíamos conosco um senso de grandeza, aliado a uma ideologia de desenvolvimento e a um sentido de progresso.
Infelizmente, a partir de então – anos oitenta – não atentamos a que nós estávamos deixando fracionar, inicialmente por interesses alheios travestidos de ideologias e, quando elas fracassaram, permitimos que esquemas mentais alheios a nossa natureza viessem a nos dividir ainda mais, a ponto de o ser humano não mais fosse valorizado como tal, passando a que sua essência, para ser reconhecida, dependesse da militância em prol de um desses grupos onde se abrigam.
Caímos num fosso, em cujo interior andamos em círculo, progressivamente nos afundando sem dispor de ferramentas que nos tornem possível dele sair, de maneira a que recuperemos a capacidade de vislumbrar o horizonte e nele identificar indicações dos rumos a seguir com vistas no futuro. Em outras palavras, carecemos de um projeto nacional que nos possibilite ter um olhar em direção ao interesse comum, capaz de nos livrar da prevalência do individualismo, do imediatismo e dos interesses grupais ou corporativos.
A elaboração de um projeto de nação nos traz uma oportunidade para buscarmos sinergia entre todos que integram a sociedade brasileira e, colocando o interesse coletivo como referência, encontrarmos os caminhos que conduzam à paz e à prosperidade.
É o que esperam de nós as gerações futuras, os países que nos são vizinhos e os que desejam compartilhar um futuro comum. Somos, talvez, o único país com capacidade de inaugurar um novo caminho de desenvolvimento, a partir das qualidades de nossa gente, assinaladas no início dessas palavras. É hora de arregaçarmos as mangas e, cada um, considerando as capacidades e disponibilidades, participar desse grande mutirão.
*GENERAL DA RESERVA E EX-COMANDANTE DO EXÉRCITO
Interessante o exercito dizer isso, justamente uma das instituições mais responsáveis pelo caos brasileiros, olhemos o histórico, em 1889 o exercito da um golpe e põe fim a monarquia dando um fim real as nossas chances de grandeza e dando inicio a republica velha e entregando poder as oligarquias que até então eram barradas pelo poder moderador, em 1930 o exercito da fim a sua criação, a republica velha, e coloca Getulho no poder, em 1937 o exercito da total apoio ao nascimento do “Estado Novo”, em 1945 o exercito se levanta para retirar Getulho, o mesmo Getulho que foi colocado la pelo exercito, tem inicio então a “Republica Populista” ou 4ª Republica, essa vai ate 64 onde o exercito surgi novamente em mais uma tentativa fracassada de arrumar o Brasil, tem inicio o regime militar, esse por sua vez vai da origem a 6ª republica brasileira e agora, depois de 30 anos e mais um fracasso institucional despontando no horizonte o exercito começa a despontar como salvador da Patria, quem quiser (e não conhecer a historia do Brasil) que compre esse discurso, o exercito brasileiro é uma instituição admirável mas quando se mete em politica o resultado é ruína.
Acho que o Exército, assim como qualquer uma das forças, deve sim opinar sobre o rumo do país, negar-lhe esse direito ou ao menos o ouvido é não ouvir quem mais abdica em prol do país.
Mas eu também não gosto da ideia de um novo governo militar, nenhum país que seguiu esse rumo conseguiu bom êxito.
Não há uma fórmula pronta. O Gen. Eisenhower foi presidente e deixou seu legado ao país.
Mas o amigo está certo quando diz que sim, os militares devem com certeza opinar sobre diversas questões às quais eles podem contribuir com certo grau de conhecimento, inclusive no Geopolítico. Após a redemocratização, eu entendo que eles ficaram muito à sombra do debate nacional.
Eles devem sim ser atores do debate incluídas junto com outras categorias civis. O que não devem é ser “o” debate.
Abraços.
Caro GFC. O ex-militar tem direito à participação política, direito de ser candidato e vencendo, exercer cargo eletivo. Eisenhower (e outros ex-militares) fizeram isso. De Gaule fez isso. Contudo, um militar na ativa esta proibido de manifestação política. Aliás, os soldados quem cumprem serviço militar obrigatório são proibidos de votar, mas os policiais militares e os militares da ativa podem votar. As instituições publicas não podem ter opinião politica. O MPF não pode ter vínculo político. Juízes não podem ter vínculos políticos. Para serem candidatos, precisam deixar a sua função pública. O mesmo para um militar, caso contrário ele have uma confusão entre a opinião política pessoal com a atuação institucional.
Caro Camargoer,
Separa as coisas. Quando cito Eisenhower, ou você acrescenta De Gaulle, quero dizer que não há fórmula pronta de que não é porque é (ex) militar ou civil que vai ser ou não bom líder ou chefe de executivo/Estado.
Não falei em participação política direta, muito menos partidária. Militares da ativa possuem tais limitações nos direitos políticos previstos em nossa constituição. Ponto.
Falei em participar do debate público. Militares trabalham em assessorias parlamentares diversas, militares trabalham como adidos em embaixadas, militares poderiam (não sei a que ponto a legislação permite) participar dos diversos conselhos temáticos, militares podem ser mais acionados na imprensa para opinar sobre assuntos de defesa e segurança nacional ou internacional, militares podem participar mais de seminários acadêmicos.
É uma categoria (ou corporação) como outra qualquer em uma sociedade democrática e podem e devem contribuir para o debate público a diversos temas a que lhe couberem.
Minha percepção é que essa participação desde a redemocratização foi meio que isolada ou “ilhada”, muito afastada do dia a dia civil, acadêmico ou até mesmo político. Foi mal representada e agora parece que estão indo à forra.
Abraços.
Olá GFC. Concordo com você em quase tudo. Militares devem fazer parte da discussão democrática, mas é preciso algum cuidado para deixar claro que são opiniões pessoais, nunca opiniões institucionais. Um partido político tem uma opinião institucional. Um jornal ou empresa de comunicações pode ter uma opinião institucional. Um sindicato também pode. As forças armadas não podem ter opinião política institucional, mas são fundamentais para o debate.Eu sempre defendo a importância estratégica dos programas militares social, econômica e militarmente. A condição de ser militar não pode ser tomada como uma condição política. Um civil ou um militar pode ter preferências á esquerda ou direita dentro do espectro democrático, mas o fato de ser civil ou militar não pode ser confundido com uma posição política (não existe algo como Partido dos Militares). Acho que o diálogo com os militares dentro do setor acadêmico é mais aberto do que fora dela.
GFC_RJ, mesmo com a redemocratização, os militares conseguiram manter, uma certa participação nacional, um pouco menor claro, mas ainda sim, podemos comparar com a bancada jurídica, ruralista, evangélica, ate mesmo com a do sindicato.
Caro Diego. As forças armadas são instituições do Estado. Estão sujeitas ao poder da sociedade que se expressa pelas eleições. As forças armadas não disputam eleições, portanto não cabe exercício de poder político. Aliás, o militar da ativa não pode se manifestar sobre assuntos políticos. Um ex-militar tem todo o direito de dar a sua opinião particular ou participar do processo político sendo candidato e até exercendo cargo eletivo. Contudo, isso não pode ser visto como opinião da instituição militar.
Diego, os militares participam dos debates nacionais, mas como cidadão igual a qualquer outro, e nunca como instituição, até mesmo para não comprometer, a função estatal que nossas forças armadas desempenham.
Exatamente, aqueles que pedem mais uma intervenção militar parecem que não aprenderam com as anteriores. O Exército possui o seu valor que é inestimável, mas quando se mete nos rumos políticos ja vimos que é barro. Isso desde 1889…
Obs.: Tenho o maior orgulho de ser R2 do EB.
Caro Carlos. De fato. As forças armadas servem ao país e á sociedade. Elas não podem atuar politicamente. O militar que tem essa aspiração deve deixar a carreira militar e ingressar na vida política. O poder político é exercido pela legitimidade do voto. O lado político certo é aquele que venceu uma eleição não-fraudada.
Perfeito.
O Exército interfere ativamente na vida política nacional desde a Proclamação da República.
Esse é o resultado.
Olá AntonioK. Esse é o problema. As forças armadas não exercem um poder político. A escolha do projeto politico ocorre durante as eleições. O projeto político certo é aquele que vence as eleições. Cabe ás forças armadas reconhecer a soberania popular.
Caro Plínio. Você tem razão em sua crítica á sistemática interferência do EB no processo político. O país jamais consegue consolidar um modelo político porque o processo é interrompido. A proclamação da república foi um golpe preventivo para manter a estrutura de poder nas mãos da elite agrária e (ex)escravocrata. Por outro lado, a revolução de 30 teve caráter burguês. O golpe de 64 foi uma interferência no processo político que teria sido resolvido por meio de uma eleição. A crise dos partidos ao longo das décadas de 80 e 90 é resultado da extinção dos partidos que estavam organizados e consolidados na ocasião do golpe de 64.
Plinio, concordo com seu comentário.Mas esse não é problema exclusivo das forças armadas, existem varias pessoas, que usam das instituições estatais, ou ate mesmo civis, como trampolim politico. Eu como advogado, percebo muito isso no judiciário, OAB e Ministério Publico.
“O Brasil é feito por nós. Resta desatá-los.” Apparício Torelly, autoproclamado Barão de Itararé.
Olá Pangloss. “De onde menos se espera, é de lá que nada sai” (B.Itararé)
Sabe quem propôs um Plano Nacional de Desenvolvimento como um dos pilares o setor da Defesa? Ciro Gomes! É só procurar o Plano Nacional de Desenvolvimento, nem USA e nem a China! BRASIL ??
Ciro Gomes não passa de um Bolsonaro com sotaque.
Para sorte do primeiro, ele não vem acompanho com os três filhos do segundo.
O relacionamento do Planalto com o STF ruiu porque o presidente tenta, a todo custo, proteger sua prole.
Rpz eu vou discordar disso um pouco e sei que claramente o Ciro não é Tancredo Neves… Mas em campo de projeto e planos a longo prazo para o País a foi o único até agora.
Na verdade, Ciro Gomes é um Lula com diploma.
Olá Heinz. Se contar os títulos de doutor Honoris Causa, o Lula tem mais diplomas que o Ciro (são 36. Dá para encher uma parede).
Um dos problemas do Lula é que ele parece querer que a orquestra toque afinada sem partitura. Confiou demais em si (nos enfiar guela abaixo a Dilma? Pelo amor de Deus) e no brasileiro. O Ciro me parece um maestro treinado e exigente que conhece cada parafuso da máquina pública, que vai saber nos fazer trabalhar melhor, iniciativa pública e privada, e vai trazer os bancos pra ajudar (à força se preciso for). Sempre teve meu 1°voto.
Esses dias parei pra ver uns vídeos dele. O cara falou dos Gripens, KC-390 e sobre como a industria aeroespacial/de defesa americana financiada pelas compras governamentais ajudou a desenvolver tecnologicamente aquele país. Definitivamente uma explanação muito complexa para o nível intelectual do Bolsonaro, com quem o amigo Eliton tenta comparar.
Ciro não sabe muito de coisa militar tanto fala cada coisa mas em termo de papel do Estado na defesa aí ele sabe bem!
Concordo. Comentei apenas para ressaltar o interesse, mesmo sem um conhecimento mais profundo, que ele pareceu ter sobre o tema. Acho que se fosse perguntado a todos os candidatos à presidência de 2018 o que é um KC-390, muito provavelmente só ele saberia responder.
O problema do Ciro é que ele é desenvolvimentista, vai gastar pra dar a mesma falsa impressão de crescimento que tivemos no PT. Vai querer gerar campeões nacionais como fez a Dilma só que aqui não é a China onde dá certo, aqui roubam, vide Odebrecht, JBS e outras mais. Precisamos de um liberal com responsabilidade fiscal, que facilite para as empresas e ajude a educação básica, o Guedes até tenta mas o Bolsonaro ca-ga nele. Moro pode ser um bom nome, já que demonstrou admiração pelo liberalismo, precisamos ver as propostas dele.
Olá Diego. Acho que todos defendem que o país se desenvolva, que a economia prospere, que todos tenham emprego e oportunidades. O problema hoje é outro. O setor industrial deve estar com uma capacidade ociosa próxima a 50% e o desemprego em 12% no primeiro trimestre de 2020, praticamente 13 milhões de pessoas da força de trabalho sem emprego, sem renda, sem capacidade de consumo. Neste momento, a prioridade é reduzir o desemprego, distribuir renda e fomentar a atividade econômica.
” Precisamos de um liberal com responsabilidade fiscal”
É isso que tivemos nos últimos 5 anos, caro Diego. Desde que a Dilma colocou Joaquim Levy com min. da fazenda, a economia brasileira vem sendo pautada por políticas e propostas liberais. Reforma trabalhista, previdenciária, pec do teto, terceirizaçôes, pec da liberdade econômica, privatizações e outras menores, todas propostas e/ou defendidas pelos liberais brasileiros sempre com a promessa de que a economia “decolaria” após suas aprovações, e qual o resultado? Desde então o PIB mal passa de 1%. E nessa altura do campeonato, depois de tantos anos, nem pode se falar mais em herança maldita.
Só sei que gastar tanto e deixar a conta pro futuro com juros não estava nos levando a lugar algum, só ilusões.
O Levy ficou só 11 meses e foi demitido , ele foi convidado pelo governo Dilma 2 em 2015 para ajudar a sanar a crise econômica de 2014, mas o buraco era grande os movimentos sociais e o PT não deixou ele avançar na agenda de controle dos gastos públicos, reforma administrativa até agora não foi pautada de medo, imagina naquela época. No governo Temer, Meireles fez reformas importantes como teto do gasto, previdência, trabalhista para preparar o terreno, mas veio o covid e o Paulo Guedes é um otimo palestrante e só é outra decepção junto com Bolsonaro. Mas nao tira o fato de o liberalismo ser a melhor forma de fazer economia, EUA que o diga.
Ele é um desenvolvimentista RAIZ sim e so por isso está anos luzes a frente dos outros! Ele elencou perfeitamente onde estamos em DÉFICIT e propôs varias vezes o Imposto sobre lucros e dividendos que o Governo agora está cogitando. Ciro com todos seus defeitos que tem consegue ter uma visão a longo prazo. PS Até agora não vi nenhum processo contra ele
Sejamos sinceros: processos ele tem aos montes. Mas todos por calúnia ou difamação, após xingar ou chamar de ladrão políticos e outras figuras públicas. Não há nada relacionado à corrupção, mas há processos. Isso é, por um lado, positivo e, por outro, é negativo, pois também demonstra que, em termos de comportamento, deixa bastante a desejar (apesar de ser, infinitamente, “menos pior” que o atual chefe do Executivo).
A propósito, fui eleitor dele nas últimas eleições exatamente por causa do Plano Nacional de Desenvolvimento, e não exatamente por afinidade política, pois acredito que o país realmente necessita de um rumo. No entanto, esse “rumo” – a longo prazo, que vá além de governo de A, B, ou C – foi algo que nenhum outro candidato foi capaz de propor.
Quanto ao porquê de um “Projeto Nacional” ser necessário, é fácil demonstrar. Atualmente, não apenas os Poderes tem tido dificuldade para enxergar até onde vão suas competências (e esta crítica vai mais na direção do Executivo do que do Judiciário, pois este último está agindo de maneira reativa), como também não estão tendo “competência” para cumpri-las (critica direta e quase exclusiva ao Executivo). Além disso, até as forças armadas estão tendo dificuldades para se manterem dentro de suas funções. Começaram com atribuições que lhe são estranhas (GLO) e, agora, têm enorme presença no governo, vivem envolvidas na polêmica acerca do “artigo 142” (que é promovida não só pela “galera de pijamas”, como também por alguns que estão no governo) e tem até histórico recente de membros da ativa, do topo da hierarquia, se metendo na política (declarações de Mourão anos atrás, declarações do próprio Vilas Boas no caso do julgamento de um ex-presidente, assim como, mais recentemente, o amontoado de membros da ativa assumindo cargos de natureza política). Por fim, no caso da população, temos ficado só briguinha lastimável de esquerda x direita, um “Fla x Flu” que leva a, absolutamente, nada, mas que é largamente incentivado pelo chefe do Executivo.
Tudo isso acontece por que? Infelizmente, porque o vencedor da última disputa eleitoral foi aquele que menos propôs alguma coisa e que se construiu, exclusivamente, sobre a confusão e a discórdia*. O vitorioso foi aquele que menos sabia o que deveria ou o que queria fazer durante seu governo, tendo o menor entendimento da realidade e a menor visão a longo prazo dentre todos os candidatos viáveis, sendo seu plano de governo um mero conjunto de slides (!) onde, em mais da metade das páginas, eram só críticas e agressões ao PT, esquerda, Lula, PT, Dilma, esquerda, PT, esquerda, PT, PT, PT, Lula e PT, enquanto o restante do “documento” se limitava a chavões e “balas de prata” sem qualquer fundamento.
Agora, só nos resta torcer para que, nas próximas eleições (espero que ocorram), tenhamos mais candidatos com visão de longo prazo (devidamente embasada) e, principalmente, que um deles ganhe.
(* Para ser justo, é importante ressaltar que, em 2014, ambos os candidatos finalistas também mais buscavam votos com base na discórdia do que com base em propostas)
O General está certo de que o país não possui uma Grande Estratégia de unidade nacional, a qual o país, independente do governo, de forma REPUBLICANA, busque ao longo de seu mandato. As famosas “Política de Estado”. A avaliação dos governos, em seus mandatos, teria mais parâmetros sobre o quanto que se avançou nas metas e nos objetivos marcados dessa estratégia.
Ok. Mas, aí ele me vem… “Infelizmente, a partir de então – anos oitenta – não atentamos a que nós estávamos deixando fracionar (…)” e “A elaboração de um projeto de nação nos traz uma oportunidade para buscarmos sinergia entre todos que integram a sociedade brasileira e, colocando o interesse coletivo como referência (…)”.
Ou seja, como todo bom corporativismo do país, a falta dessa unidade nacional é SEMPRE dos outros, nunca de si própria, pois os “si próprios” são sempre “casos diferentes”. E dá-lhe privilégios jabuticabo-corporativos para Militares, Judiciários, Professores, Legislativos, Diplomatas, etc. etc. etc. e bota etc. nisso.
Entendo que primeiro deveriam dar o exemplo, sendo que o exemplo da corporação que eles “acham” que dão ao se olhar no espelho, está longe de ser uma unanimidade ao que os olham de fora.
Abraços.
Concordo com você e a maioria dos comentários anteriores: os militares devem permanecer nas funções que lhe foram dadas. Se tiverem de agir, terá que ser para proteger o país e os direitos do povo,conforme determinado pela constituição e não para tomarem o poder para si.
No entanto o general está certo quando afirma que não temos um projeto nacional. Os EUA são o que são porque sempre almejaram tornar-se fortes o suficiente para se proteger de possível dominação estrangeira, principalmente britânica.
A China está seguindo o mesmo objetivo, pois sofreu bastante no passado. É só comparar a China e o Brasil de 1950-60 com hoje e digam: quem estava com a razão?
Caro Regis. Algumas ditaduras tem um projeto nacional claro e definido, que infelizmente serve para reprimir a oposição e enriquecer grupos no poder. Outras democracias não têm um projeto nacional definido com clareza mas garantem o bem estar da sua população. O projeto nacional é algo que está em permanente construção e desconstrução. Não existe um plano. Ele é debatido e realinhado a cada eleição.
O Brasil é um país castigado pelo individualismo e a falta de educação, mas a China consegue praticar escravagismo legalizado, lá o ser humano é tratado como um recurso econômico utilizável, descaradamente. Então não serve como parâmetro para comparação com o Brasil.
Caro GFC. O “projeto” político certo é o que vence a eleição após amplo debate. Nenhuma instituição é capaz de propor um “projeto” de país que seja melhor que qualquer outro ou livre de equívocos. Eu separo o debate em três momentos. 1) ideológico (debate de ideias), 2. partidário (ou eleitoral, debate de propostas) 3) político (debate sobre decisões de governo). Uma proposta que vence uma eleição precisa sem seguida enfrentar o debate político pois mesmo um plano que vence uma eleição pode conter erros. O debate e a luta política é dura mas tem o papel de revisor da proposta partidária. É preciso legitimar o debate político e a luta política como um dos freios-contrapesos da democracia.
É aí que eu discordo MUITO de você. E é aí que temos dificuldade de nos unir como nação e vivemos nesse momento político fragmentado. Uma coisa é o projeto de Governo e esse vai ser submetido às eleições periódicas, outra coisa é o projeto de Estado. Dessa forma, a Estratégia, nosso projeto de Estado está MUITO ACIMA de programas de governo.
A Estratégia é quase como se fosse a Constituição – essa última que passou por um processo Constituinte paralelo ao governo do momento. Não interessa o governo que for eleito, ele TEM que se submeter à Estratégia, que está acima do governo eleito.
A Estratégia é a sua visão para daqui a 30 a 50 anos, logo, não cabe em 4 anos. O governo eleito vai trocar algumas peças, decidir alguns caminhos, mas as metas, os objetivos amplos e macros estão lá. Se não chegarmos, significa que fracassamos como Nação, como Estado. Mas se tivermos sucesso, significa que, olhando para trás, avançamos como país.
E nessa, limitando-se, por exemplo, à Geopolítica, somos visto como uma nação institucionalmente fraca, instável, sem segurança dos caminhos que toma. Não por acaso, ao invés de sermos “jogador” nesse jogo, somos a “bola”, sendo chutados de um lado pra outro. Bem… no momento atual está pior. Agora estamos sendo expulso de campo ou, pior, sendo gandula.
Abraços.
Olá GFC. Acho que você tocou em um importante aspecto. A CF88 foi elaborada a partir de uma ampla discussão nacional. Constituintes foram eleitos e durante anos, o país debateu os artigos, grupos se organizaram para defender pontos de vista divergentes. Foram firmados acordos. A CF88 é também um projeto de país democrático e solidário. Governos se sucedem mas dentro do amplo escopo democrático da CF88 (aliás, sou um defensor teimoso da CF88 porque é isso que se espera de um democrata). Esse projeto de nação é uma construção coletiva. Os consensos são obtidos pelo debate sincero. Nossa divergência é a essência do debate democrático. Nem eu sou posso fazer esse plano de nação para você, nem você pode faze-lo para mim. Mas poderemos fazer juntos aquilo que for consenso. Enquanto isso, continuaremos o debate sobre as divergência. A imposição de um modelo por um grupo será necessariamente excludente.
PERFEITO.
Mas é isso mesmo que se trata. Não é uma questão de impôr uma Estratégia de Nação, mas de debatê-la e definir. Volta lá no post sobre a participação dos militares no DEBATE, que trato justamente disso.
E os consensos, de forma republicana, existem. Não é consenso republicano, independente de ideologia (ao menos as não radicais) que educação pública deveria ser prioridade? E que em alguns anos, temos de ter uma meta “X” no PISA para educação básica, ou Y para a média? Seguir modelo de sucesso “A”, com pitadas de outro de sucesso “G”, tropicalizando aqui e ali. Dá pra achar consenso aí…
Que uma nação, cujo Estado não investe em Ciência e Tecnologia, não vai avançar muito? Mas como, quanto e em quais áreas de C&T vale a pena investir priorizadamente pelos próximos 20 ou 30 anos? Dá pra achar consensos!
Mas o que EU vejo é um debate não republicano, mas um debate entre “clãs” ou “tribais”, mas com nomes técnicos como “corporativistas” ou “partidarizados”. Isso gera um país institucionalmente fraco, populista, com discussões que já deviam estar superadas há mais de 50 anos! Aí, meu camarada, China, Coréia, Chile, que há 30 anos atrás eram quase nada, hoje voam à nossa frente.
Abraços.
Olá GFC. Novamente concordamos (mesmo discordando em outras coisas). Até a promulgação da CF88, o analfabetismo para as pessoas acima de 15 anos era de 20% no Brasil. Em 2004 era de 11% e em 2012 caiu para 8,7%. O país ainda tem um enorme desafio. Do outro lado, tem a questão da qualidade do ensino fundamental (público) e a necessidade de ampliar o ensino infantil. Por outro lado, já discutimos aqui que os índices de desigualdade social são um obstáculo (além de ser um imperativo ético reduzir as condições de desigualdade social). Estes são debates ideloógicos (ideias). O debate político (ações de governo também precisa ser feito em 3 níveis (municipal, estadual e federal).
Camargoer;
pois é! 32 anos de Constituição Federal e debates, amplos, defesas de pontos de vista recorrentes, acordos completos e irrestritos e o que obtivemos dessa falação toda? Educação em queda livre; saneamento básico, baixíssimo; carga tributária, enorme; desemprego, alarmante; atenção social precária para 20 milhões, com 38 milhões (ou mais) esquecidos – e a atenção social ainda não é um instituto; polo industrial, sucateado e em “queda livre”; segurança; solapada; saúde, amém! Meu, já não chega de debater, discutir e ficar com acordos? Já passou da hora de ficar falando, falando… e começar-se a FAZER! 32 é 50% a mais do que 21. Comecemos, pois
Caro Edson. Existem outros números. A expectativa de vida de 65 anos (1988) para 75 anos (2017). Em 1990 a taxa de analfabetismo (acima de 15 anos) era 19,7% e caiu para 6,8% (2019). Em todos os níveis de educação (infantil, fundamental, médio e superior) houve aumento no número de matrículas. Hoje há vagas no ensino fundamental e médio para todos (em 1988 faltava escola). Já apresentei aqui dados comparativos da carga tributária brasileira (33~35%) é a mesma da média dos países da OCDE (34%). Uma cosa são os números atuais (ruins) outra coisa eram os números em 1988 (péssimos). Eu sempre que posso comento a questão da violência urbana, principalmente do erro que foi manter a mesma estrutura de policias militares nos estados (uma das causas do fracasso das politicas de segurança). O SUS também é uma inovação instituída pela CF88 (antes dela, o serviço de saúde público era restrito aos que contribuíam para a previdência, hoje é universal). A CF88 ajudou a melhorar o país. Em todos os aspectos. Concordo que dá para fazer mais exatamente na direção apontada pela CF88.
Apenas concordo com a fala do General sobre a falta de uma estratégia para o desenvolvimento do país. Mas foi sendo criado ao longo de um curto período de tempo, no país, um sentimento contrário a tudo o que ele disse , em todos o setores e camadas da sociedade, por pessoas inescrpulosas e com interesses diversos contrários de uma nação que quer crescer em todos os sentidos. Nisto fez aflorar sentimentos não condizentes com o povo brasileiro: racismo, intolerância de variados tipos, homofobia generalizada, pessoas apoiando facistas, gente inescrupulosa, impunidade generalizada, dentre outros – coisas que não se viam no país há muito pouco tempo atrás.
Sim, estamos no fundo do poço, mas jogados nele por falta de lideranças políticas – não de agora , mas ao longo do tempo – que realmentre quisesse que o país desenvolvesse, mas apenas visando o seu desenvolvimento próprio.
Se quisermos sair do fundo do poço – não é uma fórmula pronta, mas pode ser pensado em um inicio – é uma reforma generalizada – social, politica, juridica, educacional, federativa, dentre outros – para começarmos a ver uma saída dele.
Mas nada disso vai dar certo se não houver uma mudança a partir da união da população brasileira em um objetivo maior do que enxergar o seu próprio umbigo sendo mais honesto consigo mesmo e com os outros, em ver a Nação como uma pátria não como uma moradia apenas e a valorizar, quando os governos passarem a trabalhar para a melhoria das condições da população e do país, quando passarmos a ter repeito de outros povos e deixarmos de ser a piada do mundo – o eterno gigante adormecido – , quando vermos a educação como investimento e não como gasto supérfluo, e quando passarmos a ver que politico não é um Deus e sim uma pessoa que foi escolhida para exercer a sua função em que concorreu a um cargo, quando os nossos juizes deixarem de achar que são os donos da razão – não todos, pois toda a regra tem a sua exceção – , e a população tiver ciência de tudo isso.
Mas acho que, infelizmente, não verei isso acontecer, mas ainda há esperança.
Pensamento próprio.
Abraço a todos.
Discurso mais antiquado impossível, não quero crer que seja este o pensamento majoritário dentro das forças armadas porque se for estamos perdidos…
Ele acha que o Brasil é como aquelas nações pré-industriais que ainda tinham a mentalidade de exploração cega dos seus recursos não renováveis como forma de crescimento, só se esquece que recursos naturais se esvaem e nos dias de hoje onde o capitalismo/globalismo ditam as regras, já não é possível transformar terra em ouro sem antes se sujeitar a rígidas leis internacionais ou então a embargos.
Hoje o que se deve buscar em termos de crescimento é a obtenção tecnológica através da educação porque é a única forma de crescimento sustentável e sem isso sequer podemos aproveitar nossos recursos renováveis.
Endividamento não é necessariamente ruim, tudo depende se vai dar retorno. Se for ver no que os militares gastaram, são coisas que são muito relevantes para a economia até hoje e acabam se pagando e dando lucro no final. Construíram usina nuclear, Itaipu e outras hidrelétricas que eram as maiores do mundo, ponte rio-niterói que movimenta a economia do rio, siderúrgicas e várias outras obras de infraestrutura. O fato é que o Brasil passou de 45º PIB do mundo para 10°, cresceu por vários anos em um ritmo como a China cresce hoje, só acho que vacilaram em insistir tanto em estatal, tinham que dar mais liberdade para o setor privado incluindo para empresas de outros países.
Hoje em dia endividam o país e o povo com impostos para manter um funcionalismo público inchado e com mais privilégios do que o normal, se dar bem no Brasil significa ser funcionário público, muita gente se forma e não quer nem saber em exercer a profissão, vai logo fazer concurso público. Isso não dá retorno nenhum e o Brasil corre o risco de entrar no mesmo caminho da Argentina que é viver em eterna crise.
Olá Smoking. O Brasil sempre esteve entre as 15 maiores economias do mundo, até mesmo no período colonial a riqueza de Portugal era gerada pela produção de açúcar e pelo tráfico de escravos. Eu concordo com você que a dívida em si é um valor neutro. Durante o período militar, o país precisou de recursos externos tanto para a construção de uma infraestrutura de dimensão continental quanto para garantir o abastecimento de petróleo. O problema da dívida brasileira estaria mais relacionada aos níveis de juros colocados pelo Bacen por décadas que mantiveram o país em altos níveis de desigualdade social. As críticas ao governo militar devem ser direcionadas á violência do Estado à perseguição política, além do fracasso nas políticas sociais para redução da desigualdade social.
O Brasil tem o mesmo problema econômico desde sempre: é a incapacidade de o Estado ser fiscalmente responsável. O que fez a década de 80 ser conhecida como “década perdida” foi a irresponsabilidade fiscal do governo militar que deixou uma dívida literalmente impagável (tanto que não pagamos: declaramos a moratória na década de 80); e o que fez a década de 2010 ter crescimento ainda pior do que a década de 80 foi, igualmente, a irresponsabilidade fiscal do Lula e da Dilma. E como a pandemia explodiu qualquer esperança de o governo conseguir controlar a dívida pública, a tendência do Brasil é piorar em todos os indicadores, especialmente o de desigualdade econômica.
Caro Jacinto. Discordo. A crise da dívida na década de 80 ocorreu em quase todos os países periféricos, independente se o pais vinha de um regime político mais autoritário ou menos autoritário. O Brasil era totalmente dependente da importação de petróleo na década de 70. Com as crises do petróleo, o país precisava financiar suas compras de petróleo quando o preço do barril e os juros internacionais estavam em alta. Era a dívida ou o país parava pela falta de petróleo (lembrando que houve intenso racionamento de combustível). Há um fato interessante que o Iraque (Saddan) forneceu muito petróleo ao Brasil a crédito sem juros e as importações de carros e armas estavam no contexto de equilibrar a balança de pagamentos entre os países (então é bom pensar antes de falar mal dos ditadores sanguinários). Toda economia tem períodos de expansão e contração (típica do capitalismo). A FGV faz um acompanhamento destes períodos. É falsa a ideia que durante os governos do PT houve desequilíbrio fiscal. A carga tributária foi mantida nos mesmos patamares do PIB, a inflação foi controlada e uma taxa de crescimento médio do PIB acima de 3%. Inclusive o fato do governo ter acumulado mais de US$ 350 bilhões de reservas mostra um panorama de economia saudável. Em 2014 o país entrou em um período de recessão (dentro do ciclo capitalista) que deveria durar dois ou três anos, apresentando uma recuperação a partir de 2016 e para atingir um pico em 2018. Esta recuperação foi prejudicada pela crise política pelo afastamento da Dilma e pela queda da atividade econômica devido a paralisia das empresas envolvidas na LavaJato. Há um relatório da FIESP (não confundir FIEsP com o Forum de SP) que estima uma perda em 2015 de R$ 150 bilhões apenas devido as ações da LavaJato. É preciso analisar os últimos 5 ou 6 anos com cautela e sem viés para tentar entender o que aconteceu. Eu tento, mas ainda acho muito difícil entender o período. Duvido que alguém consiga por enquanto.
Camargoer,
A FGV já faz um tempo, não é mais o que costumava ser. Lá tem professor que diz ter pos-doutorado, mas que se for ver direito, não tem o pos-doutorado, sequer concluiu o doutorado e o mestrado tem trechos plagiados. E não foi só o Decotelli quem agiu de forma lamentável neste episódio. A FGV também agiu muito mal ao negar que ele seja professor lá quando ele é. O que acontece é que a FGV descobriu uma mina de ouro: os alunos formados em faculdades de segunda linha e que querem “consertar” o currículo com uma pós-graduação ali e estão dispostos a pagar muito bem por um diploma. A FGV criou então um monte de cursos em que a excelência acadêmica, para eufemizar, não é a prioridade; e para estes cursos, contratou professores para os quais, para eufemizar de novo, a excelência acadêmica também não é prioridade. Foi como um match do tinder.
Se você acompanhar em um gráfico os dados sobre receitas e despesas primárias do Governo Federal você vai ver que de 1997 até 2010 elas formam uma linha quase paralela (gastos e despesas equilibrados). Em 2010, contudo, este gráfico começa a se alterar e as receitas começam a diminuir e as despesas começam a crescer. Estas linhas se cruzam em 2014 e as despesas superam as receitas. Como existe latência entre decisões governamentais e seus resultados econômicos, as decisões alteraram as curvas em 2010 foram tomadas em 2009 e 2008, no lastro da crise de 2008. Por isso, dizer que de 2008 a 2015 a economia estava saudável é como dizer que um paciente que tem um câncer mas não tem sintoma está saudável; não está saudável, ele já está doente, mas a doença ainda não apresentou os seus sintomas mais graves. A semente da crise dos anos 2010´s está na reação do governo brasileiro à crise de 2008.
E dizer que o que ocorreu no Brasil em 1985 e em 2015 foram os resultados da natureza cíclica do capitalismo é outra coisa difícil de engulir. O capitalismo realmente tem ciclos, e ao final dos ciclos existem recessões. Veja, por exemplo, a economia dos EUA: eles têm pelo menos uma recessão por década, às vezes duas, mas por pior que seja a recessão eles se recuperam em relativamente pouco tempo. Isso é cíclico. O que houve no Brasil na década de 80 e na década de 2010 não foram recessões cíclicas: foram depressões econômicas que duraram anos (não é à toa que chamamos de décadas perdidas) e depressões econômicas não são cíclicas, são o resultado de erros graves na condução da política econômica.
Agora, se você realmente se esforça para entender o que fez a economia brasileira entrar em depressão nos anos 2010´s é necessário que você entenda como funciona o orçamento da União Federal (o que não é tarefa fácil. É um processo econômico, político e jurídico que se for habilmente manejado é capaz de dissimular a realidade).
Camargoer;
qual seria o fracasso nas políticas sociais, para a redução da desigualdade social a que você se refere?
“A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi fundada em 1968 e foi a primeira instituição federal de Ensino Superior instalada no interior do Estado de São Paulo. A Universidade se destaca pelo alto nível de qualificação de seu corpo docente: 99,8% são doutores ou mestres e 95,8% dos professores desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime de dedicação exclusiva.”
Concordo com sua análise sobre o acêrto dos governos militares ao investir em infra-estrutura (usinas, siderúrgicas, estradas, portos, aeroportos, etc), mas faltou a sensibilidade de criar um cenário de investimento privado e estrangeiro no país, devido ao “vício” do nacionalismo doentio dos nossos militares.
Vício esse que infelizmente ainda perdura e é tema central do discurso desse Ciro Gomes, um cretino que se acha a reencarnação de Vargas e seu nacionalismo de patriotada.
Infelizmente, acho nossa prática política bastante limitada, o que sempre nos fará repetir ciclos e êrros antigos com novos nomes.
Discordo. Os militares deixaram um legado de estatização na economia que nos persegue até hoje. As “tais obras dos militares” resultaram numa dívida externa quase inadministrável, que estrangulou nossa economia por décadas, além do atraso tecnológico com as tais “reservas de mercado”. Com certeza não foram “bons empréstimos”. Durante a ditadura militar havia corrupção, má utilização do dinheiro público e nepotismo, o problema é que não sabíamos, por causa da censura. Os militares brasileiros sempre conspiraram e sempre foram golpistas ou estiveram ao lado destes. A Proclamação da República foi o primeiro golpe militar no Brasil. No atual governo, que se orgulha do “apoio dos militares”, não tiveram o menor pudor em pegar uma “boquinha” assumindo centenas ou talvez milhares de cargos civis. Pior, foi apoiarem um ex-tenente expulso do Exército por planejar ato terrorista. Esse sujeito conseguiu depois no STM passar para a reserva como capitão com apenas 33 anos. Projeto nacional, sugerido por esse general, só vai existir quando soubermos diferenciar políticas de estado de políticas de governos, pois não existe governo 100% bom nem 100% ruim. Por fim, continuo com Churchill: “democracia é a pior forma de governo com excessão de todas as demais”.
Em matéria de infraestrutura, os governos militares do BR sempre foram muito bem, inclusive no atual governo o ministro que melhor se destaca junto do da Economia é o Ministro da Infraestrutura, que se não me engano é Capitão no EB.
O problema é que esse não deveria ser o foco do EB e sim da iniciativa privada,o foco do EB deveria ser ter um projeto sólido de defesa do território nacional. Até é louvavel o ótimo trabalho do ministro da infraestrutura,mas esse não deveria ser o foco de uma força tão deficitária.
O problema é que governo não cria dinheiro, logo o endividamento do governo é sim prejudicial. Mais dinheiro emprestado para o governo é menos dinheiro na mão do empreendedor. Na época que você citou só se ouvia falar de grandes obras do governo mesmo, por que todo o crédito era direcionado para ele.
Concordo, Gel., mas não será dando apoio a líderes irresponsáveis e lenientes, quando não submissos às vontades de potências estrangeiras, que construimos um projeto nacional.
Bingo!!!
Como diz o ditado: ‘Nada é tão ruim que não possa piorar.’
Sem dúvida.
Este último acontecimento, referente a um assessor presidencial gerenciando várias contas fake dentro do próprio Palácio do Planalto em horário de trabalho, nos mostra que nossa classe política não tem limites.
Um governo que poderia trazer melhoras devido a bons técnicos integrados a setores chaves da máquina pública, está mostrando que o ponto fraco está na própria liderança.
E o pior, acham-se no direito de poder fazer isso em nome de uma ‘liberdade de expressão’.
Como estão dizendo por aí, eleger-se com base em fake news é fácil, mas governar é impossível.
Está aí a situação em que o País se encontra.
E pensar que tinha um tal de alexandre Silva que garantia que o livro branco das FFAA eram a solução de tudo e que por isso eram superiores a todas as outras forças da região… Será que ele vai ler está matéria?
Daí um bom nome para 2022
Em 2022 caro Rodrigo Ferreira, esse senhor já estará morto ou mais incapacitado ainda…
Eleger um candidato com pé na cova para quê?!
O General Villas Bôas está literalmente esclerosado. Ele sofre de uma forma particularmente triste de esclerose que causa a morte de certos tipos de neurônios.
Discurso é bonito: “carecemos de um projeto nacional que nos possibilite ter um olhar em direção ao interesse comum, capaz de nos livrar da prevalência do individualismo, do imediatismo e dos interesses grupais ou corporativos.”
E se olharmos a tragédia que o atual governo é na área da educação, que é o caminho fundamental para atingir esse fim do discurso acima, até que o discurso cola, mas como já disseram antes, sempre que as pessoas se metem onde não é sua área acontecem situações desagradáveis, manifestações equivocadas, cada macaco no seu galho diz o velho ditado.
Quem, eu? Obrigado pelo apoio, aí você vai ver isso aqui andar de verdade ?
Caro Observador. Cada coisa em seu lugar. A crise da dívida nos anos 80 foi bem mais ampla é decorreu da crise do petróleo na década de 70 e da alta dos juros. O país precisava de recursos tanto para a construção de uma ampla infraestrutura (Itaipu, Ilha Solteira, linhas de transmissão, telefonia por microondas, etc) quando para adquirir petróleo (cuja produção nacional nas décadas de 70 e 80 eram baixas). Além do Brasil, muitos países passaram pela crise da dívida, que culminou com o Consenso de Washington como política econômica recomendada pelas instituições internacionais (BID, Banco Mundial, FMI, etc). Então é preciso avaliar com cuidado essa questão do endividamento do país. Outra coisa foi um amplo processo de concentração de renda e de ampliação da desigualdade social ao longo das décadas de 60, 70 e 80 (êxodo rural, favelização das metrópoles, violência urbana, etc); Há um equívoco na avaliação do general sobre um “desvio” devido “mecanismos mentais”. Desde a promulgação da CF88, o país vem exercendo a soberania popular sistematicamente por meio de eleições. Algumas ideias tiram amplo apoio e venceram as eleições, outras ideias foram rejeitadas e perderam as eleições. É um erro achar que existe um caminho único e previamente traçado para um país. Esse projeto de país se faz passo a passo por meio de amplo debate e eleições períódicas.
Olá Observador. Talvez o país nunca tenha essa “nova geração” porque cada nova pessoa que nasce irá crescer em um ambiente, dentro de um cotexto. Por outro lado, a história é aberta. Corruptos existem em todos os locais (no governo, no comércio, alguns cunhados..). Nenhum regime será capaz de purificar uma geração. Contudo, o sistema de justiça de uma sociedade deve servir para aplicar a justiça. Tenho a impressão que não existe choque suficiente para purificar uma nação. Países perderem guerras, passaram por catástrofes, revoluções. Há uma tradição cultural que percola as sucessivas gerações. Nem é verdade que um país caminha necessariamente para o sucesso nem é verdade que um país esta condenado a permanecer no fracasso. Em outros momentos, aqui na trilogia, defendi que acredito (por convicção humanista) que apenas a vida é um direito inalienável da pessoa e o Estado Democrático de Direito é o único regime capaz de garantir esse direito. Alguns colegas perguntam qual seria um projeto de nação. Creio que um país que se conseguirmos um país que garanta amplo bem-estar para todos e acesso ás oportunidades sem que isso dependa de onde a pessoa tenha nascido, já teremos atingido um dos objetivos de uma sociedade democrática. Temo que uma minoria prefira um projeto nacional no qual toda a riqueza e bem estar fique restrito a poucos (há cinco séculos o Brasil está preso a este modelo excludente).
Caro observador e Camaergoer, compartilho do ponto de vista dos senhores. Já fomos governados por imperadores, militares, esquerdistas, direitistas e até mesmo um centro a direita. Mas ainda estamos patinando. Nossa atual constituição tem lá seus 30anos, e a impressão que tenho é que a mesma foi escrita dando muitos privilégios aos nossos 4 poderes (legislativo, judiciário, executivo e forças armadas), tudo isso para ninguém ficar enciumado com o outro ainda mais o que estava saindo que no caso eram os militares. A coisa mais difícil é processar um politico devido a seu foro privilegiado, e se um juiz for afastado ele é aposentado compulsoriamente com todas as regalias e salários, isso sem mencionar o nosso próprio sistema politico de governo por coalisão, propicio a venda de congressistas. Logo acredito que o que precisamos é de uma reforma em nossa constituição, com vantagens aos nossos políticos semelhantemente a países nórdicos. E acredito que deveríamos ter apenas 3 partidos políticos como direita, esquerda e centro e os independentes sem partido. Mas sem duvida alguma em solo podre qualquer boa semente que se semeia logo seu trabalho é perdido e ela morrerá, só sobrará ervas daninhas. Precisamos de uma nova constituição.
Olá Oseias. A idade de uma constituição não importa. Neste momento, é mais importante garantir o cumprimento da CF88 do que pensar em convocar uma assembleia constituinte. O país está passando por uma profunda crise (política, econômica e agora sanitária). A questão do foro para políticos é parte fundamental de um arranjo democrático porque um juiz de primeira instância não pode processar um presidente em exercício. É uma segurança institucional. O fato de um senador, deputado, presidente ou ministro só poder ser processado no Supremo não é garantia de impunidade (um juíz de comarca não tem mais isenção do que um colegiado de instância superior). Aliás, o fato de uma autoridade ter foro especial retira dela a possibilidade de recorrer a uma instância superior. Precisamo cumprir a atual constituição.
Em anotação, sou contra o foro privilegiado, mas é óbvio que o instrumento existe pois não há confiança na Divindade da instituição jurídica. Ela cabe aos comuns mas não cabe aos políticos…
De um lado a instituição Não quer perder sua onipotência, de outro, os politicos não querem ser julgados, então comungam aspirações que se relacionam
Mesmo com erros os militares que tinham um projeto de país, sumiram junto com o regime dos anos 60/70. O que temos hoje, Neste ponto nevrálgico é muito difícil de comparar.
Eduardo Villas Bôas chegou a essa conclusão sozinho ou pediu ajuda aos recrutas para entender o obvio?
Não querendo ofender mas o que é um projecto nacional do ponto de vista de um general ou até mesmo de um cidadão brasileiro?
Os EUA são grandes porque são uma democracia liberal e o seu poderio económico e militar provém da sua sociedade, a China terá o seu crescimento derivado de outros motivos como a exploração dos trabalhadores e etc.., a Rússia não é exemplo para ninguém.. O que sobra?
Ter um directório em Brasília que define o que é um projecto nacional?
Deixem a democracia liberal e o que a define funcionar (justiça, política, social, educação..).
Ola Hcosta. Você está certo. O projeto nacional é uma construção coletiva, validado a cada nova eleição, corrigido pelo debate político dentro do congresso. A democracia é um processo, no qual as ideias são discutidas, debatidas, propostas são colocadas e reformuladas.
Como se explora um trabalhador sem leis trabalhistas? Achei que negociar com o patrão era liberdade, atualizaram o conceito de escravidão foi?
Historicamente, o Exército sempre foi o indutor e tutor das maiores mudanças políticas na nossa história. Do positivismo de Constant até o salvacionismo de Castelo Branco, passando pelo tenentismo de Siqueira Campos e Eduardo Gomes, o nosso teatro político sempre foi interpretado e dirigido pelo estamento militar.
Até o nosso maior dissenso político veio pela mão de Prestes, um militar amotinado que adotou o bolchevismo nos anos 20 como bandeira de luta.
Outro ponto histórico é que desde Colônia e Império, a sociedade brasileira sempre seguiu a reboque do Estado, sempre adulada por benesses a elites atrasadas e muito nacionalismo de fancaria para as massas.
Nobreza comercial do Império, barões do café, coronéis do algodão e do charque, importadores e empreiteiros do Estado Novo, banqueiros pós-64, todos foram criados e cevados na sombra do Estado-Grande-Pai e dos seus ajudantes de ordem fardados. Oligarcas e generais sempre comeram na mesma mesa.
(Oliveira Lima e Joaquim Nabuco já advertiam no século passado sobre esse vício marôto de nossas elites industriais e agrárias, mais preocupadas em importar modelos exóticos do que estabelecer uma “prática” com identidade própria).
Enfim, não vamos deitar falação e citar ciclos, nomes e outros aspectos da evolução econômica do país, mas é forçoso aceitar que a sociedade brasileira sempre foi embalada num sonho de grande potência… para poucos!
Qual é a nossa real História? O que construímos? Qual vocabulário criamos?
Somos, portanto, vítimas desse tipo de vontade difusa e cinzenta de nação, perdidos num delírio de grandeza que nunca se resolve, pôsto que é apenas…um delírio.
O que o general quis dizer é que o Brasil é uma canoa onde cada um rema para um lado. Nas últimas décadas os melhores remadores foram os petistas, que destruíram economicamente a Nação, formaram uma geração de estudantes idiotizados e emburrecidos, que serão um eterno peso para a sociedade, sociedade esta dividida onde cada lado quer o extermínio total do outro. E para complicar mais ainda, o atual mandatário, ao invés de assumir um papel de pacificação e de união, é o primeiro a querer aumentar ainda mais o fosso que separa os cidadãos.
Caminhamos a passos largos para a concretização da profecia do presidente Figueiredo. A solução para o Brasil será a guerra civil.
Qdo vc esta gripado, seu organismo mata o virus ou pacifica e vive de bem com ele? Responda isso e ja vera o tipo de bobagem que vc falou.
Desculpe Pedro, mas não entendi o questionamento. Seria sobre qual item do que eu escrevi?
Nao sei Pedro. Mas se eu tiver corona, tomar cloroquina com os estudos dizendo que aumenta a chance de morte, eu não vou rsrs. Muito menos eu seria um presidente que vetaria máscaras pra geral pegar mais rápido, entupir os leitos e morrer mais. Mortes são menos pagadores de impostos, o atual presidente não pensa nem na economia. No futuro quando a população estiver mais lúcida toda a família dele vai pagar, serão taxados de genocidas.
Estranho que enquanto a esquerda roubava, pilhava e destruia por 35 anos o Brasil, os militares nao deram um pio! Bastou o povo dizer nao a esquerda, arranca-la pelo menos do executivo e começarmos a fazer o país ir para frente, agora eles voltam com a mesma bobagem dos anos 60: Positivismo, Plano de Naçao e outras bobagens que vieram da cabeça de gente miuda do Seculo XIX e ainda eles acreditam piamente.
Trazudindo o que ele quer, é estatal e mais estatal, gasto publico em cima de gasto publico para que oligarca tenha dinheiro fácil assim como general da reserva seja indicado para conselho deliberativo ou diretoria com altissimos salarios e privilegios.
Ao contrario do que alguns falaram ai, os EUA nunca tiveram um “plano de naçao” que nao fosse a defesa da liberdade e o estado reduzido. Enquanto assim estiveram despontaram para a liderança do mundo. A partir dos anos 90 qdo começaram a substituir isso por “autopiedade” e quererem lacrar, entraram em queda.
Pura Verdade. Devemos inclusive fazer constar em tal projeto que o torne lei claro, a vedação da promoção de novos oficiais para evitar um exército de 5 estrelas, bem como, a farra de pensões e aumentos em plena pandemia do COVID-19. O Problema não é só o judiciário…
Ponto 1: “Em outras palavras, carecemos de um projeto nacional que nos possibilite ter um olhar em direção ao interesse comum, capaz de nos livrar da prevalência do individualismo, do imediatismo e dos interesses grupais ou corporativos.” Concordo com esse trecho, falta um projeto nacional mesmo, falta um projeto de Estado, falta planejamento de longo prazo.
Ponto 2, mais extenso: A visão do exército sobre a miscigenação racial é tosca demais. É uma manipulação tão tosca, tenta empurrar goela abaixo a ideia de “democracia racial” pra encaixar naquela bizarrice da nacionalidade brasileira começar em Guararapes…
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Eu respeito a memória institucional que o EB cria internamente. Mas quando isso vem pra “dialogar” com a sociedade civil não agrega nada. É muito, mas muito distante do que é produzido em nível acadêmico e científico nas ciências sociais e humanas brasileiras. É forçar muito a barra.
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Aí fica o problema, me parece que a sociedade brasileira, nada homogênea e cheia de contradições, precisa dar voz a todos e criar planejamento que tire todas vozes e identidades do buraco ao mesmo tempo. Mas o discurso de nacionalismo do EB, se presta mais a ocultar as dinâmicas de opressão racial do que resolver o problema.
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Nesse sentido, é só mais um elemento que nos faz ficar nesse ciclo vicioso… Precisamos parar de jogar a sujeira pra baixo do tapete, precisamos de reformas profundas.
Prezados, esse espaço é um micro universo de nossa própria população, mas com uma pequena vantagem, nosso pessoal tem um pouco mais de instrução do que a maioria de nossa população. Aqui tem os que defende um sistema mais liberal direitistas e uns o sistema comunistas, mas o que todos tem em comum é o sentimento de mudança. Como aqui é um fórum militar nada mais justo que mencionar “dividir para conquistar”. Vocês já se perguntaram como é ótimo para as outras nações essa fragmentação em nosso país? Pois se estivermos desunidos não iremos ultrapassa-los. É ótimo que tenhamos uma nação cheia de diversidade de raças, crenças e opiniões politicas, pois na diversidade encontramos diversa soluções. No sistema democrático te tempos em tempos podemos expor nossas opiniões, quando a maioria chega a um senso comum, todos se unem ao projeto vencedor e uma oposição centrada realiza a fiscalização e apoio ao governo atual, esse é apenas um breve e simplificado resumo do que deveria acontecer. Mas a pergunta é: Porque não conseguimos nos unir em prol de nosso país? Porque não respeitamos a decisão das urnas? Porque temos que realizar impeachment? Será que a culpa disso tudo não seria nosso próprio sistema politico vantajoso a classe dos três poderes? Como pode alguém que não entende o sistema politico, não sabe para que serve um senador ou deputado, e desconhece os três poderes a votar? Esse voto é mesmo democrático?
Amigos se aqui nesse espaço há discussões mas pouco entendimento com todo conteúdo acadêmico de vocês, imagine nas ruas onde hoje impera o supletivo do Cebeja (e olha lá).
Todos queremos mudanças, não chegou o momento de nos unir e exigir mudanças em nosso sistema politico e realizar uma grande reforma?
Não adianta prepara a terra, e não plantar, pois logo as ervas daninhas tomarão conta do lugar, e não é só semear tem que cuida, olhar, fiscalizar, defender de invasores e ladrões, só assim o fruto cresce.
Não é culpa do Lula, da Dilma do Temer, do Bolsonaro. A culpa é nossa que de inicio acreditamos neles, mas não fiscalizamos e ainda apostamos em um sistema politico falido. Se queremos mudança, mudamos primeiro a nós para depois os outros.
Caro Oseias. Concordo com algumas coisas e discordo de outras. Por exemplo, além do embate entre capitalistas e socialistas (acho que não temos nenhum comunista na platéia mas vários socialistas) há um debate mais sombrio entre democratas e não-democratas. Em todas as democracias existe um embate de ideias, de propostas e de ações. Pode ser cansativo e aparentemente ineficiente, mas geralmente são os regimes não-democráticos que prometem soluções eficientes na economia, mas que geralmente são apenas subterfúgios para beneficiar uma classe dominante. Democracia é diversidade e discussão. Acho que precisamos voltar a discutir os erros e abusos cometidos nos últimos anos que levaram o país ao caos político. Além disso, é preciso discutir com serenidade mas rigor os erros do atua governo que têm agravado uma situação de crise.
Como eu disse, que saudades dos militares da década de 80!
Esses sim tinham um projeto de nação.
Os de hoje tem projeto de Pensão e importação.
Mas me malharam quando escrevi isso aqui, vamos ver agora!
O Brasil vive esse descompasso pois tem uma casta que vive em um arcabolso de privilégio assegurado por foro privilegiado e um judiciário aliado a oligarquia .
“Daí um bom nome para 2022”.
[ Rodrigo Martins Ferreira ].
Em 2022 caro Rodrigo Ferreira, esse senhor já estará morto ou mais incapacitado ainda…
Eleger um candidato com pé na cova para quê?!
Ao povo
Somos educados em escolas públicas que não nos dá condições de nós tornamos cidadãos em plenitude da palavra.
Não temos civismo, não entendemos de de legislação, não entendemos nossa sociedade, não entendemos nosso cotidiano politico, e não temos o sentimento de amor a pátria.
Então como uma sabotagem nossa formação foi continuamente reformada nos tornamos cidadãos manipulados pela falta de uma educação de qualidade.
Nossos professores em sua maioria não merecem este título pois não conhecem as matérias que lecionam, não seguem o cronograma pedagógico, não seguem nem o livro texto da matéria, não tem a capacidade de cativar os alunos e tornar agradável e desafiador os estudos.
Um projeto de nação passa necessariamente pela formação de professores de qualidade, currículo escolar de qualidade, matérias que formem cidadãos.
Mais isso é possível se acabarmos com boa parte dos quase 70 mil políticos eleitos. acabar com os privilégios dos 11,5 milhões de agentes públicos, todos devem ter um salário bom e baseado no salário mínimo, e sem nenhum benefício ou ajuda, sem horas extras, assim viverá apenas com o salário ou vai para o mercado de trabalho.
Estabelecer regras que o governo não pode gastar mais que 1% do PIB em salários.
E que todas as carreiras públicas sejam reformadas para evitar cargos cabide emprego.
Todos com as mesmas regras de aposentadoria dos trabalhadores CLT.
Exceto bombeiro, polícia, militares.
E seja terceirizado o máximo de funções, e que a tecnologia digital elimine milhões de cargos desnecessário.
Tem assim dinheiro para o que realmente importa educação.
Com 50 anos de trabalho duro poderemos ver algum resultado, então almejar voos melhores.
Esta geração está perdida a próxima também mas o indivíduo que irá nascer em 2030 poderá receber um país melhor para viver e se desenvolver.
Basta planejamento e união do povo.
Educação gera riqueza, saúde, emprego, dignidade, educação gera um cidadão.
Na economia o governo deve fazer pesados investimentos para gerar emprego no país, desenvolvimento.
Se o governo investir em obras faraônicas por todo o Brasil irá fomentar o aquecimento da economia.
Se o governo fazer pesados investimentos no setor de defesa irá gera riqueza desde que a produção seja aqui no Brasil.
Basta construir rodovias, usinas de energia ( de vários tipos), casas populares, ferrovias, portos, aeroportos, hospitais, escolas e centros de pesquisa.
No setor militar reconstruir todas as instalações militares do Brasil atualizando elas pois certamente suas estruturas são ultrapassadas, construir com o máximo de tecnologia nacional, navios, caças, tanques, foguetes, concluir todos os projetos em andamento e fomentar as pesquisas nacionais militares.
Gerará milhões de empregos e fará a economia aquecer.
Instituir a pena de morte ou perpétua por peculato, corrupção ativa e passiva agentes públicos, desvios de dinheiro público, estupro, latrocínio.
Saúde investir pesadamente na medicina preventiva, evitando os custos com tratamento.
Saneamento básico, erradicar moradias irregulares e ocupações irregulares, levando dignidade construindo bairros planejados de prédios de habilitação popular.
Meio ambiente, seguir cada cano de esgoto que jorra dejetos nos rios direcionar os esgotos para estações de tratamento e multar os responsáveis.
Fiscalização da mata ciliar e incentivar escolas para o reflorestamento destas áreas assim as crianças irá desde pequena entender a importância da mata ciliar
Leis rever a ocupação de solo brasileiro por agentes estrangeiros garantindo a segurança nacional. Rever todas as marcações de terra para reservas, visando o equilíbrio ecológico e econômico do país.
Instituir leis que garanta que nenhum governo saia dos trilhos do projeto de nação que só pode ser revisto a cada 50 anos, onde será traçadas novas metas e novas leis.
O único que deve ter foro previgiliado é o presidente e os 27 governadores.
O restante é justiça comum.
Caro Renan. Coisas para se pensar. A chance de um jovem filho de pais com nível fundamental incompleto concluir o nível superior é menor que 5%. Essa mesma chance para o filho de pais com nível superior completo é de 75%. Há um conceito chamado “aprendizado afetivo” que ocorre com a criança durante sua primeira infância. Por exemplo, uma criança que vê os pais comendo alface irá adquirir o hábito de comer alface. Uma criança que vê os pais lendo um livro, irá adquirir o hábito de ler. Uma criança que vê os pais falando sobre a importância da ciência, pedindo “por favor”, dizendo “obrigado”, a criança irá adquirir estes valores. Se os pais separam o lixo reciclável, estacionam em vaga para cadeirantes ou idosos (etc), as crianças irão adquirir estes valores (podem até mudar mas vai precisar se esforçar para isso). Portanto, um dos problemas do país é o ciclo de pobreza que se repete geração após geração. De um lado uma maioria convivendo com problemas estruturais de saúde, educação e subemprego, do outro uma minoria com acesso a todos os serviços fundamentais para o bem-estar social. O desafio é romper esse ciclo de pobreza.
Concordo plenamente caro Camaergoer
Mas acredito que 70% dos lares do Brasil não tem este nível de educação dos pais na parte de ler livros, bom dia, com licença, comer um alface, apenas poucos tem nível superior no Brasil, então cabe a escola formar uma geração diferente, mas para isso será necessário uma formação efetiva de professores, voltar a grade com sociologia, filosofia, civismo incentivar o intendimento da pátria e da comunidade local, educação religioso ( não lecionar uma religião e sim explicar religiões diferentes para incentivar a tolerância e diminuir os preconceito, tem que ter matéria de direito, explicando algumas leis que todos devem conhecer ( direitos e deveres), aula de política para que nossa história política seja colocada a limpo e todos compreenda como um vereador, prefeito, governador, presidente, deputado, senador trabalha, quais as obrigações de cada um, como um cidadão pode fiscalizar cada um.
Enfim temos um trabalho Herculano para ser realizado, e só será possível através do esforço de cada um tornando a união e o trabalho de milhões em um país melhor.
Olá Renan. Uma das discussões recentes é sobre o conteúdo. A escola brasileira sempre teve currículos enormes. Muito conteúdo. Com a facilidade de acesso á informação, o foco parece ser nas habilidades. Desenvolver a habilidade, porque o conteúdo o aluno vai encontrar. O problema da maioria da população adulta ainda ter apenas ensino fundamental, muitas vezes incompleto, afeta diretamente as chances de seus filhos ultrapassarem a escolaridade dos pais. Esse problema acontece também nos EUA. A maior taxa de abandono na universidade (acho que no College também) são dos estudantes cujos pais não tem nível superior. Eu lembro aqui de um debate inútil sobre Paulo Freire, enquanto que o problema é anterior á alfabetização.
“O que nos falta para que se produza uma mobilização da vontade e das capacidades no sentido de soberanamente os utilizemos atendendo prioritariamente às necessidades do nosso povo?”
Se vocês pararem de enfrentar o Presidente da República e de criar problemas no COLOG, já estarão fazendo um grande serviço a nação.
Sério General?!? Não me diga… Só o senhor enxergou isso agora?!?
Incrível.
Esse pensamento sempre esteve em mente dos grandes planejadores, quando falha um grande plano de “Projeto Nacional”, a culpa sempre é de outrem, eu já vi e vivi as grandes maravilhas desses grandes planos nacionais passando pelo Brasil até a URSS e todos eles falharam.
Eu acredito que um país forte fornece a estrutura, mas o ingrediente mais importante são as pessoas empreendedoras que criam a riqueza e não uma grande empresa ou uma empresa estatal. Alguns países certamente são abençoados com pessoas que trabalham duro e isso fez deles uma grande nação, cada cidadão trabalha para proveito próprio, mas que contribui para o desenvolvimento nacional, e isso vale também para os trabalhos mais humildes e a ideia de que existe dignidade em tal ofício.
Alguns podem não concordar, outros podem desdenhar, mas o planejamento econômico chinês é diferente do planejamento soviético. Os soviéticos tentaram planejar de tudo até os mínimos detalhes e o resultado foi um desastre como todos sabem. O que a China faz de maneira soberba é planejar no nível macro, isto é, definir metas e direções para os setores e a economia como um todo, mas permitem que as forças de mercado calculem a alocação de recursos em nível micro e eliminem os atores econômicos ineficazes através da competição.
A própria China permite que sua população contribua para a nação operando sob um ambiente competitivo e portanto individualista, mas que de certa forma engrandece o país, vários exemplos de empreendedores dão crédito a esse argumento. Um desses exemplos foi Yuan Longping que criou o arroz híbrido, fornecendo uma capacidade de fornecer o alimento em áreas com grande risco de fome, conseguiu a façanha de aumentar a produção de 2 toneladas por hectare para 18 toneladas por hectare, certamente esse sujeito salvou muitas vidas e inclusive vidas de seus compatriotas.
Obs: Yuan Longping nunca teve ajuda de uma Embrapa “chinesa” para lhe oferecer recursos para projetos na área.
Libertem as algemas e amarras dos brasileiros e em 30 anos nos tornaremos um EUA.
Olá Matheus. Eu concordo com você que as experiência á direita e á esquerda de unificar o pais em torno de um projeto de país sempre vai ter o inconveniente do que fazer com os dissidentes (ame-o ou deixe-o não é a solução, nem campos de reeducação ou seja lá o que for). Contudo, discordo da solução liberal clássica ou da versão anos 80 que “a ambição é boa
Imagina. Afinal, o que seria de nós sem o Estado? Estaríamos todos sendo escravizados pelos inescrupulosos capitalistas egoístas.
Deixa eu lhe contar algumas histórias que irá lhe responder o seu comentário logo abaixo do Cidadão:
Sabe quem achou petróleo no Brasil? Adivinha: Não foi o Estado. Foi o empreendedor Guilherme Guinle na Bahia. O mesmo usou capital próprio para prospectar poços de petróleo na Bahia em Lobato, o primeiro poço descoberto no país, 20 anos antes da Petrobrás ser criada.
Sabe o que o seu pai Vargas fez assim que Guinle descobriu o poço? Nacionalizou.
Vários poços com capital privado foram perfurados antes da Petrobrás ser criada, e muitos campos de petróleo com ampla capacidade de exploração comercial.
Conforme a história nos mostra, Vargas nacionalizou os poços e criou a Petrobrás garantindo o monopólio do setor para a empresa estatal.
Foi o empreendedor privado quem descobriu petróleo e certamente exploraria se Vargas não tivesse nacionalizado tudo.
Seu argumento em meu ponto de vista não é válido.
Ao próximo:
Sabe quem criou a primeira refinaria no Brasil? Adivinha: Não foi o Estado. Foram dois empreendedores gaúchos Eustáquio Ormazabal e João Francisco Tellechea, com os comerciantes argentinos Raul Aguiar e Manuel Morales.
O que essas pessoas fizeram foi algo surpreendente no Brasil. Criaram a primeira refinaria no Brasil com capital próprio duas décadas antes da Petrobrás ser criada. Aliás, mesmo após a criação da Petrobrás e a nacionalização, essa empresa se manteve atuando no país sob gerência privada, só foi incorporada pela estatal em 1970.
Como todos sabem, a partir de 1953 por lei, não seria mais possível abrir uma refinaria privada, tudo teria que se estatal e assim foi determinado até os dias de hoje com o monopólio estatal sobre o setor de refino.
Novamente, seu argumento em meu ponto de vista não é válido.
Ao próximo:
A eletricidade surgiu no Brasil em 1879, exatamente na mesma época em que também era adotada nos EUA e na Europa para fins comerciais.
O período de 1880-1930 foi totalmente dominado pelo setor privado, sendo que as principais empresa no início eram a São Paulo Tramway, Light and Power Company – mais conhecida como Light São Paulo – e a The São Paulo Gás Company.
A Light era uma empresa canadense e se estabeleceu no Brasil em 1899. Já a The São Paulo Gás Company foi fundada em Londres em 1869, e teve sua autorização para operar no Brasil concedida a 28 de agosto de 1872. O contrato de concessão assegurava os serviços de iluminação urbana a gás, realizados por meio de lampiões.
A concorrência das duas empresas viria ocorrer na iluminação particular. Pois a São Paulo Gás Company atuava na iluminação pública e a Light atuava nos bairros centrais oferecendo os serviços para os comércios.
Não foi o governo, mas sim o setor privado quem trouxe a energia elétrica para a casa das pessoas no Brasil. Devido as tecnologias da época, a disputa foi acirrada entre ambas, porém a Light conseguiu se estabelecer.
Com as usinas a vapor e pequenas hidrelétricas, a Light notou a expansão dessa produção de energia elétrica e começou uma campanha para evitar que essa distribuição de energia fosse feita por outras empresas, ou mesmo por indústrias independentes. Ela tentou criar um autêntico monopólio fazendo lobby perante o governo para ganhar novos serviços de concessão exclusiva. No entanto, algumas pequenas empresas lutaram contra esse pedido da Light. Uma das principais empresas a se opor a esse lobby da Light foi a Klabin — Companhia de Fabricação de Papel.
Foi nesse cenário que a Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE), dos empresários Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, entrou em cena, em 1905.
A companhia foi criada com a intenção de fornecer energia para as principais capitais do país. Os empresários já haviam construído uma hidrelétrica próximo à cachoeira de Itatinga, que fornecia energia elétrica ao Porto de Santos. O excedente era vendido a alguns locais ainda não abastecidos de SP.
Enquanto a Light promovia sua propaganda, exaltando o desenvolvimento e as novas tecnologias trazidas do estrangeiro, a CBEE tentava criar um sentimento nacionalista de defesa das empresas brasileiras, estratégia também utilizada no Rio de Janeiro com a aliança com políticos nacionalistas.
Aqui já é possível testemunhar uma das artimanhas favoritas a que muitos empresários recorrem: pedem para o governo taxar ou mesmo bloquear produtos estrangeiros de melhor qualidade sob a justificativa de “proteger o mercado interno”.
A competição entre as empresas sempre foi acirrada, tanto no campo político quanto no campo econômico. A empresa canadense contava com um capital de 10 milhões de dólares em São Paulo, 6 milhões do Rio de Janeiro e 3,5 milhões na Bahia, enquanto a CBEE tinha por volta de 9 milhões de dólares. Havia também a Companhia Paulista de Força e Luz com 645 mil dólares em 1912.
É possível imaginar a ferocidade da concorrência e, consequentemente, os vultosos investimentos que as empresas faziam para tentar se manter à frente.
Embora o mercado da época não fosse o mais livre possível, isso mostra que, quando se permite a concorrência, o surgimento de cartéis é muito menos provável do que quando há regulamentações do governo.
A CBEE, instalou, em 1911, na então recente Belo Horizonte, uma usina de transmissão com capecidade de 3.600 cavalos e uma linha de transmissão de 40 km de extensão para fornecer energia de uso público e privado. Em SP, a CBEE construiu a usina de Itatinga e, posteriormente, a usina de Itapanhaú. A energia, em 1912, era suficiente para abastecer o Porto de Santos e ainda sobrava um excedente que poderia ser vendido para outras localidades.
Porém, com o advento da Primeira Guerra Mundial e o subsequente encarecimento da importação de materiais em conjunto com uma ligeira redução do consumo de energia elétrica tornavam menos interessantes os investimentos nesse setor.
A CBEE ainda conseguiu se manter, a duras penas, como razão social, até em 1927, quando foi adquirida pela American & Foreign Power Company(AMFORP).
Concluindo:
Mesmo com uma concorrência pequena e continuamente tolhida pelo Estado, que sempre privilegiava suas empresas favoritas (ou seja, aquelas com mais capacidade de lobby), o setor elétrico brasileiro se desenvolveu e se expandiu pela ação concorrencial de empresas privadas. Os preços caíam (ao contrário do que ocorre hoje) e a qualidade dos serviços só aumentava. Não fossem os privilégios concedidos pelo Estado e seu aparato regulador, a concorrência seria ainda mais acirrada.
Esse é a história do primórdio da energia elétrica no país e foi constituída por empresas privadas e algumas nacionais com capital privado, e o Estado que apenas concedia os serviços as empresas privadas, passou pelo período varguista, e começou a se tornar regulador e atuante no setor elétrico do país, a consequência como sempre foi o total escárnio nas três décadas mais tarde e condenou a nação ao sub-desenvolvimento no setor da energia elétrica.
É muita presunção de que diante desses fatos, afirme que não havia interesse por parte dos empreendedores ou que não havia capital privado suficiente para gerar energia no país.
Novamente, seu argumento em meu ponto de vista não é válido.
Sabemos do seu gosto por monografia e teses, pois então segue o link da história do setor elétrico do país: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742009000200008
Matheus S. deixa elucidar o que o Camaergoer quis dizer… A visão liberal dos anos 80 não se aplica hoje ao mundo globalizado. Apesar de pessoalmente não concordar com o liberalismo tenho de admitir que a visão moderna de liberalismo já do século XXI levando em conta inúmeros aspectos da globalização inclusive várias vezes comentado no programa “É da Coisa” da Rádio Band News pelo comentarista Reinaldo Azevedo é muito mais prático. Por exemplo nós temos uma visão distorcida do liberalismo como o liberalismo justamente dos anos 80 ou mais antiga ainda defendida pelo atual Ministro da Economia Paulo Guedes… As idéias são boas porém tem um custo alto para uma sociedade aonde as desigualdades ultrapassam as barreiras sociais e vão até na intelectualidade do povo brasileiro aonde o analfabetimo ainda é muito grande. Temos de pensar num projeto nacional de longo prazo e apresentar a sociedade de uma forma ampla e irrestrita de modo a dar melhorias para todos. Esse é o caminho do capitalismo deste século e a melhor saída para esse país!
Olha a foto concedida pela ANP da Destilaria Rio-Grandense de Petróleo S.A, dos empreendedores gaúchos Eustáqui Ormazabal e João Francisco Tellechea, com os comerciantes argentinos Raul Aguiar e Manuel Morales.
Já disse e repito: Eu acredito que um país forte fornece a estrutura, mas o ingrediente mais importante são as pessoas empreendedoras que criam a riqueza e não uma grande empresa ou uma empresa estatal.
Isso…mais estatais, mais coitadismo para depois entregar o país destroçado nas mãos dos vermelhos. Esses generais se metem em tudo mas querem nem ouvir falar em ser o “braço forte”.
Caro Cidadão. A existência de estatais em si não diz coisa alguma sobre o país. Existem setores nos quais o setor privado não tem interesse ou força o suficiente para atuar (ia escrever empreender, mas tucanaram o motoboy), por exemplo na construção de Itaipu. O Estado foi o único agente econômico que podia dar as garantias de longo prazo para levantar os fundos para o empreendimento e que poderia representar o país em um acordo binacional. Aliás, caso o financiamento com bancos europeus fracassasse, havia avançadas negociações para a URSS financiar Itaipu (em plena guerra fria). Na década de 40, durante a II Guerra, nenhum grupo nacional tinha condições de constituir a CSN, até porque o setor siderúrgico dos EUA era contra a construção de uma grande siderúrgica no Brasil. Novamente, foi o Estado que tinha as condições de barganhar com os EUA uma parceria estratégica no contexto da guerra contra a Alemanha. Aliás, a Petrobras também nasce em um contexto no qual o capital privado brasileiro teria sido insuficiente para criar uma petroleira (aliás, o capital privado brasileiro não conseguiu nem criar uma montadora brasileira). Cada decisão certa ou errada tem um contexto histórico, tem circunstâncias que precisam ser levadas em conta para uma análise razoável. É um grande equivoco ignorar que o processo dinâmico da história.
Sei…e que todo esse seu palavrorio tem com 2020??
Olá Cidadão (engenheiro não, cidadão). Segundo Keynes, o que importa é a capacidade do Estado de alocar recursos para investimentos e para remunerar a produção, e não a posse dos meios de produção. A crise de 2020 está relacionada com a redução do consumo e aumento do desemprego. O setor industrial tem capacidade de produção ociosa. Primeiro é preciso entender o problema para implementar soluções eficazes. 1. distribuição de renda, 2. obras de infraestrutura capazes de aumentar a oferta de empregos. 3. compras públicas para sustentar a atividade econômica.
Quem? Kkk…baixa a bola , amigo! Trocando em miúdos isso é “dilmismo”. O projeto tem que ser Liberdade Individual, garantia da Propriedade, Iniciativa Privada e, aí sim, forte condução governamental: Revolução Cultural/Educacional para extirpar do pensamento Nacional e Individual o estatismo, clientelismo, socialismo e outras pragas que nos assolam há 500 anos.
Caro Cidadão. A brincadeira sobre “engenheiro não” e sobre o caso ocorrido no Rio de Janeiro, quando o fiscal da vigilância sanitária (com doutorado) foi advertir uma pessoa em um bar e o chamou de “cidadão” e ouviu o comentário “cidadão não, engenheiro”. Não existe “dilmismo”. Keynes disse que “homens práticos que acreditam em ismos são escravos de um economista defunto”. A atual crise econômica é resultado da queda da demanda. Infelizmente, essa queda não é apenas devido ao isolamento social, mas também ao aumento do desemprego e e da queda na renda. Será muito difícil um banco aprovar crédito para uma pequena ou micro empresa sem a garantia de demanda futura. Existem dois eventos passados que precisam ser relembrados para evitar repetir os erros. 1. a grande gripe de 1918 e 2. a grande depressão de 30.
Os militares deixaram de herança uma estrutura burocrática soviética. Tem batedor de carimbo aposentado com R$18.000,00, conheço neta de funcionario da Policia Ferroviária que recebe pensão do avô até hoje! Nem a União Soviética produziu esse tipo de coisa e depois reclamam por que nosso país não vai pra frente.
Projeto de um novo tanque de combate, um Guarani 8×8…
A reconstrução somente ocorre quando a casa ruiu.
E a casa não ruiu ainda.
Os extremos de ambos os lados tem de se autofagir. Ainda tem muito a cair a direita e esquerda, nas grandes mídias e no judiciário que ainda não se purificou. Esta coisa toda levará ainda mais uns 2 anos no mínimo no mínimo. Esta crise da pandemia será reescrita pelo tempo e verdades irão surgir expondo o quanto cada um destes agentes do governo e da oposição dentro e fora atuaram por interesses próprios e a população será muito sensibilizada a isto.
O Governo Bolsonaro deveria ser apenas um governo de transição, de guinada, mas as forcas internas e externas não souberam ler isto E forcam uma continuidade. Quem faz Bolsonaro é a oposição. As pessoas não gostam de Pitt Bull, mas sabem que não podiam alocar um Poddle para guinar e trazer ao eixo…quando o barco aderna, ou vai colidir com os recifes perigosos a frente proxima da embarcação, não é a força de apenas 5o graus no leme que tira a nave do risco, mas muitos graus em sentido contrario para levar a segurança, tanto quanto aliviar o timão quando risco agastado para que a nau não faça 180 graus que incorra no mesmo recife perigoso a embarcação…
Uma das poucas coisas lúcidas que Olavo de Carvalho diz é sobre o positivismo nas forças armadas, a ideia que o Brasil será salvo por um Messias que trara um plano nacional desenvolvimentista estatal
No caso do Brasil, os militares se tornaram uma casta, que a décadas vem tendo diversos benefícios financeiros, principalmente previdenciarios, para si e seus dependentes, regras absurdas, promoções mesmo na inatividade, empresas criadas para colocar militares da reserva, entre outras situações, acaba tendo um impacto muito grande no orçamento do MD, enquanto isso não mudar, não teremos como melhorar as condições de equipamentos.
Infelizmente o corporativismo dos setores públicos apenas aumentam a ineficiência do Estado, que cada vez mais faz com que a sociedade tenha que trabalhar para manter este monstro chamado Estado Brasileiro, e sem dúvidas os militares fazem parte disto, pergunte a um militar americano ou inglês se eles mantiveram a renda na aposentadoria, se ele não pagou uma previdência privada, ele vai ganhar entre 40% a 70% do salário da ativa, mas no Brasil ele tem a renda até aumentada devido as promoções automáticas, assim, onde vamos parar?
Justamente, é só cortar as regalias dos oficiais das forças armadas, e cortar as pensões vitalícias das filhas deles, aí a coisa vai fluir bem.
É muita cara de pau desse sujeito!
É vergonhoso isso aí, o Brasil tem muito dinheiro, o problema é que ele é muito mal administrado, sem contar as regalias desses generais e demais oficiais das forças terrestres.
O Exército perdeu o meu respeito, e só voltará a tê-lo, quando devolver o país à monarquia para a família dos Orleans e Bragança, pelo qual o Exército tomou através de um golpe, em 1889.
Eu só admiro a Marinha que infelizmente está jogada às traças, e a nossa Força Aérea que tem muito a melhorar também.
“Carecemos de um projeto nacional”….sim carecemos, isso é tudo que nacionalistas como eu gritamos. Ponto. O fato é que esses generais que ai estão são todos anti patriotico e visam seus interesses particulares e de classe. Villas Boas fala isso mas, apoia essa aberração que é a lava jato que destruiu a nossa industria pesada. General Vilas Boas fala isso mas não tece uma só palavra para conter o entreguismos deslavado desse grupo de bandidos do bolsoGuedismo. Estamos presenciando a transformação do Brasil num Porto Rico gigante e o senhor Vilas Boas e seu grupo de colegas generais não falam um piu sequer. Então meu caro Vilas Boas, palavras não mudam nada. Ou parte para ações concretas ou vá enganar outro.
Um senhor comentário.
O lema dos militares de alta patente tipo esse aí… Benesses!!! Benesses!!! Benesses!!! Meu pirão primeiro!!! Enquanto isso, os quadros das FFAAS continuam sucateados e muito mal equipados, se tornando mais bem em forças melhor qualificadas para contra insurgência interna do que qualquer outra coisa. Ele menciona “ ideologia de desenvolvimento e a um sentido de progresso” que alguma vez houve no país. Quando foi isso??? Se me lembro bem, a última vez que no Brasil existiu isso foi no governo do Império, o qual como já sabemos foi destruído por um golpe militar, do qual até hoje o Brasil não se recupera. Por coincidência talvez, hoje o Brasil possui a mesma quilometragem de ferrovias que haviam no final do Império.
6 mil generais APOSENTADOS,
militares se aposentando com 48 anos
concursos militares nos Estados cheio de fraudes e reclamações de toda ordem, sou de SC e já vi absurdos aqui
aposentadoria integral
estrutura gigantesca e desalinhada
justiça militar
total falta de alinhamento da instituição e a sociedade
recrutas que não aprendem nada em 1 ano de carreira e que não ganham nada servindo o país como recrutas
120 bilhões de orçamento com 93% indo para folha de pagamento
nada de reformas para esse pessoa, enquanto o país está quebrado, endividado, doente, pessoas morrendo e CLT tendo que se submeter a reformas de TODA ORDEM.
Eu sou um grande crítico da estrutura militar no Brasil, apesar de acompanhar a trilogia e gostar da área de tecnologia.
Minha nota para os militares brasileiros, inclusive bombeiros e policiais:
NOTA 2
Abraço
(a saída do Brasil é o AEROPORTO)
O plano nacional tem de ser:
A) Terminar de limpar os extremismos de esquerda e direita e investigar agora o judiciario;
B) Aproveitar o dolar baixo e exportar de tudo e alavancar industria
C) Aproveitar a crise internacional chinesa e apresentar o Brasil como alternativa de investimentos, Real baixo, dolar alto, mão de obra barata e trazer as empresas para o Brasil, bem como as oportunidades enormes de infra estrutura
D) Alavancar pesado a educação pois se o pais crescer 5% ao ano, não haverá mão de obra qualificada , trazendo o risco de imigrantes estrangeiros pegarem as melhores vagas de trabalho no Brasil. Isto ameaçou acontecer no ultimo voo de galinha que tivemos
O Dolar esta altíssimo e por linhas tortas ou não, reunimos agora as mesmas forças que a China tinha quando alavancou o país nos anos 80.
Dolar baixo tipo: “Dilma, devolva meu dolar a R$1,99” ?
Errei, era para escrever dolar alto
Olá Carvalho. Fiquei pensando desde ontem sobre seu comentário. Fiquei preocupado com a ideia de “limpar” os extremismos. Quem irá definir o que é extremismo e sobre qual base? Até porque você colocou o judiciário sobre suspeita. Creio que você queria dizer “real desvalorizado” ao invés de “dolar baixo”, mas as exportações dependem da intenção de comprar. Nos dois últimos governos, o Itamaraty vem desmontando a política de relações externas, atacando a China, atacando a Argentina, se distanciando da África e sabotando o Mercosul, sem falar nos problemas com os países do oriente médio. As ações de exportação precisam coordenar o Itamaraty, Economia, Agricultura, Meio-ambiente, Indústria e comércio e MInas e Energia, além da Defesa. O cenário de depressão que o país está mergulhado, a indústria está com enorme capacidade ociosa. Não há como investir sem perspectiva de demanda. A educação e saúde são prioridades sempre (é difícil falar de educação e saúde hoje sem críticas ao atual governo)
Ah sim! Escrevi errado, queria dizer aproveitar o dólar alto (real baixo).
Sobre limpar os extremismos de ambos os lados, significa controlar por critica social, legal e eleitoral os 20 a 25 % somados da população de direita e esquerda. Eles existem e é preciso vigiar sempre. Ganhar o jogo na regra do jogo e não alterar a regra do jogo no meio do jogo. Judiciário e congresso fizeram isto e alguns do governo também enamoram coisas assim. Extremistas adoram mudar a regra do jogo no meio do jogo.
Já o Judiciário brasileiro sofre carcomido de três chagas extremas:
a) Não julga no seu tempo de julgar. Justiça que tarda não é justa, é irresponsável e leniente ou cúmplice
b) A vitaliciedade que concede poderes divinos, e poder divino corrompe, mofa a sensibilidade dos reais deveres para a lei escrita e mais ainda ao espirito da lei.
C) A politização do judiciário em que aliado aos itens anteriores, permite que juizes dos mais variados níveis legislem acima da lei ou do que acham que deveria ser a revelia dela. Ate colegiados, em que basta sair ou entrar mais uma em que a decisao muda, boia e flutua ou é revisada a cada composicao de colegiado ou conveniencia de momento.
Mas existe um erro crasso de fato em nossa constituição. Toda e qualquer mudança constitucional de ordem de organização politica, eleitoral ou administrativa, bem como aquelas especialmente ligadas a regulamentos politicos e administrativos das camaras federal, estadual, municipal somente poderia viger no próximo mandato e que não diste (distancia de no minimo 03 anos) da proxima vigencia.
Os politicos e magistrados assim ficariam inviabilizados de alterar as regras do jogo no meio do jogo para o qual representantes executivos e legislativos foram eleitos para executar os planos a que se propuseram e escolhidos a por em pratica. Temos um centenária instabilidade politica e jurídica no Brasil por mudanças constitucionais e legais de pura conveniência de momento, um tentando apenas legislar e ajuizar para atrapalhar o outro. Se vc vota em alguem para jogar futebol e realizar a estrategia que vc acha mais adequada, não dá para nos 20min do primeiro tempo mudarem a regra para jogar com as mãos….se fosse para jogar com as mãos, a população teria eleito jogador de volei…
Olá Carvalho. Acredito que não exista “centro” em política. Isso daria uma falsa impressão de uma posição neutra. Em política sempre há um posicionamento, sempre há ideias sendo defendidas ou criticadas. Passei a usar as expressões direita-democrática (ou centro-direita) e esquerda-democrática (ou centro-esquerda) para distinguir dos movimentos de extrema-direita (ou direita não-democrática) e extrema-esquerda (ou direita não-democrática). Talvez esses grupos não-democráticos sejam até menores que os 20~25% que você mencionou. O Brasil possui uma elite (que detém o poder econômico e controla o poder político) de tradição excludente, o que explica a histórica desigualdade social. Ela nunca foi democrática porque isso significaria perder o poder político e por consequência, ter que acetar a redução da desigualdade social (portanto aceitar perder poder econômico). O judiciário no Brasil sempre foi elitista e punitivista (é capaz de manter preso alguém que roubou bagatelas como shampoo ou biscoitos) e deixar solto assassinos (como o jornalista Pimenta Neves que matou a ex-namorada de forma premeditada). A CF88 é a melhor constituição que o país já teve, a mais democrática e a mais progressista. Os problema do país tem pouco a ver com a ordem legislativa, mas com a sistemática resistência de vários setores de acatar a norma legal vigente. Eu concordo com você quando menciona a legislação de conveniência (eu coloco a ideia de uma nova constituinte nesse mesmo balaio de fazer leis por conveniência). Do mesmo modo que é melhor ter um culpado livre do que um inocente preso, é melhor os problemas de uma sociedade mais aberta (e necessariamente mais tolerante) do que os problemas de uma sociedade mais fechada (e necessariamente mais punitiva).
E sobre a relação China e Argentina, veja… chegamos a um impasse com argentinos. Eles teimam em seguir por um caminho em que a 30 anos tentamos abrir seus olhos de que não leva a nada por ali seguir. Cronicamente em default por esta insistência e mais uma vez ainda persistiram em sua última eleição afundando ainda mais o país que com poder de veto em vários ítens no Mercosul, arrasta suas decisões para o acordo amarrando o Brasil. Então, uma parceria que tinha de tudo para ser saudável foi pouco a pouco perdendo musculatura. Não foi ruim para nós, nosso pauta com eles é excelente. Temos superavit e muito, mas o parceiro insiste em ficar mais pobre na própria relação. Ganhar superávit não era o objetivo e sim que ambos ou melhor o bloco realmente fosse mais integrado , forte e musculoso para assim se apresentar no cenário internacional. Mas não é o que acontece, com o parceiro insistente eM manter-se debilitado por decadas a fio, acaba tendo sempre de proteger demais sua economia e nunca encontrar o momento certo para acordos globais como o europeu.
Quanto a China, o amigo precisa despertar que o jogo precisa ser cada vez mais forte e de igual para igual. Ela está atuando fortemente para controlar os mercados, impondo falsas barreiras sanitarias para importação, situações absurdas como o caso dos ValeMax, e tudo mais que naturalmente alguem que concentra assim quer controlar. Eles fazem o jogo pesado com a Australia da mesma forma, tem os casos de espionagem sim, pirataria, sanitarios internos (na mesma semana que embargam dois frigorificos brasileiros eles comemoraram festival da carne de cachorro)..,pode comer o que quiser mas não venha falar que nossa carne tem menor controle de qualidade do que quiserem comer la …
O 5G nas maos de uma empresa de um pais com forte historico de ditadura e candidato a hegemonia é um problema… se tivemos problemas com a NSA americana, imagina eles…
Minha posição é que o Brasil deve continuar vendendo a rodo aos EUA e China mas saber e se posicionar sabendo que é estratégico a ambos pois o embate será inevitável entre eles…temos de precificar nossa aliança ou neutralidade da melhor maneira possivel.
Quando o míssil de cruzeiro brasileiro entrará em serviço? Porque tudo aqui é a passos de tartaruga? Oremos!
Temos um excelente projeto nacional levado a cabo por este GOVERNO MILITAR: subserviência e destruição do país
e vamos parar com essa lorota de que esse governo é do Bozo
Esse governo é do Exercito
o Bozo é só o palhaço que faz a chacrinha pra esses militares implantarem este projeto ultraliberal de desfazimento da identidade nacional
Traidores
Bom…. naõ vai ser integrando o Comando Sul dos EUA, recebendo ordens diretamente deles, nem pagando general para trabalhar para Mark Esper (e quiçá enfiando o país numa guerra com nosso vizinho) que nós vamos ter projeto nacional. Definitivamente, se subordinar aos EUA é o OPOSTO DE PROJETO NACIONAL. Tomem vergonha!!! https://www.brasil247.com/midia/brasil-paga-para-general-trabalhar-para-mim-diz-secretario-dos-eua
Que vergonha, meu Deus
que vergonha
olha no que se transformou esse pais
The Federative Republic of Puerto Ricco del BRAZIL
Tudo por causa de uma maldita facada fake e dos traidores de CUritiba