Curso de Artilharia da AMAN recebe obuseiros M109A5
Resende (RJ) – No dia 6 de junho, 4 Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBC OAP) M109A5 foram recebidas pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e farão parte do acervo de Material de Emprego Militar do Curso de Artilharia.
Os blindados têm origem norte-americana e, no Brasil, representam a modernização da Artilharia, etapa iniciada em 2018. “A chegada desse material é muito emblemática, pois sanará uma defasagem tecnológica e fará justiça à grandiosa academia e seu Corpo de Cadetes”, afirmou o Major Flávio Henrique, Comandante do Curso de Artilharia.
O recebimento das novas viaturas, com honras militares, contou com a participação dos herdeiros de Marechal Emílio Mallet, Patrono da Arma de Artilharia. Uma solenidade marcou a entrada dos obuseiros pelo portão monumental e sua chegada oficial ao Curso de Artilharia.
Embora tenham sido projetadas em meados da década de 1980, as viaturas foram totalmente repotencializadas no Parque Regional de Manutenção da 5ª Região Militar, referência nacional no trato com blindados. As novas viaturas possuem um tubo de 155mm, com 39 calibres, o que permite o uso de uma vasta gama de munições convencionais, especiais ou inteligentes e alcance de até 30 km de distância, com precisão. Maior alcance também prossibilitará ao Cadete estudar, planejar e treinar em melhores condições o apoio de fogo em áreas urbanas/humanizadas, característica do ambiente operacional moderno.
Outro diferencial das VBC OAP M 109A5 é que estão configuradas para receber a instalação do kit Sistema Gênesis. Trata-se de um computador de direção de tiro e sistema avançado de comunicação, o que não implica em abandonar as técnicas de cálculo convencionais, mas sim aumentar a capacidade de sobrevivência da Artilharia no campo de batalha, frente novas ameaças.
A tecnologia observada com um novo reparo, dotado de carregamento semiautomático, representa uma redução de até 60% no tempo necessário para a preparação do tiro. “O carro conta, ainda, com modernos sistemas de sobrevivência em ambiente químico, biológico, radiológico e nuclear e com melhorias na parte mecânica, como motor mais potente e trens de rolamento mais modernos”, pontuou o Major Flávio Henrique.
Além das VBC OAP M 109A5, o Curso de Artilharia também recebeu uma Viatura Blindada de Remuniciamento, a M992A2, com capacidade para transportar 95 munições adicionais. Atualmente, o curso possui uma Bateria de Obuses VBC OAP M 108, de 105mm, cujo alcance máximo é de 11,3 km e se encontra em fase final de seu ciclo de vida.
“O recebimento desse material revive em nós o espírito de artilheiro. Um orgulho solidificado no passado, com base nas mais antigas e caras tradições, mas focado no futuro, alimentado pela paixão que sentimos por nossa arma e pelo desejo de evoluir frente aos novos desafios”, finaliza o Comandante do Curso de Artilharia.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
E os Howitzer, virão? Alguém tem notícias?
A que vc se refere com o termo Howitzer?
Segundo entendo, essa é a denominação em inglês pra Obus e assim sendo, os M 109são
Será que são M-109 A5 ou A5 Plus dos 36 recebidos ??
Essas viaturas da AMAN são M-109 A5. OS M-109 A5+BR foram distribuídos para unidades no CMS.
Muito bom, os alunos já vão se familiarizando com o equipamento. a ESA também vai receber?
A ESA que tinha que receber esses carros pq quem opera mesmo as peças são sargento, cabo e soldado, ai esse pessoal só vai aprender na tropa. Muita coisa tem que ser revista na formação.
Vc sabe se a ESA não vai receber essas viaturas também? Os sargentos saberem operá-los é fundamental……mas, os oficiais vão comandar……É imprescindível que tb saibam operá-los.
Eu sei, não vão. É importante os oficiais aprenderem também, mas quem realmente vai operar não vai receber 1 desses ai, aliás, nem tem na ESA nem o m109, nem o m108, só tem obus rebocado. E falando nisso, no curso de Cavalaria só tem 2 Urutus e 2 Cascaveis, ai vc olha pro Curso de Cavalaria e Matbel na Aman e tem Leopard, M60, Urutu, Cascavel e Guarani. A prioridade são os oficiais sempre. Só são CLF durante no máximo 5 anos, já o sgt é chefe de peça até ser ali no máximo segundo sgt antigo, ai já foram uns 15 anos de serviço.
E o CIBld não ministra instrução aos oficiais, sargentos e todo o pessoal que opera os blindados do EB, como CC’s, Obuseiros, VBTP’s, etc…?
e os M198? M119? alguma novidade?
Só o Agnelo pode nos atualizar sobre isso.
Esquece os M198, esses não virão. Em relação aos M119 Light Gun, falta plata no momento.
Estes que a aman recebeu são os m 109a5 não modernizados os m109a5 +br Plus estão nos 3 gac ap e no 5 gac ap 16 em cada .
Boa noticia. É sempre bom se formar com o melhor material possivel.
Tava observando na foto, coturno do combatente brasileiro, é o famoso pela saco, da pior qualidade, espero que seja apenas pros alunos, e para a tropa regular seja algo de melhor qualidade, caso contrário as ffaa ainda não perceberam que o conforto do soldado está diretamente ligado a possibilidade vitória.
Na guerra do Vietnã, os vietcongues usavam sandálias (até em pântanos).
O Brasil exportava coturnos para os soldados americanos no Vietnã.
E na segunda guerra mundial, os nossos soldados não sofriam com o congelamento dos pés que incapacitava os soldados americanos. Então eles procuraram saber qual ” tecnologia” o Brasil usava para manter seus soldados a salvo do congelamento.
Descobriram que nossos soldados forravam seus pés dentro do coturno usando jornais velhos, isso mesmo, os nosso soldados forraram seus pés com jornais e isso evitava que os pés congelassem, os americanos passaram a usar essa mesma tecnologia de ponta.
Outra coisa, treino é treino, jogo é jogo… toda aquela indumentária e equipamento que os soldados americanos usavam no Vietnã de pouco servia, ou muitas vezes, os condenada a morte. Muito peso inútil, uniforme inadequado (padrão sólido), sofriam de desidratação e eram muito mal instruídos da importância da técnica e uso da camuflagem individual.
Rosto limpo, capacete sem nada, nem natural e nem artificial, eram vistos a quilômetros pelos congs.
Usavam poncho sob a chuva, o barulho das gotas caindo sobre o ponho de apenas um pelotão pode ser ouvido a quilômetros de distância.
Dormiam sem cavar ao menos uma toca para homem deitado, dormiam com poncho, se chovia, os congs os localizavam e colocavam uma metralhadora a um palmo do chão e os dizimavam em uma base de patrulha. Enfim, treino é treino e jogo é jogo.
Mauro, essa de que nossos soldados utilizaram jornal para aquecer os pés ou evitar a gangrena é uma mentira. Os relatórios médicos na época diziam que o números de gangrena eram enormes tanto para os Americanos como para a Força Expedicionária, além de que o que realmente causa a gangrena é a umidade, jornais não funcionam para isso, por isso os soldados recebiam pares extras de meias regularmente.
O equipamento já é uma coisa que depende do ambiente, pois na selva não é aconselhável o uso de muitos equipamentos pois afeta a mobilidade do soldado, vai ver que em exercícios ou até treinamentos durante o curso do cigs não se vê o uso de equipamentos de proteção balística, o que é diferente no ambiente de combate urbano, na qual já vi em imagens e também relatos da falta de equipamentos desses nesse ambiente.
Seria interessante se você apresentasse as fontes do que você disse aí.
Caro Victor, não só as botas, mas a indumentária completa. Não é incomum, em uma rápida busca na web, encontrar imagens de exercícios de instrução, os quais os militares aparecem sem colete balístico, capacete descamuflado e mesmo de mangas arregaçadas. Penso que por ser uma simulação, deva-se buscar o maior traço de realismo possível. Isso incluiria a existência de indumentária completa… torço para que não apareça algum dos militares do grupo dizendo que existe falta de material básico… daí pode extinguir as FAA pois sem o básico já era…
Abraço.
Até o USMC não utiliza proteção balística na selva: https://www.marcorsyscom.marines.mil/News/News-Article-Display/Article/1354749/corps-reaches-final-stages-of-tropical-boots-uniform-testing/
No dia 6 de junho, 4 Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBC OAP) M109A5 foram recebidas pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e farão parte do acervo de Material de Emprego Militar do Curso de Artilharia.
A matéria fala em 4 Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBC OAP) M109A5, recebidas AMAN, no entanto, na foto, a última, aparecem 5 viaturas.
A quinta, salvo engano, é uma viatura de recarga de munição.
A outra é uma m 992a2 viatura blindada remuniciadora
Exatamente, a última é de recarga.
No texto está a explicação para sua dúvida.
Pessoal: é bom ver os futuros oficiais se aperfeiçoando com o material de ponta. Mas a meu ver o EB deveria reestruturar seu sistema de ensino militar superior. Penso que a existência da EsAO e da ECEME é ambígua. O mais correto, tendo em vista a otimização de recursos, inclusive, seria unifica-las em uma única instituição que ofereça cursos de aperfeiçoamento e acesso aos oficiais candidatos(curso de Capitão, Major e segue…).
Outro ponto que levanto, reside na possibilidade da formação dos oficiais generais das três forças. Talvez uma forma dos mesmos passarem a falar a “mesma língua” seja promover cursos de promoção para todos os oficiais generais em uma instituição apenas(ESG?). Seria uma forma de unificar mais a formação e buscar um currículo mais teórico e prático no âmbito das operações conjuntas.
Abraço.
O que diferencia um obuseiro autopropulsado de um tanque de guerra?
Canhão , blindagem , finalidade.
O Carro de Combate atira tenso (reto).
O Obuseiro atira curvo.
O CC é rápido e manobrável. O Obuseiro, não.
Por aí vai…
Primeiro, a arma à qual pertence cada um.
O Obuseiro é da Arma de Artilharia enquanto que o Tanque pertence à Cavalaria Blindada.
Isto quer dizer que o Obuseiro é um apoio, fica na retaguarda das linhas de avanço suprindo necessidades de fogo da Infantaria. Pra isto, ele precisa de angulo e extensão de tiro ou seja, distancia de alcance. Um obuseiro pode atingir 35 KM de alcance segundo o modelo e até 50 km. (diz a lenda) com algum tipo de munição auto-propelente. A sua defesa é principalmente pra sistemas de contra Artilharia inimiga e CAS. Ele atira de forma estática.
Já o tanque é um combatente, desenvolvido pra entrar diretamente no Campo de Batalha, tem capacidade de combate direto. Com alcance de até 5 Km., o suficiente pra um enfrentamento contra o inimigo próximo, apresenta uma maior mobilidade, atualmente atira em movimento com alto grau de acerto e maior cadencia de tiro. A grande diferença está em que o tanque, geralmente vê e é visto pelo seu adversário, não assim no caso dos Obuses.
Obrigado aos colegas pela atenção e respostas, especialmente Glasquis, que foi detalhado.
Para quem é do ramo parece dúvida sem sentido.
Mas quem é leigo “conhece” tanque.
E esses obuseiros (palavra desconhecida para a população em geral) autopropulsados parecem tanques.
Quanto as funções, sinto falta de matérias aqui tratando de fundamentos militares.
Estratégia, funções, etc.
Numa hipotética invasão, como se deve proceder.
Quem vai primeiro?
Infantaria?
Descobri um canal interessante no YouTube que mostra batalhas antigas.
Interessante nesse sentido, muito embora nao “ensine”, nada.
Mostra caso de pequenos exércitos derrotando exércitos mais poderosos.
Espero que estejam preparados pra atuar no Inverno Nordestino…
Você está zuando.
Não sei se você sabe, mas algumas unidades do nordeste recebem fardamento para proteção de baixas temperaturas, incluindo japonas. Fardamento semelhante as unidades do sul do país.
31 BIMtz de Campina Grande sei que recebia. Entre outras unidades.
Acho que ele quis se referir à maior incidência de chuva que acontece no período do inverno nordestino.
Por que o EB não usa capa nos capacetes? É só molhar isso daí que as cabeças dos soldados vão parecer bolas de golf.