Portugal integra força militar europeia que vai ajudar Mali a combater milícias
Portugal é um dos seis Estados europeus que participa com militares no conjunto de forças especiais que vão acompanhar os soldados do Mali no combate às várias milícias que operam neste país do Sahel, foi anunciado no dia 27 de março
O lançamento oficial da futura força-tarefa (‘task-force’, em inglês), designada ‘Takuba’ (designação de uma espada típica da região), foi feito por 11 Estados, mas só seis se comprometeram em participar com efetivos militares.
“Considerando que a situação de segurança no Mali e, de forma geral, no Sahel, continua a ser preocupante”, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Estónia, França, Noruega, Países Baixos, Portugal, República Checa, Reino Unido e Suécia declararam o seu “apoio político à criação de uma ‘task force’”.
A função apontada a esta força é a de assistir as Forças Armadas malianas na luta contra os grupos terroristas e apoiar os esforços desenvolvidos atualmente pela Operação Barkhane e a Força Conjunta do G5 Sahel, conforme comunicado distribuído.
Esta força, que deve contar com centenas de efetivos, começa a operar este verão sob comando francês, na região do Liptako, nos confins do Níger e do Mali, onde têm pontos de apoio milícias como a que se designa Estado Islâmico no Grande Saara.
“Com a ‘Takuba’, os europeus mostram a sua capacidade de se mobilizar em conjunto pela sua segurança”, reagiu na sexta-feira à noite a ministra das Forças Armadas francesa, Florence Parly, na rede social Twitter.
Não obstante, apesar de a declaração ser assinada por 11 Estados, apenas seis já se comprometeram em participar com efetivos militares.
Até agora, o projeto, lançado por iniciativa da França, teve a adesão de cinco Estados: Bélgica, Dinamarca, Estónia, Países Baixos e Portugal.
A Suécia espera uma autorização parlamentar para confirmar a participação, com uma força de reação rápida helitransportada integrada por 150 militares.
Solicitada, a Noruega anunciou na segunda-feira que renunciava a enviar soldados por falta de apoio político interno.
A Alemanha também declinou participar na força.
FONTE: Agência Lusa
Constatar que Portugal já lá se encontra ah anos… Com aviões a apoiar a ONU por mais que uma vez e militares a prestar instrução. No entanto,esta missão parece abrir novas possibilidades de emprego.
Por um lado Portugal vem diminuindo suas forças armadas, vendendo material como caças e tanques, mas por outro lado participando de missões para a ONU na África e ainda tem que participar da OTAN, os caras estão fazendo mágica!
Mesmo assim continuam com equipamentos ,muitos deles, no estado da arte. 😉
Os caças que vendeu estavam fora do activo e os tanques à venda são os obsoletos M60, Portugal continua com o mesmo numero de caças f16mlu, com o mesmo nº de tanques Leopard2 A6, que aliás não serão usados no Mali, os blindados que serão usados, devem ser os que já lá estão, o VCI Pandur, e o Humvee, que deve ser substituído pelos Vamtac S5.
De facto, pessoalmente notei um maior empenho das Forças Armadas Portuguesas nas missões externas, mas facto é que ah muitos anos que assim o é. Portugal sempre esteve envolvido em missões ou da ONU, ou da NATO ou da UE.
No entanto, diria que a publicidade dada ao trabalho das forças armadas em Portugal aumentou bastante e tal pode levar um indivíduo a acreditar que tal estratégia (valorizar a participação em missões externas) é recente, quando de facto não o é.
No Afeganistão e Iraque, as diferentes forças portuguesas que por lá operaram também fizeram um trabalho extraordinário, digno de muitos elogios pelo seu alto grau de eficiência e profissionalismo pese embora operando equipamento muito dele reconhecidamente menos moderno que os dos parceiros. O militar português nessas missões, no passado, contava com a típica G3, mas carente das adaptações e acessórios, mas tal nunca os desmotivou ou permitiu que alguém os reconhece se como sendo menos que os restantes estrangeiros que com eles operavam.
O actual governo sem dúvida que deu mais atenção a estas necessidades, os militares passaram a contar com equipamento de proteção individual mais recente, padronizado e moderno, as armas passaram a receber as devidas adaptações que a respectiva missão exige, tal foi observado na projecção na República centro africana. Neste território, aliás, a 7 FND já para lá foi destacada com as novas Scar e os VAMTAC ST5 também já lá devem estar, visto que alguns destes veículos ja se encontravam pintados com as cores da ONU meses antes da projecção.
Hoje, quando se olha para o fuzileiro português destacado no leste da Europa, ou para o comando ou paraquedista do exército, ou JTAC da Forca Aérea, destacado na RCA, vê se um operacional bem equipado, bem mantido, bem doutrinado. Não que não fosse o caso em anos passados, mas o ponto é que de facto nota se algum investimento em áreas críticas e essenciais para o sucesso das missões.
A redução, em número, das forças armadas portuguesas está prevista desde os anos 2000. Tal encaixa se numa filosofia de exército profissional e especializado, com efectivos habilitados e bem formados, contando com equipamento moderno ou minimamente moderno, apto de ser projectado em curto espaço de tempo com altos resultados operacionais.
Os m60 estavam desactivados desde que chegou o leopard. Metade foi colocada na reserva, a outra metade foi operando “só porque sim”.
Portugal hoje conta com uma força blindada sobre rodas bem mais moderna e numerosa que a de ah décadas atrás, isto embora apenas conte com 25/28 000 efectivos nos três ramos, sim, nos três ramos.
Portanto, uso este exemplo para dizer que, contando hoje com uma força mais moderna, capaz, mais numérica em determinadas capacidades críticas até, tal serve como prova de que a preferência deve ser sempre ter um efectivo humano profissional e capaz, cujo dimensão seja racional e racionalizada para as tarefas que de facto se pretendem cumprir. Não é de todo útil para Portugal, que se gaste dinheiro em militares cuja utilizadade não se encontre para além de passearem nos quartéis, como se sucedia ainda na primeira década de 2000. Hoje cada militar é especializado e tem uma função.
Claro que, o problema agora é o facto de que, com o enrigecer dos requesitos de entrada, quem quer ser militar muitas vezes não consegue porque não cumpre com as habilitações ou carece de outro qualquer requisito. Por outro lado, muitos dos que se canditam, fazem no como plano B. O problema aqui é que, se alguns dos que entram não querem ficar, desistindo depois de 3 anos, e se os que querem nunca sequer lhe permitem que tentem, o resultado é uma falta crónica de efectivos, hoje situada em poucos milhares,mas que poderá escalar para uma situação ainda pior a curto prazo.
Ou Portugal aumenta em grande medida o salário dos seus militares, que por serem mais habilitados têm maior expectativa quanto ao valor da recompensa, ou têm de aliviar os requesitos de entrada, que, na minha opinião, seria a melhor opção.
Depois dos 23 anos é incrivelmente difícil ser militar em Portugal, deve se ter a escolaridade do 12,com preferência para ensino superior. Isto faz com que muitos dos potenciais canditadots, ou seja, gente que queira servir o país mas que, pelas circunstâncias da vida, as coisas lhes correram mal (são estes muitas vezes os melhores candidatos), nem sequer possam tentar. Isto é de uma incrível estupidez, na minha opinião.
Concordo com o sr. Peter nine nine. Excelente comentário. As Forças Armadas Portuguesas recebem batismo de fogo muitas vezes em batalhas. Profissionalismo exemplar. Creio que o alistamento é voluntário só que os conscritos passam um dia recebendo aulas de como é a vida militar das forças portuguesa. Logo aqueles se inscrevem na Força ( evidente depois de conclusão dos exames serão aceitos). Não sei se está valendo isso ainda. No mais Grande abraço.
Nestes territórios, ao que parece, as lutas e conflitos nunca param.
Essa é a tendência do Islamismo, bobo é quem acredita no islã como algo pacífico só pq é uma religião!
Os fanáticos islâmicos espalham o terror dos confins da Ásia a África e sempre me pergunto como conseguem organização, armas , deslocamento etc…
Da mesma forma que o crime organizado no Brasil se sustenta, com apoio de políticos e empresários.
Infelizmente tenho que concordar caro Maurício!!!
E o tráfico internacional de drogas
Não só drogas, mas pedras preciosas, petróleo, e o pior deles, o tráfico humano.
No quinto parágrafo está escrito “Países Baios” donde seria “Países Baixos”?
De toda a forma, a França está arrastando seus irmãos europeus para esse buraco.
A única vantagem é manter a tropa adestrada e integrar procedimentos.
Abraço.
Prezado paulop
Países Baixos é o novo nome da Holanda. Isto porque Holanda é apenas uma região dos Países Baixos e eles resolveram unificar a nomenclatura. Seria como se o Brasil se chamasse Amazonas, embora seja apenas uma fatia do nosso território.
Abraço
João o nome da Holanda é Nederland a Holanda é o mesmo que Países Baixos, Holanda não é uma parte do país , mas sim o mesmo que Países Baixos
Vários países da UE, estão no Mali e por todo o Sahel, com tropas especiais, incluindo França e Portugal, à vários anos.
Interessante o coturno do militar da foto, parece um tênis Bull Terrier.
E sem meia! Hahahhaha
Boa observação. rsrsrs Apenas de curiosidade, recentemente foram apresentados os novos uniformes do exército de Portugal. Talvez para esta missão eles já utilizem os novos.
SP, já estão no Iraque…
É incrível como a Alemanha não se compromete com nada em termos de política externa.
Um eterno governo austero que se sustenta internacionalmente somente por ser a maior economia da Europa.
Se, por ventura, tiverem um impacto em sua economia, como várias estão tendo com o vírus, passarão a ser irrelevantes.
Acho que tu precisa pesquisar sobre o assunto… Comece pela MINUSMA.
Participação so em conflitos low end, e olhe lá, a maioria é só conselheiro e tropas para efetuarem treinamentos, no Mali que o bicho pega se recusam a mandar força de combate somente algumas poucas forças especiais, países menores estão mandando mais tropas ao combate.
A Alemanha é um câncer, para voce ver, os países do leste europeu que são da UE e Otan estão simplesmente excluindo a Alemanha da iniciativa 3 mares e pedindo suporte aos EUA, RU e França, sendo que a Alemanha repetidas vezes ja demonstrou o maior interesse em participar, sabe o porque fazem isso ?? Para controlar a iniciativa e não se prejudicarem com os russos, ou seja, colocam a segurança de seus aliados abaixo de uma relação comercial.
“Participação so em conflitos low end, e olhe lá, a maioria é só conselheiro e tropas para efetuarem treinamentos”
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No Afeganistão, era o país que mais tinha tropa lá, depois do USA.
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“no Mali que o bicho pega se recusam a mandar força de combate somente algumas poucas forças especiais, países menores estão mandando mais tropas ao combate.”
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No Mali, eles tem na faixa de 1 mil soldados.
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“A Alemanha é um câncer, para voce ver, os países do leste europeu que são da UE e Otan estão simplesmente excluindo a Alemanha da iniciativa 3 mares e pedindo suporte aos EUA, RU e França, sendo que a Alemanha repetidas vezes ja demonstrou o maior interesse em participar, sabe o porque fazem isso ?? Para controlar a iniciativa e não se prejudicarem com os russos, ou seja, colocam a segurança de seus aliados abaixo de uma relação comercial.”
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https://www.aicgs.org/site/wp-content/uploads/2019/04/Schelleis-SFR-2018-pdf.pdf
“No Afeganistão, era o país que mais tinha tropa lá, depois do USA“ – Era não é mais, depois de 2010 so mandaram os “consultores” de combate e inclusive não ficavam a cargo das áreas mais quentes que era os americanos ou britânicos que ficavam, ou em alguns casos os franceses.
“No Mali, eles tem na faixa de 1 mil soldados“ – acho que você não entendeu quando disse que so mandam consultores e tropas para realizar treinamentos, ou fez de má fé, desses 1 mil apenas alguns bocados estão combatendo, algumas unidades SOF, tanto que não enviaram tropas para FT.
Não entendi sua resposta enviando esse link: https://www.aicgs.org/site/wp-content/uploads/2019/04/Schelleis-SFR-2018-pdf.pdf, a iniciativa 3 mares é justamente para cobrir lacunas que a OTAN e UE não estão cobrindo. O apoio alemão a OTAN não diz nada há 3 seas initiative, que vem negando a participação alemã e isso é um fato.
https://youtu.be/tu_G4qNvBuo
Comentário meu preso desde hoje a tarde
O que me deixa mais chocado é que Estados Unidos em matéria gastos com orçamento militar , e equipamentos nessa área , logística em abastecimento das tropas , mesmo em outro lado do planeta , ganham de goleada de qualquer país , mas a indústria dos caras não pode direcionar todos os esforços para produzir , equipamentos de saúde suficiente para suprir a demanda de sua população . ” ah era só uma gripezinha” ….
Bom mesmo é o SUS, nós somos tão melhores que eles kakakakakaka
Muito bom, a Otan fica com os conflitos hing end e a UE com os assimétricos.
Portugal tem aumentado muito seu gasto militar, acho que já ate estão nos 2%.
Tem participado muito dos battlegroups da UE e da NRF da OTAN
Augusto o orçamento militar português encontra se abaixo dos 2%. Talvez para 2030 se alcance tal investimento.
É perguntei pq não consegui achar, so achei que cresceu 23%, para 2019, não sei se é verídico.
Augusto, não não é… Neste momento andará pelos 1,3% se tanto. Fora a diferença entre o orçamento e o que é realmente gasto que é sempre menos. Depois existem mil maneiras de o governo mostrar que o orçamento militar cresce. Por exemplo, os quartéis são propriedade do governo central e os militares pagam aluguer desses quartéis. Isso conta como orçamento militar. Percebe o quão idiota é isso??
Outro problema é semelhante ao do Brasil. Portugal tem no activo mais almirantes que navios na sua marinha fora os militares na reforma. Muito do orçamento vai para pessoal e não para equipamento.
Com uma reforma profunda e dura das Forças Armadas, Portugal poderia ter uma força militar mais pequena em pessoal mas bem equipada e armada, que penso ser a melhor solução.
Só em gastos de oficiais e quartéis vazios deve estar o valor de um par de F-35 por ano…
Estes caras da foto não são do SAS da França ?
Sao franceses sim. Mas a SAS é britânica, não francesa.
https://www.funker530.com/french-sas/
Não tinha ideia que a França e Reino Unido partilhavam a mesma designação para uma unidade especial…