Com venda recorde no exterior, indústria brasileira de defesa terá incentivo federal
Aeronaves, embarcações, ferramentas cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação, armamento, entre outros itens de alta tecnologia, contribuíram para que a indústria brasileira de defesa registrasse US$ 1,3 bilhão em exportações em 2019, o maior valor em 50 anos.
O governo prevê um acréscimo de 30% no total exportado pelo setor este ano e um potencial para atingir a cifra de US$ 5 bilhões em até três anos. Para isso, elabora um plano nacional para aumentar as vendas internacionais, atrair empresas do exterior para o país e estimular a formação de associações entre companhias nacionais e estrangeiras.
No governo, que conta com participação cada vez maior de militares, a avaliação é que a indústria nacional de defesa foi negligenciada nos últimos 30 anos. A partir de agora, o plano é aprofundar o papel do BNDES — que já financia as vendas desses produtos no mercado externo — na expansão das exportações de produtos de defesa.
Na última quinta-feira, o banco assinou um protocolo com o Ministério da Defesa, para elaboração de um plano de ação com esse objetivo. Melhores condições para os tomadores de empréstimos para viabilizar a exportação de itens estão entre as medidas a serem adotadas.
— O objetivo é ampliar as exportações brasileiras e, com isso, reduzir a dependência (do setor) do Orçamento das Forças Armadas — diz Marcos Rossi Martins, superintendente da Área de Indústria, Serviços e Comércio Exterior do BNDES, sem entrar em detalhes sobre como será a execução do plano.
Busca de novos mercados
No caso da associação entre empresas brasileiras e estrangeiras em outros países, um exemplo recente é a joint venture entre a fabricante brasileira de armas Taurus e a siderúrgica indiana Jindal Steel, anunciada na Índia, durante visita do presidente Jair Bolsonaro àquele país, em janeiro.
A nova empresa, da qual a Taurus terá 49%, vai produzir armas de pequeno porte e aproveitar a expertise da companhia brasileira, que fará a transferência de tecnologia.
Atualmente, os principais compradores de produtos de defesa brasileiros são Oriente Médio, África e América Latina. A ideia é ganhar espaço, também, nos países asiáticos, como China, Índia e Indonésia. De acordo com o Itamaraty, o Brasil exporta para 133 países. A participação em feiras internacionais e a realização de missões também farão parte dessa agenda.
Apesar da alta nas vendas ao exterior, o Brasil contabilizou um déficit de US$ 700 milhões na balança comercial do setor no ano passado com cerca de US$ 2 bilhões em importações. O Brasil importa, principalmente, plataformas terrestres e aeronáuticas. O novo plano de ação tem como meta reduzir a dependência das Forças Armadas brasileiras de produtos estrangeiros. Assim, além da questão econômica, o governo optou por estimular uma base industrial de defesa por razões estratégicas.
— A soberania nos permite nos livrarmos da dependência tecnológica, ou do cativeiro tecnológico. O desejável é que nossas Forças Armadas tenham condições, de uma maneira autônoma, de adquirir os meios para manter seu preparo, a sua prontidão, e cumprir suas missões constitucionais e institucionais — diz Marcos Degaut, secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa.
A indústria de defesa tem uma peculiaridade: todos os negócios do setor são controlados pela pasta da Defesa e pelo Itamaraty. Os dois ministérios fazem análises prévias sobre a venda de um produto a determinado país, com base no risco político e nas relações diplomáticas. Em eventos internacionais, é obrigatória a presença de uma comissão das duas pastas. Diferentemente de outros setores, o comércio de produtos de defesa entre dois países é feito de governo para governo.
Parceria com Portugal
Portugal, por exemplo, está na lista dos países com interesse direto na produção brasileira na área de defesa. O país foi o primeiro a adquirir aviões KC-390 fabricados pela Embraer. O contrato, fechado no ano passado, também prevê suporte, serviços e simulador de voo, como parte do processo de modernização da Força Aérea portuguesa. As entregas do cargueiro militar começam em 2023. Empresas portuguesas participaram do desenvolvimento de peças para a aeronave, assim como companhias argentinas e tchecas.
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) lembra que o Brasil esteve na década de 1980 entre os dez maiores exportadores de produtos de defesa no mundo. Segundo a revista americana Defense News, em 2019 o Brasil estava na 84ª posição entre os cem maiores exportadores.
De acordo com a Abimde, as exportações de produtos de defesa, em geral, ainda são pequenas, e poucas empresas brasileiras conseguem se inserir no mercado mundial do setor, que é altamente competitivo e dinâmico. Requer investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O cenário empresarial interno não é favorável, destacou a entidade, em nota.
Saleio Nuhs, presidente da Taurus, lembra que na Estratégia Nacional de Defesa do governo há regras de acordos de compensação importantes para as indústrias nacionais. Por esse mecanismo, em caso de importação de produtos de defesa, a exemplo de armas de fogo, deve haver, como condição para a compra, uma compensação tecnológica, industrial ou comercial por parte da empresa estrangeira contratada.
— O objetivo de tal contrapartida é evitar a dependência tecnológica de fornecedores estrangeiros, assegurando condições para o fortalecimento da base industrial de defesa em busca da autonomia, que estaria comprometida caso o país passasse a depender dos produtos fabricados no exterior — diz Nuhs, que se queixa da alta carga tributária como um fator que tira competitividade do setor.
FONTE: O Globo
Pra frente Brasil.
(a carroça)pra frente dos bois
Torça contra o Brasil mesmo, PALHAÇO!
Calllmmmaaaaa Welington S. kkkkkkkkkk
Sergio, eu fico grilado das ideia quando vejo pessoas torcendo contra tudo o que existe nesse país. Olha, é inacreditável esse anti-patriotismo que vejo exalando nas redes sociais e agora, pasmem, em uma página de cunho militar, onde claramente vemos uma notícia boa, vemos que a coisa está fluindo, e vem um palhaço querer desmerecer e debochar. Não me dou com esse tipo de gente. Porém, a Internet é tão democrática, que dá espaço para qualquer um comentar, inclusive, aos idiotas, vulgo ”Space Jockey.”
Abraço.
Esse tipo que diz que torce pelo Brasil é o mesmo que aplaude a entrega da base de Alcantara. O Falar grosso dessa gente do nacional-entreguismo não me engana.
Calma bete, calma!
calma Mona, ce tá muito estressada.
PALHAÇO!
Palhaço!
De tanto idiotas ufanistas como vc falarem e cantarem essa frase o país não foi pra frente como deveria pelo porte que tem.
Investir em tecnologia bélica, ao contrário dos raciocínios rasos verificados com certa frequência, potencializa a indústria para novos produtos, novas formas de produção e capacitação de quadros. Muitos dos confortos modernos e de dispositivos de segurança veicular, de transportes, de comunicação, etc começaram como produtos de emprego militar. É evidente que o Brasil deve se expandir no segmento, pois (para desespero dos puritanos) se um país que necessite de produtos de defesa não comprar de nós, vai com certeza comprar de russos, chineses, franceses…
A abertura democrática fez um bem danado à nossa indústria de defesa, da décima posição para a 84…
Agora compare com a inflação e a economia
Era a décima por falta de concorrência, eis que vendia menos do que foi vendido em 2019:
“contribuíram para que a indústria brasileira de defesa registrasse US$ 1,3 bilhão em exportações em 2019, o maior valor em 50 anos.”
provavelmente valores nao corrigidos.
Comentário com uma mistura perigosa de ideologia com ignorância.
Perigoso porque mostra que existe um nível educacional ainda mais baixo do que imaginamos.
Colega, o principal ambiente de combate entre países é o segmento econômico. Segmento este que não é a especialidade das FA e detém seus próprios soldados (no caso, civís).
Cada um no seu quadrado. A administração de um país é mais complexo do que parece e não existe a menor possibilidade de obter sucesso sendo gerenciado por uma única especialidade.
E referente ao título da matéria “…indústria brasileira de defesa terá incentivo federal.”, se o plano se concretizar (o que torço imensamente) necessitará do aval do Ministério da Economia, que com certeza sabem do impacto que bens militares tem nas balanças comerciais, bem como no investimento em pesquisa e desenvolvimento. O setor industrial militar precisa sobreviver de forma independente das FA.
“O novo plano de ação tem como meta reduzir a dependência das Forças Armadas brasileiras de produtos estrangeiros”
Isto só funciona se as Forças Armadas comprarem oque é produzido aqui. Pagar para desenvolver e não comprar; ou comprar em quantidades irrisórias que tornam o produto caro demais e inviável comercialmente; ou descumprirem os cronogramas de pagamento, atrasando projetos, desenvolvimento e entregas; tudo isto, não ajuda.
As forças armadas já participam do desenvolvimento de vários produtos junto às empresas brasileiras , O problema está na continuidade de dinheiro para tal. IME, CTEX INPE, INCT-INEspaço, ITA, IPqM, IPEN,CTMSP e muitos outros possuem projetos mas sempre esbarram no velho problema de retenção orçamentária. Sem invesimentos governamentais no setor de defesa, nada anda.
E pior é que depois de participar do desenvolvimento de vários produtos, resolvem entregar a empresa (especificamente a mais importante) para o exterior com a cantilena de que é uma empresa privada.
E a propósito, acompanhemos o que está ocorrendo com essas empresas, visto que o desastre mundial com o coronavirus está desmoronando as Bolsas de Valores.
Eu acompanho há alguns anos esses índices e nunca vi nada igual.
Dizem que nos EUA foi a maior queda em mais de 70 anos.
Na boa. Suas opiniões são totalmente fora do contexto. Tudo o que vc é contra pra vc é entreguismo. Vc está totalmente ERRADO. Então a Bombardier foi entregue à Airbus pelos canadenses? Se informe mais um pouco e talvez saberá o que é conjunção de esforços para que empresas se mantenham VIVAS no atual cenário econômico e mundial.
Cara, é incrível como você não consegue comentar nada sem torcer. Ou você tenta incluir uma crítica aos EUA ou você tenta incluir um elogio à China ou Rússia.
E o pior é que você é até um cara que daria para discutir. Você tem argumentos. Mas sempre se perde na torcida.
Veja o Camargoer. É um cara que sabemos que é de esquerda. Sabemos que suas argumentações tendem para um lado da conversa. Mas sempre está argumentando sem entrar nesse besteirol.
Tente ser mais razoável cara. É sempre bom ter um ponto de vista diferente para uma discussão. Mas esse besteirol aí que você insiste em explorar, impede qualquer conversa.
Zorann, perfeito. Quando leio sobre “nacionalizar a produção”, “transferência de tecnologia”, “compensação tecnológica”, até dói a espinha, pois sabemos bem como funciona. Paga o olho da cara por essas nomenclaturas para, no final, não adquirir o produto. Exemplos não faltam.
Conhecimento, quando não aplicado, se esvai. Espero que isso não aconteça com o Gripen, o Scorpene e as Tamandarés.
Bom:
1ª passo; querer ter uma indústria de defesa
2ª passo; investimento maciço em áreas estratégias sem cortes (eu disse estratégicas).
3ª passo; comprar o que se faz por essas empresas (demanda).
4ª passo; promover nossos produtos e procurar parceiros.
Parece simples isso que escrevi, mas nós não conseguimos passar do 1º passo.
Alguns defendem compra externas, outros de que devemos investir. Sem falar na contenção dos recursos e a falta de objetivos.
Comprar externo pode ser a primeira vista mais barato, afinal desenvolver em casa sai mais caro sim, mas as divisas ficam em casa e fomentamos a indústria nacional.
O que o Brasil quer? Essa é a pergunta.
Esses dias li da marinha indo atrás de embarcações de pequeno porte em PEAD francesas, achei uma baita sacanagem, temos boas opções nacionais!
A mesma marinha mandou terminar dois NPa com uma empresa estrangeira, como se nao tivessemos estaleiros nacionais para lidar com estes navio que são bem modestos pra falar a verdade!
E pra fechar o filme de terror parece que o MANSUP puxou o freio de mão tbm, não ouvi falar mais nada, podem me corrigir se for o caso, frustrante!
Eu só faço a “mea culpa” pq paaaareeeece que o programa de submarinos vai bem se não a desgraça seria total!
Caro Carlos, minha opinião seria sim de investir em nossa indústria, capacitar, desenvolver investir. Todos sabemos que navios coreanos são mais baratos e mais rápidos na entrega. Mas se não dermos oportunidades e escala para nossos estaleiros estaremos sempre comprando externo. Claro que a primeira impressão iriamos economizar comprando de prateleira, mas ai como fica nossa balança, jogando dólares ao estrangeiro. Se nosso país fosse pequeno em território e população, talvez isso não seria ruim, mas com as dimensões, população relevância econômica. Temos sim que investir na indústria nacional, torna mais competitiva, gerar escala. Desenvolver aqui e nos unir a parceiros em seus programas, esses são investimentos de estado e não de governo e demora uns 15 anos para aparecer os primeiros resultados. Mas para que o governo quer desenvolver uma indústria de alto valor agregado e trás divisas ao país e nos garante em eventuais conflitos. Sues exemplos são de claro descompasso dos próprios objetivos do país, uma hora compra TOT, em outra contrata externos para terminar dois patrulhas. Concordo com você. E na sua lista ainda tem o sisfron que poderia nos defender no narcotráfico e armas que chegam nas mãos de traficantes, tem o nosso torpedo pesado, programa espacial foi para o espaço, o radar OTH para impedir navios espiões, entre outros. Concordo com você em suas observações.
abraço.
É Isso, me parece tão óbvio que um navio mais caro fabricado aqui deixa o dinheiro em casa mas vai entender essas nossas forças armadas que parecem completamente perdidas!
Cara, o MANSUP teve noticias aqui em novembro e dezembro, não é receita de bolo, não basta somente mudar a quantidade de farinha. É alta tecnologia, mesmo que não seja o estado da arte. Logo teremos mais notícias.
Um bom começo.
Políticas de estado permanentes, na indústria de defesa, tecnologia e desenvolvimento técnico-científico… é disso que o país precisa.
Infelizmente não, Henrique. A lista se refere a empresas, como comentei e as compensações tecnológicas são balelas se não houver compra nas empresas nacionais. Há dois caminhos, ou incentivo a empresa nacional (mais custoso e demorado) ou a busca por fornecimento rápido e eficiente (melhor performace e menor custo). O resto é enrolação ou desconhecimento, tentando-se o impossível de abraçar o melhor dos dois mundos.
Caro Claudiney, por isso que me referi a políticas de estado permanentes … nunca as tivemos e é hora de as estabelecermos pensando seriamente no futuro. A China dá uma boa lição de dever de casa bem feito nesse tema…. disciplinados, focados … já praticamente dominam a cadeia produtiva de larga escala mundial e seguindo esse ritmo comprarão o mundo em poucas décadas. Abraço,
Lá vamos nós de novo! Mesma balela dos anos 80! Nossaa FFAA vão comprar quanto? E vamos usar onde? Qual lado será o nosso para que nossos aliados e compradores sintam segurança no compromisso por nós assumidos como fornecedores?
A AVIBRAS coitada, esta agonizando… Dependendo quase q exclusivamente de alguns poucos paises do orienfe médio e do volatil, governo brasileiro.
Centenas de funcionários mandado embora, outros por serem demitidos, a direção contratou dezenas de gerentes da vendida EMBRAER, q trouxeram seus pupilos para substituir os funcionários da AVIBRAS.
Agora vai se individar com o governo federal, seu maior credor? Kkkk
A nossa industria de defesa vai recuperar o terreno perdido. Uma industria de defesa é bom para todos os setores da economia ajuda a desenvolver novas tecnologias que depois depois serão usadas pelas industrias civis.
Essa informação que o Brasil é o 84° maior exportador de armas do mundo claramente está errada.
Não existem 83 países capazes de estarem a frente do Brasil.
Na América temos EUA e, talvez, o Canadá.
Na Oceania talvez a Austrália.
Na Ásia temos China, Coreia do Sul, Israel e, talvez, Indonésia, Paquistão e Índia.
Na África talvez a África do Sul.
Chutando alto: 10 países.
Mesmo considerando que todos os países europeus exportem mais armas que o Brasil (o que certamente está errado, pois tem o Vaticano, Andorra, Luxemburgo e outros países insignificantes em termos de indústria bélica) seriam mais 50.
Total: 60 países.
Ou seja, é impossível o Brasil ser apenas o 84° exportador de armas tendo a Embraer, a CBC, a Taurus, a Avibrás e mais algumas outras empresas menores.
Concordo contigo.
E te digo q nem Canadá e Austrália.
Sds
Canadá eu tenho um pouco de dúvida, pois a General Dynamics Canadá fabrica e exporta o blindado LAV, tem a Bombardier que vende alguns jatos para operarem como AWACS, tem a Viking que ainda fabrica aviões bimotores, a PW que fabrica turbina de aviões, etc.
Austrália eu coloquei mais por desencargo de consciência mesmo rsrsrs.
Realmente
São MEM bem caros, q pode elevá-lo não colocação.
Pois é, com certeza você tem razão.
E na Europa, cerca de 15 países possuem condições de ter tido exportações militares superiores à brasileira. Os que com certeza possuem são Alemanha, Reino Unido, França, Espanha,Itália e Suécia e Ucrânia.
Considerando Rússia e Turquia como Europa, são mais dois.
Os que provavelmente possuam são países baixos, Finlândia, Noruega, Áustria, Portugal,Polônia, Grécia (?), Dinamarca (?), Bélgica (?).
O restante acho muito difícil.
Ou seja, no total, provavelmente não tenha como o Brasil estar acima do 30º.
Rafael Oliveira
Parece que a lista é de fabricantes de armas (valor exportado) e não de países em si.
https://people.defensenews.com/top-100/
O maior e melhor incentivo que o governo federal pode dar a BID, é mais e melhor concorrência!!!!
Além de muita transparência, né MB que rasga o próprio edital, né FAB que insiste em levar a Embraer, pela mãozinha a todo santo lugar…
Qnto mais exposta a BID for a concorrência, melhor pro Brasil.
Rapidinho ela estará fazendo companhia a Engesa…
Maravilha!!!!
Boa noite
O assunto é interessante.
Quais países conseguem manter sua BID?
Se EUA e Rússia não estivessem tão metidos em guerras, será q manteriam?
A Europa tem seus principais produtores “no laço” há muito tempo.
A ideia é ótima, sem duvida nenhuma, mas manter o setor aquecido internamente com o nível de ameaças e outras responsabilidades em outras pastas q temos, é muuuuuuuuuito difícil.
Sds
Caro Sr. Agnelo,
Todos os países exportadores de produtos de defesa possuem por trás uma engenharia financeira de financiamento e crédito para melhorar competitividade e alavancar vendas, inclusive com MUITO dinheiro público. Está aí o tão “aclamado” FMS, que não deixa mentir.
Era mais que óbvio que o Brasil, já que possui esse banco de desenvolvimento paquidérmico, pudesse criar o seu próprio instrumento para tal.
Eu sempre falo que o Brasil é um dos 5 mega-países do mundo, sendo que 4 deles são exatamente as atuais potências militares mundiais e o Brasil precisa crescer e encontrar sua melhor posição, que atualmente está bem atrás. Para isso, entre muitas outras coisas, precisa de uma BID decente. A BID não é só um instrumento de política de defesa, mas instrumento de desenvolvimento.
Essa linha de crédito não irá resolver todos os problemas da BID. Estará longe de ser suficiente para o país o ter a BID que precisa. No entanto, é um instrumento importante de fomento e deverá trazer alguns resultados positivos.
Abraços.
Boa noite GFC
Concordo contigo.
Acredito realmente q a criação de empregos e o desenvolvimento de tecnologias, de emprego dual inclusive, são ótimos reforços para a criação e manutenção de uma boa BID.
Mas há necessidade de grande convencimento político.
Sds
Acredito que seja possível manter compras regulares na indústria de defesa apenas de produtos com maior escala de produção. Exemplo: fuzis (Imbel), pistolas (Taurus) e blindados (Iveco).
Também seria possível comprar navios menores em maior escala (lanchas, barcos, Napa 250 e até NaPa 500), metralhadoras e canhões para o Guarani e para essas embarcações e drones.
E, claro, produtos com qualidade internacional poderiam ser incentivados, mas necessariamente dependem do sucesso de exportações, como Super Tucano e KC-390. Idealmente, todos os produtos deveriam ser exportados, mas a concorrência é grande e nem todos nossos produtos tem um bom custo-benefício, de forma que perdem vendas para produtos estrangeiros.
O que eu vejo como erro é o Brasil investir em produtos muito sofisticados e caros e sem respaldo de uma grande empresa. Não vislumbro, por exemplo, a exportação de corvetas e submarinos. Além disso, muito do que é pesquisado claramente não trará qualquer resultado, como, por exemplo, o torpedo pesado nacional (o investimento até chegar no produto é na casa dos bilhões, o que não teremos para um produto de pequena escala e caríssimo). Dinheiro gasto com isso é dinheiro perdido. Investir num míssil ar-ar ou terra-ar é muito mais produtivo.
Quanto ao financiamento, desconheço qualquer venda que teria sido perdida por falta de financiamento do BNDES que tem linha de crédito para exportações. Sobre o FMS seu sucesso se deve mais a doação de produtos usados ou preços mais baixos mesmo (ou seja, os produtos em si) do que as taxas de financiamento em si.
E claro, tem o custo-Brasil, que depende de uma reforma tributária robusta.
Concordo com sua ideia que dificilmente exportamos os submarinos, mas os velhos como um “mal necessário” sua produção local já que em tese diminui a chance de dados precisos dos mesmos vazarem/serem coletados por outros países… Claro isso não é garantido mas já ajuda.
Pensata
Sobre os navios em vez de querer vende-los no exterior por que não vender navios civis com essa tecnologia? Ou vende-los usado com meia-vida e comprar meios para substituir-los? Para mim a BID/Industria Naval dificilmente poder competir com preço ou com “tradição” ela deve procurar um meio termo ou um nicho…
Boa parte dos estaleiros nacionais tem tecnologia para produzir navios civis, tanto que produzem e tem essa como sendo a sua principal atividade. O problema é preço mesmo para competir no mercado internacional, de forma que acabam vendendo apenas para empresas nacionais.
Isso de “manter compras regulares na indústria de defesa”, é conversa pra boi dormir ou mais exatamente a indústria querendo uma reservinha de mercado pra se encostar.
Compras militares são finitas e atendem a necessidade específicas, não é como o Senado que pretende gastar $23000, em 789 carimbos…
Carimbos não tem ciclo de vida útil de 30 anos, passível de ser estendido por mais uns 20.
Mísseis e torpedos não tem diferença nenhuma, se você não tem tecnologia que una performance, preço e prazo; trate de desenvolve-la e não compra-la dos outros.
O que nos leva as corvetas e submarinos, pois não se pode exportar sem permissão, algo cujas tecnologias empregadas pertençam a terceiros.
Existem diferenças gritantes entre mísseis e torpedos, sendo os últimos mais complexos.
Basta ver o número de países que fabricam mísseis e os que fabricam torpedos.
Outrossim, o Brasil já tem certa tecnologia na área de mísseis, tendo produzido alguns modelos e tendo um produto finalizado em parceria com a África do Sul.
Torpedo está em fase embrionária.
Muitas armas tem ciclo de vida melhor. Eu citei fuzis, pistolas e mesmo blindados não deveriam ter uma vida útil tão grande.
Rafael
Concordo
Mas acredito q seria possível entrar em um ciclo virtuoso q manteria a Indústria.
Ex:
Quando o modelo B estiver no meio de seu período de produção, o C estará sendo desenvolvido e o modelo A estará na atualização final.
O q ocorre no Brasil é o q?
Desenvolveram o A, fabricaram o A e para…… anos depois… atualiza A….. depois desenvolve B, produz B, para….
Logo, camarada…. fica difícil.
Acredito também q temos boas relações com todos os lados. Podemos trabalhar juntos com vários países. Exemplo, Índia, Suécia, África do Sul.
Isso daria uma boa dinâmica, acredito.
Incentivo Fiscal!? É piada!? O termo mais correto seria tirar um câncer tributário decima da industria militar do Brasil.
A BID tem regime tributário próprio, lembra das EED???? E nem assim deslancha.
Putz…estatismo? Tem gente querendo uma teta pra depois da aposentadoria…
Off topic:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/02/crise-entre-russia-e-turquia-se-agrava-na-guerra-civil-da-siria.shtml
CORREÇÃO AO ARTIGO: A lista é de empresas e é a EMBRAER que está na 84ª posição. Não países!!!
Isso sim faz sentido.
Pois é, 5 bilhões em venda, ou seja uma industria hiper lucrativa e estratégica.
E deixaram desnacionalizar a maioria delas.
Parece que só agora ao ver as cifras é que o GF está percebendo a importância de se investir na industria de defesa e no reequipamento das FAA,s.
E para piorar o que já é muito ruim, a maioria dos comentaristas aqui apoiam esse processo de desmantelamento sistemático da capacidade fabril bélica nacional, através de importações e desnacionalização de empresas de defesa.
Burrice deve ser genético, só assim para explicar atos desastrosos nacionais.
Só que para melhorar ainda mais a capacidade nacional seria interessante o incentivo as start ups nas faculdades, cooperação de empresa nacionais ou mesmo governo com os países do Brics, e America latina etc.
Os Argentinos por exemplo possui um projeto de canhão de 105 (ou 150mm) denominado CALIV que com aportes financeiros e de conhecimentos e tecnologias nacionais se tornaria uma ótima opção, já que o EB busca um canhão rebocado para modernizar sua artilharia.
Outro projeto seria a continuidade do Patrulheiro da Amazônia em cooperação com a Colômbia.
A Colômbia tem o projeto de defesa costeira, que poderia ser co desenvolvido por com nós, utilizando nosso radar OTH-100, mísseis Mansup/ MT-300 etc..
Um caça conjunto para o continente seria muito bem vindo.
O mesmo pode ser baseado no AMX ou Pampa-III.
Uma Fragata continental baseada no projeto original das CCT/CPN, com melhorias e modificações indicadas por países participantes também é muito interessante.
Ou seja, só verbas não adianta, ainda mais agora que a maioria de nossas empresa de defesa estão em mãos de multi estrangeiras.
Além das verbas precisamos mais ainda de projetos de estado e estratégia que viabilizem o crescimento e concretização das empresas nacionais atuais e futuras.
Foxtrot, boa noite.
Concordo em parte contigo.
Acredito q seria melhor países q podem ter mais estabilidade na Indústria de defesa, como nos BRICS q disse e Suécia, por exemplo.
Argentina, Colômbia, já não sei.
Sds
Caro Ângelo, boa tarde.
A Suécia eu discordo, pois no projeto Gripen só nos ofereceram o que outras nações mais desenvolvidas nos oferecem, ou seja tecnologias associadas a submissão.
Enquanto perdemos tempo e gastamos dinheiro reinventando a roda com AVTM/Matador e Mansup e tecnologia avança:
(https://www.snafu-solomon.com/2020/02/agm-183a-air-launched-rapid-response.html)
Urge privilegiarmos as pesquisas em trono do veículo 14-X, mas sem a ingerência da Embraer, Avibras e o restante da BID incompetente, inútil, qndo não corrupta.