Fuzileiros venezuelanos modernizam blindados EE-11 Urutu
De acordo com o Ministério da Defesa, os veículos de transporte de pessoal serão entregues em lotes até 2021
Os fuzileiros navais da Venezuela, uma tropa de elite inspirada nos marines americanos, estão voltando a operar blindados EE-11 Urutu, brasileiros, modernizados. De acordo com o Ministério da Defesa, os veículos de transporte de pessoal serão entregues em lotes até 2021. São mantidos na base da Infantaria da Marinha de Puerto Cabello, no litoral caribenho.
Alguns esquadrões, provavelmente dois deles, devem ser deslocados para exercícios de pré-posicionamento na região próxima das fronteiras com Colômbia e Brasil, corredores de fuga por onde entram nos dois países centenas de refugiados todos os dias. O projeto de revitalização da frota de 37 unidades começou há cerca de quatro anos. Avançou lentamente por causa da irregularidade na liberação de recursos até ser incluído no plano de reequipamento das Forças Armadas, lançado pelo presidente Nicolás Maduro em julho de 2018.
O programa vai custar US$ 25 milhões, segundo o site Army Recognition. O EE-11 Urutu venezuelano, rebatizado VE, foi selecionado em 1983 e contratado um ano depois pelo então presidente Jaime Lusinchi. A encomenda original, de 60 blindados, foi reduzida para 40 e acabou em 38 exemplares. Um foi perdido durante exercício. O EE-11, desenvolvido e fabricado pela Engesa Engenheiros Especializados, foi exportado para 15 países. O grupo encerrou suas atividades em 1993.
A revitalização está sendo feita por um pequeno consórcio de empresas locais e fornecedores internacionais sob a supervisão de técnicos e engenheiros da Armada Nacional. Nenhuma organização do Brasil participa do contrato.
É um processo longo que implica a recuperação de motores e componentes mecânicos. Os conjuntos óticos analógicos estão sendo substituídos por sistemas digitais avançados, com capacidade de visão noturna. Foram incorporados acessórios eletrônicos de definição de rotas, localização por satélite e comunicações protegidas.
O Urutu é anfíbio. O armamento original padrão de bordo é uma metralhadora 12.7 mm acoplada a uma pequena escotilha superior. Na nova versão, ao menos dois esquadrões receberam um canhão Oerlikon de 20mm. Os fuzileiros bolivarianos são 5,5 mil. Bem treinados e equipados não tiveram os recursos orçamentários comprometidos pela crise econômica que atinge o país – em 2019 a inflação venezuelana chegou a 200.000%.
Para um oficial do Brasil, ex-integrante do Comando Militar da Amazônia, atualmente nos quadros da reserva, “a preocupação (da Venezuela) é com a manutenção da presença e da vigilância na faixa de selva das fronteiras; por lá não tem sentido o emprego de outros tipos de viatura que não sejam as blindadas sobre rodas, leves e rápidas”.
Veterano de guerra
O Exército brasileiro tem 223 EE-11 Urutu e mantém um protocolo de recuperação da frota. Gradualmente, os EE-11 estão sendo substituídos pelo Guarani, de 14 toneladas, mais moderno, fornecido pela divisão militar da Iveco Veículo de Defesa, de Sete Lagoas (MG). Criado em cooperação com o Exército, projeto contempla 17 diferentes configurações. A encomenda formalizada é de pouco mais de 2 mil blindados.
O anfíbio da Engesa é um veterano de guerra. Esteve com as forças do Iraque no conflito de oito anos contra o Irã, e mais uma vez com a tropa de Saddam Hussein na invasão do Kuwait. Na rebelião da Líbia, em 2011, e de novo em 2018, na repressão às manifestações armadas dos grupos radicais islâmicos contrários ao governo provisório de Trípoli. Passou por modificações – ganhou uma torre blindada e uma pá dianteira para remover barricadas – antes de ser levado pelo batalhão brasileiro para a missão de estabilização do Haiti.
No continente, é utilizado pelo Exército da Colômbia no combate às duas frentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que não aderiram ao acordo de paz de 2016 e ao Exército de Libertação Nacional (ELN) – o movimento que rejeita o pacto.
O caso colombiano é emblemático. Os assessores militares enviados ao país pelos Estados Unidos a partir do ano 2000 nos termos do Plano Colômbia, de combate ao tráfico e à guerrilha, indicaram a necessidade da criação de um efetivo conjunto de forças terrestres e da aeronáutica, com capacidade de atuação rápida.
A arquitetura final do grupo acabou usando três produtos brasileiros: o EE-11 Urutu, o EE-9 Cascavel – armado com canhão de 90mm -, e o Super Tucano, turboélice de ataque leve, da Embraer. Os veículos, ambos da Engesa, usam a mesma plataforma e a mesma suspensão. Os dois têm bom desempenho em terrenos irregulares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Jornal de Brasília
Pneu murcho, não vai a lugar nenhum, porque não pagou pro Brasil reformar ? Reformamos os Paraguaios..
Caro Alexandre. Talvez porque o Ministro das Relações Exteriores do Brasil disse que não reconhece o governo do Presidente Maduro. Então teria que combinar com o Guaido para assinar um convênio. Decisões têm consequências.
Camargoer
” O projeto de revitalização da frota de 37 unidades começou há cerca de QUATRO ANOS. Avançou lentamente por causa da irregularidade na liberação de recursos até ser incluído no plano de reequipamento das Forças Armadas, lançado pelo presidente Nicolás Maduro em julho de 2018.”
Eles quiseram revitalizar por conta própria (oq é direito deles) pq FELIZMENTE não tem mais BNDES para ajudá-los, senão seria outro CALOTE a vista, e tenho certeza que nós brasileiros iríamos pagar muito mais que esses 25 milhões de US$ segundo a matéria. A cada dia que passa eu fico mais feliz com o meu voto.
Cara você ainda acredita na lenda “urbana” que BNDES , financiou ditaduras na América Central e do Sul ?? Sério mesmo ??
Alexandre eu não sei aonde vc estava nos últimos 16 anos, mas tem uma ferramenta de pesquisa chamada “google” e dá uma pesquisada lá, coloque “BNDES + financiamentos para países” e boa leitura.
Olá Alessandro. Em quem eu ou você votamos é irrelevante. É possível concordar uma linha de ação de um governo e discordar de outra. É possível discordar de todas as linhas de ação de um governo. É possível (mas menos provável) concordar com todas as linhas de ação de um governo (é possível até ser obrigado a concordar mesmo discordando, mas essa é uma outra história). É razoável avaliar o passado para encontrar acertos (que devem ser repetidos) e erros (que devem ser evitados) mas a ação é no presente. Criticar o passado não muda o passado. Criticar o passado também só faz sentido pensando na ação presente.
Sim Camargoer, estamos de acordo na questão “linhas de ação de um governo, mas eu só quis colocar meu ponto de vista no complemento do meu comentário, e lembrá-lo que a modernização começou antes da eleição do Bolsonaro, então a decisão do Maduro foi anterior a este governo atual tomar posse.
Olá Alessandro. Perfeito. Acho que outros colegas levantaram esse mesmo ponto (um excelente ponto por sinal). Eu tenho várias críticas à atual linha de ação do Itamaraty. Fico quase desesperado quando vejo perderem alguma oportunidades e prejudicar antigas iniciativas bem sucedidas. Eu insisto que é irrelevante em quem cada um votou no passado (ou pretende votar na próxima eleição. Isso algo pessoal e tem garantido o segredo). O risco da discussão degringolar é grande. Temos muitas coisas legais para debater e muitos pontos de vista diferentes para explorar. Um abraço.
Alessandro, então você se orgulha dos 48 milhões que o BNDES pagou em consultorias que não encontraram nada de ilícito? Digo e repito, não foi 48 reais e nem 48 mil, mas sim 48 MILHÕES $$$$
Kommander, de forma alguma, mas devo lembrá-lo que essa auditoria começou no governo Temer e está em fase final, e exigiram para terminar mais 2 milhões de aditivo oq deixou o atual presidente indignado e até achar estranho essa auditoria, mas de qualquer forma é VÁLIDA a sua crítica sobre esse ABSURDO de valores mesmo que tivesse sido iniciada no governo atual, mas tenho que reafirmar NÃO FOI.
Já você apoia o governo democrático e legítimo de Nicolas Maduro, não é?
Ola Nonato. Reconheço a vida, a liberdade do indivíduo e a igualdade de todos perante a lei como direitos naturais da pessoa. Como consequência, sou um democrata teimoso e um humanista empedernido. Apenas a democracia é capaz de garantir os direitos naturais da pessoa, por meio do Estado de Direito, do respeito à soberania popular e da garantia dos direitos humanos. Desprezo qualquer regime que seja contrário á democracia. Desprezo os pequenos e grandes ditadores. Também desprezo os psicopatas que pensam como ditadores. Expliquei em vários momentos como o Itamaraty comprometeu a possibilidade do Brasil conduzir o processe de transição na Venezuela de forma negociada e que a política de enfrentamento levou a um acirramento do impasse na Venezuela.
Não perde seu tempo em explicar não meu nobre , tem muita gente aqui com pensamento “limitado” , eu entendi perfeitamente sua explicação e concordo plenamente com o que você disse , o Brasil deveria agira como um mediador na questão da Venezuela , e não ficar colocando mais “gasolina” no fogo , igual o nosso ministro da relações exteriores faz ..
Olá Alexandre. Exato. A disputa partidária doméstica tem pouco a ver com o debate sobre política externa. O ponto nem é concordar comigo, mas ampliar o debate. Valeus.
Realmente, perdemos uma gigantesca oportunidade de modernizar impressionantes 37 (trinta e sete) unidades. Para termos acesso a essa fortuna, bastaria apenas termos apoiado uma ditadura socialista sanguinária (pleonasmo) vizinha ao nosso país. Ainda bem que você lembrou ao Ministro das Relações Exteriores que decisões têm consequências, pois aposto que você sabe muito mais do que ele de relações exteriores, afinal o senhor é diplomata, correto Camargoer?
O Brasil fez o certo em rechaçar esses psicopatas do Maduro, e não serão ridículos 37 Urutus eventualmente modernizados que pagarão pelos milhões de venezuelanos prejudicados por esses facínoras.
No mais, o que “perdemos” em comércio com esse ditador, ganhamos de sobra com a Colômbia, pois a Colômbia com certeza não gostaria de ver o Brasil mantendo relações com o Maduro, e a Colômbia é muito mais importante para a nossa balança comercial que o ditadorzinho venezuelano.
Outro país muito mais importante para nós, em todos os sentidos, são os EUA, e eles também não nos apoiariam se ficássemos do lado de Venezuela e lixos similares. Você prefere ficar do lado dos EUA, tendo acesso à OTAN, OCDE e outros, ou da Venezuela?
Decisões têm consequências, não é mesmo? É abjeta a tentativa de pessoas como você e similares de tentar desmerecer a postura geopolítica do Brasil só porque você quer defender as suas ditaduras de estimação e os seus democídios prediletos! Ao proteger o Maduro, camargoer, você está defendendo, goste ou não, o assassinato de venezuelanos. Saiba disso antes de vir com suas frases de efeito baratas.
Caro Daglian. Como já expliquei algumas vezes (inclusive hoje) sou professor de química (ainda não sei o que a carreira profissional de qualquer colega aqui na trilogia faça diferença. Sorte que gosto do que faço). As poucas dezenas de Urutus não faria nenhuma diferença. A Venezuela continuaria importando principalmente dos EUA, da China e da Índia (e apenas 5% do Brasil). A reforma desses carros de combate também não alteraria os 30% de capacidade ociosa da indústria brasileira nem os 12% de desocupação. Talvez, abastecer o mercado venezuelano de 30 milhões de pessoas com bens industrializados poderia elevar as exportações brasileiras para a Venezuela de 5% (ou cerca de US$ 500 milhões) para 10% ou com um pouco de esforço à 15%. De fato, a Colômbia importa do Brasil cerca de US$ 2,5 bilhões e seria excelente que as exportações crescessem para US$ 3 bilhões ou US$ 5 bilhões. Contudo, creio que o dono da quitanda não escolhe cliente, até porque o Brasil exporta cerca de US$ 1 bilhão para a Coreia do Norte. US$ 500 milhões para as Filipinas, US$ 450 milhões para a Turquia, igualmente considerados ditadores pela comunidade internacional.
Camargoer, não sei o quanto você conhece de química, mas de geografia parece conhecer pouco.
Nas Filipinas, depois da constituição de 1987, houveram 5 eleições democráticas para presidente, com 5 partidos diferentes assumindo o cargo de presidente e 6 presidentes diferentes – um dos presidentes foi impichado por corrupção. Lá a reeleição não existe. A popularidade do Duterte é grande e seu partido atingiu a maioria do senado nas eleições do ano passado. Seu mandado de 6 anos vai até 2022 e depois disso, não tenha dúvidas, outra pessoa irá sucede-lo.
Muito diferente de Venezuela, Russia, Síria, China, Coreia do Norte.
Caro Andre. De fato, ainda preciso estudar muito. Por isso eu me apoio muito em algumas fontes. Segundo a FreedonHouse, são considerados países Not free Venezuela (19 pontos), Russia (20 pontos), China (11 pontos), Coreia do Norte (3 pontos) e Turquia (31 pontos). A pontuação da Síria é zero onde o Estado colapsou (eu nem sei se o Brasil exporta algo para a Síria). As Filipinas é considerado um país Partly free (61 pontos), o que corrobora sua ideia que as não seria correto incluir as Filipinas na mesma classe dos outros países. Contudo, a mesma FreedonHouse menciona que o presidente Duterte está conduzindo um estado de exceção, utilizando o sistema jurídico em benefício de uma elite oligárquica, enquanto tem executado milhares de pessoas sem julgamento em uma lógica de “guerra às drogas”. Segundo o Relatório da “Human Rights Watch”, as crise humanitária na Venezuela, os (milhares) assassinatos promovidos por milícias apoiadas pelo presidente Duterte na “guerra ás drogas” e as prisões arbitrárias na China são mencionadas no mesmo parágrafo. No relatório específico sobe as Filipinas, é mencionado mais de 22 mil mortes decorrentes das ações da polícia em sua “guerra às drogas”, além da prisão de políticos e membros do judiciário contrários á política de extermínio promovida por Duterte. Segundo o “The Guardian”, a Anistia Internacional (jul/2019) denunciou a ocorrência de assassinatos em massa da população pobre e pede que o presidente Duterte seja investigado pela ONU por crimes contra a humanidade. Em fev/2019 a Folha publicou uma reportagem com o título “Licença para matar” sobre as Filipinas com o seguinte trecho “Matem os criminosos, e eu os protegerei. Abusem ou cometam crimes privados, e eu os matarei”, declarou [Duterte] publicamente à polícia nacional. Também há uma resolução da Comissão de Direitos Humanos da ONU de 11/julho/2019 (Promotion and protection of human rights in the Philippines) aprovada (com abstenção do Brasil) sobre os assassinatos em massa nas Filipinas.
Daglian, perfeito valeu texto.
Caro Camargoer, leia novamente a reportagem ” O projeto de revitalização da frota de 37 unidades começou há cerca de quatro anos.” isto é, inciou no governo alinhado com Maduro.
Ola Mauricio. Excelente argumento. Quatro anos atrás (2015/2016) houve a transição no Itamaraty do ministro Vieira (Dilma) para Serra (Temer) em maio/2016. Depois o ministério foi ocupado pelo Aloyso Nunes (com um interino na transição) e então pelo Ernesto (Bolsonaro). Há diversas reportagens com declarações do Serra criticando a Venezuela. A mudança de postura do Itamaraty em relação à Venezuela começa no governo Temer. Segundo o MDIC (ministério do desenvolvimento da indústria e comércio), o Brasil exportou para a Venezuela US$$ 4,8 bilhões (2013), US$ 4,6 bilhões (2014), US$ 2,9 bilhões (2015), US$ 1,2 bilhão (2016), US$ 0,47 bilhão (2017) e US$ 0,57 bilhão (2018). Esses números que as exportações do Brasil para a Venezuela caem ao mesmo tempo que a crise econômica no Brasil se instala e que o há uma mudança de orientação do governo brasileiro. Pelo lado Venezuelano, a vitória de Chavez em 1998 é resultado da repressão dos governos liberais na Venezuela (que provocou o Caracazo). Chavez vence a eleição com uma proposta de mudar a Constituição. A tentativa de golpe contra Chavez em 2002, patrocinada pelos EUA, prejudicou as relações diplomáticas entre os dois países desde então, levando Chavez a se aproximar da Russia (e depois da China). Nesse período o comércio Brasil-Venezuela era muito favorável ao Brasil (superávites maiores que US$ 3,5 bilhões ao ano). Chavez morre em 2013 e Maduro vence as eleições, cujo resultado foi aceito pela oposição. O preço do petróleo cai pressionando as contas do governo venezuelano. resultando em protestos da oposição que foram violentamente reprimidos pelo governo. Em 2016 há uma negociação mediada pela Espanha para a antecipação das eleições presidenciais para 2018 como meio de solucionar a crise política, contudo a oposição abandona as negociações recrudescendo o impasse político. Ainda assim, a eleição com a vitoria de Maduro, mas desta vez a oposição não reconheceu o resultado, aprofundando a crise política que culmina com a autoproclamação de Guado. A crise humanitária do refugiados venezuelanos buscando asilo no Brasil começa em 2016 (na época pouco divulgado na imprensa brasileira que estava envolvida no processo de deposição da Dilma) mas ganha repercussão no fim do Gov. Temer e início Bolsonaro. Após esse longo resumo (desculpe) posso colocar minha critica ao atual governo (lembrando que governos passados estão encerrados. O único governo que tem a possibilidade de fazer algo é o que está no poder. Isso tem que ficar claro). O Itamaraty compromete a sua capacidade de liderar um processo de transição política no início de 2019 ao tomar uma posição favorável á Guaido. Uma tolice. O presidente havia tomado posse naquele momento, o que dava a ele alguma legitimidade para negociar a crise, talvez buscando novas eleições gerais no fim de 2019, exercendo a pressão da sua liderança regional (geralmente, esse tipo de impasse é resolvido dando ao presidente a oportunidade de concluir o mandato sem pleitear a reeleição e colocando outras lideranças da oposição como candidatos). Ao mesmo tempo, romperia a crise de abastecimento para evitar a crise humanitária e ao mesmo tempo garantiria para as empresas brasileiras a preferência para fornecer produtos de primeira necessidade (alimentos, higiene e saúde). Maduro estaria deixando o governo agora para um exílio em segurança, a oposição teria grande chance de ganhar a eleição com reconhecimento da comunidade internacional. o Brasil reforçaria seu papel de mediador e garantidor da paz no continente, o governo ganharia reconhecimento internacional ampliando seu softpower e a indústria brasileira teria conseguido acesso a um mercado de 30 mllhões de consumidores, recuperando a condição superavitária. Essa era a ideia que eu defendi no início de 2019. Totalmente contrária ao confronto. Por outro lado, após um anos, Maduro está no poder, não há perspectiva de uma transição de poder negociada, o Brasil comprometeu sua capacidade de conduzir o processo e a China, EUA e Índia são os grande exportadores de produtos para a Venezuela.
Camargoer, o governo brasileiro não reconhece o governo do Ditador Maduro, assim como fazem muitos outros governos.
Caro Wellington. Eu lembro que Geisel reconheceu o governo comunista de Angola pensando mais na geopolítica do que na ideologia. O fato do Itamaraty não reconhecer o resultado da eleição de 2018 é irrelevante para a solução do problema da Venezuela. Caro o governo reconhecesse a legitimidade de Maduro já estaria resolvido. O problema é o conflito entre a oposição e o governo na Venezuela que se tornou um problema para o Brasil por ocorrer em um país vizinho. O Itamaraty existe para evitar que surjam problemas, para evitar que pequenos problemas virem grandes problemas e encontrar soluções para os problemas. Um ministério das relações exteriores que cria problemas também é um problema interno do governo.
Camargoer exatamente essa é a função do itamaraty e é exatamente o que está fazendo olha só á postura do brasil já fez o boliviano sair com o rabo entre as pernas o uruguai agora estão alinhados á nós,se ficarmos alinhados á Venezuela só perderíamos
em nota de confiança estrangeira basta analisar somos mais confiáveis agora do que antes,nos somos muito maior do quê esse pais tal republica de bananas alinhados com bolivia,cuba,venezuela. somos China,EUA,Reino unido,Japão,israel e restante do mundo capitalista Alias não se esqueça dos Bilhões da Arabia saudita.
Caro Jon. Acho que discordamos. Como não sou diplomata uso muito o Le Monde Diplomatique, o Foreing Affars e alguns artigos publicados no Scielo para tentar entender. Uma boa referência são os artigos do Jamil Chade que há anos cobre os organismos internacionais. A diplomacia brasileira está passando por uma crise. A ideia de colocar os vizinhos com o “rabo entre as pernas” nunca foi solução diplomática, mas um modo de realimentar o conflito (estou lendo “Maldita Guerra” sobre a Guerra do Paraguai. Recomendo). Hoje, mesmo os países socialistas estão integrado ao comércio internacional. O desafio do Sex XXi não é entre capitalismo x comunismo, nem mesmo sobre ocidente x oriente (como foi pensado que seria após a queda do muro de Berlin) mas sobre democracia x totalitarismo (incluindo o fascismo moderninho). Keynes já tinha notado que um economia liberal não pode ter sucesso se fizer fronteiras com a miséria e mesmo Maquiavel discutiu que é melhor transformas inimigos em aliados do que aliados em inimigos. Por algum motivo torpe, o continente americano (de norte a sul) é extremamente violento, com níveis de homicídio altíssimos. o que em parte é causa e consequência da desigualdade social tanto doméstica quanto internacional.
Mais um estupro… rsrsrs
Acredito que foi por que deram preferencia à participação de empresas locais.
Tal qual o Trump? Parece que ultraneoliberalismo só viceja por aqui…
Tem um aparelho que controla a pressão dos pneus!!!
não estão ” murchos” e sim esvaziados,eles possuem sistema que diminui a pressão de acordo com o terreno.
PQP!!!!! Ainda usam Urutu??? Isso aí é colocar as vidas dos fuzileiros em risco desnecessário.
Uma curiosidade. Porquê os pneus muchos na foto? Seria medida de segurança??
Caro João. O EB e os FN da MB também usam o Urutu. Os Emirados Árabes também usam o Urutu, além de duas dezenas de outros países.
O CFN não usa mais o Urutu.
Olá RDX. Obrigado. Eu acho que camuflagem do CFN da MB show. Eu vi as fotos do Piranha do CFN, mas não encontrei fotos de algum Urutu deles. Fiquei até na dúvida se eles já operaram o Urutu,
O CFN adquiriu 06 EE-11 no início da década de 70. Ele nunca teve boa reputação em operações de assalto anfíbio e foi rapidamente abandonado. O EE-9 teve mais sucesso e operou até a chegada do SK-105.
Olá RDX. Obrigado. Sou um fã incondicional da banda dos FN.
O EB também usa Urutu.
É para não pegarem o veículo e fugirem do país
Olá Colegas. Acho que essa postagem ilustra minha crítica a politica externa do atual governo. O fato de nenhuma organização brasileira participar do contrato de revitalização de Urutus de um país que faz fronteira com o Brasil deveria ser tomado como alerta. O EB tem um programa de revitalização de seus Urutus que poderia ser a base desse programa venezuelano, o que teria garantido ao menos a exportação de componentes fabricados no Brasil. Além disso, essa colaboração poderia resultar até na venda de uma ou duas dezenas de Guaranis novos, que afinal foram projetados para substituir com vantagem o Urutu veterano. A cegueira ideológica de fato não e uma exclusividade da esquerda. Acho que nesse ponto Hayek e Keynes concordariam comigo
Meu caro, que empresa irá querer fazer negócios com um governo moribundo como o do Maduro, com uma economia depauperada e inflação exorbitante? O risco de calote é gigante e certamente seria via BNDES ou outro tipo de garantia do estado. O Brasil se posicionou e ponto, é o que um estado sério deva fazer principalmente com ditaduras que reprimem seu próprio povo… acho que acabou a era de financiarmos ou incentivarmos esse tipo de regime.
Abraço,
Concordo plenamente, o certo mesmo é ajudar os EUA a financiar esse tipo de regime! O presidente bate continência pro país que vende bilhões em armas pra tirania saudita que está causando a maior crise humanitária do mundo no Iêmen e oprimindo seu povo, mas como baixam a cabeça pros EUA a gente finge que não vê né?
Caro André. Pois é. No começo do ano, durante a papagaida do Guaido, escrevi que era um erro o Itamaraty comprometer a posição de liderança regional do Brasil tomando partido. Praticamente um ano depois, o impasse político recrudesceu, o Brasil perdeu a oportunidade de conduzir o processo de normalização na Venezuela (em direção do melhor para o Brasil) e abriu para a China o papel de principal parceiro comercial. Hoje, a Venezuela importa 5% do Brasil (38% dos EUA, 18% da China e 12% do México) e exporta 1,3% para o Brasl (42% para os EUA, 23% para a China e 19% para a Índia). Esse é o desastre provocado pelo Arnesto.
Pois é, a Venezuela, fala, fala, reclama, protesta, mas continua tendo os EUA como principal parceiro comercial do país.
Estes, por sua vez, dizem que fazem e acontecem, mas continuam sendo o principal parceiro comercial do país.
Conclusão, países não tem amizades, tem interesses, e muitas vezes é interessante para um país manter comércio com um adversário.
Já o Arnesto vê tudo como ideologia. E o Brasil vai pagando o pato.
Pois é: os USA não reconhecem o Maduro, mas como não são otários, compram petróleo e vendem tudo o que podem a Venezuela. Enquanto os burricos do Brasil perdem oportunidades de negócios e defendem um corrupto que se intitula “presidente interino”. Como é que o cara é presidente de um pais sem ter sido eleito para tal? só ditadores conseguem este feito.
André, esqueça.
Eu já indiquei a bizarrice da ótica ideológica de alguns membros (na sua maioria esmagadora, desprovidos de qualquer cultura e que sequer dominam a língua portuguesa) e a visão deles é de que tudo que não for de acordo com a visão deles, é um alvo. Reproduzem, de forma acrítica, uma visão maniqueísta do século passado.
Os EUA falaram em globalização, derrubar fronteiras, neoliberalismo, no século passado. Hoje, diante da concorrência internacional e fuga de vagas, as lideranças políticas dos EUA retornam ao discurso do protecionismo.
Aqui, de forma retardada, defendem o discurso que nos EUA perdeu sentido. Desejam trocar soja por material manufaturado bem como serviços de alto valor agregado.
Ainda compraram como ultra vanguarda o discurso de “defesa de Democracia”, que ignora solenemente ditaduras pró-EUA (como se norte-americanos fossemos) como as que pululam no Oriente Média e na Ásia.
Melhor nem tentar entender…
O cara vem num blog militar e diz que o presidente “bate” continência para outro país. Aí aí viu…
Caro Henrique. Acho que a questão mais importante é abrir mercado para as empresas brasileiras que estão operando com 30% de ociosidade. O problema do comércio externo da Venezuela são divisas devido a pressão dos EUA. Contudo, o país tem uma reserva imensa de petróleo que serve para como moeda negra. O posicionamento da diplomacia brasileira no atual governo é no mínimo ingênua. Vender bens de consumo de primeira necessidade para um mercado maior que 30 milhões de consumidores negligenciado por outros países exportadores é simplesmente um bom negócio. O Brasil exporta para a Coreia do Norte, para a Arábia Saudita… a lista é grande. Se a Venezuela não importa do Brasil, irá importar da China. É sintomático que eu percebo uma oportunidade de negócios onde outros observam uma bandeira.
Caro Camargoer, ficamos aqui discutindo e rusgando por conta de Venezuela… o Brasil precisa pensar maior e mais longe, com parceiros confiáveis… se formos nessa mesma diretriz que tantos aqui defendem (e quando vc não concorda com a opinião destes vc é subserviente, pró EUA etc.. etc..) é porque não aprendemos com o exemplo do Iraque que quebrou ou quase quebrou várias empresas nacionais. Tomamos vários prejuízos com Cuba, Bolívia e a própria Venezuela quando deu pra trás nas refinarias…. mas o povo aqui acha que fazer negócio com Maduro é oportunidade… Não é questão de ideologia, é questão de posicionamento e seriedade…. os EUA são outro negócio e realidade, financiam o que lhes interessa para manter seu status de influência global pois são de fato a maior potência (principalmente militar) do globo (gostando deles ou não). O Brasil precisa se consolidar internamente, criar políticas de estado consistentes e de longa visão para depois sim pensar em querer ter expressão geopolítica. Quanto à Venezuela…. novamente…. a figura de Maduro já diz tudo. Abraço
Olá Henrique. Eu também acho desnecessário tanto adjetivo. Outra coisa que me parece desnecessária é a fulanização. O problema é a crise da Venezuela na fronteira norte do Brasil (Maduro ou Guaido passam ou passarão). Concordo que os EUA são a maior potencia militar e (ainda) econômica, mas isso não significa que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil, ou o que é bom para os EUA é ruim para o Brasil. Eu aprendi muito com a postura dos militares em torno de Geisel (Golbery, Delfim, Passarinho, Campos, etc. Quando lembro deles fico assustado como tem gente tosca hoje). Acredito que o erro do governo militar nunca foi ideológico (se liberal ou de direita). Foi a violação dos direitos humanos. Sobre o país, estamos imersos em um crise grave. Uma crise que dura mais que 5 anos é uma depressão que pode comprometer a qualidade de vida de uma ou duas gerações futuras (nossos filhos e netos). Sei lá, em uma sociedade em que todos estão errados e eu certo, a única coisa certa é que o louco sou eu.
Ernesto Geisel foi o melhor e mais correto dos presidentes militares.
Olá Henrique. Eu admiro o Geisel mas é preciso lembrar que recentemente foi descoberto que ele autorizou execuções extrajudiciais de presos politicos. O Figueiredo era chefe do SNI e o Geisel disse que era preciso consulta-lo antes de executar um prisioneiro do regime. Isso não muda a competência, nacionalismo, e tudo mais. Geralmente, um personagem histórico como Geisel, Vargas, JK.. tem lados bons e ruins. Não é demérito nem ofensivo à biografia dele nem de ninguém lembrar das qualidades e defeitos.
O Figueiredo é outra pessoa interessante. Ele foi escolhido para conduzir o processo de abertura e de redemocratização. Ele conduziu bem o processo até o caso Rio Centro. A pressão da linha-dura para abafar o caso provocou uma crise dentro do governo, e o Golbery pediu demissão. Por outro lado, na crise da posse do Tancredo, ele se negou a passar a faixa ao Sarney mas foi visitar o Tancredo no hospital e cumprimenta-lo, chamando-o de “meu presidente”. Ele também evitou um golpe de estado da linha dura que iria colocar as tropas fechando Brasilia no dia da posse e cercando o congresso para não dar posse ao Sarney. No dia anterior ele exonerou alguns oficiais dos comandos das tropas de Brasilia, que ao chegarem pela manhã no quartel para deflagrar o golpe encontraram outro oficial no comando dizendo que eles estavam tinham perdido o comando, e se insistissem em ficar no quartel seriam presos. Apenas figuras medíocres têm biografias coerentes, com apenas um lado.
Devia fazer o mesmo com a Arabia Saudita… Mas foi la todo orgulhoso… hipocrita…
Mas o problema é:
Como fazer negócio com um país que tem 200.000% de inflação e que não está exatamente “de bem” com a gente?
Tudo bem que negócios são negócios, mas…como fazer negócio com um país com uma economia falida? É pedir pra gente levar calote.
Caro Wilber. Na década de 80, quando o Brasil passava por uma crise de financiamento externo, o Iraque (quando o Saddan era amigo) trocou petróleo leve (do tipo usado pelas refinarias brasileiras) por carros (Bagdá tinha uma enorme frota de passat), alimentos, suco de laranja… a crédito, na base do escambo porque o Brasil não tinha dólares. Imagino que Saddan tinha podia ter dado com os ombros para o Brasil, isso ainda sob a presidência de Figueiredo. Solução técnica é trabalho da equipe de segundo escalão. Atrás dessa árvore tem uma floresta.
Venezuela sofre embargo americano, como trocar petróleo por revitalização de aparato militar? Ou trocariamos o segundo maior parceiro comercial pela Venezuela. Ninguém troca nenhum vintém por esta ditadura.
Caro Cordeiro. Você levantou um ponto importante. O embargo foi decretado pelo governo dos EUA. O Itamaraty é um órgão do governo brasileiro.
A hiperinflação no Brasil durou entre a década de 1980 e 1990, com seu ápice em março de 1990, quando o índice de inflação atingiu 80% (950% ao ano). Mas nem por isso outros países deixaram de fazer negócios com o Brasil.
A Argentina de Macri entregou o pais com reservas internacionais próximas de zero, inflação acima de 55%, dívida externa próxima de 100% do PIB. MAS nem por isso o Brasil deixou de negociar com a Argentina.
Wilber,
Depende. Sobre as dívidas incidem juros e alguns países, como o Brasil, pagam os juros sem nem contestar, mesmo que as dívidas tenham sido feitas sabe-se lá por quem, sobre o que, em quais condições, etc.
Lembrando que o governo brasileiro nunca se negou a pagar dívidas feitas por governos não democraticamente eleitos…
“O projeto de revitalização da frota de 37 unidades começou há cerca de quatro anos.”Tá escrito isso aí no texto
Iluminou a discussão, Diplomata92. Se fosse fechar com uma empresa brasileira, Dilma e Maduro teriam fechado acordo. Acredito que não houve acordo de empresa brasileira fazer a manutenção pois a empresa que fabricou não existia mais.
Elemento fulcral na narrativa.
Pau que bate em Chico… Logo, falha do governo anterior que provavelmente seria repetida pelo atual.
Difícil…
Olá Daniel. A critica que coloco ao atual governo (o que passou acabou, o que ainda vai ser não existe) foi a política de enfrentamento adotada no início do 2019 ao invés de atuar diplomaticamente para chegar a uma solução negociada. Hoje, está como estava ha um ano e pior porque agora as posições estão cristalizadas. Achei que tinha deixado claro isso. Errei se não deixei. Espero que agora tenha ficado mais claro.
Ja levamos calote antes poderíamos levar de novo. A Venezuela pela sua incompetência hj não vale muita coisa.
Para de viajar Camargoer. Você sabe muito bem que o governo brasileiro é totalmente crítico ao regime bolivariano e ao suporte/carta branca que as FAs de lá dão ao ditador. Você fala tanto em democracia e vem falar em cegueira ideológica? O cara simplesmente burlou o legislativo, possui um judiciário totalmente aparelhado e reprime violentamente a população. Fraudou as eleições e tudo mais e agora você quer que simplesmente finjam que não aconteceu por um contrato pra.favorecer as forças armadas venezuelanas?
Vocês são uma graça. Enchem a boca pra falar de cegueira ideológica, mas não perdem a oportunidade de expor suas cegueiras seletivas.
Você tem que decidir, ou defende democracia ou passa pano pra ditador. Se não, não passa de um hipócrita.
Olá Felipe. De fato, sou um democrata intransigente. Contudo, acho que a política de enfrentamento escolhida pelo atual governo foi um erro. A crise na Venezuela tem um longo histórico que passa pelo Caracazo em 89, eleição de Chavez, tentativa de golpe apoiado pelos EUA, crise econômica e por fim um impasse político entre a oposição e o governo. No início de 2019, o governo que tomou posse no Brasil tinha a favor de si a liberdade de escolher qualquer direção na política externa. O impasse na Venezuela era anterior ao novo governo. Ele teve (não tem mais) a oportunidade de colocar a oposição e o governo para dialogar, levando ao que teria sido a solução mais simples. Convocar novas eleições gerais no fim de 2019. A diplomacia brasileira tinha um histórico de profissionalismo e sensatez. Acredito que Maduro teria aceitado uma solução na qual ele pudesse sair do governo de cabeça erguida, e a oposição poderia vencer uma eleição que seria reconhecia. O confronto tirou de Maduro a opção da “saída honrosa” (ele agora só sairá de lá morto ou passando a faixa para alguém de seu grupo). Guaido ficou marcado como um oportunista que também ficou sem opção a não ser insistir em sua retórica. Maquiavel já discutiu esse ponto da saída honrosa. Nunca humilhar o inimigo vencido para que ele se torne seu aliado por gratidão. Após um ano, a situação na Venezuela está tão ruim quanto antes, mas foram destruídos os canais de diálogo. O mais interessante é que caso ocorra uma recuperação do preço do petróleo, talvez Maduro ainda acabe mais fortalecido e provavelmente mais intransigente. É como aquela imagem na qual a árvore impede de ver a floresta atrás dela. Sem hipocrisia.
“Acredito que Maduro teria aceitado uma solução na qual ele pudesse sair do governo de cabeça erguida”.
Certamente todos os fatos nos levam a crer que existe algum fundamento nisso que você escreveu.
Camargoer, para que está feio.
Olá Felipe. Acho que nossas referências sobre o papel da diplomacia na condução da política externa são bem diferentes. Acho que foi Maquiavel que recomendou transformar inimigos em aliados e evitar transformar aliados em inimigos. Estou lendo “Maldita Guerra” sobre a Guerra do Paraguai (recomendo) e é interessante como a imagem do país tanto para o público interno quando externo é afetada pela imagem do governante. Existem mais casos de sucesso do que de fracasso de soluções negociadas em crises internacionais. Ao lembrarmos do contexto no início de 2019, o governo brasileiro recém-empossado tinha muita liberdade de escolha. Ao invés de liderar uma solução negociada para resolver a crise com a Venezuela a médio e longo prazo, preferiu o conflito (escolhendo o lado da oposição) que resultou em um beco-sem-saída. Maduro continua no poder e o Brasil perdeu a legitimidade para conduzir o processo (em troca de nada). Case ache importante, podemos tentar lembrar dos casos em que foram aplicadas soluções negociadas e os casos em que a escolha de um conflito resultou em desastres.
Caro Camargoer, leia novamente a reportagem ” O projeto de revitalização da frota de 37 unidades começou há cerca de quatro anos.” isto é, inciou no governo alinhado com Maduro.
Mauricio, tem uma turma pra qual o que importa é malhar pau no atual governo brasileiro e só.
Obs. assino embaixo de cada palavra do “Henrique”em seu comentário.
Caro TomCat. O fato de concordar ou discordar de uma linha de ação do governo é valido desde que seja feito sobre uma argumentação substantiva. O fato de um governo ser bom, mau ou feio (referência a Sergio Leoni) pouco tem a ver com seus acertos ou erros. Analisar o passado só tem importância se isso refletir em melhores decisões no presente. O passado continua o mesmo. Debater, criticar erros, propor alternativas para as decisões do presente é a única ação efetiva.
Saudações, não sou especialista em política, mas sendo prático, um país que não honra os seus pagamentos conosco vale de que? O nossos mercado com a Venezuela não está fechado, mas está sob o julgo do escambo ou do pagamento “a vista”. Aquele país está quebrado Sr. Camargoer, a nossa melhor forma de negócio com nossos irmãos venezuelanos é doar alimentos, acolher os seus refugiados e apoiar o que venha a ser a melhora das condições de liberdade daquele país, o que obviamente não tem nada a ver com modernizar ou reaparelhar nenhum meio militar, deixemos isso para os países com interesses escusos. Abç
E esse canhão? É russo? Chinês?
Não leu o texto não ?
Caro Karl nenhum nem outro, o canhão Oerlikon 20mm tem origem Suíça,sendo originário de canhões anti – aéreo
https://www.youtube.com/watch?v=A-xpumOfzhY
26/01/2020 – domingo, btarde , as vezes isso acontece, quando vendemos esses Urutu’s tínhamos boas relações com a Venezuela. Só espero que os mesmos não venham a ser usados contra nos; vários países vendem armamentos e sistemas para outros, é, infelizmente mais tarde estes armamentos/sistemas são usados contra quem vendeu, vide situação atual USA/IRÃ, eles ainda possuem muitos equipamentos comprados pelo XA.
Caro Vovozão. Eu gostaria de entender qual o fundamento geopolítico para imaginar um conflito entre Brasil e Venezuela (principalmente provocado pela Venezuela). A crise econômica e social da Venezuela, o conflito entre o Executivo e o Legislativo, a população com carência de bens de primeira necessidade, com problemas de embargo internacional, sob uma pressão de golpe com apoio de vários países, tudo junto, sugere que o maior interesse da Venezuela seria ter o apoio do Brasil. Um diplomata sensato faria iria sugerir ao governo brasileiro para apoiar o governo da Venezuela pressionando por novas eleições gerais, e paralelamente pediria preferência para os produtos de consumo brasileiros (higiene, alimentos processados, papelaria, têxteis, etc). Mas como o Arnesto mora no Brás….
Boa noite Sr. Camargoer. A neutralidade seria até melhor . O fato do governo atual se posicionar criou conflito. Na ajuda humanitária o nosso país está certo em acolher refugiados, porém faz-se necessário uma maior pressão econômica ou até negociações para que se façam eleições sem a presença do Maduro(lógico). Décadas de viver as custas do petróleo fizeram da Venezuela o que é hoje: um país miserável com um governo tirânico por deveras incompetente( e não é de hoje essa falta de visão econômica). A diversidade industrial e do agronegócio que de certa forma salvaram nosso país da bancarrota total( mesmo com a incompetência governamental de quase 40 anos) Apenas ressaltando : Nossa indústria ainda está cambaleando. finalizando, mesmo com todos os problemas nosso país ainda é o mais bem preparado economicamente na AL. não possuímos uma classe média para se ter um IDH bom. nossas mazelas ainda são definidas por micro, médio e macro regiões, mas este será para outro assunto. Grande abraço.
Caro Sergio. Os EUA são o principal parceiro de exportação da Venezuela (42%) essencialmente petróleo, importando arroz, máquinas, produtos refinados, alimento processado, material de limpeza principalmente dos EUA (38%) e China (18%). Ligue das palavras “fanfarrão” e “estadista” aos respectivos países.
“… Um diplomata sensato faria iria sugerir ao governo brasileiro para apoiar o governo da Venezuela pressionando por novas eleições gerais,…”
Camargoer, o Brasil NÃO RECONHECEU o pleito por fraudes na eleição, tanto é que a própria OEA apontou este problema. Devido a isso, tanto o Brasil como os demais países do GRUPO DE LIMA trabalham para que haja eleições livres e justas. Porém enquanto o Maduro estiver no poder executivo, controlar as FAs venezuelanas e continuar a corromper os demais poderes, toda e qualquer eleição será fraudulenta ou manipulada para ele ganhar.
Ele chegou ao ponto mais baixo de impedir, a base da força, que deputados eleitos que eram contrários a ele não pudesse entrar no congresso deles e votar para escolher o chefe do legislativo!!!!! Isso não é democrático!!!! Isso é coisa de bandido e ditador, que quer a sua vontade feita a qualquer custo.
Resumindo, o que você pede no comentário já é feito pelo Ministro de relações exteriores.
Abraço!
Caro João. O problema é maior que a eleição de 2018. Maduro foi eleito anteriormente em uma eleição reconhecida internacionalmente. A oposição e o governo da Venezuela estavam negociando a antecipação da eleição presidencial mas ocorreu um impasse político. Maduro antecipou a eleição e elegeu uma assembleia constituinte que em tese, teria poder superior ao parlamento venezuelano. A tentativa de golpe com a autoproclamação de Guaido (cuja legitimidade também é questionável) criou um novo impasse. Se Maduro reconhecer que a eleição foi ilegal terá que ser preso e julgado. Se Guaido reconhecer a eleição, ele terá que ser preso e julgado. Os dois estão sem opção. No início de 2019, umas das soluções possível teria sido convocar eleições gerais cujo resultado seria reconhecido por todos e que seria supervisionada pelas organizações internacionais (ONU, OEA, UE, HRW, Fundação Carter… cada lado teria a liberdade de indicar as organizações e o s países que acompanhariam as novas eleições). Devido ao impasse, nem Maduro poderia se candidatar á reeleição nem Guaido á eleição (óbvio). Isso teria dado aos dois lado uma porta de saída que não prejudicaria as suas respectivas imagens nem comprometeria seus grupos políticos. Lembro que até mesmo como representante de classe no ensino médio fizemos negociações para resolver impasses com a direção da escola…
Essa Urutu já trocou de pele umas 30 vezes. kkkk
Olá Renato. Boa. Daqui a pouco cria asas.
A título de curiosidade: Onde foram parar aqueles Urutus Haitianos doados ao Bope pelo E.B.? Será que estão indisponíveis. Nunca mais teve operação com estes…
Dizem que foram tomados pelo EB (tudo não passou de propaganda). Pelo mesmo exército que recebeu mais de R$ 1 bi para investir nas polícias do RJ e não comprou nenhum blindado… mas desviou R$ 16 milhões para comprar 16 LMV de segunda mão para sua cavalaria. Tinha dinheiro para comprar os melhores fuzis do mundo, mas decidiu doar para a PMERJ algumas centenas de FAL velhos e IA-2 e vender 1000 Para-FAL usados por R$ 2.9 milhões…e vetar a aquisição de fuzis pela polícia civil.
Faz todo sentido. Não os vejo tem muito tempo. Desde quando a operação de GLO terminou. Nada da certo nessa terra…
Terminou em 01 de janeiro de 2019
Olá RDX. Vou evitar julgar se o EB fez certo ou foi pouco ético, mas vou acho importante pensar sobre o modelo de polícia ostensiva que seria mais eficiente. Imagino que esse modelo “Swat” empregando blindados e fuzis (ou seja, uma polícia preparada para o confronto) parece que fracassou. O objetivo da polícia ostensiva é evitar o crime. A ideia de uma polícia de repressão e uma política de encarceramento precisa ser questionada porque parece ser um modelo muito caro e ineficiente.
Caro Camargoer,
Em 2018 com Temer e 2019 com Bolsonaro a taxa de homicídios no Brasil despencou, respectivamente, 10 e 20% (prévia).
Aliás, em 2018 a letalidade policial subiu 20% e a taxa de homicídios caiu 10%. Talvez haja relação.
Notar que tanto em 2018 quanto em 2019 houve aumento na compra de armas lícitas pela população civil.
Parece que a política criminal do PT, inspirada pelo Sou da Paz, IPEA, NEV-USP e pelos “especialistas” em segurança formados em ciências sociais não vinha funcionando e com algumas mudanças feitas pelos sucessores, em sentido oposto (aumento da letalidade policial, aumento do número de armas lícitas com a população, aumento do encarceramento, etc), os índices de criminalidade vem caindo de forma notável.
Aguardo ansiosamente como o Atlas da Violência vai explicar a queda da taxa de homicídios. Talvez insistam na tese de que está caindo por causa do Estatuto do Desarmamento de 2003 e que só não caiu mais porque houve o “golpe contra a presidenta”.
Olá Rafael. O taxa de homicídios no Brasil é de 28 por 100 mil (sendo a OMS, a taxa tolerada máxima seria de 10 por mim). Portanto, o problema é grave. Dados do IPEA mostram que o número de homicídios cresce linearmente desde 1979. Ao longo desses 40 anos, a política de segurança pública no Brasil foi caracterizadas pelo enfrentamento direto, pela militarização da polícia ostensiva e pela ampliação do encarceramento. A conclusão é que a atual política de segurança pública em vigor falhou no mais visível que são os homicídios. Essa redução no número de homicídios em 2019 ainda está sendo debatida. Há quem defenda que é um reflexo da hegemonia do PCC sobre as outras facções criminosas. Uma coisa é o número em si, outra é a relação de causa-consequência (que é o mais difícil de avaliar). De qualquer modo, 50 mil homicídios por ano é uma forte evidência de que a política de segurança pública falhou nos últimos 40 anos. O período é suficientemente longo para descartar ganhos de longo prazo. Não houve nenhum.
Caiu 22% em 2019.
Caro Space. Acho que diversos governos estaduais e federais tem se dedicado ao problema dos homicídios, inclusive com mais verbas que nos anos recentes. Eu já vi esses dados e acredito que devem estar certos. Eu só acho que agora seria preciso compreender o que aconteceu que fez o número de homicídios diminuir em 2019 em relação a 2018. Terá sido 2018 um ano atípico? Quais políticas de segurança aplicadas em 2019 deram certo? Ou os dados de 2019 são consequências das políticas implementadas em 2018? Acho que esse seria um excelente tema de discussão. E muito importante também.
O EB doou e pintou os blindados para o BOPE. Mas parece que o BOPE não curtiu muito os Urutus, pq eles já estão acostumados com o Maverick.
O Urutu é muito grande para usar nas favelas do RJ, além de ser pesado.
Intervenção não tem que investir em combate. Intervenção tem que investir em prevenção. Tenho policial na familia e o que o EB mais fez foi comprar coisas. Comprou várias glocks, equipamentos novos para os bombeiros, investiu muito nos IMLs e etc
Fico imaginando entrar naquelas favelas cheias de gatos e fios por tudo quanto é lado com aquela torre improvisada e esquisita que deve passar os 2 metros de altura. Devem ter devolvido pro E.B.
INVERDADE!!!!!
Os Bld estão com as Polícias e manutenidos pelo EB.
Não foi desviado $$ nenhum. O $$ era pro EB.
Inclusive ainda há uma equipe do TCU acompanhando TODAS as aquisições.
Vá se informar e larga de ser MAV
O Dinheiro era para investir nas polícias do RJ e não no EB. FATO!
O EB desviou 16 milhões para comprar 16 LMV. FATO!
O EB doou fuzis FAL e IA-2. FATO!
O EB VENDEU 1000 para-FAL usados por R$ 2.9 milhões. FATO!
O EB não comprou blindados para as polícias. FATO!
O EB não comprou/doou fuzis para a polícia civil. FATO!
Fiz questão de ligar para um amigo para sanar a dúvida sobre os URUTUS. Eles foram recolhidos pelo EB para manutenção.
O BTR-82A deles é melhor que o nosso guarani?
O BTR deles eu não sei, mas o dá Rússia é. Todo dia jogo cim ele no BF4!!
A Colômbia, EUA e Brasil deveriam fazer um grande exercícios militar próximo a fronteira com a Venezuela para pressionar a saída do Ditador Maduro através da dissuasão conjunta dos países, com poucos recursos para a defesa ele não teria muitas opções a não ser entrega o cargo para novas eleições livres…
E o que o Brasil e a Colômbia tem que se meter em assuntos internos da Venezuela? Deixa pra lá, eles que se virem com seu ditador.
Ema,ema…
O Brasil tem coisa mais importante com que se preocupar.
agora eu concordo
Faltaram os componentes drones para o reconhecimento e helicópteros para a intervenção rápida não permitindo reagrupamento dos bandidos. Aviação já teria martelado. Só faltaria avançar a tropa sobre proteção blindada para o rescaldo e controle do terreno.
Esse canhão de 20 mm é o mesmo GamBo que equipa navios da MB. Bom, cada um dando seu jeitinho. Se rolar treta na fronteira e pegar na porrada com Guarani e sua UT-30 vai ser tisti pro Urutu, mas dará uma briga boa.
Sendo um Urutu, acredito que até uma REMAX .50 causa um estrago.
Ambos veículo são blindados até o nível 2 (7,62mm) porém acredita-se que o Guarani aguente até um .50 no arco frontal. A maior diferença entre os dois é que o Guarani pode receber um kit para melhorar a blindagem até o nivel 4 (14,5mm).
Bom dia Senhores!
Vida longa e produtiva desta velha cobra. Espero que o Guarani tenha o mesmo êxito em nossas FFAA.
CM
Legal!! mais um país atualizando nossos velhos ENGESAS!! Fica ai a dica para nossos governantes,para não ficarmos dependendo de outras nações de peças e munições para nossos meios militares!! A utilidade deste velho guerreiro ainda hoje é demonstrada em varias operações ao redor do mundo, só nos brasileiros não valorizamos os nossos produtos e nossa industria de defesa.
O Urutu e o Cascavel podem ser velhos, mas ainda são bons veículos, foram bem projetados e mostraram o seu valor em combate, até hoje ainda é possível vê-los em ação na Líbia e na Síria, alguns altamente modificados. Espero que o Guarani tenha o mesmo sucesso do Urutu e que venhamos a ter um 8×8 armado com um canhão de 105 ou de 120 que venha a ser o sucessor do Cascavel.
Qual a vantagem de participar de um negócio de pouco + de 30 unidades, pior levar um calote? Não tem garantia nenhuma de receber os valores contratados! Que bom que eles mesmos façam atualização dos urubus, vida longa a esse veterano.
Veículo obsoleto. Um sniper bem treinado com um fuzil Barret modelo M82 A1 em calibre 12,7x99mm OTAN, já incapacita este Urutu.
Que ferramenta hein!!!
è um transporte não um combatente. Este veiculo (Urutu) apenas realiza o transporte de tropas até o TO. Não foi projetado para combater nele.
Cada ferramenta tem sua capacidade e sua função.
Pessoal precisa entender que sobre blindados, cada um tem uma função e fica identificado por uma sigla.
O Urutu é um APC (da sigla em inglês Armoured Personnel Carrier) que seria Transporte Blindado de pessoal.
Existem outro tipo de blindados com maior resistência aos embates de munição antimaterial (munição contra blindagem) que seriam os VCI (Veiculo Blindado de Infantaria) que é um combatente que normalmente acompanha os tanques no TO e que (segundo o que eu conheço), e que tem como função, acompanhar os blindados pra brindar proteção da infantaria no campo de batalha. Como é o caso dos MARDER.
é por isso que a blindagem de APC é menor ou mais baixa do que dos VCI
Engenheiros brasileiros não deviam nada pros demais, muito criativos pra projetar soluções simples, robustas e baratas de manter e modificar.
Quem sabe dia voltaremos a incentivar a indústria bélica nacional.
Nada demais …
Uma pinturinha, uma retifica no motor e a instalação do Waze nao me parece uma grande modernização ..
Mas é um grande avanço ao que maduro chamou no vídeo. De armamento secreto
https://youtu.be/fapdTF1EsV0
Guarani a anos luz a frente, vide vídeo de sistema a ser instalado no Guarani notem o Guarani no inicio do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=XOi__MmtN1M&feature=emb_logo
O Guarani que aparece umas três vezes no vídeo está com a torre UT-30 BR. O sistema em questão é o óculos Iron Vision da Elbit System.
Eles estão testando o sistema de calibragem automático de pneus que o urutu possui.
Olhando a segunda foto da matéria, acho que descobri de onde a Tesla tirou inspiração para sua pick up.