Saab e Boeing realizam teste com Bomba GLSDB lançada do solo

Aerial of trailer home in Arizona desert.

A Saab, em parceria com a Boeing, realizou com sucesso um teste de lançamento de longo alcance da Bomba de Pequeno Diâmetro Disparada do Solo (GLSDB, do inglês Ground-Launched Small Diameter Bomb), na Noruega.

O lançamento teste foi realizado no Centro de Testes de Andøya, em Andenes, Noruega, em 26 de setembro de 2019. O objetivo era atingir um alvo pré-determinado no mar, a 130 km de distância do local de lançamento. O disparo foi realizado a partir de um contêiner de 20 pés totalmente autônomo, fabricado sob medida.

“Em parceria com a Boeing, desenvolvemos um sistema altamente competente que oferece alta precisão a longas distâncias. Vemos muito potencial no GLSDB, uma vez que ele fornece às forças armadas do mundo todo uma capacidade de artilharia de longo alcance, para qual há grande demanda”, diz Görgen Johansson, head da área de negócios Dynamics, da Saab.

O GLSDB é fruto de uma parceria entre a Saab e a Boeing. O sistema GLSDB se destaca por sua grande precisão a longas distâncias, além de ser capaz de navegar por trajetórias complexas e realizar manobras para atingir alvos que não poderiam ser atingidos com armamentos de fogo, direto ou indireto, tradicionais. Ele é independente do lançador, ou seja, pode ser disparado a partir de uma solução em contêiner, bem como de qualquer lançador que utilize o contêiner de lançamentos M26, tais como HIMARS, M270 e ChunMoo. A solução em contêiner pode ainda ser utilizada a bordo de navios, conferindo ao GLSDB a capacidade de ser disparado de lançadores tanto do solo quanto do mar.

“A Boeing e a Saab combinam o seu profundo conhecimento em sistemas de armamento de precisão e capacidade de integrar e testar soluções rapidamente”, destaca Cindy Gruensfelder, vice-presidente da Boeing Weapons. “A combinação do conhecimento, experiência e recursos das nossas empresas resultou em uma solução de artilharia de foguetes global avançada, econômica e sustentável que garante as capacidades necessárias para enfrentar os cenários de combate atuais e ameaças futuras em um ambiente operacional de forças conjuntas”.

O GLSDB garante às forças terrestres e navais a capacidade móvel e orgânica de atingir alvos que estavam, até agora, fora do seu alcance. Isso é possibilitado pelas capacidades de manobrabilidade e precisão das Bombas de Pequeno Diâmetro. O GLSDB é o que há de mais atual em soluções de longo alcance, combinando preço e desempenho, além de atender às crescentes necessidades das forças armadas, hoje e amanhã.

DIVULGAÇÃO: MSLGROUP/Publicis Consultants

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Bidone
Bidone
5 anos atrás

Salvas curtas, de longo alcance e grande precisão….
Tendências….estas são as tendências…

Carlos Campos
Carlos Campos
5 anos atrás

Muito bom, isso vai melhorar muito a artilharia americana e de quem mais puder comprar, a AVIBRAS tem algum míssil de 150Km de alcance sem ser o MATADOR?

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Responder para  Carlos Campos
5 anos atrás

Tem um foguete, uma versão melhorada dos SS-80.
E o Matador, terá um alcance de exportação de 300km e diz a lenda que para uso doméstico, tem um alcance de 500km.
Mais do que isso pelo tamanho dele acho muito dificil. Misseis com alcance superior a 500km tem diametro, comprimento ou ambos maior, tanto é que só sào lançados por navios, submatinos ou bombardeiros.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Cristiano de Aquino Campos
5 anos atrás

Obrigado Cristiano

Bardini
Bardini
Responder para  Carlos Campos
5 anos atrás

AV SS 40G… Que é um foguete guiado que ninguém nunca viu.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Bardini
5 anos atrás

Obrigado Bardini

Bosco
Bosco
Responder para  Carlos Campos
5 anos atrás

Carlos,
Só como curiosidade, os americanos estão implantando o “foguete guiado” GMLRS-ER (alcance estendido) com 150 km de alcance. Os que eles usam hoje (M30 e M31) têm alcance na faixa de 80 km.
Esse GLSDB terá 180 km de alcance mas por ser planador terá maior flexibilidade contra alguns alvos.
Também os americanos irão implantar até 2023 o PrSM, com 500 km de alcance (podendo chegar a 700 km) em substituição ao míssil ATACMS.
*A evolução natural do GLSDB será combinar a SDB II com o booster. A vantagem é que alvos táticos móveis poderão ser engajados a grandes distâncias.

cwb
cwb
Responder para  Bosco
5 anos atrás

mestre Bosco:uma força de invasão pelo mar poderia ser atacada a 500 km da costa então, pois seriam alvos móveis.A saturação inicial caudada por esse armamento seria fantástico,o que sobreviver seria atacado por armas de precisão melhor.
Está correto o raciocínio?
obrigado pela atenção!

Bosco
Bosco
Responder para  cwb
5 anos atrás

CWB,
Esses sistemas de “foguetes guiados” e dessa bomba GLSDB não se prestam a atacar alvos móveis. Como a orientação é por inercial/GPS eles são úteis contra alvos fixos, portanto, não são indicados para atacar navios.
Se no futuro desenvolverem uma versão da SDB II lançada da solo, aí sim ela poderá ter função antinavio. Uma salva de 6 “foguetes” lançadas pelo HIMARS ou de 12 pelo M270 MLRS poderia ser bem letal contra navios, mas até uma distância de uns 150/180 km.
Quanto ao futuro PrSM com 500 km de alcance, a princípio será guiado por sistema inercial /GPS e portanto se prestará a atacar alvos fixos, mas os analistas não descartam haver versões avançadas no futuro com capacidade de atacar alvos móveis, inclusive navios.
Quanto ao ATACMS foi divulgado que o USA está desenvolvendo uma versão antinavio que teria 300 km de alcance e Mach 3+, mas ainda há poucas informações a respeito.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Bosco
5 anos atrás

Obrigado Mestre Bosco

Antonio Renato Arantes Cançado
Antonio Renato Arantes Cançado
5 anos atrás

Essa é a nova cara da artilharia…

Bardini
Bardini
5 anos atrás

Loitering Munitions
Proliferação cada vez maior de Drones em diversas funções possíveis e impossíveis, rsrs
Mísseis com capacidade NLOS
Foguetes Guiados
Diversos fornecedores de ATGMs e outras munições inteligentes
Obuseiros com 52 calibres ou mais calibres, empregando munição inteligente
Morteiros pesados ganhando cada vez mais destaque, sendo embarcados em blindados
.
E por aí se segue, com avanços como esse da matéria.
.
A coisa só tende a piorar pra quem teimar em ficar preso as amarras do passado, repetindo um manual de trocentos anos atrás, se iludindo achando que está tudo bem.

TukhMD
TukhMD
Responder para  Bardini
5 anos atrás

Nisso vou concordar contigo. O alto oficialato bananóide continua a pensar com o padrão de confronto da Guerra da Coréia. E pior: tentando emular as forças das grandes potências, mas sem os recursos destas.

Farroupilha
Farroupilha
Responder para  TukhMD
5 anos atrás

Colegas, com o nosso suborbital VS-40 (Vel=18.000km/h), mais o motor scramjet do 14-X, mais um processador GPS nuvi garmin, e mais uma cabeça de guerra da escolha de vcs (até 500kg). Ou seja, sem amarras e firulas teóricas, e partirmos para o abraço de ensaios reais, numa clara gambiarra mas de alta tecnologia, periga antes até de 2020, ano “prometido” do primeiro voo do 14-X, termos um concorrente para os mísseis hipersônicos Zirkon russo e Xingkong-2 chinês.
Algo que o CTex (Centro Tecnológico do Exército) já deveria ter feito.
Pois equipamento temos, parte dele, o processador GPS, é barato e fácil de comprar.
Claro que nesta hipótese, não haveriam anos de pesquisadores ganhando em cima de teorias e testes inacabáveis.

Falando nisso, e…
O 14X é para quê?
Vai transportar algum ser humano? Não.
Vai fazer reentrada tostadora na alta atmosfera? Não.
É mesmo apenas e somente um demonstrador tecnológico?
2020 vai voar mesmo?
E depois, qual a aplicação? Nenhuma?
2020 está aí. Estamos de olho.
Por favor, não confirmem a tese da bananada.
rsrs!

Farroupilha
Farroupilha
Responder para  Farroupilha
5 anos atrás

Oia a sacanagem de gambiarra:
Marca no gps civil do missil o local de destino, rua e número, e então é só mandar o míssil da gambiarra levar eats explosivo para o destino. Para coordenadas de latitude e longitude do destino, no meio de uma floresta por exemplo, ou oceano, é só aumentar a gambiarra.

Claro q isto é só uma brincadeira.
A coisa é um pouquinho mais complicada. Mas só um pouquinho.

RENAN
RENAN
Responder para  Bardini
5 anos atrás

O futuro é scramjet invista nesta tecnologia em detrimento de outro projeto para focar as verbas em algo relevante.

Invista em defesa de ponto a laser em caminhões
Isso dará um significativo avanço militar.

Tenha um drone para cada função possível. Investimento em drone é investir em estar um passo a frente no campo de batalha.

Estas 3 tecnologia tinha que ser a prioridade das forças armadas.
Abraço

Farroupilha
Farroupilha
Responder para  RENAN
5 anos atrás

Pior que este futuro já está aí, nem é mais tão futuro assim. Energia dirigida e mísseis táticos supersônicos fazem parte do presente.
Nossas FFAA enfiem na cabeça que fora pouquíssimas coisas, ainda muito grandes e demoradas de se fazer (ex: NAEs) o resto são tecnologias que a cada dois, três, quatro anos estão se renovando.
CTex cadê seus drones? Seu laser? Minas terrestres robóticas (móveis e inteligentes – auto enterraveis, camuflaveis)? Granada de mão drone para até 200m. Etc.

Milton Amaral
5 anos atrás

Para os que dizem que o nosso EB ainda pensa em Guerra da Coréia, sugiro que venham até Santa Maria-RS e vejam o que temos por aqui. Venham conhecer o Centro de Treinamento de Blindados e o Centro de Controle de Fogo. Ouros países estão aqui, fazendo cursos em nossas instalações. Poucos países do mundo possuem o que temos aqui. Procurem conhecer melhor o nosso Exército

Space Jockey
Space Jockey
Responder para  Milton Amaral
5 anos atrás

Ufanista. Com o Mansup estamos chegando aos anos 80 comparado a grandes potencias. Guerra com tanques está quase obsoleta.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
5 anos atrás

Interessante. Impulsiona a bomba na direção aproximada do alvo a 150km de distancia… depois no trecho final a bomba usa o guiamento mais do que conhecido… simples e parece eficiente.

Tem um monte de china levando bronca do outro lado do mundo: “Caramba como não pensamos nisso antes deles… toca copiar”

XFF
XFF
5 anos atrás

Mísseis Bastion Russo mandam lembranças.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  XFF
5 anos atrás

Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

RENAN
RENAN
5 anos atrás

Eu imaginei ser algo novo
Mas sinceramente acho que nosso astro sem o caminhão montado em um container daria na mesma.

Mas com foco na matéria se eles adicionar um motor scramjet ficara muito mais letal está munição.

_RR_
_RR_
5 anos atrás

Eis o futuro…

Precisão, daqui por diante, será imprescindível não apenas por questões técnicas, mas morais… Hoje, a maior parte das munições utilizadas em conflitos travados pelo ocidente já é inteligente, e daqui por diante a tendência é a diminuição gradual de munições convencionais em favor de tipos que não se constituam em risco maior para populares.

Mais importante que uma aeronave de caça, um navio ou um carro de combate, é a munição que se terá a disponível. É isso que vai efetivamente se gastar em um conflito e se precisará ter às pilhas, e deve ser a prioridade de qualquer investimento na área militar.

Em verdade, os mesmos sistemas de guia/orientação que estejam sendo desenvolvidos para os projetos ora em curso, também tem uso ou podem servir de base para a constituição de tipos nacionais. A tecnologia já está aí, e o dinheiro para isso não é nada absurdo…

Bosco
Bosco
5 anos atrás

Pessoal,
Não faz sentido a gente querer que agora todo míssil tenha milhares de quilômetros de alcance e seja hipersônico. Uma guerra é travada em todas as dimensões (terra, mar, ar, espaço, ciberespaço, urbana, campal, psicológica, eletrônica, etc.) e distâncias (de 0 a 20.000 km).
Há espaço desde para uma baioneta e para a munição 9 mm até para um míssil balístico intercontinental, passando por todo o espectro de distâncias que há entre esses dois extremos.
O Brasil hoje pode atuar desde o contato direto até cerca de 1000 km contando com os caças F-5 e aviões de ataque AMX. Com certeza aumentar essa distância de atuação é interessante mas reforçar a autuação dentro dessa distância já alcançada também o é.

Space Jockey
Space Jockey
Responder para  Bosco
5 anos atrás

Somente contra nossos vizinhos, contra grandes potencias estamos indefesos, só restaria a guerrilha

Bosco
Bosco
Responder para  Space Jockey
5 anos atrás

Space,
As grandes potências teriam que entrar aqui e aí estariam ao alcance de nossas armas.
A capacidade de ação tática é importante. A dissuasão ocorre também do espectro tático já que uma força pode impor um custo muito alto para um eventual invasor. Vimos isso acontecer muitas vezes.
Já a dissuasão estratégia sem dúvida deve ser pensada, mas em relação às grandes potências europeias e aos EUA, China e Rússia, só funciona se for com armas nucleares e sistemas de entrega de alcance intercontinental competentes (ICBMs? SLBMs? veículos planadores hipersônicos de alcance intercontinental? mísseis cruise intercontinentais? bombardeiros stealths? torpedos nucleares de alcance global? mísseis cruise lançados de submarinos ou bombardeiros?
Infelizmente essa possibilidade ainda é remota e é melhor focarmos no que é possível dentro de um tempo previsível, que é a dissuasão tática contra as grandes potências e a dissuasão tática e estratégica convencional em relação à possíveis ameças na AL.

Marcelo Danton
Marcelo Danton
5 anos atrás

Engraçado como as pessoas, mesmo as do meio militar, ainda não se deixou “cair a ficha” do estágio atual das armas no mundo. Tem para todos os tipos e gostos. Isso SÓ a que conhecemos…vocês pouco podem imaginar as que NÃO conhecemos mesmo nos mais utópicos de nossos sonhos e filmes.
A “ficha” que eu gostaria que caíssem em vocês é:
Os seres humanos (soldados ou não) serão trucidados em qualquer lugar (ar, mar, terra, subterrâneo, espaço sideral, etc.) Independentemente de cor, raça, credo, gosto musical ou opção sexual.

Luiz Trindade
Luiz Trindade
5 anos atrás

Reedição do V-2 Alemão? Bem… Uma coisa é certa… Os Russos e Chineses não vão ficar parados e vão fazer os seus tb.

Castro
Castro
5 anos atrás

Entenderam agora porque estão dando M109 de graça????

Bosco
Bosco
Responder para  Castro
5 anos atrás

Entendemos. Para que fiquemos só 40 anos atrasando em vez de 60 anos?

Castro
Castro
Responder para  Bosco
5 anos atrás

E consegue entender também porque os Uruguaios ficam tão felizes com a doação dos M-41?