Operation Market Garden - 1
Paraquedistas saltando sobre a Holanda em 17 de setembro de 1944

Por Luiz Reis – especial para o Forças Terrestres

Entre os dias 17 e 25 de setembro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, os Aliados lançaram uma frustrada operação usando forças aerotransportadas e terrestres com o objetivo de aniquilar as forças alemãs que ainda resistiam na Holanda (as quais se julgavam serem muito fracas) e depois seguir para a Alemanha para tentar acabar com a guerra antes do Natal de 1944.

A chamada Operação Market Garden (em alguns livros ela é escrita como “Market-Garden”) consistia basicamente em duas suboperações, nas quais o sucesso de uma dependia fundamentalmente do sucesso da outra:

  1. Operação Market (“Mercado”) – um ataque aerotransportado para capturar pontes importantes sobre os rios da região;
  2. Operação Garden (“Jardim”) – um ataque terrestre de divisões blindadas e de infantaria movendo-se sobre as pontes apreendidas, criando o saliente.

Essa operação foi proposta pelo Marechal de Campo inglês Bernard Montgomery, então comandante do 21º Grupo de Exércitos aliado. Os planejadores britânicos e norte-americanos deram o aval para a operação, mas ignoraram (devido a falhas na inteligência aliada) que grandes forças alemães, mesmo desfalcadas, estavam estacionadas na Holanda, como o Grupo de Exércitos B, sob o comando do Marechal de Campo Walther Model, o 15º Exército e o General de Infantaria Gustav-Adolf von Zangen, e remanescentes do II Corpo Panzer sob o comando do SS-Obergruppenfüher Wilhelm Bittrich. Tais tropas eram formadas por muitos veteranos, nos quais muitos lutaram na Frente Oriental contra os russos.

Já os Aliados iriam atacar, inicialmente com a Operação Market, com as 82º e 101º Divisões Aerotransportadas dos EUA (comandadas respectivamente pelos Generais James M. Gavin e Maxwell D. Taylor), a 1ª Divisão Aerotransportada inglesa (comandada pelo Major General Roy Urquhart) e a 1ª Brigada Paraquedista Independente Polonesa (comandada pelo Brigadeiro General Stanisław Sosabowski), que juntas formaram o 1º Exército Aerotransportado Aliado, sob o comando do Tenente General Lewis H. Brereton.

O ataque aliado da Operação Garden consistia principalmente na ação do XXX Corpo inglês (comandado pelo Major General Brian Horrocks) e foi liderado inicialmente pela Divisão Blindada de Guardas (comandada pelo Major General Allan Adair), com a 43ª Divisão de Infantaria Wessex (comandada pelo Major General Ivor Thomas) e 50ª Northumbrian (comandada pelo Major General Douglas Grahamem) em reserva.

Esperava-se que as unidades terrestres chegassem ao extremo sul da área da 101ª Divisão Aerotransportada no primeiro dia, a 82ª no segundo dia e a 1ª no quarto dia, o mais tardar. As principais pontes a serem tomadas estavam sobre os rios Mosa, Waal e o baixo Reno, cruzando também pequenos canais e afluentes.

A operação inicia-se na tarde do domingo, 17 de setembro de 1944, com o lançamento de milhares de paraquedistas norte-americanos e ingleses, parte usando paraquedas em seus saltos, lançados a partir de aeronaves Douglas C-47 Dakota, parte descendo ao solo holandês usando planadores de fabricação inglesa (Horsa e Hamilcar) e norte-americana (Waco).

Na época foi considerada a maior operação aerotransportada da história, mas superada em março de 1945 pela “Operação Varsity”, quando 16.000 homens foram lançados sobre Wessel, na Alemanha, já nos estágios finais da guerra.

Os avanços iniciais dos Aliados foram bem-sucedidos. Várias pontes foram tomadas entre as cidades holandesas de Eindhoven e Nijmegen. O XXX Corpo do exército britânico teve seu avanço atrasado pois os paraquedistas tiveram bastante dificuldades para tomar as pontes entre os rios Son e Nijmegen. As forças alemãs explodiram as pontes sobre o Canal de Wilhelmina antes de recuarem.

A 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos Estados Unidos então tomaram a região. Já a 82ª Divisão norte-americana fracassara em tomar as passagens pelo rio Waal em Nijmegen antes de 20 de setembro de 1944, o que atrasou ainda mais os avanços das forças mecanizadas aliadas.

No setor mais distante das operações paraquedistas aliadas em Arnhem, a 1ª Divisão Aerotransportada britânica encontrou forte resistência dos experientes defensores alemães. O atraso dos Aliados em capturar as pontes, particularmente em Son e Nijmegen, deu tempo para o exército alemão organizar suas linhas de defesa e mobilizarem mais homens e tanques e logo planejaram um contra-ataque.

Na subsequente “Batalha de Arnhem”, os paraquedistas britânicos conseguiram conquistar o norte da cidade, mas quando os reforços terrestres atrasaram, eles acabaram sendo derrotados pelos alemães em 21 de setembro. O que sobrou da 1ª Divisão Aerotransportada ficou presa em um pequeno bolsão a oeste da ponte da cidade, sendo evacuados (cerca de 2.400 homens) apenas entre os dias 25 e 26, na chamada “Operação Berlim”.

No final, os Aliados acabaram fracassando em estabelecer seus objetivos e cruzar o Rio Reno e as defesas alemãs no norte e oeste do seu país continuaram firmes, e só cederiam por completo em março de 1945.

O fracasso da Operação Market Garden, com a perda de valiosos homens e equipamentos, acabou com as expectativas dos Aliados de tentar acabar com a guerra antes do natal de 1944.

As forças aliadas sofreram mais perdas na Market Garden do que na gigantesca invasão da Normandia (“Operação Overlord”). A maioria dos historiadores militares concordam em que, no período de 24 horas do “Dia D” (6 de junho de 1944), as perdas aliadas alcançaram a estimativa de 10 mil a 20 mil.

Nos nove dias da Operação Market Garden, as perdas combinadas – forças aeroterrestres e blindadas – em mortos, feridos e desaparecidos são estimadas para mais de 17 mil homens.

As perdas britânicas foram as mais altas: 13.226 homens. A 1ª Divisão Aerotransportada inglesa foi quase totalmente destruída. Na força inicial de ataque a Arnhem, com um efetivo de 10.005 homens, na qual se incluem os poloneses e os pilotos de planadores, as perdas totalizaram 7.578 (cerca de 75% do total).

O XXX Corpo inglês perdeu 1.480 homens e os norte-americanos perderam cerca de 3.900 soldados. As cifras alemãs permanecem um pouco obscuras, devido a muitos documentos tendo sido perdidos ao final da guerra, mas em Arnhem e Oosterbeek as perdas chegaram a 3.300; entretanto, as perdas do Grupo de Exércitos B foram consideradas as mais elevadas.

Levando-se em conta a frente de batalha que se desenvolveu ao longo da campanha, estima-se que as perdas podem ter chegado até a 10 mil homens. Houve também cerca de 500 mortos entre os civis holandeses e os membros da resistência contra os alemães.

A operação foi imortalizada no famoso livro lançado em 1974, “A Bridge Too Far” (“Uma Ponte Longe Demais” no Brasil), escrito pelo escritor e historiador militar irlandês Cornelius Ryan.

O livro inspirou a produção de um filme épico do mesmo nome, lançado em 1977, com a direção de Richard Attenborough e estrelado por grandes atores como Sean Connery, Michael Caine, James Caan, dentre outros. Dramatizações das ações da 101ª Divisão Aerotransportada, em especial a “Easy Company” do 506º PIR, durante a batalha fizeram parte da minissérie de televisão da HBO “Band of Brothers”, lançado em 2001.

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FERNANDO
FERNANDO
5 anos atrás

Pois é, o tempo passa.
E, não a nada que cure as cicatrizes da vida.

Carvalho
Carvalho
5 anos atrás

Há alguns anos visitei Arnhem e Nijmeguen, e suas pontes, obviamente.
Algumas coisas me impressionaram:
Enquanto Nijmeguem ainda mantém características de cidade medieval, Arnhem possui muitos prédios modernos, já que foi destruída na batalha.
No cemitério de guerra, haviam muitos túmulos de pilotos de planadores, aviadores que lutaram como infantes, e morreram como tal.
O QG de Urqhart ainda existe em sua configuração original.
Bom passeio de um dia, a partir de Amsterdã

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
5 anos atrás

A maior cagada de Montgomery, e uma das piores da Segunda Guerra. Tantas vidas sacrificaras no altar dele.
Patton era quem estava certo!!!

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Sem Monty, Rommel provavelmente teria tomado Alexandria, tornando o Mediterrâneo Oriental um lago italiano. Isso pode ter resultado em uma enorme tentação de a Turquia e a Espanha se unirem ao Eixo (embora eu ache que Mustafa Atatürk e Franco teriam se recusado a participar da guerra).

Na Normandia, os britânicos e canadenses fizeram o trabalho sem glamour e Patton foi à glória. Patton era um bom general de cavalaria, mas fracassou sempre que encontrou oposição. Em Metz, ele não tinha ideia de como pegar a cidade. Na Normandia, ele praticamente não enfrentou oposição. Quanto aos ingleses “lentos”, eles derrotaram a massa dos panzers de elite do Exército nazista e, em seguida, percorreram as 200 milhas até Bruxelas em 4 dias. Como sempre, os auto-publicistas como Patton e MacArthur(outro superestimado) obtêm o maior número de parágrafos nos livros de história da Segunda Guerra Mundial.

Os ianques preferem Patton; britânicos preferem Monty. No entanto, se eu posso admitir que Monty foi muitas vezes pesado e egocêntrico, acho que temos o direito de criticar Patton.

Se Patton foi tão maravilhoso, por que ele não recebeu o comando inicial na Normandia? Porque seus superiores sabiam de sua instabilidade mental e que o fato de que ele não podia prevalecer contra a oposição obstinada. Monty não era de modo algum um general impecável, mas suas táticas e estratégias funcionavam brilhantemente na Normandia, mesmo que (apesar das declarações egoístas de Monty) não funcionassem conforme o planejado.

Os americanos produziram alguns soldados realmente grandes ao longo dos séculos e sua grande nação salvou a Europa diversas vezes. No entanto, um general americano muito melhor foi Lucien Truscott – ele venceu as batalhas fáceis do tipo Patton e aquelas em que os mais aliados tiveram que cavar fundo como em Salerno. Ele também resgatou a catástrofe da Coréia do fracasso de outro soldado de mau tempo (MacArthur).

Para mim, o sinal de um verdadeiramente grande general é que ele pode:
a) avançar rapidamente a la blitzkrieg
b) superar uma forte posição defensiva e
c) mais importante de tudo, lutar contra um recuo onde as probabilidades estão contra você.
Patton só fez um em a)
falhou em b) e
nunca teve a chance de realizar c).

Acho que a evidência está dizendo: apesar dos mitos, os alemães nunca se impressionaram com Patton ou Monty. Eles tinham grandes generais às centenas. Nós aliados fizemos o melhor que pudemos.

Patton também só foi capaz de fazer sua “turnê da França com um exército” (suas próprias palavras) porque o velho e chato Monty havia destruído 90% das forças de tanques de Hitler na Normandia em uma guerra de dois meses de atrito. Se você quiser destacar um bom líder americano, fique com Bradley, Truscott, Vandergrift, Nimitz (um dos comandantes mais subestimados da história moderna), não essa mediocridade espetacular.

Rafael M. F.
Rafael M. F.
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Os Panzer alemães foram varridos do mapa em particular na Bolsa de Falaise, ação decisiva da invasão da Normandia. Nessa ação, aos Hawker Typhoon britânicos é atribuída em um único dia a destruição de quase 200 tanques, dando ao “Tiffy” a merecida alcunha de “Flagelo de Falaise”. Apenas a presença deles já era bastante para que as tripulações dos Panzer abandonassem seus veículos.

Alexandre
Alexandre
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

O que deteu Rommel, a raposa do deserto, foi a falta de suprimentos e de reposição de material e tropas, pois a guerra estava se deslocando para a frente russa, ele foi ferido em combate, fora a questão da tentativa de assassinato do Hitler, operação Walkiria, lendo as biografias sou Patton, lembrando que a invasão partiu do território inglês, por isso poder político, os ingleses foram humilhados na retirada de Dunkerque.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Alexandre
5 anos atrás

Monty estava ali combatendo o Afrika Korps para resguardar territórios e não deixar cair em mãos dos inimigos, o trabalho ali foi feito por um desgaste por parte dos alemães, enquanto os britânicos só absorveram os choques alemães e tentar em seguida contra-atacar. Rommel fez tudo o que estava ao seu alcance para tentar concluir a missão com sucesso, mas o fato é que ele quase conseguiu e ponto final. Não há o que discutir.

Em nenhum momento eu disse que sou a favor de Monty e que menosprezo Patton, você deveria ler novamente meu comentário. Eu apenas citei fatos que comprovam que Patton não foi tão glorioso como divulga ser, e que Monty não foi um general tão mau quanto dizem ser.

Sobre o desempenho dos britânicos, você deveria se basear nas opiniões de quem os combateu, não da versão americana.

Os alemães prontamente apontam que o sucesso dos americanos era devido à superioridade material e não à proeza de combate. Eles sempre pararam um pouco antes de dizer que os americanos simplesmente não jogavam de forma justa. Quando um veterano de combate alemão, um capitão, por exemplo, foi perguntado como teria planejado um ataque se tivesse absoluta supremacia aérea sobre sua cabeça e quatro vezes a quantidade de artilharia, com uma quantidade ilimitada de munição, ele, a maioria definitivamente, teria usado. Não haveria menção de justiça. Um soldado de infantaria alemão atacando uma colina, depois de um bombardeio do estilo americano e de um massivo ataque de artilharia, nunca teria reclamado de ter que batalhar sobre essas condições.

Os alemães diziam que na Frente Ocidental, quando derrubavam um Sherman, cem tomavam o seu lugar. Na Frente Oriental, quando toda vez que eles derrubavam um T-34, outros vinte tomavam o seu lugar. A quantidade de produção do T-34 e do Sherman são equivalentes, porém a diferença era que os soviéticos nunca construíram um veículo de recuperação de tanques durante toda a guerra, enquanto que os americanos fizeram muitos deles, apoiados em instalações de reparo extremamente eficientes. A tripulação sobrevivente de um Sherman nocauteado seria empurrada para trás, recebendo com frequência um Sherman novo ou totalmente consertado.

Os alemães não tinham uma opinião elevada sobre o soldado americano médio. Isso pode ter acontecido porque a maioria dos alemães vinham lutando há anos, enquanto os americanos que se encontravam no campo de batalha eram muito menos experientes em comparação. Muitas das tropas alemãs vinham lutando há anos, muitas vezes na Frente Oriental, e aqueles que sobreviveram tempo suficiente para enfrentar os americanos – no norte da África, na Itália e finalmente no dia D e depois – eram tropas excelentes e altamente experientes. A maioria dos americanos não era. Pior ainda, a liderança americana até o nível de pelotão era inferior ao corpo de oficiais alemães e mostrava isso. O axioma “Não há tropas ruins – somente oficiais ruins” tornou-se uma realidade nas campanhas ocidentais muito rapidamente. Os oficiais americanos tendiam a ser menos experientes, menos agressivos e menos experientes que os oficiais alemães. O sargento alemão e os oficiais eram muito mais bem treinados do que seus colegas americanos e eram treinados para liderar de frente – o que era duro para os oficiais juniores alemães, já que eles sofriam perdas maiores ao fazer isso. Mas essa prática tornava suas unidades, homem para homem, muito mais mortais que uma unidade americana de tamanho similar.

Os alemães não consideraram os americanos como adversários especialmente temíveis no campo de batalha. Eles não tinham o ódio genuíno que muitas das tropas soviéticas tinham pelo seu inimigo e vinham de uma sociedade mais “civilizada”. Mas eles tinham muito respeito pelo poder aéreo americano e particularmente pela artilharia. Como Bill Mauldin apontou, os alemães ficaram perplexos com as táticas americanas. Particularmente os alemães respeitavam a artilharia americana, que era precisa e abundante, e eram dispostos a gastar uma quantidade quase ilimitada de projéteis, simplesmente para eliminar uma pequena unidade inimiga que havia sido vista.

Posteriormente, alguém fez uma análise da eficácia do campo de batalha comparando os alemães às tropas aliadas, com base nas evidências de que um soldado alemão valia até 3 russos e 1,5 soldado americano ou britânico em termos de efetividade de combate.

Os alemães consideravam a tropa britânica profissional, disciplinada, bem treinada em habilidades básicas e tão corajoso quanto tenaz, mas carente de iniciativa em comparação com os soldados alemães, cuja doutrina enfatizava todos até o mais baixo, tomando ações independentes. Os oficiais britânicos eram vistos menos favoravelmente como sendo igualmente corajosos, mas muitas vezes carentes de criatividade tática ou capacidade de adaptação às circunstâncias. Havia exceções individuais para isso: Rommel carregou o livro de Archibald Wavell em seu bolso durante a campanha do Norte da África; no entanto, os ataques de comandantes simplistas da Primeira Guerra Mundial, como Monty, deixaram os alemães freqüentemente atônitos.

No geral, a infantaria britânica e a artilharia eram mais bem vistas do que a cavalaria britânica, que os alemães consideravam um pouco desajeitadas e incapazes de manobrar. As unidades de tanques britânicos demonstravam uma propensão a se alinhar e dirigir diretamente as defesas antitanque alemãs, sem apoio de infantaria, algo que os alemães acharam intrigante, especialmente das pessoas que haviam inventado o tanque.

A infantaria britânica era considerada a mais semelhante em habilidade, sendo capaz de grandes coisas, mas decepcionada por comandantes pouco imaginativos e lentos e apoio abismal de tanques.(Por exemplo, enquanto os ingleses mostravam pouco interesse nos movimentos noturnos, os alemães notaram que a infantaria britânica demonstrava boa capacidade de ver metralhadoras capazes de cobrir posições alemãs em fogo efetivo durante a noite, algo que outros oponentes exploraram pouco)

A artilharia britânica também era muito respeitada por sua capacidade de acertar rapidamente e com precisão o fogo contra alvos, o que, dado o manejo muitas vezes desajeitado das formações de manobras britânicas, fez com que esse braço se destacasse como o mais perigoso.

Os britânicos eram considerados, de longe, os mais “soldados” de seus adversários, exceto, talvez, para os holandeses, que, ao contrário do estereótipo, eram também altamente considerados como combatentes determinados e como especialmente ferozes em combate corpo a corpo.

Você precisa ter muito mais argumentos sobre o desempenho das tropas britânicas antes de mencionar Dunquerque, se quiser me convencer.

Oiseau de Proie
Oiseau de Proie
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Patton foi apenas mais um maníaco psicótico afamado por seus delírios de grandeza que construiu a sua fama as custas do suor e do sangue dos outros…no delírio de grandeza, as pessoas que sofrem deste tipo de delírio consideram-se superiores aos outros em diversos aspectos…consideram-se pessoas especiais, e que a sua existência tem uma grande importância para a humanidade…a megalomania foi o traço de comportamento mais marcante do seu perfil comportamental…a megalomania se caracteriza como um transtorno psicológico definido por delírios e fantasias de poder, relevância ou omnipotência…é caracterizada por uma exagerada auto-estima das pessoas nas suas crenças e/ou poderes…

Citando Bertrand Russell, podemos facilmente distinguir a megalomania do narcisismo: “O megalomaníaco difere do narcisista pelo facto de que pretende ser poderoso ao invés de charmoso; temido ao invés de amado. A este tipo de pessoas pertencem muitos lunáticos mas também grandes homens da História”…

Afirmou que o soldado que morre em combate é um tolo…a unidade paraquedista estadunidense o detestava, recusou-se até a tê-lo no desfile de vitória da unidade…dois dos principais incidentes de crimes de guerra, os massacres de Canicattì em julho de 1943 e o massacre de Biscari em 14 de Julho 1943 cometidos por soldados da 45º divisão de infantaria do 7º exército estadunidense foram comandados por este psicopata…massacres estes bem acobertados e nunca julgados…como era do lado vencedor é considerado “lendário”…se fosse nazista seria hoje chamado de “carniceiro”…a verdade é que em condições de igualdade jamais ganharia se quer um jogo de xadrez de Rommel…

pangloss
pangloss
5 anos atrás

Vi esse filme – espetacular – quando era criança. Fiquei perplexo com o final, pois os filmes sempre retratavam vitórias aliadas.

Camargoer
Responder para  pangloss
5 anos atrás

Olá Pangloss. Acho que ainda é o melhor filme da II Guerra. O legal é queá está disponível no YouTube, original e com legenda em português (ou estava até uns meses atrás quando assisti, de novo, na madrugada). Quem não viu, vale a pena ver. Quem já viu, vale a pena rever.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
5 anos atrás

Hoje em dia uma operação em larga escala de PQD’s ainda é viável, ou o avanço de S.A.M’s e AAA tornam isso impossível?

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Willber Rodrigues
5 anos atrás

Sim é muito possível. Países como o Brasil por exemplo, de território gigantesco e defesa aérea quase inexistente são campo fértil para tais operações.

VITOR
VITOR
5 anos atrás

so lembro dos episodios de band of brothers

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  VITOR
5 anos atrás

Muita coisa fora da realidade aquela série. Tem uma cena que o capitão lá cujo nome não lembro mata sozinho uns 50 alemães num lamaçal, e os alemães só faziam correr. Acho que nem numa luta contra volkssturm uma coisa dessa aconteceria.

Mauro Gardusi
Mauro Gardusi
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Sugiro ler o livro (que é fantástico) e terá uma visão melhor desse ponto em particular

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

É esse mesmo. Matou mais que o Rambo.

Alexandre Pessoa
Alexandre Pessoa
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Reitero a sugestão de leitura do livro. Até hoje a manobra do Capitão Winters consta nos manuais de campo da infantaria americana.

LucianoSR71
LucianoSR71
5 anos atrás

Essa operação talvez seja o maior exemplo do lado pouco conhecido da 2ªGM ( mas não apenas dela ): o jogo sórdido pelo poder e prestígio vitaminados pela vaidade e estrelismo de muito dos que tinham algum tipo de poder dentro da máquina política-militar. Na Inglaterra, por exemplo, dentro área de inteligência – espionagem, contraespionagem e guerrilha nos territórios ocupados, houve sabotagem de uma das alas, não informando que a rede de agentes do SOE na Holanda fora descoberta e que as mensagens que eles recebiam solicitando o envio mais agentes e recursos eram na verdade ditadas pelos alemães, tudo porque o SOE fora criado por Churchill – p/ toca fogo na Europa ocupada – e portanto era o mais querido por ele, causando ciúmes nos veteranos. O custo disso foi a morte de mais de 50 agentes e mais de 80 tripulantes da RAF – eles eram atraídos p/ armadilhas mortais montadas pelos alemães.
Montgomery era extremamente vaidoso e ambicioso e não queria ficar trás de Patton na corrida da Vitória. Ele se considerava um fantástico estrategista ( lembra um certo cara do bigodinho ) e não admitia que havia tido vários fracassos na fase inicial da operação Overlord ( dizia que todos os atrasos estava dentro do seu planejamento ) quis montar um plano que exigiria muito tempo de preparação – incluindo muita colheita de informações, não só reconhecimento aéreo, mas também por agentes em terra – e treinamento num prazo totalmente insuficiente e c/ metas irreais em termos de tempo p/ conquistá-las.

AUGUSTO
AUGUSTO
Responder para  LucianoSR71
5 anos atrás

No filme, o General Polonês coloca a verdade dos fatos e a irresponsabilidade da operação no tempo e pelo material disponível. Tem o aspecto também da força blindada inglesa, que a despeito dos pedidos do General Americano, para que avançassem, permaneceu parada enquanto os paraquedistas ingleses eram derrotados. Acredito que essa é a verdade que subliminarmente o filme tenta passar, não sendo mais clara em respeito a memória heroica do Monty

LucianoSR71
LucianoSR71
Responder para  AUGUSTO
5 anos atrás

Augusto, houve até problema c/ os rádios, que, salvo engano, trabalhavam em frequências diferentes e portanto não comunicavam entre si, impedindo a coordenação de forças.
Outra triste consequência dessa operação foi que as forças de resistência se sublevaram acreditando que esse era o momento da derrocada dos alemães – até os ferroviários fizeram greve p/ ajudar os Aliados, mas c/ o fracasso a vingança sobre a população foi terrível, os alemães cortaram o suprimento de alimentos e muitos morreram de fome em Amsterdã.

Tio Velho Comuna
Tio Velho Comuna
5 anos atrás

Montegomery até que não era tão mau general! Mas suas grandes vitórias só se deram quando ele tinha expressiva vantagem sob os adversários!

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Tio Velho Comuna
5 anos atrás

“ele tinha expressiva vantagem sob os adversários”

Engraçado. Uma vez eu li em um livro onde o coronel do exército americano, David Hackworth, relembrou um episódio que resume como os alemães viam as tropas americanas. Como um jovem soldado, guardando um campo de prisioneiros de guerra em 1946, ele ironicamente perguntou a um tenente alemão capturado em Salerno:
“Bem, se você é tão durão, se você é todo super-homem, como é que você está aqui capturado? E eu estou te protegendo? ”
O oficial alemão, que falava inglês perfeito, calmamente respondeu:
“Bem, é assim: eu estava nessa colina como um comandante de bateria com seis canhões antitanque de 88mm, e os americanos continuavam enviando tanques por esta estrada. Nós continuamos nocauteando eles. Toda vez que eles enviaram um tanque nós nocauteamos. Finalmente, ficamos sem munição e os americanos não ficaram sem tanques.”

Um general alemão disse o mesmo: “O soldado americano, treinado para batalhas de uso expressivo de material, parece confiar exclusivamente em sua superioridade material e pode, portanto, facilmente se tornar vítima de um movimento surpresa e do poder de luta flexível de um adversário audacioso”.

Isso que você disse é basicamente o modo de guerra norte-americano da Segunda Guerra Mundial.

Carvalho
Carvalho
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Muito boa a A história sobre os americanos não ficarem sem tanques !
Li que havia uma brincadeira entre tanquistas alemães na Normandia, que se ressentiam de não poder ter cobertura aérea;
“ se vc olhar para o céu e ver bombardeiros em altitude….é a força aérea americana..
Se vc olhar e ver caças bombardeiros….é a RAF….
Se vc olhar e não ver nada….é a Luftwaffe !!!

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Carvalho
5 anos atrás

Muitos ficaram frustrados com o modo americano de guerra, especialmente os oficiais que não podiam invocar os recursos que o inimigo podia. O soldado comum ficou aborrecido porque a infantaria americana se recusou a “lutar de maneira justa” e se baseou fortemente na artilharia(altamente elogiado pelos oficias alemães) e no poder aéreo para abrandar a resistência.

Os americanos eram mais ousados que os cautelosos britânicos, mas não atacavam de forma imprudente no ataque, nem avançavam implacavelmente como os russos, sofrendo enormes baixas no processo.

A doutrina do Exército dos EUA para unidades em todos os níveis era o que eles chamavam de ataque de detenção. Ele foi projetado para aproveitar a superioridade americana em logística, artilharia e apoio aéreo aproximado para reduzir as baixas e foi muito bem-sucedido.

O fator de três foi aplicado em todos os níveis. Três esquadras formavam um pelotão. Três pelotões eram uma companhia. Três companhias formavam um batalhão de infantaria. Três batalhões formavam um regimento. Três regimentos formavam uma divisão…

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Como por exemplo, em Kasserine Pass.

Tio Velho Comuna
Tio Velho Comuna
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Agradeço ao camarada Matheus e demais camaradas por compartilharem esses episódios da II Guerra Mundial; assunto do qual sempre tenho ávida curiosidade

Furagelo
Furagelo
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

“Nuts”…

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Tio Velho Comuna
5 anos atrás

Exatamente. Como na África Do Norte, quando Rommel ficou isolado, pela total falta de suprimentos da Europa.

Cadu
Cadu
Responder para  Tio Velho Comuna
5 anos atrás

Não entendo o povo aqui, “vitória quando tinha vantagem”. A logística faz parte da guerra, e é vital. Os aliados tinha uma capacidade logística e industrial superior e se aproveitaram disso. Querem que eles combinem com os Alemães a quantidade de homens e equipamentos?
Os alemães gastaram bastante tempo(até os últimos meses da guerra) a transportarem judeus para campos de concentração,inclusive dando preferência a esse tipo de transporte ao invés de suprimentos as tropas em campo.
Fora a interferência de Hitler sobre as questões militares e uma aliança pouco sólida(principalmente em relação aos aliados).
Deixando claro, os alemães historicamente sempre teve excelentes militares, isso é inegável. Assim como em alguns momentos a um excesso de adulação aos militares aliados, ok.
O Montgomery tinha muitos defeitos, foi ele que aliviou a pressão sobre os ingleses com a vitória na África( tinha um movimento forte político para buscar a paz) e fora que ele conseguiu uma grande vitória para os ingleses.
Agora guerra é guerra, se eu inimigo vai usar tudo o que puder contra você.

Plinio Jr
Plinio Jr
5 anos atrás

Um grande erro da inteligência aliada que subestimou os efetivos alemães na região e o resultado foi catastrófico para os aliados….

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Plinio Jr
5 anos atrás

Acontece que os “agentes aliados” na Holanda estavam faz muito tempo trabalhando para a OKW, fazendo um belo trabalho de contra-inteligência e desinformação. O resultado foi o que já conhecemos.

alexandre
alexandre
5 anos atrás

Monty era arrogante, Paton foi o grande trator dos aliados, tanto que quando guerra acabou, ele se foi, um dos grandes homens do seculo XX..

alexandre
alexandre
Responder para  alexandre
5 anos atrás

sim que ele sacrificou 300 para salvar o seu cunhado Coronel, atras das linha inimigas, Montgomery só atuava, quando tinha superioridade numérica, levou um baile de Rommel e de Model na guerra, se tivessem dado o combustível e suprimentos pro Patton, ele chegaria as portas de Berlim , inclusive deram tempo para os alemães reagruparem suas defesas, quantas vidas Patton salvou ? Bradley era menos explosivo e aceitava a politica….na verdade parece que aliados nunca viram os alemães como inimigos e sim Hitler, nunca foi o objetivo de aniquilar o exercito alemão, mas Hitler e a SS…..

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  alexandre
5 anos atrás

Os Aliados em geral se utilizavam de superioridade numérica, principalmente os soviéticos. Os americanos além da superioridade numérica, detinha também a superioridade material. Patton nunca conseguiria libertar Bastogne sem as vantagens tecnológicas do Exército norte-americano, ele tinha enorme apreço a isso a favor dele, uma coisa que os alemães nunca tiveram em toda guerra.

Como sempre gostam de usar a versão da falta de combustível para argumentar a favor de Patton sobre a paralisação do 3º Exército perto do rio Mosela, do lado de fora de Metz.

A ofensiva de Patton parou em 31 de agosto de 1944. A ofensiva de Patton só retornou no dia 5 de setembro, exatos 6 dias após a paralisação, os argumentos a favor dizem que isso permitiu a fortificação da fortaleza de Metz e por isso Patton foi prejudicado pelo alto comando aliado, por priorizar os suprimentos ao 21º Grupamento do Exército sob Monty para a Operação Market Garden, e que por ordens de Eisenhower, Patton ainda estava sob restrições de um enorme esforço de guerra.

Primeira coisa a ser discutida é a logística de tornar uma fortaleza militar numa grande fortificação em apenas 6 dias, quando um enorme esforço de guerra do Leste estava destacando mais recursos ao enfrentamento aos russos, isso sem falar no deslocamento de milhares de soldados alemães nesse curto período de tempo, é como equivaler logisticamente a Wehrmacht com o Exército dos EUA, uma coisa totalmente fora de nexo. Isso é uma coisa que ninguém me explica.

Como a Wehrmacht tornou uma fortaleza expugnável em um local dificilmente inexpugnável em apenas 6 dias com a logística de guerra dos alemães?

Quando os Aliados invadiram a Normandia em junho de 1944, eles enfrentaram um exército alemão desmoralizado que havia sido destruído pelos soviéticos na Frente Oriental. Os alemães quase não tinham cobertura de ar e quase nenhuma gasolina. A superioridade aérea total dos Aliados significava que suas unidades e suprimentos só podiam circular à noite. Depósitos, trens e transporte rodoviário foram bombardeados sem cessar. E o argumento é que com todo esse efeito negativo, do nada transformaram a fortaleza de Metz em algo inconquistável.

As forças alemãs decadentes foram varridas pela superioridade de 20 a 1 do tanque de Patton e pela poderosa Força Aérea do Exército dos EUA. Patton rapidamente ganhou a reputação de ser invencível e imparável, e o melhor comandante de campo dos Estados Unidos. Porém, em Metz quando encontrou forte resistência empacou por seguidos meses.

Os alemães em retirada conseguiram reunir uma força de defesa composta e frágil, intitulada o Primeiro Exército Alemão comandado pelo general Otto von Knobelsdorff, para cobrir a frente de 50 km de largura do 3º Exército. A força alemã era composta de unidades de esqueleto, tropas de suprimentos, uma unidade de treinamento de oficiais não-comissionados e a 17ª Divisão SS Panzergrenadier da SS que seriamente subestimada, que estava reformando após sofrer graves perdas na Frente Oriental.

Segundo lugar, por que Patton insistiu em explodir teimosamente em Metz, uma fortaleza que compreende cerca de 43 fortalezas interconectadas de apoio mútuo menores, continua sendo uma questão debatida até hoje. As tentativas de Patton de tomar Metz significaram que apenas 86.000 soldados alemães em Lorena amarraram um exército aliado com um quarto de milhão de homens. Como prova das dificuldades que o Terceiro Exército enfrentou durante esses meses, é preciso apenas considerar o fato de o Exército do General Patton ter libertado 64000 mil km quadrados de território nos dias inebriantes de agosto e setembro. Em outubro, o Terceiro Exército havia libertado apenas 250 quilômetros quadrados de território. A feroz resistência alemã e as dificuldades logísticas aliadas haviam desacelerado o avanço de Patton e infligido aproximadamente 50.000 baixas ao Terceiro Exército.

O próprio filme de Patton exclui esse fato.

Nos três meses seguintes, Patton tentou abrir caminho através do rio Mosela. Foi a primeira vez que ele enfrentou sérias forças alemãs na França. Seu mito de invencibilidade estava em perigo.

A batalha se concentrou em dois fortes muito altos no topo de uma colina na margem oeste do Mosela: Driant e Jeanne d’Arc (usando seus nomes franceses). Construídos originalmente pelos alemães na década de 1890, quando governaram Lorena, esses fortes eram de última geração com posições grossas de concreto armado, artilharia em torres de aço, interligando túneis subterrâneos, eletricidade, valas vastas e cintas grossas de arame farpado. Esses modernos fortes mais tarde influenciariam profundamente os engenheiros franceses que construíram os fortes dispersos da Linha Maginot.

Os alemães seguraram, causando pesadas baixas às forças americanas atacantes. Patton ordenou ainda mais ataques aéreos maciços. Mas eles não tiveram efeito nos fortes maciços projetados para suportar projéteis de artilharia de 240 mm. Foi a primeira vez que a poderosa Força Aérea do Exército dos EUA não conseguiu esmagar a resistência inimiga.

Como resultado, Patton e seu Terceiro Exército permaneceram imobilizados enquanto a guerra continuava em outro lugar. O plano de Patton de atravessar o Reno e ser o primeiro general aliado a invadir Berlim foi frustrado por velhos fortes e fortes defensores alemães. Finalmente, os americanos trouxeram oficiais franceses que haviam servido na Linha Maginot para aconselhar como atacar os fortes.

Em meados de novembro de 1944, os americanos finalmente foram capazes de atravessar o Mosela ao norte e ao sul de Metz e lentamente cercar a cidade-reduto. Os fortes que cercavam Metz finalmente sofreram ataques pesados.

A galante defesa de Metz por forças alemãs muito mais numerosas e em menor número adiou o ataque dos EUA à Alemanha e cobriu a retirada da França das forças alemãs.

Isso corrobora todo o argumento feito de que se não fosse a falta de suprimento de gasolina, Patton estaria em Berlim antes dos soviéticos.

Comandantes alemães afirmaram em entrevistas após a guerra que o Patton poderia ter ignorado Metz e indo para o norte de Luxemburgo, onde conseguiria isolar o 7º Exército alemão. O general Hermann Balck, comandante alemão em Metz, também comentou que um ataque mais direto poderia ter resultado em uma vitória mais decisiva para os Aliados. O historiador Carlo D’Este escreveu que a Campanha da Lorena foi uma das menos bem sucedidas de Patton, lhe culpando por não ter empregado suas divisões de forma mais agressiva e decisiva.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  alexandre
5 anos atrás

A “Task Force Baum” foi um verdadeiro desastre operacional. Não há desculpa para o que foi feito.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
5 anos atrás

Rapaz a máquina de guerra alemã era impressionante, os caras eram bons no ataque e na defesa. Hoje pagam pau para Israel, mas a Alemanha ainda continua sendo o maior exemplo de como desempenhar a arte da guerra. Os generais alemães fizeram história na guerra Franco-prussiana, primeira e segunda guerra mundial.

Na segunda guerra mundial me impressionam as façanhas de Rommel e sua divisão fantasma, do forte Eben Emael subjugado por 80 paraquedistas alemães;
As façanhas de Mainstein, de Michael Wittmann que destruiu 10 tanques aliados em 10 minutos, e Adolf Galland e Eric Hartmann que foram grandes ases da aviação alemã.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Engraçado que Rommel foi derrotado por Montgomery no Norte da Africa.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Alfa BR
5 anos atrás

Com os poucos recursos que tinha Rommel fez foi muito, os britânicos quase foram derrotados por um exército menor e mal equipado.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Não é por nada que os britânicos o apelidaram The Desert Fox, e quando o mesmo faleceu eles mesmos prestaram homenagem ao valoroso e honrado estrategista.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Valoroso mesmo, era bem visto entre as tropas de baixa patente, comandava na frente, ao lado dos soldados, um exemplo de liderança, tratava bem até os prisioneiros de guerra, e isso irritava profundamente seus desafetos.

Soube de um relato de um oficial inglês no cativeiro, que foi reclamar com Rommel da qualidade da água que era servida aos prisioneiros. Rommel respondeu “meus homens estão bebendo a mesma água”, não necessariamente nestas palavras.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Alfa BR
5 anos atrás

Rommel não se ligava muito a suas limitações logísticas. Era um exímio tático, conseguindo rápidas vitorias pela manobra, mas que eram revertidas pelos contra-ataques britânicos, pois sua cadeia logística acabava sempre muito distendida. Uma queda de braço contínua, beirando o impasse.

Montgomery não realizou vitórias rápidas e grandes avanços em curto período de tempo. Sua estratégia priorizou um avanço mais lento mas sempre em frente que culminou na derrota alemã.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Alfa BR
5 anos atrás

Ajudado muito, claro, pela total supremacia aérea aliada, pelo desembarque do US Army na África do Norte e na Sicília, assim como a chuva torrencial de suprimentos sem fim provenientes da Fortress América.
Estive lendo uma biografia de um soldado alemão, que ao ser capturado pelos aliados, observou como centenas de tanques, jeeps e caminhões eram mantidos pelas tropas o dia inteiro com os motores ligados, quando os alemães tratavam o combustível com muito mais cuidado, e o desperdício de sequer uma gota era visto como pecado capital.
Curioso, ele perguntou em inglês a um soldado americano a razão desse comportamento tão esquisito. O soldado respondeu que eles tinham que queimar o máximo de combustível possível, pois já não tinham aonde armazenar as quantidades enormes que nunca deixavam de chegar diariamente. Foi nesse então, em meados de 1943, que esse soldado alemão se convenceu de que a guerra estava perdida.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

E Otto Skorzeny, com seu ousado resgate do Ducce do pico de uma montanha. Assim como os incríveis e impossíveis contra ataques da Waffen SS na Rússia, aonde únicos batalhões seguravam e até derrotavam divisões soviéticas muito bem equipadas.
Quem quiser o livro Campaign In Russia, do incrível Leon Degrelle grátis me passa seu e-mail. Aqui tenho uma cópia desse livro quase impossível de encontrar, em PDF e inglês.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

A batalha por Berlim foi brutal, com destaque para os portões de Berlim nas montanhas Seelow, na qual o general alemão Gotthard Heinrici heroicamente resistiu com 100 mil soldados um ataque de Zhukov com mais de 1 milhão de soldados russos. Gotthard Heinrici aguentou firmemente por 4 dias, destruindo 2 mil veículos blindados do exército vermelho, enquanto Gotthard não perdeu nem 100 tanques pesados.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

É impressionante a resistência alemã para realizar um esforço titânico para tentar paralisar os russos. Acho que os comandantes alemães pensaram que poderiam resistir igual ao Frederico II, durante a Guerra dos Sete Anos, resistindo com sucesso, os esforços combinados da França, da Áustria e da Rússia.

Camargoer
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

ola João. Fica meio complicado passar o e-mail nos tempos atuais… Será que o Galante não faria um post com um link para download?

smichtt
smichtt
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Meu pai sempre me dizia que não se conformava como os alemães tinham perdido a guerra. Ele foi testemunha ocular do ocorrido na Itália. Mais precisamente em Pisa, ao lado do Rio Serchio. Ele dizia que a disciplina e a inteligência da Wehrmacht era incomparável com a das tropas americanas.

Camargoer
Responder para  smichtt
5 anos atrás

Caro Smicht. A URSS tinha muito mais soldados do que a Alemanha. A partir de uma certa proporção, a vantagem numérica supera a vantagem tecnológica (quem assistiu “Tropas Estelares” lembra bem). O exército soviético era menos treinado, mas tinha algumas vantagens tecnológicas (o T34 por exemplo). A capacidade industrial da URSS ficou preservada enquanto que a Alemanha foi bastante prejudicada. A Inglaterra tinha uma grande base industrial com mão-de-obra nacionalista e motivada (parte da mão-de-obra na Alemanha era de escravos ou prisioneiros). Os EUA tinham uma grande base industrial que foi ampliada durante a guerra, tinha algumas vantagens tecnológicas e acesso livre à matéria-prima. Os EUA e URSS tinham capacidade agropecuária para manter a população e as tropas. A Alemanha tinha menor capacidade de produção agropecuária e sofria bloqueio marítimo prejudicando seu abastecimento. As tropas dos EUA e da URSS podiam ser renovadas com soldados descansados enquanto a Alemanha ficou sem reservas, precisando usar adolescentes e velhos. Além de muito mais….

smichtt
smichtt
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer,

É verdade, todos estamos cientes das vantagens econômicas e populacionais dos aliados. eu me referia apenas à percepção de meu pai sobre a disciplina dos soldados alemães, além de sua engenhosidade na utilização dos parcos recursos que tinham.
Obrigado pela resposta. Abc

Camargoer
Responder para  smichtt
5 anos atrás

Olá Smchtt. Acabei de ler o livro “Catástrofe”, sobre Grande Guerra. O autor menciona que o exército de Guilherme II foi o herdeiro da tradição militar da Prússia. Esse exército era o melhor equipado e melhor treinado da Europa, mas seus generais eram iguais aos generais da Inglaterra e França em qualidade e defeitos. Tenho a impressão que o exército da Alemanha na II Guerra manteve essa tradição do antigo exército da Prússia de muito treinamento, disciplina e bons equipamentos. Parece que novamente os soldados alemães eram muito melhores que seus comandantes.

smichtt
smichtt
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Olá Camargoer,

O Hastings é muito conhecido no meio. Outro livro dele muito bom é “Inferno”, acho que a melhor bibliografia de um só fôlego sobre o conflito traduzida para o português até agora. Se quiser voos mais altos, leia “A World at Arms: A Global History of World War II” by Gerhard L. Weinberg.
Abc

Camargoer
Responder para  smichtt
5 anos atrás

Olá Smichtt. Estou lendo O tratado de Versalhes” agora… “Inferno” está na minha mesa. Sera o próximo. Obrigado pela sugestão. Gostei bastante do “A primeira guerra mundial” da M.MacMillan (infelizmente a editora economizou na revisão do texto, mas se você ignorar isso e focar no assunto e contexto histórico, é bem legal).

nonato
nonato
5 anos atrás

Há um erro de português no primeiro parágrafo

Binho
Binho
5 anos atrás

Essa operação foi uma das maiores lambanças da guerra, quase igual a tomada de Kreta quando os alemães deveriam ter tomado Malta ou invasão das Channel Islands.

nonato
nonato
5 anos atrás

Essa matéria tem a ver com estratégia militar, a qual considero poderia ser dada mais ênfase.
Nessa operação, há algumas questões que não compreendo.
Primeiro: qual era o objetivo? Chegar em Berlim cortando caminho?
Como você faz uma invasão aerotransportada na presença de aviões de caça e artilharia antiaérea?
Qual a diferença entre invadir de navio, de paraquedas neste local ou de paraquedas mais adiante?
Por que não descer direto em Berlim?
De onde e como viriam essas outras forças terrestres que não vieram de avião?
Qual a estratégia para ganharmos essa batalha?
Cercar o inimigo?
Vencê-lo com superioridade numérica, de equipamentos ou de estratégia?

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  nonato
5 anos atrás

Se eles tivessem pousado em Berlim teriam sido trucidados, pois haviam 900 mil defensores e uma parafernália de Tigers, Panzers, Panthers e Stugs para recepciona-los.

Agnelo
Agnelo
Responder para  nonato
5 anos atrás

Prezado
Normalmente, rios são obstáculos utilizados para impedir o avanço do inimigo. Sobre os rios se baseiam muito posições defensivas (dependendo do terreno).
Uma transposição de Curso d´agua defendido por um inimigo é uma das operações mais dificeis e complexas em uma campanha terrestre.
Para que os aliados chegassem a Alemanha rapidamente, a ideia foi garantir que importantes pontes fossem mantidas, para que as forças Bld pudessem passar por elas e prosseguir em campanha terrestre.
Vc faz uma invasão aeroterrestre utilizando seus caças para manter a superioridade aérea na hora do lançamento. Suprime as Def AAe com ataques de aviação, Art misseis e Op Esp.
Vc lança a tropa, depois de grande Op Esp de Rec e preparação do local, para q a tropa seja lançada em área segura.
Naquela época não existiam misseis, o q tornava mais fácil. E a forma de emprego dessas tropas estava começando.
Invadir de navio ou paraquedas depende do terreno, das estradas para se prosseguir na missão com a logística etc. Quanto mais longe se lança uma tropa Aeroterrestre, mais difícil é realizar a junção por tropas Bld. Não ocorrendo, as tropa Aet fica isolada e sem suprimento.
Descer em Berlim ia morrer todo mundo, pq não tinha como chegar lá. E não se lança sobre o inimigo, mas perto em segurança.
As Forças Bld vinham direcionadasd por grandes estradas, rompendo as defesas alemãs em contato, até juntar com os Pqd. Após essa junção, estava garantido o prosseguimento, bem como a logística alemã em contato estaria estrangulada.
Sds

nonato
nonato
Responder para  nonato
5 anos atrás

Como podem pessoas negativar um comentário desses, apresentando informações valiosas?

Colombelli
Colombelli
Responder para  nonato
5 anos atrás

É os meus “fãs” Nonato. Bem facil descobrir quem são. Deixa eles. Não vale a pena perder tempo com eles. Estou a mais de 10 anos aqui e vou continuar debatendo com colegas como voce. Trazendo.informação e aprendendo também.

nonato
nonato
Responder para  Colombelli
5 anos atrás

Obrigado pela atenção e cordialidade.
Acho que na trilogia estratégias militares poderiam ser mais bem exploradas até porque é o objetivo final de um sistema de defesa.
Para quem é militar pode parecer “bobagem”. Mas se é assunto tão simples e dominado por tantos, não os vejo debater a respeito.
Lembro de um colega que já foi da marinha e que gostava de contar “causos” ou curiosidades.
Uma delas foi sobre combates no Pacífico, se não me engano, batalha de Midway, sobre as vantagens e desvantagens de estar de frente ou de lado (não sei a termologia técnica) numa batalha naval.

Camargoer
Responder para  Colombelli
5 anos atrás

Ola Colombelli. Ignore e relaxe. Uma vez alguém apelidou esses fãs de “haters de estimação”. Eles são barulhenta e bicam a ponta dos dedos daqueles que os alimentam. O mais chato mesmo é que a gente tem que lavar o poleiro onde eles ficam quase todo dia.

Camargoer
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Ola Colombelli. Também acho que tenho sorte em ler os seus comentários e de outros colegas militares e ex-militares. Acho que a trilogia é uma grande oportunidade de aprender com vocês coisas que não tive oportunidade de vivenciar.

Marcelo Danton
Marcelo Danton
5 anos atrás

Para variar sempre dão um jeitinho de transformar derrotas em alguma “vitória”. O que começa a dar a impressão é que também se utilizaram em esgotar a munição alemã com corpos de soldados…CLARO que não na proporção que os Russos fizeram, mas que usaram essa tática usaram.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Marcelo Danton
5 anos atrás

A Batalha de Arnhem foi uma derrota. A operação Market Garden uma falha operacional (pois não atingiram os objetivos previstos). Porém o saldo final foi de terreno ganho para os Aliados.

DanielJr
DanielJr
5 anos atrás

Meio que Off-Topic, mas a Rússia fez um treinamento em certa parte parecido esses tempos, chamado de Center-2019. 71 IL-76 lançaram paraquedistas, veículos e outras coisas. Parece que 2 blindados não tiveram o paraquedas aberto e caíram direto.

https://www.youtube.com/watch?v=_HztjEjVvB8

https://www.youtube.com/watch?v=MugvRGzqk88

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  DanielJr
5 anos atrás

Na Itália tivemos um incidente parecido em 2017, aonde o para quedas não abriu e 3 Humvees foram destruídos.
Parecia acidente, mas depois da investigação um sargento foi preso por ter feito isso de propósito.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Isso é que é chamar a atenção. Foi esclarecido qual foi a motivação dele ?

joao moita jr
joao moita jr
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

A motivação??? Fazer um video legal e colocar no Youtube. Essa nova geração…

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
5 anos atrás

Cara! Esse filme é espetacular! Música, fotografia, elenco que não se junta mais hoje em dia!! Quem quiser assistir está de graça no Youtube legendado!! Para mim, um dos melhores filmes de guerra que já assisti! A cena do “fogo de barragem” diante do avanço dos tanques aliados, comandados por Michael Caine é de tirar o fôlego até para os padrões de hoje!.

Camargoer
Responder para  Marcelo Andrade
5 anos atrás

Olá Marcelo. Concordo. Fiz a mesma sugestão de assisti-lo no YouTube legendado…. agora só assisto o filme de madrugada, senão minha esposa fica implicando “de novo esse filme?”

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Exatamente isso acontece na minha casa quando assisto pela enésima vez Cross Of Iron, com James Coburn no papel de Sargento Steiner na Rússia.
O outro dia mesmo, ouvi…Damn!!! Again, this movie????

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

kkkkk eu te entendo!!! Faço isso com “Operação Valquíria” não me canso de assistir! Aqueles momentos da História do famoso “E se….”

tadeu54
5 anos atrás

Muito de fala de Monty, Ike, Patton, vou dar meu palpite também :
Em minha modesta opinião, o comandante mais competente da II GM foi Yamashida !
Desembarcou na Malásia em 08/12/1941 com 30.000 homens, varreu a península, capturou, feriu e matou 85.000 homens do Império Britânico, em 04/02/1942 Percival se rendeu, foram pouco mais de 2 meses !
Mas a inveja + burrice humana não conhece fronteiras não é mesmo ? Tojo enciumado removeu o brilhante general para um comando secundário na Mandchuria, Yamashida só voltaria à linha de frente no 2º semestre de 1944, a Força Aeronaval japonesa era apenas um esqueleto sem aviões, e Tojo se demitira após o desastre em Saipan.
Contra toda a imensa avalanche americana, Yamashida fez o que podia, recuou para o norte das Filipinas, ali se entrincheirou e manteve várias divisões americanas ocupadas até o final da guerra.
MacArthur também enciumado arranjou uma corte marcial para condenar Yamashida, acusou-o de:
1 – Massacrar prisioneiros ingleses num hospital da Malásia :
Mas Yamashida julgou e enforcou o oficial japonês em comando naquela área ( queriam que ele ressuscitasse os prisioneiros ingleses também ? ).
2 – Destruir Manila em sua retirada para o norte das Filipinas :
Mas o comandante em Manila era um almirante da marinha japonesa, não preciso nem falar da rivalidade exacerbada entre a Marinha e o Exército japonês na II GM não é mesmo ?
E assim MacArthur condenou Yamashida à forca, apesar das apelações de seus advogados militares ( norte americanos, que apelaram até para Truman ) a sentença foi cumprida.
Velho ditado romano e gaulês: ” Ai dos vencidos ! “

Dr. Mundico
Dr. Mundico
5 anos atrás

Nada me tira da cabeça que o bom comandante deve confiar mais na fraqueza do seu adversário do que no poder das suas próprias tropas. Conhecer e avaliar a fraqueza do adversário talvez seja o maior desafio do bom comandante, pois quase sempre ele será levado a subestimar o adversário e inferir uma situação irreal e desconexa. O problema é que quanto mais se conhece a fraqueza do adversário, menos se deve acreditar nele.

Fábio
Fábio
5 anos atrás

História Simplismente Fantastica

tadeu54
5 anos atrás

Muito se fala de Monty, Ike, Rommel, Manstein e Patton, porém vou dar meu palpite aqui:
Para mim o comandante mais competente da 2ª GM foi Yamashida.
Desembarcou na Malásia em 08/12/1941 e em pouco mais de 2 meses matou, feriu e capturou mais de 85.000 soldados do Império Britânico, Percival se rendeu em 04/02/1942.

tadeu54
5 anos atrás

Mas a inveja é universal, e o Império do Japão não era exceção: Tojo enciumado afastou Yamashida de seu comando, ele ficou mais de 2 anos num comando secundário na Mandchuria, afastado da frente de batalha.

tadeu54
5 anos atrás

No 2º semestre de 1944 Tojo havia se demitido após o desastre de Saipan, a Marinha Imperial já não tinha nenhuma capacidade ofensiva com seus poucos porta-aviões que restavam, e Yamashida foi chamado para assumir a defesa das Filipinas, chegou ao arquipélago alguns dias antes da invasão de MacArthur.

tadeu54
5 anos atrás

Claro que a avalanche americana não poderia ser detida, os americanos controlavam o ar, o mar e suas tropas estavam muito bem treinadas e equipadas, Yamashida recuou para o norte, lá resistiu retendo várias divisões americanas até o final da guerra, foi o único general japonês a conseguir tal feito.

tadeu54
5 anos atrás

Finda a guerra MacArthur também enciumado arranjou uma corte marcial para julgar Yamashida, acusou-o de:
1 – Massacrar prisioneiros ingleses num hospital da Malásia em 1942, porém ao saber do caso Yamashida julgou, condenou e enforcou o oficial japonês responsável pelo setor onde ocorreu o crime, queriam que ele ressuscitasse os prisioneiros também ?
2 – Destruir Manila numa atroz batalha de rua, porém o comandante local era um almirante da Marinha Imperial, não preciso nem dizer a rivalidade exacerbada entre Exército e Marinha japoneses na II GM.

tadeu54
5 anos atrás

MacArthur conseguiu condenar o general japonês à forca, os advogados de defesa ( militares americanos ) apelaram da sentença, foram até Truman, mas nada conseguiram, e a sentença foi cumprida.
Velho ditado romano e gaulês: ” Ai dos vencidos ! “

nflopes
nflopes
5 anos atrás

Por tudo que li até hoje, o general Montgomery era um fracasso; no Egito, enquanto não obteve uma ampla supremacia em armas e tropas, não atacou Rommel. debilitado por falta de suprimentos. Market Garden foi um fracasso, além de prejudicar a ofensiva americana, pois combustível foi disponibilizado para esta ofensiva. Tinha a missão de conquistar Antuérpia para servir como porto para os aliados; conquistou a cidade, o que de nada adiantou pois não se preocupou em conquistar a foz, que estava com os alemães.