EUA gastaram seis trilhões de dólares em guerras que mataram meio milhão de pessoas desde 9/11, diz relatório

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US Army

Por Tom O’Connor – Newsweek

Os Estados Unidos gastaram quase US$ 6 trilhões em guerras que contribuíram diretamente para a morte de cerca de 500.000 pessoas desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

O Instituto Watson da Brown University para Assuntos Públicos e Internacionais publicou seu relatório anual “Costs of War” em 2018, levando em consideração os gastos do Pentágono e sua conta de Operações de Contingência no Exterior, bem como “gastos relacionados à guerra pelo Departamento de Estado, passados ​​e obrigados gastos com cuidados de veteranos de guerra, juros sobre dívidas contraídas para pagar as guerras e prevenção e resposta ao terrorismo pelo Departamento de Segurança Interna”.

A contagem final revelou: “Os Estados Unidos se apropriaram e são obrigados a gastar cerca de US$ 5,9 trilhões (em dólares atuais) na guerra contra o terror até o ano fiscal de 2019, incluindo guerra direta e gastos e obrigações relacionados à guerra para obrigações futuras no para veteranos de guerra do pós-11 de Setembro.”

“Em suma, os altos custos de guerra e gastos relacionados à guerra representam uma preocupação de segurança nacional porque são insustentáveis”, concluiu o relatório. “O público seria melhor atendido pelo aumento da transparência e pelo desenvolvimento de uma estratégia abrangente para acabar com as guerras e lidar com outras prioridades urgentes de segurança nacional”.

Os EUA embarcaram em uma guerra global contra o terror após os ataques de 11 de setembro de 2001 que mataram quase 3.000 e foram orquestrados pelo grupo militante islâmico Al-Qaeda. Semanas depois, os EUA lideraram uma invasão do Afeganistão, que na época era controlada pelo aliado da Al-Qaeda, o Talibã. Em março de 2003, Washington derrubou o presidente iraquiano Saddam Hussein, acusando-o de desenvolver armas de destruição em massa e abrigar organizações terroristas designadas pelos EUA.

Apesar das rápidas vitórias iniciais lá, as forças armadas dos EUA têm sido atormentadas pelas insurgências em andamento nesses dois países e expandiram as operações de contraterrorismo em toda a região, incluindo Líbia, Paquistão, Somália e Iêmen. Em 2014, os EUA reuniram uma coalizão internacional para enfrentar o grupo militante Estado Islâmico (ISIS), que surgiu de uma insurgência muçulmana sunita pós-invasão no Iraque e se espalhou para a vizinha Síria e além.

O relatório de 2018 constatou que “os militares dos EUA estão realizando atividades contraterroristas em 76 países, ou cerca de 39% das nações do mundo, expandindo amplamente [sua missão] em todo o mundo”. Além disso, essas operações “foram acompanhadas por violações de direitos humanos e liberdades civis, nos EUA e no exterior”.

No geral, os pesquisadores estimaram que “entre 480.000 e 507.000 pessoas foram mortas nas guerras dos EUA após o 11 de setembro no Iraque, Afeganistão e Paquistão”. Esse número “não inclui as mais de 500.000 mortes causadas pela guerra na Síria, ocorrendo desde 2011”, quando um levante rebelde e jihadista apoiado pelo Ocidente desafiou o governo, um aliado da Rússia e do Irã. Nesse mesmo ano, a aliança militar ocidental da OTAN liderada pelos EUA interveio na Líbia e ajudou insurgentes a derrubar o líder de longa data Muammar el-Kadafi, deixando a nação em um estado contínuo de guerra civil.

O custo humano combinado para os EUA durante suas ações no Afeganistão, Iraque e Paquistão foi de 6.951 soldados, 21 civis e 7.820 contratados.

“Embora muitas vezes saibamos quantos soldados americanos morrem, a maioria dos outros números é incerta. De fato, talvez nunca conheçamos o número total de mortos diretos nessas guerras. Por exemplo, dezenas de milhares de civis podem ter morrido ao retomar Mosul e outras cidades do ISIS, mas seus corpos provavelmente não foram recuperados”, observou o relatório.

“Além disso, esse registro não inclui ‘mortes indiretas’. Os danos indiretos ocorrem quando a destruição das guerras leva a consequências de longo prazo, indiretas, para a saúde das pessoas nas zonas de guerra, por exemplo, devido à perda de acesso a alimentos, água, instalações de saúde, eletricidade ou outras infra-estruturas”, acrescentou.

Em fevereiro de 2018, o presidente Donald Trump estimou que “gastamos US$ 7 trilhões no Oriente Médio”, dizendo isso foi um “erro”. Semanas depois, ele teria dito a seus conselheiros militares que preparassem um plano para se retirar da Síria quando a guerra contra o ISIS entrou em sua fase final, embora oficiais seniores de Washington tivessem expandido a missão dos EUA – considerada ilegal pelo governo sírio e seus aliados – para lutar contra o Irã e seus aliados.

FONTE: Newsweek

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Antoniokings
Antoniokings
5 anos atrás

E conseguiram aumentar dois problemas que já eram gigantescos: Um de cunho político e outro de natureza econômica.
Se os EUA não repensarem sua politica externa, vão se dar muito mal.

William Duarte
William Duarte
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Poxa Antoniokings está indo bem, a sua primeira resposta foi excelente, mas você é igual ao saudoso Sandoval Quaresma do inesquecível Brandão Filho na escolinha do professor Raimundo, a gente sabe que na sequencia vem bomba. Saudações, continua externando seu pensamente, conclua a frase: Qual é a politica externa ideal para o EUA fazer?
PS Um dos votos positivos a você na primeira frase foi meu, falta pouco para um dez.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  William Duarte
5 anos atrás

Pode começar parando de se meter em problema que não são seus. Os EUA está no Oriente médio para garantir os interesses de Israel e dos sauditas, duvido que tenham ganhando qualquer coisa lá com isso, senão um monte de caixões de seus cidadãos, um monte de veteranos drogados em clínicas de reabilitação, e trilhões em dívida pública para bancar os gastos.

Wellington Rossi Kramer
Wellington Rossi Kramer
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Problemas que não são americanos hoje, poderão vir a sê-los amanhã. Se os EUA não se metessem nas guerras mundiais por exemplo, o que teria acontecido. Os EUA são muito grandes, se ficarem de fora serão criticados e se entrarem também.

Salim
Salim
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Os. EUA leva guerra ao campo inimigo, a meu ver correta, se VC somar tudo da 3 meses assassinados aqui. O 11 setembro foi estopim para mudanças relevantes na geopolítica mundial, de pe só sobrou Irã que já esta alça mira como financiador terrorismo.

Fernando Nascimento
Fernando Nascimento
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

graças aos EUA o Mundo Civilizado Existe,….. Imaginem o terro que seria se não houvesse os EUA!

A questão é que se os EUA se calarem, o mundo civilizado que conhecemos não existirá em 20 anos,….

No Oriente Médio, se não fosse a eterna vigilância e interferência dos EUA quilo seria uma região de Barbare,…

nonato
nonato
Responder para  Fernando Nascimento
5 anos atrás

Falou tudo.
Para começar, os terroristas poderiam ter tomado de conta do mundo.
Só acho que falta mais efetividade.
Tem que chegar e acabar com os terroristas.
É incompreensível que no Afeganistão o taleba não tenha sido exterminado.
Se o problema for o Afeganistão, os EUA deveriam agir.
Só ocorreu o atentado de 11/9 porque os estados unidos não agiram para valer antes, mesmo sabendo da existência da Al Qaeda.
Relatório e matéria tendenciosa.
Parece que tem gente da Globo na news week.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  William Duarte
5 anos atrás

Qual a política externa?
Fácil.
Parar de interferir em outros países.
Deixar de gastar trilhões de dólares com armas em vez de tratar do bem-estar do seu povo e aliviar o deficit público.
Será que se aplicasse parte desses 6 trilhões não melhoraria a proteção social, atendimento médico, crédito aos universitários?
E pior. Gastos externos que só fazem aumentar a animosidade com relação ao País.
Eles estão no caminho ‘perfeito’!

paddy mayne
paddy mayne
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Nesse ponto voce e o Trump concordam. Ele sabe que parando de gastar com isso os EUA vão bombar.

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

A Rússia e China estão OK ?

Wellington Rossi Kramer
Wellington Rossi Kramer
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Sem a interferência americana existiria ainda o Japão, a Coréia do Sul e Taiwan? Por que será que o povo de Hong Kong está cantando o hino americano nas ruas?

Wellington Rossi Kramer
Wellington Rossi Kramer
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Verdade também que sem os EUA não existiria o perigo da China ameaçar os EUA.

nonato
nonato
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Como se você estivesse preocupado com o bem estar do povo americano…
Você quer que os Estados Unidos não ajam para que os inimigos continuem agindo como na Coreia do norte, no Irã, Cuba e Venezuela.
Cuba dava para ter resolvido rápido e evitado mais problemas.
Uma invasão rápida teria resolvido.
No Panamá, resolveu…
Os Estados Unidos não deveriam se preocupar tanto com imagem.
No caso de Cuba não quis agir diretamente e hoje o problema está aí.
Cuba causou muitas mortes nas guerras que apoiou na África e América latina e ninguém diz nada…

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Política externa? Bom, política externa só temos com relação à América Latina, Europa e a Ásia.
No Oriente Médio e África Do Norte somos instrumentos da política externa de Israel, e qualquer político que ousar dizer o contrário está cometendo suicidio profissional.

Leandro Costa
Leandro Costa
5 anos atrás

Trump, assim como Nixon, foi eleito com a premissa de tentar se desengajar da baderna generalizada alimentada por Obama. Espero que consiga fazer isso, assim como Nixon conseguiu, mesmo que mantendo ISR assets na região e repassando informações coletadas à aliados locais para que eles assumam o grosso de quaisquer operações ora em curso.

Lyw
Lyw
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Obama não começou nenhum desses conflitos… Aliás, quando assumiu, ambos os conflitos estavam em uma situação crítica e foi Obama quem, ainda no início de seu governo, iniciou a grande retirada de tropas americanas (e aliadas) do Iraque.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Lyw
5 anos atrás

Lyw, Obama fomentou, sem querer querendo o ISIS, fomentou sem querer querendo, a Guerra Civil na Síria, que inclusive ajudou à armar diferentes grupos opositores à Assad mesmo que isso significasse que armamento americano poderia cair em mãos da Al Qaeda, promoveu a queda de Kaddafi e a desestabilização da Líbia, todo o processo de revolução no Egito, acelerou a desestabilização do Yemen, e ainda por cima ajudou à afastar a Turquia da esfera ocidental causando embarassos que envolvem toda a OTAN até os dias atuais.

É bom lembrar que foi na gestão Obama em que a Coréia do Norte colocou suas asinhas mais de fora, efetivamente correndo para finalizar seu programa de armamento nuclear, que Obama parecia nem ter interesse em paralisar, alienando um pouco a aliada Coréia do Sul e o aliado Japão. Simplesmente fechou os olhos para a expansão Chinesa, inclusive deixando que os chineses ocupassem e fizessem ilhas artificiais para aumentar ilegalmente seu controle sobre território e mares contestados por países da região.

De quebra ainda iludiu o Brasil, junto com Sarkozy à pensar que apoiariam a ‘solução brasileira ingênue’ ao impasse nuclear com o Irã, conseguiu causar mal estar entre diversos líderes aliados com as revelações sobre a NSA (da qual inclusive eu não o culpo diretamente, até porque foi um processo que evoluiu ao longo de diversos governos, quer soubessem disso ou não). Obama conseguiu ainda afastar diversos aliados de longa data dos EUA, causando mal estar até com Israel!

E ele ‘retirou’ as tropas americanas do Iraque, com aviso público de data e tudo. Uma tacada de gênio às avessas que até hoje ninguém entende muito bem.

TODA a instabilidade em países do Oriente Médio e Norte da África, que perduram até hoje, não foi um fruto da Guerra ao Terror do Bush, que focalizava os pontos de instabilidade nos teatros operacionais, ou seja, no Iraque e no Afeganistão. Diversos mujahideens eram recrutados ao redor do mundo e se concentravam nestes locais para se insurgirem contra o Grande Satã. Com a ‘Primavera Árabe,’ movimento que Obama apoiou entusiasticamente, isso se alastrou.

Só porque ele tinha um discurso bonito, não significa que ele foi bom. Na verdade, na minha humilde opinião, ele foi o pior Presidente dos EUA, pois trouxe instabilidade, inclusive no comércio com o Mundo inteiro. Sabe o preço da gasolina? Legal, né? E hoje em dia está mais baixo, mas lembra quando o barril do petróleo financiava o Hugo Chávez? Jimmy Carter foi um mal presidente, mas ele era uma pessoa boa, que realmente queria fazer o bem, mas era ingênuo. Obama, se for ingênuo, é burro. Todo o ar de intelectual dele, de homem estudado, mascara uma bateria de erros infantis no trato internacional. E ainda conseguiu polarizar radicalmente o eleitorado americano. Fracasso total.

Lyw
Lyw
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Bom, vamos lá…

Obama não “deixou” a China se expandir… Ele simplesmente não tinha o que fazer, você queria que ele atacasse uma potência nuclear?

Sobre o ISIS, foi uma ação tipicamente americana, agiram como sempre agiram, só que dessa vez deu no que deu…

E o meu comentário, se refere ao conteúdo da matéria, seis trilhões de dólares gastos em conflitos, sendo a imensa maioria deste dinheiro gastos no Iraque e no Afeganistão. Que, já que disto a matéria tratava e você citou Obama, me pareceu que você estivesse colocando na conta dele.

Sobre “Trump resolver alguma baderna”, creio que essa frase auto se resolve…

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Lyw
5 anos atrás

Não falei em ataque à China, Lyw, falei em diplomacia militar mesmo. Aumentar o número de navegações de freedom of navigation, levar o caso até a ONU, botar a boca no trombone, juntar os países que pleiteavam jurisdição das ilhas, regiões de mar que a China ocupou, etc. Ações como essa poderiam muito bem frear o ímpeto Chinês de expansão naquela faixa de mar, o que hoje em dia constitui um embroglio estratégico.

Na verdade, não entendi bem quando disse que, quando Obama assumiu, os conflitos (Iraque e Afeganistão) estavam em situações críticas, e que ele deu início à retirada de tropas desses lugares ainda no início de seu governo. Isso não é exatamente verdade, né?

Na verdade, a retirada das tropas americanas no Iraque já havia sido acertada por ninguém menos que George W. Bush em 2008, em acordo com o governo Iraquiano. E o acordo foi cumprido, com a data estabelecida para a retirada das últimas tropas em 2011, sendo que Obama alardeou que era coisa dele. E não havia sido, para variar. MAS… quando o ISIS apareceu, Obama não teve qualquer problema em reintervir no Iraque, enviando novamente as tropas americanas para lá, de onde os EUA ainda estão tentando sair.

No Afeganistão, de fato, Obama aumentou a presença de soldados americanos por lá antes de começar à uma diminuição gradual. O pico de presença de soldados americanos por lá foi durante a era Obama. Bush já havia decidido o envio de reforços e o Obama aumentou o número desses reforços e depois fez mais alguns envios de tropas.

Toda a expansão citada pela matéria, se deu em sua maior parte, durante a gestão Obama e essa é uma das coisas que mais critico nele. Tem fama de bom garoto, mas jogou o Mundo em redemoinho. Ele herdou Iraque e Afeganistão do Bush, assim como diversas medidas intempestivas de combate ao Terrorismo, mas ele não apenas não terminou de apagar o incêndio, como ele espalhou o fogo um tanto mais ao redor do Mundo e estamos todos pagando o preço por isso.

E por mais inepto que o Trump seja, e também não gosto do Trump, pelo menos em algumas coisas ele está tentando acertas. Nunca, ninguém chegou tão perto de conseguir algum tipo de avanço com a Coréia do Norte. Se isso vai render frutos ou não, o tempo irá dizer, mas não estou otimista. Sabe-se lá o que vai acontecer, e por mais que a antipatia de Trump seja um ponto de aversão praticamente global, ele ainda parece estar resolvendo mais coisas do que Obama jamais conseguiu. Pelo menos ele não está agravando nada.

Para você que tem um avatar super maneiro talvez entenda a referência: Obama é como Gowron quando este havia sido substituído por um Changeling.

nonato
nonato
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Eu falo em ataque mesmo.
Quem não ataca enquanto pode, quando quiser, talvez não possa mais.
Não há espaço para amadorismo.

Bb1
Bb1
Responder para  Lyw
5 anos atrás

Pois eh, Obama nao tinha o que fazer ( CHINA); roubo de propriedade intelectual, guerra comercial, apoiando adversariosdos Eua, e principalmente tudo q a Coreia d norte produz vem da china e agora eh potencia nuclear e o Ira tambem. Obama foi o pior presidente do EUA, disputando com Carter. Hoje eh maldito ate pelosproprios democratas.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

O Obama conseguiu ser o pior presidente na história dos EUA.

Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Acho que você está esquecendo aquele que deixou a depressão de 29 sair do controle, destruir a economia do mundo, dar força ao fascismo e resultar na segunda guerra.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer,

Quanto a grande depressão de 1929, você está correto. Mas tem que levar em consideração que o sistema financeiro não possuía mecanismos para evitar a especulação , e que a Economia como uma ciência , ainda estava na sua infância .

Mas eu não consigo visualizar uma relação entre o comunismo, o facismo, o nazismo e a segunda grande guerra com a depressão econômica americana dos anos 20.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Tadeu, regimes autoritários só encontram voz e platéia, quando a economia vai mal. Mesmo que depois se recuperem economicamente, como no caso da Alemanha, aquele que os ‘salvou’ da miséria é reconhecido como o ‘salvador.’ No caso da Alemanha esse cara foi Hitler. E deu no que deu.

Socialismo, fascismo, e vários outros ‘ismos’ só florescem quando há algo de errado acontecendo.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu. Os mecanismos desenvolvidos para controlar a economia depois da crise de 29 foram desmontados por Bush filho e Clinton, o que levou à depressão de 2008 (que ainda está punindo a economia mundial), o que inclusive favoreceu a eleição de Obama (caso contrário um negro nunca seria eleito presidente dos EUA). Portanto, nesse mesmo critério usado por você, Bush filho foi pior que Obama. Sobre a ascensão fascista ao poder na década de 30, talvez seja preciso lembrar que a Grande Guerra possibilitou a ampliação do socialismo e do sindicalismo como resposta ao capitalismo. O Tratado de Versalhes que tinha como objetivo evitar que a Alemanha recuperasse seu poder militar foi criticado por Keynnes que preveniu o surgimento de um novo conflito na Europa. A crise de 29 prejudicou o financiamento da República de Weimar que era a resposta social-democrata ao desemprego e crise econômica que havia desorganizado a economia alemã. O fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha (além de outros modelos fascista ao redor do mundo inclusive no Brasil) era uma resposta capitalista ao fortalecimento do socialismo, que ganhou impulso a partir da crise de 29, que foi essencialmente uma crise capitalista. A depressão após a quebra da bolsa foi mundial. Um bom exemplo foi a necessidade do governo brasileiro de queimar os estoques de café para sustentar os preços do produto no mercado internacional, que desabaram após a crise de 29.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Não esqueci de Coolidge não, é que no contexto da época, ele simplesmente não tinha como prever o que hoje para nós é algo claro como a luz da lua cheia em noite sem nuvens.

É sempre bom lembrar que o período entre guerras foi uma época interessante do ponto de vista da ciência social, política e em relação à teorias militares. França e Inglaterra cogitaram políticas sociais baseadas em eugenia devido às perdas durante a Guerra, estávamos na época do ‘Roaring Twenties’ em que Berlim, por exemplo, era a capital mundial do prazer desenfreado, a economia liberal ia de vento em popa (no ocidente), e por aí vai. Impérios caíram e novos tipos de governo surgiam, cujas verdadeiras intenções ou possibilidade de prosperidade ainda eram uma incógnita.

Não foi apenas a grande depressão que fizeram com que Fascismo e Nazismo ganhassem força. Foi uma conjunção de fatores, primariamente econômicos e sociais, que já estavam presentes em 1919 no caso da Alemanha, por exemplo, mas que a Grande Depressão deu bastante ímpeto sim.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Acho que quem fomentou essa baderna foi o vaqueiro playboy republicano. Bush filho foi um dos piores presidentes da história dos EUA. Para piorar suas ações colocaram o país numa crise que quase se equiparou ao crash de 29.

Carlos Gallani
Carlos Gallani
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Ata, o 9/11 foi culpa do Bush?
A opinião pública exigia uma ação de força no Afeganistão!
O Iraque até pode entrar na conta dele mas não a coisa toda!

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Carlos Gallani
5 anos atrás

Em parte sim. De fato, é bem provado que o governo Bush tenha sido uma das principais razões que possibilitou a ocorrência daqueles ataques. Desde 1961, os pilotos americanos tinham a permissão de levar consigo armas de fogo na cabine de comando de seus aviões. Mas apenas dois meses antes dos ataques de 11/09, a FAA (Federal Aviation Administration, equivalente à ANAC) baniu essa prática. Como resultado, os sequestradores tinham a certeza de que estarem armados com facas e estiletes já seria suficiente para subjugar e dominar completamente quatro aviões comerciais, pois sabiam que nenhum dos pilotos a bordo estaria armado. Essa proibição foi revogada em novembro de 2001, e espera-se que ela jamais retorne.

Uma arma poderia ter evitado aquilo que o maior exército do mundo não conseguiu.

Está aí um “verdadeiro” republicano defensor das armas, um R.I.N.O.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

A proporção de pilotos que voavam armados era BAIXÍSSIMA e será sempre BAIXÍSSIMA. Algo que provavelmente mal registra em estatística.

E se você não sabe, a FAA é um órgão independente. Não importa o que o Presidente dos EUA fale, a FAA toma suas próprias decisões. Pode sofrer uma pressãozinha aqui e ali, mas é independente. Lá, esse negócio de aparelhar o Estado, não é algo bem visto.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Não importa se a proporção era baixa de pilotos armados, o fato é que isso inibia tomada de aviões por terroristas e dava mais segurança nos deslocamentos.

Mas o RINO não fez nada para mudar já que era defensor das armas e na verdade isso até se encaixa nas teorias da conspiração.

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

O que sempre houve e provavelmente ainda há são agentes federais infiltrados como passageiros em voos cujas rotas possam oferecer algum risco…

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Piloto armado vai disparar um tiro e correr o risco de causar despressurização da cabine?

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Defensor,

Nunca estivemos perto de algo como o crash de 1929.

Não força a barra. A grande depressão foi uma época de fome e miséria nunca vista ou repetida na história americana.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Eu disse equiparável, equivalência não é igualdade.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu. A crise de 2008 teve seu impacto reduzido devido o pacote de salvamento do governo dos EUA que foi da ordem de US$ 700 bilhões. Caso tivessem tomado a mesma posição liberal de 29, a crise de 2008 provavelmente seria igual ou pior que a do início do Século XX. É preciso considerar que a crise de 29 levou o mundo à guerra mundial dez anos depois. A crise de 2008 ainda está impactando o mundo.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Posição liberal em 29? Aponte por favor!

Camargoer
Camargoer
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Ola Matheus. O governo dos EUA não fez qualquer intervenção na economia, esperando que o mercado fizesse as correções, eliminando as empresas problemáticas e fortalecendo as empresas fortes. A economia dos EUA, principalmente sua agropecuária só foi recuperada pelas iniciativa keynesiadas coordenadas por Wallace, que era o vice precidente de Rooselvet.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

A intervenção começou no começo dos anos 20, a contínua criação de dinheiro pelo Federal Reserve permitia que os bancos concedessem, de forma contínua e aparentemente sem limites, empréstimos fartos e baratos para especuladores, os quais utilizavam esse dinheiro barato para comprar ações e, em seguida, revendê-las a preços muito maiores. A expansão monetária feita pelo Fed garantia que os preços das ações subissem continuamente assim como ocorreu com o crédito direcionado ao mercado imobiliário gerando a crise de 2008.

Só por aqui já se pode dizer que é intervenção, porém, em fevereiro de 1928, o Fed, assustado com toda aquela febre especulativa, reverteu sua postura e, contrariamente às expectativas, começou a subir os juros. E o fez por três vezes seguidas. Em um período de 5 meses, ele elevou os juros de 3,50% para 5%. Pode parecer pouco, mas esse aumento de 43% em 5 meses bastou para interromper toda a farra especulativa.

Com o crédito mais caro, os especuladores começaram a ter dificuldades em auferir lucros em suas ações. Pegar dinheiro emprestado para comprar ações (um processo conhecido como “alavancagem”) tornou-se 43% mais caro em 5 meses. Com menos empréstimos sendo tomados, a quantidade de dinheiro na economia parou de aumentar.

No dia 29 de outubro do ano de 1929, correu a notícia de que o então presidente Herbert Hoover iria implantar a Tarifa Smoot-Hawley(implementada só em 1930), que elevaria as tarifas de importação de mais de 20 mil produtos a níveis jamais vistos na história. Alem de encarecer substantivamente as importações, isso geraria uma guerra comercial e representaria um golpe fatal ao livre comércio.

Imediatamente os preços das ações das empresas desabaram.

Em novembro de 1929, pouco depois da queda da bolsa, Hoover convocou uma reunião com os presidentes das principais indústrias americanas. Henry Ford, da Ford Motor Company; Alfred Sloan, da GM; e Pierre Dupont, da Dupont Chemicals, lideraram o grupo que se encontrou com Hoover.

O presidente, então, impôs algumas diretivas sem precedentes:
1) Apesar da economia fraca e abalada pela queda da Bolsa e pelo fim da atividade especulativa (vale relembrar que especular na bolsa havia se tornado uma febre entre os americanos de todas as classes durante quase toda a ultima década), salários não deveriam em hipótese alguma ser reduzidos;
2) As demissões deveriam ser evitadas ao máximo. Se a empresa realmente tivesse de reduzir mão-de-obra, que o fizesse por meio da redução da carga horária — ou seja, dois trabalhadores deveriam, cada um, trabalhar apenas meio expediente, ou apenas dia sim, dia não.

Em troca da manutenção dos empregos e da não-redução dos salários, Hoover prometeu aos industriais que ele convenceria trabalhadores e sindicatos a não fazerem greves e a não exigirem benefícios e pagamentos adicionais.

E ele cumpriu a promessa. Os trabalhadores não fizeram greves. E as indústrias não reduziram os salários. Com efeito, Henry Ford chegou a aumentar os salários como um gesto de solidariedade.

Realmente, uma posição verdadeiramente liberal.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

“O governo dos EUA não fez qualquer intervenção na economia, esperando que o mercado fizesse as correções”

Boa piada.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

“O governo dos EUA não fez qualquer intervenção na economia, esperando que o mercado fizesse as correções, eliminando as empresas problemáticas e fortalecendo as empresas fortes.”

Essa foi a resposta da crise de 1920-1921, na qual o governo realmente deixou o mercado corrigir as deficiências econômicos e estruturais, nessa crise a economia se recuperou em menos de um ano, com o governo cortando gastos correntes, não expandindo a oferta monetária e permitindo reduções de salários. Mas como não foi por vias keynesianas, nunca ouvimos sobre essa crise nas escolas, nem mesmo nas escolas dos EUA e eu aposto que muitos aqui nem sabia que teve uma crise de proporções iguais a de 29, porém durou menos de um ano.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Caro Matheus, a “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” foi publicado em 1936. Se um professor de economia disser que as autoridades monetárias ignoraram Keynes em 1920, mude de escola. O curso é picaretagem.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Não me respondeu absolutamente coisa alguma. Aliás, a intervenção propagada pelos keynesianos na crise sub-prime não solucionou o problema da crise, apenas postergou. As rodadas de QE’s só encheram os bancos de dinheiro e o povo de pobreza, mostrando mais uma vez como o keynesianismo é totalmente falho.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Matheus Santiago
5 anos atrás

Caro Matheus. Keynes publica seu principal livro em 36 como uma resposta aos problemas causados pelo laissez faire durante a crise de 29. O New Deal é implementado nos EUA a partir da eleição de Roosevelt em 33. É um absurdo falar em políticas keynesianas nas causas da crise de 29.

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Em primeiro lugar, Keynes inventou a macroeconomia – a teoria da produção como um todo. E o seu desafio implicou uma nova dimensão para a formulação de políticas: os governos podem precisar de déficits para manter o pleno emprego. O desemprego só começou a cair em 1939, no ano do começo da SGM, na qual indústrias estavam se voltando para a produção da guerra e o déficit do governo estava muito alto como recomenda a teoria keynesiana.

Em segundo lugar, a teoria keynesiana pode ter surgido na década de 30, mas já existia ações governamentais intervencionistas antes do surgimento da teoria geral de Keynes, o que contraria totalmente o conceito da teoria liberal pré-keynesiana, uma delas falei anteriormente. Por exemplo, o governo manipulando taxas de juros é totalmente antiliberal, e isso aconteceu durante toda a década de 1920, e na teoria keynesiana há uma defesa dos banqueiros centrais “ajustar” a taxa de juros para garantir o equilíbrio entre a procura e a oferta para manter um pleno emprego, porque segundo Keynes, o mercado não pode ajustar automaticamente as deficiências e distorções econômicas.

Precisa confiar em mim não, confira os dados sobre desemprego, déficit e intervenções durante toda a década de 1930.

Só por conta de que a teoria ainda não existia no conceito abrangente, não quer dizer que já não tenha sido implementado medidas abordadas por essa mesma teoria. Por exemplo, na China antiga já existia conceitos de comunidade comunitária, abrangendo vários aspectos da teoria marxista, o moismo. Alguns estudiosos chineses, sob o regime comunista, tentaram reabilitar Mozi(moista) como um “filósofo do povo”, destacando tanto a sua abordagem racional-empírica como sua origem “proletária”. Alguns apoiadores atuais do moismo defendem que o moismo e o comunismo têm muitos ideais comuns referentes à vida comunitária. O moismo caiu em desgraça quando o confucionismo se tornou a doutrina oficial da dinastia Han e nunca mais teve a sua relevância alcançada novamente.

Outro exemplo, os EUA. A jornada dos peregrinos para a América foi financiada por um grupo de capitalistas de risco que forneceu o navio e suprimentos para sua jornada ao Novo Mundo. Em troca, os peregrinos concordaram em viver comunitariamente com todos, recebendo a mesma recompensa pelo seu trabalho, e com tudo acima de suas necessidades básicas indo para um fundo comum a ser usado para pagar seus credores.
William Bradford, que serviu como governador de Plymouth por muitos anos, contou dos desafios desse sistema socialista. Os homens jovens, ele disse, se ressentiam de receber o mesmo que os homens mais velhos, quando faziam muito mais do trabalho. Como resultado, eles tendiam a ficar relaxados, pois sabiam que receberiam o mesmo, não importando o quanto trabalhassem.
Esse sistema socialista desencorajou o trabalho e a inovação e criou uma atmosfera em que as brigas aumentavam. Quando se tornou óbvio que a escassez e talvez a fome seriam o destino deles, Bradford e os líderes da colônia decidiram fazer uma mudança. Depois de muita oração e discussão, eles decidiram dispensar aquela parte do acordo com seus credores que exigia que eles vivessem comunitariamente até que sua dívida fosse paga.
(Pilgrims and Patriots, The Radical Christian Roots of American Democracy and Freedom)

Muitos anos antes do socialismo provocar o colapso do Império Soviético e devastar a nação da Venezuela, as incompetências do socialismo foram demonstradas em solo estadunidense.

As definições não mudam de acordo com o tempo, durante o curso da história, elas são o que são, não importa o que a verdade estabeleça na época em questão. Aprenda isso!

Marcelo-SP
Marcelo-SP
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

1. Obama, juntamente com os bacaninhas europeus, realmente foi o maior fomentador dessa disseminação pelo Oriente Médio e outros locais. A Primavera Árabe atiçou a imaginação dos engenheiros sociais da esquerda mundo afora. De repente, eles acharam que haveria uma democracia das flores derrubando os malvados ditadores “fantoches do Ocidente”, e clamaram ao mesmo Ocidente para “proteger os povos dissidentes”. Só que a história não era tão preto no branco. Deu merda, e eles trataram de criar uma narrativa para apagar suas digitais da bagunça, culpando a “guerra ao terror”…

2. Não podemos esquecer a ordem dos fatores. O terrorismo islâmico derrubou as torres do WTC ANTES da invasão do Afeganistão e do Iraque. E já tinha tentado isso em 1993, quando o paquistanês Khalid Sheikh Mohammed, um dos homens de Bin Laden, coordenou um ataque com uma van repleta de material explosivos no subsolo da torre norte, ao lado de uma das colunas de sustentação do prédio.

3. A invasão do Afeganistão é plenamente justificável! Era simplesmente impensável que a Al Qaeda ficasse impune após 11/09/2001. E eles estavam “sediados” lá. Quanto ao Iraque, pode haver controvérsias. Mas está longe de ser a “mentira” que muitos alegam. A verdade é que o grande medo após 11 de setembro é que os terroristas combinassem sua capacidade de atingir os EUA com armas de destruição em massa. E aí há duas coisas: i) quem viveu o momento lembra que, muito antes da invasão, Saddam vinha ameaçando os EUA com ataques apocalípticos. Bufão, ou não, ele fomentou a idéia de ser um homem perigoso aos EUA, inclusive posteriormente recusando inspeções internacionais a laboratórios e usinas suspeitas; ii) A verdade é que o Iraque tinha posse de armas químicas e biológicas, e os ataques aos curdos depois da Guerra do Kuwait é a prova disso. Como nada indica que essas armas e o material delas foram destruídos após esses ataque, é muito provável que Saddam ainda as possuísse. O fato de não terem sido encontradas, não significa que não existiam. Como ocorreu com muita coisa de valor financeiro, estratégico ou militar, elas podem ter sido transferidas ao território iraniano ou simplesmente enterradas no deserto nos dias que antecederam a invasão americana.

Portanto, achar que haveria um “mundo de paz” não fossem os malvados americanos é uma imensa bobagem. As raizes desse terrorismo são, além da própria maluquice, conflitos históricos e políticos muito mais ligados a questões locais do que qualquer coisa. E, mesmo se não houvesse um império americano disposto a guerrear, ou não houvesse Israel, os extremistas achariam outra razão para arrastar o Ocidente “infiel” para esta briga.

Pois é… Apresento-vos o mundo e a humanidade, como eles são!

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Marcelo-SP
5 anos atrás

Marcelo SP,

Excelente comentário. Sua análise foi impecável.

Só quero acrescentar o ataque de Israel ao reator em Osirak. As pretensões de Saddam era a aquisição de tecnologia nuclear para fins militares.

Quanto as armas biológicas não sabemos no que deu.

Quanto as armas químicas binárias, a suspeita é de foram transferidas para a Síria.

Marcelo-SP
Marcelo-SP
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Valeu, Tadeu! E obrigado pelos complementos!

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
5 anos atrás

“O custo humano combinado para os EUA durante suas ações no Afeganistão, Iraque e Paquistão foi de 6.951 soldados, 21 civis e 7.820 contratados”

Quem seriam esses contratados?

Bem…ninguem disse que “brincar de superpotência” e de “polícia do mundo” seria barato.

O problema é que isso é um caminho sem volta. Se o Tio Sam recuar dos países onde ele age, criariam vácuos de poder que com certeza seriam rapidamente ocupados pela China ou outro país.

Señor batata
Señor batata
Responder para  Willber Rodrigues
5 anos atrás

Olá Willber. Com relação a contratado pode ser desde pessoal de suporte até mercenários. Atualmente um bom número de países usa mercenários.
Tem um livro bom chamado blackwater, q trata sobre a empresa título do livro. Uma curiosidade é q se não me engano a empresa acabou mudando de nome acho q hoje chama academy.
Tchau abs.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Willber Rodrigues
5 anos atrás

Willber

Não tem jeito.
Os americanos são odiados no Afeganistão, Iraque e Paquistão.
Sairão mais cedo ou mais tarde.
Querendo ou não.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Sobre o Iraque e, principalmente, o Afeganistão: eles odeiam qualquer um que invada seu país.
Pergunte pro Alexandre, o Grande: facil de entrar, difícil de sair.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Willber Rodrigues
5 anos atrás

“O custo humano combinado para os EUA durante suas ações no Afeganistão, Iraque e Paquistão foi de 6.951 soldados, 21 civis e 7.820 contratados”

Só para pôr em perspectiva: número de soldados mortos (quase 7 mil) em 17 anos de conflitos é semelhante ao sofrido durante a Batalha de Iwo Jima que durou um mês e uma semana.

Mauro Gardusi
Mauro Gardusi
5 anos atrás

Eles poderiam ter conquistado corações e mentes (aliás, pulmões, fígados e todo o resto) se, ao invés de tantas bombas, jogassem essa grana nos países em que estão lutando

Gordo
Gordo
5 anos atrás

Fazendo uma relação bem simplista veremos semelhanças entre Roma e os EUA. Roma movimentava sua economia a partir da expansão, era a guerra quem gerava renda e quando pararam a decadência veio. Podem ter certeza que esses gastos dos EUA geraram muita receita, principalmente para os grandes doadores (quem põe dinheiro nos dois partidos). Até quando essa roda vai girar ninguém sabe, existem previsões desde o fim dos anos 70 que até hoje não se confirmaram.
O triste disso é saber que com bem menos que isso eles ajudariam todo o continente africano e a região do Caribe, não ia precisar fazer muros.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Gordo
5 anos atrás

Gordo, o problema disso é aquele papo de distribuir peixe ao invés de ensinar à pescar. Sabe-se lá quanto de ajuda humanitária a África recebeu ao longo da segunda metade do século XX e até hoje, os caras simplesmente não se ajudam. Não é uma injeção de dinheiro que vai resolver problemas na África, Oriente Médio, América Latina, Sudeste da Ásia e por aí vai. É tudo uma questão dos povos desses continentes resolverem seus problemas entre si, e trabalharem duro para mudarem uma rotina de autoflagelo.

Os próprios Africanos promovem genocídio atrás de genocídio e se não tivessem armas automáticas, eles o fariam com lanças e pedras da mesma forma. O estrago do colonialismo Europeu já foi feito. Os Africanos são senhores do próprio destino já a algum tempo, e te garanto que EUA e China iriam sorrir de orelha à orelha, caso sociedades modernas, organizadas e prósperas surgissem naquele continente, sedentos para consumirem mais produtos desses dois países.

Mas a África e outras regiões citadas assim como nós na América Latina é que temos que resolver nossos problemas regionais. Não as potências.

Caio
Caio
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Só esqueceu que os nossos problemas como concentração de terras, leva a produção para de alimentos para a China e matérias primas para os ricos,.
Ogrosso do ouro e dos diamantes da frica e América Latina vão para Europa e Israel, que não pagariam o preço que pagam se os países fossem estáveis, e com salários de nível.
Ora nossa madeira,que embeleza miitos cantos ricos, não seria tão barata para eles, caso o mundo pobre não o fosse.
E nosso mercado pobre que consome o que ele não querem mais; e muito coisa além meu nobre.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Leandro,

A África arrancou na frente. O bêrço do Homo Sapiens, perdeu o bonde da história.

A África praticamente se fossilizou culturalmente.

sergio ribamar ferreira
Responder para  Gordo
5 anos atrás

Concordo como sr. Gordo. Guerra gera renda. muito dinheiro envolvido. Tecnologia, alimentação, vestuário, medicina…. se não movimentar a máquina e se afastar, se abre lacunas e outros povos como China e Rússia conquistaram espaço e divisas. guerra é um negócio rentável. não entre os grandes. estes ajudam a fomentar. Grande abraço e desculpe o incômodo

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
Responder para  Gordo
5 anos atrás

Só a Fundação Rockfeller, desde o sec. XIX já gastou mais dinheiro do que foi aplicado até hoje no bolsa-família em doações para instituições médicas,educacionais e ajuda humanitária a países de terceiro mundo! Um exemplo aqui perto: o edifício central do campus da ESALQ em Piracicaba/SP (1907) e o seu primeiro computador eletrônico, um IBM 1130 (1968).

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Gordo
5 anos atrás

A guerra é um negocio dos bons. A industria de alta tecnologia vive disso.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
5 anos atrás

Kkkkkkkkk agora me digam quantos desses dólares retornaram para o bolso do americano médio, aposto que zero. Se o contribuinte brasileiro é trouxa, o americano é trouxa em dobro!

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Retorno ZERO!
Ou NEGATIVO.
A dívida pública americana vai se aproximando de estratosféricos U$ 25 trilhões.
As gerações futuras de americanos nascerão endividadas até as fraldas.

Régis Athayde
Régis Athayde
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Esta matéria somente confirma aquilo que foi exposto em um episódio dos Simpsons, quando eles visitam o Niágara Falls e Lisa cai nas cataratas e é resgatada pelos canadenses, acordando em hospital de lá. Quando Homer encontra ela pergunta à médica do hospital quanto terão de pagar e ela responde que a saúde no Canadá é grátis, Lisa pergunta:
– Pai, por que a América não fornece atendimento de graça para os americanos?
– Filha, os EUA NÃO TEM DINHEIRO para pagar saúde para seus cidadãos.

Acho que isto diz tudo sobre a maneira americana de pensar.

Gabriel BR
Gabriel BR
5 anos atrás

E é por isso que eu admiro Donald Trump…esse negócio de ser policia do mundo é um péssimo negócio para o contribuinte americano e para a imagem dos EUA.

Diogo
Diogo
5 anos atrás

Parei de ler a matéria quando denominaram a Al-Qaeda como grupo “militante”….

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Mas a Jihad tem objetivos políticos, não deixa de ser militância.

Carlos Gallani
Carlos Gallani
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Eu vejo o número de mortos como algo muito vago a ser analisado… dá mais de 70 mortos por dia desde a queda das torres, todo santo dia, será que dá pra colocar esse número na conta assim sem uma análise de contexto mais criteriosa?
Estou lá trocando tiro com uma merda de um terrorista e um transeunte morre, coloco na estatística “morte causada pelos EUA”?
Eu não tenho conhecimento para questionar os números com segurança mas posso questionar sem dúvida a forma como a coisa é apresentada, o intuito de queimar o filme dos Estados Unidos é latente, recomendo uma leitura com cautela!

Camargoer
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Caro Diogo. Parece ser um péssimo hábito esse de não ler as coisas até o fim. Geralmente a conclusão está no fim. Ler pela metade pode ser pior que não ler.

Diogo
Diogo
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camagoer, quando digo “parei de ler quando…” quero dizer que discordo completamente da informação colocada em uma certa parte do texto e que não irei perder mais meu tempo com essa leitura, geralmente começo a interpretar um texto logo no seu início, dando uma boa noção de como ele vai terminar. Comparar com a leitura de uma bula da forma que você fez em um outro comentário é no mínimo tosca pois nessa mesma são informações “um pouco” diferentes de um blog militar, você não acha?
Quando você começa a assistir um filme e logo nos primeiros minutos acontece aquela cena bem forçada, ignorando por exemplo todas as leis da física e transformando o impossível em algo realizável, o que você faz? Assiste até o final para esperar a sua conclusão ou vai ocupar o seu tempo com algo mais profícuo?

Camargoer
Camargoer
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Olá Diego. Peço desculpas pela comparação tola com a bula de remédio. Você tem razão em criticar a pertinência. Por outro lado, a motivação para ler um texto pode ser por discordar do autor. O ponto é confiar na fonte. Quando algo parece estranho, é preciso confirmar em outra fonte, ou ignorar o texto complemente. Contudo, se a fonte possui mérito, isso deve ser levado em conta, independente de concordar ou não com o argumento. Acho estranho emitir um opinião sobre um texto lido parcialmente ou sobre o qual exista desconfiança. Sobre filmes, geralmente a escolha inclui saber quem são os atores, diretores, gênero, um resuminho, uma avaliação na internet (tenho certeza que não perderei tempo com Tarantino, Gene Wilder, Burt Lancaster, John Ford…)

Carlos Gallani
Carlos Gallani
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Fiz um comentário ontem respondendo o teu e ele simplesmente sumiu… uma pena, no dia que a trilogia abandonar o WordPress isso aqui vai florir!

André Bueno
André Bueno
5 anos atrás

A pior e mais estúpida forma de gastar dinheiro. Tanto para eles como para os demais países.

Adriano Madureira
Adriano Madureira
5 anos atrás

O rombo tem que ser coberto de alguma maneira???…

Ou por vias pacíficas ou até por mais conflitos em nome da paz e da liberdade.

Madmax
Madmax
5 anos atrás

Off topic.
O TIAR foi ativado?

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Madmax
5 anos atrás

Não que eu saiba. Para quê?

Manuel Souza
Manuel Souza
5 anos atrás

Gastaram seis trilhões e lucraram quanto? Pergunta à Lockheed, Boeing, Northrop, General Dynamics, Raytheon, ExxonMobil, Chevron, Bechtel, Halliburton, General Electric e tantas outras se eles querem ou não tais guerras. Americano nunca entrou em jogo pra perder. Eles lucraram e continuam lucrando. Eu ficaria espantado é se houvesse um relatório Profits of War.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Manuel Souza
5 anos atrás

Alguns lucraram. O país como todo perdeu.

Peter nine nine
Peter nine nine
Responder para  Manuel Souza
5 anos atrás

Ora nem mais sr Manuel, directo ao ponto ^^

Toninho Apocalipse
Toninho Apocalipse
5 anos atrás

Belo investimento, a raça humana não merece e nunca mereceu viver nesse planeta. Que venha logo um meteoro pra exterminar todos de uma vez por todas.

100nick-Elã
100nick-Elã
5 anos atrás

Por que será que tanta gente odeia os EUA, né? é tudo gente que não tem o fazer.

100nick-Elã
100nick-Elã
5 anos atrás

Enquanto os EUA brincavam de tiranos, a China se erguia e a Rússia ressurgia.

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  100nick-Elã
5 anos atrás

Eles brincam de tiranos, na Rússia e China as tiranias são comuns

Gil
Gil
5 anos atrás

Pouca coisa, o comunismo matou mais de 100 milhoes

Sequim
Sequim
Responder para  Gil
5 anos atrás

“Pouca coisa” porque não foi alguém da sua família que morreu nessas guerras estúpidas. Tivesse sido, duvido que você seria tão indiferente assim.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Sequim
5 anos atrás

Se nota que este blog está se esmerando em denegrir a America. Porque será?

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu, Os EUA são a maior potencia militar e ainda são a maior potência econômica. Sua influência política moldou o mundo pós-guerra. Outros países tiveram influência local ou marginal. Compreender os EUA é compreender grande parte da história recente da Europa, América Latina e Ásia, e em menor escala a África. Os acertos dos EUA são elogiáveis e servem de inspiração para todo o mundo ocidental, mas seu erros causam consequências muito mais graves que os erros cometidos pelos países da periferia. Seria infantil achar que os EUA estão sempre certos e o que é bom para os EUA é bom para o mundo.

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  Sequim
5 anos atrás

Da mesma forma que os comunismo não matou ninguém da sua.

Sequim
Sequim
Responder para  Rodrigo Martins Ferreira
5 anos atrás

Verdade. Ocorre que eu procuro desenvolver minha empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar dos outros e que pelo visto você e outros aqui não têm a menor ideia do que se trata.

Camargoer
Responder para  Gil
5 anos atrás

Caro Gil. Talvez você possa somar todas as vítimas das guerras motivadas por questões relativas às disputas capitalistas, como a Grande Guerra, coisa anterior a revolução de 17. Também deveria incluir as vítimas dos golpes de estado promovidos pela direita e extrema direita, como Chile, Brasil, Argentina, Iran, Guatemala, Indonésia, etc. De qualquer modo, é um erro fazer uma comparação de números de vítimas. Uma ditadura é uma ditadura inclusive nos casos em que assassinar uma única vítima.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Gil
5 anos atrás

Gil,

O comunismo matou entre 180 a 200 milhões.

A China sózinha deu conta de quase 100 milhões de vidas.

Os ignorantes em história, idolatram essa nacão que está consumindo o planeta

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Tadeu,

O Japão matou 30 milhões só na China e ninguém anda tendo chilique por causa disso. Acho muita ignorância sua reduzir um povo com 5 mil anos de história com grandes contribuições à humanidade, por causa de um minúsculo período de 30/40 anos.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Caro D.F. Bom comentário. Dia sim e outro também alguém menciona o número de vítimas dos regimes de extrema-esquerda. Óbvio que é uma tragédia humana imperdoável (não é possível nem perdoar nem esquecer). Sob o ponto de vista humano, qualquer regime que assassine uma vítima deve ser condenado. Por outro lado, essa contabilidade do terror para atacar ou defender uma ideologia serve apenas para jogar fumaça em uma discussão muito mais profunda sobre o que deve ser feito para que a riqueza gerada seja revertida em bem estar e dignidade para todas as pessoas. O crescimento econômico não é um fim em si mesmo, assim como usar o crescimento econômico com o propósito de causar exclusão social e pobreza generalizada.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Defensor,

Vai dizer isso para os mortos do extermínio coletivo.

Eu nem mencionei o Japão porque foi uma guerra, e não um paredão de fuzilamento ou um gulag.

Grandes contribuições chinesas?
Pólvora, bússola, papel, noodles e grande miséria durante séculos.

É muito pouca contribuição para 5 mil anos de história.

Os Estados Unidos com somente duzentos anos de história já contribuiu muito mais que os 5 mil da China.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu, As tropas japonesas promoveram um genocídio contra a população civil chinesa. É impossível comparar os EUA nos últimos 200 anos com a China de 1000 ou 2000 anos atrás. O conhecimento científico acumulado ao longo da história é um patrimônio da humanidade que foi construído ao longo de gerações. Parte substancial da contribuição dos EUA ao mundo tem base tecnológica oriunda de Galileu, Newton, Kelviin… já a base filosófica dos EUA começa na Grécia antiga e até da China antiga, lembrando ainda que a base política dos EUA são os iluministas europeus, principalmente franceses. Simplificar um argumento complexo é facilitar o equívoco.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Seu comentário beira à supremacia étnica, muito me admira você se auto intitular profundo conhecedor da história da ciência e da tecnologia, e achar que os EUA fizeram abracadabra alakazam, e surgiram do nada as contribuições dos EUA nos últimos 200 anos.

Até parece que antes disso vivíamos no paleolítico, com o homem lascando pedras e coletando para sobreviver.

O conhecimento que se tem hoje não pertence a nenhuma nação, e sim ao próprio homem, pois se hoje existem supercomputadores é por que alguém lá atrás deu o primeiro passo, Seja descobrindo uma nova liga metálica, ou formulando uma equação matemática que solucionasse pequenos problemas do cotidiano, até evoluir para algoritmos complexos.

O conhecimento ultrapassa fronteiras e é por isso que hoje estamos neste grau de evolução, pois cada povo contribuiu de alguma forma para esse desenvolvimento.

No mais seu comportamento é igual ao de dois adolescentes disputando para ver quem tem o pepino maior… Parece que quanto mais se sabe mais ignorante e soberbo se fica.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

O Brasil também já executou milhares de brasileiros, não tem santos na história da humanidade.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Olá D.F. Concordo. O Império promoveu um genocídio no Paraguai depois da guerra e a República assassinou mais de 25 mil em Canudos.

smichtt
smichtt
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer, poderia fornecer a bibliografia sobre o que afirmou? Obrigado.

Camargoer
Camargoer
Responder para  smichtt
5 anos atrás

Caro Smichtt. A grande referência sobre Canudos ainda é “Os Sertões” de Euclides da Cunha, que descreve com detalhes a campanha de extermínio promovida pelo exército brasileiro. Posso sugerir também o artigo “Canudos como cidade iletrada: Euclides da Cunha na urbs monstruosa” de 1997.

Smichtt
Smichtt
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer, li “Os Sertões” há mais de 40 anos e, realmente, quem conseguir passar pela primeira parte da obra nunca mais esquecerá esta obra-prima. A luta foi cruel de ambos os lados (basta lembrar da primeira expedição do governo). Evidente que era desnecessária a matança final. Assim como no Contestado e outras rebeliões que ocorreram. Me parece que há mais uma leitura enviesada que se utiliza de interpretações contemporâneas para justificar suas preferências ideológicas do que analisar os fatos. O Professor Doutor Marco Antonio Villa em sua tese de doutorado versa exatamente sobre Canudos. Recomendo-a. Em relação ao livro “Maldita Guerra”, também o li, e o autor não se refere a genocídio. Existe uma historiografia há muito ultrapassada que a esquerda adorava e que talvez ainda circule nos diretórios acadêmicos, cujo expoente mais conhecido é o livro do Sr. J.J. Chiavenato. Mas isto foi antes da queda do muro de Berlim…. Abraço

Camargoer
Camargoer
Responder para  Smichtt
5 anos atrás

Olá Smichtt. Espero que nossos colegas mais novos também tenham a paciência de ler a primeira parte de Os Sertões porque a parte final é sensacional. Conheço o Prof. VIlla pessoalmente e agradeço sua sugestão sobre a tese dele. Farei isso sim. Eu evito fazer o julgamento moral do passado., tanto no caso de Canudos quanto da Guerra do Paraguai. Também evito o julgamento ideológico do passado algumas vezes usados para defender posições políticas do presente, o que me parece uma tolice. Infelizmente, o debate sobre a Guerra do Paraguai ainda é muito prejudicado por aqueles que querem atacar o Exército e aqueles que querem defender o Exército, que é uma questão quase irrelevante considerando a importância do evento.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Camargo. Eu coloco a responsabilidade de tudo na guerra do Paraguai ao nefasto Solano Lopes.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Antonio Palhares
5 anos atrás

Olá Antonio. São duas coisas distintas. A responsabilidade do genocídio é do Conde d´Eu, que assumiu o comando das tropas depois de Caxias, mas também é do Imperador que ou autorizou ou ignorou. Por outro lado, é preciso avaliar todo o contexto da guerra, como a necessidade do Paraguai de navegar pelo Prata até o mar, a consolidação da Argentina como república, o fracasso do Império em manter o Uruguai como território brasileiro, a ausência de um exército brasileiro organizado e profissional….

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Defensor da liberdade
5 anos atrás

Aonde você leu isso!

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu. Talvez o livro mais recente sobre a guerra do Paraguai seja “Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguaia”, mas você pode ler sobre o genocídio promovido pelo exército brasileiro no Paraguai em “História de um silêncio: a guerra contra o Paraguai (1864-1870) 130 anos depois” que é curtinho, apenas 11 páginas.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer,

Obrigado pela dica.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Olá Tadeu. Sem problema. Se você não teve a chance de ler “Os Sertões”, vale a pena. A primeira parte é bem chata, mas a terceira parte sobre o combate eu virei a noite lendo… então a dica é insistir e ler as duas partes iniciais para ter o contexto geográfico e histórico. A terceira parte parece um filme, tão bem escrita que é.

Sequim
Sequim
5 anos atrás

Perfeita colocação. O filme “Vice” mostra o tamanho do canalha que o Rumsfield é.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
5 anos atrás

Colombelli,

Eu estou de acôrdo.

O erro de Bush foi não ter despejado uma nuke em Tora Bora no Afeganistão.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu. O consenso internacional é que ninguém será o primeiro a usar armas nucleares. Elas são por excelência armas de retaliação a um ataque nuclear direto. Se os EUA (ou qualquer país) usar armas nucleares como ataque principalmente contra um estado não-nuclear, ele se tornará uma ameaça à paz mundial. Provavelmente será o fim desse país nas relações internacionais. Terá seu softpower aniquilado. Sofrerá retaliações comercias e culturais de todo o mundo e será banido de qualquer negociação diplomática. Internamente, dará força política à oposição que derrubará o governo por meio de um discurso pacifista com amplo apoio da população. Provavelmente, levará seus ex-lideres a um julgamento por crime contra a humanidade e o comando militar desse país ficará irremediavelmente desacreditado. Dependendo o tamanho e organização do país, haverá um colapso federalista e o país será substituído por algumas nações independentes. Por fim, terá seu poder nuclear desmantelado pela pressão de sua população enquanto os outros países terão um alibi para ampliar seus arsenais nucleares e os não-nucleares de desenvolverem seus próprios arsenais. Países periféricos se sentirão á vontade de realizar ataques nucleares preventivos contra seus inimigos locais.

Tadeu Mendes
Tadeu Mendes
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Tactical nuclear weapon. Estamos falando de uma ogiva de 50 kilotons.

Teria sido suficiente para eliminar Al Quaeda do mapa e evitar guerras trilionárias.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Caro Tadeu. O problema nunca teria sido a potência do aparato, mas a quebra de um acordo quando ao uso de armas nucleares que não fosse em resposta a um ataque nuclear sofrido. Caso os EUA usassem uma arma nuclear contra um inimigo irrisório como a Al Quaeda no Afeganistão, isso seria visto pela comunidade internacional que eles usariam armas de maior potência contra estados mais poderosos, por exemplo Coreia do Norte, Irã, Venezuela, etc. Essa é a razão de não se colocar garotos sem formação diplomática em posições importantes da diplomacia de um país

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Responder para  Tadeu Mendes
5 anos atrás

Teriam que transformar o Afeganistão inteiro num aterro nuclear, já que a mão de obra do terrorismo ainda continuaria abundante e sendo convocada por células espalhadas pelo país, ou mesmo fora do país.

Alfa BR
Alfa BR
5 anos atrás

“O custo humano combinado para os EUA durante suas ações no Afeganistão, Iraque e Paquistão foi de 6.951 soldados, 21 civis e 7.820 contratados”

Só para pôr em perspectiva: número de soldados mortos (quase 7 mil) em 17 anos de conflitos semelhante ao sofrido durante a Batalha de Iwo Jima que durou um mês e uma semana.

Rafaelsrs
Rafaelsrs
5 anos atrás

Sempre falo isso para meus amigos quando eles falam de gasolina barata nos EUA em comparação a aqui: Nunca ninguém calcula o valor do preço da gasolina incluindo os valores da Guerra pelo petróleo, principalmente os valores das mortes e mutilações dos seus soldados, nem mesmo os americanos pensam nisso quando usam seus motores V8 super potentes, preferem um cínico: “— Obrigado pelo seu serviço…” ao ver soldados mutilados em seus caminhos…

RENAN
RENAN
Responder para  Rafaelsrs
5 anos atrás

Exatamente falou tudo

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
Responder para  Rafaelsrs
5 anos atrás

Velho…aperta o F5 na narrativa…

Os EUA em 2019 produzem 93% do petróleo que consomem, não precisam invadir ninguém pra isto.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Rodrigo Martins Ferreira
5 anos atrás

Caro Rodrigo, Segundo o Anuário da ANP (edição 2018) os EUA tem uma reserva de 50 bilhões de barris (o Brasil te 12 bilhões, Venezuela 303 bilhões e a China 25 bilhões). Sua produção em 2017 foi de 13 milhões de barris por dia (Brasil 2,7 milhões, Venezuela 2,1 milhões e China 3,8 milhões). Contudo, consome 19,8 milhões (Brasil 3,3 milhões, Venezuela 500 mil e China 12,8 milhões). Portanto eles produzem 65% do petróleo que consomem. Os dados de 2019 não estão disponíveis porque o ano ainda não acabou.

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Você se esqueceu do shale oil meu amigo…

Camargoer
Camargoer
Responder para  Adriano Luchiari
5 anos atrás

Ola Adriano. Esses dados estão no relatório da ANP. Se ela esqueceu ou ignorou, deve ter os motivos. O relatório está disponível na página da ANP. Talvez você possa nos dar a sua fonte sobre o tamanho das reservas de xisto e se essas reservas estariam incluídas nos dados da ANP.

ADRIANO LUCHIARI
ADRIANO LUCHIARI
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Esses dados estão desatualizados. Em 2018 nova bacia de petróleo foi descoberta entre o Texas e o Novo México, com volume estimado superior a 50 bilhões de barris de óleo e 281 trilhões de metros³ de gás. Com esta descoberta, os Estados Unidos passam a Líbia, saindo da 10ª para 9ª maior reserva do mundo com 94,7 bilhões de barris. De acordo com o Departamento Geológico de Pesquisa norte-americano, o volume estimado é o maior já descoberto em toda história americana. A região onde a reserva foi encontrada faz parte da Bacia do Permiano, considerada a maior produtora de shale oil no mundo. Aproximadamente 1/3 da produção de óleo bruto norte-americana vem desta região: 7,9 trilhões de m³ de gás e 20 bilhões de barris de petróleo.

Camargoer
Camargoer
Responder para  ADRIANO LUCHIARI
5 anos atrás

Olá Adriano. Fiquei bastante interessado nesses dados, mas ao consultar a pagina da EIA (Energy Information Administration, do Departamento de Energia do governo dos EUA) eles informam que as reservas de petróleo dos EUA confirmadas são de 42 bilhões de barris (dado de 2018) o que inclui as reservas de gás natural. Na página da USGS Energy Resources Program tem uma página sobre xisto, mas tudo em termos de pesquisas exploratórias. Na página da OPEP informa que a Libita tem 48 bilhões de barris de reserva confirmada e acima dela os Emirados com 97 bilhões e então o Kwait com 101 bilhões. A Venezuela tem a maior reserva de 302 bilhões de barris. Vou pesquisar um pouco mais e se encontrar algo mais coloco aqui.

ADRIANO LUCHIARI
ADRIANO LUCHIARI
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Me desculpe Camargoer, no meu comentário escapou, e não foi por má fé, que aqueles dados estão em fase de confirmação pela EIA. Muito obrigado pelo seu feedback. Tenha um bom final de semana e meu abraço a você e para todos os comentaristas!

Camargoer
Responder para  ADRIANO LUCHIARI
5 anos atrás

Perfeito. Vou mudar o critério de busca. Obrigado pelo alerta.

Alfa BR
Alfa BR
Responder para  Rafaelsrs
5 anos atrás

Mais fácil o preço da gasolina subir com uma guerra do que o contrário…

RENAN
RENAN
5 anos atrás

Quando os EUA gasta 6 a 7 trilhões em guerra pode parecer um absurdo.
Mas o lucro ninguém calcula.
Quanto dinheiro o americano economiza ao se apropriar de países pelo mundo, explorando seus expólios de guerra, importando as riquezas deste país invadido a preço de custo.
Vendendo bilhões em armas americanas a estes países. Para voltar a ter uma força armada.
Um domínio militar, político e econômico por centenas de anos será estabelecido.
Fora a garantia de uma base militar em um território estrangeiro possibilitando a logística para o próximo ataque um país mais vantajoso de ser explorado.
Venda de bilhões em armas a países vizinhos para que se preparem para revidar os grupos extremistas que surgem durante o conflito.
Gerando milhares de empregos na indústria militar americana.
Estas pessoas com dinheiro no bolso consomem mais e aquece a economia americana.
Mantendo o estilo de vida americano custe a quem custar.
Para os americanos 6 trilhões gasto em guerra não é um desperdício é um investimento.
Gerador de riqueza, emprego e avanço tecnológico.
Uma política de ganha ganha.

Então isso se manterá por mais 100 anos com certeza.

Mais o engraçado se algum país usar a mesma política.
Aí é bloqueio econômico mundial, coalizão, ONU tudo para destruí o país que se envolver em um conflito visando os expólios de guerra.

Minha opinião é que teremos em 30 a 50 anos um novo contrapeso neste cenário.

Formado por países renegados pelo mundo.
Rússia, China, Irã, Coreia do Norte, Venezuela, cuba, entre outros.

Estes países se conseguirem estabelecer grandes redes de comércio entre eles fará que seus embargos não surta efeito em suas tecnologias.

Então surgindo um novo bloco militar e econômico.
Atraindo dezenas de países pequenos onde não se tem uma democracia plena instalada.

Teremos uma nova divisão econômica, militar e política do planeta.

Um enorme passo para a 3° guerra mundial.

Então veremos se Albert Eisnten estava certo de novo. “… A quarta guerra mundial será travada com paus e pedras”.

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
5 anos atrás

Entre 480k e 507k mortos pelos americanos contra 3k mortos pelo Al-Qaeda em 11/09 = 164 x 1 para os americanos…

Bille
Bille
Responder para  Adriano Luchiari
5 anos atrás

Nessa conta você desconsidera os americanos mortos nas guerras. A relação é menor.

Brazooka in Ireland
Brazooka in Ireland
5 anos atrás

Nao quero ser cinico, mas… quantas pessoas daria pra alimentar, quantos hospitais, escolas, estradas ou casas daria pra construir com US$ 6 trilhoes ? Quantas pesquisas poderiam ter sido financiadas com este dinheiro?

Antunes 1980
Antunes 1980
5 anos atrás

Parei de ler na parte ..” para a morte de cerca de 500.000 pessoas (leia-se terroristas). desde os ataques de 11 de setembro de 2001.“

Lista dos santinhos. Quem gostou leva pra casa!

comment image

Camargoer
Camargoer
Responder para  Antunes 1980
5 anos atrás

Caro Antunes. Talvez o tempo que você usou para montar esse mosaico de fotografias tenha sido muito maior do que aquele que você usaria para terminar de ler o texto. Como já comentei em outras vezes, ler algo pela metade costuma ser muito pior do que não ler. Com quem vocês aprenderam isso de “parei de ler quando….?” Fico imaginando uma bula de remédio.”Parei de ler quando aparece “esse medicamento não pode ser usado por grávidas e lactantes”.

Antunes 1980
Antunes 1980
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Já entendi… você defende estes santinhos do domínio mundial capitalista.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Antunes 1980
5 anos atrás

Caro Antunes. Temo que você tenha entendido errado. Acredito que seja muito difícil alguém entender um texto lendo apenas parte dele. A leitura parcial de um texto geralmente leva á conclusões equivocadas.

Diogo
Diogo
Responder para  Camargoer
5 anos atrás

Caro Camargoer, é ao contrário, são as informações equivocadas que levam a uma leitura parcial de um texto.

Camargoer
Camargoer
Responder para  Diogo
5 anos atrás

Caro Diogo. Um text= pode conter informações verdadeiras ou falsas. Caso o texto esteja correto, uma leitura parcial levará o leitor a uma conclusão equivocada. Caso o texto esteja errado, uma leitura parcial prejudicará a capacidade do leitor de identificar o erro ou a má fé. Então o melhor é adquirir o hábito de ler o texto até o final.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
5 anos atrás

Colombelli.
Nunca pensei que pudesse ser tão enfático no concordar com alguem neste blog. Parabens pela postura equilibrada. Sem o comum comportamento de torcedor. Uma boa politica tem que ver o durante e o depois dos atos.

Furagelo
Furagelo
5 anos atrás

A liberdade dá graças aos Céus por ter no mundo um campeão : Estados Unidos da América ! Que digam os europeus e asiáticos libertados do nacional-socialismo e facismo, de todo o planeta libertados do comunismo. A América continua lutando, às vezes sozinha, contra o comunismo e o ancestral inimigo, o islã.

Mattos
Mattos
5 anos atrás

Gastaram dinheiro deles e nuinguém tem nada a ver com isso. Nós gastamos com corrupçao. Melhor ficarmos calados de vergonha.