Suécia desdobra o BAMSE SRSAM para reforçar defesa antiaérea da ilha de Gotland
A Suécia desdobrou um novo sistema de mísseis de defesa aérea na ilha de Gotland, após anos de crescente militarização no Mar Báltico.
“Através de sua localização geográfica, a ilha oferece vantagens militares essenciais no que diz respeito à proteção e controle do transporte marítimo, controle aéreo sobre o Mar Báltico e a capacidade de colocar unidades militares e sistemas de armas”, disse o Comandante Supremo da Suécia, Micael Bydén.
Em 2015, a Suécia, notando um ambiente de segurança em deterioração, decidiu voltar a colocar tropas na ilha do Báltico pouco mais de uma década após a anterior presença militar em Gotland ter sido dissolvida.
O movimento ocorreu após a anexação da Crimeia pela Rússia, o conflito na Ucrânia, incidentes com jatos militares russos entrando no espaço aéreo sueco e uma grande operação de busca naval no arquipélago de Estocolmo, após uma suspeita de observação de submarinos.
O sistema de mísseis superfície-ar desdobrado com o regimento de Gotland é o BAMSE SRSAM, que foi desenvolvido pela empresa de defesa sueca Saab durante a década de 1990 e início de 2000.
Com um alcance de 15 a 20 quilômetros, o sistema representa um aumento “significativo” das capacidades antiaéreas do regimento de Gotland, de acordo com as forças armadas.
No ano passado, o governo da Suécia deu sinal verde para os militares comprarem o sistema de mísseis Patriot, da firma de defesa americana Raytheon.
Bydén também enfatizou que o desdrobramento não anunciado do sistema BAMSE era uma “solução rápida” para atender a um nível de ameaça crescente, mas enfatizou que ainda havia necessidade de novos sistemas antiaéreos.
FONTE: The Local.Se
Opa, manda umas baterias desta aqui pra nozes.
Que Deus não permita isso, causando alguma tempestade que impeça-os de vir.
A diferença do RBS-23 para os nossos RBS-70 é o alcance. Continua sendo um sistema muito caro, monocanal e de curto alcance.
Existe muita diferença entre o RBS-70 e o Bamse … melhor você pesquisar melhor sobre eles
Eu sei as diferenças intrínsecas do sistema, quis falar no sentido prático. Creio que uma interpretação de nível básico seja o suficiente para entender isso.
Bamse é um sistema monocanal de curto alcance, o que o torna ridículo. Só pode travar em um alvo por vez e possui um alcance de 20 km o coloca em risco que sofrer com armas anti-PGM que sejam disparadas em dupla, ou até mísseis anticarros de longo alcance, como Spike NLOS.
Um sistema com esse alcance só poderia possuir duas tarefas: anti-PGM e escolta AAe de unidades mecanizadas/blindadas. Como arma anti-PGM é inútil e como escolta AAe é inadequado, pois é um sistema sem capacidade de disparar em movimento, o que causa problemas num T.O quente em que você precisa de movimento para manter-se a salvo de ameaças aéreas e até terrestres.
Como comparativo de sistemas como ele temos o Pantsir e o Sosna-R. O primeiro tem capacidade de travar em 4 alvos por vez, sendo 3 pelo seu radar e um utilizando seu EO/IR (pode guiar 5 mísseis, sendo dois deles apenas para um único alvo). Já o Sosna-R tem a capacidade de travar em dois alvos, utilizando um radar diretor de tiro e seu EO/IR. Além de ambos serem móveis e poder realizar disparos enquanto em movimento.
Resumindo: pouco importa o Bamse ter 20 km de alcance e ser guiado por CLOS, ele continua sendo monocanal, que no fim não o difere de capacidades práticas de um RBS-70NG.
Ou alguma das informações que eu coloquei são falsas e o Bamse não é um sistema monocanal? Sistema que não consiga lhe dar com mais de uma ameaça por vez é bom como defesa de ponto?
Mac,
Para ser necessária uma escolta AAe para as forças de terra subtende-se que não há superioridade aérea das forças amigas. A doutrina da OTAN prevê o estabelecimento da superioridade aérea.
A defesa para a OTAN das forças de terra contra a ação de interdição aérea inimiga promovida por eventuais furões da bolha defensiva (feita pelos caças e AEWs) ou no caso da superioridade aérea não ter sido alcançada, seria efetuada por veículos AA leves capazes de atirar em movimento e por sistemas móveis de maior alcance operando estáticos na tática de “pula-pula”, usando mísseis de laçamento vertical com seeker autônomo.
Sem dúvida o Pantsir é uma evolução em relação ao Bamse (e ao Roland, Rapier, Crotale, ADATS, SA-8, etc) mas ainda assim é limitado por poder engajar 4 alvos mas todos eles vindos da mesma direção (num feixe de 90º de abertura).
A OTAN está pulando de sistemas guiados por CLOS monocanal (Roland, Rapier, Crotale, Adats, Bamse) direto para sistemas guiados por seeker que não dependem de diretoras de tiro no lançador.
Em relação ao Bamse para o EB, pra mim é uma boa aquisição. No nosso TO ainda não há necessidade de sistemas C-PGM.
Concordo em partes. Hoje alguns países da OTAN estão pensando em adotar conceitos como M-SHORAD. As ameaças aéreas podem ser continuamente mascaradas e transpassar sistemas de cobertura, a maior probabilidade deles são os Drones. EUA já está tomando medidas, apesar de não ser nenhum Pantsir. Outros países fora OTAN pensam na mesma forma.
AEW e caças não vão conseguir cobrir o tempo todo seus avanços. Se fossem capazes, isso não estaria sendo repensado. Helicópteros ainda podem utilizar o terreno para chegar próximo aos alvos, muitos deles com capacidade de engajamento NLOS.
Quanto ao seu comentário de aqui não haver países que possuam capacidade de saturar um Bamse, está incorreto. Venezuela possui Kh-59 e 29 o suficiente para quebrar uma bateria inteira do Bamse, que salvo engano é composto por 4-6 viaturas lançadoras. Colômbia também possui bombas Spice o suficiente pra isso, além de mísseis Spike NLOS.
E não é difícil e muito menos caro sobrepujar um sistema de curto alcance que é monocanal como esse. Basta saturar com mais de 5 mísseis numa bateria e já era. Isso é ridículo para uma bateria de defesa de ponto, ainda mais uma que é conhecidamente cara.
Seria muito mais vantajoso o Exército utilizar o dinheiro para aquisição de uma bateria do sistema Iron Dome. Como os interceptadores são autônomos, apenas uma bateria do Iron Dome, com 12 mísseis em cada lançador, terá uma capacidade de proteção muito acima do que 10 Baterias de Bamse, por um custo muito inferior.
Mac,
Vale salientar que a doutrina de se usar sistemas C-PGM, a rigor, é russa. No Ocidente (OTAN) o foco dos sistemas AA é nas funções C-RAM, C-UAS e ACM, além é claro da função AA clássica.
Não estou dizendo que nós não possamos adotar armas com capacidade C-PGM, mas tal prática (doutrina) ainda não é generalizada. O foco no Ocidente ainda é o vetor e não a munição.
Claro que isso está mudando e muitas armas C-RAM estão sendo aprimoradas para também atuarem como C-PGM, como por exemplo o Irom Dome (tem 20 mísseis no lançador).
Valeu!
Eu entendo isso, mas o meu comentário é muito mais em torno do custo benefício.
O Bamse seria adquirido para ser basicamente uma arma C-PGM de defesa de ponto, já que hoje aeronaves da AL mesmo já possuem uma relativa capacidade stand-off acima de 20 km (alcance do Bamse). Neste caso, seria impossível enfrentar a ameaça, apenas suas munições disparadas.
Considerando este cenário, o Bamse é horrível por não ter efetividade mínima contra ataques de saturação. Nem falo sobre 24 mísseis, bombas ou foguetes sendo disparados num único alvo, 7 bombas já daria para passar o Bamse com facilidade, isso se o mesmo conseguir uma taxa de acerto de 100% numa bateria com 6 viaturas lançadoras.
É uma falta de capacidade extremamente preocupante para esse tipo de sistema de ponto. Neste caso, seria muito melhor investir o dinheiro em baterias do tipo Iron Dome. Se o dinheiro apertar, o melhor é adquirir mais unidades RBS-70NG, pois na prática não fará tanta diferença.
Eu concordo sobre o Iron Dome. E só para lembrar são 20 mísseis e não 12 por veículo lançador.
Só precisamos investigar melhor um detalhe: o preço e se os sistemas BAMSE oferecidos são Usados das forças suecas. Se forem novos de fábrica não vale à pena, vão custar caro.
Eu já gostei muito do BAMSE no passado, mas hoje eu não apoiaria sua compra, claro, dependendo do preço. Prefiro mais o Iron Dome.
Mas se for usado e por um preço BEM convidativo, acho que vale à pena.
Sobre os 5 mísseis saturar a bateria, não é bem assim.
Cada unidade de mísseis do BAMSE pode atacar 2 alvos simultaneamente, desde que estejam vindo da mesma direção em um ângulo de 7 graus (algo comum em ataques de saturação pois a mesma aeronave ou vetor disparara mais de um míssil ou no ataque em pacote as aeronaves lançadoras costumam estar próximas.)
Se na bateria você pode possuir 4 MCC, você pode disparar 8 mísseis simultaneamente.
O BAMSE tem uma das melhores acelerações e velocidade, o que reduz o tempo de vôo.
Com 20 km de alcance e altíssima aceleração e velocidade, significa que talvez você pode disparar mais de 1 vez até o míssil ou drone inimigo chegar no alvo.
Cada MCC disparando 2 por vez, com 4 MCC são 8 disparos. Caso de tempo para mais um disparo, são mais 8, totalizando 16.
Sim, é inferior ao Iron Dome nesse quesito, mas também não é tão ruim como parece.
Principalmente se analisarmos os custos. Se a oferta for muito barata e a área defendida for muito importante, da para colocar mais MCC para ampliar o número total de mísseis e a capacidade de defesa contra ataques de saturação.
Imagine para proteger Itaguaí, por exemplo, dependendo dos custos, podemos colocar 8 MCC com o total de 48 mísseis prontos, 16 disparados simultaneamente e em poucos segundos outra leva de 16.
Reitero, depende do valor pedido, pode ser uma boa aquisição, em minha opinião.
Luis e Mac,
O Iron Dome é bom mas é um trambolho difícil de ser colocado e retirado de operação. Ele é muito dedicado à proteção de alvos fixos. É um sistema mais “estratégico”.
Acho que para o Brasil seria melhor um sistema mais móvel e mais “tático”, todo montado em caminhão.
Vejo com bons olhos o Bamse. Até onde eu sei ele tem dois canais de tiro podendo controlar dois mísseis ao mesmo temp e dois sistemas de aquisição (radar e EO) , mas contra o mesmo alvo.
Ele pode combinar a aquisição por radar com a aquisição via EO caso haver ECM ou usar um dos dois independentemente, contra o mesmo alvo, mas não creio que o sistema EO possa “olhar” para um local diferente do sistema radar. Será?
Mesmo que possa, acho difícil disso ocorrer na prática.
Bom apontamento sobre o Iron Dome, a IAI também desenvolveu o sistema Barak MX, composto de três interceptadores diferentes, com alcances diferentes, Barak MRAD 35km, Barak LRAD 70km, Barak ER 150km. Tive conhecimento desse sistema hoje e achei uma solução interessante. Quais suas considerações sobre ele Bosco?
Mateus,
Sabe-se pouco sobre esse sistema israelense mas parece muito completo e sofisticado. Basicamente é um sistema baseado na família Barak 8 que visa a defesa em camadas.
A vantagem sobre outros conceitos de defesa em camadas é que tudo é integrado o que facilita a defesa.
Os americanos estão fazendo isso integrando todos os sensores dispersos (radar Sentinal, radar do Patriot, radar do THAAD, etc.) via DL numa rede centralizada denominada de Integrated Air and Missile Defense Battle Command System (IBCS).
Em vez de um determinado míssil ficar sujeito só ao seus sistema (controle de tiro) ele poderá ser controlado pela rede servindo-se de um radar que não seria exatamente o seu.
Isso trará flexibilidade à defesa antiaérea e antibalístico.
Um abraço.
Há propostas de versões para o Iron Dome móvel, como em viaturas: https://www.janes.com/article/80856/iron-dome-goes-on-the-road-es18d2
Não, o Bamse não tem dois canais. Ele possui apenas um canal, porém ele pode guiar dois mísseis através do mesmo canal com um ângulo de 7º, capacidade similar ao Pantsir, que possui 3 canais mas pode guiar 4 mísseis. Já foi debatido ao extremo isso e é praticamente inútil, só serviria para disparar dois mísseis em apenas um único alvo para garantir o acerto.
Por isso ambos concordarmos, para o Brasil o melhor é o Spyder, depois o Sueco.
Luís, perdão, mas achar que ângulo de 7º faz o Bamse interceptar dois alvos por vez é querer forçar a barra ao limite mais do que o normal.
Ataques em saturação nunca virão da mesma direção e sim por todas elas. Bombas como Spice podem ser programadas para atacar o alvo em ângulos diferentes, inclusive até 90º da posição que foi lançada, praticamente no flanco do inimigo.
A capacidade de guiar dois mísseis no mesmo canal é muito antiga e compartilhada por outros sistemas, serve somente para você ter a confirmação do abate de um alvo jogando dois mísseis nele. Isso não serve em hipótese alguma para travar em dois alvos ao mesmo tempo.
16 disparados simultaneamente que só podem atingir 8 alvos. O que isso muda sobre quando falei em cada MCC poder travar em apenas um alvo? Absolutamente nada!
Guiar dois mísseis através do mesmo canal nunca significou travar dois alvos ao mesmo tempo.
Menos, bem menos…
Mac, não é forçar a barra é informação divulgada sobre o sistema. A informação é guiar 2 mísseis contra 2 alvos Diferentes desde que estejam em um arco de 7 graus. Se o BAMSE não pudesse atacar um alvo diferente a informação de 7 graus não faria sentido. Se é o mesmo alvo, não precisa de grau nenhum.
E antes de imaginar que 7 graus é insignificante, vamos a matemática: SENO = CATETO OP / HIPOTENUSA
Traçamos uma linha reta entre o MCC do BAMSE e o 1o alvo no alcance maximo do missil de 20.000 m.
Traçamos outra linha reta com mesmo comprimento de 20.000 m porém com 7 graus a mais. Imaginamos que existe outro alvo no limite desses 7 graus, qual a distância entre o 1o alvo e o 2o alvo, ambos dentro do envelope do sistema BAMSE?
temos um triângulo retângulo, sabemos a hipotenusa e o ângulo e precisamos saber o cateto oposto.
Seno = Cateto Oposto / Hipotenusa
Seno de 7 graus = 0,121869
Hipotenusa = 20.000 m
Cateto Oposto = 2.437 m
Ou seja, o 2o alvo que pode ser uma aeronave, um missil, uma bomba, um drone, pode estar a quase 2,5 km de distância do 1o alvo, e mesmo assim o BAMSE pode disparar 2 mísseis simultaneamente, um para cada alvo.
E a 10.000 m? 1.218 m de distância entre alvo 1 e alvo 2.
E a 5.000 m? 609 m de distância.
Se os mísseis inimigos estão atacando o mesmo alvo, dificilmente eles estarão mais distantes que isso. Portanto é uma capacidade plenamente utilizável pois em grande parte dos ataques de saturação um único vetor normalmente dispara mais de 1 míssil ou bomba. É muito mais comum 2 ou mais mísseis vindo da mesma direção do que de direções totalmente opostas.
Um caça disparando 2 mísseis de cruzeiro contra o mesmo alvo, os mísseis estarão muito próximos um do outro. Uma esquadrilha de 4 caças em formação de ataque normalmente ficam próximos um do outro. Várias bombas lançadas pelo mesmo caça costumam percorrer na mesma direção, ainda que algumas realizam manobras como você mencionou.
Concordo que o BAMSE possui limitações contra ataques de saturação, comparado a mísseis fire and forget, porém não é tão ruim, nem tão fácil de saturar assim.
E pela grande aceleração do missil e o alcance de 20 km, da tempo sim de realizar um 2o disparo e talvez até um 3o disparo, dependendo das ameaças.
Fica abaixo da capacidade do Iron Dome nesse quesito, mas como eu escrevi no outro post, dependendo do número se unidades de tiro (MCC), da para fazer um trabalho bom. E dependendo do preço camarada pode sim valer à pena.
Em minha opinião, claro.
Luis, creio não ter sido claro.
Forçar a barra é achar que guiar dois mísseis no mesmo canal comum ângulo de 7 graus faz dele capaz de atingir dois alvos ao mesmo tempo. Me ache o trecho em que diz que guiar esses mísseis através do mesmo canal o torna capaz de travar em dois alvos ao mesmo tempo. Uma coisa é guiar dois mísseis através do mesmo canal, outro é travar nos alvos. Existe uma diferença gritante entre eles e me espanta o malabarismo que está se fazendo sobre isso.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Um sistema de guiagem por laser pode guiar dois mísseis anticarro de uma vez só, num envelope extremamente similar ao Bamse, mas eles podem travar em dois alvos diferentes?
Quanto a sua afirmação de que “mísseis de cruzeiro estarão muito próximos um do outro” é falsa, ataque de saturação com mísseis de cruzeiro são planejados rotas e desvios, ataques por ângulos diferentes. Eles NUNCA irão vir da mesma direção. As informações preliminares do que se sabe sobre os ataque na Síria desse tipo atestam isso, até mesmo os ataques com uso de Delilah por Israel. Eles disparam de um lado, o míssil faz a curva e ataca por outro lado, dificultado saber a localização dos vetores. A própria Guerra do Golfo teve Tomahawk sendo disparado do Golfo e aeronaves atacando quase a partir do espaço aéreo da Jordânia. Então essa presunção de que viria de uma direção em particular é muito mais do que incorreta.
Eu citei ataques em ângulos de 90º ou mais, em momento algum citei que eles viriam do mesmo ponto. Essa parte eu deixei claríssimo. Aliás você considerar o alcance máximo do Bamse para o ângulo do canal é outro absurdo, já que mísseis de cruzeiro e bombas guiadas serão detectadas num alcance MUITO menor do que isso, bem antes dos 15 km. A sorte é se você possuir algum AEW&C para apoiar na operação, mas nesse caso prefiro os caças protegendo.
Outra forçação de barra sua é quanto a velocidade do míssil, como se 900 m/s fosse algo anormal para um míssil dessa categoria. O 57E6 possui velocidade de 1,300 m/s (nem vou falar da questão da aceleração), o 9M338 possui velocidade de 1,000 m/s, o Tamir já é mais lento, com cerca de 700 m/s, mas a vantagem é poder engajar alvos no mesmo limite que a munição, pois não dependem de radar diretor de tiro para guiar, pois são mísseis autônomos.
Não tenho dúvidas quanto a efetividade de acerto do Bamse, acho que pra suas características deve possuir uma boa taxa de acerto, mas é muita forçação de barra todo esse malabarismo para dizer que o Bamse serviria como defesa de ponto anti-PGM. Mesmo que uma bateria pudesse engajar 16 alvos com 8 viaturas lançadoras, na velocidade da luz, se for considerar a quantidade de mísseis como Kh-29 e bombas Spice 1000 e 2000 que há na AL, ainda sim seria insuficiente.
Mac, 2 mísseis do BAMSE não precisam atingir 2 alvos exatamente no mesmo milésimo de segundo. No próprio desenho de propaganda oficial, a SAAB mostra 2 aeronaves alvo e 2 mísseis no ar disparados de um único MCC. Motra também 2 mísseis de cruzeiro alvo e 2 mísseis BAMSE disparados de um único MCC, um atingindo o alvo e o outro logo atrás para o 2o alvo.
A verdade é que qualquer sistema antiaéreo pode ser saturado. Mesmo um com 20 mísseis como o Iron Dome.
Não estou afirmando que o BAMSE é muito bom nesse quesito, concordo que não é. Mas também não é tão ruim como parece. Em vez de guiar 1 míssil, ele guia 2, óbvio que com alguns segundos de intervalo. O que significa que após o primeiro abater o 1o alvo, já tem um segundo míssil chegando no 2o alvo.
Em vídeos da para constatar como o BAMSE acelera muito rápido. E isso contribui para uma menor duração de vôo. Não que ele seja muito diferente de outros sistemas em velocodsde, mas a combinação da rápida aceleração, alta velocidade e o alcance de +20 km que possibilitam o disparo de 2 ou 3 salvas, dependendo dos alvos.
Um sistema com 10 km de alcance, mesmo sendo igualmente rápido, terá menos tempo para disparar 2 ou 3 vezes.
Muitos mísseis de cruzeiro são subsonicos, como você bem sabe. Um único MCC pode sim disparar 2 mísseis contra 4 mísseis de cruzeiro inimigos. Destruir 2 deles a una distância próxima de 20 km, e em seguida disparar mais 2 mísseis e destruir os outros dois antes que atinjam os MCC ou um alvo próximo ao MCC.
Faça a conta, um missil como o exocet que voa a 1.000 km/h, demora 36 segundos para percorrer 10 km.
Significa que se o BAMSE destruir 2 exocet à 20 km, ele teria 36 segundos para abater outros 2 à 10 km e após este segundo disparo ainda demoraria mais 36 segundos para algum exocet atingir a MCC ou um alvo proximo, o que seria suficiente para ate um terceiro dispado de 2 mísseis BAMSE.
Sobre ataques de saturação de várias direções, eles existem sim, não discordo, mas normalmente um mesmo vetor dispara mais de um míssil.
Portanto uma unica MCC não dará conta de tudo, caso isso ocorra, será preciso várias MCC, o que eu estou dizendo é que parte do ataque de saturação que virá de uma mesma direção terá que ser um pouco mais parruda para saturar o BAMSE.
Imagine uma instalação importante no centro e próximo ao centro, na parte mais alta, um radar Giraffe com mais de 120 km de alcance.
E 4 MCC, um ao norte, outro Sul, outro leste, outro oeste.
Imagine os inimigos são 8 caças, vindo de direções diferentes para saturar a defesa.
Cada caça dispara 2 mísseis de cruzeiro. São 16 mísseis no total. Cada MCC terá que lidar com 4 mísseis.
Um único MCC não tem como lidar com todos os 16, vindo de direções diferentes. Mas poderá lidar com 4 vindo da mesma direção.
Só não concordo com a afirmação anterior, que bastam 5 mísseis para saturar o sistema porque os 4 MCC só poderiam dar conta de 1 míssil cada. Não entendo assim, para mim, cada MCC pode lidar com 2 mísseis em um intervalo bem curto a ponto de guiar 2 mísseis no céu antes do 1o atingir o alvo.
E se o alvo não for hipersonico, da para disparar mais vezes antes dos alvos atingirem a MCC ou um objetivo próximo à MCC.
MAC
Embora não esteja errado, sua informação induz ao erro. O limite de engajamento de apenas um alvo por vez (algumas fontes dizem ser dois) se dá por cada reboque de lançamento. Como cada bateria é composta por até seis reboques de lançamento, o número de alvos engajados simultaneamente por bateria pode ser de até 6, independente de direção. Considerando ainda que a velocidade do míssil utilizado no sistema bamse é bem alta (inicial superior a 900 m/s), cada reboque poderia, em tese, interceptar duas ou três ameaças em sequência antes delas atingirem o próprio sistema ou o alvo de valor a ser defendido.
Mas eu fui específico quando falei que o limite de 1 alvo por vez era sobre cada viatura lançadora, tanto que falei “uma bateria só poderia interceptar 4 ou 6 alvos por vez, dependendo da sua composição se for de 4 ou 6 aeronaves”. Está muito claro isso em meu comentário.
Em contraste, os outros sistemas que citei tem quase a mesma capacidade em uma única viatura, exceto pelo Sosna-R.
Sobre sua consideração na questão da velocidade do míssil é irrelevante, pois ataques de saturação costumam vir com PGM’s inimigos muito próximos um do outro ou por ângulos separados. Ninguém fará ataque SEAD atirando um míssil a cada 1 minuto pra facilitar pro defensor.
São raras as ocasiões e os cenários em que se utilizam armas stand-off com mais de 20 km. Então, a rigor, não há o que se falar de C-PGM, principalmente em nosso TO. Os russos idealizaram isso pensando nos mísseis antirradiação que podem ser lançados a grandes distância, por exemplo, o HARM tem alcance de mais de 100 km. Daí o Pantsir pra proteger os sistemas S400.
Hoje o Pantsir serve para a defesa contra bombas planadoras e mísseis cruise.
Contra bombas guiadas não vejo lógica tendo em vista que invariavelmente são lançadas a menos de 20 km. Mísseis táticos, idem. Aí , é melhor engajar o vetor que a munição.
Só agora algumas forças aéreas estão adotando bombas planadoras que permitem serem lançadas além do alcance do BAMSE. E mísseis cruise são muito caros e ainda em pequeno número.
Bosco, dizer que bombas guiadas são lançadas com menos de 20 km é totalmente incorreto. Eu mesmo citei um kit que possui alcance entre 60-100 km, dependendo da bomba. Existem vários e vários kits que ultrapassam o 20 km. Citei inclusive um míssil anticarro de longo alcance, que o caso foi o Spike NLOS. Existem também o Maverick, Kh-29 e entre outros, todos eles com alcance superior ao do Bamse. Não precisa de mísseis de cruzeiro ou antirradiação, pois a posição dos alvo que o Bamse defenderá será conhecida. Não estou falando na destruição das MCC’s e sim do alvo que o Bamse deveria estar protegendo.
Dizer que sistema de defesa de ponto não será um sistema anti-PGM me parece um tanto quanto irreal, já que ninguém vai querer atacar com bombas burras ou foguetes dentro do raio de alcance de um sistema AAe.
Sua fala de “ser raras as ocasiões de uso stand-off” também é irreal, pois é exatamente o que ocorre atualmente na Guerra da Síria, protagonizada pela Força Aérea da IDF. Todos os ataques conhecidos foram no envelope Stand-off e essa vai ser o futuro das missões SEAD. Cada vez mais existem armas com alcance longo e de custo menor, até drones suicidas ou decoys, que são mísseis sem a eletrônica embarcada, obrigando que os sistemas de curto alcance sejam voltados para armas anti-PGM.
Qualquer bateria AAe de curto alcance terá que ser um sistema anti-PGM, pois é com isso que vão ser atacados. Ninguém vai aproximar artilharia solo-solo ao alvo para disparar granadas ou foguetes burros, muito menos aeronaves.
Na AL já existe essa capacidade. Precisaríamos de algo entre 5 baterias ou mais, levando-se em conta a quantidade de mísseis e bombas adquiridas pelos países da região. O custo com toda certeza passaria de uma bateria de Iron Dome, que teria mais possibilidade de eficácia o que as 5 baterias de Bamse.
Mac,
Eu fiz menção às bombas planadoras e às missões SEADs no meu comentário anterior.
MAC
Desculpe, não havia visto seu comentário sobre o número total de alvos atacados.
Sobre a velocidade do míssil ser irrelevante, discordo. Suponha que um avião de ataque lance 3 bombas Spice de fora de alcance dos mísseis do sistema Bamse contra um alvo de alto valor. As bombas se aproximam a uma velocidade média de, digamos, 250 m/s, frontalmente. Para percorrer os 20.000 metros máximos de alcance do sistema Bamse, elas levariam 80 segundos. Os mísseis do Bamse aceleram a mais de 900 m/s, mas como a velocidade não é constante,vamos supor que a velocidade média seja metade disto, 450 m/s. Com o DT já rastreando os alvos perto do alcance máximo, o primeiro míssil é disparado assim que as bombas entram no raio de ação. Cerca de 28 segundos depois, a uns 13 km de distância, a primeira bomba é interceptada. Digamos que o sistema leve uns 5 segundos para conteirar, rastrear e disparar o segundo míssil (ou dois). Cerca de 16 segundos após o lançamento, a uns 7 km, a segunda bomba é interceptada. O processo se repete e após 5 segundos, o terceiro míssil é disparado. Cerca de 8 segundos depois, a uns 3.600 metros, a terceira bomba é interceptada. Isso mostra como o sistema pode sim lidar com ataques de saturação e como a velocidade do míssil interceptador é importante.
Mas esse também é um cenário pessimista, visto que, com a possibilidade de mudar de alvo após o lançamento, pode-se lançar dois mísseis contra o mesmo alvo e, após a interceptação, direcionar o segundo míssil já em voo para o segundo alvo (contando que ele venha da mesma direção), o que diminuiria ainda mais o tempo de resposta.
A velocidade do míssil é irrelevante porque o Bamse segue a média internacional de velocidade para mísseis antiaéreos, simples assim. Vocês estão pegando esses dados e colocando como se o Bamse fosse o míssil AAe mais rápido do mercado, quando não é e perde em velocidade pra alguns. No caso do Pantsir ele leva uma surra de velocidade. Então torna-se relevante, é o mesmo que comparar carros de combate modernos e dizer que aquele é o melhor porque tem canhão 120 mm, quando na média praticamente todos possuem, com exceção dos canhões 125 mm.
E outra, dizer que o Bamse vai detectar e interceptar uma bomba ou um míssil de cruzeiro, que possuem RCS baixíssimo, no caso do último costuma voar mais baixo e usar rotas pré-programadas para dificultar sua detecção é dose demais. Se nem o Pantsir, que é um sistema mais novo que o Bamse e que foi projetado pra ser arma anti-PGM consegue esse feito, o Bamse vai fazer? Vamos ser realistas e parar de sonhos.
Fora que você joga totalmente fora o tempo de resposta que um sistema tem a partir do momento de detectar o alvo. Nem se considerar a velocidade do alvo, com um radar mega ultra das galáxias, que detecte esse míssil há mais de 20 km da bateria.
Pior ainda é considerar uma taxa de acerto de 100% em todos os alvos. Ainda tem a coragem de falar “esse é um cenário pessimista”. Cara, fala sério…
Se quiser sonhar, prefiro encerrar aqui o debate. Já já vão falar que o míssil intercepta na velocidade da luz e guia 100 mísseis pra 200 alvos.
É de uma forçação de barra e malabarismo mental absurdo!
MAC
A velocidade não é irrelevante, e o fato de outros sistemas possuírem velocidade igual ou superior não é um contraponto a esta afirmação. Como demonstrei através dos números que você não rebateu, a alta velocidade permite mesmo a um sistema monocanal interceptar de dois a três alvos em sequência.
Sobre a capacidade de detectar bombas e mísseis de cruzeiro, não há nada demais nisso. O sistema Roland, da década de 70, detectou e destruiu bombas de 1.000 libas na guerra das malvinas. O Sea Wolf, da RN, chegou a destruir projéteis de 114 mm em testes, mesmo sendo muito menores e mais rápidos que bombas e mísseis de cruzeiro. Os próprios alvos aéreos, constantemente destruídos em testes, não diferem muito de bombas pesadas e mísseis de cruzeiro em dimensões e parâmetros de voo.
Também não desconsiderei o tempo de resposta: ” Digamos que o sistema leve uns 5 segundos para conteirar, rastrear e disparar o segundo míssil (ou dois)”. Tendo o aviso prévio do Giraffe AMB, 5 segundos de tempo de reação não me parece exagerado.
E também não há nada demais em considerar uma taxa de acerto de 100% ou algo próximo disso contra duas ou três bombas planadoras. Alvos lentos, que não manobram nem possuem qualquer tipo de interferência eletrônica ou despistadores.
Sobre a parte final de sua resposta, fica apenas um espantalho grosseiro.
Não me admira que você tenha imputado a mim o “seu comentário induz ao erro”, pois sua capacidade de interpretação é lamentável.
Em momento algum eu disse “a velocidade do míssil é irrelevante”, eu disse “dado a velocidade de sistemas similares, o uso da informação da velocidade do míssil na tentativa de coloca-lo acima é irrelevante”. Existe uma gigantesca diferença entre ambos, espero que depois de desenhar fique definitivamente claro. Se ele tem velocidade parecida com outros sistemas, então pouco importa, o que está em jogo aqui é sua capacidade – ou a COMPROVADA falta dela, com base em dados oficiais – de servir como defesa de ponto.
Minha nossa, olha seu malabarismo mental absurdo. Você citou ataque com bombas burras e o Sea Wolf. Jesus! Aqui estamos falando de bombas do tipo Spice 1000 que fazem manobras, estamos falando de mísseis de cruzeiro que voam baixo. Ainda cita testes, MEU DEUS! Em testes o ambiente é controlado, você sabe que terá ameaças vindo, sabe a direção e muitas vezes sabe até qual tipo de ameaça. Radares podem ter a sensibilidade diminuída ou aumentada, de acordo com as informações. Sensibilidade muito alta pode ajudar na detecção, mas também facilita pro inimigo enviar decoys na frente para serem interceptados no lugar das verdadeiras ameaças. Sensibilidade na escala menor dificulta a detecção, mas evita que o sistema AAe dispare em qualquer coisa que vir. Um exemplo disso é o Iron Dome.
Você usa de analogias que eu sinceramente não sei se você está querendo falar sério sobre o assunto.
O tempo de resposta é a partir da detecção da ameaça, passando pelo travamento e lançamento do míssil, nada tem a ver com eliminar a ameaça em 5 segundos, isso não existe. Então você teria que considerar a dificuldade de detectar alvos com baixo RCS, que manobram e vindo de várias direções, travar e disparar. Lembre-se também que o Bamse não é um sistema de lançamento vertical, por tanto se houver mais de um alvo e ambos estejam há 180º do outro, o que é comum, ele teria que mover sua torre para apontar até o outro.
Seu cenário é absurdo, pois você quer contar que o inimigo vai disparar todos os seus mísseis vindo de apenas uma direção e em trajetória balística, ainda considerando que o Bamse vai intercepta-los no limite do seu alcance, com taxa de 100% de acerto, tempo de resposta record e ainda tem a coragem de dizer que isso é o pior cenário! Ao menos tenha a ombridade de dizer que esse é o cenário mais otimista possível, pois NUNCA houve esse tipo de inimigo bonzinho que facilita tudo pro defensor.
Você desconsidera o que são fatores básicos em missões SEAD:
1) Saturação: ou seja, saturar o inimigo com o máximo de munições possível para sobrecarregar o sistema, além de utilizar ataques de Ângulos distintos e sombras de radar;
2) Decoys: uso intenso de decoys, servindo como alvos físicos contra os sistemas AAe, possibilitando passagem para que os verdadeiros projéteis acerte o inimigo.
Eu poderia citar vários outros fatores, mas ao você desconsiderar esses dois já demonstra que o cenário que você criou é totalmente furado. Considerar taxa de 100% de acerto e ainda interceptações no alcance máximo é bizarro!
Sim, há tudo demais. Sistema mais eficientes contra armas PGM possuem taxa entre 90-97%, a grande maioria deles utilizando mais de um míssil. Quando você diz “não há nada demais”, me faz suspeitar se realmente você sabe daquilo que está falando.
MAC
Na questão da velocidade: você basicamente tenta dizer que é irrelevante porque outros sistemas são tão ou mais velozes, ou seja, seria irrelevante num contexto de comparação com outros sistemas. Você ataca espantalho, já que em momento algum se faz, da minha parte, alguma comparação com outro sistema, muito menos juízo sobre um melhor ou pior. Apenas mencionei a velocidade como contraponto à sua afirmação de que um sistema monocanal (bamse) seria incapaz de lidar com mais de um alvo por vez. Aliás, gostaria da fonte da sua informação, com taxa de mísseis lançados e taxa de acerto, para saber a COMPROVADA falta de capacidade do sistema de servir como defesa de ponto.
Sobre as comparações, você exagera. Eu citei o caso do Roland abatendo bombas burras como caso de função C-PGM já em funcionamento décadas atrás, e é claro que é diferente de se abater bombas guiadas atualmente. Mas o que impediria um sistema projetado mais de 30 anos depois do Roland, com capacidade de processamento infinitamente maior, radar melhor e mísseis melhores de abater bombas guiadas? A capacidade limitada de manobra da bomba? Por que se for isso, a função AA perde a razão de existir, já que qualquer avião de caça manobra muito mais que qualquer bomba ou míssil de cruzeiro. E não adianta fazer pouco caso do exemplo dos alvos aéreos sendo que eu citei um caso de um conflito real que exemplifica muito bem o que eu quis dizer.
Alias, a simulação que fiz diz respeito ao cenário que criei, e não ao que você faz referência. Em nenhum momento citei o Bamse abatendo mísseis de cruzeiro, algo que embora seja possível seria bem mais difícil pela altura de voo e também em nenhum momento cito interceptações no alcance máximo, tanto é que na simulação que fiz, a primeira interceptação se daria a 13 km de distância do reboque de lançamento, quando todos sabemos que o alcance máximo é de 20 km. Criei um cenário totalmente fictício para mostrar apenas que, em função da velocidade do míssil, mais de um alvo poderia ser interceptado por cada reboque de lançamento.Você que começou a introduzir variáveis e a me cobrar por não considerá-las quando elas não estavam dentro do meu objetivo que era apenas mostrar que sim, tendo-se um míssil rápido o suficiente, um sistema monocanal pode lidar com mais de uma ameaça.
E sim, sei que na realidade existem muitas outras variáveis que fogem das simulações, mas elas existem para os dois lados e deixei elas de fora propositalmente. Qualquer alvo de alto valor, que tivesse de ser protegido de um inimigo com capacidade razoável em missões SEAD, não deveria depender apenas de uma bateria antiaérea atuando isoladamente. Se assim fosse, pouco importa se é Bamse, Spyder, Buk ou seja lá o que for. Se faria necessária a presença de mais baterias e também de defesa aérea, além de uma extensa rede de radares que pudessem garantir uma capacidade de alerta antecipado.
Para terminar, pegue o cenário que criei no meu outro comentário e aplique o lançamento de dois mísseis contra cada alvo. O tempo e as distância de interceptação não mudariam quase nada.
Mac, voce esta considerando o radar do MCC ou o radar principal da bateria? É, normalmente um Giraffe com mais de 120 km de alcance em um mastro com 12 m de altura. Se for posicionado na parte mais alta da área a ser protegida, poderá detectar objetos de baixo RCS, voando bem baixo, a uma distância bem superior aos 20 km do alcance dos mísseis antiaéreos.
Tomcat4.0
Seria muito interessante mesmo a SAAB enviar uma bateria para demostração junto ao Exercito, afinal, quem quer vender deve ter o mesmo interesse ou ate maior interesse de que deseja comprar nao é mesmo …
Pois é ,aguardemos com esperança!!!
Guerra Fria esquentando. A Suécia tem o BAMSE, e o IRIS-T e comprou o PATRIOT. Está montando uma defesa antiaérea em camadas.
Ela já tinha né, duas camadas simples, BAMSE + HAWK, vai substituir eles.
na verdade o BAMSE não será substituido a Suécia participou do desenvolvimento do IRI-T e comprar era natural, o PATRIOT vai mais longe.
Eles estão oferencendo o BAMSE ao Brasil também.
http://survincity.com/2013/07/export-version-of-sam-database-with-a-missile-iris/
O radar do IRIS-T SAM é esse mesmo da segunda foto? Parece um lego gigante….
Esse radar é o GIRAFFE AMB, o radar pode ser o Giraffe AMB ou 4A ou o ELTA 2084 MMR o míssil foi feito para interagir com qualquer radar
Essas 4 antenas não trariam um custo mais elevado, ante apenas uma que gira?
Defensor,
Aumenta o custo. A vantagem de um sistema de radar multifacetado de varredura eletrônica é uma capacidade aprimorada para detectar pequenos alvos como por exemplo, mini UAVs, munição de morteiros, etc.
Num sistema que não visa ser antibalístico ou contra mísseis hipersônicos que exige uma atualização constante e não uma atualização intermitente (por um radar giratório) ou com função C-RAM, seria dispensável porque apesar da vantagem relativa tudo indica que os modernos radares 3D giratórios são bons para detectar ameaças com baixo RCS.
Mas pelo jeito tá sobrando dinheiro e resolveram dar um “plus” a mais.
Não sei não …mas acho q em breve teremos esse equipamento por aqui …ou estarei enganado…
Por quê os russos teriam interesse em invadir essa ilha?
Resumidamente,
Os Russos não tem interesse em invadir a ilha mas sim dominar toda a região do Báltico POIS o maior porto (São Petersburgo – de onde sai e entra uma boa parte das cargas) está na região. Quem controlar a região, pode estrangular comercialmente a Russia e ela sabe muito bem disto.
Com o alinhamento da Letônia, Lituânia e Estônia (ainda dependem fortemente do gás Russo) rumo a Otan, a Suécia começou a relaxar, mas depois que (como diz o artigo) a Russia abocanhou a Crimeia a coisa voltou a complicar. Temos que lembrar que tirando o Báltico existe somente o Mar Cáspio no qual podem chegar ao Atlântico. No norte da Rússia está a Sibéria e no leste o Pacífico.
Ou seja, se Russia decidir algo, terá que necessariamente dominar a região e a ilha se torna estratégica para a Russia e Suécia.
O Cáspio não dá no Atlântico, este chega no norte do Iran, através do mar negro, passando pelo Mediterrâneo (Bósforo) passando por Gibraltar chega no Atlântico, mas é dureza passar pelo Bósforo e Gibraltar em uma guerra
Tem razão Raphael, obrigado, me confundi o Cáspio com o Negro.
Um grande abraço
Confundir .
Por quê os russos teriam interesse em invadir essa ilha?
——
Boa pergunta Mas a resposta é conhecida apenas pela imprensa ocidental e especialmente pela sueca. Os próprios russos não sabem por que deveriam atacar a Suécia.
Em caso de guerra, dominar a ilha de Gotland é essencial para impedir reforços, por mar, a os paises bálticos.
Quanto ao comércio, é irrelevante se alguem quiser bloquear a ligação do porto de São Petersburgo ao Atlantico, o fará na entrada do Baltico, ali nas águas entre a Noruega, Dinamarca e Suécia.
esses sistemas de média altitude o que mais tem na Europa além do pantsir?
Carlos,
Tem esses:
Noruega: NASAMS (30 km)
Itália: Aspide 2000 (25 km)
RU: CAMM (25 km) , CAMM ER (40 km)
França: VL Mica (25 km)
Alemanha: Iris-T SL (20 a 40 km)
Suécia: BAMSE (20 km )
Interessante que dos 6 sistemas de médio alcance europeus 5 são baseados em mísseis ar-ar.
Os mísseis de curto alcance como os Roland, Crotale e Rapier estão em franca obsolescência. Logo só haverá os sistemas portáteis (manpads/crewpads), os de médio alcance e os de grande alcance.
Os portáteis europeus só os Mistral e o Starstreak e os de grande alcance são os Samp-T e MEADS.
obrigado bosco
Sabe tudo mesmo
Grande bosco, gosto muito das intervenções adoraria trocar idéias no particular, onde entra os LRAD e THAAD? obrigado. O que é A2/AD?
Art,
LRAD é um nome escolhido para um míssil da família Barak 8 que compõe um sistema que está sendo desenvolvido pelos israelenses , o Barak MX. É um sistema novo que se sabe pouco sobre ele que visa prover defesa antiaérea em camadas indo até 150 km.
O THAAD é um sistema antibalístico americano com capacidade endo e exoatmosférica com 200 km de alcance e capaz de interceptar veículos de reentrada e mísseis entre 40 e 150 km de altura. Faz Mach 10 e é capaz de interceptar mísseis balísticos até de alcance intermediário com velocidades de até 4500 km/s.
A2/AD é uma expressão que tá na moda que significa a grosso modo “negação de de acesso a uma área” e que corresponde a uma doutrina que tenta negar ao inimigo ao acesso a áreas consideradas vitais para as operações de guerra. Essas áreas podem ser aéreas ou marítimas.
Por exemplo, os russos com mísseis sup-ar de 400 km de alcance (????) negam a operação de aviões AWACS numa determinada região do espaço, o que prejudica a operação dos caças.
Os chineses com mísseis antinavios balísticos com 3000 km de alcance negam o acesso a áreas vitais do mar aos porta-aviões americanos. Em sendo assim eles não podem lançar seus caças.
É mais ou menos isso.
Um abraço.
Obrigado Bosco, adoraria trocar ideias contigo além desse espaço. Grande Abraço!
Aos portáteis Europeus, falta o Sueco RBS-70.
E não me parece que o Rapier esteja em obsolescência e existe um tal de crotale/ng.
Interessante o sistema Nasams. É uma boa combinação de missil (no caso o AMRAAM), um sistema radar (o MPQ-64 Sentinel) e um sistema de C4I (ou Fire Distribuition Center).
O Brasil deveria pensar em algo semelhante. Identificar um míssil adequado,como o A-Darter – 20km de alcance; o CAMM – alcances já citados; ou até o Iris-T – idem; (todos compatíveis com o Gripen e o CAMM para as Tamandarés). Depois disso, integra-los a um sistema radar de vigilância aeroespacial (o Saber M60 tem alcance de 70km). Depois pensar em um sistema de Comando e controle (uma Central de Controle e Coordenação de Tiro) e, por fim, uma plataforma de lançamento (Astros 2020, talvez? ou outra plataforma nacional).
Abraço
Por isso o Spyder é o melhor:
Dois níveis,
Phyton V
Derby NG
Dois módulos diferentes de busca que facilita a eliminação do alvo.
Acomoda no KC 390
Mísseis intercambiáveis com as anvs de ataque da FAB.
Sem restrições ou bloqueios de Israel em caso de conflitos
Será que os suecos não teriam umas baterias dessas de Segunda mão para nos vender?
Me recordei de filmes suecos como Vergonha (do Ingmar Bergman) e O Sacrifício (do Andrei Tarkovsky, mas de produção totalmente sueca) em plena Guerra Fria e tratando de conflitos em território sueco, cujos inimigos nunca eram denominados, mas que tudo levam a crer serem os russos.
“O Sétimo Selo” do Bergman também pode ser visto (claro que não é o tema central do filme) como uma alegoria do período da guerra fria, durante a qual o filme foi produzido.
Vale dizer ainda que a Ilha de Faro, onde o Ingmar morava, fica à menos de 1km de barco de Gotland.
Amigo Pedro!
O Sacrificio nem de longe se enquadra nesta alegação. Principalmente lembrando que foi baseado no roteiro “A Bruxa” dos Strugatsky e com forte influencia de Bulgakov.
Não consigo imaginar como Voce chegou a estas impressões. É um ponto de vista interessante porem fica meio forçado.Imho..
Caro ScudB: Desculpe-me a intromissão em sua conversa, mas queria agradecer suas dicas acerca de alguns autores que ou influenciaram ou serviram de base para alguns filmes do Tarkovsky. Vou tentar rever seus filmes; afinal de contas vi alguns deles há várias décadas e decerto vendo-os hoje a leitura será diferente.
Aposto que a Saab tá doida pra fabricar o sistema aqui no Brasil, seria ótimo.
Não gosto do alcance.
Muito baixo.
Rodrigo
Talvez vender sim deve ta mesmo, mas fabricar nao sei nao
Não. Eles querem vender os usados das forças suecas, que não querem mais o BAMSE, vão comprar Patriot e querem arrumar algum paiseco de 3o mundo para comprar os bamse usados.
Luís,
Algumas fontes citam que o sistema Iris-T SL irá substituir o RBS70 e o não o Bamse. Não há nenhuma referência oficial ou pelo menos credível que afirme que o Bamse será retirado de operação pela Suécia e eu não acredito que o Iris-T irá substituir o RBS-70.
A mídia fala pelos cotovelos e muitas vezes o (a) estagiário (a) que escreveu a matéria, no dia anterior a sua função mais importante era a de fazer café e comprar o lanche da tarde. Não entende bulhufas de nada e muito menos de míssil.
Sim Bosco. Pode ser que continuem. Mas com Iris-t + Patriot não vejo necessidade nenhuma de Bamse.
E fora isso existem conversas nos bastidores de que eles (Os suecos) estão oferecendo os seus BAMSE usados para o Brasil.
O que não foi confirmado em nenhuma mídia, porém faz todo o sentido para um país que está comprando iris-t e Patriot e sabendo as capacidades e limitações dos Bamse.
Pelas informações comentadas pelos foristas, chego à conclusão que a Europa não está tão bem servida assim de defesa antiaérea.
Alcance em média de 40km.
Holanda, Alemanha, Grécia, Espanha usam o Patriot americano.
Romênia, Polônia e a Suécia são prováveis usuários futuros.
França, Itália e Suíça usam o SAMP-T que utiliza mísseis Aster-30.
Quem realmente não tem nada é o Reino Unido.
É uma lacuna inaceitável para potências europeias.
E acho que até os patriot deixam a desejar.
Nonato,
Deixam a desejar em relação a quê?
O S400 e o S300V têm alcance contra aeronaves de 250 km e contra mísseis balísticos de 40 km. O Patriot tem alcance contra aeronaves de 160 km e contra misseis balísticos de 35 km.
O Ocidente simplesmente não quer mísseis antiaéreos com 250 ou 400 km de alcance para defesa antiaérea terrestre. Apenas o sistema Aegis naval é que adota mísseis com 240 km (SM-2Block IV) e 400 km (SM-6)contra aeronaves e 40 km contra mísseis balísticos além do SM-3Block I com 800km contra mísseis balísticos e o Block 2A (2500 km contra mísseis balisticos).
No caso americano o Patriot é complementado pelo THAAD que tem 200 km contra mísseis balisticos. Ou seja, o conjunto Patriot/THAAD tem alance contra aeronaves de 160 km e de 200 km contra mísseis balísticos, o que supera o sistema S400.
O grande alcance dos mísseis russos contra aeronaves se dá pela doutrina russa de atacar os aviões AWACS, E8 STARS e aviões tanques a partir de grandes distâncias. Por isso eles também têm mísseis ar-ar com 400 km de alcance. Essa doutrina não é empregada pela OTAN. Você acha que se o Ocidente quisesse não adaptava um míssil PAC-3 ou um SM-2 Block III com um radar ativo para lançá-los de aeronaves e assim terem mísseis ar-ar com 400 km de alcance?
Mano do céu, vc é uma enciclopédia sobre mísseis, mestre é pouco!
Pelo que eu saiba só a França comprou o SAMP-T.
A Itália adquiriu o SAMP-T e a Alemanha o MEADS.
A Grécia também têm s300 e a Eslováquia têm s300 também.
E o SAMP-T está evoluindo do míssil aster-30 para aster-30 m1a.
eu acho o SAMP-T legal, mas quando vemos que a Rússia tem o S400 aí eles estão atrás, mas acho que eles estão assim pq estão escorados nos EUA, não que os EUA ache ruim, pq eles vão vender SAM para os europeus
Carlos,
Não é questão de estar atrás e sim de doutrina. A Rússia tem como “inimigo” a OTAN e a OTAN tem a Rússia. Ambos têm equipamentos voltados para suas necessidades.
As aeronaves que seriam derrubadas pelos S400 serão derrubadas pela OTAN de qualquer forma, só que de modo diferente.
eu acho que uma visão errada por parte da Europa, eu acredito que quanto mais longe for possível abater o inimigo melhor.
Carlos,
Você já viu um gráfico mostrando o trânsito de aeronaves civis na Europa? Quanto mais longe mais difícil de determinar quem é amigo e quem é inimigo. Uma guerra não necessariamente irá parar o tráfego civil de aeronaves sobre a Europa e o uso de mísseis de alcance muito grande aumenta os riscos.
Os russos aceitam mais esses riscos tendo em vista a necessidade deles de abater os denominados HVA (ativos de alto valor) , formado pelos aviões AWACS, E8, etc.
O alcance divulgado pelos russos para o sistema S400 e S300V de 250 km (e possivelmente até 400 km) diz respeito a grandes e lentas aeronaves de RCS imensos a que me referi (HVA). Não quer dizer que ágeis e velozes caças com RCS reduzidos possam ser abatidos nessa distância toda. Pode creditar a metade dessa distância no caso de caças, sem medo de errar.
E em relação a mísseis cruise subsônicos, pode colocar 1/4 do alcance divulgado para aeronaves.
Ou seja, esses números são enganosos e devem ser vistos com reserva.
E isso para não falar do horizonte radar. A 150km de distância basta voar a menos de 1000m de altitude que a curvatura da terra protege a aeronave.
As aeronaves podem até esconder dos radares em terra, voando menos de 1000m, mas e os AWACs que estarão acima delas (voando no território do próprio país atacado) poderão detecta lo a centenas de Km , e se possível até guiar míssil para abate las…
obg não tinha levado em consideração essa parte sobre o RCS dos caças, mas vc acredita que os novos radares de nitreto de gálio que são mais sensíveis poderão mudar essa situação, tipo para os não stealth?
Carlos,
Sem dúvida! O surgimento de novos radares (GaN, fotônico, quântico) irá trazer novos desafios a todos (convencionais ou stealths).
Aviões convencionais de RCS reduzido poderão ser detectados e rastreados mais longe com os radares de GaN, mas os mísseis para abatê-los teriam que ser imensos, sem falar no desafio de saber quem é amigo e quem é inimigo a grandes distâncias.
Um hipotético míssil que consiga ser letal contra caças a 400 km de distância conseguirá abater aeronaves lentas ha 700 ou 800 km (???). Terá que ter altíssima velocidade para poder atingir caças. Estamos falando de Mach 8 pra cima. Um míssil desses teria que ser gigantesco. Chuto mais de 7 t (o 9M82 com 200 km de alcance e Mach 7 do sistema S300V já tem mais de 5 t).
Acho que não compensa. Mísseis antiaéreos não deverão ser maiores e com desempenho melhor do que os de hoje para abater aviões. A tecnologia tem que focar em interceptar a munição lançada por eles, o que se denomina de C-PGM (anti munição guiada de precisão).
Caças e bombardeiros a grandes distâncias deverão ser combatidos por caças.
Por isso que acho que um sistema como o Iron Dome deveria ser o foco do EB, uma combinação de Iron Bean, Tamir e Barak 8 cairia como uma luva. Mas como a grana é escassa, trás o Tamir primeiro, que é o essencial.
Já que o Bolsonaro gosta tanto de Israel faz esse acordo aí, tá ok? Kkkk
obg bosco
A França e a Itália estão a desenvolver ainda mais o seu sistema SAMP-T que actualmente já têm um alcance de quase 100km e 20.000m altitude, e será aumentado, e terá brevemente capacidade anti balística. Além do SAMP-T, na Europa existem também os sistemas patriots, Meads, S300, combinados com muitos sistemas de médio alcance e curto alcance. Acho que está bem segura contra ameaças aéreas.
Estás enganado, o sistema SAMP-T está sendo desenvolvido actualmente, e terá um míssil aster-30n1a com melhores prestações, algumas nações Europeias compram sistemas dos EUA, mas também sistemas Europeus, e alguns até compram também Russos. E para lembrar, a Rússia não é um país Asiático, mas antes Euro-Asiático, sendo a sua capital Moscovo, uma cidade totalmente em continente Europeu, assim como a 2ª maior cidade, São Petersburgo. Aliás as principais cidades Russas, são quase todas em Continente Europeu. Não parece pela rivalidade da Rússia com a União Europeia, embora muito menor que a Russa e a Norte Americana.
Antunes,
Há basicamente 4 níveis de defesa antiaérea que mais ou menos é assim.
1-VSHORAD (alcance muito curto): mísseis manpads/crewpads e canhões, com alcance de 5 km e altitude de 4 km.
2-SHORAD (curto alcance): mísseis com até 15 km de alcance e altitude de uns 6/7 km.
3-HIMADS (média e alta altitude)
a- média altitude: até 15 km de altitude e alcance além de 15 km e menor que 100 km
b- alta altitude: além de 15 km de altitude e alcance maior que 100 km.
–
Os sistemas SHORAD (ex: Roland, Crotale, Rapier, ADATS) estão em desuso na OTAN que pula dos sistemas VSHORAD para o HIMADS(média) e HIMADS(alta).
Que aula ! Valeu Bosco
Podes crer. Muita coisa! Valeu, amigo Bosco!
Para entender a importância dessa ilha, segue o mapa:
https://www.google.com.br/maps/place/Gotland/@61.6428878,25.5904778,4.6z/data=!4m5!3m4!1s0x46f79b21976f2afd:0xf6a2b0aaed93f7a4!8m2!3d57.4684121!4d18.4867447?hl=pt-BR
E só lembrando que Kaliningrado fica no outro flanco.
Obrigado , eu estava esperando o mapento mas você foi mais rápido no gatilho rs , sobre o mapa não consigo entender como a Finlândia conseguiu se manter como nação independente no pós guerra.
Rene dos Reis, o mapento anda sumido, não vejo publicações dele a meses aqui. Tem um Ivan, que diz que foi da infantaria, não sei se é o mesmo. O caso é que, desde essa publicação:
https://www.aereo.jor.br/2018/10/22/nota-de-falecimento-ivan-plavetz-pesquisador-especializado-em-aviacao-militar/
o mapento não apareceu mais, e algumas pessoas e eu ficamos em dúvida se o Ivan Plavetz era o mapento, mas nunca tivemos essa certeza se era ou não. Aparentemente era ele, pois, como disse, depois do falecimento dele o Ivan Mapento não comentou mais aqui.
Rapaz, agora que vc mencionou é que atinei pra isto, será então que era o Ivan o mapento hein que costumava colocar ” an old infantry man”. Que Deus o tenha em bom lugar .
O Ivan Mapento e Frentista está vivo e bem. Ele tem comentado em outros posts. https://www.aereo.jor.br/2019/03/12/cacas-f-16-e-tropas-do-paquistao-em-alerta-maximo-na-fronteira-com-a-india/
Vlw Bosco. Esse comentário dele não tinha visto. Mas que ele deu uma sumida ultimamente, isso ele deu. E se “aposentou” dos seus préstimos cartográficos, hehehe, então resolvi assumir o posto, dos mapas, bem dito, porque não conseguiria me igualar aos riquíssimos comentários que ele adicionava aos mapas
Ufa que susto rapaz , sinto falta das postagens dele são simplesmente genias , desde criança adoro os mapas não os posto aqui mas adoro comentar nas postagens.
Rene,
A Finlândia conseguiu se manter independente pois como a Áustria, comprometeu a se manter não alinhado e neutro, além disto, a Finlândia mantem um relacionamento muito bom com o irmão Russo.
A Finlândia na segunda guerra lutou contra os Russos ao lados dos Nazistas, depois teve que lutar contra os mesmos Nazistas e ainda por cima, estava em guerra com a Inglaterra. Realmente é impressionamento como se manteve como um pais independente.
De bobos, eles não tem nada. O fuzil é o Valmet (que é um AK customizado (para não dizer melhorado, pois isto ofende muita gente) para a sua força), carros de combate Alemães (Leopard 2) e caças americanos (F-18) ou seja, levam ao extremo a sua neutralidade.
Outro dia tive que explicar a relação histórica China/Rússia pq um artista aqui supôs que por terem um passado comunista eram aliados naturais, agora vc fala da Finlândia com o Irmão Russo, Irmão???? Eles se odeiam do fundo da alma, põe um russo, um finlandês, uma faca em cima da mesa e apaga luz pra vc ver o que acontece!
Carlos, irmão Russo é uma maneira cínica de comentar sobre o vizinho.
Não nego que tenho mais intimidade com o American Way mas nem por isto sou cego ideologicamente como muitos, gringo nem está ai com outros países e os chineses ou russos Idem. É muita ingenuidade de muitos acharem que um é melhor que o outro, o que existe é uma certa compatibilidade e só.
Especificamente falando em armas, por exemplo, acho uma infantilidade gente acreditar piamente que equipamento Russo é melhor que a do americano, os gringos estão metido em guerras desde a segunda grande guerra, é o pais que mais investe em equipamento, é muita ingenuidade (para não dizer má fé) afirmar que Russos tem melhores equipamentos. Claro, a Russia está anos luz da capacidade do Brasil, mas muito, mas muito longe da capacidade americana. Particularmente acredito que o Brasil deveria aproveitar o momento e se equipar com equipamento americano MAS infelizmente não existe muita coisa que possamos adquirir ou receber, pois a maneira que eles se armam serve para os propósitos deles (vide os navios da US Navy).
Quanto ao ódio, não sei Finlandes mas já trabalhei com Russos e Lituanos (em um projeto de TI) e eles se davam muito bem, por sinal tinha muito americano também, saíamos para beber depois do trabalho e jamais vi brigas ou grandes panelinhas. Então para mim é bobagem este exemplo de faca em quarto escuro, obvio que existem radicais e saudosistas, mas as relações não se pautam desta forma. Já trabalhei com Indianos e Ingleses ali senti muito mais atrito.
Quanto a Russia e a China, sim eles já entraram em guerra, mesmo depois dos mesmos serem comunistas, mas hoje são grandes parceiros econômicos, sinceramente, não acredito que se tornem parceiros políticos ou militares, pois no fundo, um não acredita no outro.
Deves ser o unico que vê isso, então não há povos que também tiveram guerras desde a 2ªWW? Eu diria que há alguns que não é desde a 2WW, mas desde sempre, ou pelo menos desde a 1ªWW, guerra essa em que os EUA não participaram directamente.
Em tempo, a Finlândia ficou independente pq chacinou o exército vermelho quando este em seu território!
Sim a historia que e contada e que só queriam recuperar territórios perdidos , mas curiosamente o Stalin inexplicavelmente relevou o fato de eles lutarem junto dos alemaes logo quem.
É um sistema que, parafraseando o que o ex-comandante da FAB afirmou sobre a escolha do Gripen “Não é para assustar, mas impõe respeito”.
Alguma novidade sobre o sistema russo 42s6 Morfey? Só vi uma ou duas ilustrações dele. Este seria para substituir os Tors e os Pantsir?
Desde 2014, tudo é tranquilo.