Itália restaura financiamento para mísseis de defesa aérea CAMM-ER
Depois de hesitar por mais de um ano, a Itália decidiu restaurar o financiamento para o sistema de defesa aérea de curto e médio alcance CAMM Extended-Range que está sendo desenvolvida pela MBDA.
A italiana Rivista Italiana Difesa (RID) informou ontem que, de acordo com um documento plurianual de planejamento de defesa, o CAMM-ER receberá um simbólico € 1 milhão este ano, seguido por € 10 milhões em 2020 e € 15 milhões em 2021.
O programa deve ser concluído em 2024, e a parte da Itália terá custado 95 milhões de euros até lá, de acordo com o documento.
Os dois primeiros lançamentos estão previstos para este ano, informa a RID.
Este é um desenvolvimento de grande importância para a MBDA Italia, que é a contratada local do sistema.
O CAMM-ER está atraindo o interesse de vários países, incluindo Espanha, Polônia, Paquistão e Catar, principalmente por causa de suas capacidades incomuns de curto/médio alcance.
ate qnd nossa defesa será feita por Igla???
o EB ta demorando muito pra se decidir…
Sem querer atacar mas acho que até quando certos oficiais estiverem mais preocupados com caviar champanhe e aposentadoria vitalícia para filhas que não tem vergonha na cara .
Com o gasto que temos com folha de pagamento os trocados que sobram mal dão para os eventos de gala, prioridades poxa!
Vou fazer a pergunta que a maioria aqui faria:
Seria interessante pro Brasil?
Sim.
O que vou postar, já foi escrito várias vezes, mas vamos la
Qualquer sistema de armas só se justifica pela sua necessidade, não se compra algo pois é bonito ou se os outros tem.
Qual a real necessidade de misseis anti-aéreos para o Brasil. Quem é o pais em potencial que pode atacar com aviões o Brasil?
E mais, vamos defender o que ? São milhares de alvos potencias, desde represas, linhas de transmissão, usinas nucleares, refinarias, pontes, viadutos, quarteis, bases aéreas, sistemas de abastecimento de água, Brasilia (sei la se vale ser defendida) etc etc. O pior, tudo isto está espalhado neste Brasil enorme.
Usar equipamento anti-aéreo em um pais como a Síria tem sentido, pois além de Israel (que estão em guerra meio permante) é um pais que é menor que o estado do Paraná. Especificamente a Itália é algo maior que o estado de São Paulo. Mesmo a cidade de São Paulo, como se protege uma metrópole deste tamanho?
A quantidade de equipamento a ser adquirido para defender o pais seria GIGANTESCO e obviamente caríssimo e volto a pergunta, para deter quem?
Melhor ter caças para deter o inimigo, pois caças são muito mais flexíveis do que sistemas anti-aéreos. Podem ser desdobrado para o Sul, para o norte do Pais relativamente com pouco esforço.
Quanto ao EB possuir os Iglas, podem ser utilizada contra caças? Sim, mas o seu emprego neste caso seria marginal, o uso tem mais a ver contra helicópteros (lição aprendida dos Equatorianos na guerra contra o Peru, na primeira guerra, os Peruanos, conseguiam desalojar facilmente as tropas Equatorianas com Helicópteros, já no segundo conflito, o Equador, estava mais bem preparadas, com misseis portáteis e o Peru “perdeu” a vantagem).
O pais deveria ter o minimo para conseguir uma doutrina para o uso? Creio que sim, mas não a falta de recursos, tira isto da prioridade.
E finalmente, normalmente estes sistemas de defesa são caros, de repente é melhor ter mais armas de ataque, que podem infringir grande destruição ao inimigo, este é um grande dilema para os militares.
Abraços
Os dois não seriam producentes? Ter apenas caças sem uma defesa antiaérea. Da mesma forma apenas defesa antiaérea não resolveria. União de Forças seria o ideal. Vigilância total. de certa forma, concordo em parte. Grande abraço.
Sergio, sim seria..
Mas pense, um sistema de mísseis como o S-300, custa em torno de 900 milhões de dolares (4 baterias com quase 150 mísseis). Daria para proteger São Paulo e região, outro para o Rio de Janeiro (nao sei se seria possível proteger Angra), outro em Brasilia, mais um para Itaipu, outro para São Jose dos Campos. Só estas regiões, já ficaria mais caro que o FX-2. E olha que nem estou falando no Norte e Nordeste do pais.
Tem sentido? É bacana falar que precisamos, mas a quantidade de locais a serem protegidos torna inviável um programa deste porte e repito, para que?
Um ponto importante, não é minha opinião, estou fazendo um simples resumo no qual eu acho que tem muito sentido.
Abraços
Obrigado Colombelli, não lembrava dos números. Com certeza é um ótimo subsidio para as pessoas pensarem sobre a viabilidade de um sistema de defesa destas.
Um grande abraço.
Alguma novidade sobre o EB e o Spyder???
Já vi ótimas matérias sobre isso, devemos levar em conta nosso TO para considerar comprar equipamentos, hoje, com excessão da Venezuela, estamos bem em equipamentos antiaéreos, se comparados aos nossos vizinhos, principalmente pela falta de meios adequados para nossos vizinhos atacarem alvos vitais em nosso país.
Humberto e Colombelli
A necessidade é de sistemas de defesa anti aéreo para proteger nossa ponta de lança.
Imagina um ataque e lá se vai 12 gripen.
Outro ataque e adeus Itaguaí.
Mais um ataque 80 Taques destruídos.
Portanto imagino a defesa antiaérea para defender bases importantes
Ao menos 2 bases do exército, 2 da aeronáutica e 2 da Marinha.
Seria 6 sistemas completos de longo alcance, mais 6 de médio alcance e 6 sistemas de curto alcance.
É caro concordo, mas deve se ter o mínimo de capacidade de não ser pegos de surpresa sem a mínima reação.
Renan,
Não vejo muito como o Brasil sendo atacado de surpresa, como bem disse o Colombelli, o nosso tamanho nos defende. Quantos vizinhos, teriam a capacidade de voar milhares de Km para atacar profundamente o pais? Por exemplo, de Foz do Iguaçu até Anápolis são quase mil e quinhentos quilômetros, distancia mais do que suficiente para que tenha tempo para que os caças possam decolar (mesmo que quem ataque esteja voando em mach 1, são quase uma hora, lembrando que mais rápido, maior consumo e menor a carga bélica).
Assumindo que eles consigam voar a baixa altura para não serem detectados, ter baterias anti-aéreas ou não teria pouco efeito, pois os mesmos teriam que já estar com os militares esperando a postos, com os sistemas de detecção funcionando (lembrando que eles passaram ilesos pelo sindacta). É muito bacana ver nos filmes, os militares disparando quase que na hora os mísseis, mas a realidade é bem diferente.
Vejo o sistema de defesa útil, caso o Brasil esteja em um conflito e exista a necessidade de defesa de tropas, mas ai teria que ser um sistema leve e móvel, e neste ponto, os manpads ajudam, junto com os caças.
Se é para ter sistema antiaéreo, seria para proteger Santa Maria e talvez Itaipu, que estão perto da fronteira, mas difícil imaginar Argentina atacando o Brasil. Me desculpem os que moram no norte, mas qual o alvo de relevância para proteger de um Peru ou Venezuela ?
Itaguaí é mais longe ainda, só uma força com navios lançadores de mísseis ou PA poderiam fazer um ataque destes, neste caso, melhor o Brasil atacar longe da costa. Para mim, o ataque mais obvio seria com o uso de minas, seja lançado por submarinos ou navios insuspeitos.
Concordo da importância de um sistema antiaéreo como um S-300, mas o seu alto custo e a quantidade de locais a serem defendidos, inviabilizam esta solução. De repente o sistema BANSE que o EB está analisando possa ser o pontapé para criar uma doutrina.
E como lembrar é viver, o EB já possuiu um belo sistema que foi o Roland 2 sobre o Marder e tentou desenvolver o simbada. Particularmente gostaria de ver uma adaptação do piranha montado no Guarani, mas infelizmente o piranha também não avançou.
Abraços
Sem cobertura aérea em um conflito estes sistemas náo suportam muito tempo para serem destruídos. Brasil tem que ter Forca aérea forte e eficiente com aviões e misseis de ponta e com quantidade suficiente. Com cobertura e supremacia aérea conquistada e só avançar tropas e blindados.
Sistemas anti-aereos são muito mais baratos de adquirir e operar que caças de última geração.
Para países com orçamento limitado como o Brasil, deveria ser assim: uma cobertura anti-aerea em três camadas espalhada por todo o território. E uma pequena, mas moderna força aérea.
Jadson, o pantsir era usd 1 bi para 3 baterias. Da para comprar uma dúzia de caças F35 e espero que gripens sem tot umas 16 unidades. Olha que o pantsir e para baixa altitude e para um país do tamanho do Brasil seria um valor absurdo. Veja Siria, os sistemas de defesa estão tomando banho pois eles não tem força aerea para se opor .
Só que sem sistemas ante-aereaos para defender bases aereas e depositos de munição e combustivel, ao inves de 40 de 100 caças da sua foŕça aerea ser destruida por 400 misseis de cruzeiro carissimos, você vai ter 100% dos caças destruidos em terra por 50 misseis.
Alguns exemplos: guerra seis dias,guerra Yom Kippur ( Israel só virou guerra apos recuperar supremacia aérea), guerra vale bela na Síria( um baile arrasador contra Síria e as baterias Sam), guerra Malvinas , guerras golfo. Veja Iron dome de Israel, foi criado com os Patriots por que Israelenses náo puderam entrar guerra para náo arrastar os paises árabes. Para um pais do nosso tamanho e extensão litoral só uma forca aérea forte e numerosa . Quanto a ataque por mísseis cruzeiro nesta quantidade com as distancias envolvidas, só temos algumas potências capazes disto, ai sozinhos teríamos que usar outra tática de defesa.
Cristiano o Sr Colombelli fez um comentário acima bem interessante com numero de instalações passíveis de necessidade de cobertura, fora centros civis, que corroboram com meu comentário. Acredito também quê ao invés de comprarmos algo pronto poderíamos desenvolver sistema baseado nos radares saber m60 e m200 e misseis piranha e a-darter.
Vamos torcer para o Brasil adquirir algo similar antes de 2050.
Tá aí um programa estratégico que o Brasil deveria participar… já que a Marinha usará os mesmo mísseis nas FCT, participar do programa de desenvolvimento e dominar parte da tecnologia seria excelente.
Mas teríamos que ser convidados, certo?
Do jeito que está, é só colocar o dinheiro na mesa que eles aceitam.
Esse não era o sistema proposto pela AVIBRAS?
o CAMM é perfeito para o Brasil espero que os estudos voltem a ser feitos de ele ser usado no ASTROS.
É disso que eu estou falando meus amigos. O Brasil deveria embarcar nessa.
Mas você não defende os russos e chineses?
Isso é você quem está dizendo.
Um dado curioso que no canal da própria MBDA, tem um vídeo do Sistema EMADS (Enhanced Modular Air Defence Solutions). Aos 0:28 segundos de vídeo aparece o AVIBRAS ASTROS como opção de escolha na configuração do sistema.
Segue o link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=nMWsLffI8Xk
Assisti.
Ou seja, quaisquer missil, qualquer radar, qualquer caminhão, junta tudo, é um sistema.
A Embraer também poderia criar um sistema desses.
Radar pode ser o saber, ou americano ou russo ou israelense.
O caminhão pode ser italiano, sueco, francês, alemão ou turco…
Sistema Embraer de defesa antiaérea.
Esse sistema é bem promissor e talvez nos caia bem…
O ideal e que cada base aerea seja como um porta-aviões. Protegido por 3 camadas de misseia ante-aereos.
Esse é o sistema que faz parte do acordo da AVIBRAS com a MBDA só que a parte de comando e controle e de radar seriam desenvolvidos aqui. Vamos ver se vai dar certo. Já a Inglaterra escolheu o radar sueco e o sistema de de comando e controle israelense para seu sistema.
Esse sistema usa o mesmo missil que a marinha escolheu para as tamandares. Vale muito a pena padronizarmos.
O míssil AA para as Tamandarés ainda não está definido, mas se for confirmado o CAMM, acredito que não será a versão ER (com booster) a escolhida e sim a versão já em serviço do CAMM, da MBDA UK.
Mercenário,
Eu também achava que o CAMM-ER teria um booster destacável mas a solução perseguida , pelo jeito, foi a de um motor foguete ampliado.
Obrigado pela informação, Bosco.
Uma bela oportunidade de padronizar em vários aspectos com o MB, diluindo custos operacionais e de manutenção…
Temos que ter uma boa defesa costeira baseada em aviação de caça naval e como segunda camada de defesa, um bom sistema baseado em mísseis. Isso já faria qualquer agressor pensar umas dez vezes antes de tentar qualquer coisa contra nós.
É completamente inviável economicamente defender todo o território nacional com AAAe de média e grande altitude. A melhor cobertura é a feita por MANPADS e radares móveis, que são uteis até em táticas de insurgência e caças. E tem que ser um modelo de caça “affordable”, com logística estabelecida no Brasil e cujo qual dominamos o ciclo de vida, e por isso o Gripen é algo tão importante. Novos lotes de caças são fundamentais para em caso de conflito, descentralizar essas aeronaves pelo território e tentar fazer frente as ameaças e cobrir um amplo leque de missões. Não é necessário operar com caças espalhados pelo território em tempos de paz. É desperdício de recursos que pode ser melhor aplicado em outras necessidades da força, como a manutenção dos conhecimentos de combate via caros e extensos treinamentos e simulações.
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Outro ponto chave é que, caça é um armamento totalmente multimissão. Tanto defende como ataca. Não existe melhor custo x benefício para o Brasil. Nenhuma sistema de AAAe possuí essa capacidade de multiplo emprego.
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No entanto, apesar de ser inviável cobrir todo o território nacional com um sistema de AAAe mais performante e caro, é fundamental e completamente indispensável contar com uma certa quantidade destes sistemas para cobrir determinadas áreas, não baseando-se na defesa de alvos prioritários, mas sim da negação de frentes. Sistemas de defesa AAe mais performantes são necessários para cobrir frentes que um possível atacante poderia utilizar como rota de ataque, criando-se assim, uma barreira de negação do uso do espaço aéreo que poderia ser ainda mais performante se houver integração e operação em um sistema amparado em DATA Link.
Já que o Brasil esta alinhado com Israel, deveria desenvolver seu sistema com ajuda dos israelense, assim como a India fez(Barak 8). Fariamos um sistema semelhante. Seria mais vantajoso por conta das dimensões da nação e a quantidade de pontos vitais e estratégicos a cobrir.