Forças Aeroespaciais Russas testam defesa antimíssil atualizada
Na área de testes de Sary-Shagan (República do Cazaquistão), as unidades de defesa antiaérea e aérea das Forças Aeroespaciais conduziram com sucesso um novo teste de lançamento de um míssil modernizado do sistema russo ABM (Anti-Ballistic Missile).
O Comandante da formação do sistema de defesa antimíssil, o Coronel Sergei Grabchuk afirmou que “após uma série de testes, o novo sistema ABM provou as suas características e completou com sucesso a tarefa, engajandi o alvo com uma certa precisão”.
Segundo a agência RIA Novosti, citando o especialista militar Igor Korotchenko, o teste foi do interceptador 53T6M, e a Gazeta diz que é o 53T6M/PRS-1M.
O sistema de mísseis anti-balísticos está em serviço com as Forças Aeroespaciais da Rússia.
Ele é projetado para proteger Moscou de ataques aéreos e espaciais.
Assista ao lançamento no vídeo abaixo:
At the Sary-Shagan test site (Republic of Kazakhstan), the air and missile defence forces of the Aerospace Forces successfully conducted a new test launch of a modernized missile of the Russian ABM system. #MoD #Aerospace_Forces #Missile_Defence #Kazakhstan #SaryShagan pic.twitter.com/mFle4QLyc4
— Минобороны России (@mod_russia) 4 de juny de 2019
FONTE: Ministério da Defesa da Rússia
Tá louco, saiu como um relâmpago….
Parece que a velocidade do video esta alterada, alguem tem ciência se e isto mesmo!?!!
Não está alterada, a velocidade do míssil é esta mesmo que o senhor viu. Realmente impressionante.
Não ,não pode cara.
Olha a quantidade de fogo do motor do míssil , parece uma explosão, por isso essa aceleração.
Vi e revi… Não tem edição aparente. Esse deslocamento é incrível.
Reparem que a nuvem de poeira não se movimenta de forma tão rápida em relação a saída do míssil. Faço edições e estou nesse mercado há mais de 20 anos. Mas.. Posso estar enganado.
deram uma editada no vídeo sim, no começo a edição é óbvia
Não há dúvida que todos os vídeos são muito estranhos e claramente o primeiro foi editado. Russices!!
Esse vídeo não é editado e nos dá uma visão da aceleração do míssil: https://youtu.be/-UQu9D1yygs
Esse ainda é impressionante mas da pra ver que o da matéria foi editado!
Bosco este video parece mais coerente, porem náo deixa de ser impressionante a aceleração do mesmo.
Budaguiubariu… mesmo assim o trem sai igual um tiro. Impressionante considerando a massa do objeto.
Video antigo, de 2013, é a versão antiga do sistema.
de 2013 uma vírgula, o vídeo é de nov de 2004, está escrito na própria descrição do vídeo.
Esse vídeo é de novembro de 2004 e quer comparar com um de meados de 2019?
se vc reparar, o video e de um lançamento de 2004… se vc ler na matéria, verá que essa do video e uma versão modernizada…
A edição foi feita para se ‘adequar’ as normas de ‘tempo de duração’ de videos impostas pelo Twitter.
Aqui está o link completo:
https://www.youtube.com/watch?v=NBGvD5kanW0&feature=youtu.be
Provavelmente hipersônico… e não, o vídeo não esta editado…
sim, está. o vídeo original ta ai em cima.
Caracas pessoal, vídeo totalmente editado.
O áudio sempre igual, perto ou longe. Na primeira cena então, pela distância, levaria mais de dois ou três segundos para se ouvir o lançamento, o míssil já teria sumido de vista e só então se escutaria seu barulho no vídeo.
Ainda, neste vídeo, sequer é possível saber se o lançamento é do míssil da carreta mostrada. Poderia muito bem ser outro. E devido a edição feita, já tira a confiabilidade desse teste, será que o míssil lançado tinha toda sua carga? Ou foi bem aliviado para mostrar uma performance de aceleração muito maior?
Conclusão: Vídeo suspeito de n fraudes.
não …a velocidade no video do twitter e neste video do link aciuma é a mesma .não teve aceleração de edição
Isso apenas demonstra que foi liberado o mesmo vídeo em diferentes redes.
É, chegou a hora, precisamos da bomba.
Já não dá. O Brasil (para variar), sem o mínimo de visão estratégica sonegou por escrito essa tecnologia imprescindível para a relevância geopolítica. Outro grande contra gol nessa comédia trágica que é o Brasil.
João,
Esse “impedimento” constitucional não é cláusula pétrea. Basta uma PEC ser aprovada pra revogar esse mandamento.
Pois é caro João, para ver como são as coisas…
Esse Iskander é a evolução do velho míssil Scud (que teve várias versões).
Sendo que o próprio Iskander já possui uma evolução mais capaz, o Kinzhal.
Ou seja, quem quer real soberania, não para no tempo.
–
Enquanto aqui, nosso Exército com a Avibras andam a passos de tartaruga na evolução atrasadíssima de nossos foguetes e misseis. Desde a década de 80 que estamos tocando sempre na mesma tecla: ASTROS. Já é quase meio século apenas nisto. Mas, infelizmente, o furo é mais embaixo ainda…
Inexplicável, o antigo VLS, mesmo extremamente simplificado por ser de combustível sólido, não ter alcançado desempenho orbital. Inclusive aquele desenho dele, com 4 foguetes de primeiro estágio era super estranho, pois pedia para provocar desequilíbrios, pois mesmo uma mínima falha de desempenho num deles, já era o suficiente para condenar toda uma milionária missão. Enfim, sempre achei ser resultado de propinoduto todo aquele projeto.
Enfim, coisas de Brasil e seus políticos e políticas de quintal, onde bilhões de recursos dos impostos foram, durante toda esta nossa república, enterrados para escoarem por dutos do capeta.
Mísseis Scud e Iskander, a única promessa é que eles são foguetes e é isso. Estes são sistemas diferentes.
Deveria lembrar do problema nesta aérea com a Argentina (o que culminou com a criação da Agência Binacional de Inspeção Nuclear). Portanto, a meu ver, um dos motivos principais para o Brasil se abster disso, é para evitar qualquer escalada de tensões e desconfiança mútua (De qualquer modo, até hoje Brasil e Argentina seguem cooperando na área, o que é super positivo para a estabilidade regional).
Essa cooperação pode ser abalada, caso um governo de esquerda se instale na Argentina.
Aqui está um vídeo mais completo:
https://youtu.be/NBGvD5kanW0
Evgeniy
Nítido e de muito boa qualidade.
O loko, cade o míssil?
Esse PRS-1 parece que não terá ogiva nuclear como o antigo 53t6.
Deve ser bem mais preciso.
É realmente muito veloz. Impressionante.
Não há nada que sinalize que a ogiva não é nuclear. Na verdade o míssil é guiado por um sistema inercial sem correção de meio curso e devido à grande velocidade atinge o ponto de detonação previsto tendo em vista ser utilizado contra veículos de reentrada de mísseis balísticos que tem sua trajetória bem estabelecida.
Bosco, existe a informação de que a ogiva seria de fragmentação
Em fontes russas não.
Me perdoe mas nem a genialidade russa iria conseguir fazer uma ogiva de fragmentação deter um veículo de reentrada se cruzando a Mach 25 com um míssil a Mach 17 e ser efetiva. Ou ocorre um impacto direto ou é nuclear.
https://ru.wikipedia.org/wiki/%D0%90-235
Sou da mesma opinião, é difícil para mim imaginar melhor efectividade numa ogiva de fragmentação pelas mesmas razões que citou e outras.
No entanto, é a informação que existe, ou seja que se teria de facto procedido no sentido de substituir a ogiva, nuclear, por uma de fragmentação….
Bosco, no link que mandou não existe informação sobre uma troca de ogiva, mas acredito não haver tão pouco a informação de que tal procedimento não teria sido realizado
Em 1961, o míssil interceptador B-1000 interceptou o simulador R-12.
A ogiva do B-1000 tinha uma parte de fragmentação e uma massa de 1000 kg.
53t6 tem uma ogiva nuclear para uma derrota totalmente granada.
Peter,
É difícil imaginar um ogiva de fragmentação para deter um veículo de reentrada de míssil balístico devido às velocidades envolvidas, apesar delas serem comuns em mísseis voltados a deter ameaças de curto alcance.
Só como curiosidade, os misseis interceptadores de mísseis balísticos de acordo com seu método de atuação:
PAC-1/2: ogiva de fragmentação de 90 kg
PAC-3: hit to kill de 40 kg
SM-2 Block IV: ogiva de fragmentação de 75 kg
SM-6: ogiva de fragmentação de 75 kg
THAAD: sem ogiva hit to kill
SM-3: sem ogiva hit to kill
GBI: sem ogiva hit to kill
Arrow I e II: ogiva de fragmentação de 150 kg
Arrow III: hit to kill (mas mantém a ogiva de fragmentação de 150 kg)
48N6 (S300): ogiva de fragmentação de 150 kg
9M82/83 (S300V): ogiva de fragmentação de 150 kg
9M96 (S400): hit to kill ogiva de 24 kg
53T6 (A135): nuclear de 10 Kt
Correção: É difícil imaginar uma ogiva de fragmentação para deter um veículo de reentrada de míssil balístico “INTERCONTINENTAL” devido às velocidades envolvidas, apesar delas serem comuns em mísseis voltados a deter ameaças de curto alcance.
Caraca, meu!
KKKK vc escreve muita bobagem, mas o pessoal te negativar só pq expressou espanto como todos aqui é muito engraçado kkk Kings Vive kkkk
Tenho os meus admiradores e os que não gostam de mim.
Os ques não gostam são da turma que acha que a Terra é plana e vive no mundo da fantasia. Normalmente, Disney.
hehehe
Parece uma nova tecnologia de combustível?
Não! É só um míssil muito grande (10 t) com uma ogiva muito pequeno (não deve pesar mais que 200 kg) e com alcance muito curto (80 km). Isso permite ele ter alta aceleração e alta velocidade final (após a queima total) pela queima de grande massa de propelente de queima rápida no intervalo de tempo.
Algo como 7 t de propelente sólido é queimado em menos de 30 segundos.
Só como exemplo, o subsônico Exocet MM40 queima 300 kg de propelente em mais de 3 minutos.
Bosco, onde foi buscar o alcance de 80Km?
Peter99,
Esse é o alcance horizontal declarado do 53T6 por diversas fontes, inclusive russas.
O vídeo não traz nenhum subsídio para que acreditemos ser outro míssil que não este. Há especulações que o “novo” 53T6 “M” teria mais alcance, mas não se sabe se é verdade ou quanto “mais”.
Se for o 53T6M com maior alcance horizontal (300 km??) ainda assim não desqualifica minha observação do porquê da grande aceleração/velocidade.
Sim Bosco, as minhas perguntas são puramente feitas em busca de informação e fiabilidade da mesma ^^
Seria sensato portanto confiar na informação de que o alcance do 53T6M, ou PRS-1M, seria de 2000 Km, como encontrei por ai?
Portanto 80km de alcance horizontal, mantendo-se efectivo até aos 2000Km no, digamos, “espaço”, espaço esse onde ocorreria a intercepção?
Caracas só acreditei na velocidade quando vi no YouTube.
Será que sobrou alguma coisa do caminhão que lançou o míssel, impressionante a explosão e a velocidade do míssel.
Tecnologia é tudo para uma nação.
Caminhão é so transportador.O “Nudól” é lançado de silo..
Isso não é “Nudol”. Esta é uma variante do satra-A-135, ou em geral, algo desconhecido. “Nudol”, A-235, se parece com isso em imagens de satélite:
http://militaryrussia.ru/i/284/806/1Sf66.jpg
Isso não é “nudol”. Após a moderação virá um comentário mais detalhado, há uma foto.
Quer dizer isso não é parte do A-235?
Ou seja : 51T6 , 58R6 e 45T6 não fazem parte do “Nudól”? Novidades..
Está completo. Mais precisamente, provavelmente é.
Até informações mais ou menos adequadas sobre o complexo “nudol”, todas as notícias terão apenas um caráter de adivinhação.
Provavelmente existem foguetes muito diferentes. O que decolou não é diferente do habitual A-135. No vídeo em si (nos meus principais comentários), nada é dito sobre Nudol, ou o índice de foguetes. Os índices de mísseis que você listou são todos iguais e suas variantes
Iguais? Com distancias e altitudes iguais?Acho que não..
E com certeza não é 77N6 que foi disparado.Se trata de um dos (oitavo , nono ? ) testes do sistema Nudol.Uma demonstração (pra quem tem que ver :)). Simples.
Não, não é 77n6. O míssil 77n6, ou o que é chamado, é parte do complexo S-500, junto com o míssil 40n6.
O fato de ter voado está na aparência, o usual 53t6, em seu próprio trator.
Em relação aos novos sistemas, há alguma confusão. Lá eu escrevi outro comentário, foi apenas por moderação, por causa dos links, será lançado, haverá fotos, incluindo as de satélite.
77n6, deve ter um trator na base estendida do chassi BAZ e dois contêineres de lançamento para instalação. “Nudol” também tem dois contêineres de lançamento por máquina, mas usa um chassi MWTP maior. Eles são freqüentemente confundidos, mas na realidade, são máquinas diferentes.
Dei negativa por engano, desconsiderem.
O engraçado que para seu fuso horário deve ser bem cedo para ficar num blog daqui discutindo com outro maluco sobre um troço que nem existe de fato..kkk
So se Voce não tem nada a fazer na vida alem disso.
Já é meio dia. Não tão cedo. Além disso, tenho muito tempo livre.
Rio Amur?Vladivostok?
Sim, o rio Amur e a cidade de Khabarovsk.
Falha minha! Te perguntei sobre salmão meses atras!
Cabeça oca..Seu nick me confundiu.
Sim, eu vi sobre salmão. Não fui eu.
Salmão não está aqui. aqui em geral, os peixes não foram capturados nesta área por um longo tempo. a montante, plantas químicas chinesas, de modo que há apenas um mutante nadando. Peixes em afluentes são extraídos.
Coincidencia? kkk
O mundo é pequeno..
Não, você não falou comigo.
Eu tenho lido o site há muito tempo, quase cinco anos, é por isso que eu vi. O outro parece ser Sergey, mas também do extremo leste da Rússia, parece da cidade de Blagoveshchensk.
Foi.Na epoca das manobras Vostok-2018..
Sim Mas não fui eu, era uma pessoa diferente.
Isso eu entendi bem..
Interessante que o projeto A-235 leva codinome “Amur” se não me engano.
А-135 “Amur”.:
http://militaryrussia.ru/blog/topic-901.html
http://militaryrussia.ru/blog/topic-875.html
Aqui, assim. Isso é quase tudo o que se sabe de fontes abertas. Na verdade, há também uma nova versão do foguete, que aparentemente foi lançado.
“Amur”, este é o sistema A-135. Com mísseis 53t6. Após a moderação será outro comentário, existem dois links.
Atrevo-me a sugerir que o “Nudol”, este mesmo A-135 pelas suas capacidades, mas apenas na versão móvel, além do estacionário.
Ou eu estou muito enganado ou parece que logo apos o lancamento o missil ja quebra a barreira do som???
Procurei outras fontes na internet e o video é sempre o mesmo, nao parece haver qualquer tipo de alteracao ou edicao nas cenas.
Hipersônico provavelmente, desde que a Russia adquiriu tecnologia para tal esta atualizando todos os seus misseis…
Eduardo
É realmente impressionante.
O video no youtube é bem mais completo e nao demonstra sinais de aceleracao de frames.
Por isso os EUA se sentiram forçados a sairem do tratado nuclear, é só ver este vídeo junto com outros de misseis hipersônicos que deve ter causado desconformo…
Eduardo,
Se você se refere ao tratado INF, os EUA estão se retirando porque constataram que ele tem sido violado pela Rússia, com a adoção de um míssil sup-sup instalado em seu território com mais de 500 km de alcance.
Bosco
Além disso, o INF envolvia apenas a Rússia e os EUA. A China não fazia parte do INF, o que significa que ela (a China) tem uma classe inteiras de armas estratégicas sem um equivalente americano.
Jacinto,
Exatamente! Nem a Rússia nem os EUA possuem mísseis de alcance curto e médio como os chineses. Inclusive mísseis balísticos anti navios com 2000 km de alcance
Eduardo dos Anjos.
Você confunde o tratado em mísseis de alcance médio e curto e o dovgor sobre um sistema estratégico de defesa contra mísseis, do qual os americanos voltaram em 2003. O sistema A-135 não viola nenhum dos subcontratos entre a Rússia e os Estados Unidos.
A retirada dos americanos do tratado dos mísseis de médio e curto alcance, em geral, deve-se a ações completamente diferentes do lado americano, não há evidências de que a Rússia tenha violado esse acordo, os americanos não o forneceram. Eles simplesmente disseram que a Rússia está quebrando e isso é tudo.
Eduardo,
Mísseis hipersônicos “sempre” existiram. O que se convencionou chamar de “tecnologia hipersônica” faz referência única e exclusivamente a mísseis de CRUZEIRO que voam em velocidade hipersônica (acima de Mach 5) propulsado por um motor aspirado tipo scramjet, desde o lançamento até o impacto; ou “voam” quicando na estratosfera, sem propulsão, e com isso percorrem grandes distâncias.
Nem o Kinzhal (apesar de ser hipersônico) é um representante da tecnologia hipersônica tendo em vista que é um míssil balístico (ou semi-balístico?).
Não há ainda, comprovadamente, nenhum míssil operacional que detenha a “tecnologia hipersônica”.
Os russos, creio eu, anunciaram que o Zircon teria entrado em operação, mas não se comprovou a veracidade da informação de forma oficial.
Bosco
Quando vc nao esta comentando ideologias ou implicando com os esquerdinhas seus comentarios tecnicos sao perfeitos.
Na sua visao, e analisando apenas o material e nao o país e nem a ideologia, qual a sua opiniao sobre esse missil?
MG,
Tudo que vem da Rússia é envolvido em contra-informação ou pura desinformação. O que a gente (os entusiastas, especialistas ocidentais, militares ocidentais, mídia especializada, etc.) faz para ter uma certa noção do todo é completar os gaps da informação, juntando pedaços aqui e ali. É igual fazer um dinossauro a partir de informações genéticas dentro de mosquitos pré-históricas presos em âmbar e completar o código genético com material de rã. O final sempre é diferente do original.
Baseado nisso eu acho esse sistema muito rústico. Ele é antigo e não há nada que possa ser feito para mudar muito o desempenho. Até onde se sabe ele é nuclear e endoatmosférico e apto a interceptar veículos de reentrada de mísseis balísticos intercontinentais, que mergulham a mais de Mach 20 contra seus alvos.
Pela análise da abordagem russa: um míssil de altíssima aceleração/velocidade, endoatmosférico e com ogiva nuclear (há referências esparsas dele ter incorporado uma ogiva convencional ou hit to kill , mas é difícil um míssil desses, com esse nível de aceleração / velocidade , ser manobrável suficiente para ser eficaz com uma ogiva não nuclear ou sem ogiva alguma), nos permite entender que os russos só seriam capazes de detectar e rastrear os veículos de reentrada quando já muito próximos dos alvos, daí a imensa aceleração/velocidade. A “janela” de interceptação é curta e o míssil precisa ser veloz (e isso prejudica a manobrabilidade) e ter uma ogiva nuclear. Fossem os RVs rastreados prematuramente, mais longe do território russo, ainda no espaço profundo, mesmo a interceptação se dano dentro da atmosfera, os mísseis poderiam ter menor aceleração e velocidade final menor (o que implica num míssil muito menor) e alta manobrabilidade e operar no modo hit to kill.
O método usado pelos russo é “meio” grosseiro, mas se for eficaz em proteger Moscou é válido. Mas do ponto de vista de tecnologia em estado da arte, está longe disso.
O S500, outra incógnita, promete ter capacidade hit to kill na fase intermediária contra ICBMs. Isso denota uma evolução na capacidade de detecção e rastreamento de RVs no espaço e na capacidade de interceptação. Mas sabemos pelo que ocorreu no Ocidente, que esse processo é longo. Até hoje os sistemas americanos THAAD, SM3 e GBI apresentam deficiências tendo em vista a dificuldade em se interceptar um objeto com RCS de 0,01 m² se movendo a até 8 km/s.
Os russos ainda terão que remar muito pra igualar aos sistemas americanos com capacidade de interceptação exoatmosférica, interceptando RVs na fase intermediária. Vale salientar que os sistemas americanos estão longe da perfeição mas são submetidos a desenvolvimento contínuo e já estão sendo testados há mais de uma década e ainda estão longe da “perfeição”.
Bom dia Bosco!
Esse sistema russo tem similaridades com o sprint americano da década de 70 correto?
Segue um vídeo do mesmo: https://www.youtube.com/watch?v=msXtgTVMcuA
Bosco
Perfeita sua explanacao.
Tbm concordo que muitas coisas na Russia e mais ainda na antiga URSS eram “acobertadas” para nao mostrarem as falhas e as deficiencias do Partido.
No meu ponto de vista os materiais de defesa russos sao mais rusticos e menos precisos mas eles tentam compensar isso com potencia e quantidade pois essa parece ser a doutrina russa. É claro que eles tbm tem sistemas avançados mas como vc bem citou seria o mesmo que tentar remontar um esqueleto de um dinossauro usando ossos de galinha.
Atualmente, depois de assistir o filme sobre Gagarin, sobre o Kursk a e mini-serie Chernobyl eu estou buscando mais informacoes sobre o fatos, mas a verdade nua e crua é, tanto a antiga URSS qnto a Russia escondem informacoes vitais do povo e principalmente da midia. No caso do Kursk parece ter havido uma falha num torpedo, o Gagarin eu simplesmente nao sei como sobreviveu naquele modulo mas o pior foi Chernobyl, ali poderia ter ocorrido uma explosao do nucleo equivalente a 2 megatons. Isso deixaria a Ukranya e a Belaruss desabitadas e contaminaria Moscow e o resto da Europa. Se uma estacao sueca nao tivesse detectado as emissoes de radiacao e repassado para os EUA captarem tudo por satelites espioes entao a URSS jamais avisaria a Europa e muita gente ia ser contaminada.
Qnto ao S-500 eis outra incognita, msmo sobre o S-400 nao se tem dados concretos.
Veremos o que se sucede.
Mas que o video é impressionante isso ele é.
MG,
Essa mania dos russos de contra-informação advém da antiga URSS e do partido comunista.
Apesar dos russos estarem tentando é difícil ensinar truque novo pra cachorro velho. Eles ainda são apegados aos velhos dogmas do comunismo e da Guerra Fria (haja vista o atual presidente ser um ex-agente da KGB) e levará ainda um bom tempo até que mudem, se é que isso vai acontecer um dia.
Quanto ao vídeo ser impressionante, sem dúvida. Os russos têm excelentes sistemas e o mais impressionante deles são seus lançamentos de mísseis a frio, do qual eles são mestres (não é o caso desse, claro) .
O que mais complica os russos não é o equipamento em si mas sim a propaganda equivocada (sempre comparando ao equivalente americano) e à contra-informação, que nos permite duvidar ou ficarmos maravilhados, conforme a preferência (e a ideologia) daquele que está recebendo a informação.
A eficácia do sistema de defesa antimísseis e defesa aérea é demonstrada pelos militares estrangeiros, incluindo o adido, em exercícios e sob acordos internacionais, entre a Rússia e os Estados Unidos. Os americanos (os militares), todos sabem perfeitamente bem, e avaliam tudo adequadamente e não têm dúvidas sobre as capacidades do sistema de defesa antiaérea e do sistema de defesa antimísseis da Rússia.
Se os editores permitirem aqui esta um link sobre a serie e com as fotos dos principais responsaveis pelo desastre em Chernobyl:
https://fiquesabendo.org/12-fotos-que-comparam-o-elenco-da-serie-de-sucesso-chernobyl-com-seus-personagens-reais/
E a história da Inglaterra no final do 14 º início do século 15, é necessário estudar o jogo de tronos na série, também é uma opção muito boa.
Além do míssil 53t6, responsável pela linha near, o sistema A-135 possui um míssil 51t6 de longo alcance em seu arsenal.
Evgeniy,
Esse míssil foi retirado em 2003.
Há informações dos russos estarem implantando um novo sistema de defesa estratégica denominado de A235, mas tudo envolto em segredo. Pode estar pronto, pode ficar pronto amanhã, pode ficar pronto daqui 10 ou 20 anos como pode não ficar pronto nunca.
Sim, há tal informação sobre a remoção do míssil 51t6 do serviço. Quando falei sobre isso, quis dizer que, para a interceptação de longo alcance, foi precisamente esse míssil que foi responsável.
Ou seja, o sistema A-135 tinha dois tipos de mísseis:
zona distante-51t6
perto de zone-53t6
O que é chamado “Nudol”, desenvolvido desde 1990.
Lançamentos de mísseis são registrados, inclusive pelo oeste, a imprensa ocidental escreve sobre isso, que, como é bem conhecido, não pode mentir para priitspe.
De onde você chegou, sobre o período de 10 a 20 anos e o colapso do sistema em geral, é desconhecido. Se você tem tanto medo do início do momento, a perda da hegemonia estratégica de Washington, então você não deve temer isso. Este momento já aconteceu e é há muito tempo, nem todo mundo pode reconhecê-lo.
Evgeniy,
Tenho dificuldades de seguir sua linha de raciocínio. Lamento pela minha falha intelectual.
Quanto a eu “temer” a perda de hegemonia de Washington rsrsss não perco um minuto do meu precioso sono com essa possibilidade. Só acho difícil que essa “perda” se dê em favor da Rússia. Talvez da China.
Aliás, prever a derrocada dos EUA é igual alguns “superdotados” preverem a morte do Silvio Santos. Um dia ela vai ocorrer, só que já fazem isso há 20 anos e até agora nada. Muito pelo contrário. O império (e o Sílvio) segue firme e não será porque o PIB foi superado que fará diferença. Os EUA ainda é a maior potência em termos econômicos, tecnológicos e militares.
Aliás, um país com população 5 x maior tem mais é que ter PIB maior mesmo.
*Diferente de alguns comunistas da Trilogia que colocam o partidão , seus líderes e sua ideologia acima de tudo, eu uso o blog só para minha distração e me divirto muito com esquerdistas lacradores.
Eu não disse nada sobre a morte dos Estados Unidos. Eu falei sobre o declínio da dominação indivisa americana, não é a mesma coisa. E PIB com uma população que não resolve muito.
Mesmo o próprio Putin não fala sobre o domínio do mundo da Rússia, de fato, a posição oficial da Rússia, esta é uma transição para um mundo “multipolar”.
E algo que eu não vejo aqui os comunistas, eles não estão aqui
Aqui está um exemplo típico da imprensa ocidental.
http://freebeacon.com/national-security/russia-conducts-successful-flight-test-of-anti-satellite-missile/
O comentarista Bosco disse:
“(…) Tudo que vem da Rússia é envolvido em contra-informação ou pura desinformação”.
Os EUA, bem como o Reino Unido e a França são primores de correção, altruísmo, honestidade e transparência. Santos entre os ímpios.
Cristo é Rei, Deus é Pai!
Que tipo de combustível esse troço usa? nunca vi um míssil com motor foguete sair tão rápido assim, mas também o angulo ajuda a dar essa impressão de velocidade, angulo mais fechado, e que sistema é esse seria parte do futuro S500?
Amigo Carlos!
Ta meio difícil alguém responder pois quase tudo é classificado.Dizem “as cabeças” que os motores e eletrônica são novos.Mas se trata dos mesmos artefatos do sistema A-135 porem bastante modificados.
E sim , a saída é impressionantemente rápida. Tb nunca vi nada igual antes.
Tb dizem que vai ter integração com S-500 mas não fará parte.
Um grande abraço!
A explicacão é simples: o combustível que esse motor usa é chamado de “edição”.
Assista ao vídeo original e verá que não há nada demais. Russos e americanos são muito bons de propaganda; isso não podemos negar.
Video original? o que postaram é de 2013, claramente o sistema antigo como fala na reportagem, é o mesmo sistema porém remotorizaram…
Agora que o Xings tem motivos pra se rasgar de elogios de forma honesta… ele some!
Vem Xings, se acaba!
Deve estar no Xinhua News…
Não costumo me entusiasmar com pequenos avanços militares russos ou chineses.
Gosto de observar as questões políticas, econômicas e estratégicas.
E estão ficando muito boas.
Parabéns pela sinceridade ao reconhecer que não se entusiasma com os pequenos avanços., que é o que eles comumente apresentam. Um dia até o mais intransigente troll tem que cair na real.
Em tempo, li a pouco que após detectarem um inexplicável aumento da destruição da camada de ozônio, algo que estava regredindo, descobriram que a culpa é de fábricas chinesas que estão usando CFC-11 para confeccionar espumas para isolamento térmico de residências, um produto banido por conversão mundial a qual eles também assinaram.
Vc não entendeu bem.
Essa demonstração do sistema russo é um pequeno avanço da já avançada tecnologia russa de mísseis.
Por isso, não me impressiona.
Quais são os sistemas ocidentais contra mísseis balísticos?
Provavelmente inferiores a esse russo.
Não existe sistema realmente eficiente contra mísseis balísticos, ninguém têm. A única chance de interceptä-los é logo após o lançamento, antes de atingirem maiores altitudes, o que deixa uma janela de tempo curtíssima, e geralmente, devido a distância, inútil.
E como interceptar um ‘bala’ com o outra ‘bala’. “…A única chance de interceptä-los é logo após o lançamento, antes de atingirem maiores altitudes…” Isso em um cenário hipotético sem ‘contra-medidas’. O único jeito é ‘torcer’ para o míssil ‘dar defeito’, rsrs.
Paulo,
Essa fase , a da impulsão, seria a mais proveitosa só que não há armas para fazê-lo. Tentou-se criar o ABL YAL-1 que não vingou. Hoje o SM-3 Block 2A é dito ser capaz de interceptação de mísseis na fase de impulsão em alguns cenários muito definidos, mas ainda está sendo implementado.
Portanto, o que se tem pra hoje são armas capazes de interceptar não o míssil, mas o seu veículo de reentrada (ogiva) depois que ela é dispersada. E isso só é possível nas fases intermediárias e terminal (quando reentram na atmosfera), através de meios já citados pelos colegas: Patriot, Arrow, THAAD, GBI, S400, SM-3, SM-2 Block IV, SM-6
Portanto, A135, etc.
Então, devo discordar da sua afirmação.
O que li a respeito até agora por parte de especialistas é que é praticamente impossível interceptar veículos de reentrada devido ao pequeno tamanho e altíssima velocidade. Inclusive dizem já haver operacionais ogivas manobráveis.
O teste de interceptação realizado pelos EUA em 2017 aconteceu nos moldes do que citei acima, hit to kill direto no míssil e não nas ogivas.
Mesmo que alguma ogiva possa ser interceptada, sera uma rara exceção e não regra, por isto afirmo que não existem defesas para estas armas, apenas tentativas de redução de danos de ínfima efetividade.
Paulo,
Desconheço qualquer teste de míssil antibalístico que tenha atingido o míssil alvo na fase de impulso.
Todos os testes que tiveram seus resultados liberados para divulgação o foram nas fases intermediárias e terminal.
Quanto maior o alcance de um míssil balístico maior é a velocidade que ele atinge e evidentemente, maior é a velocidade que ele mergulha sobre o alvo.
Para interceptar mísseis balísticos táticos (com até 300 km de alcance) , isso se faz na fase terminal, devido ao curto tempo de reação. O “voo” todo e um míssil balístico tático dura menos de 2 minutos e não há tempo hábil da defesa para fazer interceptações na fase “intermediária”. Daí, um míssil tático só ser interceptado na fase terminal.
Para interceptar veículos de reentrada de mísseis balísticos de curto alcance (300 a 1000 km) a interceptação pode ser feita na fase intermediária e na terminal.
Já RVs de mísseis de médio alcance (1000 a 3500 km) são interceptados na fase intermediária (exoatmosférica). A velocidade de reentrada é tanta que não dá tempo para a interceptação se dar na fase terminal. Um míssil desses atravessa a atmosfera em cerca de 30 segundos. Daí, ser preferível a interceptação no espaço, onde há mais tempo.
Também RVs de mísseis de alcance intermediário (3500 a 5500 km) são interceptados “solamente” na fase intermediária.
Igualmente as RVs de ICBMs (acima de 5500 km) isão interceptados na fase intermediária. Um veículo e reentrada (RV) de um míssil ICBM atravessa a atmosfera em 20 segundos.
As velocidades de reentrada dos mísseis ficam mais ou menos assim:
Míssil tático: 2 km/s
míssil curto alcance: 3 km/s
míssil de médio alcance: 4 km/s
Míssil de alcance intermediário: 6 km/s
ICBM: 7 a 8 km/s
–
Na fase terminal só mísseis com até 1000 km (mais ou menos) de alcance é que podem ser interceptados.
Mísseis com alcance acima de 1000 km são interceptados na fase intermediária (no espaço)
Os russos,com seu sistema A135 , interceptam RVs de ICBM na fase terminal (endoatmosférica) porque usam ogivas nucleares. Como os americanos fizeram no passado com seu míssil Sprint junto ao sistema Safeguar, que compunha com o míssil Spartan a defesa contra ICBMs soviéticos.
Mas a regra é que se você não for usar uma ogiva nuclear, a interceptação RVs de mísseis de médio alcance, alcance intermediário e ICBMs se dê no espaço, na fase intermediária, preferencialmente utilizando o conceito hit to kill (impacto direto).
O SM-3 Block IIA que está entrando em operação tem alta velocidade ( 4,5 km/s ) e em algumas situações (exemplo: um navio no litoral interceptando um míssil lançado pela Coreia do Norte) pode alcançar um míssil balístico ainda na fase de impulso ou logo após (fase intermediária de ascensão, antes do míssil atingir o apogeu e começar a descida) , mas não é a regra.
A regra é que diante das limitações tecnológicas atuais a fase de impulso está praticamente inacessível na prática.
No futuro, com interceptadores posicionados em órbita, com estações laser orbitais ou com drones stealth com lasers, mísseis balísticos poderão ser interceptados nessa fase.
OK. Suas explicações são muito boas e abrangentes. Agradêço- lhe por compartilhar.
Paulo,
E eu agradeço que ainda há pessoas como você capaz de abrir a mente e tentar absorver algo. Nesses tempos de “pós verdade” isso é cada vez mais raro. Parabéns!
kkkkkkk AEGIS é o melhor sistema.
EUA:
SM-3
SM-6
THAAD
PAC-3
Nisso os EUA são até mais adiantados que a Rússia.
EUA:
SM-3
SM-6
THAAD
PAC-3
Nisso os EUA são até mais adiantados que a Rússia.
——————
Nenhum dos mísseis listados, 53t6 analógico não é. Mesmo GDI não é um análogo.
So uma correção : GBI – Ground-Based Interceptor.
No restante – concordo..
AEGIS, THAAD, Arrow, GMD.
Não Tudo isso está errado. Análogo remoto será GMD.
Mas o caminho para interceptar é diferente. 53t6, não um interceptador cinético
Goku no nível Deus Super Saiyjin BLUE , ou Thanos com as jóias do infinito !esse negócio e de outro mundo.
Se está funcional e passou nos testes então pronto, parabéns aos Russos.
Se não estou enganado, não e esse sistema que detonar uma ogiva nuclear para detonar os misseis na estratisfera?
ENEM?É Voce?
Bom, parece existir alguma divergência sobre o que foi testado, mas o projeto original do 53T6 previa a utilização de uma ogiva nuclear sim. O Globalsecurity.org afirma sobre o 53T6 (original):
“The A-135 ABM system includes phased-array radars, a command center and launchers, which fire two types of interceptor missiles, the long-range 51T6 and the short-range 53T6, both designed to be tipped with nuclear warheads to eliminate any incoming nuclear warheads with a nuclear blast in the air.
The 10-meter-long 53T6 missile is reportedly capable of carrying a 10-kiloton nuclear warhead to a range of 80 kilometers at a speed of three kilometers per second. The defensive system, operational since 1995, reportedly used 68 launchers for 53T6 interceptors at five launch sites with 12 or 16 missiles each. It also initially employed 16 launchers for 51T6 interceptors at two launch sites with eight missiles each.”
Maduro vai comprar 7 desses…
Enquanto os Russos atualizam seus sistemas de defesa e ataque…os estadunidenses ainda operam Tridents 2 da década de 1980 e projetos ainda mais antigos como o Minutemen 3 da década de 1970…..por mais que recebam novas atualizações como propugnador de foguete sólido ou computador de voo mais modernos…tratam-se de projetos hoje completamente obsoletos e defasados…isto sem falar dos seus “Abacaxis”…que cada vez mais vão provocando um gap em relação aos Russos e Chineses…
Cavalo do Cão,
Só recentemente (década de 90 e 2010) a Rússia com seus Topol e Bulava conseguiu atingir o nível tecnológico dos Minuteman (60) e Trident (90) .
O Minuteman ainda é plenamente adequado mas está chegando ao fim de sua vida útil e forçosamente será substituído. Já o Trident permanecerá, atualizado.
O ápice da tecnologia em ICBM dos EUA continua a ser o Peacekeeper: 40m de CEP, 10 ogivas contra 240m de CEP e 3 ogivas do Minuteman III (a rigor 1, porque hoje cada Minuteman III tem apenas uma ogiva instalada).
A grande verdade é que para a estratégia nuclear dos EUA, ICBM são inúteis; servem apenas para atraírem o ataque adversário que desta forma é obrigada a despender suas ogivas em alvos de importância menor. A verdadeira dissuasão nuclear dos EUA está nos SLBM Trident II: Até 12 ogivas, CEP 90m.
Jacinto,
Digno de nota também é o míssil ICBM “miniatura” Midgetman que com apena 13 t levaria uma ogiva de 500 Kt a 12000 km e seria móvel, montado em caminhão.
Ele comporia junto com o MX (Peacekeeper) a “perna” nuclear americana de chão. E isso há mais de 30 anos.
A “aparente” paralisação no desenvolvimento de mísseis ICBMs dos EUA nesses 30 anos se deve à imensa dianteira tecnológica que os EUA tinham, só agora atingida pela Rússia.
* O Minuteman III teve uma atualização nos anos 2000 onde seu CEP foi reduzido para 120 metros, junto com a compatibilização do veículo de reentrada Mk-21.
Onde a R-36, a UR-100 e a R-39 desapareceram em todas as suas variantes, a história parece ser silenciosa.
E os fanboys piram. Essa Rússia, vou te contar, só me dá orgulho
Hahahahaha…
Você é cômica 100zinha. rsrsss
Pessoal,
Tenhamos honestidade intelectual. Todo mundo sabe da qualidade dos mísseis russos e até da superioridade deles em relação aos mísseis antinavios , mas não há o que se falar que os russos têm melhor equipamento no tocante à capacidade antibalístico.
É claro pra qualquer um com entendimento mediano sobre o tema e despojado de paixões, que rol de sistemas à disposição dos EUA é muito mais amplo, variado e efetivo.
Pra começar, se levarmos em conta que mísseis interceptadores atuam dentro (abaixo de 100 km de altura) e fora a atmosfera (acima de 100 km de altura) , já constatamos que só os EUA possuem sistemas que atuam nos dois níveis.
Se levarmos em conta que há 3 níveis de interceptação possível (impulso, intermediário e terminal), novamente só os EUA se propõe a interceptar nos 3 níveis.
Os sistemas russos, notadamente o S300V, o S400 e o A135 atuam única e exclusivamente no nível endoatmosférico e na fase terminal.
Com a entrada em operação do sistema S500, que ainda é uma incógnita, é que os russos irão ter sistemas equiparáveis ao THAAD e ao SM3.
Ou seja, os russos estão muito atrás nessa corrida e não há nenhum demérito nisso. Foi escolha deles tendo em vista que no passado recente “todos” os mísseis balísticos táticos eram de procedência da ex-URSS. O que forçou o desenvolvimento de mísseis ATBM (míssil anti míssil balístico tático), o que redundou no sistema Patriot com o Patriot PAC-2.
Como o Evgeny disse, o GBI não é um análogo ao 53T6 porque o último é um míssil antimíssil com ogiva nuclear, com alcance de 80 km e feito para proteger Moscou, atuando no nível endoatmosférico e na fase terminal das ogivas atacantes.
O GBI é um míssil com 5000 km de alcance horizontal e 1500 km de altitude, capaz de proteger quase todo o território continental dos EUA (não o faz porque não há mísseis GBI na costa leste), atua por impacto , na fase intermediária e fora da atmosfera (evidentemente).
Os mísseis americanos com capacidade antibalístico são:
PAC-2 GEN
PAC-3
PAC-3 MSE
THAAD
SM-3 Block I
SM-3 Block IIA
GBI
SM-2 ER Block IV
SM-6
–
Os sistemas russos são:
S300
S400
A135
Honestidade intelectual?
Não está pedindo muito?
Os Russos escolheram investir em Guerra eletrônica e Misseis pois sabiam que não poderiam ser superiores na aviação, e na maioria das vezes conseguem ser melhor nesses quesitos
Bosco…Bosco….Bosco…
O que eu faço com você?
Você falando em “honestidade intelectual” e “despojamento de paixões” chega a ser hilário.
53t6m:
área mínima afetada 5 km.
máximo mais de 100 km.
raio maior que 100 km.
O novo míssil 9m82MV tem um raio de 350-400 km e uma altura de 35 km. Além disso, a nova cabeça de retorno ativa.
O complexo THAAD atinge apenas alvos que imitam o antigo complexo R-17. É duvidoso que ele possa repelir o impacto de novos mísseis, como o Iskander. Em um golpe maciço, THAAD, também não é testado.
Evgeniy,
Na verdade o Iskander é um míssil semibalístico Mach 5 ou 6 e ele pode muito bem ser abordado pelo sistema Patriot, endoatmosférico quando mergulhasse sobre o alvo, descendo de seu nível de 50 km de altura.
O THAAD seria mais bem indicado para ameaças balísticas de curto e médio alcance, mas talvez possa ter alguma função contra o Iskander, mas nunca vi nada a respeito.
Quando utilizado para atacar alvos a grande distância, sistemas como o S-400 utilizam o radar do próprio míssil para detectar os alvos…os dados do radar do próprio missil são enviados para o sistema de controle que os interpreta e dirige o míssil…ao contrário dos sistemas dos eua o S-400 não precisa rastrear o alvo…
o sistema THAAD tem alcance mais curto que o Russo e é incapaz de atingir alvos além do horizonte…é meramente apenas um sistema de mísseis antibalísticos projetado para derrubar foguetes…o S-400 é o único complexo de mísseis no mundo capaz de atingir alvos localizados além do horizonte…o S-500 segundo informações dispersas publicadas pela imprensa Russa terá capacidade para atingir mísseis balísticos a distâncias de 3500km…
o ballistic sistema aegis missile defense(aegis BMD) é um programa de defesa de mísseis desenvolvido para fornecer defesa contra mísseis balísticos de curto e médio alcance…mas o sistema aegis BMD não tem a capacidade de interceptar mísseis balísticos intercontinentais embora versões futuras possam ter alguma capacidade de interceptação mas limitada…não têm nem a metade do intervalo para neutralizar ICBMs e até mesmo IRBMs em arcing overhead…
Tau,
Sua informações são equivocadas e mal interpretadas. Você não está vendo o quadro todo.
O sistema a que você se refere denomina-se TVM e foi utilizado pela primeira vez no Patriot PAC-1 na década de 80. Só muito tempo depois o sistema foi reproduzido pelos russos. Há ampla referência a respeito no site “ausairpower”.
Quanto ao sistema S400 não precisar de rastrear o alvo é um completo equívoco de sua parte. Mesmo quando utilizando os mísseis 9M96 e 40N6 (os únicos com radares ativos e este último sequer em operação) resta claro que alvos aéreos a longa distância precisam ser rastreados por radares de terra que orientam os mísseis até o ponto em que o radar ativo do míssil assuma o controle e isso se dá a curta distância (algo em torno de 20 km para alvos do tamanho de bombardeiros).
Quanto ao sistema THAAD ter alcance mais curto que o russo, você se refere a qual sistema russo? Os russos sequer têm algo equivalente ao THAAD.
Se você se refere ao alcance de 200 km do THAAD em comparação com os 250 km do S400, você está comparando maçãs com bananas. O alcance do THAAD, que é exclusivo contra ameaças balísticas (e hipersônicas?) de 200 km se refere a ameaças balísticas enquanto o alcance de 250 km do S400 se refere a ameaças aerodinâmicas. O desempenho do S400 contra ameaças balísticas não excede 50 km. Portando, o sistema americano tem desempenho pelo menos 4 x maior que o sistema russo.
Quanto a capacidade de atingir alvos “além do horizonte”, você novamente se equivoca. Esse conceito dificilmente se aplica a mísseis balísticos tendo em vista que devido às altitudes envolvidas as RVs podem ser rastreadas a milhares de quilômetros de distância.
Esse conceito de “OTH” se aplica no caso de engajamentos abaixo do horizonte radar onde os “alvos” estão voando baixo (ou contra navios) mas mesmo assim implica no rastreamento dos alvos via uma aeronave AEW ou semelhante.
Em relação ao S500 ter 3500 km de alcance, vale salientar que ele não existe e papel e tela de computador aceita tudo. Mas não há nada demais nisso tendo em vista que ao que parece, ele se propõe a ser um interceptador exoatmosférico e esse tipo de interceptador tem naturalmente longo alcance tendo em vista o vácuo do espaço. Em termos de comparação o SM-3 block IIA tem alcance equivalente.
O que difere é que os russos colocam vários mísseis diferentes sob uma mesma denominação enquanto os americanos não, nominando classes diferentes de forma diferente.
Quanto ao sistema Aegis, sim, ele foi desenvolvido inicialmente para interceptar mísseis balísticos de curto e médio alcance, mas o novo SM-3 Block IIA o possibilita a engajar ameaças de mísseis de alcance intermediário e ICBMs.
De qualquer forma , o sistema que foi pensado para defender os EUA continental de ICBMs é o GMD, que utiliza o míssil GBI, capaz de cobrir um raio de 5000 km ou mais.
Tau,
Sem querer ser deselegante mas você possui “gaps” de informação e completa essas falhas com dados da sua própria cabeça, em vez de ir atrás da informação que falta. Isso não lhe permite enxergar o quadro todo e o que se tem é um mosaico distorcido da realidade.
Os russos possuem atualmente 4 sistemas ABM. A saber:
S300P/F: utiliza os mísseis 48N6 com 200 km de alcance contra alvos aéreos e orientação por TVM;
S300V/VM: utiliza os mísseis 9M82 e 9M83 com 200 km de alcance contra alvos aéreos, com orientação por radar semi-ativo;
S400: introduziu os mísseis 9M96 com até 120 km de alcance contra alvos aéreos, com orientação por radar ativo;
A135: utiliza os mísseis 53T6 com 80 km de alcance horizontal e ogiva nuclear, fixos, lançados de silos, para defender Moscou, com guia inercial (e provavelmente alguma correção via comando de rádio).
–
*Contra alvos balísticos há uma degradação do desempenho de pelo menos 4 x.
Já que citei os sistemas ABMs russos vou citar os sistemas americanos, que também são 4, com 9 mísseis:
Patriot: com os mísseis PAC-2 GEM guiado por TVM e com 160 km de alcance contra alvos aéreos; PAC-3, PAC-3 MSE, com 120 km de alcance contra alvos aéreos e guiados por radar ativo;
THAAD: com mísseis com 200 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR;
Aegis: com mísseis SM-2 Block IV com 240 km de alcance contra alvos aéreos e guiado por terminal semi-ativo; míssil SM-6 com 240 km de alcance contra alvos aéreos e guiado por uma combinação de terminal semi-ativo e radar ativo; SM-3 block I, com 800 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR, SM-3 Block IIA, com 2500 km de alcance e guiado por IIR
GMD: com mísseis GBI com 5000 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR.
Tau kkkkkkk imgino o oficial russo com uma bolinha de cristal tentando adivinhar se tem ICBM no ar ou avião inimigo kkkkkkk e de que direção ele vem kkkkk não precisa do radar kkkkkkkk
“Bosco
Tau,
Sua informações são equivocadas e mal interpretadas. Os russos sequer têm algo equivalente ao THAAD.O desempenho do S400 contra ameaças balísticas não excede 50 km. Portando, o sistema americano tem desempenho pelo menos 4 x maior que o sistema russo.Quanto ao sistema Aegis, sim, ele foi desenvolvido inicialmente para interceptar mísseis balísticos de curto e médio alcance, mas o novo SM-3 Block IIA o possibilita a engajar ameaças de mísseis de alcance intermediário e ICBMs.De qualquer forma , o sistema que foi pensado para defender os EUA continental de ICBMs é o GMD, que utiliza o míssil GBI, capaz de cobrir um raio de 5000 km ou mais.
Patriot: com os mísseis PAC-2 GEM guiado por TVM e com 160 km de alcance contra alvos aéreos; PAC-3, PAC-3 MSE, com 120 km de alcance contra alvos aéreos e guiados por radar ativo;
THAAD: com mísseis com 200 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR;
Aegis: com mísseis SM-2 Block IV com 240 km de alcance contra alvos aéreos e guiado por terminal semi-ativo; míssil SM-6 com 240 km de alcance contra alvos aéreos e guiado por uma combinação de terminal semi-ativo e radar ativo; SM-3 block I, com 800 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR, SM-3 Block IIA, com 2500 km de alcance e guiado por IIR
GMD: com mísseis GBI com 5000 km de alcance contra alvos balísticos e guiado por IIR.”
Ninguém aqui tem acesso as informações operacionais dos sistemas desenvolvidos por aquela gente…nem mesmo eles lá sabem sobre a capacidade real um do outro…o que vc faz aqui é apenas inferir sobre informações genéricas de divulgação publica de folhetos de fabricantes e marqueteiros…
A Tau,
Então ficamos impossibilitados de tecer qualquer tipo de comentário sobre qualquer tipo de assunto militar de quem quer que seja porque só o que temos são informações do fabricante e dos usuários e estimativas de alguns especialistas quando os dois primeiros não fornecem os dados.
Melhor conversarmos sobre culinária e arranjo floral.
“Patriota” intercepta apenas o velho R-17, ou seus imitadores, e depois com a ajuda de Deus. Contra alvos de manobra balística, sua eficácia é desconhecida.
O complexo THAAD tem um teto de interceptação muito alto para fins do tipo Iskander.
Sim, é capaz de repelir golpes, os mísseis hussitas, mas sua eficácia, mesmo contra novos mísseis iranianos, é desconhecida.
Pelos padrões russos, “patriota” não é mais um sistema muito novo. Sim, moralmente, não está desatualizado ainda, mas o tempo está trabalhando contra o sistema de defesa aérea ocidental, em sua forma atual.
Evgeniy (RF)
Se você for usar este padrão de análise, se tem algo cujo desempenho é desconhecido em situações reais são os sistemas russos. O S-300 tem 40 anos e uso e até hoje nunca foi usado em combate, apenas em treinamentos e exercícios. O S-400, que é uma evolução do S-300, está na mesma situação. Não estou afirmando que são mais ou menos eficientes, mas se o padrão de análise é sua eficácia real, os sistemas russos são verdadeiras incógnitas.
A eficácia dos sistemas russos é constantemente monitorada nos exercícios, sou eu sobre o S-300 e o S-400. Verificado na presença de adidos militares estrangeiros.
Por nível, treinamento, os oficiais das Forças de Defesa Aérea são considerados os mais preparados (se você não levar em conta o SSO).
Coisas como defesa aérea, ninguém está brincando, pelo menos na Rússia.
Incluindo cheques intermitentes constantes sem aviso prévio.
A questão a não é a de estar brincando, ou a de ter ou não treinamento. A questão é de uso real do equipamento. Não existe nenhum disparo de um S-300 ou S-400 em combate, apenas em simulações e treinamentos. Nem um disparo em combate e já são mais de 40 anos de operação.
Então não houve briga.
Embora a própria descoberta de tal sistema em serviço, já é um poderoso impedimento.
O mesmo pode ser dito sobre armas ocidentais ou chinesas.
Evgeniy,
O Patriot da Guerra do Golfo não é o Patriot de hoje. O míssil PAC-1/2 passou por pelo menos 6 atualizações e ainda não se viu o desempenho real do PAC-3 e nem do novo PAC-3 MSE. E o míssil Stuner (David’s Sling) está sendo integrado ao sistema, o que irá aumentar a flexibilidade e a letalidade do sistema.
Os radares do sistema Patriot também foram atualizados havendo duas versões com diversas atualizações e está entrando em operação um novo radar AESA em GaN com capacidade de vigilância em 360º.
Um sistema Patriot “em estado da arte” é dito ser capaz de “neutralizar” ameaças balísticas com até 3,5 km/s em altitudes de até 35 km e num raio de 40 km.
O THAAD está também passando por atualizações e se aventa a instalação de TRMs de GaN no radar TPY-2. Também está em desenvolvimento o THAAD-ER, que terá 3 x melhor desempenho que o interceptador atual.
Em relação aos sistemas ABM navais, digno de nota é a futura entrada em operação dos destróieres AB FIII com radares AESA de GaN , o AMDR SPY-6, com desempenho muitíssimo melhor que o velho PESA SPY-1 do Aegis.
A isso se soma o míssil SM-6 (endoatmosférico) e o avançadíssimo SM-3 Block IIA (exoatmosférico) que entrou em operação recentemente, com desempenho 3 x melhor que o SM-3 Block I. Também em desenvolvimento está o SM-6 com sua versão Block II, que terá sua capacidade antibalístico incrementada.
Em relação ao sistema GMD, que protege os EUA com mísseis GBI, também está passando por importantes atualizações que o fará bem confiável contra ataques limitados de ICBMs contra o território americano. No futuro há previsão para a inclusão da capacidade de “múltiplos veículos de destruição cinética” que irá possibilitar ao sistema GMD lidar com ataques de média escala. Um único GBI poderá interceptar de 6 a 8 RVs.
Mísseis como o Iskander e o ATACMS exploram uma faixa não coberta por sistemas AA e antibalísticos endoamosféricos que é algo entre 35 e 50 km de altitude. Isso dificulta a interceptação de tais ameaças na fase intermediária do voo mas uma hora tais mísseis terão que mergulhar contra seus alvos e aí eles podem ser interceptados. A “janela de interceptação” é restrita mas não impossível.
Eu quis dizer, é a versão moderna do sistema “Patriota”.
P.S. S-300P e S-300V são sistemas de defesa aérea, não de defesa antimíssil. O mesmo é verdade para o C-400. Apesar da possibilidade de interceptar alvos balísticos.
O sistema de defesa antimísseis na Rússia será o A-135.
Exato. S400 e THAAD são sistemas de interceptação distintos. O primeiro atua contra alvos aerodinâmicos (dentro da atmosfera),o segundo contra alvos balísticos ( inclusive fora da atmosfera).
Ambos são o que existe de melhor dentro das suas respectivas areas de atuações.
Não entendo como isso funciona porque se a Rússia está tipo a 10.000 Km dos Estados Unidos como é que um míssil só vai ter 50 km de alcance você vai destruir o mês eu já em cima do seu território é isso?
Tudo é muito simples, o sistema A-135 deve derrubar blocos de mísseis de combate que voam até a região industrial de Moscou e a própria Moscou.
Nonato,
É isso. É como a defesa de ponto de navios. Se o míssil for lançado de um avião a 300 km e não for interceptado, resta ele sê-lo por um CIWS a 1000 metros do navio.
O mesmo ocorre com a defesa contra um ICBM. Ela pode se dar na fase de impulso, na fase intermediária e na fase terminal.
Sabemos que não há como interceptar um ICBM na fase de impulso (ainda). Sobram as fases intermediária (no espaço) e final (com as “ogivas” dentro da atmosfera).
No caso, os russos não têm ainda um sistema que intercepte ogivas no espaço e o 53T6 intercepta na fase terminal, dentro a atmosfera, utilizando uma ogiva nuclear de baixo rendimento para neutralizar a ogiva. Caso a ogiva não seja “desintegrada”, uma imensa emissão de nêutrons proveniente da detonação nuclear pode neutralizar o “arranjo” do dispositivo nuclear dentro da ogiva e fazê-la não detonar, caindo inofensiva.
Deveria destruir o missil bem distante se a distância for 10000 km o ideal seria destruir a 5000 km de distância. E como fica se destrói o míssil em cima do território? A ogiva nuclear não explode, não cai em cima do território alvo?
Nonato,
A detonação nuclear do míssil interceptador se dá em grande altitude, o que praticamente elimina a onda de choque e pela distância, os efeitos da radiação emitida.
A ogiva é de baixa potência (menos de 2 Kt) e não causaria dano embaixo.
De qualquer forma é melhor uma ogiva de 2 Kt detonar a 40 km de altura do que uma de 300 Kt detonar a 1 km de altura.
Quanto à fase de interceptação de um ICBM, a fase intermediária (logo após o motor foguete ser “desligado’) é a mais longa e dura uns 25 minutos, uns 2 a 3 minutos dura a fase de impulso e uns 20/30 segundos dura a fase terminal.
O que você propõe é que os RVs (veículos de reentrada) sejam interceptados a 5000 km, ou seja, na fase intermediária, que é a mais longa.
Essa fase apresenta um problema para os defensores já que é a fase em que os “decoys” foram ejetados junto da (das) ogiva (s) e é difícil discernir o que é ogiva real e o que é ogiva falsa.
Em geral, mesmo na fase intermediária, a distância de interceptação se dá mais perto do que 5000 km, após o apogeu no míssil e na fase onde ele está descendo.
Por exemplo, o míssil americano GBI tem alcance de cerca de 5000 km e poderia fazer isso que vc propôs no limite de seu alcance, já o SM-3 Block 2A o faria a menos de 3000 km.
Os russos estão agora desenvolvendo sistemas de interceptação de mísseis balísticos na fase intermediária, o S500 e o sistema S235, mas pouco sabemos sobre eles, mas até agora, todos os sistemas operacionais fazem interceptação na fase terminal (fase endoatmosférica).
Os ICBMs se diferenciam dos demais mísseis por possuírem um alcance e velocidades maiores do que os mesmos….em fase de reentrada o impacto ocorre numa velocidade de até 4 km/s o que torna a interceptação por meio de sistemas anti-aéreo impossível….sistemas como o SS-18 Satan levam para o território do inimigo potencial vários blocos de combate não deixando chance ao sistema de defesa antimíssil…
a Rússia domina a maior tecnologia de misseis de cruzeiro intercontinentais do mundo…ICBMs como o SS-18 e o Topol-M são projetados para serem imunes a sistemas de defesa anti-mísseis…são capazes de fazerem manobras evasivas em seu curso/trajeto para evitar interceptores e carregam um complexo de contramedidas e chamarizes…
de acordo com o The Washington Times a Rússia realizou um teste bem sucedido do sistema de entrega de carga útil evasiva…o míssil foi lançado no dia 01 de novembro de 2005 a partir da Kapustin Yar…a ogiva mudou de rumo depois de separar-se do lançador o que torna difícil prever a trajetória de reentrada… uma das características do Topol-M é a sua tecnologia capaz de minimizar a detecção por satélite de lançamentos e assim complicar a capacidade de alerta precoce e interceptação por sistemas de defesa antimísseis na fase de impulso…. o míssil também tem uma trajetória balística relativamente plana o que complica a aquisição de defesa e interceptação….
um novo míssil sucessor do Topol-M o RS-24 equipado com vários veículos de reentrada(MIRV) esta sendo incorporado ao arsenal nuclear da Rússia…desde 2010 os Topol-M vem sendo gradualmente substituídos pelos os novos e mais avançados RS-24….enquanto os Russos atualizam seus arsenais nucleares…os estadunidenses ainda operam Tridents 2 da década de 1980 e projetos ainda mais antigos como o Minutemen 3 da década de 1970…..por mais que recebam novas atualizações como propugnador de foguete sólido ou computador de voo mais modernos…tratam-se de projetos obsoletos e defasados…
ICBMs modernos carregam MIRVs cada qual carregam uma ogiva nuclear separada permitindo um único míssil acertar múltiplos alvos…. o que se mostrou ser uma “resposta fácil” para desenvolvimentos de sistemas SAB pe menos caro para adicionar mais ogivas para um sistema de míssil existente do que para construir um sistema SAB capaz de abater as ogivas adicionais… então a maioria dos sistemas SAB são julgados impraticáveis….
mesmo que a Rússia seja pulverizada ou atacada primeiro, sistemas como o Perimeter garantem a aniquilação do agressor…o sistema foi projetado para resistir ao bombardeio nuclear e permanecer inativo durante a fase de Armageddon…..no caso de não ter contato com seres humanos presume o pior e automaticamente lança mísseis nucleares programados contra o ocidente…..
os Russos sempre se mantiveram na vanguarda da tecnologia e do desenvolvimento de ICBMs…foram os pioneiros na criação e no desenvolvimento destas armas….que se deu no final dos anos 50……fotos de silos de mísseis soviéticos lançaram uma onda de pânico nos militares estadunidenses algo parecido com o que tinha acontecido uns anos antes quando do lançamento do Sputnik 1…políticos estadunidenses entre os quais o senador John Kennedy sugeriram que se fizesse uma trégua entre os dois países….no entanto tratava-se de um estratagema político e a administração estadunidenses sabia que não seria possível uma situação destas sem pôr em causa a segurança militar…um possível resultado desta situação poderia ser os soviéticos pensarem que existia de fato alguma vulnerabilidade e sentirem-se tentados a atacar…..depois de Kennedy ter sido eleito presidente em 1960 a trégua foi convenientemente esquecida e foi dada a maior prioridade nacional ao desenvolvimento de programas militares como o avião-espião e o satélite de reconhecimento que foram desenhados e produzidos para verificar o progresso dos soviéticos….
Equilíbrio de forças garante a paz….
Russian Road Rage :
https://www.youtube.com/watch?v=IMjnQ1dvlJM
Oise,
Me perdoe mas você está equivocado em diversos pontos. A saber:
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1- você confunde o termo “míssil de cruzeiro” com “míssil balístico”. Dada à complexidade do tema isso não teria nada demais, só que é no mínimo estranho vindo de alguém que se dispõe a discutir sobre o tema com tal autoridade;
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2- a velocidade de reentrada de RVs de ICBMs é da ordem de 7 a 8 km/s;
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3- o míssil americano que em tese é capaz de interceptar RVs de ICBMs é o GBI (interceptador baseado no chão) e para tanto ele o faz na fase intermediária, quando as RVs estão no espaço, nessa fase mesmo que os RVs (veículos de reentrada) sejam “manobráveis”, elas não manobram, portanto, tanto faz se são MaRVs (veículos de reentrada manobráveis) ou não. RVs manobráveis (MaRVs) só o fazem na fase terminal , dentro da atmosfera. Os americanos não adotam interceptação endoatmosférica na fase terminal para interceptar RVs de ICBMs. Apenas os mísseis balísticos táticos (TBM), de curto alcance (SRBM) e de médio alcance (MRBM) são passíveis de serem interceptados na fase terminal.
Os russos não têm nenhum MaRV operacional e mesmo que tenham, é retórica putinesca que elas são invulneráveis às defesas antibalísticas americanas porque a interceptação se daria no espaço e elas manobrariam na atmosfera.
O que faz os RVs russos invulneráveis aos mísseis antibalísticos americanos é a capacidade que tem os russos de saturarem as defesas e sequer os sítios dos GBI estão posicionados levando em conta um ataque russo. Os sítios situados no Alasca e na Califórnia são voltados à defesa de um ataque de mísseis balísticos oriundos da China e da Coréia do Norte. A defesa contra um ataque russo é a certeza de um contra ataque arrasador. Doutrina essa denominada de “MAD” (destruição mútua assegurada).
Um arma que tem potencial de se evadir do GBI seria o veículo planador hipersônico (HGV) Avangard. Esse, por “voar” (logicamente dentro da atmosfera) está imune ao GBI e ao (SM-3/2A ????) pelo simples fato destes operarem no espaço.
A arma mais adequada para interceptar o Avangard seria o THAAD e o novo THAAD-ER que está sendo desenvolvido.
*O novo SM-3 Block IIA pode ter alguma eficácia contra ICBMs, mas tal afirmação ainda é incerta.
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4- você tem o direito de fazer a leitura que quiser da realidade, mas ela não corresponde aos fatos. Independente dos russos terem colocado primeiro um satélite em órbita ou um astronauta em órbita, fato é que eles ficaram atrás na corrida ao míssil balístico intercontinental e isso é facilmente observável pela comparação evolutiva dos diversos sistemas de armas de cada país.
Os grandes avanços na tecnologia ICBM pode se resumir em:
1- colocação em operação do primeiro ICBM operacional;
2- colocação em operação do primeiro ICBM com combustível sólido que permitia um menor tempo de resposta e o lançamento a partir de silos subterrâneos e de submarinos mergulhados:
3- colocação em operação do primeiro ICBM com ogivas múltiplas com alvos independentes;
4- colocação em operação do primeiro SLBM nuclear estratégico;
5- colocação em operação do primeiro SLBM com capacidade MIRV;
6- colocação em operação do primeiro ICBM com precisão inferior a 1000 pés;
7- colocação em operação do primeiro ICBM com tempo de resposta curto o suficiente para ser lançado antes da chegada dos mísseis inimigos;
8- colocação em operação do primeiro míssil com MRVs (veículos de reentrada múltiplos);
9- colocação em operação do primeiro MaRV (veículo de reentrada manobrável)
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1- o primeiro ICBM operacional foi o americano Atlas, em outubro de 1959, seguido pelo russo R7A em dezembro de 1959 (empate técnico);
2- o Polaris foi o primeiro ICBM de combustível sólido do mundo em 1959 e o Minuteman em 1961;
3- o Minuteman III foi o primeiro ICBM do mundo a lançar MIRVs, em 1966;
4- o Polaris foi o primeiro SLBM operacional do mundo em 1959, com combustível sólido , ogiva nuclear e 4500 km de alcance;
5- o Poseidon foi o primeiro SLBM operacional do mundo capaz de lançar MIRVs, operacional em 1971;
6- o Minuteman III foi o primeiro ICBM a atingir CEP menor que 1000 pés , sendo um divisor de águas da missilística na época já que pemitiu que o foco dos ICBMs fossem os silos subterrâneos do inimigos e não as cidades do inimigo;
7- o Minuteman I foi o primeiro ICBM a poder ser lançado antes que a primeira leva de ogivas soviéticas “aterrissassem” em solo americano;
8- o primeiro míssil com MRvs foi o Polaris, capaz de saturar as defesas antimísseis do inimigo;
9- o primeiro míssil operacional com uma MaRV (veículo de reentrada manobrável) foi o Pershing II, na década de 80.
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Tendo esses dados em mente é difícil creditar aos soviéticos a vanguarda na tecnologia de mísseis balísticos.
Esse quadro é bastante revelador para quem tiver paciência:
A dificuldade de interceptação de RVs de ICBMs na fase intermediária não é o míssil assumir uma trajetória baixa e muito menos ele ter ogivas manobráveis (MaRVs), já que como disse, elas só são manobráveis na fase terminal (de reentrada na atmosfera).
A dificuldade está em se discernir o que é um RV real e o que são “iscas” ou “destroços” ou “chamarizes” , de um RV real.
Para se discernir uma RV real de uma isca se faz necessário o concurso combinado de radares de alta frequência na superfície operando na banda X.
Essa é a verdadeira “guerra” tecnológica que está em curso hoje e não nada do tipo “ogivas manobráveis invulneráveis ao escudo antimíssil”, como amplamente divulgado pelo Sr. Putin.
Bosco, no frigir dos ovos, o que me interessa é o seguinte: o Iêmen, um dos países mais pobres do mundo e sem tecnologia militar, atingiu com mísseis a Arábia Saudita, país que, segundo lista do International Institute for Strategic Studies (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_gastos_militares) é o terceiro país que mais gasta com despesas militares, à frente da Rússia. E o sistema de defesa anti-míssel deles não consegue parar o Iêmen
Já a Rússia, não preciso dizer nada: arrasou e arrasa na Siria.
Você já admite que o Avangard está operacional ou próximo disso?
Mabeco,
Sou mais a opção “10 anos para ter seu desenvolvimento concluído e mais 5 para estar operacional”. Ou seja, lá por 2035.
Vale salientar que a Rússia não precisa do Avangard para destruir os EUA.
O medo dos russos é relacionado ao desempenho do SM-3 Block IIA mais do que a possibilidade dos americanos instalarem mísseis GBI na costa leste, que teria capacidade de interceptar mísseis russos. Além do desenvolvimento do GBI a ponto de ser capaz de interceptar múltiplos veículos de reentrada.
Mas essa capacidade defensiva americana ainda está longe de ser densa e consistente a ponto de ameaçar a doutrina MAD. Putin sabe disso mas usa a retórica de se defender do ameaçador “escudo antimíssil” para consumo interno.
Os russos alegam que o Avangard é impossível de ser interceptado por voar na atmosfera ficando à salvo dos interceptadores exoatmosféricos GBI e SM-3 (até aí , tudo bem) e que por ele manobrar seria impossível de ser interceptado por um míssil interceptador endoatmosférico (como o THAAD ou o SM-6).
Ora! Desde quando a manobrabilidade é impedimento para interceptação?
Pode até ser um fator complicador, mas está longe de ser um impedimento hoje e ainda menos o será daqui a 15 anos.
Se eu fosse um planejador militar eu não trabalharia com um prazo tão dilatado. De qualquer forma, respeito sua proficiência.
“CESAR ANTONIO FERREIRA
O comentarista Bosco disse:
“(…) Tudo que vem da Rússia é envolvido em contra-informação ou pura desinformação”.
Os EUA, bem como o Reino Unido e a França são primores de correção, altruísmo, honestidade e transparência. Santos entre os ímpios.
Cristo é Rei, Deus é Pai!”
É sempre o mesmo argumento ad nauseaum…os eua são o pilar da virtude e da humanidade…os eua nunca fizeram nada de ruim ou de errado!…se fizeram era porque era o certo a fazer e mimimi…engraçado esse pessoal…tudo o que é contra os eua ou é mentira ou tem alguma justificativa…é impressionante como enaltecem esta gente…como dão mais valor a eles do que a própria nação onde vivem…para este pessoal é uma nação imaculada…que nunca sofreu perda…nunca conheceu derrota ou ficou pra trás em nada em sua historia…nunca fizeram algo de ruim ou de errado…tudo de ruim e de errado é mentira ou tem alguma justificativa…no final das contas quem perde a credibilidade e a moral são eles mesmos…que se mostram pessoas extremamente alienadas, parciais e clubistas…como diz o ditado: “O meu amigo não tem defeito, já o meu inimigo senão tiver, eu invento”…
Cavalo… Cavalo… Cavalo…
O que eu faço com você e com seu cumpanhero César (o senhor de todas as virtudes) ????
*Eu com certeza vendi espetinho na crucificação ou pelo menos era o centurião romano responsável pelos pregos. Só pode!
Hum…. mas afinal, onde está a data do teste?
Melhor os UFOs não sobrevoarem mais a Rússia…