‘Não vamos falar de invasão, não estamos bem de armamento’

Vou comprar um Bradley pra mim, tá complicada a criminalidade aqui!

A realidade, os fatos são o seguinte:

Na visão da mídia esquerdista mundo afora(inclusive é a maioria da mídia americana) não importa o quão ruim seja a situação na Venezuela, uma resposta militar de qualquer país para solucionar o problema e principalmente dos EUA, só piorará as coisas para os venezuelanos. E, desgraçadamente a mídia, tem capacidade de fazer a cabeça da grande massa desavisada.

A Venezuela hoje é um caso trágico de uma revolução que deu errado e o que acontece em todos os lugares quando as trevas da imoralidade, incompetência e a corrupção se cruzam.

A real do pensamento da esmagadora maioria da mídia ocidental(que hoje é quase toda esquerdista) é a de que, uma intervenção militar internacional quase certamente prejudicaria os esforços internos legítimos para restaurar alguma medida de governança competente para a Venezuela. Isso evidentemente, partindo do principio de que o regime estaria disposto a negociar, o que indubitavelmente, sabemos não é verdade.

Vamos a uma outra realidade:

Numa hipótese dos americanos entrarem em ação, há o pensamento de que isso traria um alto risco de que a intervenção militar americana poderia envolver uma ocupação a longo prazo, e desta forma acabe por causar mal-estar, cizânias no continente. O que é perfeitamente factível de ocorrer em todos os sentidos. Aliás, isso deve causar urticaria nos cabeças pensantes da alta esfera militar brasileira, penso eu.

Outro quadro real desta situação é a seguinte:

Temos Estados Unidos, que apóia firmemente Guaidó, e a Rússia e China, amigos do governo Maduro, em detrimento da Venezuela. Mas por que o Kremlin se importa com o que acontece em Caracas?

A Rússia possui parcelas substanciais de campos de petróleo venezuelanos, que recebeu em troca de empréstimos e resgates na última década. E a Venezuela assinou quase metade da Citgo(sua empresa de propriedade integral nos Estados Unidos) como garantia para a Rosneft, empresa estatal de petróleo da Rússia.

Estamos falando aqui de algo próximo a US $ 20 bilhões de dólares em ativos da Rosneft ligados ao país. Evidentemente, os russos têm preocupações reais de que poderiam perder tudo, com o resultado de uma mudança no poder do país(apesar das garantias da oposição e dos EUA de que isso não ocorreria, segundo informações).

Eles querem ter certeza de receber seu dinheiro e obter retorno de seus investimentos.

Os exemplos do conflito sírio e líbio estão bem frescos na memoria dos russos. E, estão tirando lições disso.

Não nos esqueçamos que em 2011, uma coalizão liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte ajudou rebeldes a expulsar o líder líbio Moammar Gaddafi, que foi morto pouco depois. “O caso da Líbia representa exatamente o que a Rússia mais teme(que, se não fizer nada, os EUA usarão o poder militar para derrubar um regime amigo de Moscou na Venezuela).

O caso da Líbia, segundo o pensamento, é parte do motivo pelo qual as potências russa e chinesa apoiaram tanto Bashar al-Assad, da Síria. E assim como a Rússia aprendeu com a Líbia que o Ocidente não poderia ser deixado para intervir em um país sem que seu líder acabasse morto, também a Rússia aprendeu alguma coisa com a Síria.

Sim, o modelo sírio sugere que, com um compromisso militar relativamente pequeno e alguma diplomacia ágil, Moscou pode não apenas evitar esse resultado, mas também garantir alguma influência duradoura sobre o governo local.

A Rússia, com toda a probabilidade, não pode lutar na Venezuela como na Síria. A Venezuela está a meio mundo de distância e a Rússia está preocupada em outros lugares. “Mas a um custo relativamente baixo, eles podem derrubar obstáculos, e fortalecerem sua posição de negociação tanto com Washington quanto internamente com os partidos venezuelanos, como por exemplo enviar um general de alta patente e algumas cargas de avião e suprimentos como ocorreu dias atrás.

Mas, não é só isso!

A Rússia se preocupa com a Venezuela por conta do que vem ocorrendo com seus vizinhos de fronteira…

Afinal, envolver-se na Venezuela dá ao presidente russo Vladimir Putin a oportunidade de cutucar os EUA diretamente nos olhos.

Porquanto da perspectiva de Putin, inserir-se no quintal de Washington é o retorno da intromissão dos EUA perto das fronteiras da Rússia, uma alusão à expansão da OTAN, a percepção russa do apoio dos EUA a revoluções nas antigas repúblicas soviéticas da Geórgia e da Ucrânia e em muitas outras instâncias reais e imaginadas da intromissão dos EUA.

O Brasil e demais países limítrofes se encontram num mar revolto, os movimentos a seguir requer mãos calejadas pela experiencia em operar em mares turbulentos. O Brasil conseguirá sair incólume dessa tempestade que se instalou?

Que Deus nos ajude!

Grato

Vc acha mesmo que um SU-30 conseguiria atravessar todo o país e atacar Itaipu e voltar sem acontecer nada mais?