Congresso Brasileiro

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Não chegaríamos ao Estado mínimo, ideia ultrapassada, mas a um Estado mais enxuto e moderno

Monica De Bolle*, O Estado de S.Paulo

Já sabemos que o centro político implodiu não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Mesmo nos sistemas majoritariamente ou completamente bipartidários, como o Reino Unido e os EUA, partidos estão fragmentados pois as rupturas internas têm levado pedaços aos extremos. O caso mais eloquente é o do Reino Unido, onde não há consenso sobre o que quer que seja, enquanto todos observam atônitos a incansável novela do Brexit. A falta de centro no espectro político resulta, em parte, da destruição das regras de transitividade que sustentam qualquer reflexão racional: se eu prefiro a opção A à opção B e a opção B à opção C, então deveria preferir a opção A à opção C. Contudo, hoje, a transitividade já não vale. Quem prefere A à B e B à C prefere C à A. Quando isso acontece, não há possibilidade de encontrar formas de resgatar a racionalidade sobre qual se apoia o centro político.

Algo semelhante está acontecendo na economia: se a preferência é pelo Estado mínimo em vez do Estado que regula os mercados e se circunscreve a ser forte na área social e pelo Estado que regula os mercados e se circunscreve a ser forte na área social ao Estado desenvolvimentista, então dever-se-ia preferir o Estado mínimo ao desenvolvimentista. Mas, não é isso o que querem os brasileiros, como revelam as discussões sobre as reformas necessárias para o País. Paulo Guedes pode gostar de Estado mínimo mais do que qualquer outra coisa, mas o eleitorado que elegeu Bolsonaro está se lixando para essa discussão. O eleitorado que elegeu Bolsonaro quer ver redução dos 13,1 milhões de desempregados, quer pagar menos impostos, quer ter acesso a serviços públicos de alta qualidade, quer segurança, para não falar de vastidão de outros desejos que necessitam da participação ativa do Estado. Qual é, portanto, o centro de gravidade econômico que tem sido ignorado em prol da discussão sobre a reforma da Previdência – necessária, porém longe de ser bala de prata para quem é minimamente honesto sobre os problemas do Brasil?

Penso ser assim: não há dúvida de que o Estado tem tido papel oneroso para o investimento privado. Gastos mal geridos e dívida em ascensão pressionam a taxa de juros e reduzem o espaço para empreendedores. Para resolver isso, é preciso avaliar como se gasta – o Banco Mundial já tem extensa documentação sobre isso – e racionalizar as despesas, incluindo por uma reforma da Previdência sensata, que garanta equilíbrio com justiça social. É preciso também remover o Estado de certas atividades inclusive por meio de privatizações. Dar mais espaço para a atuação dos mercados fortalecendo o arsenal regulatório pois os mercados não são perfeitos deveria ser um dos focos da discussão. Não chegaríamos ao Estado mínimo, ideia ultrapassada, mas a um Estado mais enxuto e moderno, que não obstruísse a capacidade de investimento do mercado. Já na área social, não podemos prescindir de um Estado forte e bem equipado para lidar com as inúmeras desigualdades brasileiras. Precisamos de um Estado que garanta igualdade de oportunidades na educação e na saúde, que seja provedor de saneamento básico, que esteja preparado para enfrentar injustiças perenes como o racismo nas mais diversas esferas da vida pública e a disparidade de gêneros amplamente documentada – no Brasil e no mundo.

A concepção econômica do centro passa pelo reconhecimento de que o Estado como indutor do crescimento, como propulsor de políticas industriais, leva a resultados que podem ser ou subótimos ou absolutamente desastrosos, como vimos na era Dilma. Contudo, passa também pela percepção de que o mercado, por si, jamais foi instrumento para reduzir desigualdades, prover bens públicos, ou atuar para reduzir injustiças sociais que jamais foram adequadamente enfrentadas ao longo de décadas. Em resumo, o Estado deve ter mecanismos de monitoramento dos gastos para mantê-los eficazes e compatíveis com a estabilidade dos preços e os juros necessários para alcançá-la, precisa devolver atividades ao mercado e regulá-las adequadamente, e ser forte e atuante na área social. Deixando de lado a balbúrdia que tende a levar o debate para a troca de acusações, tal concepção do centro econômico nada tem de “direita” ou de “esquerda”, mas simplesmente parte de uma observação sobre o que é o Brasil e do que o País necessita.

Se todos estivéssemos pensando assim, talvez chegássemos à conclusão de que antes de sermos comunistas, esquerdopatas, de extrema-direita, ou bolsonaristas, somos pessoas que buscam desesperadamente o centro da discussão. Fica o apelo para que pessoas que compreendem essa necessidade unam-se para o bem do País.

*ECONOMISTA, PESQUISADORA DO PETERSON INSTITUTE FOR INTERNATIONAL ECONOMICS E PROFESSORA DA SAIS/JOHNS HOPKINS UNIVERSITY

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Tomcat4.0
Tomcat4.0
5 anos atrás

O texto é muito bom. Aconselho aos incautos que o leiam e tentem ao menos interpretá-lo antes de tacarem as pedras devido á fonte ( foice de SP). Na minha opinião, o que Paulo Guedes enxerga como estado mínimo é exatamente o estado enxuto e atuante (da melhor forma naquilo que é de sua competência) que a economista sugere no texto.

nereu
nereu
Responder para  Tomcat4.0
5 anos atrás

“Paulo Guedes enxerga como estado mínimo é exatamente o estado enxuto e atuante”….. esse vídeo comprova que Paulo Guedes está apenas cumprindo ordens do planalto em não mexer numa certa categoria
começa em 3.49 segundos https://www.youtube.com/watch?v=59rrlpQ_bJE

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  nereu
5 anos atrás

Esse Paulo Guedes é malandro de mercado financeiro sem qualquer estofo teórico ou acadêmico.

jommado
jommado
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Bom,a eminência podia dar uma aula para ele!??????????

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  jommado
5 anos atrás

Eu não me meto onde não sou chamado.
E acho que ele deveria fazer o mesmo.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Queira ou não ele é o ministro da fazenda nomeado por um governo eleito democraticamente portanto ele foi chamado para a tarefa.

Aceite.

Gonçalo Jr.
Gonçalo Jr.
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Pra vc o que importa é ter como líder mundial uma ditadura do oriente ou do leste europeu que pouco se importa com democracia. Só por isso qualquer opinião sua já cai no limbo.

Engraçado que críticos como vc usufrui de tudo o que o capitalismo (que não é perfeito mas é ainda o melhor sistema que a humanidade produziu junto a democracia), produziu, produz e produzirá.

Até a China largou mão dessa baboseira de comunismo/socialismo mantendo-os apenas como sistema político centralizador.

E a China é o que é roubando tecnologias ocidentais , poluidora e desrespeitando por décadas os seus trabalhadores fazendo-os de escravos (só a partir dos anos 80-90 melhorou a situação deles), causando milhares de mortes e sofrimento, desprezando o meio ambiente de maneira selvagem e impondo a mão de ferro do estado onde a maioria do parlamento chinês é RICO por ter laços com as estatais chinesas.

Esta é a sua visão de mundo.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

“Sem qualquer estofo teórico ou acadêmico”. Meu Deus! Amigo, você precisa investigar um pouquinho mais para reforçar a sua retórica.
Ele é PhD e fundador do IBMEC, sendo professor como atividade principal nos últimos 15 a 20 anos.

Marcello Magnelli
Marcello Magnelli
Responder para  Tomcat4.0
5 anos atrás

Infelizmente não.
O Paulo Guedes é cria da Universidade de Chicago, berço do neoliberalismo. Então para ele Estado Mínimo É Estado Mínimo mesmo.
Realmente o texto é bom e é pena que não haja, no Brasil, nenhuma corrente forte defendendo esta visão de Estado Enxuto e Atuante onde precisa ser (Saúde, Educação, Segurança Pública e Defesa Nacional).

Conan
Conan
Responder para  Tomcat4.0
5 anos atrás

Quem tem prestado atenção as entrevistas de Paulo Guedes e as suas declarações a imprensa percebe exatamente isso. Quando ele se refere a estado minimo o que ele diz, digo eu ate claramente, é que ele se refere a um estado enxuto, eficiente e atuante em termos regulatórios e fiscalizadores porem fora da área produtiva o que faz todo sentido.

Mikhail Bakunin
Mikhail Bakunin
5 anos atrás

Essa tia ainda não desistiu do Ciro Gomes?

Samuka
Samuka
Responder para  Mikhail Bakunin
5 anos atrás

Pelo visto ainda não amigo…

Lucas Silva
Lucas Silva
Responder para  Mikhail Bakunin
5 anos atrás

Se o Ciro Gomes se encaixa no artigo dela, o Ciro é o melhor para o Brasil, pois é isso que necessitamos: racionalidade e proporcionalidade.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Mikhail Bakunin
5 anos atrás

Ciro certamente é melhor que o poste do presidiário e que o atual ocupante do Planalto.

Antoniokings
Antoniokings
5 anos atrás

Há que se chegar a um meio termo entre atuação do Estado e atuação privada, visto que essa pretensa ‘ausência do Estado’ só fez com que aumentasse a concentração de renda.
Isso até em países onde encontramos crescimento econômico, como os EUA.
Lá, essa concentração está em níveis astronômicos (vide ‘Nós somos os 99% – Occupy Wall Street).
Agora, aqui, abaixo da Linha do Equador, encontramos a situação catastrófica da Argentina (aumento de 2,7 milhões de pobres em apenas seis meses e sem embargo de ninguém) e o Brasil indo pelo ralo com 41 milhões de miseráveis,aumento expressivo de dois anos para cá, com mais um milhão de desempregados apenas nos três primeiros meses do corrente ano.

Tomcat4.0
Tomcat4.0
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Não se desfaz 16 anos de cagadas e desconstrução moral, cultural e econômica de uma nação em um ou dois anos xings. Muito menos em três meses. Destruir é rápido e facílimo, mas, construir demanda tempo e planejamento ainda mais tendo que enfrentar, ainda, parte das pragas que ajudaram na destruição.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Tomcat4.0
5 anos atrás

15 anos?
Coloque desde 64 com o afundamento econômico, social e político do País e a criação das bases do eterno clima de caos que vivemos.
Aliás, podemos considerar que esse eterno clima de caos começou ganhou Getúlio Vargas não exterminou a ameaça golpista conforme queriam seus próprios assessores militares e Tancredo Neves.
Deram asas aos demônios e eles estão voando até hoje.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Vargas não “exterminou a ‘ameaça golpista'” pelo simples fato de que a sua ditadura do Estado Novo, onde ele fazia o que queria inclusive entregar uma mulher judia, grávida e indefesa de bandeja para a Alemanha Nazista, havia acabado. Portanto ele tinha que lidar com os adversários políticos segundo as regras da democracia. Ocorre que seguir as regras da democracia não era o forte do caudilho.

Para piorar Gregório Fortunato, seu capanga e chefe da guarda presidencial, havia instalado debaixo do seu nariz no Palácio do Catete uma organização criminosa que além de ter praticado os crimes de corrupção ( em valores de 1954 alcançou a cifra de US$ 1 milhão, quantia astronômica para a época) também estava fortemente envolvida na tentativa de assassinato de Carlos Lacerda mas que acabou vitimando o Major Vaz o que colocou a investigação na seara da polícia da aeronáutica.

Diante de tais fatos e como o impeachment era inevitável restou ao caudilho a saída dos covardes ou seja, o suicídio.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Não adianta esconder pois os fatos são incontestáveis em mostrar que os problemas da Argentina foram causados pelos 13 anos de desmandos da famiglia mafiosa dos Kirchners e no Brasil o atual quadro foi causado pelos 13 anos de depredação institucional e corrupção sistemática iniciados em 2003.

Delfim
Delfim
5 anos atrás

O senso comum é de centro. Pirâmide de Maslow define.
.
A própria polarização destrói o centro, qualificando-o de “isentão” para baixo.

TITAN
TITAN
Responder para  Delfim
5 anos atrás

Excelente comentário.

Material Arquivo
Material Arquivo
5 anos atrás

Monica De Bolle*, O Estado de S.Paulo
JESUS, da até medo de ler…jornalismo muito ruim.
O Brasil descobriu ser de direita, conservador e principalmente anti-revolução e isso deixa a elite brasileira louca. Todos nós sabemos que há movimentos enormes no Brasil de desconstrução cultural, de desmonte da sociedade e de submissão das pessoas diante do Estado.
Vivemos nos últimos 30 anos, após o monopólio da extrema-esquerda radical, com controle total do jornalismo, das universidades etc…uma verdadeira revolução de IDIOTIZAÇÃO do brasileiro, adultos idiotas, cheio de bobagens na cabeça…o resultado é o Brasil de 2019 onde é difícil achar um homem sério, com posturas responsáveis e que chama para si as responsabilidade.
Como diz o jornalista catarinense Luiz Carlos Prates: “os homens de bermudões”
Temos hoje uma mudança drástica, o fim do monopólio da mídia de esquerda, dos grandes jornais, dos “intelectuais criados pela elite política e mídia”, do jornalismo ativista, grande parte dos empresários colados nas tetas do Estado, grande parte da igreja com viés de esquerda, do monopólio do ensino com viés de esquerda, principalmente nas áreas sociais.
Transformaram o brasileiro em gado da elite.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Material Arquivo
5 anos atrás

Eu parei no “Monica De Bolle* (…) jornalismo muito ruim”.
Ela é economista e não jornalista. Como nego vê fantasmas, impressionante!
Antes de “concluir” sobre a tal tendência esquerdopata, você sabia que ela escreveu “Como Matar a Borboleta Azul: Uma Crônica da Era Dilma”, que critica ponto a ponto os erros de sua política econômica e que levaram à recessão?
E que também foi a tradutora para o português do “O Capital no Séc. XXI” do Thomas Piketty?
E melhor ainda… Pega uma foto dela no Google… A economista é GATA!!

De Bolle já foi professora adjunta em Chicago (a mesma do PG!), apenas (até por ser bem mais jovem) não se alinhou com o Consenso de Washington, porque a cartilha deles possui diversas falhas, o que torna o Neo-Liberalismo dos anos 80-90 um ar mofado, que precisava ser revisto.

Zezão
Zezão
5 anos atrás

Quem estaria patrocinando esse tipo de matéria, hein?? Voltemos ao centro…o centrão da corrupção. …

Tiago da Costa
Tiago da Costa
5 anos atrás

Eu acredito que o Estado Mínimo do Paulo Guedes é um estado enxuto e moderno também, mas é também um estado que terá condições pra arcar com isso, porque não da pra achar (como já ouvi muitos falando) que é que nem na Suécia onde ainda se tem um respeitável Wellfare State pensando que não houve um choque liberal antes pra organizar a casa.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Tiago da Costa
5 anos atrás

Paulo Guedes é um Neo-Liberal das antigas, mas ele nunca conseguirá aplicar tudo o que ele pensa.

O que acontece é que o Estado no Brasil arrecada 37% e gasta 42% do PIB. Para ter uma ideia, um país em desenvolvimento normal arrecada cerca de 25% do PIB. Temos um Estado de tamanho nórdico e com serviços públicos quase africanos. Ele sabe muito bem para onde está indo esse peso morto, porque ele mesmo foi beneficiário disto por décadas.

As reformas que ele propõe para os próximos 4 anos nem fud…do serão suficientes para virar esse “jogo”. Mas com tamanho paquiderme, tem muito espaço para ele atuar. Estrategicamente, as medidas são na direção “apenas” de diminuir o tamanho do Estado do que já vem sendo praticado e aumentado paulatinamente desde Vargas! Também, que esses recursos sejam utilizados de forma um pouquinho mais produtiva.
4 anos de diminuição do Estado não vão fazer mal, muito pelo contrário.

Lucas Silva
Lucas Silva
5 anos atrás

Excelente.

Matheus de Oliveira
Matheus de Oliveira
5 anos atrás

Bom texto, apenas mostra o quanto o brasileiro não sabe oquê quer, quer estado mínimo, mas não larga mão dos serviços públicos e do Estado desenvolvimentista (paternalista), também mostra como somos muito imaturos perante as adversidades políticas, qualquer instabilidade é pretexto para uma mudança abrupta da ordem democrática. É tradição brasileira desde a época das regências é sempre um golpe diferente, regência trina para una no ato adicional de 1834, golpe da maioridade, golpe da república, golpe de vargas, golpe de 1964, não temos maturidade, inteligencia e capacidade de analisar a situação e contorná-la para gerar tempos de estabilidade politica e social, somos uma montanha russa em forma de país e os últimos governos somado ao atual demonstra o final de um período de ascensão e breve apogeu para um período de queda rápida, mas de ascensão lenta.

Gonçalo Jr.
Gonçalo Jr.
5 anos atrás

As reformas que precisamos são:
.Previdênciária
.Código Penal, Justiça e Segurança
.Tributária
.Adminitrativa
.Educacional
.Política

Em suma, as reformas precisam ser estruturais em tudo pois somos atrasados em tudo. Este país precisa ser reconstruído. Cada uma delas estão interligadas pois são o estado brasileiro. É então o estado brasileiro que precisa ser reformado por inteiro.

Sem essas reformas não sobra dinheiro para nada. Não adianta só reformar a previdência sem o conjunto das outras. O estado brasileiro como um todo com a sua máquina apodrecida é capaz de sugar novamente para si qualquer dinheiro economizado apenas com a reforma previdenciária.

Em suma, o estado brasileiro é um MONSTRO que nos cobra impostos suecos e nos devolve serviços moçambicanos.

Chega.

Paulo
Paulo
5 anos atrás

O Texto é real e perfeito. Pena que os tweets dela revelem que ela não pratica o que pregou tão bem nele. Ela, em prática , no dia a dia, é uma esquerdista, que torce a todo tempo contra o governo, infelizmente. Seria de grande ajuda se ela se propusesse a ajudar, o que pelos tweets, entrevistas e palavras, que ela já bem disse até antes da eleição, não tem intenção. Quer que o navio afunde como toda (o) bom esquerdista esquerdizadora (or), o que é beeemmm diferente de alguém do centro espectro politico real.